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eu não devia tá aqui nesse momento da minha vida. não devia tá sentindo esses sentimentos. eu deveria tá num outro lugar. num outro alguém.
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Quero te contar uma história, tu lembra da Melissa? Aquela que morava na nossa rua quando a gente era pequena, brincava de boneca contigo sempre. Tu lembra que ela tinha uma irmã mais velha? Uma menina tímida, quieta, vivia pastorando a irmã brincar, mas nunca brincava. Tu lembra que quando elas se mudaram, tu chorou horrores? Foi um dia péssimo pra mãe, ela sempre odiou choro e tu sempre foi muito escandalosa.
Encontrei a Melissa esses dias, andando na praia. Tá linda, tá trabalhando numa loja de roupas. Nunca pensei em como a Melissa seria quando fosse adulta, mas ela tá exatamente do jeito que deveria. Falei de você pra ela, que você tem uma memória ruim, mas que lembrava da amizade de vocês. Ela também lembra de você, quer marcar de te ver. Depois de horas andando na areia, apreciando o pôr do sol, eu me lembrei da irmã. Deveria nunca ter perguntado, mas perguntei: "e por onde anda sua irmã?", silêncio. Melissa não falou nada por um minuto inteiro e nesse tempo tive oportunidade de pensar em várias respostas: elas não se falavam mais, se afastou da família, foi embora pra outro país, virou escritora ou sei lá. "Ela morreu" foi a resposta. "Ah, meus pêsames, Mel. Não fazia a menor ideia", "nem tinha como saber."
Ela morreu algumas semanas depois do dia que elas se mudaram da rua. Se jogou da janela do novo quarto delas.
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nada sentimental se mantém dentro de mim. tudo sangra por fora.
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eu quero que seja você. só dessa vez, espero que dê certo com você.
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Alice me perguntou hoje, mais uma vez, o que acontecia quando a gente morria. Dessa vez inventei uma história, contei pra ela que tudo recomeça, inclusive a gente. Que quando acaba, começa de novo. E de novo. E de novo. E de novo. "Até quando?", ela quis saber. Até quando? Quantas vezes uma única pessoa pode nascer e nascer e nascer? Não sei dizer, talvez pra sempre. Mas que mundo terrível esse, não? Eternamente nascer num planeta que se acaba todo dia. Nascer em um terreno que morre. Numa sociedade que está em colapso. Nascer pra que? Por quê?
Alice não quer saber o que vem depois dela ir, mesmo que agora ela ache que irá voltar. Tomara que nenhum de nós exista quando tudo isso aqui decidir acabar. Tomara que, quando eu finalmente tiver coragem de partir, eu não recomece.
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é por punição. que dor terrível por causa de algo quebrável.
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finalmente entendi. depois de tanto tempo. o problema sou eu, sempre foi.
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queria te escrever um texto daqueles longos, cheio de páginas, que a gente se pergunta se não vai acabar. queria te eternizar em mim como tatuagem daquelas que doem muito pra fazer. queria te definir em uma coisa só. queria te ver de novo. queria sentir sua pele na minha pele e seu som em mim. queria nunca ter ido. queria aprender a parar de gostar de você. queria te escrever um bilhete.
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queria que alguém me amasse ao ponto de beber por mim. não comigo. por mim.
queria que alguém, bêbado de amor por mim, me mandasse mensagem com a voz arrastada e meio rouca dizendo que sente falta do meu sexo.
queria poder mandar mensagem para você, completamente bêbada, falando:
"tô com saudade de você."
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você me faz bem, muito bem, mas quando me faz mal...
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espero que você fique comigo. e sua namorada também.
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se algo existe
me fez da pior maneira possível.
porra.
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