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@marjcrie
ainda estava assimilando a sua nova realidade, contudo, imaginava que o pior do susto estava para trás. ser mãe era uma ideia com a qual tinha sonhado durante alguns anos, mantendo armazenada no fundo de sua mente para quando estivesse em um momento bom de sua vida, tanto financeiramente quanto a se tratar do âmbito emocional. e, embora houvesse colocado algumas vezes a figura de ethan como um possível companheiro naquela jornada, em algum momento de seu relacionamento aquela imagem fora se tornando cada vez mais turva, até o ponto em que não parecia mais correto tentar materializá-la em seus pensamentos. se soubesse que tudo acabaria daquela maneira, não sabia se teria agido diferente e, verdade fosse dita, ainda aprendia a lidar com tudo e com a ideia de que teria de contar ao ex uma hora ou outra. entretanto, estava se dando ao luxo de enrolar um pouco até estar mais confortável com isso - ele tinha a enrolado até descobrir por conta que estava se encontrando com outras mulheres, então, não via aquilo nem como sendo algo minimamente errado. fazer as coisas em seu tempo era o mínimo que merecia quando se tratava de um cretino daqueles.
a presença de seu ex-cunhado, contudo, era muito mais fácil de se acostumar, por mais que alina ainda não soubesse realmente como enxergar tudo aquilo. não era obrigação nenhuma de will querer estar ao seu lado durante aquele início, apesar de claramente demonstrar que era um cara muito mais decente e honesto que o irmão. a ideia de incomodá-lo a deixava desconfortável, mas, em algumas situações não acabava vendo outra escolha; aquela tarde era um exemplo, quando precisou de uma carona para ir até a sua primeira consulta porque seu carro passaria mais alguns dias que o planejado no mecânico, a sua melhor amiga não conseguiria sair do trabalho mais cedo como o planejado, e sua família… bom, não eram realmente uma opção. nem sequer tinha contado que estava grávida para alguém além de cecilia, sua irmã mais nova, e precisaria de preparo psicológico para os comentários que viriam. então, acabara tendo de pedir para william acompanhá-la, porque também não queria ir sozinha. “a secretária avisou que vão atrasar um pouco, aparentemente a médica demorou em um atendimento mais cedo e os outros acabaram meio que em uma bola de neve.” comentou com ele, sentando-se na cadeira ao seu lado na sala de espera novamente. “então…” murmurou, tentando pensar em algum assunto que poderia puxar com ele. “anda tudo certo no trabalho? você parecia meio cheio de coisas pra fazer quando nos falamos da última vez.”
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william:
Um riso baixo acompanhou o de Alina a medida em Evans balançava levemente a cabeça em negativa ao ouvir as percepções da mais nova sobre sua relação com o irmão mais novo. Mentiria se dissesse que já não via mais semelhanças entre eles, mas a verdade é que William ainda lutava contra as marcas de sua família, mas estava disposto a ser alguém diferente, coisa que Ethan parecia ter deixado de lado há anos, muitas vezes quase abraçando o que tinha de pior neles. “Ei, eu agradeço pelas palavras, mas realmente não faço nada de mais… Ethan já é bem grandinho para cuidar da própria vida, é difícil, mas o melhor que posso fazer é deixar ele se dar conta disso” murmurou em resposta, soltando um suspiro mais profundo. Era inevitável a preocupação com o mais novo, mas de fato era algo que Will rapidamente afastava dos pensamentos.
William pressionou os lábios com certo pesar ao ouvir o relato de Alina. Nem imaginava o que deveria estar passando pela cabeça da mais nova após a descoberta da gravidez e tudo o que ela provavelmente precisaria encarar dali em diante. Não conseguia sequer imaginar o irmão mais novo recebendo a notícia, mas infelizmente não imaginava um desfecho favorável para ela e o bebê. Ouvir a pouca esperança de Alina o fez voltar dos pensamentos, agora disposto a garantir que ela tivesse algum apoio, mesmo que fosse o dele, já que não podia prometer qualquer compromisso por parte de Ethan. “Se eu dissesse que ele vai aceitar com um sorriso no rosto e ficar ao seu lado o tempo todo, não estaria sendo sincero… Mas penso que, nesse momento, você precisa pensar em você primeiro, Alina.” sabia que talvez suas palavras não soassem muito acolhedoras e essa era uma de suas dificuldades, visto que William fosse realmente muito comprometido com a verdade. Balançou a cabeça em negativa rapidamente antes de olhar para ela mais uma vez para assegurar que estaria ali para ajudar se assim ela quisesse. “Não se preocupa com isso, sério… Você não é peso nenhum, muito menos agora” garantiu com firmeza, umedecendo os lábios pensando em como as palavras pareciam sair de sua boca de forma tão natural. Evans nunca teve muito jeito com crianças, sequer pensava em ser pai um dia, mas o papel de tio poderia ser diferente. “Claro, o que precisar… Está tendo enjoos ou algum desses sintomas?” perguntou levantando-se e batendo levemente as mãos no tecido das calças.
em uma reação caracterizada pelo nervosismo que sentia naquele instante, a mulher acabou por deixar uma risada sem um pingo de humor escapar de seus lábios. agora que conseguia ver o relacionamento com ethan por outras perspectivas, mais realistas e precisas quanto ao que realmente acontecia entre os dois durante os anos de namoro, era inevitável se sentir um tanto patética ao pensar em como antes era capaz de se iludir tão facilmente pelas palavras dele. certamente teria acreditado com todas as fibras de seu corpo que ele estaria ao seu lado na gravidez caso ainda estivessem na época em que deixava todos os deslizes dele passarem despercebidos tão facilmente, enquanto naquele momento possuía toda a sua certeza de que ele não reagiria bem nem mesmo caso ainda estivessem juntos. porque aquele era o tipo de pessoa que o ex-namorado era: amargo e egoísta. “desisti de esperar qualquer coisa boa dele tem um tempo, talvez seja bom que ele dificilmente vá conseguir me surpreender mesmo.” acabou por dar de ombros. abraçando o próprio corpo. “sinceramente, acho que eu ando um pouco enferrujada nessa história de pensar primeiro em mim… até diria que não me lembro da última vez, mas dar um fora no seu irmão provavelmente pode ser considerado um momento desses.” ponderou, rindo outra vez sem muito humor. era difícil para alina se colocar em primeiro lugar em sua vida, ainda mais após anos se colocando abaixo do que deveria para satisfazer expectativas e vontades de terceiros. algo que ela odiava quanto a sua personalidade, que fosse deixado bem claro. “mas, de verdade, will, eu te agradeço muito por estar sendo sincero.” quis deixar claro. preferia levar um balde de água fria a se colocar novamente na posição de criar esperanças no que não daria em nada. “você tem certeza?” ela quis confirmar, como não conseguia imaginar aquilo sendo uma realidade completa. ethan poderia ser o babaca que fosse, mas continuava sendo o irmão do evans; alina, por sua vez, era somente… alina. e, às vezes, isso aparentava não bastar aos outros. “vocês dois realmente são bem diferentes. e eu te digo isso como um elogio.” a mulher acabou acrescentando. “um monte, infelizmente. eu acabei desconfiando que estava grávida por isso… meu estômago nunca foi dos melhores, mas assim também era exagero.” tentou brincar, afastando do rosto uma mecha acobreada que caía sobre os olhos. “descobri depois que as semanas batiam com o tempo perto do nosso término. a minha melhor amiga me obrigou a fazer os testes, eu estava um pouco em negação de que isso poderia ser uma possibilidade.”
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william:
William assentiu com firmeza a pergunta da mulher quanto ao trabalho, para que não houvessem mais objeções. Entendia de onde vinha parte da preocupação, afinal era provável que em 80% das vezes em que Alina estava na casa dos Evans, a mais velho dos irmãos estava atolado de trabalho, mas a urgência de William naquele momento era apenas ajudá-la. Passou uma das mãos no rosto, subindo para o cabelo recém cortado como um movimento inquieto de quem buscava por respostas e resoluções práticas. Outra característica muito conhecida do rapaz. Um risinho escapou pelos lábios quando a palavra “preocupação” surgiu na mesma frase em que seu irmão parecia o protagonista. “Depois de quase 30 anos de convivência se teve algo que aprendi a deixar de fazer é me preocupar com ele” murmurou baixo, como um lembrete constante da decisão que havia tomado durante uma das brigas com o irmão mais novo. Era algo que simplesmente não valia a pena e só lhe tinha rendido mais dor de cabeça ao tentar consertar os rastros deixados por Ethan durante os anos. “Por outro lado, você é praticamente da família então se tiver algo que eu possa fazer…” reforçou em seguida, soltando um suspiro pesado, genuinamente incomodado com a possibilidade de o irmão mais novo ter feito algo de ruim para Alina.
Um sorriso de canto surgiu, ainda discreto, nos lábios de William com as palavras da outra, ainda que parte da gentileza que ela se referia, para ele fosse apenas o mínimo a se fazer. Assentiu com a cabeça com certo pesar, notando que o que quer que a tivesse levado até ali estava além das dezenas de hipóteses que ele havia imaginado naquele curto período de tempo. A mudança de postura de Alina o fez se aproximar de imediato, temendo que ela pudesse simplesmente desabar em sua frente. William se ajoelhou no chão ao lado da mais nova, os olhos atentos a qualquer sinal de desamparo, ainda que estivesse perdido no que poderia ajudá-la. Entreabriu os lábios em uma curta menção de começar uma frase, quando as palavras o atingiram em cheio, deixando William estático por alguns segundos. “Grávida?!” a pergunta foi expelida de forma automática enquanto um palavrão direcionado ao irmão emergiu nos pensamentos. William levou uma das mãos a boca e assentiu com a cabeça como uma forma de retomar o controle da situação e pensar. “Quando você descobriu? Ele já sabe?” perguntou em seguida, balançando a cabeça em negativa para espantar todas as milhares de questões que surgiam. “Quer dizer… Não importa, pelo menos não agora” murmurou em seguida, tirando as mãos de Alina do rosto e as segurando. “Não sei o que você pensou em fazer ou como ou… A ajuda continua de pé, ok? Você não ‘tá sozinha” assegurou rapidamente, antes que as palavras fugissem de sua boca. William chegou a soltar um risinho nervoso ao ouvir as palavras de Alina ecoando novamente em sua mente, lembrando como a própria mãe falava sem parar sobre a chegada de netos logo que os dois filhos alcançaram a maior idade. Se estivesse ali, ela provavelmente estaria eufórica e saberia exatamente o que fazer em seguida. “Do que você precisa?”
um riso fraco deixou os lábios femininos com a resposta do outro, não deixando de pensar que deveria ser mesmo uma situação tão trágica que beirava ser cômica aquela. em um primeiro momento, não via a si mesma como a melhor pessoa para opinar na questão quando nem sequer tinha muito contato com a única irmã, fruto de um casamento prévio de seu pai. porém, imaginava ser possível de compreender as características da dinâmica entre os irmãos em decorrência do tempo em que havia sido a namorada de ethan e, em uma consequência direta, tinha observado diretamente como ele e william funcionavam entre si. o ex-namorado nunca fora uma pessoa realmente fácil e ninguém poderia entender melhor que o próprio irmão que havia tido a responsabilidade constante de arrumar as bagunças que ele fazia. deveria ser exaustivo, para dizer o mínimo. “posso ser sincera?” mordeu o lábio inferior levemente e, então, prosseguiu: “eu nunca vou entender como você consegue se virar com ele, will. vocês… não sei, vocês diferem demais. acho que não duraria uma semana tentando resolver problemas da minha irmã.” não era uma comparação justa, considerando a proximidade de ambos, contudo, era o que alina tinha. “ele deveria ter mais consideração com você.” concluiu, genuinamente firme em seu ponto de vista.
o choque na reação de william não passava despercebido, contudo, a carroway seria a última que veria uma razão para julgá-lo por tal. não quando estivera praticamente igual ao descobrir a verdade em seus vários testes de gravidez realizados em busca de um resultado diferente, em busca de não acreditar que seria justamente com aquele homem que teria um vínculo vitalício. como poderia explicar para o filho futuramente que o pai era um imprestável? indicando uma resposta negativa por um maneio de cabeça, respondeu em voz baixa: “descobri faz alguns dias, mas demorei pra conseguir a coragem de ir lidar com isso e com ele. e, justo nesse dia, ele resolve não fazer o favor de ficar em casa.” era até de tirá-la do sério o fato de ethan não conseguir colaborar em um único ponto de sua vida, após tudo o que a havia feito passar quando estavam juntos. o toque do outro em suas mãos a surpreendeu, porém, não estava exatamente numa posição em que poderia abandonar qualquer conforto que pudessem vir a lhe oferecer naquele momento. o evans sempre fora gentil consigo. “não faço ideia de como vou contar pra ele, acabei vindo meio em um impulso e… sinceramente, will, não tenho uma única esperança de que ele vai ajudar em alguma coisa. não de verdade.” murmurou. “eu te agradeço muito por falar isso, pela sua intenção, e eu sei que você quer ajudar, mas... isso não precisa ser um preso pra você também. não quero ser um peso pra você, não foi você quem fez nada.” engoliu em seco. apesar do que falava, era óbvio que alina estava muito distante de querer fazer aquilo sozinha; estava apavorada, para dizer o mínimo. só não desejava ser um fardo. “posso ficar com você um pouco?”
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william:
Observou as feições de Alina se transformarem entre o momento que a mais nova proferiu seu nome até o momento em que soube que Ethan não estava em casa. Um finco se formou entre as sobrancelhas de Evans, enquanto tentava desvendar o motivo que a tinha levado até ali naquelas condições, afinal não precisava de muito para notar que a mulher não estava bem e mesmo que William já tivesse prometido dezenas de vezes que não se envolveria nos problemas do irmão, o resultado sempre acabava sendo o oposto. Em relação à Alina isso se acentuava, uma vez que ela tivesse se tornado alguém constante na vida dos irmãos e, de alguma forma, o mais velho dos Evans tinha desenvolvido uma posição de proteção para com ela há algum tempo, ainda que isso se limitasse a apenas se certificar de que o irmão não estivesse fazendo nenhuma merda.
Fechou a porta no momento em que ela o acompanhou, já considerando que Ethan tinha aprontado alguma. Deveria ter se dado conta no momento em que o mais novo saiu pela porta da frente sem dar muitas explicações sobre para onde iria ou quando voltaria. William deixou que Alina tomasse seu próprio tempo para se acomodar, enquanto seguiu rapidamente para a cozinha pegando um copo de água, voltando a tempo de terminar de ouvir o pedido de desculpas da mais nova. “Ei, não se preocupa com isso, só estava cercado pela papelada como sempre, isso pode esperar” assegurou erguendo ambas as sobrancelhas para dar ênfase as palavras, colocar o copo com água nas mãos delicadas da outra, logo indicando com um aceno rápido para que ela bebesse. “Realmente não sei para onde ele foi dessa vez…” respondeu baixo. Um suspiro breve escapou pelos lábios de Will, enquanto tateava os bolsos para pegar o celular, pronto para ligar para o idiota do irmão. Mudou de ideia, no entanto, convencido de que a prioridade talvez fosse ajudá-la e compreender minimamente a situação antes de acabar piorando as coisas. “Ok, uh… Por que você não senta um pouco? Você veio dirigindo até aqui?” indagou, tentando mudar um pouco o foco da mais nova, guiando-a para se sentar no sofá. “Você ‘tá precisando de alguma coisa? Olha, Alina, eu realmente não sei o que está acontecendo, mas posso ver se consigo algo até ele aparecer, ou…” se interrompeu, pressionando levemente os lábios.
com a ausência breve de william, a mulher aproveitou para respirar fundo e tentar se recompor; estava certa de que sua aparência não deveria estar das melhores, não com as visíveis olheiras causadas pelas recentes noites sem dormir e a clara preocupação instaurada em seu semblante. estava aflita com seus próximos passos e, sinceramente, não fazia a menor ideia de como poderia lidar com a existência atual de um vínculo vitalício entre ela e a pessoa de quem mais precisava se manter afastada. a relação com ethan nunca deveria ter sido exatamente saudável, a verdade era esta, e lhe doía pensar que custara um número considerável de anos e conselhos de amigas próximas para abrir os olhos. e, agora, teria de ver o idiota pelo resto da vida. isto se ele não fingisse que o bebê não era seu, é claro. de ethan, nunca era possível duvidar das extensões a que sua cara de pau poderia chegar.
“tem certeza? o seu trabalho é importante.” quis garantir, insegura. até poderia tentar argumentar realmente sobre como ele não deveria priorizar a sua visita inesperada, contudo, não estava nem com forças de tentar afastá-lo. “obrigada, aliás.” agradeceu brevemente, segurando o copo de água e esboçando um sorriso a ele. alina reconhecia com carinho como ele era sempre gentil. “ele realmente adora sumir do nada, é até ridículo como não pensa nos outros. nem estou falando de mim, ele nem tinha como saber… mas você é irmão dele. poderia ficar preocupado.” murmurou. ethan poderia até ser adulto, mas não era mistério para ninguém que agia como uma criança. imaginando que poderia lhe ajudar não estar de pé enquanto ponderava sobre a situação como um todo, acenou com a cabeça em agradecimento e fez seu caminho até o sofá, sentando-se um tanto hesitante no mesmo. chegava até a lhe dar vontade de rir amargamente o quanto simplesmente ele não conseguiria ajudá-la com a sua aflição, por melhores que fossem suas intenções. “você é muito gentil, e eu agradeço muito por isso, só que realmente não sei se tem algo que possa fazer sem ele aqui. daria tudo pro problema ser simples assim, na verdade.” bebendo outro gole, colocou o copo sobre a mesa mais próxima, sentindo até o estômago embrulhar com a ideia de ter aquela conversa de forma tão diferente da que imaginara. afundando seu rosto com as mãos, resolveu por contar de uma vez: “eu ‘tô grávida, william.”
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william:
A rotina de William se restringia ao trabalho, logo era raro que fosse encontrado em casa mesmo nos finais de semana. Para além da demanda profissional, outro motivo que o fazia querer ficar menos tempo possível em casa era Ethan, seu irmão mais novo. Não estaria exagerando se dissesse que sua vida havia virado de cabeça para baixo desde a chegada do caçula - e não de forma positiva. William havia se tornado além de irmão mais velho, quase como um guarda-costas ou tutor, que precisava dar conta e resolver todos os problemas que eram deixados para atrás. Quando o irmão saia de casa, fosse por alguma discussão, evento ou viagem, era o momento em que o mais velho podia desfrutar dos cômodos da casa para além de seu quarto, mesmo precisando lidar com a bagunça deixada pelo mais novo. Sabendo que passaria o resto da semana sozinho, William decidiu trabalhar em casa e aproveitar para fazer pequenos ajustes que já havia adiado por tempo demais. Pensou ter ouvido o som da campainha ao longe, enquanto digitava alguns documentos no quarto, baixando a música. Soltou um suspiro breve ao ouvir mais uma vez, levantando-se da cadeira e torcendo para que não fosse nenhuma surpresa do irmão mais novo. Quando a batida na porta começou, William apressou o passo incomodado, afinal o que poderia ser tão urgente?! Foi quando reconheceu a voz de Alina atrás da porta, fazendo-o puxar o as profundamente antes de abri-la. “Ei, o que está acontecendo?” perguntou com o semblante confuso e o tom preocupado ao notar a urgência na voz dela. “Ele não está…” parou por um momento, se dando conta de que não a via há algum tempo. William nunca conseguiu acompanhar os relacionamentos do irmão e depois de um tempo, preferia assim, mas Alina havia sido algo firme por mais tempo do que a maioria. E isso era apenas mais um dos fatores que corroboravam para a preocupação de William naquele momento. “Você está bem? Vem, entra um pouco” chamou estendendo um dos braços para guiá-la para dentro.
quando a porta enfim foi aberta, a carroway estava preparada para iniciar uma sessão de todo o tipo de xingamento que conhecia por ethan ser imbecil ao ponto de deixá-la plantada do lado de fora o aguardando - embora, de longe, aquela nem seria uma das piores ações dele -, e seria de todas as formas merecido para ele. entretanto, ao se dar conta que em sua frente não era ele, e sim alguém com feições semelhantes, teve até que dar um passo para trás. entre piscadelas em altíssima velocidade e uma boa encarada no outro, era óbvio para qualquer um que estava bem na frente do antigo cunhado, mas não poderia deixar de estar surpresa com isso. “william?” ela pronunciou o nome alheio, franzindo o cenho. com a relevação seguinte, alina praticamente teve de se segurar para não soltar uma risada irônica e repleta de raiva; era óbvio que o desgraçado, depois de tantas, não estaria ali justamente quando ela queria e precisava. aparentemente, nem para estar em casa poderia contar com a boa vontade do idiota. “é claro. ah, é claro que justo hoje ele não vai estar em casa. seria um crime para a humanidade me fazer um favor.” por seu próprio autocontrole, forçou-se a parar de esbravejar em voz baixa e respirou fundo; o plano era ruim desde o princípio, aquele era somente mais um sinal de que não deveria ir até ethan só para atualizá-lo do vínculo de uma vida inteira que agora compartilhariam. respirando fundo uma vez mais, e então outra, segurou no braço do outro com delicadeza, concordando em seguir will para dentro. não conseguia imaginar como ele poderia resolver a situação em que estava, mas - e isso era uma verdade irrefutável - o mais velho sempre fora gentil consigo, e isso era algo que alina valorizava muito. não eram todos que lhe apresentavam o mesmo tratamento, e lhe enchia de pesar saber que a lista começava com o próprio irmão dele. “desculpa, eu... não sabia que você era quem estaria aqui. sozinho, no caso, e... não queria te atrapalhar, claro que você deveria estar fazendo alguma coisa.” murmurou, embaralhando-se com a sua própria linha de pensamento. um tanto defensiva, abraçou a própria barriga e olhou para o chão, ponderando as próximas atitudes que deveria tomar quanto a tudo aquilo. céus, estava perdida. “eu precisava, muito, falar com o seu irmão, mas... não tem o quê fazer agora. e também não quero ligar pra ele.” embora uma amiga próxima houvesse deletado o número do outro de seu celular nem algumas horas depois do término oficial, ainda o sabia de cabeça, e poderia facilmente pedir em caso contrário para william. “eu... só não faço ideia do que eu vou fazer.” murmurou baixinho, fechando os olhos por um momento. “ele disse quando iria voltar?”
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não compreendia exatamente qual a força que a dominara para decidir tão abruptamente de ir até a residência de seu ex-namorado, mas se conhecia o suficiente para sabe que poderia ser melhor aproveitá-la de uma vez, antes que sua coragem reunida se findasse e desistisse de seguir com o plano orquestrado em mente. plano este que não estava realmente certa de se levaria em frente, considerando todas as questões da situação em que agora se envolvia, e que agora servia mais como uma segurança para si mesma do que algo realista. duvidava bastante que a conversa fosse se desenrolar realmente como ensaiado em sua mente, visto que constantemente aparentava esquecer os argumentos em sua mente quando ele parecia esforçar-se tanto em contradizê-la e fazer sentir como quem estava sem a razão, porém, ela também não estaria se ajudando em nada e somente mantivesse isso em mente. quando se encontrou parando o carro em frente à casa, respirou fundo e desceu do veículo antes que o tempo passasse suficientemente para girar a chave novamente e retornar para casa - o que, de longe, era uma ideia muito mais agradável, embora nada responsável. hesitou por alguns instantes antes de tocar a campainha, se convencendo de fazê-lo logo por notar as luzes da casa que estavam acesas; se detestava a ideia de sair dali sem a conversa que queria, alina considerava ainda pior ser vista saindo de mãos abanando. ao não ser atendida, tocou mais uma vez, antes de desistir e apelar para uma batida na porta com o próprio punho. poderia - e provavelmente estava - soando desesperada, contudo, era exatamente dessa forma que a carroway se sentia. “pode abrir essa porta? eu consigo ver que você está aí, pelo amor de deus.” ( @evansliam )
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phoebe dynevor photographed by matthew eades for you magazine.
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