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Assim que Nate deitou-se sobre Ambrosia e começou a beijar seu pescoço de forma lenta, a garota sabia que aquela noite lhe prometia momentos intensos. No mesmo momento, a morena desceu a mão do cabelo já bagunçado de Parker pelas costas dele, puxou a sua camiseta para cima enquanto arranhava-o de leve. Jogou a vestimenta para longe ao mesmo tempo em que sorria safada para o garoto. Querendo aproximar mais ainda seus corpos - se isso era possível - Fox arqueou seu corpo fazendo com que as intimidades estivessem coladas. Ambrosia pode sentir o volume do moreno. 'Uau Parker!' pensou, e involuntariamente, soltou um gemido fraco antes de puxá-lo para outro beijo.

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Enquanto o garoto trancava a porta e jogava as chaves em um lugar qualquer, tudo que Ambrosia conseguia pensar era na loucura que estava cometendo. Mas nada a faria parar. Não depois de ter provado o gosto dele. Assim que subiram para o segundo andar, logo o moreno arrancou-lhe outro beijo caloroso e ergueu a garota que entrelaçou as pernas em volta do corpo de Nate. Ambrosia envolveu os cabelos do moreno em seus dedos e puxou com carinho descendo as unhas em seguida para a nuca do mesmo. “Você queria me prender na sua cama Parker?” sussurrou no ouvido dele enquanto mordia o lóbulo. Em poucos segundos ele a deitou na sua cama e ficou observando-a, Ambrosia sorriu safada. “Vem aqui…”puxou-o pelo cós da calça, fazendo o garoto se juntar a ela na cama. “Você vai me provar que é tudo aquilo que falou no dia que nos conhecemos.” falou com um sorriso perverso nos lábios e se aproximou beijando seu pescoço, distribuindo algumas mordidas fracas enquanto ia em direção a boca de Nate. “Me faça sua.” sussurrou na boca dele, fazendo seus lábios se roçarem. Em seguida grudou os seus lábios com os dele, iniciando um beijo mais quente.

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Assim que Nate encaixou a mão no pescoço da morena e puxou-a grudando seus lábios, algo subitamente a surpreendeu. Seus lábios se encaixaram perfeitamente nos deles e não se conteve em nenhum segundo, beijando-o de volta com uma vontade maluca de ter ele inteiro só para ela. Geralmente, os primeiros beijos nunca são os melhores, mas Nate, sabia o que fazia. Ambrosia para provocá-lo se movimentou sobre seu corpo, fazendo mais pressão em seu membro. “Acho melhor você trancar a porta e me levar para seu quarto.” a morena sussurrou ofegante nos lábios do garoto assim que pausou o beijo com uma mordida no lábio inferior do mesmo. E mesmo tentando evitar seus pensamentos perversos, não conseguiu parar de pensar quão bom aquele garoto era. 

Aquela pequena queda havia feito a cabeça de Nate girar em todas as direções possíveis e impossíveis, e quando o moreno finalmente se recuperou, pôde sentir uma pressão em sua parte íntima e assim que seus olhos se focaram em Ambrosia, teve de se conter para não fazer nenhum movimento “estranho” ou que fosse lhe tachar de ‘adolescente tarado’. Nate manteve seu olhar grudado aos de Ambrosia, e assim que ouviu a morena sussurrar seu nome, todas suas dúvidas foram esclarecidas; Ambrosia queria aquilo tanto quanto ele, não importava o quanto ela tentasse disfarçar. Sem perder nem mais um segundo, Nate moveu a mão para o pescoço de Ambrosia e a puxou, colando os lábios nos dela e iniciando um beijo caloroso. Finalmente, porra! ele pensou consigo mesmo, movendo uma das mãos para a cintura da morena e apertando-a levemente. Naquele momento, Nate não se importava se eles estavam no hall de entrada da casa e a porta estava aberta, ele só queria continuar beijando-a até o oxigênio se tornasse escasso.

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Por mais que Ambrosia não tivesse mesmo considerado os comentários do garoto, ele pediu-lhe desculpas mais uma vez, o que fez com que Ambrosia sorrisse de forma afetiva para o garoto. Ela estava acostumada com tais situações, então nem ligava muito, até porque parecia mesmo que o garoto não ousaria em ofendê-la. Mas já ele, pareceu se ofender ao se referir a ele pelo sobrenome. “Desculpa, é costumeiro chamar as pessoas pelo sobrenome, mas como você quiser Edmundo.” falou um pouco intrigada o porque dele não gostar de ser chamado daquela forma, como se o tal lhe trouxesse algo ruim acoplado. Mas a morena deu de ombros e ouviu o garoto reclamar por ainda não ter achado a cafeteria. “É, com certeza você se perdeu. Vamos, eu te mostro o caminho. É uma forma de me desculpar por ter te assustado.” sorriu sincera e saiu em direção ao local. Não era muito longe dali, mas preferiu acompanhar Edmundo, para que ele não corresse o risco de se perder novamente. “Logo chegamos lá, mas enquanto isso, conte-me um pouco sobre você.” a morena pediu enquanto cruzava os braços tentando reprimir o frio que fazia aquela noite. 

Mesmo que ainda constrangido, Ed não baixou o olhar como sempre fazia. Lutou com todas as forças para permanecer fitando a delegada. Sua sinceridade um dia ainda o colocaria em apuros, era ridículo o quão fácil era para que soltasse alguma gafe. “Não foi minha intensão ofendê-la. Sei que fui rude e peço perdão.” murmurou, tentando redimir-se de seu comentário inadequado. Ouvindo o sobrenome, o rapaz esqueceu-se de seu momento vergonhoso e fez uma careta. “Poderia não me chamar assim?” pediu, enrugando o nariz em uma careta. Odiava ter de usar aquele pedaço que o ligava à sua família. Um título inútil ao qual gostaria muito de dispensar. “Oh, estava indo a procura de alguma cafeteria.” explicou-se. Sabia que era a desculpa mais esfarrapada considerando o horário, mas era a única verdade. “Desconfio porém que consegui perder o caminho. Estou andando há mais tempo do que pensava que faria.” admitiu enquanto olhava para os lados.

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Sem conseguir processar o que estava acontecendo, em um segundo ela estava ouvindo as palavras de Nate enquanto rolava os olhos, no outro estava sendo puxada pelo garoto que havia tropeçado. Ela havia terminado em cima dele, com cada perna para um lado do corpo do moreno, fazendo com que ela ficasse em uma posição extremamente constrangedora, encaixada sobre o membro de Parker. Seus corpos estavam praticamente colados e as respirações misturadas, Ambrosia não conseguia fugir dali, nem mesmo se quisesse. O que ela estava sentindo naquele momento, ia além de um tesão reprimido. “Parker...” foi a única palavra que a morena conseguiu sussurrar enquanto encara os lábios entre abertos de Nathaniel e quase que involuntariamente, Ambrosia mordeu seu lábio inferior. 

Nataniel tentou segurar o sorriso que ameaçava aparecer em seus lábios quando Ambrosia concordou em ajudá-lo a subir os degraus até a varanda da casa. Nate entregou as chaves e observou a morena abrir a porta, e a ouviu falar. Ele sabia que ela estava prestes a ir embora, e merda, ele não queria aquilo. Então, Nate abriu os braços e deu um sorriso torto. “Muito obrigada, Srta. Fox. Você é um exemplo de políci…” Nate fingiu tropeçar nos próprios pés e caiu em cima de Ambrosia, envolvendo-a com os braços enquanto ambos caíam no chão. Nate fez questão de deixar Ambrosia em cima dele, então quando suas costas atingiram o chão, ele nem reclamou. “E aí, sou um colchão confortável?” ele mordeu os lábios, seus olhos se movendo entre os olhos e os lábios de Ambrosia. Os dois estavam tão próximos que Nate conseguia sentir o hálito quente da morena em seu rosto.

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Ao chegarem em frente ao casarão de Nate, a morena já estava pronta para se despedir quando o garoto lhe fez um pedido. Encarou-o e suspirou fraco, mas não recusou a ajuda, afinal, ela iria se sentir um monstro se fizesse isso e no fundo, ela estava gostando de passar aquele tempo com ele. Ajudou-o a subir os degraus e pegou a chave que já estavam nas mãos de Nate, colocou na fechadura e girou abrindo a porta daquela imensa casa. Parada, Ambrosia virou-se de frente para o moreno e encarou seus olhos. Se controla Fox! seu subconsciente dizia. “É, está entregue Parker, você fica me devendo essa...” falou baixo apenas para os dois ouvirem e ao invés de sair andando, dessa vez, ela esperou uma resposta de Nathaniel. 

O trajeto todo até o casarão dos Parker, Nate tentou manter uma passada lenta, não queria se afastar de Ambrosia mesmo sabendo que ela provavelmente não queria nada com ele e, assim que o jogasse em casa, iria sair correndo. Por isso, todas chance que tinha de ficar perto da garota, ele iria aceitar. “Se você acha que a minha irmã vai acordar, você está bem enganada. Ela me conhece, sabe que apronto algo assim de vezes enquanto.” Os dois andaram por mais alguns minutos, Nate ia dando as coordenadas enquanto se mantida apoiado em Ambrosia. Assim que chegaram em frente à casa, Nate vasculhou seu cérebro em busca de alguma desculpa para fazer Ambrosia entrar também. “Preciso de ajuda, não sei se vou conseguir subir esses degraus sem me machucar feio.” ele disse em uma voz mais arrastada do que o normal, fingindo estar mais bêbado do que realmente estava.

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O garoto soou bem gentil ao se apresentar, mesmo que ainda parecesse estar apreensivo com a situação. Ao ouvi-lo questionar sobre os ataques da cidade e praticamente chamá-la de incompetente, ela não se abalou com os comentários. “Deve se preocupar sempre, afinal, não é possível eliminar todo mal da sociedade não é mesmo? Mas sim, muitas coisas aconteceram por aqui. Eu cuidava de outra cidade, porém, com toda essa bagunça em Ravenswood me contataram para vir resolver alguns dos problemas.” pela primeira vez, Ambrosia tinha sido totalmente sincera, não era preciso fornecer mais detalhes a Edmundo, ele também estava escondendo algo e isso era mais do que óbvio para Ambrosia que lidava com mentirosos profissionais o tempo todo. “Não se preocupe Hardwin, você ainda não falou nada de estúpido, converso com pessoas que são extremamente sem noção todos os dias, então eu aprendi a lidar.” a morena falou para que ele se sentisse a vontade de continuar a conversar com ela. “Onde você estava indo na verdade? Esqueci de te perguntar isso, aliás, se eu estiver te interrompendo...” quase subconscientemente Ambrosia já gostara do jeito de Edmundo, então já assumira a sua postura natural, sem mais intimidar como delegada. 

Edmund soltou um suspiro aliviado. Parte de si ainda não queria confiar na garota, ela parecia ser jovem demais para ser uma delegada. Entretanto, por saber que nada naquela cidade corria como o normal, resolveu acreditar. “Nesse caso, delgada… Edmund Hardwin.” soltou o nome sem querer, mas, por sorte, mordeu a língua antes que completasse com a informação de onde morava e onde trabalhava. Abrindo um sorriso, curvou-se levemente em uma reverência porém sem tirar os olhos da menor. Temia que a mesma voltasse contra ele sem motivo aparente, somente por vê-lo sozinho no meio da rua. As coisas que não passava somente para obter um café. “Ah, então eu devo me preocupar mesmo. Várias coisas já aconteceram aqui, não? As pessoas falam pelos cantos.” ele soltou antes que pudesse conter o comentário. Suas bochechas esquentaram e assumiram uma cor rosada imediatamente ao perceber o deslize que cometeu na frente da autoridade local. “Cristo, ao menos eu não usei a palavra incompetência.” e mais uma vez a língua estúpida o traía, trazendo as palavras em voz alta. “Eu só… vou ficar calado.”

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A cada olhar de Nate, parecia que ela conseguia sentir a ânsia que ele também tinha de acabar com aquela vontade de se entregar. Ambrosia não era nenhuma santa, então aproveitou que ele estava bêbado e o analisou descaradamente; o garoto vestia uma blusa branca mais justa, uma calça jeans preta e a sua famosa jaqueta de couro. Ele não podia estar mais irresistível, que cretino! porém com o caminhar dos dois até a casa dele, ela estava com a ideia de o manter longe, mas logo ele fez questão de passar o braço pelo seu ombro e fazer uma provocaçãozinha. “Vou te levar para casa para sua irmã cuidar de você e vou embora. Eu não sinto nada Parker. Enfia isso na sua cabeça e vai tentar transar com outra garota.” a morena ficava surpresa com a sua capacidade de mentir sem pestanejar, não acreditava que ele fosse crer em suas palavras, mas ela tinha que tentar, porque ela sabia, se ele ousasse algo hoje, ela não conseguiria resistir. Jogaria tudo para o alto e pensaria nas consequências só no dia seguinte. Aquele garoto lhe tirava a sanidade, e ela gostava disso cada vez mais. Ao se aproximarem do casarão de Parker, estava quase pronta para correr para bem longe. 

Nate soltou uma gargalhada gostosa, escorando-se na parede enquanto encarava a morena a sua frente. Sua mente girava por conta do álcool e ele sabia que acabaria dizendo coisas que se arrependeria no dia seguinte, mas naquele momento ele não poderia se importar menos. “Não, no de tequila não… Agora no meu coração, talvez.” Ele disse de forma meia arrastada, sentindo como se tivesse acabado de contar a piada mais engraçada do mundo. A cada segundo que passava, Nathaniel desejava mais e mais Ambrosia, e ficava cada vez mais difícil esconder. O moreno lambeu os lábios enquanto deixava seus olhos viajarem pelo corpo da morena, focando em cada curva como se não quisesse esquecê-las. “Olha, parece que você tem um coração então, no final das contas.” ele piscou para ela antes de passar o braço pelos ombros da garota. Ele sabia que era muito mais alto do que Ambrosia, porém ele precisava de uma ajuda já que não queria cair no meio da rua. “Vai me levar pra casa, é? Isso quer dizer que você finalmente se rendeu ao meu charme?” Nate disse, sorrindo de forma safada.

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Ambrosia deu um passo para trás e analisou o garoto novamente, procurando algo que o pudesse incriminar, mas - infelizmente - não havia nada. Então desfez a postura de questionadora. “Ok, ser humano desconhecido que parece não ser daqui, eu sou Ambrosia Fox. A única delegada da cidade.” apresentou-se mas não lhe fez um gesto gentil como normalmente as pessoas fazem ao se conhecer, afinal, ela sempre mantinha um pé atrás com quem ainda não conhecia. “Agora você não precisa de intimidar, se algo acontecer, eu tenho uma arma encaixada no meu tornozelo.” a morena falou sério enquanto arqueava uma das sobrancelhas, mas em seguida sorriu fraco para o garoto. “Sou quem defende essa cidade, então pode confiar em mim.” Ambrosia sentiu um gosto amargo da mentira ao falar aquelas palavras, mas manteve o sorriso nos lábios.

Os seus orbes escuros cravaram no rosto mal iluminado da garota à frente. Ele era o único que tinha o direito de estar assustado ali; fora ela, afinal, que aproximou-se mesmo vendo que ele havia parado. “Caso não tenha notado, eu parei de caminhar assim que percebi você vindo.” rebateu infantilmente. Cruzando seus braços para imitar a expressa da jovem, Edmund fitou-a levemente desconfiado. “E por que deveria eu dar-lhe informações? Do mesmo jeito que eu poderia ser, você também tem essas chances, lieben.” disse ele, arqueando uma sobrancelha. A verdade era que o alemão não era a pessoa mais perceptiva; se a morena fosse uma assassina, ele só iria perceber quando já fosse quase tarde demais. A nova aproximação da menor o fez encolher-se minimamente contra a parede. Com toda a certeza, observando aquele comportamento, era uma vergonha para seu pai. Contudo, a cidade, como a desconhecida dissera, não era um lugar muito seguro. Não estava em Bamberg onde todos na minúscula cidade o temiam mesmo ele não sendo a pessoa mais intimidante dos Hardwin. Estreitando os olhos, tentou manter seu rosto livre de qualquer expressão que fosse considerada suspeita. “Eu diria meu nome mas não sei se é seguro. Segundo sua lógica, você também pode ser um ser humano mal intencionado.”

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Enquanto Ambrosia se aproximava da pessoa apoiada no muro, sentiu seu o coração disparar em questão de segundos assim que identificou que o garoto até então desconhecido, era Nate. ‘É óbvio que essa adrenalina é por causa do medo, não por que ele tem esse ar filho-da-puta e para completar um sorriso lindo né?’ a morena indagava-se em seus próprios pensamentos. Mas logo de início, ela pode perceber quão bêbado ele estava e cruzou os braços enquanto o encarava. “Você veio me ver onde Parker? Tentou me achar no fundo do copo da tequila? Acho que errou o lugar ein.” ela respondeu antipática querendo o manter distante, mesmo sabendo que estava ficando cada vez mais difícil. Sempre que ela fugia, o destino fazia questão de por os dois de frente um para o outro novamente. ‘Meu Deus, eu estou falando em destino? Que porra está acontecendo comigo?’ mesmo sem perceber, Ambrosia estava uma imersa em uma completa confusão dentro de si e Nate fazia parte dessa bagunça. “Eu poderia muito bem te deixar aqui sozinho e ir embora, mas você está muito bêbado e eu gosto da sua irmã, e acho que ela não gostaria de te ver assim. Então você sabe me explicar como chega na sua casa? Eu vou te levar até lá.” impôs a garota enquanto se aproximava do moreno mantendo um contato visual fixo. 

Algumas horas mais cedo, o moreno havia decidido ir ao bar e beber um pouco, tinha ligado para uns amigos mas todos já tinham outros planos ou simplesmente recusaram, então Nate tivera de encher a cara sozinho. Então, algumas horas depois, Nate andava sem rumo pelas ruas de Ravenswood, já era tarde e não havia uma alma sequer por ali. Esse era o lado ruim de se viver em uma cidade pequena, as pessoas levavam o toque de recolher um pouco sério demais. O moreno sentia-se muito mais confiante depois de ter tomado várias garrafas de cerveja e alguns shots de tequila, ele caminhava com passos - não tão - firmes em direção à delegacia da cidade. Desde o seu encontro com Ambrosia no bar, ele não havia conseguido tirar a morena de sua cabeça. Nunca fora tão difícil para Nate conseguir uma garota, mas ele podia perceber que Ambrosia não era como o resto das mulheres de Ravenswood e aquilo a tornava ainda mais fascinante nos olhos de Nate. Quando estava perto da delegacia, porém, sentiu uma onda de vertigem lhe atingir e cambaleou na direção oposta da delegacia. O moreno tropeçou em seus próprios pés e se apoiou em uma parede, fechou os olhos e respirou fundo. Não podia vomitar naquele momento, não quando ele estava prestes a ir atrás de sua garota. Ouviu passos vindo em sua direção e permaneceu quieto, rezando para não ser nenhum guarda noturno que iria lhe encher o saco sobre ter bebido tanto. Porém, quando os passos pararam, Nate se virou e deixou seus olhos se focarem na pessoa que estava diante dele. “Ei, gata.” Ele sorriu, meio bêbado, ao ver Ambrosia. “Como você sabe que eu vim aqui te ver? Sentiu minha falta?”

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Ao se aproximar, já pode identificar o semblante do homem parado a uns centímetros de distância. Acusou-a com uma voz realmente alterada, o que ela identificaria como realmente o moreno estava assustado. “Você está parado em uma rua escura, sozinho e me diz que eu te matei de susto? Qual o seu problema?” Ambrosia falou indignada enquanto cruzava seus braços e observava-o melhor. Ela também tinha perdido o juízo, afinal, e se ele fosse um maníaco em série? Ia ser a maior ironia do destino da história de Ravenswood. Mas não conseguia definir o que o garoto em sua frente estava sentindo, se era medo, angústia, algo pior ou uma confusão de todos sentimentos. “Ravenswood é bem perigosa para ficar perambulando a noite por aí. Ou devo desconfiar que você é um elemento ruim para essa cidade? Estuprador? Traficante? Assassino?” ela falava o indagando com suas perguntas de delegada enquanto se aproximava do moreno. Ela não conseguia conter suas qualidades policiais, mesmo que isso lhe representasse um risco. Não sabia o porquê, mas algo no semblante preocupado do homem fez com que a morena pensasse que o mesmo escondia algo. 

Edmund caminhava pela rua escura com um certo receio. Por mais que fosse possível se defender usando as artimanhas aprendidas nas aulas de defesa corporal, se o bandido portasse uma arma, tudo lhe seria inútil. O instrumento trazia desconforto para o rapaz que saira em busca de um café escuro para acalmar seus nervos em mais uma madrugada de insônia. Já estava acostumado seguir por aquele caminho, mas nunca deixaria de sentir o frio na barriga como se algo — bem mais provável, alguém. — o vigiasse. Mantendo os passos lentos e silenciosos, quase sentiu orgulho de si mesmo por dar alguns passos sem tropeçar. Talvez fosse seu foco em conseguir a bebida quente na noite congelante. As mãos enfiadas dentro do sobretudo preto servia como uma armadura para protegê-lo do mal. Encolhido, desconfiado e assustado. Tudo só pareceu piorar quando avistou uma figura vindo em sua direção. Era alta e fina demais para ser um homem, mas mulheres também possuíam intenções más, não é mesmo? Ele prontamente parou de caminhar, apoiando-se na parede. Em sua face surgiu uma carranca inexpressiva por mais que o medo quisesse assumir o controle. Quando deu por si, a criatura desconhecida já estava perto o suficiente para que a luz fraca iluminasse seu rosto. “Fick dich! Quase matou-me de susto!” ele acusou, colocando a mão no peito onde o coração batia acelerado. Ao menos com toda a adrenalina, seu corpo esquentara um pouco.

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Aquele dia na delegacia havia sido uma prévia do inferno para Ambrosia, com o tanto de casos sem conclusão que delegados imbecis de cidades vizinhas não sabiam lidar e repassavam para outro departamento. Como uma pessoa consegue chegar em um cargo tão elevado e não saber lidar com um simples caso? julgava Ambrosia enquanto recolhia todas suas coisas e desligava as luzes da delegacia, afinal, aquela hora da noite todos empregados já estavam descansando em suas respectivas camas. Naquele dia não havia ido de carro então teria que caminhar pelas ruas escuras de Ravenswood, sua casa não era tão longe mas ainda sim um arrepio lhe percorreu a espinha dorsal enquanto andava apressada em direção a sua casa, enquanto tinha o olhar fixo na calçada, perto de um beco pode identificar a sombra de uma pessoa, ela identificaria como um homem, prendeu a respiração e se aproximou do lugar mais escuro procurando quem era a maldita pessoa. Infelizmente hoje ela não estava preparada emocionalmente para matar alguém de susto, tipo, literalmente. 

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Não adiantava Ambrosia se enganar, aquele calor que incendiava o seu corpo por dentro não era mais culpa das doses de vodca. Nate estava fazendo com que ela imaginasse besteiras só de olhar em seus olhos, ‘O que estava acontecendo comigo?’ pensava ela, sem conseguir entender aquela vontade insana de puxá-lo pelo pescoço e lhe beijar até faltar o fôlego. Mas Ambrosia sabia que no fundo, eles dois estavam jogando. E a morena jamais perdia um jogo, por isso se recompôs. Percebeu o garoto se aproximar e sentiu os lábios do moreno tocarem o canto de sua boca, ‘Merda’, pensou e em seguida, de forma instantânea, mordeu seu lábio inferior ao ouvir a proposta do moreno. —  Se nós sairmos daqui e eu te levar para minha casa, vou te mostrar tudo que sou capaz de fazer.  — falou baixo para que apenas eles dois ouvissem, molhou seus lábios ao passar a língua de leve.  — Mas ainda não Parker.  — aproximou-se novamente do ouvido do garoto  — Quem sabe um dia você ainda consiga me fazer gemer seu nome?  — sussurra e afasta-se com um sorriso traveso nos lábios.  — Enquanto isso, só sonha com isso.  — Ambrosia cola seus corpos totalmente e lhe rouba um selinho demorado, morde o lábio inferior de Nate enquanto separa seus lábios.  — Boa noite Parker.  — sorri a última vez para ele antes de sair andando para fora do pub. Ela não sabia que porra era aquela que estava acontecendo, mas só tinha uma única certeza: não queria que acabasse. 

Existia uma possibilidade de Nate estar perdendo o seu tempo ao flertar com Ambrosia, a mulher já havia feito alguns comentários e até o deixou sozinho no meio do parque, mas assim que ela começou a beijar seu pescoço, Nate pôde comprovar que ele não era o único interessado naquilo. Quase que inconscientemente, o moreno passou um braço pela cintura de Ambrosia e a puxou para mais perto, se é que aquilo era possível, considerando o quão próximos estavam um do outro. Ele a ouviu sussurrar em seu ouvido e por um breve instante, perdeu o fôlego. Ambrosia estava brincando com fogo e Nate faria questão de fazê-la se queimar. — Hum, vai rolar algemas? Porque acho extremamente sexy e adoraria tentar. — ele disse, sua voz baixa o suficiente para que apenas a morena ouvisse. Quando sentiu-a morder o lóbulo de sua orelha, Nate apertou a cintura da mesma levemente. <i> Merda, merda, merda. </i> Aqueles joguinhos iam acabar matando Nate, mas ele estava adorando tudo aquilo. — Eu não posso responder isso. Sabe como é, acho que já estou ficando um pouco tonto. — ele mentiu na cara dura, sorriso torto e mantendo a mão na cintura de Ambrosia. Percebeu que ela não havia se afastado e tomou aquilo como um bom sinal, e então inclinou-se na direção da morena, aproximando os lábios dos dela. Porém, ele virou o rosto levemente para que pudesse depositar um beijo no canto da boca de Ambrosia. E então se afastou para encara-la. — Acho que você vai ter que me levar pra sua casa, então. — ele disse, dando um sorrisinho. Se Ambrosia queria mesmo fazer aquele joguinho, Nate iria fazer com que ela perdesse.

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Ambrosia ao ouvir a provocação do garoto, sorriu maliciosa e decidiu que deixaria seus instintos de bêbada alterada se aguçassem um pouquinho mais. Voltou a se aproximar deixando seus corpos quase literalmente colados. Por impulso passou suas mãos em volta do pescoço do moreno e aproximou sua boca para o pescoço do mesmo depositando ali um beijo fraco, roçou seus lábios mais uma vez enquanto levava sua boca até o ouvido de Nate.  — Se você não se comportar, eu vou ter que te levar para minha casa e cuidar desse seu jeito levado na minha cama.  — provocou ao sussurrar e em seguida morder o lóbulo.   — Mas nós dois sabemos que você vai se comportar e não vamos nos deixar levar pelo álcool não é?  — Ambrosia sem se afastar, falou enquanto estava fixada no olhar do moreno. Ela não sabia muito bem onde estava se metendo, ao mesmo que provocava seu instinto gritava para que ela recorresse a sanidade. ‘Ele é problema’, seu subconsciente gritava, ‘Mas eu também sou!’ , brigava em seus próprios pensamentos, mas ao sentir a respiração do garoto se misturando com a sua, logo todos pensamentos se esvaíram.

Nate ficou o tempo todo com um semblante calmo, não queria parecer muito desesperado ou rude. Porém, quando Ambrosia o deixou ficar, foi impossível esconder o sorriso. — Isso. — ele comemorou, levantando o punho no ar e rindo. Viu a morena se aproximar e sussurrar em seu ouvido, o hálito quente batendo contra sua orelha m. Merda. Ele pensou, aquela mulher só podia estar querendo o deixar louco, e o pior é que ela estava conseguindo. — Se eu não me comportar, o que você vai fazer comigo? — ele perguntou, provocando-a enquanto encarava seus olhos esverdeados. Percebeu que Ambrosia ficou olhando para seus lábios por algum tempo e sorriu internamente ao vê-la um tanto quanto afetada. Era bom saber que ele não estava se metendo em uma furada. Observou-a pedir outras cervejas e olhou para a garrafa que estava nas mãos da garota, ele estava tão avoado que nem ao menos a vou pegar de suas mãos. — Com toda a certeza. Todos aqui são um livro aberto. — ele sorriu amarelo. Nem todos. Nate pensou e balançou a cabeça para espantar aqueles pensamentos e voltou sua atenção para a bela morena a sua frente. — Eu sou um bom moço, juro. — ele levantou as mãos e riu.