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androazevedo-blog · 8 years ago
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NUM LOOPING
Simplesmente o viver se tornou algoritmos. Ãh? Sim, assim como nas merdas midiáticas da web, a vida anda meio bugada, viciosa e sem sentido. As pessoas só enxergam o que querem. Não adianta tentar mostrá-las. Você curte um canal no youtube, uma “música”, um “conteúdo”, e o madilto algoitmo te levará ao looping infinito de coisas referentes e parecidas ao seu gosto.
Será que esse gosto é seu mesmo?
 Como a grande parte dos seres humaninhos são ESCRAVOS do celular, passam 80 por cento de suas míseras horas do dia assistindo, lendo e ouvindo apenas o que aparece em seu “feed vital”. Só que na net isso é legal, na vida não tem como. Há o acaso, o imprevisto, a ação, os acontecimentos que não respeitam nossa vontade, e aí nasce o medo de viver o desconhecido. O falso controle de tudo na palma da mão. Você quer comida? App pra pedir, se quiser “amigos” para desabafar, sempre tem um palhaço para ouvir, ora, sim, você quer um “boy”, um crush (uma das coisas mais toscas em questão de termo que inventaram) ou apenas um “lepo-lepo”, temos app pra isso também!!
Vivemos em um mar de SIM.
Mas a vida diz não.
A vida disse não para mim essa semana quando um amigo do trabalho faleceu.
A vida diz não quando alguém que você ama escolhe outra pessoa.
A vida foge quando você se enxerga sozinho, em situações que só você, somente você, só o seu EU pode decidir.
E não há aplicativo que irá te dizer o que fazer.
Não ponha culpa em deuses, demônios ou nos outros.
Ninguém se assume mas, tudo é culpa de algo, algum sistema que falhou, algum erro médico, algum acidente de percurso.
Não.
A vida é viva.
A vida é o que acontece, um grande organismo complexo, respira, reproduz e morre, não há tecnologia que irá dominar todos os preceitos do viver.
Ninguém explica o espírito, sim, ele existe, basta sentir.
Mas você ainda tem sentimentos?
Ou já está nessa merda automática, em clique, telas, fake, virtual, falso como sua foto cheia de retoques em um lugar que você nem queria estar.
Não fuja de si mesmo, ou acabará enlouquecendo, ou pior, acabando como vários artistas talentosos, mas perdem o fim da meada nesse caos de meis verdades.
Os homens se tornaram amantes de si mesmo.
É triste e assustador.
A arte, principalmente a música, se fala em maior parte em devaneios, putaria e ser vida louca.
Um vazio tenebroso.
É necessário se conhecer, refletir, fortalecer a fé no viver, acreditar em futuro, se rodear de pessoas que de fato se importam.
Viver de verdade, fora da caixa, fora de ecrãs, correndo riscos, porque na verdade, estar vivo já é a prova que seu tempo está passando, e não se pode perder tempo com futilidades e superficialidades sem fim…
num looping infinito…
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androazevedo-blog · 8 years ago
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Já testemunhei olhares nuncas vistos.
Já denunciei males que até então eram tratados como virtudes,
Já encontrei com fatos que os humanos fazem questão de se afastarem.
Já lido com sentimentos que poucos conseguem discernir,
Já me encontrei só, exultante, e um pouco confuso, por não haver melhor companhia.
Já clamo a um Deus que poucos conhecem.
Já sei que o que vivo, o que choro e o que sorrio, não diz a respeito a ninguém.
Sei de tudo isto.
Mas se me perguntarem,
negarei saber de quaisquer estas coisas.
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androazevedo-blog · 8 years ago
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Programação Pontual
Às vezes, a felicidade é apenas assistir meu filho assistindo Mr. Bean.
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androazevedo-blog · 8 years ago
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NUM LOOPING
Simplesmente o viver se tornou algoritmos. Ãh? Sim, assim como nas merdas midiáticas da web, a vida anda meio bugada, viciosa e sem sentido. As pessoas só enxergam o que querem. Não adianta tentar mostrá-las. Você curte um canal no youtube, uma “música”, um “conteúdo”, e o madilto algoitmo te levará ao looping infinito de coisas referentes e parecidas ao seu gosto.
Será que esse gosto é seu mesmo?
 Como a grande parte dos seres humaninhos são ESCRAVOS do celular, passam 80 por cento de suas míseras horas do dia assistindo, lendo e ouvindo apenas o que aparece em seu “feed vital”. Só que na net isso é legal, na vida não tem como. Há o acaso, o imprevisto, a ação, os acontecimentos que não respeitam nossa vontade, e aí nasce o medo de viver o desconhecido. O falso controle de tudo na palma da mão. Você quer comida? App pra pedir, se quiser “amigos” para desabafar, sempre tem um palhaço para ouvir, ora, sim, você quer um “boy”, um crush (uma das coisas mais toscas em questão de termo que inventaram) ou apenas um “lepo-lepo”, temos app pra isso também!!
Vivemos em um mar de SIM.
Mas a vida diz não.
A vida disse não para mim essa semana quando um amigo do trabalho faleceu.
A vida diz não quando alguém que você ama escolhe outra pessoa.
A vida foge quando você se enxerga sozinho, em situações que só você, somente você, só o seu EU pode decidir.
E não há aplicativo que irá te dizer o que fazer.
Não ponha culpa em deuses, demônios ou nos outros.
Ninguém se assume mas, tudo é culpa de algo, algum sistema que falhou, algum erro médico, algum acidente de percurso.
Não.
A vida é viva.
A vida é o que acontece, um grande organismo complexo, respira, reproduz e morre, não há tecnologia que irá dominar todos os preceitos do viver.
Ninguém explica o espírito, sim, ele existe, basta sentir.
Mas você ainda tem sentimentos?
Ou já está nessa merda automática, em clique, telas, fake, virtual, falso como sua foto cheia de retoques em um lugar que você nem queria estar.
Não fuja de si mesmo, ou acabará enlouquecendo, ou pior, acabando como vários artistas talentosos, mas perdem o fim da meada nesse caos de meis verdades.
Os homens se tornaram amantes de si mesmo.
É triste e assustador.
A arte, principalmente a música, se fala em maior parte em devaneios, putaria e ser vida louca.
Um vazio tenebroso.
É necessário se conhecer, refletir, fortalecer a fé no viver, acreditar em futuro, se rodear de pessoas que de fato se importam.
Viver de verdade, fora da caixa, fora de ecrãs, correndo riscos, porque na verdade, estar vivo já é a prova que seu tempo está passando, e não se pode perder tempo com futilidades e superficialidades sem fim...
num looping infinito...
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androazevedo-blog · 8 years ago
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NIILISMO
Um dos poucos Grunges se foi, 
mensagens invisíveis nos ares,
o fake existencial nos semblantes do metrô,
e o frenesi de nadas e lugares nenhum,
a grande nuvem virtual de carências afetivas e amigos invisíveis,
e um bando de mediocridades egoístas.
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androazevedo-blog · 8 years ago
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ESPELHOS
A rede social, hoje em dia, é apenas um irmão mais velho querendo atenção dos pais quando nasce o irmão caçula.
“vamos salvar as baleias azuis”, e vai andando tropeçando num mendigo na calçada, não enxergou, pois vive na porra do celular.
Vão se foder.
“sou good vibes, não seja consumista”, escreve isso na fila do podrão gourmet vegano que custa mais de 20 pratas. E se não der a grana pra comprar, xinga a mamãe e o papai.
Óh, ode hipócrita!
“Você é tão intolerante, deixa de ser tão crítico!”, sim, continue comprando ingressos caríssimos para ROCK ROLA, LULAPALOZA, e a porra do preço só aumenta no mercado, a comida cada dia mais cara no supermercado, o país com sua cultura medíocre, a lama da corrupção, a educação cada vez pior, e as universidades públicas infestadas de ideias e doutrinas manipuladoras e boçais.
“estamos preocupados com os índios e os animaizinhos de rua”
Critique os empresários e enriqueça-os ao mesmo tempo.
Silêncio, vai começar o jogo do Flamengo,
Apartai-vos de mim!
As infinitas opções de autoajuda nas estantes, os “formadores de opinião” do caralho do youtube, feeds intermináveis de notícias e boatos, “não tenho tempo pra ler” - e perde horas em selfies on-line - puta que pariu, eles fazem show filme e desenho, tudo para sua diversão, alegria e “conhecimento”.
As neo-religiões, a espiritualidade da prosperidade, os deuses caricatos com a cara do freguês.
Para quê seguir tradições ou alguma denominação, invente já a sua! Seja você mesmo o Messias Hipster !!
fulano postou - “estou triste, alguém quer falar?”
E a mãe preocupada com filho, pois não quer conversar com ela.
A carência virtual, o despropósito existencial contemporâneo, o vazio das relações, a coisificação e customização da vida, em tudo e em todos, o mundo líquido de Zygmunt, as pedras de Sísifo, e as reclamações de um escritor fracassado.
Óh, admirável mundo novo!
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androazevedo-blog · 8 years ago
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Caminhando...
Que por mais que eu pense, Pesquise, procure, Por mais que eu seja de fato, O que sou. Ser uma pessoa boa. Mas, afinal, Quem determina o destino das escolhas? Dobro à esquerda ou à direita? Sou apenas mais um miserável querendo atenção: De Deus, dos amigos ou de alguma puta. Quem sabe alguém que valha a pena. E o que fazer com a falta de persistência? E as sobras de "não faz diferença"? Que por mais que pense ser melhor que algo, Na verdade não se pode ter um axioma no bolso, Sempre peço informações no caminho, E geralmente chego e saio sozinho.
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androazevedo-blog · 8 years ago
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EM UM TREM...
Aqui, Há umas cinquenta almas... Quarenta distraídas, Umas vinte e cinco pensando, Deus sabe o que elas pensam... Quem sabe, umas seis valham a pena conhecer. Mas estou ouvindo uma conversa alheia, E com certeza, Há dois senhores conversando sobre Deus.
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androazevedo-blog · 8 years ago
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Noites da Vila I
 -Quando estamos com uma mulher que não amamos mais é horrível, sei lá, fica uma sensação estranha – resmungava com a voz engasgada de desabafo, baixando o copo na mesa suja de bar, um rapaz com a barba da moda.
- É como aquela sensação de punheta interrompida, fica uma quase dor, tipo uma vontade de urinar que nunca acaba, parece que vai sair alguma coisa e não sai nada, sei como é Mateus.
Todos os presentes caem na gargalhada.
- Nossa esse papo está ofensivo e sexista, continuem cavalheiros, meu Deus, quem é que diz “urinar”, que bichice, só você mesmo Chico.
- Alguém tem que se foder, e aí? Vai se separar ou não? Decide. Anda logo, está com medo da mulher, acha que é bandido, mas não é.
-Qual foi Gegê? Estou pensando, ainda não sei, mas realmente não está mais dando certo... Acho que não sinto mais nada pela Alana e ela também não ajuda em nada.
- Também, é um abestado, casou cedo. Apenas seis meses. Não é bandido. Paixonite. Está fodido.
- Puxa, calma aí Gegê, eu estava apaixonado, isso acontece, e você e a Conchita não foi assim também?
Risos sussurrantes e soluçantes.
Conchita é um traveco que trabalha na rua Ceará, uma rua de “empreendedores” da zona norte do Rio de Janeiro.
- Pode rir, Conchita é mulher, é mutilada, tem boceta, eu como, dá para lamber, é mulher, estou nem aí. E ela vai largar o trabalho agora, irei lá buscá-la e vocês vão ou não?
(mutilada deve significar que ela fez cirurgia para troca de sexo).
- É, por mim tudo bem, não tem nada melhor aqui mesmo. Tanto faz, e também pode ser mais um motivo para brigar com minha mulher, já quero sair de casa mesmo. – Mateus termina sua bebida e pede a conta.
- Por mim também, quando vocês quiserem...
Gegê paga o restante da conta, agradece o dono do bar, de sua maneira escandalosa é claro, xingando o Zé de todos os nomes possíveis que a intimidade dá o direito, ridiculariza os dois amigos que estão com ele, pois para Gegê todo o homem que for mais novo que ele é moleque, e se nunca “puxou carro”, você não é bandido e não sabe das coisas da vida. É a filosofia Gegeística, o que se pode fazer?
Gegê tinha orgulho de proferir suas merdas filosóficas, já é mais que conhecido por freqüentadores dos bares de Vila Isabel, quem o conhece bem sabe que ele teve uma adolescência esquisita, alguns distúrbios, más companhias, uso de drogas e remédios controlados, tudo isso, e um pai ausente que era um influente desembargador, alguns pauzinhos mexidos, Gegê agora é um homem de cinqüenta e dois anos com uma pensão generosa paga pelo estado, pois é atestado como impossibilitado de trabalhar.
“Vai trabalhar amanhã? Eu não, tu paga meu salário, alguém tem que se foder e não vai ser eu não”.
Ouvia-se essa frase cruel e engraçada quase todas as noites.
Atravessaram então algum cruzamento próximo à rua São Francisco Xavier, Gegê chama um táxi de longe, o carro faz um contorno e para na calçada bem em frente aos três cavalheiros que se aventuram na noite carioca. Os três entram no veículo, como de praxe, Gegê senta no banco da frente e pagará a corrida:
- Parceiro. Vamos para a Disneylândia , vamos lá, encontrar minha mulher, pode ir... - O taxista tenta esconder o espanto da falta de noção do passageiro, os dois rapazes atrás morrendo de rir, Mateus sempre gravava, escondido, as conversas no táxi só para ficar ouvindo e rindo depois. O taxista entende que eles desejam ir ao puteiro, a conhecida Vila Mimosa.
- Rua Ceará, não é? - resmunga só para se certificar do destino infame.
O táxi segue rápido no meio da noite de sexta-feira, na boemia da zona norte.
Chico queria ficar num bar de rock logo no inicio da rua, mas Gegê disse que precisava buscar a Conchita primeiro, se ele se atrasasse ela ficaria brava, e bar de rock é coisa de playboy, e ele é bandido deve ir para casa das primas, Mateus olhava perdido pela janela com sua cara de abobado, como se quisesse e não quisesse ir para o tal lugar, no fundo só queria resolver sua vida de alguma forma mais rápida e menos estressante.
A madrugada já devia correr lá pelas duas da manhã,
Táxi pago. Chegaram ao destino, mais bebidas e conversas fiadas.
A noite é uma criança ou uma puta mutilada.
A algazarra das vozes misturadas, os cheiros distintos, uma sinestesia barata pelo o preço de um paladar urbano e underground, tudo era muito e muito tudo. Uma cena grotesca ao mesmo tempo banal, mulheres seminuas, homens caindo de bêbado, um ambiente sujo e aconchegante, onde qualquer um pode entrar e sair sem ser notado e incomodado.
Um lugar que deveria se chamar: trivial.
Chico põe uma moeda no som, toca um clássico de ACDC, a maioria não curte muito. E daí? Foda-se, num lugar como esse...
Mateus troca olhares com uma puta, morena clara, o que se chama de magra com curvas, pernas torneadas bem a amostra, tudo em um vestido preto curtíssimo, cabelos alisados, escorridos, até a altura dos ombros, rosto com traços finos, se estivesse bem vestida em um shopping seria uma mulher elegante, mas afinal o que impede de que ela seja de fato da mesma laia das mulheres elegantes, talvez ela fosse até mais, pois pelo menos ela cobrava pela sacanagem, diferente da Viviane, a loirinha da recepção do trabalho que fazia de graça. Mas aí são outras observações, estamos no happy hour, não falaremos de trabalho.
Mateus finalmente pergunta quanto é o programa, ela diz que é quarenta e deve ser pago antes.
Mateus subiu com a puta.
- Ih, caralho! Por essa eu não esperava, logo o puritano!
- Parceiro, deixa ele, é normal, e com puta não é traição não.
Chico apenas caiu na gargalhada, deu uma golada generosa em sua bebida, e ao olhar por alguns segundos ao redor, franziu a testa, e parecia que alguém lhe era familiar:
- Olha ali! Não é o Marcos?
- Sei lá, deve ser, é bandido, ele vive por aqui também... Conchita está demorando, parceiro, não quero esperar muito não...
Em menos de quinze minutos, surge Mateus descendo as escadas com cara de preocupado.
- Rapaziada, estou partindo.
- Porra já desceu! Precoce do caralho, vai ao Medical Boston!
- Cara, é sério, aconteceu uma parada...
A puta que havia subido com Mateus surgia na entrada do bar e começou a cochichar com uma amiga de trabalho, as duas fizeram uma cara de nada felizes, Chico comentou que avistara Marcos de longe, Mateus puxa Chico para um canto e finalmente conta o ocorrido:
- A camisinha saiu, cara!
- Caralho! Só faz merda! Mas e aí?
- E aí? Saiu... E ficou dentro dela! Sumiu!
- Caralho isso é possível?! - Chico desata a rir, não sabe se por causa da parte cômica ou é de nervoso, mas ria tanto que não consegui falar direito...
- Cara, só tu mesmo! Meu Deus!
- A porra do programa era vinte minutos ou até gozar... Eu gozei... E continuei... Bem costuma funcionar, mas agora vi que com camisinha não...
- É, vamos sair daqui antes que você apanhe, vamos ali no Marcos!
Atravessaram a rua, subiram dois degraus, há uma mesa com um cara de quarenta anos e duas mulheres no colo e três garrafas de cervejas importadas:
- Que isso man! Vocês aqui! E aí manos?
- Fala, Marcos! Vejo que está tudo bem, muito bem!
- Sempre bem acompanhado, ou, muito acompanhado!
Todos já se embaralham em uma conversa automática, em meio há muitas gargalhadas, até que Chico lembrou de mencionar o acidente ocorrido com Mateus, os três quase se mijaram de tanto rir, Mateus em um misto de vergonha e bom humor, dizia que fez rápido para ver se conseguia um desconto, perguntou se tinha “fast-food”, mais risos e bebidas, e a madrugada ia correndo e voando entre a fumaça de cigarros, entre os barulhos de motos e carros indo e voltando pela a rua Ceará, de repente a bebida ou o dinheiro havia acabado, a sobriedade também já dava boa noite, e os três resolveram partir:
- Parece que Gegê sumiu!
- Ele sempre faz isso, será que ele achou a Conchita... A propósito, eu nunca a vi!
- Verdade, eu também não, sempre acontece algo na hora dela aparecer e a gente nunca conhece a lendária Cochita.
 Andando até a Praça da Bandeira, a partir dali cada um seguiria para lados distintos.
- Cara, manos, sou mais irmos para a Leopoldina, e aí cara? - Marcos falava alto, rindo, meio alterado.
- Bem, eu não curto andar ali de madrugada, sei lá, mas se vocês querem...
- Por mim, já andamos até aqui, só mais um pouco - Chico já seguia na frente com seu otimismo bêbado.
Ao dobrarem uma das escuras esquinas, não encontraram a esposa do imperador, mais quase isso, uma loira extravagante, com o rabo quase todo de fora, um decote generoso, e um farol mais alto que dos carros que passavam correndo na estrada. Ela mexeu com os rapazes perguntando aonde iriam, Mateus deu boa noite, respondeu apenas que iriam para casa, Chico apenas ria e dizia que era “quase mulher”, da espécie da Conchita, Marcos começou a conversar com o ser noturno, cambaleando e rindo sem parar.
- Vai ficar aí, hein, Marcos! Estamos indo... – Marcos falava que já estava indo, o traveco apalpava o pau de Marcos tentando persuadi-lo de fazer um programa, Marcos respondia que mesmo se quisesse fazer algo não conseguiria, apertou a mão do trabalhador noturno, se despediu desejando sorte. A “loira” dobrou a esquina e sumiu... Vinte passos depois desaparece a graça, outra coisa sumiu, o celular de Marcos, e como num passe de mágica, o efeito do álcool é cortado e Marcos sai correndo para ver se consegue alcançar o prejuízo.
Tarde demais.
Como diria Gegê, tem que ser bandido na madruga. Muito bandido mesmo, de todas as formas e sexos, todos mesmo! A loira estava combinada com um taxista, entrou no carro e meteu o pé...
A madrugada terminava de uma maneira bem idiota e engraçada.
Afinal, como diria Gegê: “alguém tem que se foder!”
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