Vene ja Kuu
by Milamai
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Pescador de almas
Estou sozinha
A ser levada pelas ondas que vêem e que vão
Não encontro um porto
Nem ninguém para me dar a mão
O stress consome as almas mais fracas
Não o posso negar
Mas não a consigo proteger
Enquanto o mar não acalmar
Querido pescador
Ajuda-me e não me deixes afogar
Mostra-me que o mar não é só isto
E que ainda me posso salvar
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Num jogo de palavras
Fazes me dizer o que tanto tenho medo
O que te dá prazer e me faz vacilar
Fazes me ser o que não sou
Enquanto te levo a lugares
Que nem eu mesma sabia que existiam
Levo-te ao teu auge e tu gostas
Só para ver como ficas
Dir-te-ei o que queres
Quantas vezes o quiseres ouvir
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“ Let's have an adventure
Head in the clouds but my gravity's centered
Touch my neck and I'll touch yours”
The Neighbourhood - Sweater weather
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Sou uma massa humana em constante estado de paralesia no imenso universo no qual me encontro
Um ser indeciso que não sabe o que pretende nem de si, nem de quem me rodeia`
O que quero fazer da vida? Uma pergunta que me deveria deixar com os nervos à flor da pele fazendo-me lançar um monte de pretenções e ambições mesmo que tolas ou sem fundamento.
No entanto, não possuo nenhuma, quero encontrar o meu rumo. É suposto que nada faça sentido e eu me sinta cada vez mais perdida? É suposto sentir que sou mais que um ser composto por atomos que anda pelas ruas sem qualquer objetivo? O que sou eu no meio disto tudo?
Sou um ser diambulante que nada sabe.O que poderia eu saber?
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Window
Na minha janela costumava fotografar
Fotografava o céu sem me cansar
Hoje quis o céu mais uma vez capturar
Mas contigo lá presente esqueci-me de o apanhar
Conta-me como isto se veio a suceder
Fizeste-me esquecer as fotos que tanto gosto de recolher
Para seres tu o panorama que mais quero compreender
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Procuro por ti
Numa cidade vazia
Sinto a nostalgia
E a cabeça a pesar mais a cada dia
Onde estás?
Procuro mais um pouco
Já bem próxima de um desconforto
Tão incomodo e louco
Quero-te encontrar
Não importa a maneira
Só a tua presença
Já vale pela minha vida inteira
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tenho medo medo do que és medo do que farás pessoa com 1000 facetas com quem tenho sempre de ter um pé atrás não entendo o que queres sabes que estou aqui para ti Não vás atrás de qualquer uma Quando já me tens a mim
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Sinto-me insegura quando não estás Espero por ti como uma pequena chama acesa Que não aguentará todo o rígido inverno Diz me o que fazer peço-te Tenho medo que seja só uma ilusão Tenho medo de me apegar Tenho medo de elaborar um belo plano de fuga e simplesmente partir Diz me o que fazer antes que seja tarde de mais E eu me derreta só de pensar na tua presença
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Vivo numa casa fria
Onde hoje já não habita ninguém
Foi o lar de uma família
Onde eu própria já fui alguém
Tenho medo de quebrar
Magoa demais saber que acabou
O que faço para voltar
E reparar o que com o tempo falhou
Perdida entre pensamentos
Oiço o ressoar
Uma paragem nos batimentos
Sinto-me no limiar
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Tudo parece turvo
Longinquo e abrasador
Numa monotonia de cores
Um jogo entre o branco e o preto
O branco dos meus lençois
O preto da noite que trazes contigo
Em que as peças são os nossos corpos
E apenas estes
Em luta um contra o outro
Corpos completamente despidos de roupas
Mas se calhar não tão despidos de sentimentos
Pelo menos é o que eu, em segredo, desejo
aneamahe
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Vazio
No meu peito oco
Já não oiço o batucar
Na minha cabeça abalada
Existem mil pensamentos
Impossíveis de travar
Vazio
Sem saber para onde
O meu coração é arrastado
Esmorecendo um pouco mais
Sendo sempre derrotado
Vazio
A razão afasta a incoerência
A paixão diz-se partir da inocência
Qual destas mercerá mais benevolência,
Dentro desta minha cabeça?
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Sou o suícidio em pessoa
É impossível negá-lo
Sou o buraco negro do desespero
Em que não te queres perder
Mas perdes-te
Não me culpes
Não aceito a culpa de viver
A moral desvanece
O teu desespero permanece
Não te atrevas a entrar
É perigoso
Porém, tu entras
Desafias as trevas
E nunca as superas
Sei do que falo
No fim entenderás.
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Somos doentes por amor
Amor que não é nosso, mas que vem de nós
Amor dado pelos nossos pais e que nos quebra
Amor imperfeito, cheio de sequelas
Amor que traz dor, magoa e sofrimento
Amor que faz falta, mas magoa tanto ao mesmo tempo
Amor que nos dão, mas dá medo de amar no futuro
Não quero amar da mesma maneira que todos os outros amam
Quero amar genuinamente
Amar como os outros não amam e nunca amarão
Quero amar de forma legitima sem ter que acabar sempre num colchão
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Numa rua escura e vazia arrepiei-me ao sentir a pele alheia
Uma pele que não me pertence apesar de a sentir incessantemente
Lembro-me de todos os seus promenores, desde as pinturas macabras a fortes aguarelas marrons e roxas pintadas por todos os que tiveram a chance de a conhecer. À sua tonalidade translucida como a água mais pura e limpida alguma vez conhecida, embora isso esteja muito longe da realidade.
A absurda sede não desaparece e esta pele que me saciou apenas me faz almejar por mais, mesmo que agora já não a possa voltar a ter, nunca mais.
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Partes vezes de mais para quem quem quer ficar Voltas vezes de mais para quem quer partir És um meio termo indelicado com o qual quero e não quero coexistir Se te disser que anseio a tua partida, viras me as costas de vez? Dá me a volta ao estómago só de pensar que és capaz de o fazer Estou pronta para o que vier, ou talvez não esteja assim tanto Quando voltares avisa me que chegaste, estarei a dormir do teu lado da cama
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