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Angeline deveria admitir estar curiosa quanto à dinâmica dos antigos casais. Afinal, dizem que um relacionamento prévio pode falar muito sobre o posterior, não? E, ainda que tivesse ciência de que a maioria deveria ter amadurecido e mudado, imaginava que algo poderia ser inferido. A presença de Derek, por exemplo, evidenciava tanto suas preferências quanto alguns dos demônios que a perseguiam. E talvez fosse exatamente essa a intenção. “Sou a Angeline. Angel.” Se corrigiu rapidamente, com um sorriso. Jamais apreciara ser chamada pelo nome completo, visto que era associado aos eventos do círculo social de seus pais que costumava frequentar. “Não se preocupa! Para ser sincera, começo a me questionar se eles não deveriam ter distribuído crachás para todos nós.” A careta seguiu uma risada suave. “Então você é a que saberia me contar todos as histórias constrangedoras dele? Porque eu aceito saber todas elas.” Continuou em um gracejo, antes de estender a mão. “É um prazer conhecê-la, Valentina.”
with @angclinc
Seria uma grande mentirosa se dissesse que não tinha mais sentimento algum por Javier, e que não tivera esperanças de que ele pudesse se apaixonar por ela depois que a antiga namorada faleceu. Entretanto, não foi o que aconteceu. Manteve-se presente como uma boa amiga, e o rapaz acabou indo para o reality e, pelo que assistiu, havia se envolvido com outras garotas mais do que com ela própria, o que feriu um pouco o seu ego e a machucou um pouco. O suficiente para fazê-la implicar um pouco com as garotas? Talvez. Chegaria numa boa em cada uma delas, e deixaria o seu coração lhe guiar - fosse ele a levando a fazer uma boa ação ou queimar um pouco o filme do latino. ❛❛ Me desculpe, você é a Addy? Ou Angeline? Ou… Lorelei? Não, essa é a de cabelo curto. Desculpa, não decorei todos ainda. ❜❜ Fez uma careta, um sorrisinho quase sincero. Era a verdade, dessa vez, sem intenção de alfinetar ou dizer menos da moça. Apenas queria confirmar de quem se tratava para, então, montar suas teorias e opiniões baseado no que sabia. ❛❛ Eu sou a Valentina, ex… Quer dizer, amiga do Javier. Ele prefere assim. ❜❜
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jamestirling:
— Então quer dizer que seu ex quebrava a cara de quem desse em cima de você, huh? - James disse ao passar os braços ao redor de @angclinc e trazê-la para bem mais perto, colando seu corpo no dela. — Ele não me pareceu indiferente. - E com isso ele queria dizer que provavelmente o tal de Derek ainda quisesse algo com ela, não sabia dizer e se quer se importava no momento, não quando tinha ela tão perto. — Mas e você, assustada com a louça que trouxeram como minha ex? - Ele brincou. Em sua mente não fazia sentido chamar Helena de ex, nunca haviam namorado. — Eu minha defesa eu nunca disse que estávamos namorando, pelo contrário, nem nunca disse que éramos exclusivos. - Ele sorriu novamente, levando a mão a nuca dela e se aproximando para um beijo. Ele havia dito para ela, que ela fora a primeira namorada dele, mesmo que de mentirinha.
A morena deixou escapar uma risada, o revirar dos olhos demonstrando como percebera a provocação. “E era motivo de briga entre a gente, então não pense em tentar um método parecido.” Apesar do tom quase acusatório, o ligeiro curvar de lábios indicava seu divertimento. Afinal, duvidava que James seria capaz de uma reação semelhante. A Beaumont deslizou a ponta dos dedos por seu bíceps, traçando o contorno de seus músculos até que alcançasse os ombros largos, onde posicionou os braços. “Indiferente em que sentido?” Ela franziu o cenho. Ainda não tivera a oportunidade de conversar com Derek propriamente, no entanto, devia admitir que ele fora mais gentil do que a maioria - provavelmente em consideração ao relacionamento deles. “Aposto que você só iludiu aquele pobre coração apaixonado... Eu estou achando que deveria tomar cuidado com você, James Stirling. Você é mais perigoso do que eu imaginava.” Ela soltou um riso baixo, correspondendo ao beijo com a mesma naturalidade que realizava no período em que estiveram namorando. Era estranho que ainda lhe parecesse tão... certo?
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javierantt:
Ergueu os ombros com a pergunta dela, inclinando os lábios para baixo, como se lamentasse não poder responder. Não saberia o que dizer, porque simplesmente ainda era muito inconsciente o motivo pelo qual decorava pequenas informações que ela lhe dava. Javier se importava com ela. ❛❛ Eu só… lembrei. ❜❜ Tentou sorrir, mas a risada que escapou dos lábios foi abafada, sem humor. Não era o momento, apenas ficou sem graça pela situação. Será que ela havia percebido o quão desconcertado ele ficou com algo tão simples? Concordou com a cabeça com o que ela disse, silenciosamente admitindo o erro em ter escutado metade da conversa e tirado conclusões precipitadas. Erro maior ainda a forma como agiu, ele sabia disso. Faltava, agora, verbalizar o pedido de desculpas, e a verdadeira questão ali era se ele engoliria o orgulho e o faria. ❛❛ Me desculpa. ❜❜ Disse, sem pensar muito, porque se o fizesse, ele não o faria. Ainda que fosse um mistério para ele a razão para ter engolido o seu orgulho tão facilmente. Fato era que queria estar bem com ela, então apoiou o pratinho com o cheesecake em uma mesa que estava quase ao lado deles e com mais alguns passos estava perto o suficiente para falar baixinho. Os cinegrafistas que tentavam filmá-los teriam problemas em capturar o áudio daquela cena, mas ele não estava nem aí. ❛❛ Eu fui um otário imaturo, infelizmente é o que eu sou. Mas você não merecia isso. Eu devia ter conversado direito e aí se eu estivesse certo poderia ter falado qualquer merda. ❜❜ Se ela fosse mesmo a filha da puta elitista que ele havia dito, então estaria no seu direito de dizer umas verdades em sua cara. Mas, pelo visto, estava longe daquilo, o que tornava a agressividade dele ainda pior e desnecessária. Olhou-a nos olhos, com a mesma sinceridade e intensidade da primeira vez que ficaram tão perto, na piscina. Mais um passo e estava perigosamente perto, arriscando levar as mãos até a sua nuca e aproximou o rosto do dela. Encostou as testas e roçou o nariz no dela, sussurrando a próxima frase contra seus lábios. ❛❛ Me perdoa? Quero ficar bem com você. ❜❜ Esperava que aquilo fosse o suficiente e ela não o fizesse falar mais sobre o motivo para ter se irritado tanto com o que escutou, a ponto de cegá-lo e fazê-lo agir tão impulsivamente.
Angeline tinha ciência de que não deveria deixar-se tocar pela atitude alheia tão facilmente, não após todos os insultos proferidos pelo moreno. Contudo, ela não pareceu capaz de conter o curvar de lábios que denunciava seu apreço, um que contrastava com a curiosidade em seu olhar. Aquele era o tipo de atitude que a Beaumont presava em um relacionamento, o cuidado e atenção que esperaria de seu par ideal. E, uma vez mais, o latino revelava um lado completamente desconhecido por ela, um cuja doçura lhe aquecia o peito. Não era de se estranhar, então, que se visse ainda mais intrigada a seu respeito - mesmo que sua racionalidade exigisse distância. Isso porque havia poucas coisas que repudiasse mais do que ser tratada com grosseria e a maneira como ele lhe taxara fora realmente ofensivo. Essas eram atitudes que não poderiam ser varridas nem mesmo pela covinha adorável e sua sobremesa favorita. A morena pressionou os lábios. “Javi eu...” Ela calou-se ante a aproximação, incerta se a razão para tal era a surpresa pelo findar da distância ou se para ceder-lhe espaço para que continuasse explicando-se - preferia pensar se tratar da segunda opção, não estando disposta a reconhecer como ele continuava a inquietá-la. A concordância alcançou os lábios da texana, prestes a adentrar o tópico que a vinha incomodando há tantos dias. Teria voltado a repreendê-lo por não tê-la ouvido, assim como justificado aquilo que ele pensara entender. Porém, nada disso pareceu importar ante a sinceridade em seu tom. E perceber que Javier não precisava de explicações a deixou estranhamente satisfeita. Isso significava que o nova-iorquino confiava nela, certo? O ar deixou seus pulmões em um suspiro longo, impresso no ato uma expectativa oculta. O que ansiava? Ela preferia não admitir nem mesmo em pensamentos. Sem que se desse conta, a destra alcançou o lado do corpo masculino, apertando-lhe na altura do abdômen, os olhos fechados ao tentar inferir tudo aquilo que a preenchia - tarefa mais complicada do que teria previsto. “Eu perdoo...” Iniciou, afrouxando o toque sobre a pele dele. “Mas isso não muda como estamos, Javi. Não posso fingir que nada aconteceu.” Os dígitos subiram até o peitoral alheio, apoiando-se ali ao aumentar a distância entre seus corpos. “Não posso simplesmente voltar ao que éramos antes.”
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calliandrc:
flashback
Apoiou a cabeça no encosto do sofá com um sorriso largo no rosto. Ver ela falar que havia sido bom fazia seu coração se aquecer de alguma forma. Significava que elas estavam seguindo o caminho certo? Significava que estavam fazendo algo que as levaria na direção de todas as luzes? Callie gostava de acreditar que sim. “Muito bom? Eu quero os detalhes! Vocês se divertiram? Eu achei que foi… fofo. Ele te tirar dali e tudo. Como foi depois disso?” Perguntou curiosa, com uma das sobrancelhas levantadas. Como a boa fofoqueira que era, precisava saber de todas as informações! Ainda mais considerando a proximidade da morena que já havia virado uma amiga para a vida. “Você fez bem de sair. Eu… tava muito chata né?” Ela deu uma risada baixa, abaixando o olhar. Havia sido difícil. Estava até de moletom!! Aquilo não era bom sinal.
“Mas depois… Bom… eu fiz uma coisa. E eu não sei se devia ou não ter feito, mas… eu fiz?” Ela mordeu o canto do lábio inferior. Havia dormido com mais uma pessoa. O que será que pensariam dela? Será que estava estragando toda e qualquer possibilidade de um relacionamento, se envolvendo intensamente com as pessoas? Ou será que dessa vez seria certo? “Dormi com o Javi.”
O sorriso que desenhou-se nos lábios femininos não parecia capaz de ser contido, mesmo ante as muitas complicações nos últimos dias. Para alguém que se dizia tão descomplicada, Angeline deveria reconhecer estar se envolvendo em mais dramas do que teria previsto ser possível. E pensar que tudo havia iniciado por conta de uma conversa ouvida pela metade - e, bem, alimentada pela infantilidade do moreno, ela teria argumentado. “Bom, nós fomos até a varanda e... Ele quis saber mais sobre a minha situação com Javier e, você sabe, é complicada.” Uma careta tomou-lhe as feições. “E até falou que eu mexo com o Javi e que tudo isso... seria para chamar minha atenção. O que, honestamente, não faz o menor sentido.” Certo, talvez tivesse alguma coerência naquele pensamento. Todavia, qualquer um que a conhecesse minimamente deveria saber que esse tipo de tática jamais funcionaria consigo. “Não importa. O que importa é que... Você lembra da aposta que eu tinha perdido? Ainda não acredito que ele me venceu no xadrez, mas bem... Ele cobrou seu prêmio. E pediu para termos um relacionamento, exclusivo, por uma semana. Eu sei, é um pouco diferente. Mas eu achei bonitinho. Acredito que a intenção é entendermos como seria namorar um com o outro, faz sentido?” Angel sentia-se um pouco boba pelo acordado- e ansiosa na mesma proporção. “Claro que não e, ademais, aguentar sua chatice é um pré-requisito da nossa amizade.” Provocou, dando-lhe um ligeiro empurrão com o corpo. O semblante feminino iluminou-se com curiosidade, o ligeiro inclinar para frente demonstrando o quanto queria saber a respeito das aventuras da amiga. E, verdade fosse dita, Angel seria a última a julgá-la. Apenas não esperava deparar-se com um ligeiro desconforto ante o proferido por Calliandra. Da mesma maneira que a imagem dela mordiscando o lábio inferior de James havia a afetado. E foi naquele instante que a Beaumont teve a certeza de que o jogo estava a enlouquecendo. Afastando tais pensamentos, a menor ofertou-lhe um sorriso empolgado, as sobrancelhas arqueadas com expectativa. “E então? Como foi?” Àquela altura as duas sabiam a resposta: o latino era ótimo na cama.
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marioncastillo:
Talvez pelo fato de trabalhar num bar que Marion sabia reconhecer os diferentes tipos de bêbados. Haviam aqueles felizes, que celebravam algo, que comemoravam, haviam os que bebiam por puro tédio ou simplesmente porque gostavam de uma ou duas dose de alguma bebida específica e havia aqueles que bebiam pra esquecer algo, bebiam procurando alívio na bebida, queria sentir-se dormente. Quando ela e Milo descobriram ser um no match, Marion se enquadrara naquele grupo e bêbera uma garrafa de tequila, por isso ela conseguia ler Angeline tão bem naquele momento. — Hey… O que houve? - Ela perguntou passando o braço ao redor do corpo da morena, para ampara-la. — Você brigou com alguém? - Porque algo na fala dela a fazia acreditar que aquele podia ser o caso, isso ou alguém havia quebrado o coração dela. Ou ambos. — Conversa comigo, me conta o que houve… Coloca tudo pra fora, você vai se sentir melhor.
O franzir do semblante evidenciou sua surpresa, acompanhando o tombar da cabeça ao observá-la com certa curiosidade. Como era possível que Marion tivesse adivinhado seu problema em questão de segundos? Se não fosse tão cética, Angeline teria jurado que a outra possuía habilidades paranormais. A explicação mais provável, no entanto, era que a participante presenciara parte do conflito - o que, acrescido ao estado atual da Beaumont, dava diversos indícios de sua frustração. A texana deixou o corpo recair sobre o da amiga, projetando o beiço inferior ao acomodar-se em seus braços. “Esse jogo... Ele é ruim. Ninguém me avisou que era tãoo difícil.” As queixas foram proferidas em tom manhoso ao gesticular com a canhota. “Deveria ser simples, não? Mas a gente é muito ruim.” Ela fez uma careta. “E o Javier... Argh. Ele não deveria... Não podia ter me tratado assim. Não...” Suas frases tornaram-se um pouco mais embolada ao tentar explanar o que a atormentava, tarefa essa já naturalmente difícil para a morena sem o álcool. Com a bebida, então, parecia infinitamente pior compreender o que sentia. “Ele devia ter acreditado em mim.”
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log-compton:
O cenho franziu ao finalmente perceber a expressão alheia, que não parecia nada feliz. Seria preocupação com a cerimônia não tão bem sucedida novamente? - Hm…Claro. Está tudo bem? - Perguntou em um tom baixo, levantando da cama e fazendo menção para que ela o acompanhasse, talvez realmente conseguissem conversar melhor lá fora. De toda forma, a varanda era um dos lugares favoritos do músico. - Voce nao parece muito bem… - Insistiu, assim que se encontravam fora do quadro, descendo as escadas. mantinha um semblante nitidamente preocupado enquanto vasculhava mentalmente motivos.
flashback
Para alguém que se dizia excepcional em acobertar aquilo que sentia, Angeline fazia um péssimo trabalho. Em sua defesa, a discussão com Javier a pegara desprevenida e a falta de controle sobre a situação era clara não apenas em seu semblante aflito, mas no tapa desferido no rosto do rapaz, poucos minutos antes. Sentia-se cansada e, principalmente, frustrada pelas próprias reações. Tudo o que lhe restava, no entanto, era buscar evitar que tais sensações terminassem de arruinar seu dia. “Não, está tudo bem.” Ela garantiu, no processo visando convencer a si mesma. “Foi uma noite um tanto agitada, não?” Seu olhar buscou o dele. Não saberia dizer se Logan presenciara sua discussão com o outro participante, mas preferiu não entrar em mais detalhes. “Proponho uma brincadeira: uma madrugada sem menções diretas ao jogo. Cerimônia, encontros, cabines... Nada.” O suspiro longo evidenciava como precisava daquela pausa. “Ao invés disso, por que não me conta sobre a rotina de um rock star? Sempre tive vontade de acompanhar uma tour de perto.”
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jamestirling:
Havia guardado os novos sentimentos que surgiram naquela tarde o máximo que pode, não queria lidar com o desconhecido e não tinha problema em admitir aquilo para si mesmo. Mas até mesmo ele tinha um limite. Quando se afastara de todos fora simplesmente porque ele queria ficar sozinho pra pensar com clareza. Levará um lençol consigo e o estenderá na grama, se deitando logo em seguida, se quer notando que aquele era o ponto em que dividia com Angeline. Não havia feito de propósito, não havia ido até ali sem chamá-la por algum motivo específico, ele apenas não estava pensando muito, só queria ficar longe dos outros e aquele parecia o lugar perfeito pra isso. A não ser é claro, por ela ter lhe visto e lhe seguido. Antes mesmo que ela se deitasse ao seu lado, James sabia que era ela. Talvez fosse o perfume, ou o som de seus passos, ou o simples fato de que aquele era o lugar deles. Quando Angel deitou a cabeça no seu colo, ele passou os braços ao redor dela, sem pensar muito sobre o assunto. — Certo! Essa é minha missão de vida. - Ele respondeu sem poder deixar de dar um pequeno sorriso com a palavra namorado. Então queria dizer que a aposta ainda estava de pé para ela? Maldita hora que ele havia aceitado aquela brincadeira. — Posso saber porque precisa de colo? - Seu tom era neutro, com pitadas de brincadeira é bom humor, mesmo que não fosse exatamente assim que ele se sentisse.
O envolver dos braços masculinos ao redor de seu corpo foi recebido com um repuxar de lábios de cunho doce, parecendo-lhe um bom indício de que o jogo não resultara em maiores incômodos, ao menos não entre eles. Certo? A risada feminina acompanhou um ligeiro pressionar de seus olhos, genuinamente satisfeita ante o proferido. “Ótima resposta. Mas não se queixe quando eu usar essa afirmação contra você.” Atiçou, estendendo a mão para que pudesse alcançar seu queixo, deslizando a ponta dos dedos sobre os pelos um pouco mais compridos, da maneira como ela apreciava. “E pedir que passe a barba contra a minha pele.” Continuou com um sorrisinho, franzindo o nariz com um ar travesso. Por um instante, Angeline permitiu-se acreditar que permaneceriam naquele clima que lhes era característico. O questionamento alheio, no entanto, acabou por abalar a leveza que ela buscara instaurar. “Uma tarde repleta de emoções, não?” Disse baixinho, ciente de que ele saberia a que se referia. “Mas, de qualquer forma, eu sigo a filosofia de que todo momento é bom para pedir colo.” O complementar, com ar brincalhão, evidenciava como não pretendia permitir que o desconforto se instaurasse entre eles.
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javierantt:
Durante a sua vida, Javier havia sido a pessoa que ignorava seus problemas até eles desaparecerem. Nunca precisou lidar com aquele tipo de situação simplesmente porque quando qualquer coisa ficava séria demais, ele fugia. Qualquer problema ou discussão ele resolvia selando os lábios nos da garota e finalizando a briga em sexo, mas por mais confiante que fosse e soubesse que havia algo difícil de entender entre ele e Angeline, sabia que aquela tática não funcionaria ali. E ele não queria levar outro tapa. Abriu e fechou a boca algumas vezes, sem conseguir realmente dizer algo. Tanto porque a Beaumont não parava de vomitar palavras, quanto porque ele mesmo não saberia o que dizer. ❛❛ Que você… O que? ❜❜ Tentou incentivar que ela falasse, mas em vão. Parte de si sabia a resposta, mas ele queria escutar. Entretanto, o que ouviu foi apenas uma confirmação de que ele deveria se afastar e fazer o que ele mesmo havia dito na última briga: seguisse sua vida e não falasse mais com ela. Ainda assim, lá estava, parado de frente a ela com tanto a dizer e sem saber por onde começar, os dedos formigando querendo tocá-la novamente. ❛❛ Calma aí, Angel, só um minuto. Por favor, me espera aqui, ‘tá? ❜❜ Torceu para que ela acatasse o pedido, mesmo sabendo que não merecia aquela consideração. Sua mente caótica pensou em uma forma de tentar explicar parte de sua confusão, correndo até a cozinha e ignorando o grupo que seguia com a brincadeira e a conversa. Foi até a geladeira e cortou de qualquer jeito um pedaço da sobremesa e voltou para onde estavam antes, suspirando aliviado quando a encontrou ali. ❛❛ Você me falou que era o seu favorito, lembra? Lori e eu fizemos há alguns dias. Quer dizer, ela fez e eu ajudei um pouco. ❜❜ Admitiu, deixando uma risada meio sem humor escapar. A intenção ainda valia, afinal, não é? Desviou o olhar dela, como se encarar a sobremesa lhe permitisse conseguir falar o que pretendia. ❛❛ A gente ‘tava na cozinha, ela disse que queria fazer uma sobremesa e eu perguntei se ela sabia fazer esse cheesecake de frutas vermelhas. Ela falou que sim, nós fizemos e eu fui te procurar para te dar um pedaço e… ❜❜ Travou por um momento, percebendo que nunca havia falado tanto em sua vida. Eram muitas palavras saindo de uma só vez de seus lábios, aquilo era tão incomum que ele precisou parar por estranhamento. Engoliu em seco, pensando se deveria prosseguir, mas já estava ali e não era hora de recuar. ❛❛ E aí eu encontrei você e o Arthur e acabei ouvindo parte da conversa. ❜❜ Ergueu o olhar para fitá-la, o maxilar trincado em nervosismo. ❛❛ Eu não ‘tava te perseguindo ou te vigiando, muito menos queria escutar. Mas quando eu me aproximei e te ouvi falando meu nome, eu achei que ia escutar alguma coisa legal e foi exatamente o contrário. ❜❜ Lembrava-se de estar com o pratinho na mão, quando o sorriso no rosto por ouvi-la falar seu nome murchou em um segundo ao perceber que o conteúdo de sua fala o atingia em níveis profundos, que ela jamais poderia imaginar. ❛❛ Não tive oportunidade de te dar naquele dia, então… Quer experimentar? ❜❜ Ergueu o prato em sua direção.
Em um contexto diverso, Angeline teria completado o pensamento - ou ao menos tentando, visto que não o compreendia em sua totalidade. Admitiria como a gentileza em seu toque contrastara com a voracidade experimentada previamente. E talvez chegasse a confidenciar quão insana era a ideia de que uma parte de si o tivesse reconhecido, apesar das distinções impressas em suas carícias. Porém, não naquele momento. Não quando a mágoa era o sentimento predominante entre eles. Por isso, ela limitou-se a um ligeiro balançar da cabeça, esperando que o movimento fosse suficiente para afastar não somente o assunto, mas também as inquietações instauradas em seu peito. O suspiro cansado precedeu o que seria outro discurso quanto à necessidade do espaço que haviam acordado - isso, é claro, se Javier não tivesse se adiantado ao deixá-la sozinha na área externa. O semblante feminino franziu-se com o súbito distanciamento, chegando à conclusão de que, de fato, jamais seria capaz de compreendê-lo. E, bem, tampouco a si mesma. Afinal, que justificativa teria para permanecer a sua espera? Poderia dizer tratar-se de uma questão de educação, contudo, nem ela própria acreditaria em um argumento tão falho. Seus olhos deslizaram ao horizonte atrás de si, fixando-se sobre os astros que há muito adquiriram o posto de seus confidentes. Quão louca estava por continuar a se submeter àquilo? E pior, o que isso dizia de sua relação com Javier? Antes que chegasse a uma resposta conclusiva, a menor teve a atenção atraída às passadas que se aproximavam. A curiosidade a permeou ao dar-se conta de que o rapaz trazia algo consigo, identificando a sobremesa somente quando ele parou a sua frente. Cheesecake de frutas vermelhas. “Como... Hum... Você lembrou disso?” A surpresa era perceptível em seu tom, observando-o com intriga. A morena piscou uma, duas, três vezes, sua mente preenchida por imagens do participante ao lado de Lorelei, auxiliando-a a preparar o doce que ela lhe contara ser seu favorito. E novamente via-se perplexa com como a situação com o latino parecia oscilar entre extremos. Ela trincou o maxilar. “Você não sabe o que ouviu, Javi...” A opção pelo apelido evidenciava uma ligeira melhoria no clima entre eles, mesmo que Angeline não houvesse externado o motivo para tal. Saber que se tratara de uma coincidência e não algo premeditado certamente minimizava seu desconforto inicial, todavia, não parecia o bastante para justificar o tratamento que recebera em seguida. “Você escutou algo inteiramente fora de contexto e que não condiz os meus pensamentos sobre quem você é. Algo que saberia, se tivesse conversado comigo antes. Ou se tivesse permanecido ali por mais alguns minutos, o que eu presumo que não tenha feito.” Ela arqueou a sobrancelha. As íris avelãs recaíram sobre o prato em sua mão, ante o questionamento. E a Beaumont considerou dizer que aquilo não seria suficiente, no entanto, não se viu capaz de entrar no tópico. Não ante o pedido hesitante e o carinho que ele havia depositado naquela sobremesa. Ao final, ela assentiu, esforçando-se para direcionar um pequeno sorriso. “Foi muito gentil da sua parte, obrigada.”
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javierantt:
Javier não estava acostumado a ter tantos sentimentos conflitantes. Era péssimo em lidar com aquilo e não sabia se expressar bem nem para si mesmo. Sempre escolhia a forma errada de colocar para fora o que pensava, e naquela altura do programa, percebeu que havia subestimado o poder do reality show. Como alguém que demorou anos para se apaixonar pela primeira vez estava se envolvendo além do sexo com mais de uma pessoa? E o pior: confuso a respeito do que sentia por elas? Mas embora ainda não soubesse bem o que se passava dentro de si, e muito menos como externalizar, ao ver @angclinc saindo da casa daquele jeito após descobrir que ele a havia beijado, ele não teve outra opção a não ser ir atrás. É claro, precisou que Demir lhe desse um olhar de incentivo, mas ainda assim, ele foi. ❛❛ Ei, Angel! ❜❜ Chamou-a novamente pelo apelido, soando muito melhor do que quando a chamou pelo nome. Caminhou até ela, segurando-a pelo braço para que ela o encarasse. Apesar da urgência, seu toque não havia sido agressivo como de costume. ❛❛ O que aconteceu? Por que saiu desse jeito? Meu beijo foi tão horrível assim? ❜❜ Brincou, tentando não pesar o clima, mas parte de si tinha medo da resposta.
A Beaumont duvidou de seus ouvidos, da mesma maneira que havia questionado a própria sanidade quando, uma ínfima parte de si, presumira que aquele beijo pertencia a Javier. A verdade era que nada daquilo fazia qualquer sentido para a morena. Como era possível que ele fosse o mesmo rapaz que havia distribuído beijos cálidos por seu corpo na primeira noite, acusado-a sem qualquer consideração por sua palavra e, então, envolvido-a com um cuidado e carinho que a deixara sem ar? Contra a sua vontade, suas passadas cessaram. E, ao voltar-se para trás, procurando o toque que a prendia em seu lugar, Angel voltou a ser surpreendida. “Você não pode estar falando sério.” Ela respondeu, balançando a cabeça. “Javier... Não. Isso não é justo. Você não tem o direito de agir como se nada tivesse acontecido.” Seu semblante contorceu-se em angústia ao desfazer aquele toque. “Quem você pensa que é?” A indignação pincelou seu tom, mesclando-se à revolta que crescia em seu íntimo. “Como presumiu que poderia tratar-me com tamanha grosseria e depois... Depois realizar um desafio como o daquela noite, vangloriando-se por conhecer meus pontos fracos. E agora... Segurar-me com tamanha doçura que... Que eu...” A morena se interrompeu, fechando os olhos. Aquilo não valia a pena. Não tinha sentido perder tempo com algo que, evidentemente, não teria qualquer futuro. “Se ficou dúvidas, você não pode. Eu já havia lhe dito da primeira vez e repetirei: você não tem esse direito. Você o perdeu quando duvidou da minha palavra. Se é que ainda não duvida.”
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javierantt:
O rosto ainda ardia pela agressão, mas o tapa moral que viria a seguir doeria muito mais. Não apenas por ser Angeline que falava, mas pelo conteúdo de suas palavras serem tão profundamente verdadeiros que incomodava. Porque para uma pessoa que escondia fortemente o que sentia e guardava seus traumas a sete chaves dentro de si, ouvir uma dura verdade dita de forma tão severa era doloroso simplesmente por ser real. Não respondeu a sua primeira pergunta, porque não sentia que deveria se explicar quanto a ter escutado sua conversa. Sua intenção nunca fora aquela, afinal, e na cabeça do latino, a errada ainda era ela por ser tão falsa a ponto de iludi-lo sobre o que pensava sobre ele. O maxilar trincou ao ouvir ser chamado de inseguro desesperado, mais uma verdade dita de forma dura que o fazia chegar quase ao limite de sua raiva, a vontade de socar a parede crescendo dentro de si. ❛❛ Te perguntar para quê? Para você mentir e tentar me levar na conversa? Se toca, Angeline. ❜❜ Chamou-a pelo nome, algo que nunca havia feito desde o primeiro dia em que se falaram. O tom misturando o desdém e o rancor deixavam em evidência o que sentia, e ele detestava aquilo. Um suspiro escapou logo depois de ouvi-la confirmar que ele estava errado e ela nunca havia dito aquilo - ou, no caso, disse em outro contexto e ele apenas havia entendido errado. Fato era que Javier era um cabeça dura e jamais acreditaria naquilo facilmente. Inseguro e cheio de traumas, era difícil acreditar que uma mulher como ela daria uma chance de verdade a ele, e foi mais fácil acreditar que ela era a babaca que o julgava como inferior por ser pobre e sem estudos do que acreditar que o problema estava nele e nas suas inseguranças. Ainda que estivesse certo de que ela estava mentindo, por que ainda acontecia aquele incômodo no peito lhe avisando de que estava errado? Era como se o tom dela fosse tão honesto a ponto de fazê-lo questionar sua própria percepção, e ele não soube reagir aquela confusão mental. Franziu o cenho, relaxando o maxilar que estava trincado desde o momento do tapa e se afastou um pouco dela, como se tentasse processar o que acontecia dentro de si. Infelizmente, a teimosia e a desconfiança reinaram e ele voltou a encará-la com um sorriso debochado. ❛❛ Não vou perder meu tempo falando com ninguém. Eu já sei o que preciso saber sobre quem você é. ❜❜ Falou mas, dessa vez, a voz soava menos firme do que antes. ❛❛ Tu não quer sair como errada, eu já entendi. Mas ‘tá certo, Angeline, já fez sua ceninha com o tapa na minha cara. Agora segue o teu caminho que eu sigo o meu. ❜❜ O tom amargurado era nítido, embora ainda estivesse sem entender o que se passava dentro de sua cabeça naquele momento. Precisava de um tempo para raciocinar, mas pedir desculpas e conversar decentemente não era algo que passava por sua cabeça naquele momento.
O bufar feminino era uma evidência do mesclar da frustração à raiva em seu interior. E sua indignação era tamanha que sequer considerara quanta atenção poderia atrair no momento - o tipo de erro que não costumava cometer em um contexto usual. Mas, bem, nada parecia comum naquela experiência. “É isso que pensa de mim, Javier?” A morena foi incapaz de acobertar a mágoa em seu tom. Sentia-se tola por imaginar que poderia viver o reality sem preocupar-se com as expectativas dos outros sobre si - ou que seria capaz de manter as próprias muralhas intactas. Fato era que subestimara o jogo e, agora, parecia pagar o preço por seu erro. “Realmente, eu deveria ter me tocado mais cedo.” Ela recuou outro passo, ansiosa por afastar-se do participante. Suas pernas, no entanto, deixaram de responder aos seus comandos, vendo-se atordoada pelo queimar das íris castanhas do rapaz sobre sua pele. Enxergava rancor onde antes encontrara um misto de leveza e malícia - talvez até carinho - e era provavelmente isso o que mais lhe doía. A risada sem humor preencheu o espaço que os distanciava, um que parecia aumentar a cada instante - tanto literal quanto figurativamente. “Eu achava que sabia mesmo. Mas me enganei.” A última frase escapou em um sussurro, praticamente inaudível. Era a constatação de quão equivocada estivera em relação ao latino. Afinal, se aquilo era tudo o que o Álvarez precisava para duvidar de sua índole, Angie certamente estivera errada sobre ele. Ela trincou o maxilar, os punhos cerrados ao conter o impulso de dar seguimento àquela discussão. Sentia-se esgotada física e emocionalmente. Não poderia continuar com aquilo. “Com prazer.” Concordou por fim, obrigando-se a dar lhe as costas, gesto esse que pareceu muito mais complexo do que deveria. E foi lutando contra o peso que sentia em seus músculos que ela, enfim, deixou-o para trás.
encerrado.
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jamestirling:
flashback: pós verdade ou desafio
James se sentou num dos sofás e a puxou para dentro de um abraço. Passou os braços ao redor da cintura dela e apoiou o queixo em seu ombro. — Quais emoções? - Ele quis saber interessado. Queria fazê-la falar, colocar o que estava sentindo para fora. Talvez ela viesse a se sentir melhor daquela forma. — Se não quiser falar disso ou simplesmente não quiser conversar não tem problema, posso achar outras forma de te distrair ou te fazer relaxar. - E com isso ele levou os lábios para o ponto em seu pescoço bem abaixo do lóbulo de sua orelha.
A risada feminina foi carregada pela brisa, findando com um sorriso de puro deleite ao ser acomodada contra o corpo de James. Não era nenhum segredo que a morena apreciava aquele contato íntimo, mas havia algo de particularmente proveitoso no calor emanado pelo outro. E era exatamente do que ela precisava no momento. “Hum…” Ela hesitou por um instante. A realidade era que Angeline jamais gostara de externar os próprios sentimentos daquela maneira, no entanto, viu-se impelida a compartilha-los. O motivo para tal? A menor não tinha certeza. “Amanhã fará 5 anos do falecimento do meu avô. E costumávamos ser próximos, então é sempre um período difícil.” Ela começou a falar, o olhar fixo no céu noturno. “E a briga com o Javier… Foi desgastante.” Completou, sentindo a voz falhar na última frase com o roçar da boca do homem por sua pele. Angel expirou com força, incapaz de conter as reações que serviam como a distração perfeita para o que sentia.
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A morena expirou lentamente, permitindo que a brisa que soprava-lhe os cabelos levasse consigo parte da tensão que havia se instaurado em suas entranhas. Duvidava, porém, que mesmo a maresia fosse capaz de livrá-la de todo aquele emaranhado - um que pareceu agravar-se quando suas orbes capturaram uma movimentação na área externa da casa. Era James. E o homem havia se acomodado exatamente sobre o posto que haviam acordado compartilhar. Ela mordiscou o lábio inferior. Não saberia dizer se a decisão alheia fora motivada pela sucessão de eventos do jogo ou se ele simplesmente não a encontrara. Independentemente de qual fosse a questão, Angel viu-se tentada a alcançá-lo. Havia, afinal, dado sua palavra naquela aposta - mesmo que ela pudesse parecer um tanto boba ao considerar o desenrolar daquela noite, algo que preferiu ignorar pelo momento. A Beaumont não se pronunciou ao aproximar-se, deitando-se sobre o lençol que ele havia estendido antes de repousar a cabeça em seu colo com a naturalidade de quem havia um relacionamento, mesmo que quase fictício, com o outro. “Estava precisando desse colo.” Disse baixinho, soltando um ronronar que denunciava seu deleite. “E como meu namorado, você deveria me dar todo o carinho que eu quiser, certo?”
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O emaranhado de pensamentos em sua mente demandava a atenção feminina e, não estando ela acostumada a lidar com tantas emoções simultaneamente, optou por fazer aquilo que parecia mais simples: ignorá-los. E a imagem de @whoslori deitada sobre a cama de casal mostrou-se como a oportunidade perfeita de distração. Os lábios rosados curvaram-se ao se aproximar da outra, jogando-se ao seu lado. “Sabe, não é todo dia que eu sou confundida com mulheres tão excepcionais. Devo dizer que estou lisonjeada.” Ela tombou a cabeça, genuinamente contente por ter sido considerada tantas vezes ao longo da brincadeira. “Inclusive, acredito que estou precisando renovar as minhas técnicas. Vou precisar que me ensine, Lori.” Completou em um gracejo.
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Angeline sempre considera-se uma pessoa observadora, do tipo capaz de desvendar os demais com não mais do que cinco minutos de sua atenção. Havia, afinal, utilizado tal habilidade durante anos para adequar-se às expectativas que os outros tinham de si. E, ainda que nem sempre tivesse sido bem sucedida, diria, com certa presunção, que possuía uma alta taxa de êxito - se é que isso era motivo de orgulho. Imagine sua surpresa, então, ao ver-se tão equivocada quanto a @nicomorclli. Mais do que isso, a intriga ante o desconhecido a impelia em sua direção, exigindo que descobrisse os segredos por trás dos olhos castanhos. “Pareceu-me justo que eu oferecesse um drink por não ter conseguido adivinhar que era você, mais cedo.” Ela indicou a bebida que tinha em mãos, uma mistura cítrica carregada em álcool. “Apesar de ser provavelmente sua culpa eu ter ido tão mal nesses desafios. Eu deveria denunciá-lo por ter me desconcentrado daquela maneira.” Seu tom era brincalhão ao menear a cabeça.
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jamestirling:
pós verdade ou desafio
Notando o quão quieta @angclinc estava dura te o jogo, James se inclinou um pouco para baixo a fim de falar no ouvido dela. — Hey, quer dar o fora daqui? - Ele sugeriu e sem esperar muito que ela respondesse se levantou e a puxou pela mão delicadamente em direção as escadas. Levou Angel até o andar de cima, até a varanda suspensa da casa. Talvez um pouco de privacidade ajudasse a ela se sentir melhor. — Está tudo bem mesmo? Se quiser conversar eu tô aqui, você sabe disso, não sabe? - James podia ser o que quer que quiserem falar sobre ele, mas ele conhecia limites, ele podia ser um ótimo amigo quando precisavam, assim como podia ser um excelente amante. Tudo dependia do momento e da pessoa.
A morena sentia o corpo pesar, o esgotamento sendo tamanho que mal encontrava forças para comentar o jogo. Em dado momento, deixou que o olhar recaísse sobre o horizonte, voltando a vagar em pensamentos. E foi com um arrepio discreto que ela acabou arrancada de seu estado absorto. Angeline pensou em argumentar que poderiam continuar ali, mas não teve tempo de fazê-lo antes de ser guiada à varanda — e o suspiro que deixou seus lábios evidenciava como se sentia melhor na área externa. “Sim, eu só estou um pouco cansada mesmo. Foram muitas emoções em pouco tempo.” Tentou explicar, passando as mãos sobre os olhos.
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calliandrc:
No dia seguinte ao jogo de perguntas e desafios, Calliandra estava uma pilha de confusão. E ao sair do quarto, teve a sorte de dar de cara com @angclinc do lado de fora, na sala da casa. Todos ainda dormiam naquele momento, o que era bom, já que a ruiva sentia que precisava espairecer. A noite havia começado muito mal, mas terminado muito melhor do que imaginava. Ela se sentou ao lado da amiga, e já chegou a abraçando de lado. Deixou um beijo em sua cabeça de leve “Bom dia, Angie” ela murmurou com um sorrisinho bobo ali - estava mais leve que na noite anterior, na qual se colocara tanto peso. Lembrou-se que a morena estava um pouco desanimada no dia anterior, assim como ela, o que a fez se perguntar o que se passava. “Como você tá hein? Como foi quando… você foi embora do jogo?” Perguntou com um sorriso travesso já que ela havia deixado a sala com James.
flashback
Era cômico pensar como a morena havia acredito que aquela experiência não seria capaz de embaralhar suas emoções. Ao contrário da melhor amiga - porque sim, era dessa forma que enxergava a ruiva - os relacionamentos prévios da Beaumont haviam sido superficiais e pouco duradouros. E isso se devia não somente às complicações associadas à família, como ao receio da menor de se envolver - medo esse que ela sequer compreendia em sua totalidade. Angel não havia considerado, no entanto, como o convívio diário seria capaz de levá-los ao extremo. Tanto nos momentos altos como nos baixos - e a noite anterior era um ótimo exemplo disso. Ela soltou um suspiro baixo, os dígitos subindo até os ombros, onde iniciou uma massagem cuidadosa. “Callie.” Seu sorriso alargou-se. “Ah...” O riso ligeiramente constrangido era uma ótima resposta. “Foi bom. Muito bom.” Ela pressionou os lábios, incapaz de conter o sorrisinho que ali se formava. “Mas e você? Inclusive, desculpa por ter acabado saindo... Foram coisas demais ao mesmo tempo.”
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renlysw:
Se considerasse apenas as feições femininas, Renly poderia deixar-se levar por suas palavras, no entanto, vislumbrou a malícia que cintilou sobre as orbes escuras e a apreciou secretamente. Rostos angelicais, performances infernais, esse era seu lema. - Um anjinho caído? - Provocou baixinho, esboçando um sorrisinho astuto. Permanecia afetado com a ‘mágica’ do momento, cogitou beija-la como que para sela-lo, um desfecho bonito até, contudo, quando ela mencionou o avô se deteve. - Enquanto estivermos aqui, e se voltar a chover, podemos dançar quantas vezes quiser. - Ofereceu com doçura, imaginando que seria uma boa maneira de manter as lembranças vividas. Ele sorriu diante do agradecimento e assentiu com a cabeça, parecia correto inclinar-se para beija-la desta vez então o fez, mantendo os braços ao redor dela enquanto que iniciava um beijo lento, quase cuidadoso.
flashback
“Isso é algo que terá que descobrir sozinho.” Disse em um tom semelhante, incapaz de desviar o olhar do rapaz. A leveza do momento foi capaz de acalentar o coração angustiado pela saudade e, uma vez mais, Angeline viu-se tentada a agradecê-lo. E Renly sequer sabia o quanto aquilo havia significado para si. “Você não deveria fazer esse tipo de promessa, eu posso acabar exigindo que a cumpra.” O gracejo acompanhou um sorriso que denunciava o deslumbre ante sua gentileza. E chegava a ser engraçado pensar como um gesto tão simples, oriundo de alguém que sequer conhecia bem, poderia ter significado tanto. A morena mordiscou o lábio ao notar a aproximação alheia, soltando-o no instante em que suas bocas se encontraram com doçura. E ela, que havia partilhado alguns beijos calorosos na casa, viu-se afetada pelo cuidado impresso no toque — um que parecia deveras apropriado para o momento.
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