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Nova Geração
Jesus ainda tem um longo caminho em deixar meus olhos parecidos com os dEle, porque enxergo facilmente o que é ruim. Quem me conhece mais profundamente sabe como eu tenho dificuldade com algumas situações por ser, de certa forma, muito observadora, e nessa “observação”, ver o que é mau.
Quando fui convertida a Jesus na faculdade, com 19 anos, tinha uma tristeza profunda pela geração de cristãos que tive relacionamento quando ainda não conhecia Jesus. Estava vivendo o primeiro amor e único, nunca tinha vivido algo arrebatador dessa forma, e que perdura até hoje (glória a Deus por isso) de entregar a vida mesmo para Jesus. Mas não via muito disso a minha volta. Também não via uma geração imersa em pecado. Via pessoas que viviam tranquilamente, iam à igreja, queriam ter uma vida normal e vida que segue.
Felizmente, esse estilo de vida me incomodava demais, sentia uma tristeza profunda por não ver irmãos queimando tanto pelo evangelho ao ponto de serem perseguidos, de serem odiados por falar do amor de Jesus ou de dividir o pouco que já possuem.
Entretanto, esse texto não é mais um questionamento de onde estão os cristãos hoje.
Não sei se já houve uma pequena transformação dos meus olhos, mas esse texto é para dizer como tenho sido animada e confrontada com a vida de inúmeros (INÚMEROS) irmãos que entregaram a vida a Jesus de forma definitiva e sem reservas. A minha geração de cristãos tem sido perseguida em redes sociais, tem aberto mão de uma carreira “mais promissora” socialmente para se dedicar ao reino, tem dormido muito pouco para organizar eventos de oração (e orar por eles), tem dedicado a vida cuidando de pessoas, tem se mobilizado e arrecadado dinheiro, comida, roupas para os necessitados, tem se guardado para um casamento com único propósito dentro da vontade de Deus. É uma geração menos hipócrita, que confessa seus pecados, que expõe suas deficiências para que outros possam expor e serem curados também. Que se envolve em menos hábitos e costumes, mas sem deixar o zelo pela casa de Deus. São diversas outras entregas que poderia escrever 10 páginas.
Mais do que tudo isso, tenho visto uma geração clamando enlouquecida pela presença de Deus. Não é suficiente trabalhar para Ele. Há o entendimento de que não somos apenas seus servos, somos seus filhos e precisamos de relacionamento com Ele, nosso Pai, nosso Aba.
Nossa geração é especial. E eu estou ansiosa pelo dia em que o som do mar vai se calar para ouvir o povo de Deus dizer: Hosana ao Senhor!
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Pista de Gelo
Estou numa grande pista de patinação. Fui colocada nela pelo Sr. Emanoel, o dono da pista e ganhei um patins. Ela é enorme, não consigo ver seu fim. Ninguém que chegou ao seu fim veio nos falar como era a chegada, nem se realmente tinha uma chegada.
Desde que me dei conta que estou na pista, percebi uma corrida desenfreada para algumas estações da pista - vestibular, casamento, filhos, família, profissional...
Eu fui preparada desde sempre para correr até o ponto que se chama vestibular. Lá teriam alguns obstáculos, mas o prêmio seria chegar na estação da pista que se chama “faculdade”. Essa é a vida na pista, esse é o objetivo. É correr para essas estações. Então eu corri, corri muito, passei os obstáculo e cheguei até a estação faculdade. Foi uma felicidade sem tamanho. Esse é o ponto da minha vida que justifica toda a minha preparação durante os outros 17 anos.
Estava feliz, mas estava exausta. E, sinceramente, ainda não entendi muito bem o porquê de chegarmos às estações. Acabei de chegar e já me falaram que eu teria que me preparar muito. Teria outra corrida, e agora a estação pretendida é uma que se chama “profissional”. Mas tem uma mais difícil, ainda dentro da estação faculdade, que chama “mestrado”, e outra ainda mais difícil que chama “doutorado”. Não importa a minha escolha, só preciso me preparar.
Gostei das opções que tive. Mas alguma coisa não estava direito, isso não fazia sentido. A vida inteira de corrida? Será que o Sr. Emanoel fez essa pista para passarmos de estação a estação e só? Será que tem alguma coisa no final da pista? Daí eu falei ao Sr. Emanoel - não quero mais competir, não quero mais correr e correr e correr, pode me tirar da pista.
Foi então que me dei conta da Música. Sim, a Música que sempre esteve na pista e nunca pude parar para ouvir porque eu estava correndo ou me preparando para correr. Ouvi a música e lembrei das pessoas que vi dançando e pensava - loucas, poderiam estar se preparando para as corridas, ficam dançando, que desperdício.
Quando me dei conta, estava dançando! Dançando aquela Música contagiante. Era meio sem ritmo, não era uma apresentação bonita de ver. Mas foi a primeira vez que vi um sorriso do Sr. Emanoel em minha direção.
Cada dia mais a música era mais e mais alta. Só que continuava agradável. Até o momento que parecia que eu sempre convivi com ela. A música parecia mais real que a própria pista. A música que nunca tinha ouvido por 19 anos!
Encontrei outras pessoas dançando. Conversamos sobre a música, sobre o quanto foi incrível começar a ouvir. Dançamos juntos.
Contaram-me que dançar é nosso objetivo, não é correr, mas dançar.
Lembra do sorriso do Sr. Emanoel? Para isso Ele criou a pista, para isso Ele nos colocou aqui. É para dançar, não é para correr..
E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música. (Friedrich Nietzsche)
Além disso, é para falar para as pessoas da música, faça elas pararem para ouvir a música, deixe que elas te vejam dançando e parem para tentar ouvir se há alguma música.
Olhe para as bordas da pista. Aqueles corredores são pessoas que por algum motivo não puderam ou quiseram continuar a corrida, ou se machucaram no caminho e não podem mais correr na velocidade que corriam, ou não acreditam mais na corrida. Infelizmente alguns deles se jogam para fora da pista. Mas podemos encontrá-los antes disso.
Quando estamos correndo, não há tempo para olhar para eles. E quando olhamos, não podemos parar nem mesmo para saber porque pararam. Mas agora seu objetivo é dançar e falar da música, faça ouvirem a música.
E foi assim, dançando, que passei da estação faculdade para a estação profissional. Os obstáculos continuaram, mas a própria dança me preparou para eles. Agora estou na estação profissional e continuo dançando, não sei qual a próxima estação, e também não importa. Eu sei que vou continuar dançando e vendo todos os dias o sorriso do Sr. Emanoel.
Por isso lembre-se:
Você não foi criado para correr. Você foi criado para dançar.
Você não foi criado para estudar, ter uma profissão, ter uma família… tudo isso é consequência do seu objetivo aqui - glorificar o Rei Jesus.
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando.
#Pista#Corrida de patins#Corrida no gelo#Dança#Dança no gelo#Jesus#Emanoel#Caminhada#Caminhada cristã#Música
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Spoiler As Crônicas de Nárnia

Se você já leu o título e ainda assim continua conosco, esse parágrafo é mais uma chance de você passar para outro texto e voltar para este só após ler, ao menos, “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”.
Se você já leu o livro (ou viu o filme) do qual estamos falando, você conhece Edmundo. Ele não é dos personagens mais amados. Na verdade, boa parte da história eu tive vários sentimentos ruins em relação a ele. Eles variaram de raiva até pena. Raiva do mau comportamento e da corrupção. Pena da burrice de se vender por tão pouco, e colocando em risco (quase que definitivo) algo muito mais valioso. E nem estava pensando na vida dele, mas na vida dos irmãos dele e de Aslan.
Se você está lendo o texto mesmo sem ter lido o livro e mesmo com o aviso de spoiler, vou te fazer entender.
Edmundo é um dos quatro irmãos do livro escrito por C. S. Lewis. Ele e os outros 3 irmãos tiveram que sair de Londres por causa de ataques aéreos e foram levados para a casa de um professor no campo, muito distante da cidade. Em um certo dia, brincando de esconder pela casa, eles encontraram um guarda-roupa num dos cômodos, que os levava a um novo mundo: Nárnia. Esse mundo foi criado por Aslan (no livro anterior - O Sobrinho do Mago).
O fato é que Edmundo chegou sozinho pela primeira vez em Nárnia e encontrou como primeira anfitriã uma feiticeira, a Feiticeira Branca, que governa esse novo mundo. Ela o ofereceu Manjar Turco enfeitiçado, Edmundo comeu e não conseguia parar de comer. Mas a feiticeira disse que só daria mais se ele levasse todos os irmãos para se encontrar com ela.
Edmundo nem se perguntou o que poderia acontecer com ele e com os irmãos. Só pensava em comer de novo o Manjar Turco, e só pensava em um jeito de levar os irmãos e comer da comida enfeitiçada.
Quando todos entraram em Nárnia (após algumas páginas de história), Edmundo pode ouvir outras opiniões sobre a feiticeira e sobre o que ocorria em Nárnia, mas não quis dar ouvidos. Assim que os outros irmãos se entreteram, ele correu em busca do castelo da feiticeira para comer mais do Manjar Turco. Chegando lá, ele contou onde os irmãos estavam esperando receber a recompensa, porém, como não tinha mais serventia (ela já tinha alcançado o objetivo de ter os 4 irmãos em Nárnia), a feiticeira o prendeu e o alimentou com pão velho e água.
A história continua (você vai ter que ler porque estou pulando muitas páginas de história), eis que surge Aslan, o verdadeiro soberano de Nárnia, o criador de Nárnia.
Vou ter que pular para a parte do livro que me ajuda no sentido desse texto.
O fato é que Aslan e a Feiticeira Branca se encontram, com ela está Edmundo, não como aliado, mas como prisioneiro. Ela cobra o sangue de Edmundo, pois em Nárnia havia uma lei, a Magia Profunda - todo traidor é presa da Feiticeira Branca, tendo ela o direito de matar. Após uma conversa entre Aslan e a Feiticeira, esta deixa Edmundo. Parece aquela parte da história em que as coisas começam a se ajustar. Porém, o acordo foi o sangue de Aslan no lugar de Edmundo.
Há uma festa enorme das trevas daquele mundo no dia da morte de Aslan.
Fiquei com uma revolta maior com Edmundo. Ele foi o traidor, ele tem que pagar mesmo. Não está certo que Aslan morra em seu lugar. Se eu tivesse a possibilidade de intervir em todo o livro apenas uma vez, essa seria a hora. Não deixaria Aslan ir. Entregaria Edmundo e pronto.
Mais algumas páginas de leitura e… A Magia era muito mais Profunda do que a Feiticeira sabia. Se uma vítima voluntária, inocente de traição, fosse executada no lugar de um traidor, a própria morte começaria a andar para trás.
Aslan estava vivo outra vez!
Dessa última vez que li As Crônicas de Nárnia eu continuei pensando as mesmas coisas sobre Edmundo. Tive raiva e tive pena em uma proporção ainda maior. Porque eu percebi que Edmundo sou eu.
Sim, Edmundo é você também.
Fui eu que me vendi ao pecado sem nem pensar nas consequências que isso poderia trazer.
Fui eu que me aliei às trevas a cada vez que pequei, mas na verdade não existe aliança, só uma escravidão inútil que ainda resulta em morte da alma no final dos tempos.
Fui eu que fui salva dessa última morte por Jesus.
Foi Ele quem morreu no meu lugar, vítima voluntária e inocente de traição.
Mas também (caraaaaaaaaaaaa, é reaaaaaaaaaal) foi ele quem ressuscitou e está vivo.
VIVO!
A morte andou para trás.
Jesus está vivo!!!
VIVO!
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Chuva de Deus

Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo. Tão certo como nasce o sol, ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera que regam a terra. (Os 6.3)
Quando nos esforçamos para conhecer a Deus, Ele nos garante que aparecerá como chuva.
Primeiro, é a chuva que desce até a terra, pois não é possível elevar a terra até a chuva - que nem é chuva ainda. Da mesma forma é Deus que vem até nós, não temos a capacidade de nos elevarmos até Ele. Ele que vem.
Segundo, não temos nenhum controle sobre a chuva. Ela desce quando diversos fatores climáticos e ambientais estão alinhados, então não podemos ordenar que a chuva caia no momento que queremos, nem mesmo no momento que achamos que mais precisamos. Dessa forma entendemos que Deus aparecerá no momento definido por Ele e apenas por Ele. Não fazemos nada para apressar ou retardar a Sua vinda até nossas vidas. Mas podemos crer que Ele aparecerá!
Por fim, é interessante perceber as diferenças entre essas chuvas descritas no texto - chuva de inverno e de primavera. Em Israel eram bem definidas as estações seca e chuvosa, sendo esta a estação de inverno, na qual as chuvas já eram esperadas, elas definiam o momento de começar a plantar. É esperado por nós quando nos esforçamos em conhecê-lo, que Ele aparecerá, e então começamos a plantar. É o início da nossa fé, da nossa caminhada com Ele, da nossa amizade. É aquela história do primeiro amor. As chuvas no inverno são mais fortes, todo o clima está propício para que as sementes plantadas comecem a germinar.
Deus também fala das chuvas de primavera ou serôdia, eram as chuvas necessárias para regar as plantações em crescimento para amadurecimento. É como Deus vai se revelando e aparecendo durante a caminhada e o nosso relacionamento. Não sabemos quantas vezes nem qual a intensidade de chuva na primavera. Não sabemos as experiências que Deus quer nos dar com Ele, nem quantas, nem sua intensidade. Mas sabemos que elas servem para o nosso crescimento e amadurecimento no relacionamento com Ele, no nosso chamado, na nossa vida.
Sempre que Deus mandava chuva para Israel no tempo certo, resultava em abundância. Deus quer nos dar dEle mesmo como chuvas em seu tempo, Deus quer nos dar uma vida abundante!
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ser

Eu gosto das variações do verbo ser. Diferente do verbo cantar que segue sempre a conjugação, o verbo ser não. Ele tem uma forma muito própria de ser conjugado.
Pensando somente em mim no indicativo, o ser vai assumir sou, fui, era, fora, serei e seria. Parecem-me tão diferentes, mas todos vão falar alguma coisa sobre mim.
O passado também me intriga. Sozinho ele tem três formas. E não falando apenas do verbo ser, mas o passado parece ter um poder tão grande. O que está nele não pode ser alterado, é definitivo, seja o que for. Como uma cadeia (para coisas ruins). Como correntes. Como um cofre (para coisas boas).
Quem eu fui no passado faz parte de um passado perfeito. É a minha história, não tenho o poder de mudá-la, e ninguém tem esse direito também. O fui também pode ser do verbo ir. Acho que por isso ele faz parte do passado perfeito. Não que esse passado tenha sido, realmente, perfeito. Mas ao soar o fui, o ir vem mais rápido do que o ser à mente. E mesmo que o fui venha do ser, tenho uma escapatória desse poder do passado, o ir me permite movimento. O ir é um verbo que me faz pensar em passagens e não em essência.
Quem eu era é do passado imperfeito. Esse desperta um sentimento maior de pesar. O era está muito relacionado com mudança. O que era, obrigatoriamente não é mais. O que é bom, já que esse passado é imperfeito, o melhor é que haja mudanças mesmo.
Quem eu fora é muito mais que perfeito. Mas quem usa isso de fora? Se não fosse a aula de português, ninguém nem saberia que existe um passado mais que perfeito. E na prática ele nem existe. Não penso nada sobre ele.
Quem eu sou está muito mais próximo de quem eu serei. E é completamente diferente de quem eu fui ou era. Sabe o que isso mostra? Que não! O passado não é tão poderoso quanto eu pensei. Que eu não posso escrever de novo o passado, mas eu posso mudar o agora completamente. E quando eu faço isso o passado fica sem nenhum sentido na minha história, e o poder dele torna-se quase nenhum.
Ainda no futuro, eu serei ou seria são futuro do presente e futuro do passado, respectivamente. E realmente quem eu serei está muito mais relacionado com quem eu sou, pois quem eu sou é o que de mais importante determina quem eu serei. Quem eu seria está muito relacionado com quem eu fui, e muito distante de quem eu sou. É o fim do poder do passado, ele foi derrotado pelo presente.
Concluo que o mais poderoso de todos é o mais simples, é o presente. Mas ele logo será passado e não mais terá poder, exceto de cofre ou cadeia. O futuro agora ganha o super poder de presente, de alterar ou manter cada detalhe do meu ser.
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Janela

Janelas são das coisas mais interessantes que existem. Ela está ali tirando toda a claustrofobia, parecendo te dar liberdade. Ventila o ambiente, permite claridade, deixa até o lugar mais bonito. Entretanto, ao mesmo tempo está te limitando, mancomunada com a parede, não te permite livre acesso ao que você vê. Mas também não é culpa dela, não tem essa função.
Essa janela é a Lei.
A Lei te dá a falsa sensação de liberdade. Por um tempo você fica tranquilo achando que cumpre certas coisas e assim se livra do inferno. A alma aparenta um bom estado, está ventilada. A Lei permite até contemplar um pouco de Deus, é possível ver a luz. As pessoas olham para você e notam o quanto está diferente, você não faz mais certas coisas, sua alma parece mais bela.
A notícia ruim é que ao usar a janela, mesmo em sua plenitude, você vai perceber que ainda está dentro do quarto. Ou seja, com a Lei você permanece no mesmo reino que nasceu. Onde? Nas trevas.
Há muito mais lá fora: brisa, claridade, muitas outras belezas que você ainda não conhece, nunca saiu desse quarto...
Sabe do que você precisa? Apenas da porta. Passe pela porta.
Sim, a porta é Jesus (João 10:9)! Você vai chegar num caminho (João 14.6), que é Ele de novo, e tudo de mais maravilhoso que verá e desfrutará e onde chegará também é nEle (Filipenses 3.14).

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Se Joga!

Estava lembrando de quando me converti. Sabe aquela história do primeiro amor? Pois é, acho que existe mesmo. Não conseguia compreender como alguém poderia amar mais no início, porque eu estava nele, e pedia sempre a Deus para que esse momento nunca passasse. Mesmo que fosse necessário ter menos conhecimento de Deus e de todas aquelas questões teológicas, mas que o amor por Ele permanecesse o mesmo. Naquele tempo eu sentia uma vontade tão forte de ir para missões na África, de ir para um país perseguido. Se me perguntassem qual o meu sonho, eu diria: ser médica na África. E quando falava isso, via um olhar, talvez, de compaixão por minha imaturidade. Outras vezes ouvia: é, eu já fui assim também. E isso soava como: que bonitinha, encantada com as missões, lembro de quando eu era inocente e imaturo na caminhada com Cristo, já passa essa fase e você volta para a realidade. E mesmo com isso, enxergando assim, eu nem ligava. Era algo forte dentro de mim, que me consumia de verdade. Até que o tempo foi passando e eu me vi assim, com um pouco daquela maturidade que não é de se admirar. Meu sonho passou a ser: servir numa "áfrica", e essa áfrica pode ser os lugares mais áridos do Sertão, pode ser até mesmo o bairro mais necessitado dessa cidade. E como numa escala decrescente (não pelo sonho em si), passou a ser: fazer uma boa residência, ter minha família, 4 filhos, trabalhar num bom hospital, e ter uma vida normal e confortável. Não há problema nenhum nesses sonhos, o problema está no dono deles, sei que são meus. Mas Jesus é mesmo surpreendente. E por esses dias eu fui levada a lembrar de como foi minha conversão, como Ele me encontrou e resgatou para Ele, o dia em que eu falei: Deus, é sério, não quero mais essa vida, ela é tua, faz o que o Senhor quiser com ela. E que maravilhoso foi isso. Lembrei que Ele me respondeu que faria infinitamente mais do que eu pensava (Ef 3.20), e a cada dia me surpreendo com o que tem feito. E esse mais não são coisas, é mais dEle mesmo, mais dos sonhos dEle. E foi assim que aquele sentimento inicial voltou. E os meus sonhos atuais ficaram tão sem graça perto dos dEle, só um amontoado de tesouro que a ferrugem e a traça destruirão em breve. E não foi para isso que Ele me chamou, foi para servi-Lo com todas as minhas forças. E assim, escolhi amá-Lo de todo o meu coração. Voltei para a "imaturidade" de enxergar Jesus sem lentes teológicas, de amar sem precedentes, de me doar sem restrições, e de entregar minha vida como Ele entregou a dEle por mim.
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And I need You to love me, and II won't keep my heart from You this timeAnd I'll stop this pretending that I can Somehow deserve what I already have Your love makes me forget what I have been Your love makes me see who I really amAnd Your love makes me forget what I have been
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Certezas 3 (É muito mais pessoal do que imaginava)

Acabei de descobrir a “expiação limitada”. É um dos 5 pontos básicos do calvinismo. Nenhum dos outros pontos me deixou em dúvida, mas esse eu precisei entender melhor para crer. Porque não é o que nos ensinam.
Aprendi que Jesus morreu por todos, sem exceção, foram todos os pecados do mundo que colocaram Jesus naquela cruz, que fez Ele receber toda a ira do Pai. Não vou argumentar sobre isso, mas quero falar de como esse ponto é prático, do que ele produziu em mim.
É muito mais pessoal saber que Jesus se entregou porque me escolheu. A ira do Pai derramada sobre Ele foi a ira que eu deveria receber sobre mim. Não é uma coisa geral: o meu pecado, o seu pecado, o pecado do mundo inteiro colocou Jesus na cruz, Ele fez isso independente de você ser salvo ou não.
Não! Ele me escolheu, Ele quis me salvar, e por isso foi até as últimas consequências. Isto é, sendo justo, perfeito, santo, foi humilhado, escarnecido, cuspido, pisado, sangrou por mim.
E logo eu! Não paro de perguntar: por que eu, Deus?
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"Transforma-se o amador na cousa amada, por virtude do muito imaginar; não tenho, logo, mais que desejar, pois em mim tenho a parte desejada."
(Camões)
Jesus é quem ama e se fez carne, se fez como um de nós (a coisa amada).
E mais, Ele veio habitar em mim (tenho a parte desejada).
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Assíntota
Tenho pensado que as nossas experiências no início da caminhada com o Senhor são tão fortes, parecem mais reais do que o real. Elas podem diminuir ao passo que recebemos ou adquirimos maturidade nessa caminhada. No entanto, as experiências iniciais ficam tão marcadas, mas tanto, que constituem uma assíntota se pensarmos na fé como uma função.
Se essa assíntota for o eixo-X, por exemplo, a fé pode ser pequena, pode diminuir tanto, pode tender ao zero, mas nunca chegará a ele. E tudo bem que existam momentos assim. O que importa é que essa fé exista, pois (ouvi certa vez) “sem fé é impossível agradar a Deus”, mas é SEM, ou seja, zero de fé. Enquanto existir um milésimo de fé eu tenho agradado a Deus.
Penso também que, matematicamente falando, uma função que tende a zero (como é o nosso exemplo), mas que existe uma assíntota no zero, cruzará, chegará ao zero no infinito.
Então há um momento que a fé vai acabar? Sim! Mas calma, é para acontecer mesmo! Quando nos encontrarmos com Deus, que é o infinito. Não precisaremos mais de fé, pois ela é a certeza de coisas que se esperam e convicção do que não se vê. Mas estaremos com o próprio Deus. O veremos! Não esperaremos mais. Ele estará conosco. Não precisaremos mais de fé.

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-Descende de Adão e Eva - tornou Aslam. - É honra suficientemente grande para que o mendigo mais miserável possa andar de cabeça erguida, e também vergonha suficientemente grande para fazer vergar os ombros do maior imperador da Terra.
Príncipe Caspian, C. S. Lewis
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Algumas considerações sobre religião
Religião vem do latim religare e significa tornar a ligar. Mas a palavra que existe em todo o novo testamento grego é threskeia. O termo latino dá ideia de um religamento das relações rompidas pelo pecado entre o homem e Deus. Mas o particípio de religare dá sentido de pessoas piedosas prestando culto e reverência a deuses. E é este sentido que se relaciona com o sentido do termo grego. Isso porque a palavra grega já era usada anteriormente nesse sentido, do homem fazendo algo para os deuses do Pantéon, era algo feito pelo homem para o deus. E o religare do latim também está sempre associado a forças ocultas dos deuses.
Sabe-se também que os primeiros cristãos não nomeavam o que viviam como religião, já que os conceitos latinos eram sempre repletos de ideias pagãs. Isso só foi aceito pelos cristãos do Império Romano pela falta de outro termo. O termo grego é empregado como culto em todo o novo testamento, mas nunca junto ao adjetivo "cristão" para formar a ideia de "religião cristã". A única vez que foi adjetivada foi por Paulo, mas para referir-se ao judaísmo (religião judaica). "A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo." (Tg 1.27)
Esse verso de Tiago é mais usado para dizer que, sim, temos uma religião. Bem, é perfeito para fechar minha argumentação contrária a essa ideia.
Se sabemos que não podemos nos voltar para Deus, não podemos por nós mesmos nos ligar de volta a Deus, mas que somente Jesus (que é o próprio Deus) que nos religa a Ele, não podemos dizer nem mesmo que Jesus é nossa religião. Até poderia ser o "religare", o que faz novamente uma ligação que existia e deixou de existir (sendo muito redundante). Mas não se encaixa na prática dessa palavra, que pode ser, inclusive, culto; nem na palavra grega que é o termo usado na Bíblia. E esse texto diz o que é a "religião": são atitudes humanas (visitar órfãos e viúvas e guardar-se da corrupção do mundo), isso não é um ato que me religa a Deus, ou um universo do qual o cristianismo faz parte, isso não me salva.
Se Jesus é suficiente e o único caminho, por que tentar outra forma?
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Testemunho de Rodolfo Abrantes
Muito interessante e muito claro
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God is Love S2
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Essa é uma verdade, mas só saber dela não salva. Sim, Deus ama a todos. E todos é TODOS. Além disso, é vontade de Deus, também, que todos sejam salvos, TODOS. Mas isso não salva, não nos leva de volta a Deus, não paga o nosso pecado se pararmos aí. Sim, o nosso pecado precisa ser quitado: "O salário do pecado é a morte".
Agora, quando observamos que esse amor de Deus fez que Ele entregasse seu único Filho para pagar os nossos pecados, isso sim é mais que tremendo. Ter o Espírito Santo, tão poderoso e grande habitando dentro de mim, é maravilhoso. Crer nessa verdade nos leva de volta a Deus, nos religa, nos salva!
Nosso Deus é homem, sim. É Jesus que viveu aqui com uma carne corruptível igual a minha, mas não pecou. Morreu pelos meus pecados, mas ressuscitou e o Pai o exaltou, e por merecimento, não foi por graça, Ele cumpriu o que deveria ter feito, foi perfeito, sempre fez a vontade do Pai. Agora Jesus, meu lindo, meu amado, meu noivo, tem o nome que está acima de todo o nome. E naquele maravilhoso dia que nos encontrarmos, todo joelho se dobrará ao vê-Lo, seja na terra ou debaixo da terra. Como é bom estar nEle, falar dEle, amá-Lo...
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"Eu não pedalo sozinho não quem foi que disse que eu controlo meu guidom? Quem me guia é quem me fez"
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