Se ver isso me fala vou sabe que se importou que uma dia eu deixei uma lembrancinha nem que seja boa ou ruim só me fala que um dia você só lembro assim vou saber que to um pouco mais vivo por se conversei com você contei uma história ou um assunto bobo foi por tava tentando viver e hoje não deu conta mais, mais se você me falar vou poder ter um pouquinho mais de força pra continuar vivo por hoje dia 06/10/23 as 22:44h me sinto morto...
encontrei uma música esses dias e ela não sai da minha cabeça, tenho certeza que você iria adorar escutar ela comigo.
talvez você ache chata (triste) demais ou vá cantando (berrando) comigo dentro do teu carro enquanto a gente bebe uma cerveja bem gelada,
"odeio seus erros mas adoro sua cama. (também odeio os meus)."
na verdade ela me lembra você e esse tipo de música só eu gosto. você odeia coisas dramáticas e nem entende o porquê de eu gostar disso.
e sabe por que você não entende? porque você não me conhece.
nunca me viu desabar escutando uma das minhas músicas favoritas (tu nem se quer sabe qual é minha música favorita)
ou vendo o céu nas cores laranjadas ao fim do dia (tu nem imagina o quanto eu sou apaixonada pelo céu e que para eu ele se parece com o fim de tudo).
eu me questiono se é falta de interesse tua ou se sou eu que nunca pensei em te contar. pode até ser por conta de não encontrar um tempinho pra tudo isso.
parece tudo tão rápido e raso.
toca minha pele, mas não chega nem perto de adentrar (me invadir, transbordar).
“Porque eu sei que não preciso experimentar mil beijos pra saber que quero a sua boca, Não preciso experimentar outros abraços quando o seu é meu abrigo. Não preciso de outros toques se o seu me faz sentir única, Eu não preciso de nada mais se estiver contigo.”
“Tive um amigo que chamava João… Ah, como falar do João? O João era incrível. Você ia gostar de ter conhecido o João. Ia mesmo. Não tem uma pessoa em sã consciência que não gostaria. Os loucos, os sóbrios, os poetas, as putas; João era um sucesso por onde passava. João encantava. Todo mundo queria ser amigo do João; e todo mundo era. Porque ele dava espaço. Dava liberdade. João nunca diminui ninguém. Muito pelo contrário. João passava confiança e todo mundo confiava no João. João tinha um opala azul. Azul da cor do céu. Toda vez que você entrava no opala do João tocava ‘wake me up when september ends’. Era até engraçado. João amava Green Day. Ele também amava deitar sob capo do seu opala azul em noites estreladas. As estrelas, porra, João amava as estrelas. Amava conversar sobre universo, galaxias, imensidões; alienígenas então, João pirava. Era seu favorito. Com João não faltava assunto. Não tinha assunto ruim. Ele fazia qualquer um ficar interessante. Você podia falar sobre colméia e abelhas ou sobre vida após a morte, João te faria refletir sobre os dois. Faria sim. Tenho certeza. Eu conhecia muito bem o João; o João gostava de teorias, conspirações, um eterno lunático. João era uma pessoa muito caridosa. João participava de projetos sociais, resgatava gatos, alimentava cachorros de rua, fazia trabalhos voluntários. João gostava de ajudar. João se importava com tudo. E chorava por tudo. João era especial. Especial porque tudo doía nele. João chorou pela fome na África, pelos terremotos da China. João chorou por Brumadinho, por Mariana; pelo incendio da boate kiss. João era humano. Mais humano que muita gente. João tinha empatia por tudo. E era isso que deixava ele feliz. João sentia muito. E era por sentir que João sorria. O sorriso do João era lindo. Contagiante. Os lábios rosados de João se envergando e dando espaço pros seus dentes branquinhos, lembro perfeitamente desse sorriso. O João tinha os melhores conselhos. Quantas saudades dos conselhos do João. João falava o que você precisava ouvir. Na lata. Sem delongas. Sem A nem B. João entendia todo mundo. João entendia tanto, que ninguém entendeu João. Ontem fez 1 ano que o João foi encontrado com um bilhete: “eu não consegui, desculpa…”. Até hoje todo mundo se pergunta porque o João nos deixou. Um menino tão feliz. Tão novo. Tão cedo. João não deixou respostas. Mas a vida de João respondia tudo. João nos deixou porque ele acreditava no amor. João morreu pela poluição dos rios, pelo desmatamento da Amazônia, pelo cárcere dos animais. Pela fome, pela pandemia, pela desigualdade. João morreu porque riram do seu opala. Porque opala não era mais o carro do ano. João morreu porque ‘wake me up when september ends’ não tocava mais nas rádios. João morreu porque ele amou o mundo, mas o mundo não retribuiu o seu amor. Agora João é uma estrela. João amava as estrelas…”
Ele é canceriano, dramático e intenso. Ele tem um péssimo gosto pra comida mas tem um ótimo gosto pra música. Ele tem alguns defeitinhos, como todos nós meros mortais, mas eu não me lembro de nenhum relevante agora. Ele caiu do céu na minha vida, literalmente como um anjo. Ele tem um coração do tamanho do mundo, por isso ama muito e sofre muito também. Ele ama e defende os animais e eu curso medicina veterinária, mais coincidência que isso impossível né? Ele prefere burguer king do mc donalds. Ele odeia sorvete de morango e mais uma lista gigante de alimentos. Ele sonha em ser pai e cá entre nós, seus futuros filhos serão as pessoas mais sortudas do mundo. Ele conseguiu me fazer gostar de stranger things e eu odeio filmes e séries de terror. Ele fazia os quimioterápicos parecerem suco de uva. Ele ama o superman e com toda certeza do mundo se o superman existisse também o amaria. Ele mora há exatamente 207,7km de mim e essa é a única coisa sobre ele que eu odeio. Ele me devolve o ar toda vez que minhas crises de ansiedade me tiram. Ele me impede de surtar. Ele enxerga luzes em mim que eu nem sabia que existiam. Ele tem o dom da escrita, Bukowski que se cuide. Ele tem uma péssima genética, assim como eu. Ele faz desejos todos os dias 00h, quando não dorme antes. Ele fuma. Ele bebe. Ele surta. Tudo pra conseguir aguentar esse mundo filha da puta. Me perdoem pelos palavrões, mas nada me deixa mais puta da vida do que ver uma pessoa tão incrível passar por tanta merda. É sério. Quando eu digo que ele é incrível, eu não estou exagerando. Ele é todos os adjetivos bons existentes. Ás vezes ele se esquece, mas eu faço questão de sempre lembrá-lo. Ele me tirou do fundo do poço. Ele estava aqui em exatamente todos os meus dias ruins. Ele é orgulhoso, mas sempre pede desculpa. Eu o amo e não consigo imaginar o dia em que não amarei.
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aprocuradalua
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