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apttsn · 3 years ago
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ㅤㅤㅤ━━ㅤ❝ㅤainda era novidade para o filho de hades poder ouvir a voz de ariel, surpreendendo-se sempre por já ter se acostumado a ler os sinais e as palavras formadas nos lábios da semideusa. era bom poder ouví-la, a voz suave tornando a música favorita de ash, mas ele ainda gostava de manter o hábito de observá-la com atenção sempre que conversavam, memorizando cada detalhe no rosto sorridente, deixando que seu olhar constantemente se perdessem nos lábios avermelhados ou nos olhos verdes de ariel.
ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤsorriu contra os lábios dela, podendo sentir seu rosto corando de leve com o elogio ao seu desenho.ㅤ❛ㅤnessa parte de fora, ou por dentro?ㅤ❜ㅤperguntou ao segurar o braço direito de ariel, tocando a pele lisa delicadamente ainda sorrindo.ㅤ❛ㅤé um bom lugar para a sua primeira tatuagem. pode fazer um pouco de cócegas, mas nada que vá te incomodar tanto.ㅤ❜ㅤsoltou o braço dela para começar a preparar seu material, levantando-se para pegar o frasco de tinta e alguns potinhos, colocando as luvas de latex pretas ao voltar a se sentar de frente para ariel, com a maca entre eles.
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                   ♥ ━━     ❝ Ash havia se tornando uma constante em sua vida. Ela certamente não esperava por aquilo... Que uma conversa ao pôr do sol sobre desenhos que o outro considerava deveras perturbadores acabassem aflorando neles uma amizade e disso... bom, muito mais. Amava o Ichinose, tinha certeza disso, embora fosse deveras complexo para a ruiva colocar isso em palavras, ou melhor, escolher as palavras certas para dizer aquilo em vista de que... bom, seus sentimentos gostavam se de tornarem complexos demais para a ruiva ter coragem de lidar com eles.
                    ———— Na parte de dentro. —— ela sugeriu, usando o indicador para apontar o local onde a tatuagem deveria ficar, estendendo o braço sobre a maca de forma que os dedos ficassem apontados na direção do filho de Hades, a palma para cima. ———— Eu sou resistente a dor, não é como se fosse me incomodar de qualquer forma. —— lembrou-o com um sorrisinho, enquanto se ajustava na cadeira para ficar confortável, encarando as feições do outro com ternura. ———— Eu tô orgulhosa de você. —— disse por fim ———— Isso tudo é realmente... sabe? Incrível. Eu to mesmo feliz que você esteja conquistando tudo isso agora. ❞
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apttsn · 3 years ago
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                                              𝖨 𝗐𝖺𝗇𝗇𝖺 𝖿𝗅𝗒, 𝖨 𝗐𝖺𝗇𝗇𝖺 𝖽𝗋𝗂𝗏𝖾, 𝖨 𝗐𝖺𝗇𝗇𝖺 𝗀𝗈                                               𝖨 𝗐𝖺𝗇𝗇𝖺 𝖻𝖾 𝖺 𝗉𝖺𝗋𝗍 𝗈𝖿 𝗌𝗈𝗆𝖾𝗍𝗁𝗂𝗇𝗀 𝖨 𝖽𝗈𝗇'𝗍 𝗄𝗇𝗈𝗐                                               𝖠𝗇𝖽 𝗂𝖿 𝗒𝗈𝗎 𝗍𝗋𝗒 𝗍𝗈 𝗁𝗈𝗅𝖽 𝗆𝖾 𝖻𝖺𝖼𝗄, 𝖨 𝗆𝗂𝗀𝗁𝗍 𝖾𝗑𝗉𝗅𝗈𝖽𝖾                                               𝖡𝖺𝖻𝗒, 𝖻𝗒 𝗇𝗈𝗐 𝗒𝗈𝗎 𝗌𝗁𝗈𝗎𝗅𝖽 𝗄𝗇𝗈𝗐                                               𝖨 𝖼𝖺𝗇'𝗍 𝖻𝖾 𝗍𝖺𝗆𝖾𝖽                                               𝖨 𝖼𝖺𝗇'𝗍 𝖻𝖾 𝗍𝖺𝗆𝖾𝖽                                               𝖨 𝖼𝖺𝗇'𝗍 𝖻𝖾 𝖻𝗅𝖺𝗆𝖾𝖽                                               𝖨 𝖼𝖺𝗇'𝗍, 𝖨 𝖼𝖺𝗇'𝗍 𝖨 𝖼𝖺𝗇'𝗍, 𝖼𝖺𝗇'𝗍 𝖻𝖾 𝗍𝖺𝗆𝖾𝖽                                               𝖨 𝖼𝖺𝗇'𝗍 𝖻𝖾 𝖼𝗁𝖺𝗇𝗀𝖾𝖽                                               𝖨 𝖼𝖺𝗇'𝗍 𝖻𝖾 𝗍𝖺𝗆𝖾𝖽                                               𝖨 𝖼𝖺𝗇'𝗍 𝖻𝖾, 𝖼𝖺𝗇'𝗍 𝖻𝖾, 𝖨 𝖼𝖺𝗇'𝗍 𝖻𝖾 𝗍𝖺𝗆𝖾𝖽
                   ♥ ━━     ❝ As coisas estavam começando a entrar nos eixos para Ariel. Seu relacionamento com Ash ia muito bem, na verdade, tão bem que vez ou outra ela estranhava. Às vezes o ficava observando, se perguntando se o que sentia emanar dele não era puro fruto de sua imaginação, se não apenas estava desejando ser amada daquela forma e agora sua cabeça fodida buscava uma maneira de ver as coisas de forma errada, distorcendo as ações e sentimentos do melhor amigo. Mas não... No momento que ele a beijava, ou quando as mãos grandes e firmes tocavam seu corpo ela tinha certeza que nunca ninguém havia sentido aquilo por ela antes, assim como tinha certeza de que retribuía da mesma forma intensa e mesmo que as bocas não falassem, se amavam à sua maneira e não podia estar mais satisfeita com isso. 
                  Com isso, raramente ficava em seu chalé nos últimos tempos, mesmo que em algum momento da noite, logo após o toque de recolher, se reunisse com os irmãos e irmãs para dormir. A verdade era que nunca dormia. Não pelo menos até que fizesse Ash sair pelas sombras de onde quer que estivesse para buscá-la. Se aninhar ao peito dele era muito mais confortável que abraçar os travesseiros e certamente ele a deixava muito mais relaxada para dormir do que os cronogramas de limpeza de pele do chalé de Afrodite. Era impossível não preferir seus braços, a respiração calma do sono profundo do Ichinose depois de passarem horas acordados deixando que ações dissessem aquilo que eles não sabiam colocar em palavras.
                  Não era diferente com Thorn. Depois da briga na arena que havia lhe rendido uma marca eterna e da discussão no chalé de Caos, haviam finalmente parado de se desentender, e ela sinceramente preferia assim. Não odiava o semideus, pelo contrário, estava tão arisca justamente por gostar dele e Ariel queria poder dizer que não havia se apaixonado pelo guerreiro como tinha prometido para si mesma não fazer — assim como para Brenna — mas não havia cumprido essa promessa. E depois do turbilhão de emoções, em partes sentida apenas por ela, agora se dedicava a passar algum tempo junto de Brekker, na maioria das vezes sentado no chão de seu chalé, folheando livros e comendo qualquer besteira em buscas de respostas para o que ele tinha feito consigo mesmo. Agora seria perda de tempo brigar com a versão de Thorn que não sentia nada, mas reservava todas as suas palavras para quando resolvessem aquela questão. E ele ouviria muito quando chegasse a hora.
                  Em troca ele lhe ajudava. 
                  Thorn podia não sentir nada mais agora, mas ao menos conhecia o que era passar pelo que ela estava passando. Havia recebido a benção de Ares também, havia perdido o controle de sua força, sua raiva… de tudo isso até finalmente achar uma estabilidade. E apesar de ter a ajuda de Ash e Brenna para lidar com seus treinos, aquela parte era algo que somente o outro conseguia entender. Imaginava ela que já fazia tempo o suficiente para ele quase se esquecer de como tinha sido o caos de sua vida na época em que controle era algo muito distante para si, mas em todo o caso, as técnicas para lidar com essas questões nunca iam embora e ele podia ajudá-la com as explosões de raiva fora de hora, a impulsividade que a acometia sem controle, afinal de contas não bastava ter chamado a atenção do deus, precisava agora saber o que fazer com o que tinha recebido. E então quando se cansavam dos livros que pareciam nunca dar a eles exatamente o que queriam, Thorn lhe ensinava alguns exercícios para conviver melhor com seus próprios sentimentos. Seria cômico, se não fosse trágico, que era justo ele quem tinha algo para lhe ensinar sobre controle emocional quando ele tinha perdido completamente todas as emoções, se tornado um buraco negro que sugava tudo para dentro, consumia o que via no caminho sem nunca sentir nada.
                  Ariel sentia essa atração. Enquanto Thorn era puro vazio, ela era como um vulcão em erupção e se sentia drenada pelo mais velho quando ficava muito perto dele, o que a fazia, a muito custo da parte da ruiva, evitar a proximidade com o semideus na maior parte do tempo, se unindo à ele sobre o colchão de sua cama apenas quando achava alguma informação que achava pertinente ou quando o cansaço do corpo pedia algo mais confortável. E às vezes, só às vezes, se permitia parar por um momento e observar de perto a expressão séria do rosto do semideus enquanto ele encarava as palavras em folhas amareladas de transcritos antigos. Quase era como se ele fosse ele de fato, mas se fosse, em algum momento Thorn viraria na sua direção, falaria qualquer tirada sacana que a faria rir enquanto revirava os olhos e ela receberia um beijo no ombro ou no pescoço… Não estariam brigando certamente, tão pouco estudando uma forma de reverter um feitiço que parecia irreversível.  O pensamento a fazia sentir saudades e uma urgência em resolver aquela questão para tê-lo de volta logo.
                  Os exercícios que Thorn havia lhe ensinado eram, basicamente, algo parecido com que psiquiatras e psicólogos costumavam utilizar como alternativa para o tratamento de pacientes com transtorno explosivo intermitente, o que popularmente era conhecido como explosões de raivas que estavam fora da capacidade de pessoas com TEI lidarem com tal sozinhas. As primeiras técnicas eram basicamente controle de respiração e métodos de relaxamento, como sempre ter algo ao alcance da mão para que pudesse apertar ou passar de uma palma para outra, de preferência que tivesse uma temperatura mais fria ou mais quente que o seu corpo, para que a mente pudesse se concentrar naquele novo estímulo, o que a fez anotar mentalmente que precisaria pedir para Asami criar algum dispositivo que tivesse aquela condição. 
                  Ainda assim, cética, Ariel não acreditava que apenas aquilo fosse capaz de mantê-la longe da ideia de acertar um murro no meio do rosto de alguém se acabasse sentindo raiva de alguma coisa e foi quando os exercícios físicos começaram. Luvas de boxe foram adicionados aos encontros e em cada pausa que faziam para descansar a mente quando os olhos já não aguentavam mais encarar as palavras que saltavam das folhas, faziam sequências de golpes e manobras, até que tivessem, inclusive, um saco de pancadas para auxiliar na evolução de Ariel. 
                  A junção de todos os métodos começava, aos poucos, a dar algum resultado. Os treinos bom Brenna e Ash, a alimentação que ela inclusive havia mudado ao ler que certos tipos de alimentos costumavam ajudar nessas questões, os exercícios de respiração e exercícios físicos. Ariel não estava só entrando em nova forma que parecia fazer caber melhor em seu corpo a benção de Ares que parecia até então desregulada, como entrava em sintonia com a nova versão de si que tinha alcançado desde que voltara de sua missão. E a bem da verdade, não podia estar mais satisfeita com quem estava se tornando agora. Muita coisa podia ainda estar errada, mas agora Ariel tinha certeza que podia ao menos confiar em si mesma quando precisasse. ❞
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apttsn · 3 years ago
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apttsn · 3 years ago
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“  i did what was necessary.  ”
                    ♥ ━━     ❝ O riso de Ariel saiu nasalado enquanto ela virava a página de mais um livro antigo que continha coisas muito desinteressantes. Dentro dos longos silêncios, vez ou outra, entravam em algum assunto que logo morria, simplesmente porque ela ainda estava processando a nova informação de Thorn, tanto da maldição que sua mãe tinha jogado nele quanto do feitiço que ele havia ido atrás, quanto pelo fato de que por ele não sentir nada, era quase impossível engajar numa conversa longa. Era como falar com uma parede que respondia, mas ainda assim era uma parede.
                    ———— É mesmo? —— ela perguntou com pouco interesse. Mais uma vez estavam falando do feitiço, haviam começado pelo caminho de como reverter mas acabavam sempre nos motivos para que ele tivesse feito aquilo. Ariel ainda não conseguia conceber essa ideia. ———— Bom, nesse caso acho que podemos fechar todos esses livros, queimar os pergaminhos e irmos embora. Porque se tudo isso era necessário, porque então estamos tentando reverter? Porque você não quer mais isso? —— ela perguntou, parando para encará-lo, negando com a cabeça em seguida. ———— Pode repetir isso pra tentar se convencer quantas vezes você quiser, Thorn, ainda não vai justificar nada. Sua vida era tão merda assim? Sabe...? Você tinha pessoas que se importavam contigo e eu não estou nem falando de mim. Quem escolheu fechar os olhos para isso e focar apenas na sua dor foi você. E sabe o que é mais engraçado agora? Não importa que discurso bonito eu faça aqui, você não liga porque você não sente nada. Bom... talvez seja por isso que ainda está se justificando, a razão pede por um motivo, não pede? Eu já disse, quando acabarmos com isso... —— ela apontou na direção do ombro dele onde a marca estava ———— Ai sim vou te dizer algumas coisas. Até lá conviva com o fato de que eu não me importo com essa versão sua. —— ela pontuou, molhando o indicador na língua antes de voltar a folhear a página do livro. ———— O que eu quero é o meu Thorn de volta. —— ela disse uma nota mais baixa, mais para si do que para ele de fato. ❞
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apttsn · 3 years ago
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apttsn · 3 years ago
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                   ♥ ━━     ❝ Ariel franziu o cenho quando viu Thorn segurar a blusa e tirá-la com um puxão. Em outra época, pensou, teria sorrido, deixado que os olhos tragasse para dentro a imagem de um Thorn semi-nu diante de si e estudos e pergaminhos teriam ficado para outro dia. Agora, no entanto, sua expressão não ficou mais do que confusa enquanto ele apontava para a omoplata, onde o símbolo estava marcado em si como ferro quente num gado. Bom, agora fazia sentido toda aquela bagunça de pergaminhos e buscas por feitiços e transcritos antigos que para a semideusa não faziam o menor sentido. ———— Combustível para o que você já é…? —— ela perguntou com o cenho franzido. Havia muitas ressalvas da parte de Ariel sobre aquele comentário, mas preferiu deixar que Thorn terminasse de falar tudo que tinha para lhe dizer, porque parecia que havia muita coisa a ser dita.
                  E quanto mais ele dizia, pior as coisas pareciam para ela. A citação à Afrodite fez ela endireitar a postura. Não tinha uma boa relação com a mãe e isso não tinha melhorado depois da missão, mas certamente estava mais tolerante sobre a existência da mulher, o que a deixava ainda irritada sempre que Thorn a comparava com a deusa. Não queria isso e não era porque havia feito uma missão para ela que havia feito as pazes ou algo assim e para o filho de Caos parecia que ela o havia traído ao aceitar um destino que havia sido difícil demais para ela em busca de uma libertação para si mesma. Ele parecia incapaz de entender, egoísta demais para sair de seu próprio mundo e olhar um pouco o seu. 
                  Aquela constatação, no entanto, fazia as coisas muito melhor desenhadas. A sutil menção à Ash fez com que ela perdesse uma batida do coração, quase como se tivesse sido pega no flagra. Se perguntou se o show durante a orgia havia sido por conta daquele motivo. Será que ele sentia raiva? Raiva pela deusa que por conta disso Ariel seria mais uma que passaria pela sua vida, mas depois, cansada de esperar por algo que ele não podia dar, seguiria adiante? Quantas vezes Thorn tinha visto isso acontecer sem poder fazer nada? Há quanto tempo?, ela quis perguntar. Quantas vezes ele quis gostar de alguém mas não pôde? As bochechas de Ariel ficaram vermelhas diante daquela confissão e quis voltar ao Olimpo e brigar com a mãe, mas o que podia fazer? Não era como se fosse resolver qualquer coisa assim, era? 
                  Os lábios dela se torceram quando ele disse que não podia dizer que sentiria sua falta. Não era porque ele não podia sentir nada que ela também não sentia e aquilo era como um soco no seu estômago. Mais uma vez quis brigar com ele, ao invés disso, caminhou até o outro lado da mesa onde ele tinha se acomodado, puxando a cadeira vaga onde se sentou, emburrada, puxando um dos livros que ele lia para perto de si. ———— Eu não sou a minha mãe e eu estou cansada de você me comparando com ela. Eu também fui amaldiçoada, Thorn! Eu não a perdoei por porra nenhuma só porque eu decidi por algo que esparava que me tornasse alguém melhor. —— disse, chutando a cadeira dele por debaixo da mesa, os olhos fixos nos papéis a sua frente. ———— Não vai sentir a minha falta… —— ela riu nasalado como se ele tivesse contado uma piada sem graça. ———— Se eu for um dia embora da sua vida, saiba que vai ser pra você sofrer como nunca antes. Eu sou dramática, você sabe. Agora escuta. Quando isso aqui acabar, e vai acabar, seu idiota de cérebro do tamanho de uma ervilha, ai sim eu vou te falar algumas boas coisas e você vai ouvir tim tim por tim tim. E eu espero que doa muito. E se depois disso você for um bom garoto, aí quem sabe eu te perdoo por ser um completo babaca. —— ela declarou, olhando ele de canto de olho. ———— E da próxima vez se lembre que da última vez que lutamos juntos eu defendi você dos lobos de Lycaon enquanto você fazia sua parte, podia ter confiado em mim como confiou daquela vez, eu já teria te ajudado a muito tempo em vez de vivermos toda essa confusão. ❞
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❝  you’re only making things worse.  ❞
Thorn retirou os óculos e jogou o objeto na mesa, um baque surdo ressoando pelo cômodo do chalé. Tinha aceitado a companhia de Ariel aquela noite apenas para trocar ideias, não que não se sentisse mais atraído por ela, mas não tinha clima mais para nada entre eles, pelo menos não agora. Ele sabia o que estava fazendo, e sabia também porquê, contudo, estava cansado de mentir. Se pudesse apenas sentir remorso pelo o que tinha provocado, mas nem isso.
Ele suspirou, puxando a camisa pela gola, abrindo um risinho de canto com a confusão que começava a estampar o rosto da ruiva. Ele se virou de costas, apontando com o indicador para a omoplata esquerda antes de apertar a mão contra os olhos, tomando a coragem necessária para jogar tudo no ventilador.
Virou-se para ela, recostando o quadril na mesa de madeira pesada o suficiente para aguentar o seu peso. "É isso o que eu estou escondendo esse tempo todo, não é uma justificativa, mas isso é o que me faz ainda pior. É o combustível para o que eu já sou." Não era verdade, ele sabia disso, não era de um todo orgulhoso com seus sentimentos, já havia se declarado antes inúmeras vezes. Contudo, tanto a maldição de Afrodite quanto aquele feitiço idiota, faziam-no ser um buraco negro ambulante, sem escolhas para sentir oque deveria.
Thorn abriu os braços. "Quer saber a verdade toda?" Perguntou cruzando as mãos à frente do corpo antes de engolir em seco. "Sabe porquê odeio a sua mãe? Porque, por culpa dela, eu não sou capaz de amar alguém como você provavelmente já ama." Disse com a voz cansada e rouca, verdadeiramente sem nenhum intuito de magoá-la nem atacá-la. Thorn suspirou, voltando sua atenção à frente, os olhos perdidos. "...e depois do natal, bem, apenas aconteceu. Eu provoquei, claro, bem como provavelmente provoquei a ira de Afrodite naquela orgia." Balançou a cabeça, fechando os olhos com uma risada irônica escapando da garganta ao lembrar-se do evento a muitos séculos atrás.
"É, a culpa não é dela, como você mesma disse, já deu de culpar alguém pelos meus erros. Esse segundo..." Disse apontando por cima do ombro. "... esse aqui eu quis. É um feitiço, eu não posso sentir mais nada, nem coisas ruins nem... boas. Tudo já era, e eu estou de óculos buscando uma forma de desfazer essa merda porque simplesmente não enxergo bem letras de perto." Ergueu os braços antes de virar-se para a mesa, para seus papéis. Talvez tivesse algum planeta em capricórnio porque a mania de workaholic mais uma vez voltava a subir à cabeça.
"É isso, Ariel. Você sempre me pediu para contar a verdade, aqui está. Você pode ficar aqui e me ouvir tornar as coisas ainda piores, ou pode ir embora pra longe de toda essa bagunça. Não posso dizer que vou sentir falta."
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apttsn · 3 years ago
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“I’m off in a few minutes, you know.”
                    ♥ ━━     ❝ Ariel revirou os olhos encarando a tela do celular enquanto via Ash dizer que ainda estava ocupado e que demoraria alguns minutos até ficar livre. Era tempo demais. Já tinha esperado por um dia todo, e tinha sido extremamente paciente! Deitada na cama do filho de Hades, vestindo nada mais que a camiseta do próprio, ela suspirou, deixando o celular de lado e se colocando de pé, sentindo o gelado do chão percorrer seu corpo quando a pele nua tocou o piso. A semideusa caminhou escadarias abaixo, empurrando a porta para ver o mais velho sentado na sua cadeira, um cliente deitado de bruços de modo que não podia vê-la da posição que estava. Perfeito..., ela pensou, antes de chamar.
———— Ash... —— ela murmurou com a voz manhosa, se apoiando no batente da porta. A camisa de Ash era grande o suficiente para servir como um vestido curto para a filha de Afrodite, de modo que a curva de sua bunda ficava aparecendo embaixo, assim como pelo tecido de algodão brando os seios ficavam evidentes. ———— Você ainda vai demorar muito? I really need your help. —— não satisfeita, ela se aproximou, parando ao lado do filho de Hades, fingindo observar a tatuagem que ele terminava enquanto apoiava um joelho na coxa dele. Ela viu o garoto na maca começar a se mover para olhar o que estava acontecendo e rapidamente apoiou a mão nas costas dele para impedir que ele o fizesse. ———— Uau... isso está ficando realmente bom! —— com a mão livre ela buscou a de Ash que não segurava a maquininha, fazendo ele tocar em sua coxa próximo a virilha, empurrando-a até sentir os dedos dele no meio de suas pernas ———— Você é muito bom nisso, devia ter aberto o estúdio antes. Eu tô te esperando lá em cima, ok? —— ela se inclinou e selou os lábios dele, se afastando dos toques de Ash assim como tinha feito com que ele a tocasse, desaparecendo escadaria acima, sabendo que ele daria um jeito de ser mais rápido do que estava sendo até então. ❞
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apttsn · 3 years ago
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‘  we  made  quite  a  mess,  babe.  ’
[FLASHBACK]
                   ♥ ━━     ❝ Ariel tinha ido ajudar Nova Roma naquele dia, a pedido de Quíron. Haveria uma feira e precisavam de toda mão de obra que pudessem ter, além de claro, que os toques delicados da filha de Afrodite ajudavam a deixar tudo mais bonito. Com isso em mente, não esperava ver Thorn naquele dia, mas seus planos foram completamente mudados de direção quando viu o filho de Caos recostado em uma das paredes do centro de Nova Roma, observando o trabalho que faziam, o costumeiro cigarro na boca, assim como o sorriso sacana que ela sabia o que significava. Arranjar uma desculpa para sair dali foi fácil, a realidade era que ninguém queria passar pelo constrangimento de tentar adivinhar o que ela estava tentando dizer sempre.
                    Arrastada para a casa de banhos, foi Ariel quem empurrou a porta da sauna antes de ser pega pelas mãos firmes do guerreiro e ser posta contra a parede, a boca sendo tomada com veracidade e fome que ela correspondeu a altura enquanto os dedos se afundavam nos cachos do maior. A cabeça pendeu quando os lábios dele desceram por sua pele e ela fechou os olhos para aproveitar do toque que a fazia arrepiar enquanto as mãos que já conheciam o caminho pelo corpo do outro, se adiantavam para tirar suas roupas.
[...]
                   Ariel estava de costas agora, ofegante. Tinha o corpo todo vermelho, fosse de marcas feitas pelo Brekker ou fosse do calor que sentia pela foda. Ainda o tinha dentro de si mesmo depois de ele gozar, e os dedos seguravam o quadril dele para impedi-lo de se afastar, prolongando a sensação boa de ser preenchia por ele. Com um sorriso sacana nos lábios, ela moveu os quadris só um pouquinho para ouvi-lo gemer e estremecer, sentindo o peito dele grudado em suas costas, a respiração descompassada dele contra a pele de seu pescoço, a boca ali pousada dando a Ariel uma sensação de conforto que ela adorava sentir.
                   A ruiva mordeu o próprio lábio ao ouvi-lo, sentindo a hora que ele se moveu para trás o líquido viscoso de seu orgasmo escorrer por suas coxas. Suas pernas estavam trêmulas e Ariel ainda ficou apoiada contra a parede por mais alguns segundos antes de se virar para ele. Deuses, não se cansava nunca. Ela sorriu, o puxando para perto uma vez mais, beijando sua boca com mais calma agora enquanto o empurrava para o chão. Não estava satisfeita, queria mais dele. Sempre queria mais dele. ❞
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apttsn · 3 years ago
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‘  i  told  myself  don’t  get  attached.  ’
                   ♥ ━━     ❝ ———— E ainda assim aqui estamos... —— Ariel murmurou encarando os olhos esverdeados do mais velho, que tinham o mesmo tom que os seus, vendo neles o reflexo de seus cabelos ruivos. Com um toque de carinho que ela não conseguia evitar com ele mesmo quando em momentos tensos como o que estavam agora, ela deslizou os dedos pelos fios castanhos de seus cabelos como um afago, deixando as íris correrem pela expressão dele com alguma contemplação. Era sempre um problema quando estavam juntos assim, concluiu mentalmente. Sempre se queriam demais mas nunca queriam o suficiente.  ———— Acontece que eu já cansei disso. Entende? Essa sede pelo desapego. E eu não to querendo dizer que eu quero me apegar, não é isso. A gente só não precisava ficar o tempo todo tão focado nisso. É como um balde de água fria em qualquer coisa boa que isso poderia ter sido. Pode ser, mas não é porque o tempo todo você e eu estamos preocupados demais com isso. Consegue me entender? É o tempo todo porque vocês de Afrodite, ou então o tempo todo “porque eu não quero ser cobrada”, enfim... Eu me limitei por muito tempo, Thorn e eu meio que cansei disso. Não sei qual é o seu problema e se não quer me dizer também não é do meu interesse saber, mas se você também não está disposto, eu só vou te dar aquilo que você for me der. E se você constantemente vai me dar um “eu não quero me apegar”, então acho que é isso... —— ela encolheu os ombros, se inclinando para selar seus lábios como uma piada irônica para o que tinha acabado de dizer. ———— Eu não sou a mesma garota que conheceu naquele luau, e felizmente ou infelizmente, apesar de eu gostar muito disso aqui, eu não sei por mais quanto tempo vou caber dentro disso. ❞
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apttsn · 3 years ago
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ぬ  ━ com @apttsn no estúdio de tatuagem.
ㅤㅤㅤ━━ㅤ❝ㅤpor mais que já fizessem alguns anos desde que shinya começou a aprender a tatuar, ele nunca havia imaginado que um dia abriria seu próprio estúdio. aquilo tudo havia começado apenas como um passatempo na época em que se tornou amigo de uma tatuadora em portland e começou a ajudar no estúdio dela. era divertido aprender algo novo quando ele não tinha muita coisa para fazer, e ash continuou a estudar sobre mesmo depois de ir embora daquela cidade. até mesmo fazia algumas tatuagens nele próprio, mas nunca havia tatuado outra pessoa.
ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤe quando a ideia de abrir seu próprio estúdio de tatuagens em nova roma surgiu, ariel foi a primeira humana ━ já que dusa não contava ━ a saber. ele nem esperava que a filha de afrodite fosse se interessar por aquilo, mas ficou surpreso quando ela pediu por uma. seria a primeira vez que ash tatuaria outra pessoa, e por ser a mulher por quem ele estava apaixonado a pressão era ainda maior. então ichinose deu o seu melhor para fazer um desenho digno de ficar eternamente marcado no corpo da semideusa.
ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤo pedido de ariel era simples, e não foi muito difícil para shinya começar a trabalhar no design da tatuagem. uma espada fina e longa, parecida com épine, cercada por flores e espinhos. fez questão de por todo o seu amor em cada detalhe do desenho, certificando-se de que tudo estivesse perfeito antes de mostrá-lo à filha de afrodite.
ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤassim que estava satisfeito com o resultado, virou-se sorrindo para ariel e mostrou o desenho, orgulhoso de si mesmo e torcendo para que ela também gostasse.ㅤ❛ㅤespero que esteja do jeito que você pensou.ㅤ❜ㅤsorriu para ela.ㅤ❛ㅤjá sabe onde vai querer tatuar? eu fiz dois decalques para testar, se quiser ver como fica antes de decidir o lugar.ㅤ❜ㅤ
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                   ♥ ━━     ❝ Orgulho era uma palavra muito banal para se tratar do sentimento que a acometia quando via o crescimento de Ash. Conhecia todos, ou ao menos grande parte, dos detalhes de seu passado, cada mínimo canto escuro da vida do Ichinose da qual ele não se orgulhava nem um pouco e de fato não deveria, embora ela ainda batesse na tecla de que muito do que tinha acontecido não era culpa dele. E vê-lo como estava agora... Ariel não podia se sentir mais feliz.
                    A ideia do estúdio de tatuagens foi facilmente comprada pela semideusa que deu todo o apoio para que ele concretizasse o projeto. Vê-lo criando raízes de novo, tendo uma vida nova e se desapegando do passado complicado... aquelas coisas faziam com que a ruiva se encantasse ainda mais. Tinha sorte de fazer parte daquilo, mais do que isso, tinha sorte de ouvir ele falar que era parte motivo para ele se sentir melhor, de querer uma coisa melhor... Ela achava que ele merecia cada pedaço de felicidade que obtinha.
                    E quando o estúdio ficou pronto, claro, ela estava lá para vê-lo inaugurar ele. Não só isso, estava abrindo mão da castidade de seu corpo para aquela ocasião. Ariel nunca foi grande fã de tatuagens, pelo menos não em seu próprio corpo, mas havia coisas que só isso podia eternizar e dessa vez ela tinha dois grandes motivos para mudar de ideia. Primeiro: sua vida tinha mudado completamente e ganhava um novo sentido e segundo: queria dar todo o apoio ao filho de Hades que pudesse dar.
                    Então ali estava ela, sentada de um lado da maca enquanto ele estava desenhando, observando com um sorriso nos lábios a concentração que ele usava para dar-lhe algo único e especial. Quando ele finalmente acabou, o sorriso dela se alargou e ela se debruçou para poder ver o desenho que ele mostrava, observando os detalhes da obra. ———— Isso ficou incrível Ash! —— ela elogiou, selando seus lábios em agradecimento antes de encolher os ombros. ———— Eu pensei em fazer no antebraço direito, que é o que eu normalmente seguro a Épine, mas se tiver outra sugestão que acha que vai ficar melhor... ❞
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apttsn · 3 years ago
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ㅤㅤㅤ━━ㅤ❝ㅤshinya não gostava muito de pensar em guerra depois de tudo o que aconteceu da última vez em que se envolveu em uma. ainda tinha pesadelos demais com aquela maldita noite em manhattan, e o fantasma de miles lhe perseguindo só fazia com que ele sentisse ainda menos vontade de participar qualquer batalha que não fosse contra monstros. mas depois do que aconteceu no natal, ash não teve muita opção a não ser se inscrever naquele evento.
ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ  ㅤpodia sentir a energia ao redor dos acampamentos ficando cada vez mais pesada, com psique fazendo sabe-se lá o que por trás das cenas. ash precisava voltar a treinar de verdade se quisesse proteger as pessoas que amava, e a melhor oportunidade de colocar suas habilidades em prática contra outros semideuses era naquele jogo de guerra.
ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ  ㅤporém estava começando a ficar entediado, sem conseguir encontrar ninguém no mesmo nível que ele para que realmente pudesse se soltar. ash já estava começando a pensar em parar para descansar quando foi pego de surpresa ao ver ariel se aproximar.ㅤ❛ㅤentão você está no time inimigo…ㅤ❜ㅤriu ao perceber que ela havia escolhido lutar em nome de thor.ㅤ❛ㅤuma pena. queria lutar ao seu lado mais uma vez.ㅤ❜ㅤsuspirou.
ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ  ㅤas palavras da filha de afrodite fizeram um sorriso surgir nos lábios do ichinose, e ele não conseguiu evitar de achá-la extremamente atraente daquela forma, mesmo que o cabelo ruivo estivesse bagunçado e ela estivesse um pouco suja de sangue. continuava linda, ainda mais com aquela aura vermelha ao seu redor. e acabou ficando tão encantado com sua beleza que não percebeu ela se preparando para atacar, mas por sorte seus instintos entraram em ação e o filho de hades conseguiu desviar com facilidade.
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ ❛ㅤlenta demais. e eu estava distraído.ㅤ❜ㅤcomentou sobre o ataque de ariel. já que ela estava disposta a lutar contra ele, ash queria aproveitar para ao menos testá-la. e justamente por conhecer todos os pontos fracos de ariel, sabia que provocá-la daquela forma a deixaria ainda mais nervosa graças à benção de ares, e só assim ela realmente lutaria para valer.ㅤ❛ㅤse quer lutar contra mim, é melhor vir com tudo, princesa.ㅤ❜ㅤaproveitou para bater no braço que segurava épine com o próprio cutuvelo para que ela se desestabilizasse um pouco, usando uma perna para tentar derrubá-la.
                   ♥ ━━     ❝ O som das espadas se chocando alcançaram os ouvidos de Ariel e soaram para ela como música. A imagem das faíscas brilhando quando as espadas escorregaram uma contra a outra era energética. Quase como se Épine fosse uma extensão de sua pessoa, seu corpo reagia como se fosse ela mesmo quem tivesse recebido a defesa de seu golpe e absorvia a sensação transformando isso em pura energia, acumulando para devolver o golpe depois.
                    Ariel sorriu. Era como estar num parque de diversões. Cada provocação, cada golpe acertado ou defendido... Costumava treinar com Ash, lutar ao lado de Ash mas lutar contra ele nunca havia acontecido e ela esperava sinceramente que o máximo que chegassem fosse aquilo, uma brincadeira saudável, como um treino qualquer que podiam ir para além de qualquer limite porque se um dia houvesse a remota possibilidade de estar do lado contrário do melhor amigo, não sabia o que faria de sua vida. Ainda assim, naquele momento, seus olhos brilhavam com a possibilidade ofertada. Podia testar todos os seus limites e sabia que ele não hesitaria em levá-la ao máximo.
                    ———— Eu te distraio...? Cuidado... Isso pode ser muito perigoso, príncipe. —— ela devolveu a provocação, relaxando o corpo tensionado com o primeiro golpe quando  ele tentou lhe desestabilizar acertando-a com o cotovelo para que pudesse manter o equilíbrio do corpo, dando dois passos para trás para pegar distância do Ichinose e calcular melhor suas rotas, estudando o comportamento dele no campo de batalha.
                    Conhecia a resistência dele dentro e fora de uma arena, podia usar isso a seu favor. Levou apenas alguns segundos para a mente traçar uma nova rota. Tudo em si parecia vibrar em concordância com a idealização da investida. Com as duas mãos para ter um melhor apoio ela desceu um golpe contra a lateral de apoio de Ash, para que ele não pudesse mais usar esse lado de seu corpo de forma confortável, dificultando a luta para ele e sem parar o movimento ela girou no próprio eixo, soltando uma mão de Épine para manter o equilíbrio enquanto erguia a perna esquerda e acertava um chute bem em cima do recente ferimento, voltando a ficar de frente para Ash no próximo movimento. Ela apontou a espada para seu pescoço, forçando a ponta da lâmina contra a pele de modo que um pequeno furo fosse feito ali, o suficiente para que uma gota de sangue escapasse para o metal
                    ———— Não vai ficar feio pra você se você desistir agora, meu amor... Mas se quiser mesmo fazer isso, vou gostar de testar a sua resistência. Você não pode morrer, muito menos aqui, mas eu certamente posso te mandar pra enfermaria, tem certeza de que quer fazer isso? —— ela questionou com uma sobrancelha arqueada enquanto encarava os olhos do mais velho, as íris esverdeadas da filha de Afrodite queimavam como duas grandes fogueiras, pronta para responder a qualquer que fosse a decisão do filho de Hades. ❞
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apttsn · 3 years ago
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Quase podia se lembrar de suas primeiras semanas com a benção de Ares em seu corpo, os estímulos mais aguçados, a sede por uma briga… Quase como um vampiro recém transformados em filmes e séries como The Vampire Diaries. Agora, percebia claramente o que Ariel estava sentindo, vendo, almejando, e lembrava-se também do quão enferrujado pareceria aos seus olhos apenas por ter aprendido a controlar aqueles impulsos. Ela jamais saberia, entretanto, que tudo aquilo se passou à mente de Thorn assim que ela lhe desferiu o primeiro golpe. 
Ele seguiu o ritmo do treino com a espada em punho, erguendo-a a tempo para bloquear a investida da ruiva, mas em apenas alguns segundos ele girou a própria espada, provocando um arco entre ambas a fim apenas de se manter na defensiva. Estava hesitando, e esse em breve seria seu erro. Brekker a fitou nos olhos verdes, um mar de selva se encontrando, quando ergueu novamente a espada para um chute no abdomen da sua oponente. Assim que proferiu, Thorn deu alguns passos para trás se afastando dela, esperando pelo próximo golpe. Tinha ciência dos olhos sob eles, alguns semideuses que estiveram próximos em alguns instantes antes se afastando na correria. “Ariel… ainda da tempo de parar com isso, não vai querer comer poeira.” Brincou entredentes, o sutil comichão nas omoplatas sendo o suficiente para lembrá-lo de que ainda se importava minimamente com o resultado daquela briga. Não conseguiu conter a própria língua, no entanto, e aquela gracinha seria sua ruína.  
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                   ♥ ━━     ❝ Quanto mais lutava, a cada mínimo movimento que seu corpo fazia fosse para atacar Thorn, fosse para defendê-lo, sentia o corpo ir superaquecendo, se enchendo de estímulos que a fazia perder o sentido na palavra parar. Não havia motivos para tal. Não até que seu oponente estivesse no chão e agora esse era seu único objetivo, ter o Brekker pagando por cada feito, cada fala proferida para si... E a cada provocação dele, cada vez mais, se sentia impelida a cumprir com esse sentimento.
                    O corpo respondeu assim que ele se moveu para lhe acertar o chute. O braço da espada desenhou o arco forçado por ele quando o movimento dele fez o choque de ambas as lâminas se separarem e os punhos se juntaram cruzados na frente do estômago, aparando o golpe sem que fosse de fato ferida, mas ainda assim, cambaleou para trás, porque no final ele ainda era maior e tinha mais técnica. Ariel sorriu satisfeita consigo mesma, levantando o olhar para o Brekker em seguida, um sorriso provocante nos lábios naturalmente avermelhados.
                    ———— O que é? Está com medo de perder para mim? Se você quiser você pode desistir, Brekker, é só largar a espada. —— ela provocou, rindo enquanto andava ao redor dele, os olhos espertos buscando por um espaço onde pudesse acertar um novo golpe, dessa vez mais certeiro do que o primeiro, queria de fato feri-lo, mostrar que ele estava lhe subestimando.
                    A filha de Afrodite avançou uma vez mais para cima do mais velho, o corpo todo pendeu para o lado direito, o golpe caindo na direção espelada do corpo do guerreiro para atingir seu lado esquerdo, mas ela aproveitou do corpo leve para girar, mudando o percurso de si e de sua espada para que ainda que de costas para ele, a lâmina alcançasse sua coxa direita, onde puxou com força para abrir um rasgo no local. ❞
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dados de defesa: 9 dados de ataque: 10
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apttsn · 3 years ago
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📼 ━ flashback.
                   ♥ ━━     ❝ O pé da garota estava apoiado contra as costas de Ash, os dedos delicados pressionando contra sua pele sempre que se contorciam. Os dedos das mãos agarravam os fios escuros, ora puxando ele para si, ora o empurrando, quando a sensibilidade da boceta era tanta que um grito escapava incontrolável de sua garganta e ela se contorcia contra a cama, arqueando as costas e afundando a cabeça no travesseiro, enquanto apertava os olhos fechados ao ponto de ver pontos luminosos contra as pálpebras, fazendo sua cabeça girar e sua respiração falhar.
                    E então o puxava para perto de novo, forçava o quadril contra a boca dele, esfregava-se contra a sua língua e melava o rosto do Ichinose com o líquido de sua excitação. A canhota, puxava o lençol, bagunçando a cama, mas com aquilo ela pouco se importava. Precisava dar vazão as sensações em seu corpo. Pouco a pouco, sentia as pernas bambas e agradecia por estar amparada pela cama.
                    ———— Ash! E-eu... —— o gemido saiu como uma súplica, contorcido como se Ariel estivesse sendo torturada, mas deuses, ela não queria que aquilo parasse nunca. Forçava-se contra ele como se a sua vida dependesse disso. Quase acreditava que sim. O corpo todo estremeceu de repente, as coxas se fecharam ao redor da cabeça do filho de Hades e tudo ficou tenso por um minuto. Os gemidos se tornaram mais altos e trêmulos até que se perdessem de vez e por fim não fossem mais que suspiros pesados de sua respiração ofegante. ———— Para! Para! —— ela pediu, empurrando a cabeça dele para longe. ❞
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apttsn · 3 years ago
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Thorn Brekker quase não conseguia crer no que via e ouvia. Muito embora lembrasse que Ariel estava agora fada aos impulsos provenientes da benção de Ares, não imaginava que teria a audácia de vir a território inimigo apenas para arrumar briga. Com ele. Talvez a tivesse subestimado, de toda forma, visto os últimos acontecimentos em que ambos estiveram inseridos. Ele se limitou a cruzar os braços, as sobrancelhas erguidas em surpresa escancaradamente expressa. O filho de Caos reprimiu um sorriso de canto, começando a achar graça de toda aquela agressividade tão espontânea. Viktor estaria orgulhoso dele em se controlar tão genuinamente em seus anseios egocêntricos, o que ele não sabia era que aquilo era advindo de um feitiço, e não do próprio Brekker. 
Ele deu alguns passos a frente e solicitou, com a mão e o canto do olho, uma espada reserva de um dos semideuses mais novos que haviam parado para observar aquela briga. Subitamente, o ambiente da arena se tornou tenso, como uma linha fina sendo tensionada até seu máximo. “Você vem até aqui e me diz para eu não me meter em seu treino?” Frisou as palavras com um ar teatralmente incrédulo. Se Ariel Patterson inventou aquela brincadeira, ela teria que aguentar agora. 
Thorn apontou com o queixo para a arma que era erguida para a ruiva por um filho de Hermes mais novo, os olhos arregalados do garoto quase pulando das órbitas. “Vamos lá então, me mostre o que vem aprendendo sem supervisão.” Propôs sem mais delongas, posicionando os pés com precisão no chão, a postura agora tomando um ar mais sério e determinado. Tinha de confessar que estava um tanto enferrujado desde o natal, mas tinha quase certeza que seus instintos não lhe falhariam. Eram mais de 600 anos de aprendizados, não dava pra se perder tanto assim no tempo… 
“Vamos lá Ari, coloque toda essa raiva pra fora, eu sei que ainda está chateada pelo o que rolou em seu grande evento.” Desdenhou propositalmente, embora fosse tudo estratégia velha de guerreiros. Thorn sabia que uma das formas de descontrolar seus oponentes era começando pelo emocional, que pelo visto o da ruiva já se encontrava balançado. Era uma arma baixa mas ainda sim uma arma. Brekker começou a rodeá-la com passos precisos sem tirar os olhos dela. 
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                   ♥ ━━     ❝ Os olhos esverdeados da semideusa acompanharam o movimento pela visão periférica enquanto Thorn estendia a mão para um dos semideuses que empunhava uma espada. Uau, pensou enquanto ele a desafiava, aquele era realmente o ego masculino falando mais alto? Era claro que estava brava. Na realidade, tudo que vinha sonhando era em socar a cara do mais velho até que a raiva passasse porque nem os treinos, nem sexo, haviam ajudado Ariel a tirar o desastre do dia do ritual da cabeça. Acabava sempre voltando para aquele ponto. Remoendo o momento em que tudo tinha ido por água abaixo.
                  ———— Parece muito com uma atitude que você teria, não acha? —— ela devolveu quando o filho de Caos questionou se ela estava mesmo indo ali para desafiá-lo. Não. Definitivamente sua vida não girava em torno dele, não estava ali para caçar briga com o outro mas já que estavam bem ali e ela tinha assuntos pendentes para tratar não era como se não pudesse fazê-lo, certo?  
                  A cabeça virou o suficiente para encarar a espada estendida para si. Claro… era claro que iam querer ver uma disputa. E era claro que a maioria ali esperava que Thorn lhe ensinasse alguma lição. Ela riu nasalado e pegou a espada e enquanto o fazia quase podia ouvir a voz de Brenna dizendo que ela não deveria cair na provocação do filha da puta. Não era o que estava fazendo! Só estava provando o quão errado ele estava em querer desafiá-la achando que ela não tinha nenhum preparo. Ledo engano. Tudo que a semideusa vinha fazendo era treinar. Tinha ajuda da melhor amiga, de Ash… e quando nenhum deles estava disponível ainda, o fazia sozinha.
                  ———— Eu já disse pra você não me dizer o que fazer. —— ela rosnou entre os dentes, girando a espada no ar para posicioná-la melhor enquanto ele andava ao seu redor. Por um momento ainda, enquanto ele a provocava, deixou que os olhos o estudassem, identificando seu pé de apoio, seus vícios de movimento… tentava passar rápido na mente o que Brenna tinha lhe ensinado a identificar em um oponente. Com força os dedos se apertavam ao redor do cabo da espada, seu corpo parecia vibrar de intensidade e poder. Se perguntou por um momento se Ares estaria assistindo seus dois afilhados naquele momento. Porque tudo sempre tinha que parecer um maldito plano dos deuses? O braço de Ariel girou para pegar impulso no golpe quando finalmente se lançou contra Thor, a lâmina descendo direto na direção dele como um primeiro golpe. ❞
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apttsn · 3 years ago
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JOGOS DE GUERRA. — with @iintrlude​
                   ♥ ━━     ❝ Jogos de guerra não costumavam fazer parte da rotina de Ariel nem de longe. Bom… Pelo menos não antigamente, onde tinha pouco apreço por lutas corporais e violência em excesso. Agora no entanto era diferente e o que começou com uma briga infantil entre duas pessoas acabou com um grande evento e… bom, ela estava animada para além do imaginável com isso. A benção de Ares era a grande culpada de sua excitação.
                    A semideusa vinha treinando muito desde que havia voltado de missão e já tinha se passado meses desde então. Muita coisa tinha mudado, uma delas era com certeza sua força corporal. Se antes era fraca no que se dizia uma luta corpo a corpo agora era forte demais! No começo, demais até para a ruiva conseguir lidar e muitas vezes acabava se empurrando à um extremo desnecessário, desmaiando de cansaço sem vê-lo chegar. Agora, no entanto, com a ajuda de, curiosamente, Thorn, tinha conseguido achar um equilíbrio entre o exagero e a força necessária. 
                    Estava animada para finalmente colocar suas habilidades à prova e Ariel se viu melhor do que imaginava que seria ainda quando estava em campo de batalha. Era como estar em casa pela primeira vez. Uma aura vermelha tremeluzia em torno da filha de Afrodite e era como se cada novo ferimento e cada nova luta lhe desse ainda mais energia para continuar batalhando, levando, um à um, ao chão.
                    Ariel só parou de fato ao dar de cara com Shinya. Um sorriso malicioso delineando os lábios da guerreira enquanto girava Épine no ar, os olhos calculando cada movimento dele. Conhecia seu corpo, sua força, como ele lutava, como ele funcionava... a coisa era que ele também a conhecia bem de mais, era, sem dúvida, a pessoa que conhecia todos os seus pontos fortes e pontos fracos. ———— Se eu fosse você daria meia volta... eu prefiro te dar cicatrizes de outra forma, Ash... —— ela brincou. Mas não deu tempo de pensar duas vezes, girou o braço para descer a espada na direção do mais velho, tentando acertar o lado de seu apoio para desarmá-lo. ❞
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apttsn · 3 years ago
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ㅤㅤNão desfez o sorriso diante das palavras da semideusa. Estava claro a preferência dela e em como seria estranho estar com outra mulher, mas ainda assim ela aceitara sua proposta, o que a deixou animada. Diferente do rapaz que esteve momentos atrás, a romana se garantia e sabia o que fazia – não que ele não soubesse, pois lhe provou isso, apesar de não terem ido mais além de preliminares – e por isso estava certa de que a ruiva ali teria uma boa surpresa. Tanto que simplesmente concordou quando ela falou sobre não ser uma noite sobre desabafos. ─── Isso mesmo, em outro momento organizamos uma festa do pijama e cuidamos disso. A de hoje é exclusiva para sentir prazer. ─── Falou animada enquanto a encarava pegar as duas bebidas, lhe entregando uma enquanto virava a outra, sendo assistida pela semideusa, que apenas a encarava com um sorriso malicioso. Simplesmente assistiu-a depois lhe chamar para a cabana, terminando assim a bebida em uma única golada e deixando o copo com força sobre o balcão. ─── Vou me divertir. Depois podemos fazer o mesmo se quiser. ─── Falou em uma piscadela para o barman que apenas lhe devolveu o sorriso, vendo a ruiva deixar o lugar e caminhar até a tenda.
                   ♥ ━━     ❝ As vezes em que tinha se permitido ficar com garotas havia sido no calor do momento das orgias que aconteciam no acampamento, organizados por ela mesmo. Naqueles momentos Ariel não se importava sobre quem a estava tocando e beijando, estava mais ligada ao prazer do que a esses detalhes, mas agora, no entanto, parecia diferente, porque a coisa não havia vindo de forma natural como no começo daquela noite, onde tinha começado beijando um cara e no final haviam mais outras três pessoas consigo, duas delas sendo mulheres. Aquela havia sido uma decisão consciente demais e Ariel não sabia bem o que fazer. 
                  Ouviu a filha de Metus adentrar a tenda às suas costas e indicar que ela deveria sentar. Ariel assim o fez, se acomodando contra as almofadas dispostas no chão da tenda que junto do forrado quase formava uma cama. O espaço de qualquer forma era grande o suficiente para abrigar os corpos que necessitasse obrigar. Quando os dedos dela tocaram seus ombros sentiu o coração acelerar no peito e precisou respirar fundo para não parecer uma completa perdida no que estava fazendo agora. Não era isso… só estava nervosa demais! Seus olhos se fecharam e a filha de Afrodite se permitiu aproveitar da pressão que as digitais da semideusa faziam contra seus músculos, suspirando pesado vez ou outra cada vez que um lugar tenso era atingido, espalhando pelo seu corpo uma sensação de alívio instantânea. 
                  Conforme as mãos de Ev desciam mais em seu corpo, a garota mordeu o lábio, antecipando para onde o toque acabaria indo e desejando aquilo. Quando os dedos dela finalmente invadiram a peça de seu sutiã e alcançaram os seios que começaram a ser massageados, Ariel soltou um suspiro pesado, o tronco se arqueando um pouco em busca de aprofundar ainda mais o toque que, deuses, era bom demais. De fato, ela sabia o que estava fazendo. Pode sentir os mamilos enrijecerem quando beliscados, a sensibilidade da região cada vez maior a ponto de que em pouco tempo Ariel não conseguisse conter um gemido ou outro que soava no fundo de sua garganta e para além disso, sentia o calor no meio de suas pernas que denunciava sua excitação, molhando o tecido de sua calcinha ———— Não para… Por favor!
                  Ela murmurou numa súplica gemida enquanto a cabeça tombava para o lado a fim de dar espaço para que a boca da outra garota pudesse explorar melhor sua pele, sentindo um arrepio gostoso percorrer seu corpo enquanto os lábios de Evgenya deixavam um rastro em seu corpo. Ariel levou ambas as mãos aos quadris dela, apenas para demonstrar que de fato a queria ali e quando os olhos se abriram pode vê-la de perto, encarar os seus olhos e tomar a decisão. Seu corpo se inclinou para frente o pouco que ainda precisava para aproximar-se de vez dela e colar a boca na da semideusa, iniciando um beijo carregado de desejo. ❞
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apttsn · 3 years ago
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@apttsn respondeu com 📸
Exuberante, o chalé de Afrodite transmitia uma aura de casa luxuosa de bonecas, como aquelas que havia recebido de presente na infância e deixado de lado após pouco tempo de uso; bem mais interessada em sair pela mansão caçando parafusos para desrosquear com as chaves do kit de construção da garagem. Ainda assim, Asami gostava do ambiente, mesmo que não fosse muito fã da deusa. Era limpo e organizado de um jeito que o chalé de Hefesto jamais seria e atiçava seu olfato com perfumes agradáveis. A companhia de algumas das irmãs de criação consistia em outro fator positivo; e debruçada sobre o antigo álbum de fotos no colo de Ariel a instrutora de forja sorria e zombava do passado. — Ainda não acredito que o Miltinho fez todo mundo usar suéteres de crochê personalizados… Olha só a gente com o “A” combinando! — Ela estudou a expressão da Patterson e passou o indicador pela fotografia, buscando outros rostos familiares. Viu Liza, Brenna, Lena e mais alguns semideuses, todos reunidos numa espécie de cartão postal de família, a qual o sátiro ocupava a posição central. — Céus, é a própria família Weasley aqui. Principalmente você, ruivinha. — o sorriso da Alcott se preencheu de nostalgia. Milton poderia ter se detido apenas à tarefa que lhe havia sido imbuída por Quíron: a de trazer os semideuses em segurança para o acampamento, ponto final. Mas muitas vezes se comportava quase como uma figura paterna, o que podia ser esquisito em algumas ocasiões, ou também muito apreciado em outras. E aquela foto, de um jeito fofo, ocupava os dois adjetivos.
Afastou-se para pescar outro álbum da caixa grande no chão do chalé e aproveitou para colocar mais vinho em sua taça. — Quer também? — Asami parou o movimento na metade e reteve toda a atenção nos lábios de Ariel, à espera de um murmurar silencioso, esquecendo-se por um segundo, por puro reflexo e costume, que não precisava mais fazê-lo. E quando enfim notou isso, manteve-se do mesmo jeito, embora os cantos dos próprios lábios se alargassem em admiração incontida, ansiosa para ver novamente a voz escapando da ruiva sem qualquer dificuldade. Fazia muito tempo que não tinham momentos só delas como aquele, e tantas mudanças em Ariel faziam Asami sentir como se enfim observasse o desabrochar de uma rosa.
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                   ♥ ━━     ❝ Ariel chegou muito nova no acampamento graças ao bom senso de seu pai. Haviam tido mais sorte que a maioria, era verdade. Viviam muito bem e sua casa tinha seguranças treinados o suficiente para ligar com um monstro mesmo sem terem ideia de que estava na realidade não lidando com um invasor ou ladrão, mas sim com uma criatura mitológica. Adam soube naquele dia que seu tempo com a filha tinha acabado e tentou fazer dele o melhor possível até entregá-la em segurança para a sua nova família: o acampamento meio sangue. E não podia dizer, por mais que sentisse saudades de seu pai, que se arrependia da escolha. Adam estava seguro, se viam sempre que podiam, e ela tinha pessoas a quem apreciava como irmãos, primos e melhores amigos. Asami fazendo parte daquela equação.
                  Ela riu baixo ao encarar a foto com ternura. Gostava de guardar as lembranças que tinha dali, um costume de família dado pela sua avó paterna que tinha diversos álbuns sobre a infância de seu pai também, assim como os dela própria. ———— Olha só pra gente! Duas pirralhas! Quem diria? Preciso dizer, eu reclamava dos suéteres mas no final das contas eu não via a hora de usá-los. Era a melhor parte do natal! Se não fosse por Miltinho não teríamos momentos assim. Normais. Se é que isso é normal. Quer dizer… tem literalmente um sátiro de suéter e um centauro na foto, mas você entendeu.
                  Ariel quase não conseguia parar de sorrir. Logo mudou a página do álbum enquanto enquanto a outra oferecia para si um pouco de vinho. Ariel pegou sua taça no chão ao seu lado e estendeu para a filha de Hefesto poder enchê-la novamente. Aquela altura, já tinha as bochechas vermelhas por conta da bebida e sentia um pouco de calor também, mas não se incomodava. Momentos assim, desde o último natal, eram raros demais e fazia tanto tempo que não partilhava um tempo com Asami que poderia pedir que aquele pedaço de felicidade nunca mais se acabasse porque quando acontecesse, teria de lidar com todos os problemas do lado de fora do chalé de novo.
                  ———— Por favor. —— ela pediu assentindo para dizer que queria do vinho antes de voltar os olhos para a imagem. ———— Ah! Olha! —— Ariel riu, apontando para a foto onde ela estava sentada de costas junto de um garoto loiro. Ela riu negando com a cabeça. ———— Eu lembro de que eu era fascinada por ele… filho de Apolo. Não faço ideia do que aconteceu com ele depois, acho que queria ser um médico fora do acampamento ou algo assim. Como essas coisas eram fáceis nessa época… —— Ariel tinha um rastro de péssimas decisões quando se tratava de relacionamentos. Hefesto, todos os garotos que vieram depois dele em busca de apagar a existência do deus, Thorn… Bom, parecia que o padrão não tinha mudado até agora, salvo Ash. Shinya era como um sonho bom, tão bom que quando você acordava ficava frustrada com a realidade. ———— Sinto falta quando romances adolescentes eram a nossa única preocupação. Hoje são… romances complexos demais, guerras, maldições… As coisas eram mais fáceis antes e nós tínhamos mais tempo para nós. Eu nem sei mais o que você anda fazendo por ai. ❞
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