Tumgik
arcadievna-ana · 9 years
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Not every break is hope
O sol mal travara sua luta diária com o horizonte quando Anastásia abriu os olhos assustada. O local em que estava era opaco, um tanto quanto luxuoso e aconchegante. Mas, inesperadamente sua memória a traiu: não conseguia lembrar-se onde estava. Ela precisou de alguns minutos para reestabelecer-se e clarear o que se passava. "Bradcliff" - sussurrou para si. E então tudo o mais se organizou. Era o último dia do ano, mas o primeiro definitivamente instalda no instituto. Ana não conhecia ninguém, nunca soubera da existência do instituto e muito menos de outros mutantes.
O quarto aparentemente não acomodava mais de uma pessoa e Ana sentiu-se aliviada, uma vez que não era do seu feitio compartilhar espaço com muitas pessoas. Obviamente a solidão lhe havia sido incorporada há algum tempo. Desde que o CES a retirara de casa, o vazio era a sinfonia que tamborilava aos seus ouvidos. Seu quarto no antigo instituto era colorido com um cinza inexpressivo e iluminado por holofotes muito incadescentes, que lembravam um hospital psiquiátrico. As pessoas com as quais ela tinha convivido eram igualmente inexpressivas: a maioria não sabia porque estava ali e principalmente, não queria estar ali, o que já bastava como motivo para não querer contatos. Ana não lembrava-se da última vez que alguém lhe chamou pelo nome, ou que recebera um aperto de mão. O que era de fato, agoniante, mas encontradiço e por isso, indigno de piedade.
O céu daquele dia era lindo. Um azul cativante, que poderia indubitavelmente significar um recomeço tranquilo. Anastásia optou por permanecer sozinha no quarto durante todo o dia, sendo interrompida apenas por um funcionário, o qual perguntou se a garota precisava de algo além de comida. Ela negou, dizendo que não se sentia bem devido á diferença de fuso-horário. Claramente, aquilo não era verídico, apenas uma desculpa fajuta para permanecer o máximo tempo possível longe de explicações sobre suas origens. A sua vontade real naquele momento era tocar violoncelo, mas como novata, não seria interessante incomodar alguém com o som logo no primeiro dia. Então, a tarde alternou-se entre ler e cochilar. "A consciência do homem é seu conhecimento". Aquela frase do livro reverberava incessante em sua mente, porque embora óbvia sinalizava um quê de grandeza: a consciência denunciava a realidade e se aperceber da realdade era requisito para transformá-la num quebra-cabeças, entender como as peças se encaixam. Era isso o que Ana estava fazendo em Bradcliff. Tentando entender como as peças se completam.
Quando eram onze e meia da noite, a garota acordou do que pareceu ter sido um pequeno cochilo. Em breve comemorariam o início de um novo ano e todo aquele ritual superticioso viria junto com os fogos. O que mais Ana gostava sobre o Revéillon era a inteligência de sua origem. Alguém, em algum momento da existência, decidiu dividir o tempo. A divisão funcionou. E se ela funcionou é porque, com certeza, significou algo: esperança. A ruptura pode significar esperança. Ela se levantou, tomou uma ducha rápida e vestiu-se num vestido velho. Não tinha planos de sair do quarto, então o máximo que poderia fazer é sentar-se na janela e esperar as manifestações. Era possível ver uma contingente considerável de alunos circulando empolgados pelos pátios e jardins. "Acho que não sou boa em pertencer.." discorria em silêncio enquanto a brisa da noite roçava suas bochechas.
- " 5... 4... 3... 2..."
E um estouro ensurdecedor. Escuridão. Dor. Estilhaços. Gritos agoniantes. "Chto yebat'?" Proferiu em Russo. Era possível escutar alguns alunos gemendo de dor. Sua mente estava agitada e confusa: seria aquela alguma pegadinha típica de mutantes? Um atentado terrorista? Uma memória falsa? Nenhuma das perguntas tinha resposta conveniente. A vidraça havia fragmentado-se e um estilhaço a cortado. Não tardou que um líquido quente estilasse de sua têmpora e percorresse o rosto até a boca. Embora estivesse sangrando, os gritos de outros alunos lhe atormentavam mais do que a própria dor. Algo precisava ser feito, ela precisava ajudar. Quando abriu a porta e olhou o corredor, tudo o que viu foi sombra. Entretanto, um feixe fraco de luz que transpassava a janela do corredor seguinte foi suficiente para ela enxergar um vulto. Ana logo gritou "Espere". O vulto pareceu ignorar e continuou caminhando em passos apressados. Arcadievna correu até a figura encapuzada e quando se aproximou esta lançou-lhe um olhar apocalíptico: seus olhos eram preenchidos de vazio. "O quê..." por acidente, a garota tocou um dos dedos da mão daquele ser, interrompendo a sua pergunta. E no breve segundo em que o toque ocorreu, a dor em sua cabeça foi tão lancinante que ela simplesmente fechou os olhos e caiu.
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arcadievna-ana · 9 years
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Essa é uma definição que se encaixa perfeitamente.
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Por que se manter tanto tempo acordado?
Se intensa quer dizer se sentir o bloody Flash, pode ter toda certeza.
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arcadievna-ana · 9 years
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cherrybomb-nuke:
Tem algumas pessoas legais, mas chove gente metida e que trata os outros como lixo
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Qual é o seu poder?
Ah, não tive o desprazer ainda.. Espero que não seja iminente.
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Eles chamam de Manipulação de Memórias. E o seu?
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arcadievna-ana · 9 years
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Uou. Café e Coca-Cola já fazem um bom estrago misturados. Com Red Bull a coisa deve ser intensa. 
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Faz três noites que eu não durmo… Acho que redbull com café e Coca-Cola deveria virar uma ideia patenteada.
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arcadievna-ana · 9 years
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Gostaria de poder dizer o mesmo.
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Sinto falta do open bar  da festa…
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arcadievna-ana · 9 years
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Uau. Não esperava que fosse assim. Disseram que eu adoraria esse lugar. Digo, comparado ao lugar de onde vim..
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Não muito bem. Não compreendo como a coisa toda funciona. 
Eles foram piores que babacas.
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Sei lá, acho que tenho. Só que preciso treinar mais ai sim… Já controla seus poderes?
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arcadievna-ana · 9 years
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Eu cheguei aqui na manhã do acontecido. Foi agoniante. 
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Exatamente por isso achei interessante. Eu tenho fé em algo, embora fique meio envergonhada em confessar a mesma.
Mais por causa do acontecido, as coisas vem se complicando cada vez mais. 
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Bem, não são todos aqui que tem fé em algo. 
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arcadievna-ana · 9 years
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Eu poderia me oferecer pra levar, mas a probabilidade que alguém me levasse pro achados e perdidos é maior.
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Não faço ideia de onde fica.
Não, eu realmente achei que fosse sua. 
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Acho que agora vou ter que levar pro achados e perdidos.
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arcadievna-ana · 9 years
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cherrybomb-nuke:
Não sei como o professor me botou para te ensinar sem saber seu nome…
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De nada, gostaria que tivessem agido assim comigo então farei para os outros
Então foram babacas com você?
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Quero dizer, babacas é um termo não politizado, mas acho que serve.. Aposto que você tem uma habilidade invejável, Ruby.
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arcadievna-ana · 9 years
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Não precisa ter poderes pra isso. Você tem opções mais acessíveis, como por exemplo, fones. Ou então, pode sair andando e fingir que nunca falou comigo antes.
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Não mudaria nada.
Infelizmente meu poder ainda não é não escutar o que não quero. 
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arcadievna-ana · 9 years
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cherrybomb-nuke:
Quando eu cheguei era assim tambem, mas vamos com calma
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Sou Ruby e você é?
Anastásia. Mas prefiro que me chame Ana. 
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Anastásia é demasiadamente russo. Prefiro me esquivar desse nome. Muito prazer Ruby, você está sendo muito compreensiva.
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arcadievna-ana · 9 years
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Por causa do acontecido, ou algum motivo especial?
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Nunca vi ninguém fazendo isso aqui, interessante..
Era sim, eu ando fazendo isso muito esses dias. 
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arcadievna-ana · 9 years
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Talvez porque você continua me ouvindo?
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É, eu não me interesso. Então por que continua falando?
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arcadievna-ana · 9 years
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O que exatamente você estava fazendo? Eu ouvi um sussurro. Acho.
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Era uma prece?
Eu… Ahn, não estava falando, me desculpe, te tirei de um pensamento?
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arcadievna-ana · 9 years
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Sim. Quero dizer, não. Eu até estou achando interessante, mas é tudo novo pra mim, então de repente me distraí.
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Qual seu nome? 
Tudo bem, essa matéria é difícil de prestar atenção mesmo. Mas faz uma forcinha
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arcadievna-ana · 9 years
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Uh. Certo é um direito seu, não posso te obrigar.
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De qualquer forma, desculpa. Estava um pouco deslumbrada com esse lugar. You know, acabei de chegar. Não que você se interesse, mas é. Desculpa.
Não.
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arcadievna-ana · 9 years
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Ah, certo. 
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Era um chave. Não sei que chave é essa. Não é sua?
Só disse que você deixou uma coisa cair no chão.
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