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Para mim, tu sempre foste estranha. Ou és o completo oposto da aparência, ou és exatamente isto. As duas opções me assustam e me aliviam.
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Untitled, Marina Tsvetaeva (translated by Boris Dralyuk)
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somewhere comfortable
they are alive (coping) and happy (delusional) and i refuse to believe anything else (clinically insane)
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I could follow you to the beginning
Just to relive the start
Maybe then we'd remember to slow down
At all of our favorite parts
All I wanted was you
All I wanted was you
All I wanted was you
All I wanted was you
All I wanted was you
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Onde toco, onde ouço, onde vejo
Sempre a encontro. Ela sabe de mim,
Pouco sei dela. Quase nada.
Mas sei onde se encontra.
Ela está em todo lugar,
A melancolia. Ela é uma deusa,
Uma coisa poderosa, onipresente.
Não sei se ela está em mim e eu,
Como parte sensível que testemunha,
Sou por ela sou enviesado.
Como cobrir uma câmera com tinta
E querer dizer que todas as coisas são verdes.
Talvez a melancolia seja uma alma minha,
Dentre as que se perderam, a que se achou.
A que permaneceu e fez de mim casa,
Onde mora tranquila. Como que em cima
De uma enorme montanha, sozinha.
Como que defronte dum lago gelado
Que congela parte meia do ano.
É talvez todo horror de existir.
O desconforto é saber que nunca entenderei
Apesar de tentar sem fim. Sem fim.
E todos os rios se deslocam de uma vez só.
Todos estão andando. Para o mar
Ou para o fim? Minha alma
Ela descansa. Sem mar e sem fim.
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sundays are inherently so immeasurably sad wtf
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Worlds of Ursula K. Le Guin (2018), dir. Arwen Curry
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Neste ponto, eu preciso criar uma verdade, mesmo que acredite parcialmente. Mas preciso acreditar o suficiente para não esquecer. Eu preciso fabricar essa verdade. Preciso inventar um deus que dê razão e paz, que explique os sinais melhor que a angústia. Preciso de um sonho que me faça refeito.
Preciso que os sinais não sejam o que acho que sejam. Que tomem forma de outra coisa qualquer que não me fira, que não chacoalhe meus ossos e faça um barulho tão alto. Preciso de qualquer coisa mais silenciosa que o badalar deste sino de igreja. Ou talvez, se houver de ser tal som, que seja, como o sino da igreja, um chamado para alguma coisa melhor que insônia do barulho.
Antes fosse fácil beber o tutano desse osso. Preciso renascer, não como Jesus, que retornou o mesmo, mas preciso nascer como coisa nova, nunca antes vista. Preciso ser de outro tempo, de outra vida. Fundar uma cidade com o nome de quem amo. Nomear a rua com o nome dos meus filhos. Receber um novo nome, como quem recebe uma nova vida.
Uma vez bêbado de vinho, deixo de ser eu, mas não me torno o vinho. Por que permaneço nessa incompreensão? No rio que divide dois países, mas que não é disputado. Um filho de pais separados, mas esquecido por ambos. Um meio quase invisível, por não poder ser nenhum dos inteiros.
Sou hoje o que nunca fui, mas não sou o que sempre quis ser. Sou talvez uma peça montada e remontada, na expectativa de que dessa vez vai dar certo. Uma tentativa de talvez muitas futuras, ou talvez de nenhuma mais — esquecido no abandono ou triunfando na conquista.
A vida é sempre assim. Ciclicamente. Uma dor puxando a outra, por causa ou por consequência. A vida é sempre assim. Um caminho descalço numa praia de pedras amorfas. Num jardim cujos formigueiros não sei onde estão, mas piso assim mesmo.
A vida é ela mesma e nada a explica, senão a literatura — que não apresenta avanços à lógica, gerando sim mais perguntas e desentendimento. Mas tem algo na literatura que entende a vida e só ela. Só ela a descreve tão precisamente, em todas suas variantes. Talvez ela dê sentido à vida, dê forma à substância, fazendo da incompreensão um pouco mais única.
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