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arquivos-submersos · 2 years
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Diário de Bordo #03 — Submerso das Ideias
Olá meus queridos leitores submersos, tudo bem por aí? Aqui tudo vai um caos, mas não tão caótico como as águas indomáveis do Maralto. Se você caiu de paraquedas aqui, eu finalmente fiz o post 1.2 - As Gerações Afogadas (AEEEEEEEE!). Sem dúvidas o material mais denso até agora e que vai impactar diretamente o projeto daqui para frente.
Definitivamente este post demorou muito mais do que eu havia antecipado. Foram inúmeras horas dedicadas as artes e outras incalculáveis horas de escrita (e reescrita) das bases narrativas do Mundo Submerso. Mas sabe, depois de todo esse processo árduo, eu estou bastante feliz com o resultado. Parece que finalmente aquele universo maluco que eu passei anos cozinhando na minha cabeça está tomando forma e isso é muito animador.
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#Bons Marujos vão para Terapia
Eu não quero entrar muito nos motivos de pôr que houve esta ausência minha aqui nos Arquivos durante esse tempo. Mas em suma, os últimos meses foram uma grande bagunça na minha vida. Novos projetos, grandes decepções, algumas vitórias, muita comida e uma cacetada de séries de comédia no meio disso tudo. E nesse turbilhão de acontecimentos e sentimentos embaralhados, fica difícil alcançar suas próprias metas criativas. Mas tudo bem, sabe? O mais importante é que eu ainda estou postando e não pretendo parar tão cedo.
Estes meses também me ensinaram outra lição: não caiam nesse papinho de que o artista precisa se manter "melancólico" para produzir. Artistas felizes são artistas produtivos e artistas produtivos são artistas realizados. Cuidar de você também faz parte da sua jornada de autoaprimoramento criativo. Ou seja, comam seus vegetais, saiam para passear e cuidem principalmente da suas saúdes mentais. Seus projetos vão agradecer.
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#Marés Criativas
Lembram que o Diário de Bordo passado era justo eu falando sobre minha dificuldade de bater martelos em ideias? Parece que eu não aprendi nada (kkkk), porque os últimos meses foram um show de ideias trocando a todo momento. Eu nem preciso dizer em como isso dificultou o processo criativo, especialmente nos nomes das gerações. Devo ter mandando a "versão final" para amigos pelo menos umas cinco vezes.
Outra coisa que deu uma trabalheira desgraçada foram as artes. Eu já tinha me lascado fazendo a primeira ilustração do blog para o post 1.1, mas dessa vez eu tive a brilhante ideia (contem ironia) de fazer cinco ilustrações. Eu fiquei feliz com o resultado? Muito! Mas enquanto passava minhas horas debruçado sobre o Photoshop, não conseguia parar de pensar em como eu poderia ter otimizado esse tempo melhor e produzido mais textos para o blog. É meus amigos, ser megalomaníaco tem suas desvantagens. Tenho que ficar mais atento nisso daqui para frente.
Por outro lado, durante esse período eu pude realizar muita pesquisa e isso me ajudou a definir coisas importantes para a história do universo. Uma destas descobertas foi justo a definição mais precisa de qual seria o nível do mar nas Terras Afogadas. Isso sempre foi algo que me levantou dúvidas, quanta água do mar eu precisaria para o mundo chegar nos patamares que eu sempre imaginei Atlas? Por muito tempo eu chutava 400 m (além do nosso nível do mar) e isso me parecia o suficiente. Porém, graças ao poder da tecnologia moderna, eu achei o site perfeito para tirar essa dúvida: www.floodmap.net
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O floodmap é uma ferramenta que usa os serviços do Google Maps para simular (com bastante precisão) o aumento do nível do mar, considerando toda topografia do planeta. Ou seja, JACKPOT PARA MIM! Vocês não tem ideia de como eu fiquei feliz quando achei esse site.
Após brincar por muito mais tempo do que deveria na plataforma, percebi que os 400 m+ mal fariam o impacto que eu precisaria na sociedade. Ainda restaria muita terra no planeta. Eu tinha que apelar. Então defini que o nível do mar seria de 4000 m+, porém ter subido gradualmente ao longo das gerações.
Eu não vou nem pensar na viabilidade disso, isso é tanta água, mas tanta água que eu não consigo nem mensurar na minha cabecinha de escritor, mas esse cenário joga o ecossistema do planeta exatamente do jeito que eu gostaria que ele estivesse. E sabe o melhor de tudo? Definir isso sanou uma dúvida minha desde o começo do projeto. Que felicidade.
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#Estes Prazeres Violentos...
Em meados de 2016 eu ouvi falar dessa série da HBO nova que deveria "substituir" Game Of Thrones. A trama era super interessante; um parque de diversões onde a grande atração são robôs que interagem com seus visitantes em um cenário de futurista//faroeste. Eu não preciso dizer que acertaram em cheio comigo. Hypei na mesma hora que vi os trailers. Foi aí então que eu comecei a assistir a primeira temporada de Westworld.
Eu me apaixonei imediatamente pela série. Personagens fortes e interessantes, debates filosóficos sobre consciência e moralidade, tramas complexas e muita ficção científica de qualidade. Tudo isso ainda em um maravilhoso contexto Western, o que eu particularmente adoro.
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Porém, em 2020, quando a terceira temporada saiu, a série passou batida por mim e meses depois do final da temporada, eu não tinha me instigado de ir atrás para assistir. O que é engraçado, porque eu sempre acreditei muito na qualidade da série, mas por algum motivo parei de me importar com ela.
Avançamos até 2022, com o lançamento da quarta temporada de Westworld. Eu tava lá mexendo no HBOmax, sabadão morgado, fazendo nada. Coloquei a terceira temporada pra rodar e galera... por que eu abandonei essa série?! Eu tinha esquecido como era tão boa. Quando eu menos percebi, já tinha terminado todas as temporadas e pedindo mais. Eu realmente não entendo como tem gente que não gosta de Westworld.
Mas enfim, isto não é um blog de cinema, é um blog de escrita. Então, eu gostaria de falar um pouco em como Westworld me fez ter uma visão completamente diferente sobre "Ciberocracia" e os impactos dela em uma sociedade ficcional. E o mais importante, como me fez refletir sobre os mesmos impactos na Sociedade Afogada.
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Ciberocracia (para quem não deu um Google no parágrafo acima) é a ideia do estado ser controlada ou auxiliado por uma máquina criada para tal tarefa. Como, por exemplo, uma inteligência artificial que auxiliaria um juiz tomar uma decisão. E sem querer dar spoilers sobre a trama de Westworld, mas a história da terceira temporada gira muito em torno deste debate. O que eu achei, no mínimo fascinante e no máximo DO C@R@LH@!
"O Sistema" como antes eu chamava, sempre esteve presente nos primeiros rascunhos de Atlas. Resumindo a ideia: o estado de Atlas recolheria constantemente dados dos Cidadães-do-Mar e usaria estas informações para controlar seus residentes. Funciona, mas um tanto vago na minha opinião.
Porem, quando eu bati o olho no Rehoboam de Westworld, minha cabeça explodiu. Eu nunca tinha me tocado o impacto real que isso teria na vida das pessoas. Do quanto essa discussão sobre livre arbítrio era interessante trazer para o contexto de Atlas. Então eu sentei e comecei a pensar em melhores formas de trabalhar esse recurso narrativo.
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Essas mudanças começaram com a mudança do nome "Sistema" para "REDE" (Rede Pública de Otimização Urbana e Social). Trocar esse nome não só me da mais originalidade, como ainda funciona como um trocadilho maravilhoso. Entendeu? Rede? Mar? Pesca?
Isso definitivamente não tem nada a ver com eles já usarem o termo sistema em Westworld -. Disse Hugo, rindo de nervoso.
Outra coisa aprofundada, foi a proposito de um programa desses existir na história. Em Atlas, pessoas são como recursos para o governo. Os residentes das cidades-boias são obrigados a trabalhar para sobreviver e a REDE garante que todos estejam alocados no melhor local para as necessidades do estado. Qualidade de trabalho; saúde; notas; histórico familiar; tendencias comportamentais; tudo isso é observado e armazenado secretamente pelo estado novo, onde é processado em gigantescos servidores submersos. Estes computadores avaliam as informações e enviam uma carta para o residente com um plano de serventia de 4 anos. E assim a maioria das pessoas do Maralto vivem. Reféns de um programa que garante suas sobrevivências, mas rouba suas liberdades.
A REDE é uma forma muito mais consistente de trazer esse recurso narrativo para minha história e sem dúvidas vai me dar liberdade de brincar muito dentro dessa discussão. Mal posso esperar para elaborar ainda mais isso ~risada maligna
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Então é isto marujos! Nos vemos no próximo diário de bordo. Não esqueça de seguir o Twitter dos Arquivos Submersos para não perder nada >> @ArquivosSub
Até mais :)
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arquivos-submersos · 2 years
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1.2 — As Gerações Afogadas
NOTAS DO AUTOR: Eu tentei descrever de forma que não relevasse muitos pontos importantes das histórias que acontecem nestes períodos. Afinal, eu ainda quero desenvolver estas histórias melhor e de outras formas que, honestamente, eu ainda nem decidi. Ou seja, cenas para os próximos capítulos.
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I. A Revolução Luminosa
A Revolução Luminosa foi marcada pela explosão criativa e tecnológica decorrente da criação da Centelha Energética em 1916 (Leia mais no post 1.1). Todos estavam ansiosos com as novas possibilidades. Inventores, que antes só poderiam imaginar projetos em suas garagens, agora estavam recebendo o investimento e atenção necessárias para que grandes mudanças pudessem acontecer e impactar a sociedade para sempre. A revolução científica de Lumes estava acontecendo a todo vapor e por alguns bons anos, o mundo parecia cada vez mais novo, radiante e esperançoso. A humanidade estava em seu patamar mais alto, mas também no inevitável caminho para o seu fim.
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[1916] A Criação Indomável
Em umas das iniciativas de criar novas soluções que pudessem garantir a vitória dos aliados na grande guerra, o governo britânico investiu nos projetos ambiciosos de um jovem professor universitário. A mente genial de Lumes mudaram os rumos da guerra e fomentaram um forte movimento pró-inovação ao redor do globo. A calmaria seguinte ao fim da Grande Guerra foi crucial para a criação de novos processos industriais que tornariam viáveis a produção em larga escala das Centelhas Geradoras e projetos derivados ao longo dos próximos anos.
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[1942] Os Vapores do Progresso
Se o período passado foi sobre grandes ideias sendo postas em prática em um período de guerra. Este é sobre a distribuição destas tecnologias pelo globo e o impacto destas mudanças radicais na sociedade do começo do século XX. Os autómatos haviam acabado de surgir como forma de potencializar as capacidades de produção daquela sociedade, ao mesmo passo que milhões de homens voltavam para casa e lidavam com a ideia de competir com um exército feito de aço e vapor. Apesar dos primeiros anos de adaptação terem sido difíceis (com revoltas e sindicatos aparecendo ao redor do globo), foi posto em prática um robusto plano de especialização em massa, o que impactou muito positivamente a Sociedade Luminosa a médio prazo.
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[1966] A Corrida Invisível
Por maior que tenha sido o avanço tecnológico que a Sociedade Luminosa obteve nestes anos de prosperidade, não seria o suficiente para lidar com o desastre climático provocado pelas máquinas da Corrida Invisível: um termo criado para simbolizar a corrida armamentista secreta em busca de uma nova arma de destruição em massa que levou ao maior problema que a humanidade já enfrentou; A Primeira Tormenta, uma tempestade de proporções globais que consumiu o planeta e ocasionalmente levou a terra ao seu afogamento.
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[1976] A Maré Crescente
Os anos seguintes à Primeira Tormenta foram um grande "salvem-se quem puder". A sociedade global estava em ruínas, muitos governos menores não tiveram nem a chance de resistir antes de entrar em estado de completa anarquia. A Maré Crescente foi marcada por uma fuga massiva das cidades litorâneas e a consequente invasão dos interiores, especialmente das serras e regiões mais elevadas. Os poucos governantes restantes, tiveram que buscar novas soluções tecnológicas para lidar com uma crise humanitária de proporções inacreditáveis; fome nos acampamentos de refugiados; dezenas de doentes e feridos, reconstrução de toda infraestrutura estatal, tentar frear o avanço das águas, entre um milhão de outros problemas que surgiriam durante um desastre desta proporção.
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II. A Terra Afogada
Poucas décadas depois, a maior parte do globo já estava completamente coberta por água do mar. As pessoas estavam sem perspectiva, desoladas e desamparadas com a queda do mundo como conheciam. Os poucos infelizes que sobreviveram ao cataclisma aquático, tiveram que lutar pelo mínimo de infraestrutura básica com suas unhas e dentes. A Terra Afogada é um período marcado pela falta de estrutura, selvageria e anarquia de uma sociedade que foi virada do avesso pelos mares.
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[1990] Mergulhados em Caos
Os primeiros anos nas Terras-Úmidas foram os mais caóticos. Cidades eram lugares perigosos, tomadas por bandidos e armadilhas. O interior, um deserto marinho completamente desolado e sem recursos. O pouco de terra que não estava submerso, era predado visceralmente por facções de todos os tipos. A regra era clara: Sobreviver, não importava como. Ainda assim, não demorou muito até as pessoas começarem a se organizar e de certa forma, restaurar alguma parte da sociedade como conhecemos. Duas décadas depois da Primeira Tormenta, cidades inteiras já haviam sido recriadas em cima das ruínas das antigas. O Mundo Submerso estava vivo e fumegando.
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[2013] Pequenas Explorações
Com algumas comunidades de sobreviventes já muito bem estabelecidas e em processo de crescimento. Surge a necessidade natural de um mercado formal entre cidades e uma indústria para lidar com a crescente demanda desse redesenvolvimento social acelerado. O nome Pequenas Explorações se dá aos viajantes que navegavam pelo Maralto fazendo negócios com comunidades próximas.
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[2030] Esquecidos no Profundo
A volumosa e rápida expansão econômica das Terras-Afogadas causou um impacto gigantesco nas relações entre comunidades que antes conseguiam co-existir tranquilamente. O mercado estava prosperando e com isso não era mais só uma questão de sobrevivência. Era sobre ter poder, dinheiro, influência e principalmente: território. Comunidades estavam se expandindo e se tornando verdadeiras nações. Esses sentimentos gananciosos causaram incontáveis confrontos e o extermínio/absorção de centenas de comunidades menores ao longo dos anos.
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[2044] Os Velhos Caminhos
Com o progresso do Mundo Submerso, vem a guerra. Essa geração foi marcada por confrontos de territórios sangrentos entre as principais nações de sobreviventes das Terras-Úmidas. Apesar da guerra ter sido terrível para os Cidadãos-do-Mar, foi um dos capítulos mais importantes na sua história, pois no final, o evento culminou na criação do próprio estado de Atlas.
APROFUNDANDO: O nível dos mares não subiu da noite pro dia, foram longos anos até o mundo se modificar desse jeito. Então, quando tudo estava afundado, muitas pessoas já tinham planos em como sobreviver em um mundo tomado pelas águas. Diversos empreendimentos (públicos e privados) surgiram para resolver essa questão. Um desses projetos ambiciosos é chamado de S.T.S-RADIANTE, Um navio gigantesco e completamente autossustentável onde as elites poderiam sobreviver e (principalmente) manterem seus status elevados. A Companhia da Salvação possui sua própria história (que ainda irá ser contada), porém o que nos interessa nesse momento é falar sobre quando ela se uniu à Aliança dos Povos do Maralto e mudou os rumos da guerra.
O Radiante foi cuidadosamente construído muitos anos antes do mundo acabar pelo filho primogênito da família Lumes, uma verdadeira maravilha da engenharia. Com um ecossistema interno completo para uma vida equilibrada. E por estarem a toda hora em movimento, sempre mantiveram-se neutros nos assuntos dos Povos-do-Mar. Bem, isso até sua sociedade começar a implodir e eles terem que fazer contato com a Aliança para sobreviverem. Durante este período, a Aliança estava em guerra e apesar da Companhia estar faminta por provisões, eles possuiam tecnologia e armamento bélico sobrando. Essa união por necessidade levou a vitória da Aliança na Guerra-da-Maré e culminou tempos depois na criação de Atlas.
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III. O Horizonte Infinito
O termo horizonte infinito não se refere apenas à imensidão do Maralto, mas também às incontáveis oportunidades que viriam com a criação de um estado maior e a expansão tecnológica, territorial e comercial do Mundo Submerso. O que aconteceu aqui foi muito semelhante ao período mais próspero da revolução científica de Lumes. Todavia não na mesma proporção, já que muitas dessas tecnologias tiveram que ser redescobertas e repensadas para as necessidades de um mundo que agora era completamente diferente.
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[2060] Primeiro Estado
Com o fim da Guerra-da-Maré, a Aliança dos Povos do Maralto se estabeleceu como a maior potência política e militar do novo mundo. Não existia competição, nenhuma outra comunidade era poderosa o suficiente para derrotar os quatro poderes da Aliança e rapidamente todos foram anexados a ela. Dessa forma, cria-se então Atlas, o primeiro país oficializado do novo mundo. Apesar da guerra ter tirado muito dessas pessoas, houve um grande salto na qualidade de vida após as águas se acalmarem.
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[2084] Grandes Explorações
Muitos chamam esse período da “Era de Ouro de Atlas”, pois estas novas tecnologias possibilitaram que viagens mais longas pelo Maralto fossem muito mais viáveis, eficientes e seguras para seus tripulantes. O oceano estava repleto de novas oportunidades, tesouros escondidos, lugares inexplorados e uma sociedade pronta para reemergir com tudo.
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[2106] Oceanos Fragmentados
Durante estes anos de prosperidade, o estado de Atlas era comandado colaborativamente pelas quatro comunidades originais que se uniram durante a guerra através de um conselho. Porém com o passar do tempo, começou a haver atritos ideológicos entre estes líderes e o sentimento de que talvez essa união não tivesse sido a melhor ideia para todos começou a planar pelo conselho. Surge então o Movimento Separatista, querendo devolver território às nações que se uniram anos atrás e restaurar suas independências políticas. Assim, dividindo o mar novamente em quatro. Ao mesmo passo, uma nova e misteriosa doença batizada de Gripe do Mar se espalhava por Atlas, deixando um rastro extenso de mortes pelo caminho.
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[2117] Águas Inquientantes
Acontece que não demorou muito até perceberem que era mais vantajoso manter somente as máquinas trabalhando nas fábricas. Muitos homens e mulheres perderam seu sustento da noite para o dia, fazendo com que as vagas que precisavam de humanos estivessem sempre lotadas e as fábricas que ainda usavam a antiga mão-de-obra, pagassem míseros salários para conseguirem competir. Esse sentimento criou uma onda de insatisfação na classe trabalhadora, que respondeu com uma verdadeira revolta em busca dos seus direitos. Os Coletes-Amarelos foram os primeiros no movimento trabalhista a chamar atenção de forma diplomática. Todavia, após sofrerem retaliações violentas, novas frentes rebeldes mais agressivas surgiram, como Os Bandeiras-Pretas. A chama da revolução foi somente atenuada após exaustivos e sangrentos confrontos com os militares, porém culminando em uma reforma completa do aparelho governamental.
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IV. A Ordem do Mar
A instabilidade política dos confrontos sindicalistas possibilitaram que novas frentes políticas tomassem força como nunca visto antes. Após a aprovação da Regulação 221, o estado de Atlas se tornou mais militarizado e controlador, bem diferente das gerações passadas. Para começar, a sociedade é sistematicamente regulada e bem dividida entre as quatro castas; Pários (fora da REDE); Operários (classe baixa), Trabalhadores (classe média) e Burguesia (classe dominante). Este projeto de organização e otimização social, batizado de REDE, possibilitou grande estabilidade e ordem pelo Maralto ao custo de um estado muito mais opressor.
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[2130] Estado Novo
A reforma do estado de Atlas veio após o desastre que foi a tentativa do movimento separacionista e os impactos gerados após uma péssima gestão governamental. “Um estado novo, unificado, único e soberano”, essa era a propaganda política que levou à uma mudança radical na organização das coisas. Dela, veio a “Regulamentação 221: A Carta do Novo Mundo”, um manifesto que criava um sistema de regras pensado estrategicamente para resolver os maiores problemas da sociedade afogada na época. E a iniciativa realmente deu certo, porém ao custo da criação de um estado facista austero, que se preocupa mais em manter o status quo da burguesia do que realmente melhorar a vida da maior parcela da sua população operária que tem que sub-sobreviver para que a roda gire.
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[2155] O Silvo da Tormenta 
A função da REDE é clara; manter as pessoas sistematicamente ocupadas, seguras, produtivas e principalmente divididas. Finalmente, a Regulamentação 221 havia trazido a paz e estrutura que os Cidadãos-do-Mar precisavam a tanto tempo, porém aos custos de uma drástica queda na qualidade de vida das classes mais vulneráveis. O Estado Novo não se importava em usar violência ou promover oportunidades justas para todos. Eles querem que a nação funcione, nada mais importava. Atlas havia se tornado uma grande empresa com foco no lucro sobre direitos humanos. Ninguém estava isento e todos são uma engrenagem no grande maquinário submerso.
APROFUNDANDO: Eu ainda quero fazer uma postagem falando somente sobre a “REDE”. Mas para enriquecer logo essa Lore, vou tentar explicar algumas coisas. Primeiro, “A Rede Pública de Otimização Social” por si só não passa de um projeto social muito bem pensado para reorganizar Atlas em um período que a nação realmente estava precisando de mudanças. Essa transformação poderia ter sido feita de diversas formas, mas a movimentação política da época permitiu que um estado militar se instaurasse e dominasse as vidas daquelas pessoas por completo.
A REDE é um emaranhado de regras que permitiram que Atlas seja um lugar sustentável para as pessoas viverem, afinal temos que lembrar que todos os sobreviventes daqui vivem no deserto marinho infinito que o planeta se tornou. Apesar de tudo dito, fazer parte desse programa social é constitucionalmente opcional e muitas pessoas não participam. O problema é que, se você não faz parte da REDE, você não tem acesso à toda a infraestrutura governamental. Isso quer dizer que um cidadão Pário, não vai ter acesso a coisas básicas como moradia, alimento, água potável ou qualquer coisa que os tentáculos do governo tenha controle na produção ou distribuição. Ou seja, basicamente tudo no Maralto. Fazer parte da REDE é péssimo, mas ainda é mais seguro do que se arriscar no Mar Livre.
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[2176] Os Ventos da Mudança
46 anos depois da implementação do Estado Novo, a moral nas bóias havia chegado ao seu patamar mais baixo. Afinal, ser um operário nas bóias não é uma tarefa fácil. Você tem uma rotina extremamente exaustiva, mora em um lugar apertado, tem que lidar constantemente com o perigo de ser substituído, é constantemente monitorado pelo governo e abusado pelas milícias da Marinha Civil. Mas você sobrevive e isso é o suficiente para os milhões de operários que vivem dessa forma em dezenas de cidades-bóias espalhadas pelo Maralto.
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[2190] Bandeiras Afogadas
Olá Marujos Submersos! Bem vindos ao final dessa postagem que demorou muito mais meses do que deveria. Então, este período especificamente não irá possuir uma descrição por representar o fim da história de Atlas e eu não quero dar um spoiler da saga sequer antes do primeiro livro dela ser escrito. Porém, deixando logo claro. Eu não tenho intenção de criar novas gerações depois dessa, somente trabalhar em cima do universo base que já foi criado.
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arquivos-submersos · 3 years
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Diário de Bordo #02 — Aprendendo a Dar Nós
Ahoy marujos submersos! péssimo
Hoje eu vou comentar um pouco sobre a postagem feita na segunda-feira 16/08/2021 (1.1 — Um Lugar Submerso). Primeiro, eu tenho que separar algumas palavras simplesmente para comemorar que eu fiz o primeiro post de “Lore” do blog aeeeeeeeeeeeee  🎉 🎉 🎉 🎉 🎉 Vocês não têm ideia de como me deixa feliz em finalmente estar expondo meu trabalho de alguma forma.
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# Invetando...problemas
Se você leu o texto qual eu estou me referindo aqui, você já sabe que no universo submerso a tecnologia nuclear se desenvolveu muito mais cedo do que na nossa realidade. Isso, além de ser uma baita suspensão de descrença, me deixou bastante encafifado por um tempo.
Afinal, mudar a data de uma descoberta científica é um campo muito perigoso para um escritor por inúmeros problemas que isso pode trazer na plausibilidade daquele mundo. O primeiro é que ao fazer isso você [provavelmente] vai ter que mudar a ordem ou envolvidos em certos acontecimentos históricos para fazer mais sentido no universo ficcional. A própria descoberta da bomba nuclear foi um caminho longo, difícil, caro e compartilhado por diversas mentes em diversos lugares até ser possível transformar o que era teórico, em algo prático. Einstein, Rutherford, Bohr, Oppenheimer são só alguns do muitos nomes que tornaram a energia nuclear uma tecnologia viável para nós hoje. E é com muito peso no coração que tenho que retirar algumas descobertas deles, afinal para a tecnologia estar pronta já durante o começo do século XIX, tive que mexer em MUITOS pauzinhos históricos.
O segundo problema é que modificar o mundo radicalmente assim implica em uma baita cascata de eventos que poderia ou não quebrar o sentido de algumas coisas de Atlas. Afinal, um mundo que acabou no começo dos anos 70 não teria como aprender muitas das coisas básicas para nós hoje. Bem...kk (rindo de nervoso), eu acho que é por isso que é chamado ficção.
Apesar de eu amar uma boa história viajada, eu sou ainda mais apaixonado pôr o que eu chamo de "Ficção Científica Plausível", onde todos os elementos daquele mundo fictício tem aquele gostinho de:
Ei! Isso poderia ser real
Eu acho isso incrível e eu tento aplicar essa regra a maioria dos elementos da Terra Submersa. Porém, infelizmente toda história (em especial steampunks da vida) precisa da sua carga de fantasia, ou melhor, de suspensão de descrença. Que é quando você se faz de doido para continuar escrevendo/vendo aquela história mesmo que alguma coisa ali não faz muito sentido.
O problema da suspensão de descrença é quando o autor abusa dela para a história avançar e isso é um erro que eu faço questão de evitar. Apesar disso, é assim que eu vou lidar com o problema dois kkkkkk rindo muito de nervoso.
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# Se virando nas 30 (camadas do photoshop)
Uma das coisas que eu tive que botar para frente antes de postar a primeira parte da Lore foi justo a ilustração da capa. Eu precisava criar uma regra pessoal que todo post tem que ter uma arte original só o filé feita pelo próprio autor? Definitivamente não. Mas infelizmente eu sou abestado, e agora criei um compromisso de fazer sempre que postar historia.
Mas você já tinha feito uma ilustração daquelas antes?
P*rra nehuma! Apesar de eu ser designer gráfico, desenhar meio que legalzinho e até ter feito curso de desenho (mangá kk), eu nunca tinha sequer tentado fazer um trabalho de arte conceitual para o universo do livro. Claro, minhas experiências passadas, junto com uma fascinação de longa data pela área de concept art , com certeza me ajudaram muito.
Eu não sei especificamente onde eu quero chegar com isso. É muito legal pensar que antes de tentar fazer a capa, eu achava que nunca ia conseguir chegar em um resultado similar com o que obtive. Sim, de longe não é o melhor trabalho de arte conceitual, tanto que eu fiz a capa no tamanho errado e não dá para mudar (kk), mas ei! Até que ficou legalzinho...
Para os que não estão familiares, a técnica utilizada para compor a ilustração é chamada de Matte Painting. Ela consiste em basicamente pegar 50 fotos de cada mínimo elemento que você quer na imagem e ir juntando tudo no Photoshop misturando, aplicando efeitos, normalizando cores, ajustando sombras e etc...
Diferente da ilustração digital, que é feita inteiramente desenhada a mão. O Matte Painting utiliza de imagens reais como base. Muitos artistas ainda desenham por cima dos recortes para dar um ar mais manual e funciona muito bem! E olha, estou bem satisfeito com o resultado. Claro, eu ainda tenho que aprender a otimizar melhor meus arquivos (meu computador quase explodiu de tanto efeito), mas uma coisa de cada vez.
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# Ondas frias e calculistas
Bom, eu gostaria de reservar este último espaço da postagem para comentar sobre o que eu andei assistindo nos últimos tempos e como essas séries/filmes me levaram a refletir sobre algum aspecto da Terra-Afogada.
Como bem o título da seção já entrega. Essas últimas semanas eu fiquei completamente aficionado por Peaky Blinders (2013).
Pra quem não conhece a série, ela acompanha a história da família Shelby, membros importantes da gangue Peaky Blinders numa Grã Bretanha no auge da segunda revolução industrial. Ou seja, um  prato cheio de inspiração para Atlas.
É muito interessante como a série gira em torno da ambição do protagonista Thomas e as consequências disso, mas este post não é para criticar séries. Então vou ser direto no estalo criativo que eu tive:
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Gangues Familiares
Eu nunca havia pensando em como a sociedade Atleniênce está muito exposta ao conceito social de gangues preenchendo pequenos vácuos de poder. Especialmente gangues comandadas por famílias importantes e influentes em boias mais afastadas da capital, onde nem os militares ousam ir.
Claro, eu não vou me aprofundar nestas organizações hoje. Mas definitivamente eu vou tirar um tempo para pensar em gangues familiares como os Peaky Blinders tomando controle de cidades-boia inteiras em prol de lucro.
Mas os piratas já não são uma espécie de gangue?
Tecnicamente sim, mas eu sempre vi os piratas de Atlas como aquela especie de grupo de aventureiros que passa a maior parte do tempo no mar e raramente visita “terra” só para farrear e curtir os lucros dos saques, etc.
As gangues familiares, por outro lado, se beneficiam de estarem assegurando algum território em um bairro ou uma cidade. Talvez o caminho das gangues seja mais para piratas já aposentados e cansados de velejar. Não sei, mas seria uma boa ideia. Um dia eu vou escrever sobre isso.
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Então é isto por hoje meus queridos leitores. Próximo post eu devo mergulhar ainda mais na história do universo de Atlas. Hehehe, animado.
Até mais, marujos! Fiquem bem e se vacinem :)
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arquivos-submersos · 3 years
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1.1 — Um Lugar Submerso
Importante: Para motivos de compreensão de como o mundo poderia se alterar de tal maneira, é importante ressaltar que o universo onde o mundo de Atlas está inserido não é idêntico ao nosso. Tive que fazer mudanças para fazer mais sentido na história e na criação do universo.
Notas do Autor:  O passado desse mundo sempre foi um dilema para mim. Por um lado, eu gostaria de fazer nosso mundo moderno se tornar Atlas (com poucas mudanças na nossa timeline). Por outro, sinto que a aparência do universo se beneficiaria do mundo ter acabado muito antes. Afinal, eu amo a estética “vintage” de obras retrofuturistas e acho que isso casaria muito bem com a história. Bom, sempre existe uma terceira opção: Misturar tudo e ver no que dá, não é mesmo? Fazer o que tiver que fazer e lidar como puder. Afinal, o mais importante é isto sair do papel e eu já estou demorando de mais para postar isso no blog… Haha, triste né? mas não deixa de ser uma verdade para qualquer pessoa que inventa de ser criativa. Algumas coisas tem que sair mesmo que não sejam 100% do jeito que você gostaria. Vou fazer o meu melhor, então aí vai minhas soluções:
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Novos Horizontes
O Universo Submerso se diverge do nosso a partir da invenção revolucionária da Centelha de Lumes, um dispositivo inovador que funciona como um pequeno gerador capaz de produzir imensas quantidades energéticas através de uma reação química controlada. Claro, não demorou muito até essa disponibilidade energética ser usada como uma arma. Em 1916, as primeiras bombas de destruição em massa com as apelidadas “Centelhas do Fim” foram disparadas pela Tríplice Entente durante a Grande Guerra, obliterando cidades inteiras em instantes e deixando uma cicatriz irreversível na sociedade do nosso planeta.
Os anos seguintes ao fim da guerra foram marcados por uma segunda revolução industrial ainda mais potente, engajada e criativa graças aos projetos de Lumes e seus discípulos inventores que se espalharam pelo globo. Em 1960, um em cada dez lares já possuía pelo menos um equipamento autônomo que utilizava a tecnologia de Lumes.
Um fato importante a ser ressaltado; os países afetados pela derrota avassaladora da Tríplice Aliança (como a Alemanha, por exemplo) nunca conseguiram se reerguer a tempo de iniciar uma Segunda Guerra Mundial e dar partida ao movimento nazista. Apesar da ideologia existir no universo, ela nunca foi difundida pela Europa e tomou grandes proporções.
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O Começo do Fim
A partir de 1966 uma série de grandes tragédias ambientais começaram a acontecer ao redor do globo. Estes desastres, que antes eram pontuais, se tornavam cada vez mais constantes; as temperaturas estavam se invertendo, grandes queimadas a todo momento, furacões desastrosos, terremotos e maremotos sem explicação. Todavia, nenhum destes desastres se comparava a grande tempestade de 1970, onde o planeta foi revirado do avesso por diversos desastres simultâneos, incluindo o maior tremor já registrado até então (9,6 na escala Richter) que atravessou o globo deixando uma rachadura visível da órbita.
A Primeira Tormenta mudou geograficamente o planeta e varreu grandes cidades no globo da noite pro dia. Um planeta mergulhado em caos, teve que mudar suas prioridades rapidamente para conter este pandemônio, reconstruir infraestruturas, alimentar todos e alocar os bilhões de refugiados. Claro, uma tarefa virtualmente impossível.
A culpa (como sempre) foi dissolvida de muitas maneiras. Haviam grupos que apontavam a poluição produzida pelas máquinas de Lumes como causa; outros fanáticos afirmavam que Deus havia decidido punir a humanidade pela uso das Centelhas do Fim disparadas na guerra e claro, há sempre aqueles que acham que é tudo acontecendo era uma coisa natural e que eles não deveriam se preocupar. E como eles estavam errados...
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A Verdade
Após o fim da Grande Guerra, diversos países começaram a acumular um acervo perigoso de armas de destruição em massa, tanto nuclear, quanto lumético. Isso levou as maiores potências globais a assinar tratados impedindo o próprio uso de armas luméticas como armas de guerra. Porém o medo da obliteração total (em caso qualquer lado atirasse), levou a criação de complexos sistemas de inteligência artificial antibalísticos que, ironicamente, tornaram os mísseis uma ameaça ridiculamente fácil de combater.
Começa assim a “Corrida Invisível" por uma nova tecnologia de destruição em massa que pudesse burlar os sistemas autômatos de defesa, levando diversos projetos completamente nefastos a serem financiados secretamente por grandes potências nas décadas seguintes. Um destes projetos foi o que quase levou a humanidade ao seu fim: A arma de manipulação climática ou Guardião. Uma máquina absurdamente engenhosa capaz de modificar precisamente o clima de qualquer região terrestre reproduzindo artificialmente diversos tipos de desastres naturais, tudo de forma completamente irrastreável.
Todavia esta tecnologia, apesar de revolucionária, ocasionalmente se virou contra seus criadores. No ano novo de 1970, algo completamente imprevisível aconteceu. A inteligência artificial do Guardião ligou os maquinários sozinha e começou a atacar indiscriminadamente o globo com desastres ambientais de todos os tipos. As vãs tentativas de desligar a máquina foram efetivamente neutralizadas pelo sistema anti-invasão e qualquer tentativa de destruí-la belicamente, era neutralizada pelas defesas autômatas da base, onde a máquina tinha total controle.
Após semanas trancados fora do sistema, os últimos esforços de uma sociedade desmoronando por causa do caos foi construir uma outra arma capaz de destruir o Guardião. Eles conseguiram destruir a máquina, mas durante o processo, acabaram sobrecarregando o Guardião, fazendo-a descarregar um último e violento evento catastrófico na terra com toda sua totalidade e provocando assim o que ficou conhecido depois como a Primeira Tormenta.
Ok,  mas como isso realmente impactou no universo da história?
Simples. O incidente do Guardião foi o motivo para o mundo começar a afundar. Um dos impactos observados após este dia, foi o aumento repentino do volume do mar nos anos seguintes à crise. Este volume marinho veio em decorrência das, até então desconhecidas, enormes reservas de água subterrâneas presentes na crosta terrestre, triplicando o volume marinho em quase três séculos. Outra coisa que contribuiu para o fim, foi a fragilização do solo graças aos tremores constantes. Ou seja, ao mesmo tempo que a água estava subindo, grandes blocos de terra continental começaram a afundar, o que acelerou muito o processo de submersão e queda da sociedade. Após estes acontecimentos, foi só uma questão de tempo até os humanos restantes perderem a guerra contra a natureza e a sociedade mergulhar no caos das Terras-Úmidas.
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Notas do Autor:  Ah não! Você me pegou. Eu não acredito que caí nessa. Cacetada. Sim, eu admito. Existe MUITA suspensão de descrença sobre a forma como este mundo se desenvolveu e acabou. Honestamente, houve um tempo em que eu acho que me importaria muito mais com isso. Tanto que inicialmente a ideia por detrás de Atlas era muito mais simples: “O planeta aqueceu de mais, o gelo derreteu e o nível do mar subiu”. Porém, eu comecei a estudar sobre o assunto e quanto mais eu aprendia, mais eu entendia como essa justificativa não era o suficiente para a criação dos meus cenários. Sim, o aquecimento global é um problema real e precisa ser combatido o mais rápido possível. Mas o mundo de Atlas nunca poderia alcançar o que eu gostaria de escrever sem que eu desse uma série de empurrõezinhos na história e esta foram as melhores soluções que eu consegui pensar. Se você é daqueles nerds que adoram dados (como eu), eu ainda vou abordar muito mais disso em outros capítulos. Então fique ligado, que isso aqui é só o começo da loucura.
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arquivos-submersos · 3 years
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Diário de Bordo #01 — Soltem as Velas!
Olá! Meu nome é Hugo Pascoal e bem-vindos aos Arquivos Submersos. Eu poderia me alongar horas falando sobre a minha paixão por criar e blá blá blá, mas eu não vou fazer isso por agora. Saibam apenas o seguinte. Eu quero ser um escritor. 
Porém, eu tenho um problema nada especial. Eu sou um procrastinador de carteirinha e isso faz com que eu atrase muito projetos pessoais que já deveriam ter saído há muito tempo. Para vocês terem uma ideia, o primeiro esboço desse universo ficcional que vocês vão encontrar aqui, surgiu em meados de 2015.
SIM! FUCKING 6,5 ANOS ATRÁS
Desde então, muita coisa aconteceu. Primeiro que em 2015 eu tinha acabado de terminar o colégio e não sabia nada da vida. Entrei na faculdade e quatro anos depois eu ainda não sei de nada. Mas ei, pelo menos eu tenho certeza disso agora. Enfim, anos depois e no meio de uma pandemia eu tomei coragem de postar os meus trabalhos em um blog.
Mas você deve estar perguntando, qual o objetivo desse blog?
Basicamente documentar e organizar todo material que eu venho criando ao longo desses anos e que eu nunca deixei publico com ninguém além dos meus amigos mais íntimos. Mas não é só isso, existe outra grande questão aqui.
Como eu estou criando um universo “original”, estou sempre pensando (e repensando) conceitos e isso faz com que eu nunca consiga determinar se tal coisa vai ser do jeito A ou do jeito B. Já deu para ver que eu sou uma pessoa muito indecisa. Esse blog vem para me obrigar a fazer uma decisão e postar ela ao público. Ou seja:
“Se eu postei aqui. É oficial”
Claro, é inevitável que em algum momento eu vou ter que fazer correções, alterações ou adições nos posts. Mas eu quero que elas sejam mínimas, assim eu não corro o perigo de entrar nesse “looping criativo” que eu sofro tanto.
Bom, então é isso por hoje. Esse quadro do diário de bordo, na verdade, é um grande desabafo de escritor que vai ficar intercalando os posts normais. Espero que possam se apaixonar por este universo tanto quando eu o amo. Até mais, marujos.
Obs. Se ainda não entendeu o projeto, dá uma olhada no Q&A :)
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