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Síndrome do Patinho feio e a força do grupo
A história do Patinho Feio é mundialmente conhecida e faz parte da gama de histórias que impactam nossa infância e consequentemente nossas vidas. Em resumo, a história é essa: "Era uma vez uma pata que estava a chocar alguns ovos. Os dias foram-se passando e chegou a altura dos patos nascerem. Mas havia um pato que era diferente de todos os outros. Era gordo e muito feio, a pata não gostava dele e só lhe dava desprezo. Os dias foram-se passando e os patinhos iam crescendo, o patinho já não aguentava mais que os outros irmãos gozassem mais com ele. Até lhe deram o nome de “Patinho feio”. Um dia a pata mandou-o embora e disse-lhe que ele era a vergonha da família e ele foi. Teve algum tempo a viver sozinho ao pé de um lago, até que um dia encontrou alguns cisnes e começaram a falar ele disse que era feio. E descobriram que eram irmãos disseram lhe que ele era muito bonito. E na verdade o patinho feio já estava muito bonito e era um lindo cisne. Então os outros cisnes levaram o patinho feio à mãe ela pediu-lhe desculpa e ficaram todos felizes."
Para a psicanálise o uso do conceito de síndrome do patinho feio denota a sensação que o indivíduo tem de estar "fora do ninho" que é um movimento real e pode impulsionar sentimentos de rejeição, tristeza e inaceitabilidade. Frequentemente, as pressões sociais influenciadas pelos padrões e expectativas excessivas fazem com que muitas pessoas se forçam a mudar sua essência ou aparência para se enquadrar no que lhes é, em tese, esperado.
A busca incessante por pertencimento em um grupo, um lugar no mundo acontece, muitas vezes, pela necessidade de reconhecimento pessoal e através da construção da identidade. E a história do Patinho Feio mostra justamente isso, o desejo do personagem em se sentir parte de sua família o leva a uma profunda tristeza e até incompreensão de seu ser.
O sentimento de desencaixe cria em nós um sentimento de inferioridade, impotência e insegurança que torna a nossa existência quase que insuportável e fazemos como o patinho da história: fugimos e nos escondemos de tudo e de todos. Ficamos o tempo todo preocupados com o que os outros estão pensando ou comentando sobre nós, nosso corpo, nossa roupa, nosso cabelo, nosso jeito…
Dessa forma, a "Síndrome do Patinho Feio" remete a esse sentimento de isolamento e não pertencimento, fazendo com que a pessoa se coloque na posição do patinho da história. Mais além, essa pressão social enaltece a força que o grupo tem sobre o indivíduo na sociedade, já que visivelmente as prerrogativas impostas pela sociedade são justamente o que oprime e impõe a feiura no outro.
O embate entre grupo e indivíduo é desproporcional já que a força do grupo na sociedade é infinitamente maior e daí reside o desejo intrínseco ao ser humano de fazer parte do grupo e de fazer tudo ao seu alcance para se encaixar.
Como no final da história, o patinho se encontra ao se descobrir como cisne percebendo que o problema não estava nele mesmo mas sim nos outros que não o enxergavam como belo. Inesperadamente, ele se descobre belo em si mesmo e rompe com a expectativa do grupo. Paralelamente, na sociedade esse é o movimento que se deve buscar para romper com a onipotência do grupo e promover a valorização do indivíduo.
Animação da Disney para a história do patinho feio:
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O filme “D.U.F.F”, do diretor Ari Sandel, retrata a vida de uma adolescente, Bianca, que descobre que em seu grupo de amigas ela é a “Designated Ugly Fat Friend”, alguém que é escolhida para fazer com que suas amigas aparentam mais atraentes.
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                                          ¿O politicamente correto?
Criticar o politicamente correto se tornou um ato comum na sociedade. A revolta de algumas pessoas com os policiamentos sociais leva a profundas críticas a todos os movimentos sociais que visam justamente criticar formas de opressão presentes na sociedade há anos.
Indubitavelmente, a ascensão desses movimentos sociais é fundamental para garantir uma sociedade mais igualitária e que pressione menos os indivíduos utilizando-se da força do grupo. No entanto, essa sede de mudança incomoda alguns que enxergam exagero nas repressões cometidas por aqueles que criticam a manutenção dos padrões vigentes.
A reportagem acima promove esse debate justamente focando no debate entre o feio e o belo na sociedade, tentando elencar os fatores envolvidos nesse confronto e colocando em pauta o papel do politicamente correto em tudo isso.
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Jameela Jamil é considerada uma das principais e mais ativas celebridades que atuam contra a indústria da beleza e a influência que as celebridades podem ter sobre a vida e autoimagem das pessoas que as seguem. 
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Como o assunto da semana foi “o lado feio da industria da carne” achamos pertinente o uso do vídeo “MAN” de Steve Cutts.
O curta mostra o “lado feio” da espécie humana como um todo, mostra como os seres humanos usam e abusam dos animais e do planeta para benefício próprio.
https://m.youtube.com/watch?v=WfGMYdalClU
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O filme “Okja” ,do diretor Bong Joon-ho, representa muito bem o sofrimento dos animais para satisfazer a o desejo da industria da carne.
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Okja (2017, dir. Bong Joon-ho)
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O livro “Domínio” de Matthew Scully també trata do assunto sobre o domínio dos homenn sobre os animais.
O livro começa com o autor comentando sobre a grave epidemia da doença “vaca louca” que atingia a Europa e para resolver o problema da doença, milhares de animais foram fuzilados (entre eles os doentes e saudáveis), porém o autor comenta que é possível tratar a “vaca louca” e que não era necessário matar nenhum animal.
É um livro extremamente forte que mostra a realidade na industria da carne. Mostrando para todos o sofrimento dos animais que são vistos como uma commodity .
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A Indústria da Carne
O consumo de carne está tão presente no dia-a-dia da população, que nem pensamos no seu processo e seus efeitos no ambiente e no próprio organismo humano. Ir ao supermercado e apenas escolher uma entre as milhares de bandejas dispostas nas gôndolas, é fácil. Mas será que alguma vez você já fez a reflexão de que aquele “pedaço de comida” era uma vida?
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No entanto, a indústria da carne vem perdendo sua força ultimamente. O número de pessoas que estão se conscientizando e tirando da sua alimentação as proteínas animais, cresceu 75% desde 2012. Além de grandes organizações, como a OMS, estarem se pronunciando sobre os elevados riscos do consumo excessivo de carne.
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Ademais disso, os motivos ambientais são os que mais fazem as pessoas rejeitarem a carne nesses dias. A pecuária é a grande responsável por emitir gás metano e contribuir com o efeito estufa de uma forma absurda. Porém, não só isso deveria contar, a crueldade presente em todo o processo e insensibilidade com um outro ser tem total valor na hora da escolha.
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Com isso, a campanha Segunda Sem Carne vem sendo aderida por milhares e ganhando espaço nas escolas e restaurantes. Com o intuito de diminuir o consumo de carne pelo menos uma vez por semana e incentivar a descoberta de novos sabores e alimentos, como legumes, grãos e proteínas vegetais.
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De acordo com uma pesquisa feita pelo IBGE a cada UM SEGUNDO, aproximadamente, 1 boi, 1 porco e 190 frangos são abatidos. Por haver esse excesso, as condições que esses animais se encontram são deploráveis e não éticas. A partir disso Hugo Fagundes, fotógrafo, desenvolveu um projeto em que ele inverte os papéis e coloca humanos na fila de um matadouro, ao invés de animais.
Com o lançamento do filme “O Touro Ferdinando” é possível fazer uma analogia com a indústria da carne. No filme, os touros que não são considerados bons para as touradas são descartados e levados para o matadouro como se não pudessem ter uma vida para além daquilo que foram “predestinados”. o mesmo se encaixa para os animais da indústria, em que em hipótese eles são apenas mercadoria e não seres vivos com sentimentos e sensações.
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Referência
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O documentário “A Carne é Fraca” produzido pelo Instituto Nina Rosa, conta o trajeto de um “bife” para o prato dos consumidores, mostrando a realidade dessa indústria tão cruel, além de mostrar como o ato de comer carne causa impactos na saúde humana, no meio ambiente e com os animais. O documentário também conta com a participação de Flávia Lippi, Washington Novaes e entre outros.
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A moralidade e a feiura
O feio e o bonito demarcam também questões morais, e por tanto é possível classificar atitudes como feias mesmo sendo elas naturais do ser humano. Estamos cansados de ouvir as frases costumeiras que buscam enquadrar aquilo que foge dos padrões culturais de feio, são exemplos clássicos desse comportamento os dizeres "cabelo curto não fica bom em menina, é muito masculino", "menina falando palavrão é muito feio", "menino não pode usar maquiagem nem pintar a unha, isso é coisa de menina", "cabelo colorido é só pra chamar atenção", "mulher que não se depila é nojenta", "mulher que fica com vários homens é vadia".
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Sem sombra de dúvidas, esse tipo de visão de mundo que prioriza uma delimitação restrita de comportamentos a determinados grupos é embasada nas construções sociais que enraizaram a organização da sociedade e sua estruturação como um todo e, por isso acabam recebendo muita força discursiva nos embates sociais. Mais além, a nossa constituição como sociedade é extremamente sexista e portanto, esses limitações de conduta acabam sendo mais fortemente impostas sobre as mulheres, que são mais julgadas por aquilo que fazem. Como um todo, os parâmetros que ditam a interpretação das atitudes são alimentados pelos estereótipos existentes em nossa sociedade que são reflexos das expectativas que se tem do que é ser homem ou mulher.
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Essa reprovação ao comportamento das pessoas e como elas se portam na sociedade perpassa também por aquilo que foi estabelecido como feio, sendo ele o oposto daquilo que em tese se espera da conduta da pessoa. Por isso, aquilo que é diferente ou que subverte os padrões é facilmente rotulado de feio e condenado pelos outros. Em suma, a questão inteira é guiada por questões morais da sociedade, assimilando feiura aquilo que é natural do indivíduo, aquilo que constitui sua essência.
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Infelizmente, a sociedade em que vivemos julga demais os indivíduos, e vive-se em um conflito de egos tremendo. Por isso, essa atmosfera de julgamento cria um ambiente hostil a individualidade daqueles que fogem da imagem construída para eles que foi estabelecida por poucos e que não faz sentido para muitos. Nesse cenário, distúrbios psicológicos podem surgir a partir da percepção de não aceitação do "eu"daquela pessoa, o que faz com que essa mascare sua verdadeira identidade e limite sua expressividade.
Contudo, esse contexto acarreta em um empobrecimento cultural pois é justamente a diversidade que enriquece a nossa sociedade. Por isso é importantíssimo buscar e batalhar pela a ruptura desses estigmas sociais que tolhem ao outro para que nos aceitemos como somos, e para que os outros nos respeitem.
Portanto, é importante ressaltar que feio não é ser você, mas sim impedir que os outros o façam. O indivíduo deve ser livre para fazer aquilo que deseja.
https://www.buzzfeed.com/br/clarissapassos/imagens-para-responder-mulher-palavrao
O primeiro vídeo escolhido mostra um menino que faz tutoriais de maquiagem no youtube. A maquiagem sendo vista como um aspecto constituinte do universo feminino é mal vista quando realizada por homens e, com esse vídeo buscamos romper com essa lógica.
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O segundo vídeo escolhido propõe uma reflexão sobre mulheres falando palavrão e porque isso incomoda tanto algumas pessoas.
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Referência
O documentário "De gravata e unha vermelha" promove o questionamento dos estereótipos criados para homens e mulheres e portanto busca justamente contrapor o discurso que enxerga como feio aquilo que foge a esses padrões. O filme traz entrevistas com diversas personalidades que, em suas histórias de vida, colocaram em perspectiva o modelo de identificação binário homem/mulher, e questionaram os estereótipos construídos para cada um dos sexos.
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Ezra Miller, Met Gala 2019
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Camp : notes of fashion
Camp: Notes of Fashion. Este foi o tema para o Met Gala desse ano. O evento ocorreu no dia 06 de maio, segunda-feira, no Metropolitan Museum of Art em Nova Iorque.
O objetivo do Baile, além de levantar fundos para o departamento de moda do Metropolitan, é também de marcar a inauguração da exposição temática que será exibida dentro do museu naquele ano, no caso de 2019 será do dia 09 de maio à 08 de setembro.
Todos os anos um tema é escolhido para que os convidados (celebridade do mundo da música, cinema e moda) possam basear seus trajes no determinado tema. Anna Wintour, editora-chefe da revista Vogue norte-americana, é a presidente do evento e este ano os anfitriões da noite foram Harry Styles, Serena Williams, Lady Gaga e Alessandro Michele.
O termo ‘Camp’ apareceu primeiramente na época de Luís XIV, com o significado de se vestir de forma teatral e exagerada, remetendo ao modo como a corte do Rei Sol se vestia em Versalhes; já na era Vitoriana na Inglaterra o termo foi associado com a cultura queer, tanto que em 1870 dois homens foram presos por “se vestirem e se comportarem como mulheres”. Em 1909 Oscar Wilde deu seu próprio significado a palavra como “ações e gestos de ênfase exagerada” e décadas depois, em 1964, a renomada crítica Susan Sontag escreveu um ensaio “NOTES ON: CAMP” em homenagem à Oscar Wilde, para Sontag ‘Camp’ era o amor por tudo que é extravagante, exagerado e não-natural.
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Para muitos, esse estilo é considerado fantasioso, irônico, frívolo e feio. Mesmo não sendo o estilo preferido de muitos, Camp é uma forte “arma” política, principalmente para seus pioneiros: a comunidade negra e a queer. Por ser um intersecção entre “alta arte” e cultura popular, ajudou muito essas comunidade a se ressaltar e serem notadas.
O objetivo do estilo é ser “feio” mesmo, para assim chamar a atenção das pessoas. A estética quebra os padrões da arte como contracultura, o uso do exagero, cores vibrantes, mistura de estampas e texturas são inspirações para as performances de Drags. Além da roupa exagerada, o outro lado de Camp, segundo Sontag, é a apresentação dramática, como ocorreu no evento com Lady Gaga, que apresentou quatro trajes e fez uma performance de mais de 15 minutos.
Não é necessário ir até o tapete vermelho em Nova Iorque para ver a estética Camp, pode-se ver diariamente dezenas de pessoas que se vestem de modo a quererem se expressar exageradamente, mostrando sua representatividade na sociedade. Desde homens usando saia e mulheres usando roupas “masculinas” até as Drags de uma casa de show na Rua Augusta. Não deveríamos julgar as roupas ou o modo da pessoa de agir, por se “feio” e/ou exagerado, pois em muitos casos, elas só estão fazendo o que acreditam que as representa.
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Referência:
Como referência, pensamos em usar o próprio artigo de Susan Sontag “Camp: Notes on fashion”, que como já mencionado antes faz uma explicação do que seria a estética do Camp.
Além do artigo, a série de TV norte-americana “RuPaul’s Drag Race” mostra a parte de performance que as artistas drags fazem e a estética Camp no modo de vestir, falar e se apresentarem. A série está disponível no Netflix!
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Como vídeo decidimos colocar a performance de Lady Gaga no Met Gala para mostrar o que é a estética Camp.
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Seu Jorge e sua fissura por mulheres feias
Jorge Mário da Silva, artisticamente conhecido como Seu Jorge é um dos artistas populares mais famosos do Brasil. Suas músicas fazem sucesso e estão nas cabeças de todos os brasileiros, no entanto, será que deveríamos cantá-las? 
Ao analisar alguma de suas músicas é possível notar que em várias canções o artista faz referência a mulheres feias reforçando a estigmatização estética principalmente das mulheres. 
Afinal...
"Se fosse mulher feia tava tudo certo, mulher bonita mexe com meu coração"
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