asfloresjasecaram
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oi :) leia de baixo para cima
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asfloresjasecaram · 4 years ago
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asfloresjasecaram · 4 years ago
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asfloresjasecaram · 4 years ago
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peraí.
meu irmão tirou a própria vida e eu soube três dias depois quando meu pai precisou fazer o reconhecimento dele dentro de uma gaveta. a pessoa que moldou quem eu sou hoje, que me ensinou sobre as bases do amor e também do ódio e da fúria não existe mais. a última vez que vi meu irmão foi dentro de um caixão. a última vez que vi ele foi pelo vidro quando ele estava morto. eu nunca vi meu pai chorar e naquele dia eu vi ele fazer isso enquanto ajudava a colocar o caixão com o próprio filho dentro de um buraco. eu passei por essa merda. eu vi meu irmão fazer coisas horríveis com ele mesmo por muitos anos e eu ficava de pé e tentava seguir mesmo que cambaleando. eu perdi a pessoa mais importante da minha vida e sozinha (porque na hora do luto ninguém estava ao meu lado) eu aprendi na marra a permanecer seguindo. eu assisti lentamente meu corpo pegar fogo.
isso agora é um coração partido, não é o fim da vida. isso agora é um coração partido, não é o fim da vida. isso agora é um coração partido, não é o fim da vida. isso agora é um coração partido, não é o fim da vida. isso agora é um coração partido, não é o fim da vida. isso agora é um coração partido, não é o fim da vida. isso agora é um coração partido, não é o fim da vida. isso agora é um coração partido, não é o fim da vida.
dias atrás eu acordei com uma sensação que não sentia há tempos, que eu nem sabia mais como era. eu senti como se na noite passada alguém tivesse me visitado como se fosse uma projeção astral e esse algo ou essa pessoa ou esse não sei pegou a mão, colocou dentro do meu peito e tirou o que pesava em mim. tirou e sumiu. eu acordei bem, eu acordei com algo que eu senti falta por muito tempo: com o meu poder. eu senti que minhas possibilidades estavam nítidas novamente no meu pensamento. eu senti que eu controlo o que quero, que eu decido onde vou e que ninguém jamais vai decidir isso por mim. que não vai ser meu último coração partido e que em todos eles vai doer porque as pessoas chegam na nossa vida e também saem e a gente sofre porque acabou ficando confortável demais dentro desse círculo de afeto mas eu vou sempre lembrar do meu poder e da minha missão aqui: mudar o mundo. o meu, o seu, o de alguém.
eu vim pra transformar a minha dor em algo que me fará mudar o mundo do meu jeito. eu nasci pra correr e realizar as coisas do meu jeito. eu nasci pra ser do mundo. o meu irmão me ensinou a ser uma rockstar e é isso o que eu sou: uma rockstar.
isso agora é um coração partido, não é o fim da vida. junta esses cacos e transforma em algo gigante. eu te prometo que isso passa.
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asfloresjasecaram · 4 years ago
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asfloresjasecaram · 4 years ago
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dois dias depois eu sentei no meu jardim, peguei meu caderno de ideias e só escrevi. era letra na folha e muita lágrima caindo por cima delas. escrevi coisas lindas, escrevi coisas ridículas. na hora do desespero você não quer saber se o que tá escrevendo tá ok ou não. você só quer jogar tudo aquilo em algum canto e guardar pra que vire algo maior num momento melhor.
eu peguei meus braços e quase quebrei os ossos deles de tanto que coloquei eles ao redor do meu corpo. de tanto que me agarrei em mim mesma e implorava por socorro. pra que passasse. eu mal podia esperar pra que a primavera chegasse. eu mal podia esperar pelo meu renascimento. eu esqueci quem eu era. tiveram momentos felizes, momentos horríveis, momentos de angústia. uma montanha russa infernal. 
é fácil quando quem dá o pé na bunda é você porque é o que você quer e você tá preparado pra isso. a outra pessoa não então ok amor, agora lide com esse balde de água fria que a vida acabou de te jogar em pleno inverno. longe dos meus amigos, longe até de mim mesma, sozinha dentro de quatro paredes com uma versão de mim que eu nem lembrava como era mais. eu senti em cada dedo, em cada osso, em cada parte uma dor chata me paralisar.
dias de saudade, dias de "será que teu coração já foi ocupado de novo? porque eu não ouso esvaziar o meu por enquanto.” foram muitas semanas assim. angústia misturada com sensação de superação chegando, como vou tratar essa pessoa como amiga quando na verdade eu não consigo fazer isso? mas eu também não quero que a gente vire dois estranhos porque eu quero ressignificar isso tudo e permanecer te tendo de uma maneira boa no meu coração. foi difícil pra caralho. todos os dias eu acordava ou dormia e antes pedia pro universo ou qualquer outra coisa divina me ajudar. não doía mais como antes mas era um incômodo, uma dúvida, um medo, uma estranheza. coração acelerado, vontade de vomitar, agonia sem fim. quem era essa pessoa que eu tava encarando no espelho? e um dia eu acordei e simplesmente não tinha mais força pra chorar. uma hora a fonte seca, uma hora tu só chora se forçar e muito. eu sentei no chão, meditei, decidi encarar essa escuridão dentro de mim, eu prometi não fugir do que eu precisava encarar. chega de buscar resposta em tudo, chega de achar um motivo, uma desculpa, uma história, uma esperança. esse rio é gelado, é escuro, é sorrateiro mas tu vai precisar entrar despida nele e encarar o que precisa encarar. e eu fiz. 
eu me despi e me joguei na minha própria escuridão. eu decidi não fugir mais e lá no meio do breu eu encontrei comigo mesma.
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asfloresjasecaram · 4 years ago
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isso agora é um coração partido, não é o fim da vida.
:)
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asfloresjasecaram · 4 years ago
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eu sentia felicidade mas com uma máscara. uma máscara de felicidade, sabe? porque eu estava com uma escuridão imensa no meu peito. todos os dias tinha uma nuvem gigante de tempestade em cima de mim. todos os dias era como se eu estivesse tendo uma paralisia do sono mas ainda podendo me mexer. é como se eu fizesse um desenho feio numa tela de algodão mas o algodão acabou então eu coloco um desenho bonito num papel barato e colo em cima do desenho feio. você tá mostrando pro mundo o desenho bonito mas sabe que por baixo o desenho feio ainda está ali. e era assim que eu fazia: eu enganava os outros e eu me enganava quando dizia que estava bem. eu queria por um momento me enganar dizendo que a areia movediça que me engolia todos os dias, todas as horas, todo o tempo tinha acabado quando na verdade cada centímetro da carne do meu corpo era corroído pelas mordidas da escuridão que tomou meu peito.
eu passei por um rompimento no início de julho. eu passei por muitos rompimentos complicados mas de pessoas que não faziam tanta diferença na minha vida porque me tratavam feito merda. eu passei as semanas anteriores sentindo que algo aconteceria, que a qualquer hora eu receberia algo assim apesar das coisas estarem "bem". entre aspas mesmo porque na pandemia é difícil manter coisas quando nossa cabeça tá perdida e nossos sonhos (ou muitos deles) foram esmagados pelo peso das variadas crises que passamos. mas romper com uma pessoa que pela primeira vez eu gostei de verdade doeu muito. a pessoa que não me tratou como -a artista famosa-. a pessoa que me tratou por quem eu sou atrás disso tudo quando as cortinas da minha vida se fecham e eu fico despida dessa imagem. a primeira pessoa que ousou me enxergar como um ser humano cheio de vulnerabilidade. a primeira pessoa que me tocou de uma maneira que não ardesse e doesse em mim. eu nunca encostei nessa coisa chamada -gostar de verdade- mas eu cheguei muito perto do que de bom isso faz tu sentir e acho que a vida é isso aí mesmo: estar no lugar certo, errado mas sempre perambulando atrás desse sentimento que é um ser místico e que ouço tanto falar, leio tanto sobre mas não sei direito quem é. um ser abstrato.
naquele dia eu não sabia o que dizer, como agir, o que falar. acabou. eu acordava de minuto em minuto tendo crise de ansiedade. tremia, chorava, sentia que estava perto da morte porque o coração parecia um carro de corrida. sabe, a gente sabe que passa. quando a pessoa me disse que eu acharia alguém que preenchesse meu peito novamente e que eu passaria por isso eu só disse "não". a gente tem amigos, tem apoio, tem conselho, tem tarô, tem a espiritualidade, temos tudo o que acreditamos e que diz: sofre o que tu precisa sofrer porque isso vai passar. mas não adianta quando a gente tá passando por isso porque mesmo que a gente saiba disso até passar cada pedaço da alma se contorce de um jeito horrível e angustiante. ok, eu sigo mas pra onde eu vou? pra que lado eu olho? e eu me sentia com os olhos vendados correndo um campo enquanto tinha muita chuva na minha cara. eu corría pra todos os lados desesperada sem saber pra onde e como eu caminhava.
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