"a girl shouldn't curse" — they said. "get fucked" — she replied.
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Frustrado por pensar que ela tinha um pouco de razão, Keat colocou as mãos sobre as de Avia em seu rosto. “You’re pissing me off a little, dude.” Expirou pesado, segurando uma das mãos e tirando de seu rosto para fazer isso direito. “Mas vou deixar essa decisão com você.” Keat, então, se inclinou e beijou delicadamente os lábios femininos. “E vou te dar privacidade pra terminar esse dia. Vou estar no quarto ao lado. Ou em algum outro que ajeitarem pra mim, não sei se vai ser exatamente ao lado.”
“ — It’s kind of my thing.” Avia disse depois de encolher os ombros, referindo-se ao seu talento de irritá-lo. Decisão. Avia não era muito boa com decisões. E aquela certamente não era uma para se fazer enquanto ainda estava meio chapada. Ela umedeceu os lábios após receber o beijo leve. “ — No, no, stay. I changed my mind, don’t wanna be alone tonight.” Não podia, na verdade. Não confiava em si mesma para não sair dali em busca de mais drogas.
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Keat entrelaçou as partes do cinto do roupão, fechando-o no corpo de Avie, erguendo um olhar de baixo para cima, mais ansioso pela resposta do que gostaria de admitir. Então a escutou e apertou os lábios em uma linha, focando-a com carinho. “Avia, Avia. Why don’t you let me decide that, huh?”
Ela formou um biquinho chateado nos lábios e levou as duas mãos para embalar o rosto do melhor amigo, fitando-o fixamente nos olhos. “ — Kitty Kit...” O apelido idiota que não usava há anos. “ — Porque você, assim como eu, não sabe fazer nenhuma escolha saudável pra sua vida.”
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Keaton a olhou por alguns instantes antes de se mover, assentindo e se levantando na direção das toalhas. Pegou um roupão, no fim das contas, e o abriu para receber o corpo de Avia, com algumas coisas na mente. Sentiu-se um tanto infeliz, apesar de não ser o melhor em identificar emoções tão rapidamente. Ele a envolveu no material felpudo e colocou-a de frente para ele no final. As palavras saltaram de seus lábios: “Nós podemos parar, Avie. Tá tudo bem por mim.” Ao menos, ele achou que estava tudo bem. Qualquer que fosse a decisão da Tanner, Keaton pensou que poderia aceitar de bom grado, apesar daquele sentimento estranho no peito que, mais uma vez, ele não foi capaz de reconhecer. Sentiria a falta dela? Sim. Mas eles ainda poderiam ser amigos.
Avia saiu da banheira com cuidado, deixando Keaton envolver seu corpo com o roupão de uma maneira que lhe pareceu carinhosa. Quase fraternal, como um pai faria com uma criança, o tipo de carinho que ela nunca recebeu do familiar. Not the best time for the daddy issues, pensou com amargura. A Tanner ergueu os olhos para o rosto conhecido, sentindo a tristeza pesar com as palavras dele. Sabia o que aconteceria se parassem... ela se afastaria dele de novo, o empurraria para fora de sua vida e se isolaria mais uma vez. “ — It’s just... I’m a miserable person, Kit. I’m miserable all the time. I’m just scared of making you miserable too.”
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Quando Avia abaixou o olhar para seus seios cobertos pelas bolhas de sabão, Keat fez o mesmo. E ainda ali, depois da tamanha confusão que tinham inventado juntos no dia, ele não deixou de pensar no quanto a cantora é bela. Absurdamente bela. Ainda que lhe faltasse cor nos lábios, pálidos, é uma mulher muito bonita. E eles tinham transado antes. Keat franziu o cenho, tentando lembrar de detalhes, mas por algum motivo não conseguiu. “Bebê, nós ainda vamos figurar pra caralho no Deuxmoi e outras merdas do tipo.” Falou com naturalidade. “No mês passado disseram que eu estava saindo com aquela ex atriz mirim da Disney, e eu nem conheço a garota. Às vezes eles acertam, mas às vezes erram. Não se preocupe, você vai ficar bem… Amanhã a gente pode… pode sair juntos, sei lá, fazer uma aparição num lugar romântico pra comemorar meu aniversário com mais privacidade…” Kit deu a ideia meio sem forma ainda. “Um passeio de barco, quem sabe? E você mostra pra geral como está saudável e feliz.”
A cantora ouvia os argumentos do amigo com os olhos um tanto arregalados, sem saber se Kit falava com tanta naturalidade porque de fato acreditava naquilo ou se era apenas muito bom ator. Fosse como fosse, a merda já havia sido feita. “ — Claro. Um passeio romântico. Sounds great.” Ela respondeu meio mecanicamente, porque achava que era isso que Keaton queria ouvir. Queria que ele parasse de se preocupar com ela, e por isso tentou forçar um pouco de humor na voz — parte sendo até verdadeiro, o que provava que sua sobriedade estava retornando. “ — Me arranja uma toalha, tá? Meus dedos estão começando a enrugar, além de que você sabe que não gosto de ficar muito tempo boiando na minha própria sujeira.”
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Ele fez sinal para que a loira bebesse a água da garrafa que lhe passou. “I don’t think I can.” Entrar na água. “Digo, estar numa banheira com você… sem roupas.” Keaton abaixou o olhar para o mármore da banheira, um tanto envergonhado. Tinha sido sincero, para variar, não era uma brincadeira. A lógica era cabível: se iria cuidar e respeitar os limites de Avia Tanner, não poderia fodê-la como fizera antes. Porra. Keaton realmente se sentia culpado. “But I’m feeling okay, pretty fine.” Garantiu com um balançar de cabeça. “E tenho a feliz notícia pra te dar: Duke conseguiu confiscar todos os celulares antes das pessoas irem embora das festas. Os seguranças barraram a gente toda na saída, alguns até revistaram bolsas. Sorte a nossa a polícia ser nossa amiga.” Ele deu uma risada, sabendo que o que tinham feito não era algo legal, do ponto de vista da lei propriamente dita.
Avia olhou para baixo, para os seios cobertos por bolhas e de repente sentindo-se tola pela sugestão. Ela não respondeu, bebendo um longo gole da água e depois afundando a garrafa até a metade na banheira, brincando de apertar levemente o material plástico. “ — Yeah, that’s great.” A cantora assentiu sem deixar transparecer muita animação, de fato, no rosto. “ — Quer dizer... ainda vão ter os rumores. Aposto como vão enviar um monte de merda na Deuxmoi.” Fez referência à página do Instagram que postava fofocas anônimas sobre os famosos. As pessoas levavam os rumores de lá surpreendentemente a sério. “ — It’s fine, though, I don’t care.” Avia adicionou, sem saber se falava sério ou não.
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Lá no quarto, Keaton se apressou em recolher toda aquela merda de droga e álcool, transformando o local em uma suíte de um casal religioso. Saiu para deixar as coisas o mais distante possível e ficou alguns minutos conversando com seu agente, explicando-se, tentando saber o impacto até então do que tinha acabado de ocorrer. Duke é um puta agente e tinha conseguido conter a maior parte. Recolheu os celulares e livrou o casal pop de um escândalo com imagens. Keat voltou mais aliviado para o banheiro, levando uma garrafa de água bebida pela metade. Ele tinha usado droga também. Estava se recuperando dos efeitos. “Foda-se a Martha.” Foi o que ele respondeu, fechando a porta e assim abafando o toque do celular de Avia. A loira estava deitada na banheira, coberta por bolhas. “Como você está se sentindo?” Era bom o banheiro estar quente, a água estar quente. Avie precisava suar toda aquela merda que eles tinham usado para fora do corpo. “Alecrim?” Ele chutou o aroma que pensou ter detectado no ar, os sais de banho. “Laranja ou tangerina também… Você é realmente a rainha das misturas.” Keat se permitiu brincar enquanto se sentava na lateral da banheira.
Foda-se a Martha, é. Avia respondeu apenas mentalmente, sem realmente acreditar na frase já que teria que sofrer as consequências depois. A mãe sabia ser bastante assustadora. “ — Like someone who did a shit ton of drugs.” Apesar da fala pesada, o tom foi brincalhão na resposta da pergunta do amigo. Não sabia se havia funcionado, porém. “ — Mas melhorando.” Ela adicionou. Avia cheirou o ar feito um chão farejador, tentando detectar os aromas que Keaton estava listando. Seu nariz estava entupido. “ — Eu não faço ideia de qual merda escolhi pra colocar nessa banheira, pra ser sincera.” Riu pelo nariz e ergueu os olhos para o amigo. De repente lembrou-se que Keaton também havia se enchido de drogas. “ — Get in, loser. You need to sober up too.”
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Com a iniciativa de aproximação de Avia, Keat abriu os braços enquanto apreendia que aquela ali era a resposta dela ao seu pequeno discurso. Ele a abraçou com carinho e um senso muito bizarro de que queria cuidar dela. “I’ll help you. Não tenho sido de muita ajuda até então, aliás. I’m sorry about that.” Apoiando uma das mãos na cabeça de Avie, Keaton acariciou os cabelos úmidos e frios. A respiração quente da moça contrastava com essa outra sensação contra sua pele. “But this is about to change, I promise. Começando pelo banho quente que vou preparar pra você.” Keat afastou a Tanner gentilmente e sorriu fraco ao fitar novamente o rosto dela. “Nós vamos beber água e comer. E vamos nos livrar de toda a merda que usamos hoje.” As drogas no quarto, ele lembrou. Precisava se livrar daquilo lá o quanto antes. Com as pernas começando a ficar dormentes, o cantor se ergueu do chão. Abriu as torneiras da banheira para regular a quantidade certa de água quente e fria, e entregou para Avia uma cesta com sais de banho variados que encontrou dentro de um dos armários. “Você escolhe qual prefere. Preciso ir lá fora, mas já volto.”
A cantora o observou quando Keat se afastou minimamente, fazendo uma promessa que Avia julgou impossível de se cumprir. Não que duvidasse das intenções do melhor amigo, sabia que ele queria ajudá-la, mas... não achou que Keaton soubesse o quão difícil seria. O quanto teria que abdicar por ela. Mas conseguiu abrir um sorriso muitíssimo robótico e assentir com as instruções dele, esperando-o sair do banheiro para por fim se mover. Avia escolheu qualquer merda de cesta, sem se dar ao trabalho de checar seu conteúdo antes de entrar na banheira. Algo que fazia muita espuma, foi o que percebeu de cara por ter o corpo coberto por bolhas. Ela encostou a cabeça contra o mármore da banheira e conseguiu relaxar um total de trinta segundos, reabrindo os olhos recém fechados ao ouvir um toque de celular vindo do quarto. Havia deixado sua bolsa ali, percebeu, porque era o toque das ligações de sua mãe. “ — Martha must be going shit crazy.” Avie comentou quando ouviu Keaton retornar.
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Keat sentiu várias coisas em sequência a partir do momento em que Avia passou a descrever seu suposto verdadeiro eu. Preocupação, compaixão, culpa, até um pouco de raiva por imaginar a existência de um funcionário na reabilitação que a submeteu àquilo que a loira narrou, se aproveitando da doença dela. “You’re right.” Ele falou, por fim, com um aceno lento da cabeça. “You are fucked up.” Parecia que seu posicionamento pararia por aí, mas Keat relaxou os ombros e, fitando-a compenetrado, confessou: “Mas eu sei o que é ser abandonado, Avie. No momento em que uma pessoa mais precisa de cuidado e pela pessoa que mais deveria amá-la. Eu conheço bem essa sensação, ela tá comigo o tempo todo. And it sucks.” Riu amargamente, umedecendo os lábios ao reviver o desgosto que sentia sempre que pensava na sua mãe biológica e a porra do trauma do qual não consegue se livrar por completo, o gosto amargo na boca. Nunca conseguiria, ele sabia disso com certeza. “I won’t let anything like this happen to you, not again, but you need to let me in. You understand? You can’t run away from me, or send me away… I want you to let me be there for you. Como seu namorado de mentirinha ou não, essa parte é o de menos… Fica para você escolher, mas saiba que nunca, jamais, vou te responsabilizar por nada que acontece na minha carreira.”
Avia assentiu tristemente quando ele concordou, sem ressenti-lo, é claro, era o que ela era. Justamente o que estava tentando fazê-lo entender. Mas então Keaton deu continuidade em um pequeno discurso que trouxe as lágrimas de volta aos olhos claros, embora dessa vez tenha conseguido contê-las de cair. Era uma sensação estranha... boa, Avia pensava, mas estranha... ter alguém lutando tanto para permanecer ao seu lado, mesmo vendo ali sua pior versão. A Tanner deu um suspiro cansado, sem conseguir formular nenhum agradecimento e muito menos pensar em argumentos para fazê-lo mudar de ideia. Ela só inclinou-se para frente e descansou a cabeça entre o pescoço e clavícula de Keat. “ — I don’t know how to get out of this shithole.” Admitiu.
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Keat piscou, ansioso. Bom, sim… queriam que a história do namoro fosse motivo para diversão mas, aos olhos do Lowe, ainda estavam vivendo bons momentos. Ele sentiu o nó da sua garganta descendo enquanto fazia força para engolir e então vieram outras palavras da boca de Avia, para complementar a explicação que trouxe maior entendimento ao raciocínio do cantor. “What?” Ele riu fraco e rapidamente. “Você acha que tá fodendo a minha carreira?” Keat fez uma careta de estranheza e se ajeitou de joelhos no chão duro. “Vee…” Chamou-a como tinha feito tão pouco antes, podia ser muito bem a segunda vez. “I couldn’t care less about the headlines tomorrow. You could be Britney fucking Spears in 2007 and I’d still wouldn’t give a single fuck. Hey…” Keat levou a destra até o queixo dela e o direcionou só o suficiente para que Avie pudesse olhar para ele. “It’s me, doll. Remember? I ask for nothing more than the real you. Nothing.”
O máximo que conseguiu reagir à piada sobre a Britney foi uma fungada, tentando rir mas ainda sentindo o peso enorme em cima do peito. O peso de uma pessoa que havia feito muita, muita merda. Nem mesmo o novo apelido carinhoso a fez erguer o rosto, só o fazendo quando Keaton tocou seu queixo. “ — You want the real me?” Avia abriu um pequeno sorriso, tão fraco que quase poderia parecer real. Mas toda a ironia dele ficaria clara nas próximas palavras da loira. “ — This is the real me, Kit. You don’t see her nearly enough because I never let you, but here she is. This is the girl who almost died of overdose and still wanted to get high in the hospital the next day. The girl who gets overwhelmed with the love of her fans because she doesn’t feel like she deserves it, so she gets shitfaced instead. This is the fucking girl who gave a guard a blowjob in the fucking rehab just so he could sneak some powder in for her.” Ela formou uma risada encorpada, agora claramente desprovida de humor. “ — This is me, Keaton, you have no idea what you’re in for. You’d be disgusted if you did.”
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O rosto dela estava vermelho em alguns pontos. O pescoço também. Keat olhou para aquela imagem de fragilidade à sua frente, os soluços depois do choro forte e pueril, e sentiu vontade de poder operar algum milagre com as mãos, tirando qualquer que fosse a dor que Avia carregava consigo. Mesmo chapado, o cantor conseguia raciocinar satisfatoriamente ali e pensou, depois de escutá-la dizer de forma excessivamente simples que tinha ficado confusa — simples assim —, que nunca presenciou nenhum surto grave da Tanner, uma prova de que a amizade deles talvez fosse muito mais superficial que Keat imaginara até então. “What?” Ele piscou, claramente surpreso com a repentina proposta de Avia. Terminar o relacionamento. “W-why would think that?” As palavras mal saíram, mas sua consciência fez o favor de responder a pergunta dentro da sua cabeça, acusando-o de ter fodido com tudo quando decidiu transar com Avie depois de oferecer drogas a ela. Só podia ser isso. Ele havia feito uma grande merda… passado dos limites. Perturbara a ordem da relação e ainda causara a instabilidade emocional da loira. Keat colocou os dois joelhos no chão e apoiou as mãos no mármore da banheira, uma de cada lado das coxas de Avia, e a fitou com os olhos um tanto arregalados.
Algo nas expressões de Keaton a fizera abaixar os olhos claros para as próprias mãos no colo molhado. Avia cutucou o esmalte já desgastado do dedão, ainda fungando e soluçando. Chegou até ali aos trancos e barrancos, fodendo consigo mesma e agora também com o melhor amigo. O quão idiota conseguia ser? Meu Deus. “ — Because... this was supposed to be fun.” Ela riu, embora Deus soubesse que nada naquilo era engraçado. Sua vida nunca lhe pareceu menos cômica do que naquele momento. A Tanner tomou coragem para erguer os olhos marejados para Kit. “ — Fucking with your career is not fun to me. Não consegue já ler as manchetes de amanhã? Olha a cena que eu acabei de causar no seu aniversário. This will ruin everything to you if we keep doing it. It may be too late for me, but it’s not for you.” Avia encolheu os ombros, lutando para não deixar outra crise de choro começar.
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“Fuck, Avie.” Keaton se desesperou com o choro em que a loira desaguou. Espalmou um lado do seu rosto com a destra enquanto acolhia o corpo magro mais perto do seu tronco. “It’s okay. You’re gonna be okay.”, garantiu com carinho, querendo se transportar dali imediatamente… mas infelizmente havia todas aquelas pessoas. Ah, eles certamente estariam nos sites de fofoca dentro de meia hora, não havia dúvida. “Look at me, hottie. You’re safe now, I got you.” O cantor conseguiu ouvir seu empresário esbravejando e os seguranças encerrando a festa. Ótimo. Duke o conhecia melhor que qualquer pessoa no mundo fora da sua família. Keat não queria mais saber de porra de aniversário, não com Avia naquelas condições. Meu Deus, e pensar que ele havia fodido sua melhor amiga assim. Que tipo de monstro é? “Come here, let’s take you upstairs.” Ele afugentou a culpa momentaneamente, tomando a Tanner nos braços, e a ergueu do chão. Levou-a consigo de volta para o quarto como uma criança, com a impressão de que Avie não era mais do que isso naquele momento. “Hey, look at you. You’re crying.” Keat observou depois de entrar na suíte do enorme quarto, colocando Avia sentada nos limites da banheira. Ele se ajoelhou de frente para ela e piscou os olhos castanhos de forma quase paternal. Voltou a tocar o rosto dela, desta vez para limpar o rastro de lágrimas. “How are you feeling? Do I need to worry about taking you to a hospital right now? I could maybe call a doctor??”
How could you get so fucked up!?, a voz da mãe gritou na cabeça, Avia se assustando ao perceber que não era uma alucinação... era uma memória. Depois de sua overdose, a mãe havia ficado furiosa. You have everything anyone could ever want, what more do you want? A cantora fechou os olhos com força e quando os reabriu já estava em outro cômodo — Keaton a trouxera de volta para o quarto. À esse ponto estava trêmula e com soluços espaçados, resultado do choro forte que só parecia começar a apaziguar agora. “ — N-no doctors.” É claro que negou de imediato, horrorizada com a ideia. “ — No doctors. I’m fine. I’m fine. I just... I just got confused.” Mentiu, piscando os olhos ardentes para a imagem de seu melhor amigo no mundo à sua frente. Keaton não merecia passar por aquilo, nunca mereceu. Avia havia se afastado dele na época de sua overdose por conta disso, lembrou-se também. Não queria que sua má reputação passasse para ele, mas mais uma vez estava fodendo com a vida de outra pessoa juntamente com a sua. “ — Nós temos... nós temos que parar com isso.” Ela soluçou. “ — The PR thing. We need to end it.”
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Ela não estava lá. Keat teve uma sensação estranha, como um pressentimento ruim, mas que acabou se misturando a tantas outras sensações das drogas que tinha consumido. Keaton tateou as cobertas para ter certeza. Conferiu o banheiro. Encontrou a bolsa de Avia num canto do quarto, o que significava que ainda estava na festa. Ao menos, é o que ele esperava. Desceu as escadas novamente, de volta à festa. Perguntou por ela para algumas poucas pessoas que julgou serem de confiança, mas ninguém tinha visto a cantora. Merda. O Lowe escutou um burburinho e, caminhando apressadamente na direção dele, notou um agrupamento de pessoas em volta de alguma coisa. Alarmado, ele empurrou alguns convidados para passar. Era ela. Só podia ser ela. “Avia!” Keat abaixou-se, junto ao corpo magro e encharcado no chão, na beirada da piscina, vomitando para o lado oposto. “Jesus Christ, Avie.” Ele a tomou nos braços. Ergueu a cabeça e viu uma dezena de celulares apontados. “BACK OFF!” Urrou do chão, protetor, os joelhos pressionados sustentando o peso de seu corpo e o da Tanner, que Keat agora acomodava em seus braços. Seu empresário logo surgiu no seu campo de visão, junto de alguns seguranças que tentavam conter a multidão de curiosos que ia se agrupando cada vez mais ao redor do casal-celebridade. “Hey, Avie. Hey.” Keaton buscou o rosto lívido com ansiedade. “O que aconteceu?”
Foi como se de repente Avia estivesse sóbria demais, o que provavelmente não era o caso, mas definitivamente não estava chapada o suficiente para ignorar o desconforto do próprio corpo e mente. Era gritante. Sua cabeça girava e a garganta ardia, provavelmente teria colocado mais coisa pra fora se não estivesse de barriga vazia. Os ouvidos da loira chiaram quando uma voz urrou para os telespectadores depois de ser colocada nos fortes braços masculinos, Avie levando alguns segundos para entender que era Keaton. “ — I don’t know.” Foi sincera, já não se lembrava mais. E começou a chorar feito uma criança, o choro de menina de quem precisava de um colo acolhedor. “ — I don’t know, I just want it to go away.”
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Keaton saiu e lá embaixo realmente bebeu mais e cheirou uma excelente carreira de pó. Sentia-se daquele jeito meio invencível, como se as coisas no mundo não tivessem barreiras em sua constituição. Ele não gastou mais de dez minutos na festa, nem teve a chance de encontrar a ex-namorada tão temida. Ainda mais maluco do que quando saiu, Keat estava subindo as escadas para retornar ao quarto onde deixara Avia.
Avia trombou em muitas pessoas após descer de volta à festa, tão drogada que não fazia ideia de onde era a saída e como faria seu caminho até o carro. Ela acabou, primeiro, em uma roda de pessoas que não conhecia, dividindo um cigarro de maconha até que decidiu não ser o suficiente. Com quem conseguiria algo mais forte? Onde estava Keaton? Não, Kit não, lembrou-se que estava puta com ele. Por que mesmo...? Piscando e sentindo-se tonta, ela só sabia que estava sentindo muito calor e foi assim que acabou dentro da piscina, afundando-se até o chão e forçando o corpo a permanecer ali. Havia feito isso algumas vezes na banheira de casa, testando os limites de seus pulmões até alguém entrar e forçar seu corpo pra cima, gritando com ela. Será que seria assim ali? Alguém se quer percebia que ela estava ali no fundo? Avia não tinha certeza quando perdeu a consciência, só se deu por si quando alguém a puxou para a superfície e a jogou apressadamente no chão, ao mesmo tempo em que uma roda de pessoas se formava ao seu redor. Ouvia algumas vozes questionando se ela estava bem. Eu estou ótima, caralho, saiam de perto de mim! Queria gritar, espernear, chorar. Ao invés disso só conseguiu virar-se para o lado e vomitar no chão frio.
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Sendo Keaton, ele não reagiu bem à fala de Avia. Estava só tentando ajudá-la, preocupado com ela. A mulher não precisava ser tão grosseira. E não ficaria se lamentando por tê-la fodido. Não mesmo. Avie concordou com tudo. Ela quis tanto quanto ele. “Okay, fine!” Kit largou o edredom. Levantando-se, foi checar sua aparência mais uma vez no espelho mais próximo. Beberia mais um pouco também. Seria loucura aspirar uma carreira de pó logo de cara? “Volto pra checar se você realmente não cortou a merda dos pulsos, mas se possível, tenta fazer isso num dia que não é o meu aniversário pra não estragar a data.”
Ela piscou, os olhos ainda pesados e o corpo implorando para que se deitasse e apagasse. Precisava apagar. Mas agora também não queria ficar ali. Não queria o julgamento idiota de Keaton, nem sua festa idiota, nem seus amigos idiotas. Ia embora. Foda-se, pensou enquanto se erguia com dificuldade, procurando as peças de roupa pelo chão, não é a primeira vez que dirijo drogada, nem vai ser a última. “ — Fuck you.” Avia murmurou de costas ao amigo, por baixo da respiração e sem ter certeza se queria que ele ouvisse ou não. Queria ir embora, só isso.
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Keat respirou fundo e se sentou na beirada da cama, ainda segurando o edredom para impedir a loira de cobrir a cabeça novamente. “É a porra de uma festa na piscina, Avie. Você pode usar óculos escuros, vamos lá, eu não vou te deixar sozinha aqui depois de socar droga no seu cu. Se alguma coisa te acontece, vou morrer de culpa o resto da vida. C’mon.” Insistiu porque, claro, ele tinha de aparecer lá embaixo e ficar por pelo menos uma hora. Era seu aniversário! Além disso, estava realmente preocupado. Essa foi a primeira vez que usou drogas mais pesadas com a mulher depois da rehab dela. “Uh. What are you feeling? Right now, I mean. You can… try to share it with me. Quem sabe não consigo, sei lá, te ajudar?”
Ai, Kit, que droga, ela pensou em revolta à insistência dele. A única vez na vida que precisava que ele fosse um babaca egoísta foi quando o amigo decidiu se preocupar. “ — My god, Keaton, I don’t need you to babysit me! I’m going to sleep, not slit my wrists or have an OD!” Ela se sentou na cama, fitando-o com um olhar cortante. “ — Como você acha que poderia me ajudar? I’m fucked up. Always have been, always will be. If I ever look like I’m not then it’s a fucking façade. You can’t fix me. Now we can just sit here and talk about that or you can go down to your birthday party.”
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É? Quem vai comprar pra você, sua mãe? Ele pensou, mas graças a Deus não falou. Não estava bravo com Avia e depois, sóbrio, admitiria somente com um pouco de relutância que a responsabilidade também era sua. Lydia is probably worried. “Ela deve ter ido embora. Não aceita perder e assistir pessoas felizes às custas da desgraça dela, but I guess no one likes that.” Dentro do banheiro, Keat urinou o resto da porra. Tinha gozado duas vezes, como diabos ainda tinha líquido para colocar para fora? Ele vestiu o short de banho e jogou água no rosto, tentando se consertar de uma imagem meio desleixada. Quando saiu do banheiro, porém, notou a massa debaixo do edredom e sequer a cabeça da Tanner estava do lado de fora. Um alarme se acendeu instantaneamente no seu raciocínio. “Hey…” Ele chamou, se aproximando para descobrir a cabeça dela. “Hey, are you okay?”
Ela piscou os olhos pesados embaixo do edredom, encarando o escuro até fechá-los quando ouviu a porta do banheiro se abrir. Keaton era como ela, não iria querer discutir o que acabou de rolar. Nem o que deveriam fazer ou como agir. Mas Avia não estava ali embaixo só para evitar uma conversa, estava mesmo fodidamente cansada, como se os músculos tivessem se transformado em chumbo. Conhecia bem aquela sensação mas fazia um tempo que não a sentia... desde a rehab. Para o seu desgosto, o Lowe descobriu sua cabeça, fazendo-a fechar os olhos verdes com força. “ — I’m fine, I’m fine. I just wanna sleep. Please let me sleep, I need to ride this out.” As drogas, se referia. Uma parte dela pensava no que aconteceria se fosse fotografada, se seus olhos dilatados caíssem na internet, sua paranoia lhe dizendo que as pessoas saberiam imediatamente que ela havia caído de volta no vício. Não, Martha não era o problema... Avia não queria decepcionar os fãs. “ — I’ll go down later.” Mentiu, tentando se livrar da possibilidade de Keaton querer ficar ali cuidando dela. “ — Go have fun, please.”
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Keaton tinha o cenho franzido como se qualquer explicação de Avia não pudesse explicar o fato da mulher não tomar o anticoncepcional. “That’s fucked up. Vou pedir ao Duke pra providenciar uma pílula do dia seguinte pra você.” Tirando os olhos do teto para acompanhar a Tanner andando de lençol pelo quarto, Kit se atentou para a própria nudez e se levantou da cama para vestir a cueca. Não queria dizer nada sobre a transa, sem saber o que poderia caber naquele momento. Eles são amigos, certo? “I need to go back to my party.” Keaton disse enquanto vestia a cueca. A cueca não. Ele voltou a tirar a peça e procurou por suas coisas; precisava de uma sunga ou short de banho. “Quem veste sunga?” Ele murmurou sem saber que falava alto, ainda nu e de costas para Avia. Rápido, rápido. Encontrando o short de banho, o Lowe sem dizer nada foi para o banheiro.
That’s fucked up. Não foi uma boa escolha de palavras. Uma Avia drogada só interpretou repreensão da parte do amigo, como se ela tivesse arriscado a foda dos dois. Ele poderia muito bem ter lembrado da porra da camisinha. “ — Não preciso que seu empresário compre merda nenhuma pra mim. I’ll take care of it, don’t worry.” Revirou os olhos, alcançando uma garrafa de Bourbon ao invés de água. Foda-se, já estava fodida mesmo, pensou ao descer goles longos pela garganta. “ — Yeah, you should. Lydia is probably worried.” Avia tinha deboche na voz seguido por uma risada maldosa. Tomara que Lydia estivesse morrendo por dentro no momento. Ela o ignorou enquanto Keaton pegava as vestes de banho e ia ao banheiro. Precisava se vestir também, voltar à festa. Tinham tantas câmeras por lá, será que alguém perceberia o quão alta ela estava? Martha a mataria, sem dúvidas. Além do mais, a Tanner começava a sentir a descarga de energia que lhe ocorria toda vez depois de muita adrenalina. Seu pai era a pessoa que mais sabia disso, desde a vez que cuidou da filha acamada três dias seguidos após o uso de muita droga, sem energia para fazer qualquer coisa. Avia voltou para a cama, assim, cobrindo o edredom até a cabeça enquanto Kit continuava no banheiro.
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