Tumgik
babysharkim · 4 years
Text
hyeisms‌:
         os olhos apenas se entreabriram para observar a movimentação de dante, a ponta dos lábios se curvava em satisfação, admirando a cena que impregnava-se em sua memória e disparava seu desejo. ansiava por ele, e embora a forma que colara os lábios no dele refletisse sua urgência, o ritmo que seguiu não tinha pressa, calmo, suave, apreciando o próprio sabor reminiscente na língua e nos lábios dele. isso, combinado ao curto elogio lascivo que suspirou contra ela e a sensação de seus dedos aprofundando-se em seu interior mais uma vez, fazia-a fervilhar ainda mais. seu prazer crescia, equivalente a frequência das suas arfadas e suspiros de prazer, assim como a vagarosa movimentação de seus quadris. 
ao escutar a afirmação alheia, dahye não respondera de imediato, partindo o beijo de modo delicado, apenas perto o suficiente para não interrompê-lo. o sorriso pretensioso não largava a expressão - misturado, é claro, com o relaxado agrado que enebriava-a graças a penetração - como a quem ponderasse, brevemente, em avaliação, analisando-o através do olhos escuros enquanto uma das mãos rodeava o botão da camiseta curta, desfazendo-o discretamente. “você pode fazer o que quiser.” o feito colocara em exposição apenas o contorno dos seios, envolvidos pelo sutiã de mesmo material que a outra peça de lingerie atirada previamente aos cantos da sala. contudo, enquanto mantinha relativa modéstia neste quesito, abaixo de sua cintura lhe era oferecido perfeita visão e acesso, ao flexionar um dos joelhos e trazer a sola do sapato até o topo da mesa, com pouquíssima preocupação em como estaria profanando aquele móvel que muito provavelmente, lhe custaria um aluguel. a mão alcançara a nuca dele, roçando a ponta dos lábios e do nariz, embora seu intuito já fosse outro. o aperto que envolvia a parte posterior de seu pescoço, era sugestivo em lhe trazer justamente para onde, ele mesmo, previamente, manifestara o seu interesse.
Tumblr media
O tato era indubitavelmente um sentido necessário para despertar o prazer, um contato preciso o suficiente de pele contra pele faria a excitação vir com facilidade, mas Dante não descartava de forma alguma a visão. A capacidade de visualizar a companhia pela qual ansiava e admirar seu respectivo objeto de desejo estimulava-o ainda mais, e graças a pouca luz presente no quarto, devido as cortinas que permaneceram abertas, Dante pôde ter um singelo vislumbre dos seios de Dahye enquanto também sentia um do par; além disso, pro rapaz, a parte que mais lhe atraía nas mulheres era o busto, então acabou por suspirar sôfrego em meio a um breve e satisfeito sorriso. Dahye, ao que o veterano percebia, sabia muito bem como instigar outrem, não poupava esforços. Suas insinuações óbliquas o arrebatavam arduamente, não conseguia raciocinar muito sobre qualquer coisa que não fosse aquela troca de ações e a pequena silhueta feminina. — Shit... — Balbuciou, completamente alheio a fala dela enquanto a observava erguer a perna.
Consequentemente, Dante tirou a própria jaqueta para que ficasse fresco e melhor confortado, dando também a caloura um pouco do que apreciar em seu corpo viril. Com os bíceps torneados e braços marcados por veias à mostra, empurrou os caros e luxuosos objetos pros cantos, distanciando-os para que a garota tivesse mais espaço na mesa. — Você tá me deixando maluco aqui, uhm? — Mirou os olhos da caloura conforme se deixava ser guiado, descendo e trilhando beijos pelo caminho: do joelho a coxa interna a virilha dela. Finalmente apoiado com apenas um joelho no chão, abraçou ambas as pernas esguias de Dahye e, cuidadosamente debruçado, selou os lábios na "testa" dela antes de levá-los abaixo. Passeou, então, com a língua pela intimidade dela por alguns segundos até concentrar-se no clitóris, desfrutando de movimentos sutis e ritmados. Chupava a novata como se seu semestre dependesse disso pra ser bem sucedido, misturando a saliva à própria lubrificação dela, aproveitando da "bagunça" que era feita contra seu rosto sem rédeas lhe contendo.
Tumblr media
12 notes · View notes
babysharkim · 4 years
Text
hyeisms‌:
“o quanto quiser. se depender de mim, dante kim, você irá pra cama essa noite refletindo sobre suas frustrações políticas, e não outro tipo de frustração…” a sugestividade em suas palavras já chegava a ser redundante, mas não dispensável a sua persona. estava longe de configurar uma figura culta, de articular argumentos impecáveis desenvolvidos em um discurso formal, mas era incisiva em suas crenças, e acima de tudo, terrivelmente persuasiva quando o próprio ego estava envolvido. “recheadas?” o cenho franziu e soltara uma gargalhada suave e confusa ao escutar a declaração alheia, com um tanto de desconfiança, mesmo ponderando por um momento até chegar a conclusão de que não fazia a mais singela ideia do que ele estava falando. até certo ponto, também não realmente se importava. nem mesmo ela por vezes era capaz de idealizar as coisas que garotos ricos fariam para fomentar sua diversão passageira, e ainda, gostava de ser surpreendida.
dahye sabia bem que seu ato imodesto era o equivalente a despejar uma linha de combustível sob uma centelha, mas não se importava com a própria desinibição. ser paciente ou propriamente inibida, afinal, não estava entre as dádivas de suas virtudes. e desde o trajeto indiscreto que os olhos alheios percorreram, até o momento em que a delicada calcinha de renda foi atirada ao longe, contrastando contra a coloração clara do carpete, concluiria que não demoraria para que o outro também abandonasse as próprias restrições. enfim enlaçada pelo toque desejado, a distância entre eles tão perto quanto possível de findada, sentia o roçar da boca e as palavras pressionando, ditas curtas, sobre seus lábios, prolongando-se.o olhar baixo, e a cabeça inclinando-se apenas ligeiramente para que a distância se encurtasse ainda mais. “eu também.” admite. “can you tell? já faz algum tempo, na verdade.” a verdade era que desde o momento em que o olhar alheio cruzara ao seu sua mente havia sido tomada por pensamentos libidinosos com perfeita intenção de serem executados, tão fácil era sua estimulação. os lábios se entrepartem, como se em sua intenção, pretendesse iniciar um beijo; mas tudo o que fora capaz de realizar foi soltar uma arfada ao sentir os dedos enroscando-se em sua nuca e cabelo seguido por gemido, contido em comparação com o restante de suas ações, mas ainda assim, bastante audível. não é capaz de processar pensamentos ou pronunciar algo além de balbuciar algo sem sentido enquanto o outro aventura-se por baixo do tecido de sua saia, restando-lhe cerrar os olhos enquanto os lábios se curvavam, contendo uma respiração cada vez mais pesada. afinal, dante não precisaria de confirmação verbal da própria para que percebesse, em base de última sua última declaração, que seu objetivo estava concluído.
O veterano dava a noite como ganha embora ela mal houvesse começado, pois a festa pra ele, de qualquer jeito, já estava quente o suficiente. Dante precisava concordar com Dahye e admitir o quanto a caloura tinha razão: certamente não iria para cama com frustrações, absolutamente nenhuma, talvez. Sentia de cara um tremendo contentamento alastrar por todo o corpo. E conforme captava os sinais de prazer alheio, apenas excitava a si mesmo ainda mais. Quando encontrava-se em momentos íntimos como aquele, gostava de garantir que sua companhia fosse satisfeita igualmente, e pouco apressava suas ações - em especial durante a preliminar, que considerava a melhor parte. Dante não era tão impaciente nessa situação, preferia provocar e proporcionar sensações que estimulassem tanto ao ponto de não restar outra opção senão o ato literal do sexo. O intenso, particularmente, aperfeiçoava a experiência. 
Pensando assim, os dedos eventualmente molhados espalharam melhor a própria lubrificação da garota, subindo e descendo com eles de maneira suave entre as lábias e sobre o clitóris. Antes de decidir penetrá-los, afastou a mão e, simultaneamente, o rosto do pescoço dela, onde ainda mantinha-se dedicado as mordiscadas. Mirando Dahye, chupou os dedos num relance como se a provasse, lhe oferecendo em seguida um sorriso maldoso. — Seu gosto... — Pausou para liberar um suspiro exasperado, sentindo a ereção latejar dentro da cueca. — É ótimo. — Afirmou, selando gradativamente ambas as bocas. Àquela altura, Dante ansiava por mais contato e, enquanto a beijava, aproveitou para explorar um novo caminho. Da nuca ao busto de Dahye, esgueirou a mão sob a blusa e sutiã até tocar seu seio, apalpando-o. — Gostosa. — Balbuciou e estendeu a língua na intenção de circular e sugar a dela antes de retomarem o beijo. E com a outra mão livre até então, concentrou o foco na penetração, mergulhando devagar os dedos médio e anelar na menina. Dante apreciava a boca de Dahye e a interação que fluía rítmica e agradável entre os dois, mas minutos depois confessou em meio a um selinho e outro: — Minha língua... tá coçando pra te chupar. — E era outra coisa que o veterano também gostava no desenrolar das ações: expressar verbalmente suas vontades, e apenas testava a caloura para descobrir se com ela poderia usar palavras mais sujas.
Tumblr media
12 notes · View notes
babysharkim · 4 years
Text
hyeisms‌:
        dahye levantara uma sobrancelha ao escutar o repetido questionamento, ponderando por um momento. na realidade, não havia nada de especial que a desagradasse na seleção de músicas daquela noite. apenas acontecia que música, assim como milhares de outras coisas, era algo sobre o qual tinha um gosto irritantemente meticuloso e seletivo. “as escolhas? achei apropriadas. música de festa só não é das minhas preferências, em geral.” respondeu, dessa vez, com sinceridade. embora dahye gostasse de festas e do ambiente que as envolvia, em grande parte, a sonoridade apenas servia para abafar sua consciência, e não para ser apreciada particularmente. “longe de mim. esse país tem maldições piores, mas concordo com você.” muito antes de se estabilizar no emprego como garçonete, havia trabalhado por alguns meses em um loja de discos. pensava ela, na época, que seria um trabalho perfeito, já que, em sua concepção, era uma área de que gostava e entendia: mas tão logo quanto começou a experienciar as muvucas e as filas gigantescas que surgiam junto com o lançamento de qualquer novo álbum do grupo de k-pop favorito do momento, perceberia que o emprego não serviria para ela. “eu não deveria?” uma risada escarnosa e uma sutil mudança no tom, irritadiço. não pelo comentário alheio em si, mas porque analisando todas aquelas quinquilharias feias, frágeis e estupidamente caras, um senso de injustiça lhe abatia, a lembrança de que provavelmente trabalharia um mês inteiro para pagar uma inutilidade como aquelas martelando na parte anterior de sua consciência. e pensar nisto a fazia querer estourar a horripilante estátua de dragão que tinha em mãos diretamente contra a parede. mas como dante, um quase estranho, provavelmente não poderia relacionar-se com sua problemática, e honestamente, não tinha nada a ver isso, colocou sua melhor máscara de neutralidade e repôs o objeto ao seu lugar com mais cuidado, soltando um suspiro. “tem razão.” mesmo que as notas suaves de um instrumental ambiente apenas pincelassem ao fundo previamente, não deixou de notar a troca para uma música selecionada por ele. não era nenhuma fluente em inglês, isso já havia sido estabelecido, mas logo reconheceria a sonoridade da faixa e tentaria reprimir uma gargalhada ao se recordar do título. àquele ponto, a aproximação era certa, como um magnetismo entre eles. justamente como intendia. “logo agora? que coincidência.” sem descolar o semblante do dele, as mãos alcançaram a parte interna da saia, deslizando, com cuidado, a calcinha de renda preta até que a mesma pendesse inocentemente sob seu dedo indicador. as mãos, ainda frias pelo contato com as garrafas de cerveja, acometeram um arrepio que lhe percorreu pelo corpo inteiro. “sorte a sua que consigo pensar em algumas maneiras de te compensar por isso.”
Tumblr media
O adjetivo ‘’apropriado’’ não necessariamente significava um elogio, mas como Dante já não mais esperava um, deixou-se finalmente satisfazer pela resposta obtida. O âmago de um músico costumava ser extra sensível quando tratavam da arte que, assim como produziam, consumiam. E sendo baixista, não tinha como o rapaz escapar disso. — Hum, é. Talvez nós possamos ficar políticos depois? — Seria interessante para Dante discutir sobre alguns dos princípios coreanos com alguém que, isto é, se importasse o suficiente em fazê-lo. As pessoas presentes no convívio diário dele moravam dentro de uma bolha que parecia não estourar, raramente questionavam qualquer coisa. — Certo... sim. Mas eu não sei quais estátuas estão recheadas esse ano, prefiro evitar que quebre à toa antes da hora. — Essa parte da comemoração nunca compartilhavam com calouros e o veterano, por descuido, acabou esquecendo ao casualmente mencioná-la; era como um jogo: o anfitrião da vez ocultava as drogas pela casa e, durante o decorrer da festa, revelava pistas e códigos específicos no projetor que somente os familiarizados reconheceriam. Perda de tempo, Dante pensou de primeira, até a tradição tornar-se especial. Todavia ainda patética, quando parava pra refletir. Patética no sentido de perceber que, assim como os outros jovens ricos, ele gostava de toda aquela ‘’adrenalina’’ pela procura dos entorpecentes - a transformavam numa verdadeira caça aos ovos de páscoa. E ele odiava quando seus interesses coincidiam com os do elitista mais próximo, recordando que também não passava de um burguês, afinal.
Contudo, todo o constante estresse causado por seu meio social enfim se esvaia diante de Dahye. Sabia que apenas momentaneamente, mas bastava. Depositava nela seus velhos anseios por um bom tempo. Tempo esse que há muito não desfrutava. O sangue fervia mais quente a cada provocação da garota e aquela havia sido, sem duvidas, a última que ele seria capaz de resistir. Dante acompanhou fissurado o curso das mãos de Dahye, seus olhos brilhando em pura expectativa. Não tivesse fechado a boca entreaberta antes, babaria diante da cena final. — É. Eu tô com sorte. — As sobrancelhas haviam se erguido num singelo pedido de permissão, apanhando a calcinha dela só para dispensá-la em seguida contra a poltrona, já que da peça por ora não mais precisariam. E então, tocando pela primeira vez aberta e deliberadamente em Dahye, pressionou firme as palmas das mãos nas laterais de suas coxas. O rosto levou devagar ao dela, sentindo a respiração alheia enquanto roçava a boca na dela. — E com um puta tesão. — Admitiu, expirando fundo. Obviamente toda aquela excitação ia para um único lugar. Arrastando ambas as mãos para a área interna das pernas de Dahye, separou-as um pouco mais, lentamente, guiando então somente a direita até a sua virilha, enquanto a esquerda trilhava seu caminho para os fios na nuca dela, onde os prendeu e puxou sem esforço para entre os nós dos dedos. Embaixo, com a palma pra cima, começou a senti-la, o dedão indo de encontro ao clitóris. — Pra matar minha sede... — Pausou, sussurrando àquela altura pro pescoço dela, beijando e mordiscando delicadamente a região. — Preciso te deixar bem molhada antes.
12 notes · View notes
babysharkim · 4 years
Text
hyeisms‌:
tão logo quanto seu pedido fora acatado, a ponta dos lábios de dahye se curvaram em um sorriso satisfeito e o braço, então livre, enroscou-se na direita dele. “nesta casa? não podemos deixar algo assim acontecer.” o cenho franzido e a cabeça maneando em negação, embora o tom transpasse pouca seriedade. seguia-o de bom grado, já um tanto desinteressada pelos arredores da casa que havia conhecido previamente. encontrara-se particularmente agradada ao se ver no terceiro andar, onde por um momento tomada pela quietude, os olhos analíticos percorreram os detalhes do cômodo recém-adentrado com notável julgamento e interesse, absorvendo desde o belo tampo de mármore da mesa central, até os detalhes gravados nas maçanetas aos drapeados das cortinas. “garotos ricos raramente fogem à regra.” a caloura retrucou, com um riso bastante pessoal. falava por experiência, afinal. “não exatamente. mas com a acústica daqui, acho que um pouco de música não faria mal ao ambiente.” enfim voltando sua atenção para ele novamente, após aproximar-se em passos curtos à beira da entrada da sacada onde o outro se encontrava. dahye não gostava do silêncio. 
do terceiro andar da casa, estavam alto o suficiente para que as figuras que pintavam a área mal iluminada da piscina lhe parecessem indistinguíveis. pensava que nos próximos meses, embora fosse provável que tomasse conhecimento das feições ou dos sobrenomes de seus colegas, permaneceriam ainda tão irrelevantes e distantes para si quanto naquele momento. “é mesmo?” a declaração lhe despertou repentino interesse. o que não se poderia dizer da vista que havia se proposto a observar, logo movendo o corpo esguio até a escrivaninha onde inspecionou objetos e decorações com casualidade. não tinha escrúpulo algum em tocar no que lhe pertencia. também não costumava ser particularmente cuidadosa, ou respeitosa, e era apenas característico de sua personalidade petulante que afastasse as quinquilharias sob o topo da mesa sem muito esmero, ali mesmo tomando seu assento. “eu nunca viajei.” admite. não há tristeza nem decepção em sua voz, apenas singela naturalidade. “quer dizer, eu fui para busan algumas vezes quando era mais nova, mas não sei se conta.” a levantada de ombros ao fim da frase é discreta, diferente do olhar impregnado à figura do veterano. como se atingida subitamente pela sua fantasia de instinto selvagem, dahye cruzou e em seguida descruzou as pernas descobertas, sabendo que toda a movimentação seria observada pelo acompanhante. sorri, sem mostrar os dentes. e bebe o gole generoso que finalizaria cerveja que pairava ao seu lado, chegando a uma suposta conclusão que, na realidade, já sabia previamente. “ops. acho que isso era seu.”
Tumblr media
Era enorme a meticulosidade com que Dante preparava sua playlist para a festa, a dividia em sets que julgava coesos o suficiente para agradar todos: ia do pop ao hip hop, seu gênero favorito, a propósito. Assim, ouvir de Dahye que ela não exatamente estava curtindo o som lhe causou certa frustração. — Por que...? Achou as escolhas ruins? — Insistiu, perfeccionista, somente para descobrir o que então a desagradara. Como ela não sabia que era ele o responsável pela música, provavelmente seria sincera. E embora não pensasse ser a razão do desprazer pra menina, havia apenas um estilo qual excluía, chutando: — Não me diga que gosta de k-pop. Hallyu é a desgraça desse país. — Opinou em tom de indiferença e batucou os dedos inquietos no teclado do iMac, aguardando enquanto o iniciava. Colocaria algum lo-fi, talvez, só pro ambiente não ter aquele silêncio estático e, ao mesmo tempo, não atrapalhar a conversa deles. Enquanto isso, usufruindo da distração de Dahye com a vista, virou minimamente a cabeça para contemplar a silhueta alheia atrás de si. Ela tinha corpo de boneca, mas não se vestia delicada feito uma - o que pouco lhe incomodava, na verdade. Saias mexiam com a imaginação fértil de Dante Kim, que naquele instante fantasiava diversos cenários. Contudo, ajeitou a postura e digitou a senha do login tão ligeiro quanto ela se reaproximou. — Confia em mim, você não quer quebrar nada disso ai. — Alertou risonho, analisando melhor os ornamentos obviamente caros e feios. Dante nunca entenderia o motivo que levava pessoas ricas a comprarem tantas coisas patéticas, inúteis e exorbitantes. — Claro que vale, não é só o internacional que conta. Eu, por exemplo, prefiro visitar Jeju que a Califórnia. — Comentou acompanhado por um sorriso, recordando de uma viagem à região, e dessa compartilharia alguma informação se não tivesse perdido o foco. O veterano jurou enxergar a calcinha da caloura pela breve fenda durante seu cruzar de pernas. Ele checaria com o amigo de Direito, mas àquele ponto já categorizava tortura. — Ahhh, ai não, né? Vacilo. Logo agora que tava me dando sede de novo... damn. — Resmungou e penetrou seu olhar no dela, mudando de ideia sobre o lo-fi ao procurar uma música específica no Spotify. Legs, Eric Bellinger. E não pretendia mesmo ser sutil com aquela. Após selecionar o play, levantou espreguiçando os braços, precisava externar a tensão que acumulava. Relaxado, então, parou rente a Dahye como se quisesse confrontá-la. — É isso? Eu fico com a boca seca?
Tumblr media
12 notes · View notes
babysharkim · 4 years
Text
hyeisms‌:
         talvez uma das poucas coisas realmente capazes de atiçar o interesse de choi dahye fosse se ver no papel de objeto de desejo de alguém, e a jovem sabia, mesmo sob a interferência da música alta, das luzes piscantes e todas as conversas paralelas, que naquele momento, ela era esse alguém para dante. analisara o processamento de sua proposta em absoluto silêncio, expressando-se apenas pelos cantos de suas feições; assentindo, levantando as sobrancelhas, molhando os lábios, e enfim deixando uma gargalhada suave entrepassar ao escutar seu último comentário antes do outro começar a vasculhar em seus bolsos por sua identidade. o prolongamento, era apenas satisfatório; talvez se sentisse decepcionada, no fim das contas, caso seu flerte conveniente passasse mal aproveitado.“isso mesmo. eu não sou a colegial precoce invadindo sua festa. boo-hoo. aliviado ou decepcionado?” era uma pergunta a qual já sabia a resposta pela breve leitura que obteve de sua personalidade, e justamente por isso, não perderia a oportunidade de provocá-lo moralmente mais uma vez. dahye, acima de tudo, gostava de causar reações; talvez por se entendiar tão facilmente consigo mesma e com os outros preferia o excêntrico ou direto do que o meramente ameno, mesmo que por vezes tal abordagem causasse interpretações adversas. “não está incomodando. na verdade…” ela começou, cruzando os braços atrás das costas e aproximando a lateral do rosto do dele, murmurando, como quem dissesse um segredo. “eu adoraria que você me levasse pra um lugar mais afastado. tem algumas pessoas que vão me procurar em breve e eu não estou muito a fim, entende?” o semblante se amenizara, talvez intencionalmente mais inocente, mas o tom utilizado era evidentemente sugestivo. e mentia (logo quanto ele decidisse conhecê-la, se daria conta de que era algo que fazia com frequência). as garotas a quem supostamente fazia referência já haviam deixado subentendido que não pretendiam mais ficar por aquela área; ela só queria uma desculpa para ser levada para um local privado pelo veterano. conhecer, quem sabe, um cômodo ainda inexplorado daquela casa tão ampla. “ando enferrujada.” com o básico conhecimento de inglês que possuía, havia na verdade prolongado-se a dissecar as palavras ditas pelo outro, e ainda assim não sabia se havia captado corretamente. mas como era esperado que uma garota naquele ambiente possuísse um conhecimento ao menos mediano não estava prestes a deixar transparecer a própria ignorância no quesito. “mas vejo que esse não é o seu caso.”
Tumblr media
Dante Kim certamente não era - e tampouco gostaria de ser - o tipo de veterano obcecado que corria atrás de calouras. Ele não precisava pensar muito para chegar à conclusão de que tal comportamento era problemático. Apenas observava como de costume, a cada festa, os amigos iam incansavelmente atrás de garotas novas, igualmente corvos sobrevoavam carniças. E embora a comparação talvez fosse exagerada, parecia a representação mais próxima e apropriada, já que o enojava na mesma intensidade. Ele não se intrometia, mas todos sabiam de sua perspectiva acerca do ponto e, por isso, se alguém o visse aparentemente investindo numa caloura, seria motivo suficiente para piada durante as primeiras aulas. Mas Dante não chegara em Dahye apenas para, assim como seus amigos faziam, adicioná-la numa pontuação do ego universitário masculino. Aliás, o rapaz raramente ia para as comemorações com intenção de se relacionar - no fundo ainda não havia superado a última namorada, e o bloqueio sentimental despertava certa apatia, essa que contudo, por razões até óbvias, adormecera no instante em que deslumbrou Dahye. — Claro que decepcionado. Eu estava meio que esperando cortar sua onda... — Arriscou a brincadeira, tentando derrubar um pouco a barreira da vergonha, exceto que, logicamente, encontrava-se oposto à própria afirmação. A certeza de que poderia aproveitar a companhia dela sem grandes preocupações causava, de fato, um tremendo alívio. — Ah, entendo. No problem. Posso te arrumar um esconderijo. — Acatado, o pedido sussurrado tão próximo acalentou seus ouvidos. A voz de Dahye era tão estimulante quanto sua aparência. E, Deus, apenas então pôde sentir o quanto ela estava cheirosa, também. Por sorte, tinha acesso ao primeiro cômodo que imaginou, já que a casa era de um colega de classe. Num ato gentil, fez menção de apanhar a segunda garrafa que a ela não fazia falta, segurando duas por conta própria. Logo em seguida ofereceu o braço pra que pudesse guiá-la. — Não vai querer se perder, né? — Sorriu sagaz, pondo-se a caminhar. Haviam algumas boas escadas até o escritório no terceiro andar, mas era o ambiente mais reservado do qual poderiam desfrutar, afinal.  — ‘’Quando o gato sai, os ratos fazem a festa’’. Os pais do nosso anfitrião são diplomatas... e, por acaso ou não, estão viajando agora. — Explicou para Dahye ao chegarem, logo fechando a porta depois de entrarem. O silêncio àquela altura pairava, dando uma pausa no barulho ensurdecedor abaixo. — Cri, cri, cri. Você tava curtindo o som...? Porque posso ligar alguma coisa aqui, se quiser. — Dante questionou curioso ao abrir as cortinas que revelavam a vista da piscina pela sacada, iluminando melhor o espaço para que dispensassem lâmpadas. Se não queriam ser encontrados, talvez fosse preferível que não se fizessem presentes. — Então... o meu inglês só é bom porque minha mãe é estrangeira.  — Como queria conhecê-la, retomou o assunto que traria a brecha e largou a garrafa na mesa, sentando-se numa poltrona. — Cresci entre a Austrália e a Coreia, inevitável que aprendesse... e tal. — Apoiou o cotovelo no braço do assento e massageou o queixo, mirando Dahye discretamente.
Tumblr media
12 notes · View notes
babysharkim · 4 years
Text
hyeisms‌:
          estranhamente para alguém do nível de cinismo e absoluta apatia de choi dahye, o ingresso na faculdade após tantos meses de estudos desmotivados, perspectivas quebradas, bico atrás de bico e aluguéis atrasados sentia como um verdadeiro sonho. um sonho opulente e inebriante; como um mergulho de volta a sua vivência comendo pelas beiradas num colegial de elite. a jovem caloura de administração soubera desde o momento em que recebera o convite em um dos grupos de bate-papo destinados aos eventos de recepção que estaria lidando com pessoas, em sua maioria, provindas de realidades sociais bastante distintas da sua nos próximos semestres, e, contudo, em nada tal conclusão lhe desagradava, sequer lhe preocupava. havia, afinal, aprendido em sua adolescência exatamente como se misturar mesmo aonde não pertencia, como se relacionar com aqueles que não possuía nada em comum, e acima de tudo, sustentar uma superioridade tão terrivelmente convincente que ela e todos ao seu redor talvez pudessem começar a acreditar que era real. algo mais complexo do que uma fraude ambulante. se acostumara durante esse período de sua vida com o próprio ego inflado e o jeito pedante de uma maneira que o decadente emprego de garçonete ou o dia-a-dia pacato no seu quitinete modesto que veio após o fim do ensino médio logo pareceu tornar-se incoerente consigo e convenceu-se em seus devaneios de que merecia mais do aquilo. e para o infortúnio dos que seriam descartados na sua curta escalada para a euforia de uma vida hedonística e ociosa, dahye gostava dos caminhos simples.
com as tatuagens expostas e trajada monocromaticamente de preto, dando destaque ao vibrante tom de azul cintilante que encobria as pálpebras, dahye certamente não se adequava ao estereótipo do estudante de administração. e neste quesito, nem pretendia. a forma que destoava certamente não a impedira, no entanto, de rapidamente passar a atravessar os cômodos da luxuosa mansão engajando em conversas pouco profundas com as figuras, que perante rápida observação, julgasse interessante - e conforme igualmente rápido se entediasse, movesse para o próximo rosto desconhecido. muito mais do que fazer amizades, cuja essência sabia que não seria identificação de qualquer maneira, pretendia ser vista. havia pouco desde que chegara e conversara brevemente com algumas da garotas de seu curso sobre certas futilidades, bebericando goles de cerveja entre sentenças, mas quando o pequeno grupo decidira prestar uma visita ao banheiro, recusou acompanhá-las e não tardou entre seus momentos de solitude para ser abordada. os olhos felinos percorreram a figura masculina de cima a baixo, a ponta dos lábios se curvando em um sorriso que misturava uma aparente simpatia com a típica presunção, antes de soltar um idêntico cumprimento. “hey.” a garrafa encontra os lábios mais uma vez, entornando um rápido gole, sem quebrar a expressão. “hm. correto.” ela confirma, sem muitos rodeios. é capaz de captar certa timidez da parte dele, e no entanto, isso só a estimula a compenetrar-se mais. “dante kim. eu vou me lembrar disso… fiscal de festas. mas então, dante kim, eu poderia te apresentar minha identidade que está no meu bolso de trás, mas…” antes de completar a frase, ergue o braço que estava previamente relaxado. na outra mão levava a garrafa de uma das garotas que conversava anteriormente lhe pedira para guardar. “eu meio que estou de mãos cheias no momento. pra aliviar sua consciência, sinta-se livre pra fazer as honras, ou aceite essa bebida como minha modesta oferta de caloura para veterano.” a sobrancelha direita se ergue enlaçando o semblante sugestivo ao lançar a proposição.
Tumblr media
A certa distância anteriormente, o ambiente um tanto quanto escuro junto das luzes coloridas que rodopiavam acima atrapalhavam o foco na menina, mas naquele momento eles não mais interferiam. Frente a frente, Dante pôde reparar até nos detalhes de sua maquiagem bem feita - não que o rapaz fosse capaz de julgar o que nesse quesito era bom ou ruim, porém Ela certamente deve ter tido um trabalho demorado ali; e valeu a pena, porque beirava quase que o irresistível. Tentando discernir até onde a iluminação permitia, chegou a conclusão de que a sombra estava entre algum tom de azul, cor que lhe parecia, de modo, excêntrica. Apesar de que Ela provavelmente fosse só mais uma pra conta de garotas arrogantes, cheias de si dentre outras naquela universidade, para além das aparências, a atitude também - o conjunto da obra, assim pensou - era destoante. E apenas por toda curiosidade que o atraía, decidiu desconsiderar a fala petulante Dela. ‘’Fiscal de Festas.’’ Grandes eram as chances de que, durante o decorrer da festa, quando os veteranos começassem a ficar com seus ânimos mais elevados, a menina apreciasse essa mesma companhia responsável da qual por ora debochava. — Não, não... é só que burlar a lei, sabe, não é muito a minha praia. — Replicou e ergueu os ombros, olhando de relance pro lado, pra demonstrar como o vocativo fora indiferente pra ele. Exceto que essa postura descontraída não durou muito tempo. ‘’Mas’’, ‘’porém’’ e ‘’entretantos’’ costumavam sempre chamar sua atenção, a que logo tratou de devolver a Ela. — O que...? — Calou-se eventualmente ao vislumbrar a garrafa, ligando alguns pontos na cabeça, ainda assim esperando que Ela terminasse de se expressar, antes de assumir qualquer coisa. Uma sugestão imprópria daquele tipo, vindo de uma garota como Ela, definitivamente aguçou seus sentidos. Dante era somente um homem tímido, não frígido, como a rejeitaria? — Hum... eu também já tô safe aqui. — Levantou o braço, mostrando a bebida que carregava, e soltou um riso baixo. — Então... com todo respeito... — Guiou a mão até o bolso Dela, mantendo o resto do corpo numa distância tranquila, e apanhou a identidade. Precisou tatear um pouco, infelizmente, se prolongando, porque o compartimento não estava vazio. Podia apenas torcer pra que, afinal, constasse uma maioridade no documento alheio. Checou, como, ok, um verdadeiro segurança, fiscal de festa: — 13 de Novembro de 1999. O que significa que você tem 21 aninhos... Choi Dahye. — Arqueou a sobrancelha e a mirou depois de conferir as informações, guardando a identidade de volta ao lugar que pertencia. Como um mínimo ato requeria tanto auto controle? Sua vontade era brincar mais um pouco com a mão por ali, honestamente, ou em outras partes, não importava de fato. Conteve-se, contudo, não foi suficiente pra pelo menos disfarçar a intenção quando umedeceu os lábios com a língua. — Desculpa incomodar. I must be the most boring veteran you've met until now... fala inglês? — Sorriu de canto com as bochechas levemente ardentes, bebericando a cerveja pra não ficar com a mão sobrando tristonha depois da situação.
Tumblr media
12 notes · View notes
babysharkim · 4 years
Photo
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
the ‘’welcome 2020 freshmen’’ party look.
0 notes
babysharkim · 4 years
Text
Poucas épocas do ano entusiasmavam Dante tanto quanto o início dele, ou seja, do semestre letivo também, já que nessa linha do tempo estava inclusa a tradicional festa para integração dos calouros. Apesar de vez ou outra sentir-se velho demais pra ainda curtir essas coisas, quando estava lá entendia porque marcava presença e via como o sentimento era bobagem; todas aquelas crianças enérgicas sabiam como se divertir e animar aos outros de formas inimagináveis. Dante se questionava de onde tiravam tanta inspiração, mas então recordava de sua recepção: as ideias caíam na cabeça tão rápido quanto chuva no chão, e o cansaço não existia. A reminiscência sobre a própria experiência o cativava, assim como observar a primeira dos novatos. Além disso, Dante não poderia não participar nem se quisesse muito. Toda a responsabilidade de garantir boa música e barris de álcool pesava sobre suas costas, e sem duvidas que a última função preocupava mais a todo mundo, exceto... ele mesmo. Como gostava bastante de música e beber, as coisas tornavam-se fáceis, então considerava ter as melhores partes pra cuidar: montar uma longa e variada playlist virava simples passatempo; esvaziar as prateleiras do mercado era até engraçado (especialmente quando demorava horas no caixa), e sabia quais as certas a apanhar. Escolher o local e decorá-lo, montar a lista de convidados e cardápio, essas e outras coisas pareciam mil vezes piores e chatas. Haviam as drogas também, mas lidar com ilegalidade o deixava ansioso - ele preferia só usar quieto no próprio canto, não fornecer. Enfim, o dinheiro pra compra das bebidas era arrecadado entre parte dos veteranos - não ligaria de arcar com todo o prejuízo sozinho, mas fazê-lo com facilidade e sem reclamar seria, no mínimo, questionável. Dante também gostava de se certificar, pelo menos enquanto sua sobriedade durasse, que somente maiores ingerissem álcool, pra nada fugir muito do controle. Não era careta, mas preferia evitar problemas. 
E foi uma dessas ‘‘averiguações’‘, ainda no começo da festa, que fez certa menina prender e redobrar sua atenção. Dante conseguiu descobrir de alguns amigos que Ela era uma das calouras e chegara com o pessoal de Administração, e isso bastou para interessá-lo mais, porque julgando unicamente por seu estilo jamais a designaria o curso e tampouco apostaria que fosse maior de idade, reparando em suas feições de garota. Mesmo na duvida, hesitou e manteve-se distante por um tempo, apenas observando, até mesmo na esperança de que Ela notasse seu olhar e - talvez - o retribuísse. Dante também não era exatamente o cara mais desinibido pra flertes, mas sim discreto, como optava ser em outros aspectos da vida, não só com as mulheres. Aliás, não queria chegar Nela de abrupto sem confirmar que estava desacompanhada, como aparentemente não esperava por alguém e, dessa mesma forma, precisava saber sua idade. Esperou pelo momento certo em que suas amigas deram uma circulada, a deixando sozinha, pra então aproveitar a chance. — Hey. — Aproximou-se apenas o suficiente pra que Ela escutasse, torcendo em silêncio pra que sua aparência estivesse aceitável. Dante não necessariamente se esforçava muito nas roupas e no resto, costumava ouvir que era bonito mas tinha receio; enquanto Ela, que de longe já era atraente, de perto mais ficava. — Como você pode parecer tão popular, sendo que nunca te vi antes? Bixete, hum? — Riu entre alguns sorrisos ainda tímidos, ajeitando a jaqueta jeans. — Dante Kim. E, embora eu queira descobrir o seu nome, antes queria a idade... pra saber se essa garrafa pode continuar na sua mão. — Apontou-a, mirando também com os olhos, desviando-os brevemente para as coxas à mostra Dela por um mísero milissegundo. — Sem ofensas. É que nós aqui somos veteranos mais... conscientes. — Não era bem uma mentira, no entanto Dante sabia que, ao fim da noite (e Ela o testemunharia), só seguiria capaz de sustentar aquele argumento sobre si mesmo.
Tumblr media
12 notes · View notes
babysharkim · 4 years
Photo
Tumblr media Tumblr media
118 notes · View notes