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kaya
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baccarin · 6 months ago
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flashback
Suas palavras não eram apenas promessas, eram como encantamentos, cada sílaba ressoando em um lugar profundo dentro de si, onde medo e anseio se misturavam em algo primitivo até que Kaya desse fim no pequeno espaço que restava entre eles, seus lábios finalmente encontrando os dele e logo ganhando intensidade. O gosto quente e complexo, se somavam ao fator divino. Havia muito entre eles, e muito do qual ela não sabia o que era, quase como um reencontro. os olhos brilhando como se ela tivesse encontrado algo sagrado nele. "Mostre-me seu desejo." a feérica sussurrou como um desafio, ansiou, permitindo que a intensidade de seus próprios desejos transbordasse sem disfarces do que seus olhos queriam ver, queria tocar, sentir. sua voz saiu como um murmúrio carregado de calor, o som vibrando no pequeno espaço entre eles.
A noite caía no reflexo da janela, aparentemente, era a única coisa que lhe mostrava a existência de um mundo para além daquele, daquela sala. A lua os abençoava. O caos ao longe fazia o oposto. Seus dedos desceram pelo pescoço dele, como se ela pudesse sentir o pulso acelerado sob a pele. Seus lábios se aproximaram, pairando perigosamente perto dos dele permitindo que a tensão crescesse e que o desejo tomasse forma concreta. Então ela se afastou apenas o suficiente para capturar o olhar dele novamente, uma expressão de desafio e convite misturados. Se ajoelhou frente a ele, pressionando contra a curva de seu corpo e deixando que seus lábios roçassem em toda a superfície da pele, deixando o calor de sua presença, o cheiro de sua pele, e a promessa em seus gestos falassem o que as palavras não poderiam expressar.
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Flashback
Gabriel sentiu o ar ser puxado de seus pulmões enquanto cada gesto de Kaya, cada palavra, deslizava por ele como algo tangível, algo que tocava não apenas a carne, mas um pedaço de sua alma que ele tinha evitado confrontar por tanto tempo. A voz dela, baixa e envolvente, parecia abraçar o espaço entre eles em algo intocável, uma tensão carregada de expectativa. O toque dela não era apenas físico; era uma invasão silenciosa ao seu ser. Quando Kaya se aproximou novamente, deixando aquele espaço milimétrico entre eles, Gabriel percebeu o quão intensamente sentia o momento. O calor dela parecia irradiar através dele, um calor que ele reconhecia não como divino, mas como algo intrinsecamente terreno. A antecipação queimava sob sua pele, o fazia perceber o quão vivo — e preso no momento — ele estava. Sua respiração tornou-se pesada, carregada, enquanto a eletricidade entre eles fazia seus sentidos dispararem.
Quando os lábios dela pairaram tão próximos aos dele, quase tocando, mas sem nunca cruzar a linha, ele sentiu o mundo ao redor desaparecer. Ela o mantinha em suspense, mas não como uma manipulação, e sim como uma entrega. Era ela quem estava no controle, mas também era ela quem o convidava, sem pressioná-lo, a escolher. As palavras dela ecoaram dentro dele como um chamado. Gabriel fechou os olhos por um momento, tentando encontrar uma resposta em meio ao caos que sentia. Quando voltou a abri-los, sua expressão estava diferente. A hesitação de um anjo havia dado lugar ao desejo cru e humano que ele lutava para entender. Sua voz saiu baixa, rouca, quase um sussurro, mas carregada de uma intensidade que não deixava dúvidas "Me ajude a sentir isso... Não quero ser um anjo esta noite." Gabriel levantou a mão, desta vez por conta própria, deslizando os dedos pelo rosto dela, traçando a linha de sua mandíbula até seus lábios, onde parou por um instante. Era um gesto de descoberta, de reverência. Ele se aproximou mais, permitindo que suas barreiras caíssem junto com cada camada de sua identidade.
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baccarin · 6 months ago
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Kaya parou de limpar o balcão e ergueu os olhos distraidamente ouvir a voz do outro. Não precisou olhar para os cantores desafinados para saber exatamente do que ele estava falando, era impossível de ignorar, principalmente para alguém que gostava de cantar. "Ah, o espírito natalino." respondeu com a voz baixa. "Seja lá o que for isso, parece que inclui um ouvir um jingle bell desafinado até o final do expediente... É isso que torna tudo tão fascinante, a absoluta falta de noção." Ela arqueou as sobrancelhas, cruzando os braços com um sorriso enviesado. "Então, o que te trouxe aqui? Certamente não foi o amor pelo espírito natalino ou o belíssimo karaoke... mas temos drinks deliciosos"
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ㅤ𝐈𝐓'𝐒 𝐆𝐎𝐎𝐃 𝐓𝐎 𝐒𝐄𝐄 𝐌𝐄, 𝐈𝐒𝐍'𝐓 𝐈𝐓?
                           𝙲𝙻𝙾𝚂𝙴𝙳 𝚂𝚃𝙰𝚁𝚃𝙴𝚁
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Caim entra despercebido no Flor do Caribe, ele observa o bar com um sorriso torto. Para chegar do outro lado precisa passar por corpos humanos e não-humanos, se movendo com facilidade para desviar dos bêbados. A maioria das pessoas o ignora, incapazes de perceber a essência sombria que ele carrega, mas há algo no ar que parece mudar a medida que ele se aproxima do balcão. ━━ Vejo que o espírito natalino está em alta, ele comenta baixo para @baccarin, sua risada quase imperceptível, observando os cantores desafinados. ━━ Você acha que eles sabem que são ruins?
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baccarin · 6 months ago
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Kaya cruzou os braços enquanto analisava o outro com olhos semicerrados, como se tentasse decifrar cada camada de ironia e malícia mascarada por aquele sorriso tão calculado quanto as palavras que saíam de sua boca. "Você separa o lixo reciclável, é? também é amigo dos golfinhos? não vou mentir, está me surpreendendo muito... e positivamente." comentou com o tom carregado de sarcasmo, mas o sorriso nos lábios suavizou o peso das palavras, transformando a provocação em um jogo. "Devo presumir que salvar o planeta é só um dos seus muitos talentos altruístas?" perguntou dando um passo à frente, sabia o suficiente para entender que alguém que chega com boas intenções e se preocupa tanto em parecer inofensivo geralmente tinha algo a esconder, inclinou-se apenas o suficiente para que a provocação em seu tom fosse acompanhada por uma proximidade intencional. "você é mesmo um homem cheio de mistérios, não é? vejamos... antes de você chegar eu estava pensando na vida, nos últimos acontecimentos de Arcanum, nas mortes passadas, algo muito simples mas também interessante. Você interrompeu com esse papo e agora me vem a pergunta, vai valer a pena?"
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ROMULUS DEU DE OMBROS, mas ela não deixava de ter razão. por mais que ele não gostasse dos demônios, agia da mesma forma, usando as suas palavras para deixar as pessoas confusas. se surpreendeu quando ela não lhe deixou ali falando sozinho, e logo levantou as mãos como em um sinal de rendição. ❝ eu não estou preparando nada de ruim, só tenho coisas boas para compartilhar. e pode ter certeza de que sou um defensor do meio ambiente, até separo lixo reciclável na minha casa. ❞ ele falou com um sorriso no rosto, as suas palavras não eram realmente honestas, mas pelo menos não tinha qualquer intenção de poluir o espaço dela. ❝ não estou entendendo. eu vim aqui apenas com as melhores intenções e estou levando ofensas por todos os lados. ser um bom samaritano é uma tarefa mais difícil que eu imaginava. ❞ o pedido não era algo fácil de ser atendido, os interesses de rome não eram claros nem mesmo para ele, então kaya não podia tomar como uma ofensa. ❝ e qual é a graça em revelar todos os meus segredos? vamos trabalhar essa confiança aos poucos. o que você estava fazendo antes da minha chegada? ❞
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baccarin · 6 months ago
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Flashback
O pedido foi o suficiente para que a mulher continuasse, as mãos mapeando cada parte do corpo do arcanjo. Seus olhos, profundos como a noite, capturavam Gabriel a cada toque. "Apenas... sinta." Sua voz dançando em um murmúrio tão suave quanto o toque de seus dedos, agora descansando sobre a mão que segurava seu pulso. Devagar, retirou a peça que cobria seu próprio corpo, mas deixou que ele ditasse o ritmo de seu desejo. Ela não precisava pressioná-lo. Queria que o anjo cruzasse a barreira com as suas próprias pernas, queria ver até onde ele iria, até onde o desejo o levaria. Se aproximou novamente, fez menção de tocar-lhe a pele, mas não o tocou de imediato, deixando o espaço entre eles vibrar com a antecipação. Seus lábios pairavam perto dos dele, como se esperassem por uma permissão silenciosa, por um gesto que confirmasse o que ele já sabia, mesmo que ainda não quisesse admitir.
Kaya inclinou a cabeça levemente, seus cabelos caindo como um véu que parecia isolá-los do resto do mundo, do pecado que cometiam aquela noite enquanto o chão gotejava, e algo dentro dela também. Cada gesto, cada palavra era uma dança cuidadosa entre desejo e controle. Moveu o corpo por baixo do dele, compelindo um gemido próximo ao seu ouvido e o fazendo sentir sua respiração quente e irregular em seu pescoço. sabia o poder que tinha naquele momento, possuía como dadiva divina um magnetismo delicado de alguém que entendia profundamente o que o outro está sentindo, mesmo que ele próprio não entenda. "Me diga o que quer e eu o farei." ela sussurrou, o olhar queimando como brasa, mas o tom de sua voz era um convite, não uma imposição.
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O murmúrio contra seus lábios parecia vibrar em cada parte de Gabriel, dissolvendo qualquer resistência que ainda pudesse existir. O sussurro de Kaya não era apenas um pedido; era um comando irresistível, uma âncora que o mantinha ali, preso na intensidade daquele momento. Ele deveria parar. Ele sabia disso, em algum canto distante de sua mente. Mas a sensação de seus lábios, a urgência nos toques dela, o calor avassalador que emanava de cada gesto... Tudo isso o envolvia, como uma corrente que ele não sabia se queria ou podia quebrar. Quando o beijo se interrompeu por um momento, Gabriel tentou falar algo, mas o toque nos cabelos e o olhar de Kaya o silenciaram novamente. "Desejo?" pensou, sentindo a palavra ecoar em sua mente como uma acusação e uma promessa. Era isso? Desejo? Algo tão humano, tão terreno, tão distante de tudo o que ele deveria ser? Sua respiração estava pesada, sua mente um turbilhão de sentimentos que ele não conseguia nomear. Mas ele não recuou. Não conseguiu.
Quando Kaya se inclinou sobre ele, cada movimento dela parecia um teste de suas limitações, um convite e uma provocação. Gabriel sentiu o calor aumentar, uma sensação estranha, quase aterradora, mas profundamente hipnótica. O toque dos dedos dela deslizando por sua pele, desabotoando a camisa, fez um arrepio correr por todo o seu corpo. Ele queria falar, queria dizer algo que trouxesse algum senso de controle àquela situação, mas as palavras simplesmente não vinham. Sua mão encontrou o pulso dela, segurando-o por um instante enquanto seus olhos, intensos e cheios de uma confusão evidente, buscavam os dela. Ele queria pedir para parar, queria entender o que estava acontecendo consigo mesmo, mas ao invés disso, o que saiu foi um sussurro baixo e quase inaudível: "Não sei bem o que é isso... mas continue."
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baccarin · 6 months ago
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"Por favor.” a mulher suplicou, rindo, antes de assentir e se livrar das garrafas que estava tentando girar. “Eu tô cobrindo uma amiga, ela certamente é melhor do que eu nisso.” Ainda que ela não se considerasse uma pessoa desastrada, definitivamente, mas aquele talento em especifico não era dela. Repassou a cerveja, observando as expressões do humano se alternando para algo próximo da tristeza, e embora fosse algo esquisito para ela, fora devidamente ensinada a escutar e acolher no momento oportuno. "Oh, o Natal… Isso é algo bom, não é? as tradições são felizes, é uma memória pra se guardar. Eles estão muito longe?"
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Bruno abriu um sorriso divertido ao observar a bagunça que a outra mulher estava fazendo em sua tentativa de preparar um drink para ele. "Acho que vou escolher a opção menos perigosa no momento e simplesmente pedir uma cerveja", disse em tom calmo. Sua paciência era quase infinita, mas ele não queria que a outra acabasse por se machucar ou quebrar algo enquanto preparava as coisas. Com a pergunta dela, pensou em fingir que não havia nada de errado, mas... qual era o sentido em fazer isso? Seu sorriso se tornou um pouco triste. "É só essa coisa toda da temporada de natal... me faz sentir falta da minha família. Nós sempre comemorávamos o natal juntos."
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baccarin · 6 months ago
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A fala da outra lhe atingiu como um objeto familiar, um piano de cauda bem em cima da cabeça. A história da pequena era suficientemente similar a sua, e portanto ela engoliu seco. deixou com que a outra brincasse com os seus dedos sem recuar a mão, ainda que não entendesse bem o que aquilo significava, tão rápido voltou seus olhos para a decoração ao assentir as palavras. "É mesmo difícil acreditar que há amor no mundo, pessoas boas, isso tudo parece…” ela mesma se interrompeu, se dando conta de que a criança continuava ali a escuta. “As decorações estão lindas, sim. Acho que tem alguma barraquinha vendendo um chocolate quente delicioso também, essas são as vezes que dá pra ter fé na humanidade, até mesmo aqui em arcanum onde as coisas ficam cada vez mais estranhas.”
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Maggie observou com um sorriso terno enquanto Rose, a menininha que carregava, cutucava uma das unhas pontiagudas da outra antes que ela pudesse recolher a mão. Depois de inspecionar as unhas alheias, Rose voltou a se aconchegar perto de seu peito, ainda a observar a mulher. "Infelizmente, ela já teve essa lição. Cedo demais, e com aqueles que deveriam tê-la protegido. Por causa disso, acredito que agora ela tem que descobrir que também há amor no mundo, e que nem todos serão como o que ela conheceu primeiro." Odiava se lembrar de como Rose havia chegado ao orfanato, magra e com marcas que criança alguma deveria carregar. Por fim, ela mesma ofereceu um sorriso à mulher. "As decorações de Natal ficaram lindas esse ano, não acha?"
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baccarin · 6 months ago
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Kaya suspirou com tamanho convencimento. ❝ me ajudando, é claro… conheço demônios do seu tipo, implantando duvidas e informações sem nunca dizer algo completo. ❞ com ela ele não iria brincar assim, pôs em sua cabeça, mas o deixou ficar talvez para ver até onde ele iria. A curiosidade falava mais alto do que a vontade de afugentar quem mexia com seus sentidos. “Se quer mesmo ajudar por que não me conta o que você e os outros diabinhos andam preparando para a destruição mundial? E que tal se deixarem o mar fora dessa?” sua paciência era notavelmente curta com quem desconfiava, e a frase dele lhe deixara ainda mais em alerta. ❝ É seu apelido carinhoso, como aquele bichinho que escava a terra e deixa buracos, esperando encontrar alguma coisa mas no final só faz uma grande bagunça. ❞ lhe devolveu o olhar com um sorriso mais singelo dessa vez, a explicação lhe causou estranheza, não por saber que era observada mas por quem e por quais motivos. ❝ Otimo, usufruiremos da companhia um do outro nessa tarde, contanto que seja mais claro nos seus interesses. ❞
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ROME PODIA FORNECER UMA LISTA de coisas que ele não suportava, mas a sua questão com kaya era que ele apenas se divertia vendo ela confusa. não se importava em espalhar um pouco de caos com as suas ações, então não podiam dizer que era algo pessoal. o comentário daquele dia tinha sido feito de forma leviana, mas a reação da sereia foi suficiente para ele desistir de seguir com o seu caminho e gastar mais alguns minutos ali. ❝ muito pelo contrário, eu estou te ajudando. às vezes, você precisa de uma visão mais realista do mundo. aceito agradecimentos quando você reconhecer a minha importância. ❞ claro que as suas palavras não tinham nenhum valor, romulus não costumava oferecer ajuda quando ele não tinha nada para receber em troca. seus dias de bondade haviam começado e conhecido um fim há muitos anos atrás. ❝ diabo da tasmânia? já ouvi bastante coisa, mas essa é a primeira. ❞ rome virou o rosto na sua direção, o cambion não deixava de se questionar se aquela confusão era apenas uma encenação. uma estratégia que podia ser inteligente ou estúpida, dependendo da execução. se ela estivesse enganando os outros, precisava lhe dar os parabéns. ❝ lhe vi perdida nos seus próprios pensamentos e pensei que poderia usar uma companhia. ❞
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baccarin · 7 months ago
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"Bubo... que?" tentou entender mas desistiu logo em seguida, a felicidade da outra frente ao pagamento já lhe parecia o suficiente, e então foi para Kaya também. Aparentemente o acontecido havia aberto o apetite de pelo menos uma delas. "Trinta e cinco é quase imortalidade, se quer saber, tem mais da metade da vida pela frente, espero que aproveite mais do que eu." a quem ela queria enganar? havia aproveitado, e muito, talvez bem mais do que deveria, e aquele alias era o motivo dos problemas. Toda a confusão que lhe acarretou graças a isso. Ainda assim a vida da mulher a sua frente parecia um pouquinho mais ordenada. "Sem garantias em arcanum, e eles juram que está tudo sob controle, dá pra acreditar? principalmente depois do baile, das mortes, fiquei com medo de caçarem minhas escamas novamente."
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"Desculpa baby. Uma criança conseguiu derrubar minha bubotúberas e eu tive uma pequena conversinha com a mãe dela... Podemos dizer que perdi uma cliente, mas ela deixou todo o pagamento que poderia fazer na vida" a alegria no rosto de Evelyn já deixava bem claro que a conversa não tinha sido nada agradável para a Karen e seu pequeno filhote atentado. Ela aproveitou e já foi chamando o garçom pedindo um bolo e um cappuccino antes de voltar a atenção dela "Você é imortal, eu só tenho meus jovens trinta e cinco. Quem sabe daqui a uns cem anos eu seja uma senhora mais calma e não precise correr. Isso se eu não morrer nesse meio tempo, coisa que não pretendo..." ela parou um momento refletindo o que tinha dito antes de dar de ombros e apoiar as costas na cadeira "Se bem que do jeito que essa cidade está não temos garantia é nenhuma né? Caos"
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baccarin · 7 months ago
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❛However you feel now, it’s only gonna get so very, very much worse… questions?❜ with @gzsoline
"Vem cá... você meio que me odeia?" bufou, pois o outro aparentemente decidira lhe jogar a informação de que tudo ficaria pior em um dia de sol, em meio as areias da praia. "Essa não é uma pergunta, ainda." era retorica, visto que na mente da sereia a resposta era obvia. Remexeu as pernas, chutando a areia para longe e mordendo o interior das bochechas enquanto via as ondas se quebrarem. Tentada. Porem a conversa estranhamente havia lhe prendido ali. "Pra começar, o que te fez vir aqui e me dizer isso? sabe de alguma coisa que eu não sei querido diabo da tasmânia?" Estava assim tão obvio que ela não estava bem e se encontrava mais perdida do que nunca? Nos últimos dias boa parte dos habitantes daquela cidadezinha resolveram lhe parar e jogar disparidades contra ela, grosserias que sequer sabia da onde vinham, flertes com mais sentimentos que o normal, criaturas que nunca vira na vida lhe parando para contar sobre seu dia. Mais estranho do que o habitual.
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baccarin · 7 months ago
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Gabriel seguia atrás dela, os passos leves e ritmados contrastando com a firmeza que exalava. A mão dela na sua parecia uma âncora, um toque simples, mas carregado de uma sensação que ele não sabia nomear. Ao cruzarem a porta do apartamento, o ambiente mudou. Era um espaço pequeno, mas acolhedor, com um cheiro suave. Gabriel hesitou ao entrar, sentindo um pequeno lapso em seu encantamento. Uma voz interior gritava para que ele mantivesse a distância, que observasse com cautela. Mas logo o feitiço abafou essas dúvidas, e ele permaneceu. A pergunta dela o fez erguer os olhos, mas não respondeu imediatamente. Os dedos dela roçando sua face deixaram uma trilha quente, um toque que ele não deveria sentir, mas que parecia queimar em sua pele como uma marca. Ele tentou formular uma resposta, mas sua mente parecia enredada, dividida entre a voz que dizia para ir embora e o instinto incontrolável de permanecer ao lado dela. "Sou Gabriel," respondeu finalmente, a voz grave, mas baixa, quase como se fosse um segredo.
Quando ela se afastou para tirar os sapatos e foi em direção à cozinha, ele permaneceu onde estava, observando. O apartamento estava tranquilo, mas o silêncio não trazia a serenidade habitual que ele associava a lugares assim. Havia algo carregado no ar, algo que o fazia sentir a gravidade das coisas de uma forma que ele raramente experimentava. Quando ela voltou, aproximando-se do sofá com o saco de gelo, Gabriel deu um passo à frente, parando próximo a ela. O calor do corpo dela parecia intensificado, ainda mais quando o gelo em sua mão contrastava com o toque. Ele deveria perguntar sobre os ferimentos, oferecer ajuda, mas não conseguiu desviar o olhar quando ela se livrou das roupas. Foi nesse momento que algo estranho o percorreu. Não era apenas surpresa ou desconforto. Era algo mais profundo, uma sensação visceral que ele reconhecia de seus anos vivendo entre humanos, mas que nunca havia sentido tão intensamente. Seu corpo reagia antes de sua mente compreender, e ele virou o rosto por um breve momento, como se tentasse recobrar o controle.
"Eu não deveria estar aqui," ele murmurou para si mesmo, mas a voz saiu quase audível. Quando ela falou novamente, mencionando o bar e o caos, Gabriel ergueu o olhar mais uma vez. A camisa que agora cobria seu corpo fazia pouco para esconder a presença dela, e ele sentiu uma pontada de algo entre fascínio e culpa. "Você não deveria se desculpar," disse finalmente, a voz ainda carregada de gravidade. "Foi... algo além do seu controle. E mesmo que não fosse, estou aqui agora." Ele se aproximou, tomando o gelo de suas mãos com um movimento que era quase mecânico, mas seus dedos tocaram os dela por mais tempo do que o necessário. Um eco da sensação que o encantamento amplificava. Gabriel percebeu que o silêncio agora era pesado, carregado de algo que ele não conseguia definir, mas que o atraía e assustava ao mesmo tempo. "Você está bem?" perguntou, finalmente rompendo o silêncio, mas sua voz parecia um pouco distante, como se ele não estivesse falando apenas para ela, mas também para si mesmo.
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baccarin · 7 months ago
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Era o que precisava ouvir para continuar, ignorando qualquer tipo de ruído exterior que não fosse o bom e sonoro "eu fico." O fato do ser que antes, ao longe, parecera tão indiferente e impassível estar agora derretendo em suas mãos lhe colocava em um estado que ela não conseguia decifrar. Logo ela, que sempre fora tão boa em decifrar mentes, principalmente masculinas, mas não naquele caso. "Fica" sussurrou contra os lábios do anjo antes do beijo se intensificar novamente. Apesar do trauma que cercara aquela noite, kaya sorriu com o canto dos lábios. Não sabia o tamanho do pecado que o outro estaria cometendo por ficar aquela noite, por ficar com ela. Mas por um momento se sentiu egoísta por não querer saber, mas nem mesmo o estalido do gelo no chão interrompeu sua barreira de pensamentos. Queria vê-lo por inteiro, tê-lo por inteiro. ante a sensação de que o outro despertaria do feitiço a qualquer momento e a sacrificaria angelicalmente, ou pior, que sairia correndo para nunca mais.
As línguas ainda se tocavam quando houve a quebra. Cedo demais, ela temeu. Seu peito palpitava pela ânsia e o calor, mas quando ouviu a pergunta tratou de apaziguá-lo. "Shhh..." tarde demais, ela precisava daquilo. mordiscou o lábio cruzando seu olhar ao dele por um instante, enquanto uma de suas mãos enroscava-se nos cabelos dele, afagando-os e puxando-os gentilmente para si, com necessidade. "Você só está desejando..." disse em voz baixa, ainda naquela posição. e isso é normal, completou mentalmente. Vivia do desejo, nascida como uma benção e uma maldição, mas talvez não fosse para ele. Seus joelhos se dobraram e seu corpo se aproximou até que ela se inclinasse em seu colo, deixando que os lábios roçassem mais uma vez. Queria pedi-lo para não lutar contra, mas sequer tinha forças para isso. com os olhos presos em Gabriel, sentia que estava o reconhecendo através de cada toque. Tateou até reconhecer o encaixe da outra boca na sua ao ponto de se arrepiar até perder o fôlego, usando as mãos para alisar com os dedos finos a linha do abdômen alheio, lhe desabotoando a camisa de cima até em baixo. Esperando ouvir um "pare" ou qualquer coisa que lhe impedisse de continuar, a tensão da espera pairando no ar, fazendo com que o proprio peito subisse e descesse em busca de ar.
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O nome dela ecoou na mente de Gabriel como um sussurro gravado na eternidade. Havia algo de magnético naquele som, algo que parecia envolver seu próprio ser, apertando as amarras do encantamento ao redor de sua consciência. Ele não sabia se era pelo poder do nome, pela forma como ela o dissera ou pela intensidade daquele instante, mas, ao ouvir o pedido para que ficasse, não encontrou força para recusar. "Eu fico," respondeu, a voz baixa, quase rouca, carregada de algo que ele não sabia nomear. Não podia negar, não queria negar. A noite, afinal, parecia feita para ele perder o controle que tanto prezava. "Eu não me machuco... assim," ele respondeu baixo, a voz rouca, quase distante, mas com uma honestidade crua. Não sabia se era verdade para tudo ou apenas para aquele momento. Sentiu as mãos dela no seu rosto novamente, o toque cuidadoso, quase reverente, e sua mente sussurrou uma nova dúvida: É ela que está no controle, ou sou eu que escolhi ficar?
O beijo aconteceu como um toque de fogo. Gabriel não sabia dizer se era o calor dela ou o próprio encantamento que o fazia arder por dentro, mas, naquele instante, tudo nele gritou para recuar, e ao mesmo tempo, para se entregar. Seu corpo, que tantas vezes fora um templo de disciplina e contenção, agiu sozinho, inclinando-se para corresponder com intensidade. Os dedos que seguravam o gelo agora pendiam frouxos ao lado do sofá, esquecidos, enquanto suas mãos subiam por instinto para a cintura dela, hesitando antes de pousar ali. Por dentro, sua mente era um caos absoluto. Isso é errado. Você não deveria sentir isso. As palavras eram ecos de um passado rígido, de deveres e proibições. Mas a voz dela, o calor do toque, o sabor do beijo – tudo era uma melodia hipnotizante que abafava as regras que ele conhecera por eras. Será que isso é o que os humanos sentem? Essa... necessidade? Essa vontade de se perder em outro?
Por um breve instante, seus lábios se separaram dos dela, o suficiente para que ele pudesse respirar, ou tentar. Sua testa encostou-se à dela, e seus olhos buscaram os dela com uma intensidade que parecia escavar até sua essência. Era como se ele estivesse tentando entender, buscando respostas que ela provavelmente não podia lhe dar. O gelo, agora esquecido, escorregou de sua mão e caiu no chão com um som abafado. Ele não se moveu, apenas continuou olhando para ela, os olhos capturando cada detalhe de suas feições. Era impossível desviar o olhar, como se, de alguma forma, ela fosse um fragmento de uma resposta que ele procurava há séculos. "O que está acontecendo comigo?" foi tudo o que conseguiu dizer, a pergunta escapando de seus lábios quase como um segredo, enquanto sua mão subia lentamente para tocar a face dela, com cuidado, como se ela fosse feita de algo extremamente frágil. No fundo, a resposta nao era bem o que ele precisava ou desejava.
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baccarin · 7 months ago
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❝something’s changed about the beating of your heart.❞ with @armecdertristen
"The beating of my heart? what do you mean?" riu baixo e descrente, se era assim que o outro queria lhe assustar não estava conseguindo. Pensou até mesmo em fazer a boa e velha brincadeirinha "what heart?" mas temeu que aquilo se desenrolasse em uma extensa conversa sobre sentimentos da qual não estava interessada. "Se for uma alfinetada eu aviso que deveria se preocupar mais com o seu, ou com o da próxima vitima que for estraçalhar." Não que aquilo fosse algum tipo de lição de moral, já que seu histórico não colaborava para que fizesse isso, era só uma pedra colocada no sapato do outro, afinal a rixa entre o clã vermillion e a corte de conchas era mais velha do que a própria existência, mas bem cravada no canto de sua mente.
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baccarin · 7 months ago
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Se lembrava de cada uma das ameaças coléricas que escutara minutos atrás como se ainda estivessem ecoando em sua mente, ainda que a proximidade com o outro ajudasse a calar os ruídos. Talvez fosse um poder divino ou algo assim. "Prazer, Gabriel." sentiu o peito vacilar contra a pele, aquele era o momento onde ela começara a se perguntar se também haveria de dizer seu nome, o real. Se enrijeceu com o pequeno vislumbre do que anjos poderiam fazer com ela, e temeu que sua falta de medo naquele contexto fosse um lapso de insanidade, mas queria mais. Queria toca-lo mais do que já estava tocando, queria ouvi-lo, queria senti-lo, como uma força que a carregava de volta para a correnteza. "Kaya." hesitou em falar, pensou em mentir, realmente pensou em falar qualquer coisa que não fosse a verdade, mas seu nome saiu de sua boca antes que ela se concentrasse em omiti-lo. Assim se sentou perto da mesa de centro quando sentiu seus olhos se encontrarem mais de perto.
"Fica... ao menos essa noite, já está tarde." pediu com a voz cautelosa, mas suave, podia apostar que o suspiro que saía de sua boca atingira sua pele pela forma que se retesara. Sabia que ele queria ficar. Aprendera desde cedo a ler e analisar comportamentos alheios para usar com o seu bel prazer, era o que fazia, ainda que sua leitura estivesse turva naquele momento. Era o feitiço ou o desejo partia dele? até onde poderia manipular os sentidos de um anjo? até onde seu conhecimento alcançava era uma dosagem mínima, mas os olhares do outro lhe diziam o contrário. Se percebera alheia a si mesma quando fora atingida com a próxima frase, que a fez soltar um risinho abafado pelo nariz. Era culpa dela, ainda que não em totalidade, ainda que tivesse saído do controle, fora ela quem decidira começar. "É com aquilo que eu pago isso aqui." apontou para o lugar, os dedos girando apontando para o cereal em cima da pia, a garrafa de suco de laranja na mesa de centro, o café ruminando na cafeteira.
Então ele iria mesmo ficar? eram o que suas palavras denotavam quando ela foi tirada do fluxo de pensamentos pelo toque em sua pele. "Estou bem." Doía, é claro, seu corpo clamava por cuidados, mas a feérica ignorou aquilo ainda com o dorso estremecido, não tentara fugir do toque, ao contrário, queria sentir mais, rumou suas mãos para segura-lo no rosto e faze-lo erguer seus olhos na direção dela mais uma vez, o caminho da barba até a bochecha, dedilhando ali com calma. "Você não se machucou?" perguntou face a face. As íris analisando cada parte da figura, com a calma de quem tinha todo o tempo do mundo, ainda que tivessem apenas uma noite. Queria beija-lo. Pensou em quanto queria quando seu corpo se retesou para frente e suas mãos ficaram trêmulas pelo calor, apesar do gelo. Sabia que ele se esqueceria de tudo na manhã seguinte, se fosse de fato o encantamento, o que era um tanto surpreendente para os seus saberes, Kaya não seria sequer uma memória no fundo de sua mente quando ele acordasse. Com a constatação, e não vendo motivos para não aproveitar, ela o beijou.
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Gabriel seguia atrás dela, os passos leves e ritmados contrastando com a firmeza que exalava. A mão dela na sua parecia uma âncora, um toque simples, mas carregado de uma sensação que ele não sabia nomear. Ao cruzarem a porta do apartamento, o ambiente mudou. Era um espaço pequeno, mas acolhedor, com um cheiro suave. Gabriel hesitou ao entrar, sentindo um pequeno lapso em seu encantamento. Uma voz interior gritava para que ele mantivesse a distância, que observasse com cautela. Mas logo o feitiço abafou essas dúvidas, e ele permaneceu. A pergunta dela o fez erguer os olhos, mas não respondeu imediatamente. Os dedos dela roçando sua face deixaram uma trilha quente, um toque que ele não deveria sentir, mas que parecia queimar em sua pele como uma marca. Ele tentou formular uma resposta, mas sua mente parecia enredada, dividida entre a voz que dizia para ir embora e o instinto incontrolável de permanecer ao lado dela. "Sou Gabriel," respondeu finalmente, a voz grave, mas baixa, quase como se fosse um segredo.
Quando ela se afastou para tirar os sapatos e foi em direção à cozinha, ele permaneceu onde estava, observando. O apartamento estava tranquilo, mas o silêncio não trazia a serenidade habitual que ele associava a lugares assim. Havia algo carregado no ar, algo que o fazia sentir a gravidade das coisas de uma forma que ele raramente experimentava. Quando ela voltou, aproximando-se do sofá com o saco de gelo, Gabriel deu um passo à frente, parando próximo a ela. O calor do corpo dela parecia intensificado, ainda mais quando o gelo em sua mão contrastava com o toque. Ele deveria perguntar sobre os ferimentos, oferecer ajuda, mas não conseguiu desviar o olhar quando ela se livrou das roupas. Foi nesse momento que algo estranho o percorreu. Não era apenas surpresa ou desconforto. Era algo mais profundo, uma sensação visceral que ele reconhecia de seus anos vivendo entre humanos, mas que nunca havia sentido tão intensamente. Seu corpo reagia antes de sua mente compreender, e ele virou o rosto por um breve momento, como se tentasse recobrar o controle.
"Eu não deveria estar aqui," ele murmurou para si mesmo, mas a voz saiu quase audível. Quando ela falou novamente, mencionando o bar e o caos, Gabriel ergueu o olhar mais uma vez. A camisa que agora cobria seu corpo fazia pouco para esconder a presença dela, e ele sentiu uma pontada de algo entre fascínio e culpa. "Você não deveria se desculpar," disse finalmente, a voz ainda carregada de gravidade. "Foi... algo além do seu controle. E mesmo que não fosse, estou aqui agora." Ele se aproximou, tomando o gelo de suas mãos com um movimento que era quase mecânico, mas seus dedos tocaram os dela por mais tempo do que o necessário. Um eco da sensação que o encantamento amplificava. Gabriel percebeu que o silêncio agora era pesado, carregado de algo que ele não conseguia definir, mas que o atraía e assustava ao mesmo tempo. "Você está bem?" perguntou, finalmente rompendo o silêncio, mas sua voz parecia um pouco distante, como se ele não estivesse falando apenas para ela, mas também para si mesmo.
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baccarin · 7 months ago
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FLASHBACK
Pegou sua mão, cruzando a rua enquanto traçava o caminho ate seu apartamento, que não ficava distante dali. O silencio se manteve durante o trajeto, ainda que sentisse os cacos de vidro da garrafa perfurando a pele de seu pé por dentro dos sapatos, e os hematomas arroxeados graças a delicadeza em que garçom a jogou pra fora, não gemeu. Não queria chamar a atenção para si, ao menos não até que chegasse em casa. Implantando a anotação mental de que naquele bar não era seguro mais voltar, pairou em frente a porta de madeira da sala se certificando de que tudo ainda estava no lugar, como ela havia deixado. Seu interior hesitou ao entrar mas notou que o anjo não parecia mostrar perturbação nenhuma além da normal, encantadora.
"Quem é você?" perguntou ao se aproximar, fechando a porta atrás dela. Os dedos magros dançando na superfície da face alheia, a curiosidade mantida na ponta da língua. Sentiu o corpo se arrepiar e mais do que depressa se livrou dos sapatos que a moíam chutando-os para longe. A diferença na altura ficara ainda mais evidente agora, mas ela não perdeu a confiança, como um presente lhe dado pelos deuses. "Ou o que é você." Um vinco se formou em suas sobrancelhas, sabia que era um anjo, pelo faro a sua frente, quase inebriante aos sentidos, mas havia algo diferente nele. E se era um anjo o que exatamente fazia ali, em sua presença. Desconfiada e dolorida ela rumou até o sofá, não sem antes passar na cozinha para buscar um saco de gelo e então voltou, ao que seus passos se cessaram quando ele a alcançou próximo ao sofá.
Pensou em perguntar se queria algo mas as vezes se questionava se ele era mesmo capaz de falar, ou se a voz que a arrepiara saíra apenas de sua cabeça. Kaya tentava, mas os olhos não saiam do outro, talvez por isso ousara tocar mais uma vez os seus cabelos quando o choque térmico a perseguiu, divino demais, de súbito decidiu que não queria passar aquela noite sozinha. "você parece perdido essa noite, que bom que eu te encontrei... pode me ajudar com isso?" apontou para o gelo, enquanto se livrava das roupas que ainda lhe restavam deixando as peças intimas a mostra pelo pouco tempo que lhe mereciam, ou até se enrolar na camisa mais próxima que encontrara. Nudez nunca lhe fora um problema, e cogitara que para um anjo também não haveria de ser. "aquilo no bar foi... caótico. peço desculpas, não deve estar acostumado com um show como aquele. Eu também não estava, para ser sincera, bem... médio."
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FLASHBACK
A música ainda parecia envolvê-lo, mesmo depois de ter cessado. Cada nota ecoava como se estivesse presa em algum recanto esquecido de sua mente. Gabriel se sentia estranho, como se estivesse fora de si, mas completamente ciente ao mesmo tempo. Era uma dualidade desconcertante. O tumulto no bar continuava a crescer; gritos, vidro quebrando, cadeiras virando, enquanto ele permanecia parado, observando a mulher à sua frente. Ela era uma mistura de determinação e urgência, os olhos faiscando com algo que ele não conseguia nomear, mas que o puxava como um ímã. O cheiro de álcool, suor e medo impregnava o ar, misturando-se com um leve toque doce que ele agora percebia como vindo dela. Não era humano — ele sabia disso. Aquilo deveria colocá-lo em alerta, mas tudo o que sentia era um desejo irracional de protegê-la. Um pensamento passou por sua mente: isso não é normal. Mas a ideia foi engolida por algo que parecia amarrá-lo. Quando ela o puxou para fora do caos e o arrastou até a saída dos fundos, ele a seguiu sem questionar. Cada som do bar ficava mais distante, abafado pela porta pesada que se fechou atrás deles. Gabriel estava perto demais, conseguia ouvir a respiração rápida dela e sentir sua própria calma incomum.
A preocupação na voz dela era clara, e isso mexeu com algo dentro dele. Por milênios, Gabriel havia sido uma presença serena e resoluta, uma rocha em meio à tempestade. Mas ali, com aquela mulher à sua frente e o caos tão perto, algo em sua antiga natureza parecia diferente, quase... humano. Era como se estivesse sentindo mais do que deveria, como se o som da voz dela tivesse perfurado algo dentro dele que ele não sabia que existia. Quando ela perguntou se ele a acompanharia a resposta veio sem qualquer hesitação, mais um reflexo do que uma escolha consciente. "Sim." A palavra soou grave e definitiva, mas por dentro ele estava em conflito. Ele deveria perguntar quem ela era ou por que estava ali? Ou por que se sentia como se cada fibra de seu ser estivesse presa a ela por algum feitiço que ele não podia ver? Mas, ao mesmo tempo, nenhuma dessas perguntas parecia importar.
Ele deu um passo à frente, posicionando-se instintivamente de modo a bloquear qualquer perigo que pudesse vir. A escuridão do beco não parecia esconder ameaça alguma, mas ele sabia que as aparências eram enganosas, especialmente em Arcanum. "Mostre o caminho." Sua voz saiu firme, mas havia algo a mais — uma promessa silenciosa, uma determinação de protegê-la, seja qual fosse o motivo. Mesmo que ainda não entendesse se isso vinha de sua vontade ou do encanto que ela parecia exalar.
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baccarin · 7 months ago
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"I hope I didn't keep you waiting very long, did I?" with @wantsallfab
"Um pouco, mas eu me entretenho bem sozinha." sorriu, acenando pra a mesa ao lado para quem andara gastando seus minutos ao testar um transe ou outro. Batucou os dedos enquanto esperava que ela se sentasse, finalizando mais um copo de café dos incontáveis que tomara ao que esperava a outra. "Essa corrida contra o tempo me diverte, sabia? nós vamos sempre perder e no caso de imortais temos uma bela vantagem então pra que correr? Eu não considero desperdício quando tem um bom café a disposição, mas vê se não abusa."
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baccarin · 7 months ago
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❝that could have gone better.❞ with @demontainted
"O que? Isso? Eu sei, eu sou péssima nisso." Disse depois de se arriscar como bartender para cobrir a outra funcionaria da tarde. Por pouco não quebrou um copo enquanto batia o álcool com as frutas, e com os canapês poderia ser ainda pior. "Eu mantenho esse emprego pelo carisma, e claro, clientes adoráveis como você. Tenho certeza que vai deixar uma avaliação positiva sobre mim, certo?" piscou os olhos de bambi. "mas numa coisa eu sou boa, sou uma ótima ouvinte, é quase o meu trabalho principal já que de resto... quer me contar o que lhe trouxe aqui hoje?"
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baccarin · 7 months ago
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FLASHBACK
Não era a primeira vez que frequentava o muquifo que fora carinhosamente apelidado de bar-barra-karaokê de esquina, era de lá que kaya costumava tirar a maior quantidade de trocados. Uma musica ou duas, míseros copos e simples sussurros no pé do ouvido lhe garantiam o sustento de um mês, e seu mal sempre fora optar pelo caminho fácil. Entretanto, aquela era a primeira vez depois das experiências desastrosas que vivenciara meses antes onde parte do lugar pegara fogo, simbólica e literalmente, o que originou uma considerável caça as feéricas. Ainda assim as mãos nada tremulas circulavam o apoio ao microfone enquanto esperava a sua vez. Saíra viva, afinal, e não era pecado se aproveitar da boa vontade alheia quando essa vinha carregada de más intenções.
Ergueu as mangas do vestido preto, somente iluminado pelo holofote que ainda pairava longe dela, curto o suficiente para mostra-los as coxas, e mordiscou mais um petisco, em um eterno jogo de por e tirar o anzol da boca de humanos. O cheiro doce e misturado denotava que haviam outras criaturas ali aquela noite, quantas ao certo não lhe era importante, contanto que não atrapalhassem seu show. Seria rápido. Pousou seus pés em cima do palco e deixou que a luz lhe atingisse em cheio quando ouviu seu nome ser chamado, não o verdadeiro, mas o nome escolhido para a noite, que não se repetiria em todas as outras. As íris verdes localizaram cada olhar e ela iniciou o encantamento, o sussurro melodico continha um trato final, mas se tudo desse certo nenhuma catastrofe aconteceria naquela noite.
Foi o tempo de cantar e ouvir alguns acordes quando os gritos começaram ao longe "é ela!". Um único grito deu inicio a um efeito manada. Ainda ali pôde observar um homem subindo em cima da mesa e escalando as cadeiras para alcança-la. Os olhos embebedados de luxúria e ódio enquanto se estapeavam uns aos outros ao som de copos e garrafas se quebrando no chão. Tinha poder, mas pouco ou nenhum controle sobre ele, e só percebia quando saíam de controle. O garçom ouriçado lhe empurrou para fora do palco enquanto grudava as garras em seus braços descobertos. No meio da confusão seu olfato a testou ao cruzar os olhos com @archbriel. "anjo." ela sussurrou antes de puxa-lo junto com ela. Pelo tamanho decidira acreditar que ele quisera ir, e agora estariam os dois sendo afugentados caso suas pernas não tivessem sido mais rápidas para esconde-la na parte de trás da saída do bar. "vão nos ver quando saírem." um fundo de preocupação brotando em sua voz, as memórias de toda a dor que os homens já tinham lhe causado gotejando em sua mente, uma a uma, como um conta gotas. Sua cabeça não parava, mas o anjo a sua frente permanecia estranhamente vidrado, estaria ele...? resolveu testar. "você vem comigo?"
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