bad-assyy

[bad-assyy]

Algumas pessoas não foram feitas para ficar em nossas vidas para sempre. Mesmo quando elas encaixam perfeitamente!

Desonestos

[bad-assyy]

faz tanto tempo que não escrevo. talvez porque tudo o que estou sentindo esteja tão pesado que não consigo colocar em palavras. mas hoje, se eu não escrever, acho que vou desmoronar. me sinto exausta, perdida, como se estivesse carregando o peso do mundo e ninguém percebessem.

a promessa que fiz pra minha mãe de não me machucar está ficando mais difícil a cada dia. mesmo com a distância entre a gente, sei que ela ainda me ama. o silêncio, a distância, tudo isso me faz me sentir ainda mais vazia. é como se estivéssemos afastadas, mesmo quando eu queria muito estar perto dela. sinto falta dela, mas não sei como fazer pra que tudo volte a ser como antes.

com o caio, as coisas estão complicadas. ao mesmo tempo em que sinto que o amo, também sei que as acusações feitas contra ele são, em grande parte, faladas. não sei mais o que pensar sobre tudo isso, mas não consigo apagar o que vivemos. sei que ele errou, e eu também errei, mas não consigo simplesmente deixar de amá-lo. as brigas, os conflitos, o controle que ele tem sobre tudo, isso me machuca. mas, ao mesmo tempo, tem uma parte de mim que ainda se sente atraída por ele, e isso só me confunde mais.

um dia mandei uma foto minha de calcinha. eu só queria me sentir bonita, mesmo com minhas cicatrizes visíveis. ele comentou sobre o vão entre minhas pernas e disse que achava sexy. isso me fez sentir um misto de vergonha e excitação. depois ele me mandou uma nude. vi o pau dele. fiquei nervosa, confusa, mas também senti tesão. foi a primeira vez que senti isso de verdade com alguém. meu corpo reagiu antes da minha mente entender, e isso me deixou ainda mais perdida. o que estamos vivendo é um turbilhão de emoções, e eu não sei o que fazer com tudo isso.

as brigas só pioraram. um dia, durante uma discussão, eu estava tão cheia de dor que, sem querer, quebrei um copo fino na pia. a ponta do vidro cortou minha mão, e eu fiquei com muito medo. o sangue estava escorrendo e eu não sabia o que fazer. no começo, menti pra ele, disse que foi um acidente, mas depois acabei contando a verdade. que fui eu. que me machuquei. e ele, por sua vez, também se machucou. fez dois cortes na perna. foi como se a dor dele e a minha se misturassem, e eu me senti ainda mais sozinha.

uma outra vez, durante uma discussão, fiquei tão mal que cheguei a ter 39 de febre. não era nem uma briga muito grande, mas a tensão foi tão forte, as palavras, a frustração, que meu corpo não aguentou. passei mal, fiquei praticamente sem forças. foi um alerta de como tudo estava me afetando mais do que eu percebia.

estou pesando 44 quilos. me olho no espelho e quase não me reconheço mais. estou sumindo, e isso me assusta. mas o pior de tudo aconteceu depois.

um dia, estávamos em call, jogando, e a mãe dele entrou no quarto dele. ela estava desesperada e não percebeu que eu estava ouvindo. ela falava sobre acusações contra ele e sobre a polícia na casa deles. fiquei paralisada. ouvi cada palavra dela, e aquilo me deixou sem chão. o caio não percebeu que eu ouvi tudo, mas eu não consegui ignorar. as coisas entre nós nunca mais foram as mesmas.

desde aquele momento, tudo dentro de mim virou uma bagunça. não sei mais em quem confiar. não sei o que pensar sobre ele. ele errou, mas eu ainda sinto algo por ele, e isso me faz me sentir culpada. como se eu não fosse capaz de simplesmente seguir em frente. me sinto traída, mas ao mesmo tempo, a dor dele ainda me chama.

minha mãe, mesmo estando distante, ainda está no meu coração. ela se afastou de mim, mas eu sei que sente minha falta. eu a amo, mesmo com essa distância entre a gente. talvez eu também tenha me afastado, mas nunca deixei de amá-la. eu só não sei mais como lidar com tudo isso.

eu só queria paz. queria um amor que não machucasse. um corpo que não me pesasse tanto, uma mente que me deixasse respirar.

[bad-assyy]

Se algum dia você nunca mais souber nada de mim, se cuide, e conquiste tudo que me confidenciou.

Abstract

@sobmeuolhar

[bad-assyy]

Nos meus dias mais legais, você sempre estava por lá. Então criei dependência emocional, tipo um amigo virtual pra conversar.

Aí fui criando cenários falsos, pra eu ter alguma dopamina. Adoro histórias de amores inventados — como todo leitor, eu adoro fantasias.

Sou criativa pra criar algumas histórias. Na minha vida, ninguém nunca me amou. Então estou vazia e cheia das pessoas, escrevendo, em linhas tortas, poemas de amor.

[bad-assyy]

Nos últimos dias, tudo tem sido um inferno. Quero sumir, desaparecer, deixar de existir. Não vejo saída, só cansaço, só esse peso insuportável. Parece que estou presa em um ciclo que nunca acaba. Acordo exausta, sem vontade de sair da cama. O dia passa arrastado, tudo parece pesado demais. Eu me pergunto se as coisas sempre foram assim ou se foi aos poucos que cheguei nesse ponto.

Não consigo comer direito. Quando tento, sinto um nó na garganta, um medo irracional de engolir e sufocar. Às vezes fico olhando a comida no prato, mas não consigo levar à boca. E, quando consigo, o medo me paralisa. Um medo estranho, sufocante. De morrer? De continuar vivendo? Não sei.

Minha orientadora disse que eu não tenho compromisso, que não sou responsável. Ela me olhou como se eu fosse uma decepção. Como se não tivesse mais paciência para lidar comigo. Depois disso, parou de falar comigo. Finge que não existo. Eu queria dizer para ela que estou tentando. Mas será que estou mesmo? Ou será que só estou afundando mais e mais?

Me afastei de todo mundo. Às vezes penso que ninguém notou. Faz duas semanas que não vejo minha mãe. A gente só troca mensagens curtas no WhatsApp. Um “Oi”, um “Tudo bem?” que nem sempre é respondido. Sei que ela está ocupada, sei que tem a própria vida, mas queria que ela perguntasse como eu realmente estou. Queria que alguém percebesse que eu estou mal sem que eu tenha que dizer isso em palavras.

Eu voltei a me cortar. Só por um tempo. Mas parei. Isso devia ser algo bom, né? Mas, ao invés de me sentir forte por ter parado, só me sinto mais fraca. Como se eu precisasse disso para suportar os dias, e agora que não tenho mais, fico perdida. Como se a dor interna fosse grande demais para ser suportada sozinha.

As crises de ansiedade estão piores. É um sufoco constante, um medo que não tem nome. Meu coração dispara do nada, minha respiração fica curta, minhas mãos tremem. Eu sinto que algo horrível está prestes a acontecer, mesmo quando tudo está em silêncio. À noite, os pesadelos tomam conta. Acordo no meio da madrugada vendo rostos mortos, sombras que se mexem no escuro. Fico olhando para o teto, esperando que passe, mas nunca passa.

E tem o Caio.

Ele não faz mais parte da minha vida. Eu tomei essa decisão. Bloqueei ele em tudo, cortei qualquer contato. Ele tentou voltar, tentou dar um jeito de se aproximar usando fakes, mas eu não deixei. Fui firme. Fiz o que precisava ser feito.

E, ainda assim, está sendo horrível.

Dizem que quando a gente corta alguém da vida, a dor vem antes do alívio. Mas será que um dia esse alívio chega? Porque, agora, tudo que eu sinto é esse vazio esmagador, essa falta que me machuca. Não sei o que é pior: lembrar dele ou tentar fingir que ele nunca existiu.

Eu me pergunto se ele sente minha falta. Se, em algum momento do dia, ele pega o celular por impulso para me mandar uma mensagem, antes de lembrar que não pode mais. Será que ele sente esse mesmo vazio? Ou será que ele já seguiu em frente, enquanto eu ainda estou aqui, presa?

Ele não vai mais estar aqui. Não vai mais fazer parte da minha história daqui pra frente. E, por mais que eu saiba que essa foi a escolha certa, ainda dói. Como se eu tivesse perdido um pedaço de mim que nunca vou recuperar.

Me sinto sozinha. Perdida. Como se estivesse andando em um deserto sem fim. Grito por ajuda, mas ninguém escuta. Ou talvez escutem e só escolham ignorar.

Só queria um pouco de paz. Só queria que tudo isso parasse.

[bad-assyy]

um dia você vai acordar e não vai doer mais

só que antes vai doer muito. você vai sentir o peito apertar. você vai se questionar se a dor não vai embora nunca. mas vai, só que antes ela vai te fazer sentir como se não existisse dor maior do que essa (mas existirá).

[bad-assyy]

Caio,

Você se lembra?

Das madrugadas em chamada, quando o silêncio entre a gente não era incômodo, só confortável? A gente falava sobre tudo e sobre nada, e mesmo quando o sono chegava, ninguém queria desligar. Eu me lembro da sua voz ficando mais baixa, das pausas longas, da sensação de que, de alguma forma, a distância entre nós não existia. Agora, a linha está muda. E o silêncio não é mais aquele que me fazia bem. Ele pesa. Ele sufoca.

Das músicas no Jam do Spotify, aquelas que a gente ouvia juntos sem precisar comentar? Algumas letras pareciam nossas, como se falassem por nós. Eu ainda escuto algumas, mas agora elas soam diferentes. Como se estivessem incompletas. Como se faltasse algo dentro delas—dentro de mim.

Das partidas de LoL? Você sabe que eu nunca joguei tão bem, mas isso nunca importou. O jogo era só uma desculpa para passar mais tempo com você, para rir das nossas derrotas, para esquecer por algumas horas que o mundo lá fora existia. Agora, abrir o jogo parece errado. Sem você, não tem sentido.

E os vídeos no TikTok? Aqueles que eu via e pensava “preciso mandar para o Caio”. Aqueles que faziam a gente rir por minutos seguidos ou que traziam mensagens escondidas, quase como se falassem tudo o que eu nunca soube dizer. Ainda aparecem alguns, e por um segundo, meu reflexo é compartilhar. Mas aí eu lembro.

Ainda está tudo fresco, tudo doendo. A forma como você escolheu se afastar, tentando não me magoar, achando que era o melhor para mim. Mas Caio, eu estou acabada. Você queria me proteger, mas no fim, foi a sua ausência que me destruiu.

A gente sempre esteve longe um do outro, Florianópolis e Manaus sempre pareceram dois mundos diferentes. Mas agora a distância é outra. Uma que não se mede em quilômetros, mas em tudo o que a gente não é mais.

Eu queria te dizer que estou bem. Que estou seguindo em frente. Que o tempo já começou a apagar você de mim. Mas a verdade? Eu ainda estou aqui, parada no mesmo lugar onde você me deixou. Sozinha

[bad-assyy]

Minha psicóloga me olhou nos olhos e disse: ‘Alice, você é muito corajosa por falar tudo isso e confiar em mim.’

Ela sorriu com gentileza, como se estivesse me dando um presente, como se essa frase pudesse me fazer sentir melhor. Mas eu não sou corajosa. Se eu fosse, já teria morrido em uma das minhas tentativas. Se eu fosse corajosa, não estaria aqui tentando costurar os pedaços de algo que já quebrou há muito tempo.

Eu não estava sendo corajosa. Eu estava desesperada. Eu estava implorando por socorro da única forma que sabia, colocando para fora tudo o que me sufocava, tudo o que me fazia querer desaparecer. Eu estava me despindo diante dela, mostrando todas as feridas, esperando que ela visse além das palavras, que percebesse que eu não estava mais aguentando.

Mas ela não notou.

Ou talvez tenha notado e só não soube o que fazer com isso. Talvez ache que nomear minha dor como coragem fa��a com que doa menos. Mas não faz.

Porque coragem, para mim, nunca foi continuar. Coragem teria sido não estar mais aqui.

[bad-assyy]

A semana foi uma merda. Parei minha terapia por medo. Medo de continuar, de falar mais, de encarar o que já expus. Oito semanas desenterrando coisas que nunca contei pra ninguém. Eu tentei. Acreditei, por um segundo, que ela poderia me ajudar. Mas estou sozinha. Sempre estive.

Não vi minha mãe essa semana. O carnaval passou e, como sempre, fiquei sozinha. Não me importo, nunca me importei, mas é impossível ignorar como os dias estão ficando cada vez mais vazios.

No sábado, precisei ir ao mercado. Foi um erro. Uma tortura. Cada passo, cada olhar, cada ruído me sufocava. Eu só conseguia pensar no que estavam dizendo de mim, no que pensariam se soubessem quem eu sou por dentro.

Sinto saudade do meu cachorro.

Meu doutorado está afundando. Ou talvez seja eu quem está. Não sei se quero continuar. Não sei se quero ficar.

Minha cabeça me trai. Vejo minha mãe morre na minha frente, de novo e de novo, pedindo socorro. Eu vejo. Eu ouço. E não posso fazer nada. Isso está me perturbando.

E o Caio… ele me abandonou. Esse é um tópico delicado, eu já esperava, mas não deixa de doer. Pelo menos foi sincero. Disse que não queria me magoar, que precisava diminuir o contato. Foi gentil na hora de partir, mas no fim, partiu como todos os outros.

As pessoas entram na minha vida e sempre saem. Meu pai fez isso. Meus amigos estão fazendo. E agora, a pessoa que eu amo também.

Eu não sei o que fazer. Estou desnorteada. Sozinha. E com medo.

[bad-assyy]

hoje eu desisti da terapia, kkkkkkkkkkk aí aí na minha vida nada da certo

[bad-assyy]

caio eu te amo desculpa por tudo foi mais forte q eu

[bad-assyy]

21.01.2025

dia chato

sem vontade de fazer nada, e acordei atrasado……

sinto q estou perdendo tudo, mas não consigo lutar para vencer essa batalha

eu queria desistir de tudo

e eu te amo caio, hoje imaginei uma vida junto ao seu lado, me machuca q isso vai ficar só na imaginação.

só queria gritar AaaaaaAaaaaaAAAAAAAAA

[bad-assyy]

20.01.2025

*Hoje foi um dia difícil*

Não consegui realizar muita coisa. Me senti desanimado, com vontade de chorar o dia todo. A única coisa que me animou foi assistir show do Super Bowl da Beyoncé, ela é incrível!

Deveria começar minha tese de doutorado, mas não consigo encontrar forças. Minha orientadora vai ficar desapontada. Não é falta de vontade, é falta de motivação.

Joguei um pouco e notei que o Caio estava online, mas não me enviou mensagem. Isso me magoou. Não sei o que fazer agora.

Não quero tomar remédio nem preocupar minha mãe. Quero apenas desaparecer em silêncio. Mas penso na minha rainha, a única pessoa que me ama e cuida de mim. Não quero que ela sofra.

os dias estão ficando cada vez mais, mais escuros, mais difíceis, mais complicados, mais vazios, mais solitários.

isso não vai passar

e sobre.

eu e o caio jogamos até as 03H da madrugada infelizmente ele não falou nada sobre ele, somente sobre o jogo e eu não pedi.

[bad-assyy]

19-01-2025

Hoje foi um dia difícil. Minha família veio em casa, mas eu não consegui interagir, preferindo me isolar no quarto para jogar. Tive uma surpresa agradável ao receber um convite para jogar do Caio.

Ele mencionou estar em um hotel, provavelmente a trabalho, já que é comum para ele viajar de Manaus. Espero que não seja para encontrar outra pessoa.

Estou ansiosa para minha sessão com o psicólogo no dia 30. Acredito que será um passo importante para lidar com meus sentimentos. Confesso que nutro sentimentos por Caio, mas ele está em um relacionamento com Marcela.

Para relaxar, ouvi músicas animadas com Gabli e agora vou assistir algo até dormir, talvez com uma pitada de melancolia.

[bad-assyy]

[bad-assyy]

Quem te largou no meio do oceano não tem direito de saber o que aconteceu entre você e os tubarões e muito menos como você conseguiu chegar a praia.

[bad-assyy]