Tumgik
badwolf-sunmi · 6 years
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História
        Sua paixão pelas Forças Armadas vem desde que era criança. Os pais de Sunmi eram de alta importância dentro do recinto, e ver seu pai com o uniforme verde musgo quando ele chegava em casa lhe dava energia o suficiente para correr atrás de seu sonho: seguir os passos dele. Sabia que a vida no Exército era corrida, tão corrida que seus pais mal ficavam em casa, tendo que cuidar de seu irmão mais novo que também partilhava da mesma paixão. Ambos estudaram em colégios e faculdades militares e não se contentaram com apenas uma formação. SunMi escolheu engenharia mecânica e arqueologia, graduações quase predominantemente masculinas, mas SunMi era o destaque em ambas. E, após concluir sua pós graduação, finalmente colocou os pés no exército coreano como Tenente. Porém, a rotina lá dentro era desgastante. Desprezada, açoitada, injustiçada todos os dias. Ser mulher dentro daquele lugar predominantemente masculino era sofrer com o machismo, salários baixos, às vezes até tentativas de violência sexual. Mas, nada daquilo passava em vão. Seu pai estava ali para lhe proteger. O General de Divisão sempre fazia o possível para que aqueles que tentassem machucar sua filha sofressem as devidas consequências. E, acima de tudo, estava ali ensinando e preparando SunMi para que ela pudesse se tornar a primeira General de Divisão do exército coreano e ser tão boa quanto ele era. O senhor Lee era sua inspiração e o motivo de ela aguentar tudo de ruim naquele recinto.
          Até aquele dia. Aquele fatídico dia. SunMi já havia se tornado Major, e precisou viajar para o Japão junto com seu pai. Ambos ficaram hospedados em um hotel próximo ao mar, para que pudessem desfrutar da ótima vista que o lugar proporcionava. Era uma noitecomum como outra, pai e filha dormiam em seus quartos quando ouviram um barulho de algo quebrando. SunMi acordou assustada, caía poeira do teto, as coisas no quarto tremiam e o chão rachava: o prédio estava prestes a desmoronar. Num ato de desespero, ela saiu às pressas dali e chamou seu pai, que não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo. Ela o puxou e o levou para longe dali, desciam inúmeras escadas que pareciam infinitas, até que em um momento seu pai desmaiou em seus braços, tossindo e com falta de ar. Ela o segurou nos braços e tentou arrastá-lo, mas não aguentaria seu peso por muito tempo e estava quase desmaiando de cansaço ali. SunMi relutou, insistiu, e só sentiu sua visão apagar. Quando acordou, estava do lado de fora do prédio desmoronado e lembrou-se de seu pai. Ela se levantou da maca de hospital, mas logo voltou ao sentir uma dor inimaginável em seus braços. Os médicos ao redor dela tentavam acalmá-la, mas não tinhan sucesso. SunMi respirava ofegante, observando o cenário ao seu redor: mães chorando porque perderam seus filhos, algumas pessoas com partes do corpo amputadas, e nada de ver seu pai ali. Ela olhava para todos os lados, ainda esperançosa em encontrá-lo vivo, mas SunMi caiu em lágrimas. Não muito longe dali, havia um corpo coberto por um lençol branco, e um dos médicos segurava o boné de seu pai. Aquele havia sido o pior dia de sua vida, e ela estava tão melancólica, que foi mandada de volta para a Coréia do Sul para descansar.
          Três anos mais tarde, SunMi recebia seu novo uniforme. Havia se tornado General de Divisão, como seu pai era. Por fora, estava super feliz, mas, por dentro, seu coração chorava de saudade de seu velho. No aniversário de três anos de falecimento de seu pai, ela olhava o álbum de fotos com toda a sua família no quartel general, quando recebeu um chamado do próprio presidente para que pudesse comparecer a um reunião urgente, e que ninguém soubesse. SunMi compareceu pontualmente à reunião e se espantou ao ver seu irmão ali, mas, ao mesmo tempo, sentiu-se feliz e orgulhosa em ver o quão longe ele foi na aeronáutica. Os irmãos sentaram-se na poltrona em frente ao presidente e descobriram que ambos foram escolhidos a dedo e convocados para um serviço externo que ofereceriam a eles uma boa remuneração caso aceitassem, e eles não pensaram duas vezes. Dias após a reunião, SunMi, na companhia de seu irmão, dirigia seu Dodger Charge Hellcat em direção ao endereço que foi dado a ambos. Estava curiosa em saber do que se tratava esse serviço, pois o presidente não havia entrado em detalhes. Chegaram ao local e ficaram impressionados em ver o tamanho daquele casarão por fora, e mais ainda quando entraram. Não lembrava do caminho que havia feito dentro daquela casa, só lembrava de entrar em uma sala enorme com uma mesa redonda e várias cadeiras. De início, parecia vazia, até que a cadeira do meio girou e revelou a figura de um homem alto e jovial usando um terno, com um sorriso no rosto. Ele pediu para que os irmãos sentassem em uma das cadeiras e quando o fizeram, disse em alto e bom som:
          “É uma honra conhecê-los pessoalmente, senhor Chae e senhorita Lee. Chamo-me Oh Sehun e eu sou eternamente grato que vocês tenham aceitado meu convite, prometo que não irão se arrepender de vossa decisão. Sejam muito bem vindos à Máfia BadWolf.”
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