Tumgik
baeixho · 3 years
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Hey, Innie.
Pra falar a verdade, eu não sei nem o motivo pelo qual eu estou escrevendo essa carta. E muito menos se vou entregá-la, até porque... Bem, não nos vemos mais e perdemos todo e qualquer contato. Talvez eu só precise colocar pra fora algumas coisas que não tenho coragem de dizer pessoalmente porque sou um orgulhoso do caralho e você sabe bem disso. Essa carta provavelmente vai ficar bem confusa, já que estou registrando a primeira coisa que me vem à cabeça.
Em primeiro lugar, eu tenho uma lista de coisas pelas quais eu devo me desculpar e nem sei por onde começar. Cometi muitos erros e alguns foram maiores do que outros. São justamente esses que vou frisar:
1. Não ter te ensinado a mentir. Tá, isso não é exatamente algo positivo e de mentiras já bastam as minhas. Mas se eu tivesse pelo menos te ensinado como escapar, talvez você não precisasse ter enfrentado tanto problemas com seus pais.
2. Não ter assumido minha culpa. As vezes que eu fiz isso foram tantas que me sinto até estranho em pensar que joguei nos ombros de outras pessoas um peso que era igualmente meu. Hoje me pergunto o que teria acontecido se eu tivesse contado aos seus e aos meus pais que a má influência era eu. A pessoa que te transformou fui eu. Eu sou o culpado. Ainda sou. E você não faz ideia do quão ridículo eu me sinto por estar fazendo essa confissão a um pedaço de papel e não pra quem deveria estar ouvindo de verdade.
3. Não ter te avisado que não se deve misturar mais de uma bebida alcoólica. Sério. Esse deveria ter sido meu primeiro aviso quando você pisou os pés naquela boate. Até porque você não é exatamente muito tolerante e o dia em que você passou mal, eu fiquei preocupado pra caralho. Não sei se você notou, mas no dia seguinte eu coloquei um remédio pra dor de cabeça dentro da sua bolsa porque sabia que sua ressaca seria forte. A primeira noite de bebedeira é sempre foda, né?
4. Não ter te impedido quando pude. No item de cima eu coloquei algo sobre a primeira vez que você pisou os pés na boate. Eu não deveria ter permitido nem isso. Não acredito que você precise de um segurança no seu pé, é só que... Verdade seja dita: Oh Haein, você é incrível. E eu não deveria ter deixado você se corromper. Avisos foram dados, ah se foram, mas eu deveria saber palavras não são o suficiente para parar uma cabeça dura como você.
Agora eu percebo que quase todas as vezes que eu falhei, foi por falta de algo. Nunca estive lá quando você precisou, né? O que sinto agora não é exatamente um arrependimento, é mais como um alívio por ter assumido pra mim mesmo que eu sou um babaca que nunca deveria ter aparecido na sua frente. Só que tem uma coisa que me faz sentir culpado e dessa culpa eu acho que não vou conseguir me livrar tão cedo:
5. Ter te deixado pra trás. Essa foi uma das poucas coisas que eu pequei não pela falta, mas pelo exagero. Eu precisaria me mudar, é claro, a universidade exigia isso. Naquela época essa atitude radical de ir embora sem deixar nenhum forma de manter contato com você me parecia muito sensata. Tudo o que eu queria era que você me esquecesse, porque eu já tinha bagunçado sua vida demais.
E preciso confessar outra coisa. Isso vai ser um puta de um egoísmo da minha parte, mas a verdade é que eu não gostaria que você me esquecesse. Eu não te esqueci. Achei que a distância me faria superar você, só que eu estava enganado. Ela só me fez parar em lugares aleatórios, completamente sozinho, e imaginar como seria se você estivesse ali, como estava agora, se já tinha encontrado outro cara. O último pensamento me deixava irritado. Desde a época em que éramos companheiros, nunca gostei de nenhum outro engraçadinho querendo se meter com você. 
Só agora é que consigo entender o motivo. Entender não, admitir. Eu sabia, estava bem evidente, eu só não conseguia admitir pra mim mesmo algo que também nunca te disse. Eu te amo, Oh Haein. Amei durante todo aquele ano e ainda amo. Até porque só o fato de eu estar escrevendo essa carta sem razão alguma, só prova o quanto estou frustrado por ter fodido com o único relacionamento que poderia ter dado certo na minha vida. Decepcionei a única garota por quem eu senti meu coração bater forte, que me fez sentir um ciúme que nunca senti antes e que eu protegeria independente de qualquer coisa. 
Mas agora é tarde e isso está bem claro pra mim. Nem eu sabia que a minha ficha só iria cair agora e muito menos que isso me machucaria tanto assim. Meu Deus, que patético. Não tinha noção nem dos meus próprios sentimentos.
Antes de finalizar essa carta, tem algumas coisas pelas quais eu gostaria de te agradecer também. 
1. Palavrões e ofensas. Bom, você deve ter percebido que a quantidade de palavras de baixão calão diminuiu consideravelmente, né? Estou melhorando meu vocabulário e me controlando, só acabo soltando um e outro quando algo muito inesperado acontece ou quando fico nervoso. Toda vez que faço isso, me lembro de você querendo passar uma fita adesiva na minha boca. Espero uma dia aboli-los de vez.
2. Bebidas e noitadas. Também me lembro dos puxões de orelha que você me dava quando exagerava. Hoje não faço mais isso, tanto por me lembrar de você, quanto por não ter mais tempo pra ficar de bobeira por aí. Ainda bebo, isso eu não nego, mas bem menos e com menos frequência do que antes.
3. Comportamento? De todas as coisas, acho que a mais efetiva foi essa. Sabia que eu não sou mais um chato do caralho? Pois é. Aprendi a não responder os outros de forma rude, controlar os meus impulsos e consigo até aconselhar alguns amigos. Sempre disse que ouvia melhor do que falava e a parte boa é que estou aprendendo a colocar em palavras as coisas que sinto ou penso. Uma das provas disso é essa carta.
Oh Haein, só posso dizer que você me deixou boas marcas e ótimas memórias pra mim. Não sei se um dia nos veremos novamente, mas se algum dia chegar a ler isso, gostaria que soubesse que sempre me lembrarei de você com alegria e com um sorriso que muitas vezes me neguei a exibir. Espero que também tenha deixado ao menos algo de bom, mesmo achando que isso seja um pouco difícil. 
Com amor, de alguém que sente muito a sua falta,
Baek Inho.
11/10/2016
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baeixho · 5 years
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Tentar atingir Dongki era como adentrar em um labirinto: quando Won achava ter o controle do território e prestes a atingir a vitória, o mais velho aparecia como uma barreira e provava que ainda existia um longo caminho a ser percorrido. E no final, Yoo ainda acabava preso em suas próprias armadilhas. Dong era impiedoso. Depois do episódio que acontecera na sua casa, tudo isso só ficara mais evidente. Tentar estar um passo a frente dele, era sempre, sempre em vão. Tentar controlá-lo era como segurar água com as mãos. No final, era ele quem dominava. Só ele. Ou entendia isso, ou era ele mesmo quem sofreria as consequências mais tarde. “Você sabe, Dong. Você sabe.” Umedeceu os lábios antes de falar, uma onda de excitação percorreu suas veias mais rápido do que o ritmo da sua respiração, se isso era possível. Encará-lo naquele momento deixava de ser uma ação automática, mas uma necessidade de provar o quanto desejava com toda a sua alma. “Mas eu posso dizer a você.” Ficando a uma distância milimetra do peito do amigo depois de dar um passo a frente, levou seus lábios na região entre seu pescoço e a ponta da orelha. “O tipo de diversão que vai me fazer implorar por mais.” Sussurrou cuidadosamente e virou a cabeça de forma que ficasse em perfeita sintonia com o pescoço de Dong, onde depositou um beijo lento e molhado logo em seguida. 
Até o ritmo com que seus olhos piscavam tornou-se lento quando Won chegou mais perto. Se fosse qualquer outra pessoa em seu lugar, considerando a ansiedade e a vontade que o queimava por dentro, o moreno já teria sido atacado. Mas não, ele mantinha o controle e deixava o outro fazer o que quisesse, por enquanto. Considerou verbalizar o que pensava ou simplesmente respondê-lo com outra provocação, porém, o silêncio naqueles instantes, que pareceram passar como horas, era muito mais significativo. O olhar desafiava Yoo a chegar mais perto, a mergulhar naquilo como mergulharia no mar bem à frente deles. E Baek sabia que, mais cedo ou mais tarde, eles acabariam se afogando. No momento em que os lábios dele encontraram seu pescoço, Ki precisou segurar um grunhido, mordendo o lábio inferior no processo e fechando os olhos. “Você não vai precisar implorar, Won. Não hoje.” A voz geralmente anasalada saiu baixa e rouca, com uma das mãos indo parar na nuca do outro, afagando a região com ternura. Dongki sentia-se diferente perto dele. A conexão que tinham ultrapassava o nível físico: exatamente o tipo de elo que tornou o céu mais estrelado, a atmosfera inebriante e aquele, um lugar tão comum, ideal para sentir-se completo. O cheiro do mar ainda preenchia suas narinas quando suas íris encontraram as dele, as mãos ainda ocupadas com os cabelos negros se emaranhando em seus dedos. “Nunca fiquei tão feliz por ter ouvido os pirralhos.” Uma última risada ressoou noite adentro, cessando no mesmo instante em que seus lábios encontraram os dele. Uma mão segurou os cabelos de Won com um pouco mais de força e a outra deslocou-se para suas costas, como se o abraçasse. Sentia o peito dele contra o seu, até a respiração começando a ficar acelerada, e isso só o fazia pensar em como a temperatura continuaria a aumentar, sem previsão de estabilizar novamente.
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baeixho · 5 years
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A risada debochada mais pareceu um sopro do que outra coisa. Quando decidiam dar start nas provocações, a atmosfera ao redor se alimentava de um sentimento que ia muito além do que uma simples empolgação entre amigos. Uma sensação instigante que nenhum dos dois comentavam, mas ambos sabiam exatamente o que era. “Você sabe que eu jamais negaria esse tipo de ajuda, ainda mais vindo do expert das ervas e dos doces.” Arqueou a sobrancelha, o tom travesso presente tanto na fala quanto na sua fisionomia. “Sinceramente? Acho que a fase de viajar com a família já deu pra gente. A prova disso é onde estamos agora: olhando pro nada e jogando conversa fora enquanto as crianças e o resto se divertem.” Espiou Dongki pelos ombros por alguns instantes e voltou a encarar a paisagem, como se aquele imensidão pudesse engolir tudo o que não podia ser dito em voz alta. “Na verdade, nós precisamos é de um outro tipo de diversão.” Virou-se para o lado e ficou na mesma posição que o outro, fazendo com que finalmente pudesse encará-lo olho a olho.”Você não acha? A expressão um tanto séria carregava a intenção por trás daquelas palavras, só era necessário que Dong interpretasse perfeitamente. 
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"Péssimo jeito de passar as férias, aliás. Mas faz sentido.” Deixou que o assunto banal dominasse aqueles segundos antes que as coisas começassem a caminhar para outros rumos, como ele sabia que não demoraria a acontecer. E de fato, não demorou. O sorriso sacana era evitado a todo custo por Dong, mas este acabou surgindo antes que se desse conta. Começar as provocações e parar na metade. Típico de Wontak. Sua sorte é que Dongki sempre fora um cara esperto, que pega as coisas no ar e consegue entender as intenções por trás dos menores dos gestos. Ou seja, era sempre ele quem tomava uma atitude e dava ao outro o que ele queria, mas que não tinha coragem de dizer. Porém, essa noite seria diferente: se ele quisesse, teria que falar ou agir. “Que tipo de diversão, exatamente, Won?” Tombou a cabeça para o lado e olhou-o intensamente, sem mover mais um músculo sequer. Estava morrendo por dentro, mas sustentaria aquilo até onde conseguisse.
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baeixho · 5 years
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Desacelerou os passos até parar por completo e ficou observando a figura que era capaz de reconhecer mesmo estando há metros e metros de distância. O sol descia lentamente do céu, deixando uma brisa mesclada com tons de azuis e alaranjados. Ao se aproximar lentamente, colocou as mãos no bolso da bermuda e estampou um sorriso no rosto. “Achei que essa fase de maconheiro já tinha passado, mas pelo visto suas viagens estão cada vez mais insanas.” Apoiou-se na madeira ao lado de Dongki, a distância entre os dois fazia com que seus ombros encostassem um no outro, e contemplou a paisagem até onde sua vista alcançava.
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Revirou os olhos ao passo que uma risada travessa ecoava pelo cais vazio. “As minhas viagens são as melhores, só não vê quem não quer.” Olhou-o de soslaio com um sorriso curto já começando a aparecer. Aquela era uma proximidade bem perigosa para quem mal tinha acabado de chegar. “Mas se você precisar de uma ajuda pra entrar nas minhas viagens, só me falar que eu vou buscar minha mochila.” Piscou e em seguida umedeceu os lábios, apoiando-se de lado para assim, ficar de frente para Wontak. “Falando sério agora: o que tá achando dessa viagem? Porque eu não sei você, mas o tédio tá foda.” E eu estou tendo que me segurar demais. Pensou, mas nada disse. A brisa já começava a trazer o cheiro de Won em sua direção e cara! Isso só o ajudava a se lembrar de como gostava dele.
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baeixho · 5 years
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Dongki chegou um pouco cedo demais no lugar marcado, mas isso se devia ao estado de ansiedade em que se encontrava. Encostou-se à estrutura que cercava o cais, observando a água agitar-se com o vento. Parecia ele mesmo: sempre inquieto quando se tratava de Wontak.
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baeixho · 5 years
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M!A: sons & daughters {AU!}
Baek Inho & Oh Haein.
Baek Dongki, 23.
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baeixho · 6 years
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baeixho · 7 years
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 A sentença revelara uma dúvida alimentada há anos de amizade. O posto de melhor amigo sempre pertencera a Dongki, de fato, mas isso não impedia os seus pensamentos de irem um  pouco mais além. Não sabia exatamente em que época começara a ter dúvidas em relação ao outro, mas estava certo de uma coisa: era real. Precisava daquilo mais do que fosse possível medir. E estava pronto para pedir, provocar, implorar caso necessário. Faria qualquer coisa, como se estivesse sendo controlado por forças externas, em estado hipinótico. Era exatamente essa sensação que o sorriso sacana do mais velho causava em seu psicológico. Forte o suficiente para que não pronunciasse uma palavra sequer, respondendo apenas aos comandos dos toques alheios sobre seu rosto.
Não só os músculos de suas bochechas como grande parte dos músculos encontravam-se rígidos. Era a presa, um pequeno animal capturado pelas garras do predador que atacaria a qualquer instante sem qualquer aviso prévio e por isso precisava estar mais atento do que nunca. O predador o tinha em mãos, literalmente. Won podia negar, mas seu corpo era responsável por desmentir e provar o contrário. Caia nos joguinhos do amigo com facilidade, mas ah, esse tipo de jogo era covardia. Um tipo de jogo que o fazia se sentir tolo por cair tão facilmente, mas que nesse caso, não que se arrependia nem um pouco. ‘’Jamais.’’  Respondeu com precisão, logo rendendo-se a um suspiro. A pele alheia era quente e tão macia quanto os fios negros que embaçava sua visão, provocando a necessidade de tocá-los imediatamente. Respirou fundo, recebendo uma energia diferente de qualquer uma ao ouvir aquelas palavras ecoarem em seus ouvidos enquanto massageava as madeixas. A mordida funcionara como um estalo para que reagisse e no mesmo instante posicionou sua mão livre sobre o dorso do moreno, de maneira que o trouxesse para mais próximo de si. Era a única ação que poderia cometer em meio as carícias. Fitou-o novamente e agradeceu aos céus por desfrutar de uma de suas mais belas criações antes de se entregar por completo.
O único pensamento que teve ao encontrar os lábios do outro, foi o quanto queria beijá-los a ponto de sangrarem. Meio agressivo, mas na verdade a relação deles nunca fora serena. Agora com os desejos carnais à flor da pele, a tendência era só piorar. Contudo, não era apenas isso. Ao mesmo tempo que a motivação física se sobressaía, Wontak podia sentir um tipo de conexão entre os dois. Era impossível distinguir se a causa era por conta de ser a primeira vez ou se realmente havia uma química entre os dois. O atrito entre os lábios não era o suficiente, precisava de algo a mais e logo seu pedido fora concedido. A mão sobre o dorso subia e descia, ora se pressionando contra o tecido, ora percorrendo todas as curvas daquele belo corpo enquanto a outra se encarregava de conduzi-lo pela nuca. 
Quando acreditava que não teria como melhorar, Yoo fora pego de surpresa ao ser jogado como uma marionete no sofá. Mais bagunçado que o lugar, só ele mesmo. Logo começariam a suar por conta da temperatura que subia rápido e a imagem de um Dongki com a camiseta grudada lhe deu um certo ânimo. Gostava daquela personalidade apática do melhor amigo, de quem não se abalava por nada e possuía um coração frio e indiferente por quebrar outros. Gostava daquele tipo de atitude controladora, admitia, tornava tudo mais interessante. Observou-o de cima a baixo, pronto para embarcar em mais uma aventura cheia de descobertas.
A posição de agora era perfeita e permitia que mantivessem seu os corpos colados outra vez, se unindo como se fossem um só. Conforme dito antes, sua vontade era de fazê-los os lábios alheios sangrarem. Por isso, aproveitou o embalo e retribuiu as mordidas no lábio inferior, acabando por intercalar com ele. Sabia que poderia pagar caro por querer se vingar, mas não queria saber. Apertava as coxas de Dong com força e quando sentiu seus dentes cravarem sua pele, um gemido baixinho escapou de sua boca. Estava de pirando, delirando de prazer e não há nada que pudesse controlar. Cravou suas unhas pequenas, que não perfuravam, mas deixava vários vergões na região do antebraço. O problema não era nem agora, mas como lidariam com isso mais tarde. Só que tal pensamento percorreu a mente de Wontak? Bom, até que sim. Mas ele não se importava.
Porém, ainda não era o máximo que poderiam alcançar. A atmosfera parecia pesar cada vez que ouvia o barulho dos beijos contra a sua pele. A fricção entre os corpos se tornava mais potente, mais feroz. Aquele misto de sensações parecia se expandir em outra dimensão onde só existiam os dois. ‘’Dong…’’ Era inevitável, mas Wontak não queria se entregar daquela forma e deixar que seu corpo saísse fora de seu controle, mas era tarde demais quando notara o volume de sua calça aumentar ligeiramente de tamanho. 
Se já havia se imaginado naquela situação com Won? Sem sombra de dúvidas e não, não foram uma ou duas vezes. O outro realmente tinha um certo magnetismo que deixava Dong intrigado e atraído. Talvez por serem tão próximos que as coisas começaram a tomar outras proporções ou somente pelo fato de que ele ainda não fora corrompido. Baek não se achava uma boa influência sob nenhuma hipótese, já que mais cedo ou mais tarde, sempre levava seus amigos para caminhos não tão benéficos assim. Na maior parte das vezes, avisava-os que era um caminho sem volta, mas não fazia nada para impedi-los de fato. E fora exatamente assim que as coisas estavam acontecendo naquela noite.
Por incrível que parecesse, não estava agindo por mero capricho seu, começando pela circunstância de que fora o outro o responsável pela mudança súbita de comportamento. Até onde sabia, Tak nunca havia se envolvido com outro cara e se aquela fosse sua primeira experiência, queria torná-la inesquecível. Para ambos, aliás. Até porque era e primeira vez que ultrapassava essa linha com um amigo, ainda mais no sofá correndo o risco dos pais dele chegarem a qualquer momento.
E aquele pensamento liberava uma certa adrenalina em suas veias que só aumentava os arrepios em seu corpo cada vez que sentia o outro deixando alguns arranhões em seus braços. No começo tinha um sério problema com marcas, mas tornou-se afável em relação a elas: eram lembranças de um bom episódio. E não era como se seus pais já não estivessem acostumados a vê-lo daquele jeito. Eles não sabendo a origem, estava tudo tranquilo.
Dong não sabia até que ponto poderia chegar, por isso tentaria manter um certo limite, já que, mesmo que nem ele soubesse disso, quem estava no controle de verdade era Wontak. Diante de qualquer indício de desaprovação, o mais velho pararia o que estava fazendo. Só que justamente o contrário aconteceu. Aquele som vindo do fundo da garganta do outro que expressava a quantidade de prazer que ele estava sentindo, quase levou o mais baixo à loucura. Quanto mais vocal era seu parceiro, mais Dong sentia suas pernas fraquejarem. Baek parou de beijar o pescoço do outro por alguns instantes ao ouvir seu nome ser chamado de maneira tão manhosa. Não conseguiu conter o sorriso que agora tomava conta de seus lábios e ficou naquela posição alguns segundos, com o rosto escondido na curva do pescoço de Yoo enquanto aproveitava para recuperar o fôlego.
Era banal e temporário, entretanto, Baek adorava ter com quem passar a noite. Exatamente o tipo de pessoa que não consegue dormir sozinha, por mais que seus relacionamentos não durassem mais do que um mês. Mas não deixaria aquilo acontecer agora, Wontak não era só “mais um” na sua lista. Ki tinha essa necessidade de estar sempre perto, por mais que eles parecessem inimigos às vezes. Dong levantou seu tronco e olhou para Wontak, no fundo dos olhos dele, como jamais fizera antes. Ele tinha olhos bonitos, é verdade. E pela primeira vez, Ki enxergou Won. Não apenas como o amigo babaca com quem vivia dando risadas graças à palhaçadas, mas sim como aquele cara incrível que sempre fazia de tudo para o bem de ambos, seu companheiro mais fiel e uma das únicas pessoas em quem confiava no mundo. Aquela definitivamente era uma experiência diferente: pela primeira vez, estava com alguém que amava de verdade.
O mais velho levou uma das mãos até o rosto do outro e ficou acariciando a região com o torso desta, como se traçasse linhas pela pele dele. A outra foi parar no ombro de Won, segurando firme enquanto se aproximava e voltava a beijá-lo, mas dessa vez, com mais ternura. Ao contrário da volúpia de antes, esse era um beijo de amor. E graças a essa calma, quando a temperatura de seu corpo voltou a estabilizar, é que percebeu que seus lábios possuíam um leve desconforto. E ele achando que tinha instintos aflorados. Ao que tudo indicava, deveria continuar ao menos mais um pouco com aquilo, só para ter certeza de que teria oportunidade de elaborar uma pequena vingança. 
Percebeu que havia escorregado para longe e ajustou-se novamente no sofá e ao corpo de Yoo. Oh-oh. Sentir algo estranho no meio de suas pernas funcionou como um interruptor dentro de seu cérebro que ativou os mais variados tipos de ideias impuras. Foi automático: o beijo voltou a ficar intenso e as mãos começaram a escorregar pelo peito de Wontak, fazendo todo o caminho por cima do tecido da camiseta até alcançar a barra da calça dele. Dong foi cessando o beijo aos poucos e começou a depositar vários selinhos nas bochechas dele. Aquilo tinha sido demais para conseguir processar de uma vez, ainda mantinha os olhos fechados enquanto se perguntava: isso está acontecendo mesmo? Uma sensação muito forte tinha atingido seu ser diretamente e era difícil de controlá-la. Seus pensamentos estavam acelerados, mas a única frase que conseguiu formular foi: “Won... A gente pode ir até aonde você quiser. É só me dizer... e eu faço.”
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baeixho · 7 years
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A mente de Wontak passava por um processo agitado agora. Começava a sentir uma vibe diferente no ar, uma vibe que ele começara, ou pelo menos, que acendera a faísca. Mas ao mesmo tempo, não entendia como tomaria frente de suas ações, já que estava totalmente preso aos encantos de um Dongki estirado em seu sofá. Medo não era palavra exata para descrever a sensação que preenchia seu interior da cabeça aos pés. Era pior que isso. E de certa forma, bem mais perigoso do que o próprio medo em si. Um tipo de sensação que o estimulava a desafiar-se até o ponto mais profundo que conseguisse, criando uma luta entre o desejo e a parte racional de seu cérebro. Bem, estava lidando com seu melhor amigo, alguém com quem conversara diversas vezes e compartilhava segredos, opiniões e interesses. Mas será que realmente compartilhavam de tudo? Porque olhando agora, tudo indicava que houvera uma falha no meio do caminho, mas que poderia ser resolvida naquele momento caso quisesse e primeiro de tudo, se o outro permitisse. Consequências nunca foram as principais preocupações de quem pretendia sempre ir um pouquinho mais além, seja para o que for. Nesse caso, ele não estava indo além, estava ultrapassando a linha de limite e entrando em zonas desconhecidas. Mas mesmo assim, mais valia um erro no meio da tentativa do que o peso do desconhecido.
Pensar dessa forma acabava tornando-o ousado e talvez, um pouco ambicioso. Sempre considerou serem pessoas de grande sorte aquelas que se relacionavam com o rapaz, uma espécie de privilégio que muitos queriam, mas nem todos conseguiam. Era inacreditável a quantidade de pedidos de telefone que ele recebia um noite. Ah, pena deles se soubessem que Yoo Wontak não precisava de todo esse esforço, já que passava mais tempo com ele do que propriamente sozinho. Ou como agora, onde estavam apenas os dois. O contato visual entre dois era poderoso a ponto de deixar o menor mais agitado, mais sedento por algo que ele sabia exatamente o que era, mas não ia admitir até chegar o momento certo.‘’Só estou tentando garantir o que é meu também.’’ Seus lábios afrouxaram um sorrisinho mole, de quem no fundo estava concentrado em outra coisa. Mas seu olhar ainda fixava-o com a mesma mensagem de antes, de alguém que não iria voltar atrás tão cedo.
Sua postura permitia enxergar o rosto alheio de um ângulo que favorecia o moreno ainda mais. Para ser sincero, Won gostava daquela posição. Geralmente era ele quem ficava no comando se tratando de outra pessoas, mas com Dongki a situação era diferente. E a pressão do toque sobre seu rosto era uma prova de quem exatamente era a autoridade entre os dois. Se antes encontrava-se agitado, agora fazia uma pausa demorada enquanto admirava a vista. Com a intenção de deixar um leve suspense, mordeu levemente o lábio inferior e esperou que aquilo servisse de resposta. Ria, trocava olhares e dava sinais como quem não sabia da armadilha que ele próprio construía. Mas de uma coisa ele tinha plena consciência: provocar o amigo era como brincar com fogo do qual com certeza queria se queimar. ‘’O que você acha, Dongki?’’ Se o outro esperava uma resposta direta, Won foi por outro caminho. Queria acabar logo com aquela tensão e passar a bola adiante na jogada final. Afinal de contas, Baek já pertencera a tanta gente, mas por quê? Por que agora ele não podia ser seu também? ‘’Posso te dar até dois.’’ Arqueou as sobrancelhas e sem esperar resposta, levantou o rosto em direção ao pescoço alheio, na região próxima da orelha, e sussurrou de forma lenta: ’’Porque eu tô muito a fim de compensar o tempo que a gente perdeu por nunca ter se beijado antes.’’
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Um sorriso nem um pouco inocente surgiu no rosto de Dongki ao ouvir Won dizer aquelas palavras, daquele jeito, naquela situação. Umedeceu os lábios e afastou-se de modo a encarar o outro de frente. Ah, aquilo era tudo o que o mais velho precisava. Tinha acabado de ganhar um passe livre para dar o próximo passo e sanar sua curiosidade de uma vez por todas. E não só mais a curiosidade. "Então é melhor começarmos logo, não acha?" Aproximou-se dele e inclinou levemente o rosto, sendo possível sentir a respiração alheia. Mal sabia ele que Won podia ser tão direto assim e sinceramente, aquilo só serviu para animá-lo ainda mais. Assim perderiam menos tempo e poderiam focar no que realmente interessava.
Ficou alguns segundos assim, apenas aproveitando aquela tensão sexual e pensando em como o destino podia ser engraçado às vezes. Gostava de fazer pequenos jogos com suas "presas" antes de atacá-las. De observá-las de perto, de decorar cada reação: os lábios entreabertos, as pupilas dilatas e atenção toda voltada para qual seria seu próximo movimento. E claro: o desejo. Era possível vê-lo queimando nos olhos de Yoo. Não fazia ideia de como as coisas ficariam depois que aquilo tudo terminasse, mas como gostava de pensar: que tudo fosse para o inferno. "Não vá se arrepender depois, Won." Sua mão esquerda foi parar em meio ao cabelos negros do outro, segurando firme. Colou sua bochecha à alheia, fazendo com que seus lábios estivessem próximos o suficiente para sussurrar em seu ouvido: "Então aproveite o momento." Mordeu o lóbulo da orelha do mais novo para em seguida começar a deixar uma trilha de beijos ao longo da linha do maxilar, até chegar aos lábios. Antes de selá-los, Dong deu um último sorriso sacana ao olhar nas íris castanhas dele e pensar em como era sortudo por estar com um cara tão bonito como Wontak. 
Logo seus lábios estavam contra os do amigo, beijando-o sem nenhuma vergonha na cara. Dong nunca fez a linha delicado ou apaixonado: sua motivação era mais física do que emocional. Entretanto, a sensação que estava tendo agora só o fazia buscar em sua mente a razão pela qual não tinha beijado o outro antes, porque cara, que maravilha! Logo Dong pediu permissão para usar a língua e aumentar o nível de envolvimento e prazer que poderia sentir e proporcionar a ele. A mão no cabelo alheio ainda permanecia firme e a outra segurava na barra da camiseta que Yoo usava, puxando-a para baixo às vezes, por instinto. 
A posição estava começando a incomodá-lo, por isso, Dong separou-se de Won e o empurrou contra o encosto do sofá de modo que ele ficasse sentado. Olhando-o sem vergonha e posicionou-se em cima de seu corpo, uma perna de cada lado das coxas alheias. Não tinha fama de ser controlador à toa. Dong adorava estar no comando e ver a outra pessoa se arrepiando, se contorcendo, suspirando, perdendo completamente o controle e acabando como uma verdadeira bagunça. Tudo por causa dele. Mas a verdade nua e crua é que sentia prazer ao causar prazer em outra pessoa. Afinal, não teria tanta gente nova atrás dele se não tivesse deixado as antigas satisfeitas. 
Grudou seu torso ao do outro e voltou a beijá-lo, mordendo seu lábio inferior e puxando-o entre seus dentes antes de se separar. Sem pensar duas vezes, começou a beijar o pescoço de Won e vira e mexe, o lambia ou mordia, deixando pequena manchinhas roxas nos lugares em que seus dentes encontravam a pele do outro. Se ele continuasse a ser um bom garoto, aquele seria o máximo de indícios que seriam deixados. Caso contrário, bem, Dong adorava marcar quem havia pertencido a si, mesmo que fosse só por uma noite.
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baeixho · 7 years
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‘‘É o que veremos, meu chapa.’’ Assentiu com a maior certeza do mundo, como se ele mesmo fosse capaz de prever o futuro e a cena exata em que Baek engoliria essas palavras. Ao invés de retrucar, acabou soltando uma risadinha abafada porque de certa forma concordava. Ouvia tantos comentários sobre o mini-Dong que acabava acreditando que ele realmente fosse tudo aquilo que o amigo dizia, mesmo sabendo que não era bem assim. Mas ah, não era como se Dong também não fizesse parte do time dos preguiçosos -principalmente nos dias que ele resolvia não dar a mínima pra merda nenhuma. ‘’Para um vírus que demora tanto tempo pra se manifestar, nunca é tarde demais para ser transmitido.’’ Pela primeira vez na noite, Wontak falava sério enquanto fitava os movimentos do outro. Do seu jeito costumeiro de ‘’sem insinuar tal coisa mas já insinuando’’, mas era. E a grande ênfase nas últimas palavras só comprovava isso. A resposta fora praticamente arremessada sobre o moreno, mas se ele a assimilaria com a mesma intenção que foi dita, bem, aí era por conta dele.
Não era a primeira vez que Won se pegava analisando-o daquele modo. Claro que, vez ou outra, o processo era mais lento ou mais ligeiro, como dessa vez. Contudo, não era como se sentisse estranho ou incerto sobre as coisas que pensava e que no final, acabava por deixá-las escaparem. Pelo contrário, o mais compreendia nitidamente o que sua consciência queria dizer. Assentiu e continuou fazendo a egípcia enquanto acompanhava o jogador da camisa número dois fazer uma bela de uma defesa. ‘’Se tiver que me levar ao hospital, não será nem por não comer…’’ Respondeu meio agitado, debruçado sobre os joelhos que balançam freneticamente. Na mesma hora, o cheiro maravilhoso de pizza subiu no ar e foi inevitável não olhar para o pedaço na mão do mais velho e consequentemente, na cena a frente. Ficou imóvel por segundos, mas avançou logo em seguida com a intenção de capturar mais da metade do pedaço com a boca, sutilmente puxando a tira de queijo que parecia esticar metros. ‘’Calma ai, guloso. Esqueceu que a gente tem que dividir?’’
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A atmosfera de dois amigos reunidos pra assistir um jogo de basquete havia mudado drasticamente e como sempre, Baek apenas seguia a maré. “Eu só paro de assistir esse jogo por um motivo muito, mas muito bom.” Falou arrastado, tornando sua voz ligeiramente rouca ao jogar sua cabeça pra trás e olhar o outro pelo canto dos olhos. Dong não tinha muitas preocupações e isso resultava em uma pessoa inconsequente até certo ponto, que literalmente só pensava em aproveitar o momento e que o resto fosse pro inferno. Mas tinha certas restrições quando se tratava de amigos porque sabia que eles eram as pessoas que na maior parte do tempo o ajudariam a lidar com as consequências. O problema é que naquele exato momento, seu melhor amigo estava afim de causa consequências com as próprias mãos. Brincadeiras provocativas faziam parte do cotidiano deles, mas aquela situação era atípica. Dong nunca havia sentido o outro tão sério e muito menos havia identificado o desejo que agora encontrava nas íris alheias. Baek não negava: seus pensamentos já tinham ido bem longe graças a Wontak. Entretanto, ainda era incerto se aquela situação era mútua porque até onde sabia, o outro não tinha as mesmas preferências que ele. Repetindo: até onde sabia.
E pela vigésima vez que estavam tão próximos assim, a mente de Dongki foi inundada com coisas que não deveria. Mas qual é, Wontak estava pedindo por aquilo. Principalmente depois de roubar um pedaço da pizza do mais velho e fazer com que o rosto dos dois estivesse a uma distância perigosa. Baek olhava no fundo dos olhos do outro com um sorrisinho sacana no canto dos lábios, tentando buscar algum indício de que aquilo não era uma brincadeira já que bem, Wontak estava mais do que ciente de que Dongki não exigiria muito pra dar um próximo passo. “Você rouba minha pizza e eu que sou o guloso?” Perguntou e sem desgrudar os olhos dele, se esticou até conseguir devolver o restante da pizza para a caixa. Comida era a menor preocupação deles agora. 
O fato de estar encostado no sofá e Wontak estar ligeiramente debruçado sobre si fazia com que houvesse um desnível entre seus rostos. Dong o olhava de cima e por isso, segurou o queixo do outro com firmeza, erguendo-o o suficiente para que conseguissem se olhar melhor. “Você quer mesmo me contaminar, né?” Disse em tom ainda divertido, permitindo que um sorrisinho brotasse no canto de seus lábios. Baek ainda estava hesitante com toda aquela situação, afinal, não era novidade que ele era um cara que gostava de aproveitar a vida e que não perdia oportunidades. Só não sabia ao certo se aquela era uma oportunidade, podia ser só uma impressão. Mas era difícil calcular ao certo com um Won tão próximo de si, obrigando Dong a estudar suas belas feições bem demarcadas, fazendo pausas demoradas na região dos lábios. “Aonde você quer chegar, Wontak?” Perguntou sem enrolação. Não tinha paciência pra jogos e nem pra procurar sinais, se ele queria algo, que dissesse, fizesse ou permitisse que o Baek fizesse. E se quisesse desistir, a hora era agora. Nunca havia tentado nada, mas admitia que tinha curiosidade em conhecê-lo melhor. “Mas eu já avisei que eu só paro de assistir esse jogo se você me der um ótimo motivo.”
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baeixho · 7 years
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yogunmix:
‘‘Cobrador eu não sei, mas que eu conheço alguém muito vingativo que pode fazer isso por perder uma jaqueta, ah… esse sim.’’ Comentou com o ar misterioso que foi cortado pela própria risada segundos depois. Estava brincando, mas no fundo realmente não queria deixar o amigo bancar tudo. De qualquer forma, a empolgação com jogo era tanta que eles teriam que resolver esse b.o mais tarde. ‘’Também acho que não, mas hoje tem que combinar.’’ Dizia aquilo porque não estava com a mínima vontade voltar até a cozinha e pegar um refrigerante e muito menos queria que o amigo saísse agora. Na verdade, Won nem se importava muito com o que beber, o foco principal era assistir um clássico na companhia do outro. A comida era apenas um bônus. Mas caso Dong quisesse, não hesitaria em fazer a cortesia. ‘’Dizem que o vírus do HIV só se manifesta depois de alguns anos, não é?’’ O tom era sério, mas a cara negava. ‘’Tô zoando. Foi mal, cara. Você sabe que o nervosismo é tão grande que a gente até desaprende a fazer as coisas. Mas aqui, ó.’’ Entregou com cuidado o café - morno aquela altura, e encostou-se no sofá com o seu em mãos. O apito tocara e o jogo já começara muito acirrado, por sinal. Vez ou outra lançava olhares a Dong, que também parecia bem concentrado. ‘’Ei, você não vai comer nada não?’’ Voltou-se a ele e observou-o por alguns segundos, ignorando totalmente a sensação de estar parecer um estranho. ’’… Não quero ninguém passando mal depois.’’ 
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“O mau perdedor aqui é você, lembra?” Perguntou sugestivo com uma sobrancelha arqueada, olhando para o outro com o mais puro sarcasmo estampado em seu rosto. “Não sei quem é mais preguiçoso, você ou o Jihan.” Soltou uma risada e em seguida tomou um gole do café enquanto meneava a cabeça. Sabia que Wontak comeria aquela pizza até com tequila se isso não o obrigasse a se levantar de seu lugar no sofá. "É? Você poderia ter pelo menos a decência de me passar o vírus de um jeito melhor, né?” Pegou o café e continuou olhando pra ele com a mesma cara de deboche, a ponto de reclamar que o café já estava quase frio. Dongki tinha essa mania de ser sugestivo com quem era próximo e não, não tinha vergonha por isso. Afinal, era tudo brincadeira até que provassem o contrário ou a curiosidade ultrapassasse o limite do que era comum. 
Agora seu foco era no jogo e não haviam muitas coisa que Dongki levava a sério, mas essa definitivamente era uma dessas coisas. Seu olhar só se desprendia da tela pra ver o próprio copo de café ou para lançar alguns olhares pra figura morena ao seu lado... que a olhava fixamente naquele instante. Ficou encarando de volta com uma expressão confusa até que o outro se pronunciou. “Daqui a pouco, ainda tem café aqui.” Chacoalhou o copo que fez um leve som graças ao líquido que se acumulava no fundo. “E você também não está comendo. Não vai me obrigar a parar o jogo pra te levar pro hospital, né?” Disse em tom brincalhão e deu o último gole no café, partindo pra atacar a pizza. Pegou um pedaço da de queijo e a mordeu, fechando os olhos ao sentir o sabor preencher sua boca. “Hmmm... cara, que saudade de pizza. Come aí antes que eu acabe com tudo.”
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baeixho · 7 years
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haeinxo:
Argh, então esquece. Melhor irmos para o mercado e outro dia eu passo aqui e compro os livros. Mas ei, entre nós três, você é o único que geralmente não faz o que ela pede mesmo. Sem generalizar. Eu sei, não está dentro das minhas capacidades ainda, mas vai saber. Então bem que você poderia me emprestar um dinheiro, que tal? Sei que você tem de sobra pelo tanto que acumula todo mês. Memórias… ah, que saco. Voltar com uma ervinha deve dar menos falatório do que com livros, hein? E muito obrigado pelas suas palavras reconfortantes. 
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Aproveitar o quê? A vida de várzea? 
E você vai levar tudo como? Na mão? Aproveita que a gente tá de carro, cabeção. Ainda tem tempo até o mercado fechar e se atrasarmos um pouco eu invento uma desculpa pra dona Haein. Não posso fazer nada se minha memória é curta e eu quase nunca lembro do que ela pede. Ok, então vou acreditar que você é um gênio em formação pra você ficar feliz, mas a parte do dinheiro... como você me garante que é um bom investimento? Eu sei poupar minha grana e você deveria fazer o mesmo. É que a ervinha dá pra esconder no bolso, agora um livro de 478 páginas capa dura eu acho meio difícil.
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Aproveitar tudo o que você não aproveita porque é um lerdo perfeitinho do papai e da mamãe. E eu trabalho, me respeita, rapaz.
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baeixho · 7 years
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yogunmix:
Certo. Faltava menos de uma hora para o jogo começar e certamente poucos minutos para que Dongki chegasse. Correu até a sala do andar de cima e verificou se estava tudo em ordem. Almofadas: ok; suporte para as bebidas: no lugar; controle: no sofá; aquecedor: ligado. A televisão da sala principal era maior e perfeita para assistirem um jogão daqueles, mas não queria que ninguém -principalmente Miso, os incomodassem. Desceu as escadas logo no primeiro toque e de cara reparou que alguém havia cumprido muito bem a tarefa. ‘’Pronto para ganhar um, você quis dizer. Entre.’’ Abriu espaço para o amigo e fez sinal para que subissem as escadas. ‘’O quê? Eu não vou pagar por tudo isso não. Menos a de chocolate, porque quem vai precisar dela é você.’’ Soltou uma risadinha provocativa que já era mais do que comum entre os dois. Mesmo sendo muito competitivo, Won sabia que resultado nenhum abalaria a amizade entre os dois. Por isso valia a pena manter os insultos. ‘’Não precisa, já temos coisas demais aqui. E ah, valeu por trazer tudo.’’ Disse enquanto terminava de abrir a tampa da pizza em cima da mesinha. Pegou um dos cafés e bebeu um gole até perceber que aquele não era o seu. Açúcar de menos. ‘’Cara, você não se importa de beber no mesmo bico que eu, né? Porque esse, definitivamente, não é o meu café.’’
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“E quem falou em pagar alguma coisa, criatura? Relaxa aí que nenhum cobrador vai bater na porta da sua casa pedindo pra você devolver a pizza dele.” Falou com o tom sarcástico habitual, lembrando-se que ele quem tinha sido chamado de “mão de vaca” apenas algumas horas antes. E bem, nada mais justo já que assistiriam o jogo na casa de Won. “É que não acho que pizza e café combinem muito, por isso perguntei.” Deu de ombros. Pensava mais no amigo, já que ele não tomava líquidos enquanto comia, ou seja, ou o café viria antes ou depois. Subiu as escadas, deixou a sacola e as caixas em cima da mesa de centro, agradecendo mentalmente por estar longe das vistas dos pais do outro, afinal, em dia de jogo ele ficava mais animado do que o normal e saíam altos palavrões que ninguém era obrigado a escutar. “Só vou tomar esse café se você me jurar que não tem herpes ou não pegou nenhuma doença contagiosa nos últimos seis meses.” Tentou manter a expressão séria, mas acabou rindo. “Você nem pra olhar no rótulo, bicho. Agora me devolve meu café antes que eu te faça ir buscar outro.”
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baeixho · 7 years
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haeinxo:
Nós ainda precisamos passar no mercado, não é? Eu não consigo e nem posso pegar leve quando tenho que estudar praticamente todas as regras de um idioma! Mas, ah, você tem razão… Eu sei. O pai ficou sabendo e na mesma hora veio avisar que vai diminuir minha mesada se continuar assim. Mas eu não tenho culpa que prefiro ler um livro físico do que online, oras. Eu não quero depender de um professor, por enquanto. Tenho que ultrapassar meus limites e mostrar a mim mesmo que eu sou melhor professor que posso ter! 
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E quanto a você, precisa estudar mais.
Ou a gente passa ou dona Haein corta nossas gargantas. Mentira, o máximo que ela vai fazer é ficar chateada e começar com jogos psicológicos que ninguém faz o que ela pede. Ok, eu sei que você gosta de estudar, mas você não vai aprender todas as regras de um idioma da noite pro dia. Eu também diminuiria sua mesada, você gasta tudo com livros e depois não sobra nem pra comer. E pensar que eles amavam quando você chegava em casa com sacolas pesadas de livros. Livro físico já é ruim, online é pior ainda. Mas de qualquer forma, boa sorte com seu discurso motivacional.
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Nah, tô tranquilo. Vou começar a faculdade só ano que vem e aí eu vejo o que eu faço. Por enquanto vou aproveitar.
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baeixho · 7 years
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Dongki segurava a sacola com os cafés na mão esquerda e as pizzas se equilibravam sobre a palma de sua mão direita. Sem opção, tocou a campainha com os ombros e esperou até um Wontak sorridente aparecer na soleira da porta. “E aí, pronto pra devolver meu moletom?” Disse em tom brincalhão enquanto entrava na casa que já era mais do que familiar para si. “Peguei pizza de calabresa, queijo e uma menor de chocolate pra te consolar depois da perda.” Dong era um cara que tinha uma atmosfera leve sempre pairando em torno de si. Isso permitia que ele debochasse do outro porque o retorno viria e ele sabia que não se se abalaria com isso. “E caso aqui não tenha refrigerante, avisa que eu volto pra buscar. Não conseguiria trazer mais nada nas mãos.”
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baeixho · 7 years
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yogunmix:
Qual é, você mesmo sabe o quanto você pode ser sacana quando quer. Viu, você sabe ser bem esperto quando quer. Ah, corta essa. Você que está com dó de ter que abrir mão da sua jaqueta.
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Eu odeio você e sua família geneticamente perfeita. Vocês são uma ameça para a humanidade e os queridinhos da sociedade coreana. Olha só, o rei do gelo tem coração. É o que veremos, meu caro. Fechado. 
Então já fica de aviso pra tomar cuidado comigo. E você está ficando muito confiante por ter algo que nem te pertence em primeiro lugar.
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E os Yoo também não são? Algum dia já parou pra analisar uma foto de vocês juntos? Claro que tenho, mas não conta pra ninguém. Até, Yoo Wontak.
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baeixho · 7 years
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Jihan, você quer mesmo levar o seu peso em livros? Você não vai conseguir nem carregar tudo isso! Olha, eu me sinto orgulhoso pela sua conduta, de verdade, você lê mais livros em um mês do que eu li na minha vida toda. Mas você precisa pegar leve, cara. Deveria economizar esse dinheiro pra gastar em outras coisas e você sabe que a mãe vai ficar doida caso você consiga encher a terceira estante da sala. Se quer mesmo aprender inglês, comece um curso que eu te garanto que será mais eficiente.
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Não, não, não… Olha! Esse aqui parece ótimo para treinar inglês. E esse aqui também, e aquele ali da outra estante. Gastar todo o meu dinheiro comprando livros é um investimento pra minha educação ou pra bronca que eu provavelmente vou levar? Me ajuda.
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