bara-no-akuma
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário...
Levo a peça como se estivesse num trem, eu estou dentro dele e não posso para-lo, eu poderia falar com o maquinista, mas tenho certeza que ele está muito ocupado com o andamento do trem, então não irei incomoda-lo até que cheguemos ao nosso destino. Vai todo mundo pro mesmo lugar, de qualquer forma.... Gostaria de pensar em quanto estou imersa com o personagem e como estou me sentindo a partir dele, mas a real é que não dá pra sentir nada... Então eu procuro focar no vazio e no tédio pra fazer as cenas de médico, estou sempre séria, até parece que estou irritada, mas só quero ficar quieta, tipo como olhava pra minha mãe todas as manhãs, porque ela queria conversar enquanto eu não conseguia nem manter meus olhos abertos, a vontade era de mandar ela calar a boca, mas não mandava por ser minha mãe, então só ficava quieta esperando ela parar e com a esperança dela não fazer nenhuma pergunta, mas como eu sou uma pessoa muito sortuda, ela sempre me perguntava um monte de coisas fazendo eu responder cada vez mais alto até me irritar e fechar a cara totalmente, coisa de adolescente. Eu não me considero uma pessoa muito rebelde, nunca dei um problema muito sério, por mais que meus pais achassem que desenhar na aula era algo ruim........... Continuando, essas memórias só me deixam mais irritada e são ótimas pra se lembrar em cena. 
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário reflexivo...
Fiquei assustada quando vi as luzes na escuridão no Anfi-teatro, estava tão convidativo, os ensaios onde não usamos muita luz me dava conforto e trazia um ótimo clima pra peça, tomou outra forma, se transformou, em um piscar de olhos, ver ideias desabrocharem visualmente tem outro tipo de reação, se você vê, é mais difícil duvidar que vai dar errado, e ver aquilo me aliviou de uma forma muito inspiradora, todos colocaram as coisas em cima do palco e ensaiaram. Não esperava que em pouco tempo uma cabeça poderia viajar e com pouco fazer algo bonito, sou extremamente metódica, então não consigo fazer nada bem se não for bem pensado, e se não for pensado eu faço igual a minha cara.... gostaria que a minha cabeça fluísse ideias rápido, pra conseguir viajar mais na minha mente e ter mais criatividade. 
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário do Ator
Com o decorrer dos dias e dos ensaios, a cada flexionada que dava-mos com a turma inteira era algo que mudava em como a minha cena ficava. Nesse último eu decidi fazer a segunda cena de médicos com o mesmo ViewPoint, crescente, como se eu estivesse sempre pedindo algo. Até modifiquei um pouco as falas pra encaixar no que eu estava pensando. Essas cenas de médico tem um aspecto muito esquisito, elas começam e terminam do nada e ninguém entende porque delas estarem alí, só no final realmente se entende.... Na real eu não sei se dá pra entender, quem era a morta que o médico estava levando, talvez seja Madame Clessi ou Alaíde mesmo. Minhas cenas de Mulher Inatual continuam na mesma, mas eu não consigo evoluir muito nelas, talvez a dificuldade me me imergir no personagem, eu não consigo fazer isso com qualquer pessoa e pelo visto não vou. 
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário do Ator...
Estou tendo um pouco de dificuldade pra fazer o meu personagem que é médico, devido eu não gostar muito de nada que a trama envolva hospital, como no meu diário anterior, na verdade eu usei o Dr.House de referência por pura preguiça de montar algo realmente interessante. Mas essa ultima flexionada com o grupo de médicos Fernando e Torugo me proporcionou algo interessante, primeiro que tive oportunidade de eu mesma comandar uma cena, eu sempre quero estar a frente, e segundo que eu tive que pesquisar praticamente tudo na internet sobre o roteiro. Que porras é uma Rugina? ou Cureta? Mesmo assim só hoje eu realmente parei pra pensar sobre o contexto da cena, e ela continua meio confusa por falta de grandes explicações sobre o que realmente acontece. Mas eu estou aqui pra deduzir o que se passou pela minha cabeça, então....
“ O corpo chega na sala de cirurgia, eu só sei que tenho q chegar lá e resolver o problema, mas quando me deparo com o corpo ele está totalmente deformado, e precisa que a anatomia desse corpo seja endireitado, porém é uma suturação complicada e perigosa, mesmo assim é só mais um dia normal de trabalho.” Quando penso em médico, me deparo com uma figura sem muitas expressões, devido ele já ter visto coisas horríveis como corpos abertos ou pessoas a beira da morte e ficar tranquilo ao dar a notícia para a família que está morto. Quando era pequena ia a casa de uma amiga que o pai dela era médico, ele sempre brigava ou alertava as coisas mais horríveis com serenidade e calma, brigava com a minha amiga falando manso e causando medo até em mim que nem era o alvo.
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário do ator...
Hoje foi o dia de flexionar as minhas falas de mulher Inatual, na primeira vez que tinha feito a parte onde eles estão discutindo sobre religião e depois a minha personagem vai embora, eu não tive nenhuma fala interna e as minhas ideias não foram muito boa, é normal já que foi meu primeiro contato com o texto. Nesse dia eu flexionei bastante até chegar o ponto de não precisar mais do texto, percebo que eu tenho uma facilidade com memorização, ou porque eu esteja interessada em fazer direito, fica a dúvida... estava tão desanimada que nem estava muito motivada para a peça mas isso esta passando aos poucos.A “Mulher Inatual” é uma mulher que vai ao velório de uma pessoa que aparentemente ela conhece de longe. Sabe quando você vê a pessoa todo dia e as pessoas costumam falar sobre ela na rua, mas você nunca chegou a conhece-la de verdade? Então, é isso que eu presumo dessa mulher.
“Chego ao velório para dar os meus pêsames e começo a olhar o corpo que estava dentro de um caixão, como podia uma fatalidade dessa ter acontecido com uma mulher tão bonita, e fora assassinada, mas pelo menos estava fazendo algo de interessante, essa cidade não tem lá muitas coisas pra fazer. Do meu lado a um cara estranho de barba, ele começa a falar comigo e eu não vejo o porque de não responde-lo, estou sozinha de qualquer forma, e não vou sair tão cedo. O rosto daquela mulher estava terrivelmente nojento, todo costurado, parecia uma aberração, não tinha como não ver um pouco de graça naquela situação. O cara tinha falado comigo uma vez e não falou novamente, ele parecia rico e não estava acompanhado, talvez me proporcionasse algo de bom... Quando o corpo estava sendo enterrado o homem que falou comigo estava sorrindo, achei estranho e resolvi puxar papo, ele não parecia estar dando muita bola pra minha atenção, entediante, quero ir embora e vai ser isso que eu vou fazer, mas ele voltou a mostrar interesse logo que ameaço sair, faço um draminha básico sobre o lugar onde moro, então eis que ele mostra suas garras e me concede uma boa saída.”
Rejane sugeriu q imaginássemos que estivéssemos passando perto do caixão, mas não vejo sentido nisso, na minha visão o enterro já se encerrou, então não tinha o porque imaginar o senário perto do caixão, não sei ao certo... 
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário do ator...
Durante minhas cenas de médica procuro me espelhar em médicos de séries ou o que me reflete da vida real, o pai da minha melhor amiga é médico, e ele era firme e preciso em suas falas, falava pouco e dava muita informação, o quanto mais breve for melhor. Esse pensamento me dificultou um pouco durante as cenas, devido eu não querer me prolongar muito quando precisava improvisar, um médico precisa ser observador, qualquer detalhe é importante aos olhos dele, então pensava que se eu só me prolongasse com observações e movimentos de procura poderia substituir o tempo que retomaria a minha fala a memória. O melhor simbolo de substituição para mim foi usar o Doutor House como referencia, um cara curto grosso e as vezes um pouco sádico com suas respostas aos exames de pacientes. Algo me me deixou escapar em certas cenas foi a risada, que me foi bem útil na linha de pensamento que o médico que estou encenando pode fazer o que faz por puro prazer em olhar corpos mortos ou que precisam de amputações.
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário do ator...
Nesse dia fomos gravar na “Casa”, onde fiz minha segunda cena de Mulher de Véu com a Bianca. Durante o exercício não deixava de pensar e, desconforto, do quanto aquela casa era estranha aos meus olhos, meu corpo se movimentava automaticamente, eu batia as mãos como se esperasse uma resposta de “Alaíde” o mais rápido possível, em toda a cena não deixava de olhar para ela, com raiva e cobrança, afinal ela tinha roubado o meu namorado e ia se casar com ele. A Mulher de Véu é uma personagem que está constantemente irritada e ironizando algo, me baseei em postura com a noiva do filme “A noiva” um filme russo de  Svyatoslav Podgayevskiy, onde ela está morta e está a procura de um corpo para ser seu receptáculo, ela pouco se move, e tem uma aura sombria ao olha-la.
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário Neutro...
22/05 e 23/05   Esse é um diário duplo, a gente só ficou ensaiando essa semana mesmo, então eu vou contar um pouco das minhas aventuras dentro do camarim para o palco. O começo da peça já estamos eu e a Aryane, lindas nas nossas casinhas,eu semi nua só de calcinha e sutiã e uma bota, com nossos corpos sensualmente desenhado em cena, apenas sedução e brincadeiras com a arma de brinquedo que fica do coldre na cintura dela, e com o Adriel falando, logo depois tem o grito do Bryan onde eu imediatamente paro o que eu estou fazendo pra iluminar a cena dele com o Lucas e a Juliana, a cena acaba dos dois a Fabi começa a fazer um diálogo expositivo falando sobre a o que é o “Paraíso”, enquanto isso pego a minha máscara para ir pra Rave, logo q subo as escadas fico na frente com as ações primárias, parecendo um zumbi, vem a batida policial do nada, e eu só corro pra um canto, a Nayma me acha, tira a minha máscara e me joga pra dentro do camarim pra eu colocar a roupa rapidamente.    A segunda cena começa eu sentando já com meu vestido preto de vampira no sofá com as outras prostitutas, todas alinhadas e toda vez que uma ia para perto do microfone, todas se levantavam iam pro lugar ao lado e sentavam novamente, umas 3 ou 4 garotas depois é a minha vez, eu falo meu texto e volto a sentar no sofá, só que na outra ponta. Esperamos até que a última pessoa fale ao microfone, no caso a Fabi, e então começamos a fazer uma baderna no cenário, o Fernando simula um tiro e todos começam a sair pouco a pouco do palco, só sobrando, Nayma, Fernando, Aryane, Torugo, Eu, Ana Paula e Bianca na cena. Torugo é o primeiro que é investigado por Nayma e logo depois sou eu, que no caso espero que Fernando venha até mim puxando-me pelo braço, sou interrogada e logo após retirada de cena por Aryane, que me coloca dentro do camarim pra eu gemer alto de dor. Nesse tempo eu entro no camarim me visto igual uma doida para ir pra cena das crianças, onde eu sou a primeira da fila que comanda as outras crianças.  Quando entro pra minha terceira cena, espero Torugo e Juliana se sentarem no canto do palco para eu guiar as meninas, passando perto da Juliana dando um 360 pelo palco. Quando volto para perto do ponto inicial, começa uma ação sobre o outro protagonizado por mim, depois que o Lucas começa a falar, pela Kethlyn, depois da música “Happy Day” pela Biaca e depois no outro “Happy Day” volta para mim de novo. Esperamos do casamento acabar com o Torugo e a Nayma se beijando pra eu abraçar os noivos e ir correndo para o camarim me vestir novamente.  Na minha quarta cena eu coloco novamente o meu vestido preto e espero a Lena entrar em cena para eu entrar um tempo depois, andando pelo cenário não interagindo com ninguém, apenas andando como uma maluca dopada por drogas. Depois sentamos junto da plateia, sentamos, voltamos em cena depois que o Wendson faz a abertura do programa, voltamos pro palco e espero a peça acabar para finalizar a peça. Nuss... quanta coisa! Tô até sem fôlego!
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário Neutro...
17/05
 Nossa aula foi toda no teatro municipal, algumas coisas já estavam prontas porque a Rejane já tinha ido lá organizar, o bom é que a gente não perdeu muito tempo pra começar a ensaiar. Tentamos fazer a cena da escola, que seria no começo da peça, mas ela ficou ruim e pouco fluída, então iremos cancela-la. Logo depois fizemos a cena das casinhas, que foi a mesma coisa de sempre, deu certo,não gerou estranhamento de nenhuma das partes,  o único ruim que tava sem a luz azul, mas não influenciou nenhum distanciamento entre a gente . Batida policial foi boa, a Nayma conseguiu uma boa estratégia de jogo pra me por no camarim pra eu não fazer a cena pelada ( fingindo q tava me colocando no camburão). Durante o meu relato de prostituta eu fiquei um pouco nervosa, porque não tava sentindo uma boa fluidez da minha parte, eu acho q vou tentar ficar com uma voz mais roca, vai que eu consigo bom viewpoints. 
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário Neutro...
15/05 Na aula de voz fomos até o Anfi resolver o que iriamos fazer nas próximas cenas, já que a peça não está totalmente montada, e talvez nem seja uma coisa linear, acho que vai acabar ficando em aberto. O ruim é que a sala não estava entendendo o que a professora queria, devido ela já estar usando linguagem teatral com a gente, que infelizmente nem todo mundo entende, eu até comprei um dicionário de teatro de Patrice Pavis, pra ver se eu aprendo mais rápido. Acabou que eu não entendi o que acabou acontecendo, mas fizemos uma cena onde onde várias pessoas inclusive eu ficavam interagindo com outras pessoas, fazendo coisas cotidianas, no meu caso eu comecei interagindo com a Yasmin e com o Adriel como uma puta a se vender, mas a Rejane preferiu que eu fizesse sozinha, então eu fiquei andando pelo cenário com cara de chapada, acho que nessa hora eu vou ficar respirando bem forte pra pressão baixar, seria um tipo de preparação corporal para substituição. A cena em geral foi boa, mas o que caga é o final que não estamos conseguindo amarrar. Enquanto eu estava andando por todo mundo a professora fala que eu precisava estar em outro universo, como se tivesse usado drogas, um tipo de fala corporal que eu já tenho, não com maestria, mas eu tenho, na verdade a minha partitura física foi basicamente de um mendigo cracudo. É .... 
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário Neutro...
09/05 Nesse dia ficamos no teatro municipal para ensaiar, começamos com uma cena na faculdade fazendo uma poluição sonora com as garotas, praticamente todas as meninas eram as prostitutas. Tínhamos que ficar simulando conversas aleatórias enquanto alguém falava no microfone. Logo depois eu e a Aryane fizemos a cena das casinhas junto, que aliás fluiu bem melhor do que da primeira vez, a Aryane conseguiu um desenho corporal junto comigo de uma forma agradável, prefiro que em cena as pessoas olhem pro meu corpo e não pro meu rosto. Na cena da casinha tentei fazer uma ironia, devido a Aryane ser uma policial na peça, então ficava algemando e apontando a arma pra ela várias vezes. Seria sarcasmo ou um jogo teatral?  Logo após a cena tinha abatida policial, que eu não entendi nada, e o discurso em seguida, que eu fiquei de boa porque já sabia mais ou menos o meu texto de cabeça. Minha fala externa quando dizia meu texto era mais ou menos a mesma, eu não fiz muitas mudanças da minha personagem, já que estava gerando poética por si só. Então é nois
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário Neutro...
08/05 
 Na aula de voz dividimos as turmas em vários grupos, o grupo dos casados, as adolescentes, as crianças, os padrinhos e madrinhas. Eu fiz parte do grupo das crianças, o que me incomodou um pouco devido as meninas que estavam encenando comigo no meio do ensaio faziam comentários idiotas como se fossem crianças, eu sinceramente não curto fazer esse tipo de coisa. No começo da cena o grupo tem que fazer a ação sobre o outro, mimetizando o que um do grupo está fazendo, que no caso fui eu. Quando faço um personagem eu gosto de dar personalidade pra ele, que no caso a fala interna criança da Laura, é uma criança introvertida porém agressiva. Em cena eu tinha que usar um urso de pelúcia pra fazer a cena, usei de substituição coisas que fazia quando era pequena com meu bichinhos então meu dispositivo de jogo foi baseado nisso, pena que quando trocou de líder da ação foi a Kéthlyn que só me imitou. A cena foi muito interessante, a turma trabalhou todo mundo junto e cantando “Happy Day” foi bem legal.
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário Neutro...
02/05 Hoje foi basicamente o dia mais constrangedor da minha vida, eu nunca senti tanta vergonha, mas vamos começar pelo início.  Hoje foi a tão esperada “Cena das casinhas” onde eu a Mari simulamos uma cena sensual entre uma bibliotecária tarada e uma prostituta BDSM, ou falando melhor, SIMULARÍAMOS, se eu não tivesse cagado tudo com a minha vergonha, todo o meu trabalho interno de absorção da personagem, a Laura, foi pro ralo, eu discuti com a Mari dias atrás de como eu já estava fazendo um encapsulamento da minha prostituta e como a própria Mari ia agir em cena, já que era eu que tomava mais ou menos o controle. A minha fala interna durante a cena era só na teoria, na hora de falar eu perdia toda minha postura, a luz azul suave, e a outra do celular atrás de mim, tudo aquilo gerou um estranhamento em mim mesma, eu não costumo ficar tão rígida na hora de encenar, eu fazia escolinha de teatro, podia ser uma garotinha apaixonada por um cara em um estalar de dedos, mesmo que eu odiasse o cara que estava em cena comigo, eles até ficavam assustados, porque parecia que eu estava realmente afim deles, mas com a Mari eu não conseguia nem me mexer, meu corpo travou e durante aquela música, parecia que eu estava no meio de um buraco negro da luxúria, eu queria fazer as coisas que estavam na minha dilatação imaginária, mas só o que tinha na minha cabeça era branco, e a Maria falando pra mim que eu podia fazer tudo o que eu queria, com uma cara de inocente e nem um pouco teatral, não era a personagem dela falando era ela mesma. No segundo intervalo de ensaio sem eu ter me mexido nenhum segundo por vergonha, eu decidi falar pra Mari imaginar algo pra a gente fazer na cena, ela provavelmente não sabia o poder que tinha naquele dia, ela perguntou se podia me beijar na hora que começasse, eu acabei deixando, não deu muito certo, eu só queria enfiar a minha cabeça num buraco e nunca mais tirar, eu fiquei tão pasma que vou ter que beber muito chá de camomila pra dormir. BOA NOITE!!!
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário Neutro...
25/04 Como eu sou uma menina muito desesperada e sem tempo no dia pra me organizar, eu já cheguei vendo que tinha que escrever sobre o relato da minha personagem que foi escolhida pra ser prostituta, mas como todos os discursos estavam bem parecidos, a professora me mandou ser um pouco mais criativa na composição da minha mulher. E eu decidi tomar uma absorção comigo mesma, quando eu era criança, já era bem violenta com as pessoas, fiz basicamente uma substituição com a eu do passado. As roupas também não foram nem um pouco difíceis de se arranjar, ainda bem que eu tenho uma dualidade com a minha personalidade, tá mais pra algo tripo ou quadruplo. E acabou que o grosso do meu discurso foi mais ou menos isso: “Quando eu era criança gostava muito de bater em meninos, principalmente se eles me contrariassem, não sei o porque eu fazia isso, mas simplesmente gostava de me meter em brigas e fazer com que os meninos me obedecessem. Uma vez quando estava no ensino fundamental um garoto que eu costumava bater as vezes se confessou pra mim, dizendo que me amava, fiquei confusa, como alguém gostava tanto de ser humilhado desse jeito, e mesmo eu o tratando como bosta ele continuava se ajoelhando aos meus pés, eu não entendia na época, mas no fundo eu sabia que eu gostava daquilo. Aos 18 anos quando iniciei minha vida sexual, ficava sempre com alguém diferente, não tinha um namorado ou namorada, era difícil falar pros meus parceiros casuais sobre meus gostos, comecei a procurar grupos na internet que gostavam das mesmas coisas que eu, grupos de Sadomasoquismo, me encontrava com essas pessoas só pra me divertir, mas sempre com a mesma pessoa eu acabava me cansando. Um dia um homem com quem eu já havia saído uma vez implorou para ter outro encontro comigo, dizendo que estava apaixonado por mim, e eu não queria ficar com ele, mas ele estava tão desesperado e disse que até me pagaria pra ter só mais uma noite de tortura comigo, no começo vi como uma ofensa, mas cada vez mais homens e mulheres me procuravam pra que eu satisfizessem seus desejos de serem domesticados, acabei tomando gosto pelo negócio, era dinheiro fácil para algo que eu amava fazer, tratar com amor alguém, só que do meu próprio jeito.” Quando eu estava na frente do palco falando tudo que tinha escrito na primeira vez, quando não tinha quase ninguém me observando, tentei ao máximo ser muito sexy, mas a mente nos engana não é mesmo? Basicamente os meus viewpoints foram baseados em vozes duras, enrijecidas, fazendo uma substituição com faces de poder, vampiros, mafiosos, chefes de famílias muito ricas, essa era a imagem interna que eu tinha enquanto falava. Mais tarde nessa mesma aula a turma teve várias ideias do que fazer, a que eu mais consegui prestar a atenção, foi uma cena que eu faria com a Marielle, uma amiga minha, onde eu seria uma prostituta paga por ela pra bater nela, já que a minha personagem é do campo de BDSM,( Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo ). Dia conturbando esse em... Mas vamo k vamo!
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário Neutro...
24/04 Agora começamos uma fase onde temos que estudar a estrutura dos nossos personagens, criando regras de jogo internas durante as cenas, estudar os personagens, para a cena ficar mais palpável. Durante as ideias de movimentação e dilatação da RAVE, eu e o Torugo fizemos passos de dança juntos, como numa festa, mas a Rejane quis algo como ações primárias, já que a gente estudou isso, temos que usufruir do nosso conhecimento, eu me lembrei um pouco dos movimentos que os zumbis faziam em “Thriller” do Michael Jackson, as partituras deles no clipe eram mais ou menos o que o povo tava fazendo a minha volta. Na batida policial eu não pensai muito bem no que eu estava fazendo, era como se o meu corpo falasse primeiro que eu, parecia um conflito interno, onde o meu corpo se movimentava primeiro do que qualquer coisa no meio da muvuca, mas eu tinha um desenho corporal na minha mente. Era vulnerável na cena devido eu não ser a pessoa de poder, fiquei confusa mas a mente dilatou. Foi até engraçado porque eu nem vi que a cena acabou. O meu recorte de hoje é:  “Monólogo interior só pode ser criado espontaneamente, isto é, através de uma improvisação da ação do personagem dentro das circunstâncias propostas.” Eu gostei desse recoste devido isso parecer um pouco como eu montei a minha personagem através da improvisação, eu pude formar algo, e mesmo assim dentro do ambiente que estamos construindo na peça. Não tenho tanta coisa pra falar hoje, só sentir.... Chora que hidrata ...
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário Neutro ...
17/04 Não estava presente na aula devido a chuva. 18/04 As duas aulas foram no Anfi teatro da uvv, quando as aulas são no mesmo lugar eu fico confusa, na real por eu ter faltado na aula anterior eu fiquei desorientada do que a gente faria em seguida, cheguei na aula mais perdida que cego em tiroteio. Todos estavam falando de escrever as cenas, e que tinha que relembrar e se apropriar o que a gente tinha feito em todas as aulas anteriores, nossa como aquilo me assustou, mas deixei a vida me levar. Começamos a fazer uma montagem do que a gente lembrava, ficando muito com efeito e irrealidade, tentei por uma lenha na fogueira pedindo pra Nayma realmente me agredir durante a cena,a minha dor seria mais dilatada, no final a Professora não curtiu muito o que a gente tava fazendo tudo muito linear, e mudou algumas coisas na cena, os lugares onde a gente ia sentar, Eram muitos problemas a resolver. Na segunda aula a turma começou um empilhamento sobre ideias do que a gente ia ter na peça, a Rejane pediu para as meninas começarem a escrever características dos "eu lírico”, falas internas, cenicidade,conflitos internos, pra termos uma ideia de como produzir o personagem internamente. A minha foi essa :
   “ Não era uma pessoa ruim, mas também não era santa. Gostava de aproveitar sua vida, mesmo que precisasse pisar nos sentimentos das pessoas. “
  Então...Foi só isso ...   
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bara-no-akuma · 7 years ago
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Diário Neutro...
14/03/18 Quinta-feira Hoje acabei chegando meio atrasada na aula, tudo culpa do meu pai, que arranja de tomar banho 4 minutos antes de eu sair, falando que dá tempo, eu em, que preguiça. Quando cheguei as Vitor Hugo (Torugo) estava com a palavra, falando algumas ideias para usarmos de jogos teatrais, eu acabei não absorvendo tanto a ideia dele, mas tudo bem, eu comentei de algumas series, filmes e jogos que eu gosto. Fables, que é um quadrinho de investigação que mistura figuras de fábulas famosas com “Branca de neve e os sete anões”, “Pinóquio”, “Cinderela”, “Chapeuzinho vermelho”. Sally Face, um jogo de investigação de coisas sinistras que acontecem em um condomínio, onde crianças resolvem mistérios macabros, como no último episodio, que Sal e seus amigos achavam que a mortadela do refeitório do colégio tinha um gosto muito estranho, e acabaram descobrindo que a mortadela era feita de carne humana para que a professora usasse as peles dos corpos para um ritual satânico. E o último, Remothered: Tormented Fathers , um jogo que joguei a um tempo atrás sobre uma detetive que entra em uma casa disfarçada de psicóloga para descobrir o paradeiro da filha do dono da residência, o jogo acaba saindo um pouco do controle, parece que a professora não gostou muito das minhas ideias, deve ser porque eu não sei explicar direito as coisas. Logo após várias conversas de vários temas a turma juntou grupos para apresentar uma cena com o tema de investigação, o meu grupo se saiu muito bem, principalmente a Nayma que foi praticamente a principal da história, eu interpretei uma garota que era amante da menina que fora assassinada, eu não tive muita participação, eu me foquei em ser uma pessoa tão neutra na hora de apresentar, que acabei ficando neutra demais, nem dava pra ver q eu estava na cena, minha única parte marcante (pelo menos pra mim) foi quando a namorada da morta (Ana Paula), estava chorando perto do corpo de sua amada e eu comecei a rir, por conta do chifre que ela levava, mas parece que não foi o suficiente, tanto que a professora elogiou todos do grupo menos eu, pois é, não era pra aparecer mesmo. hummm...   eu vou indo... até mais!  
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