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Bartolomé Maestro
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Former Ravenclaw || 39 || cat tramp Dominic Maestro's Music Shop "owner" Un hombre solo tiene derecho de mirar a otro hacia abajo cuando tiene que ayudarlo a levantarse
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bart-maestro · 10 months ago
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Oscar Isaac for Brioni Fall/Winter 2024
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bart-maestro · 10 months ago
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Bartolomé encarava o rosto de Oliver, tentando decifrar cada pequena mudança em sua expressão. Havia algo reconfortante e, ao mesmo tempo, profundamente desestabilizador em ver Oliver tão perto e tão mais resoluto do que Bart havia visto antes. As palavras do rapaz ressoavam em sua mente, o peso da verdade nelas se aprofundando e ele as ouvia como se esperava uma sentença por um crime que nunca cometeu. Porém, o mais velho sabia que não era inocente e algo dentro dele ainda esperava pelo “mas” nas palavras de Oliver. Ele tinha certeza de que viria - uma ressalva, uma objeção, uma acusação. Que, no final das contas, Oliver decidiria que uma segunda chance não era o melhor caminho. E, em seu cerne pessimista, parte de Bart acreditava que seria melhor assim, que ouvir o rapaz rejeitar essa possibilidade pouparia ambos de mais dor. Bartolomé sempre foi bom em se preparar para o pior.
Porém, o “mas” nunca veio.
As palavras de Oliver fluíam com sinceridade, e cada frase era como uma confirmação das teorias que o músico havia criado no tempo em que estavam separados. No entanto, era engraçado para Bart, quase irônico, ouvir Oliver dizer que sentia como se nunca fosse o suficiente. Para Bartolomé, Oliver sempre foi mais do que suficiente - era uma força que ele nunca soube que precisava até que a perdeu. E agora, ver Oliver admitir essa insegurança deixava o mais velho com um nó na garganta, porque ele sabia que foi ele o causador de tal angústia. — It’s funny, you saying that you feel like you’re not enough… because you’ve always been more than I ever deserved. — Bartolomé riu suavemente, uma risada triste, quase incrédula, enquanto olhava para Oliver. — I thought you were the one who would be better off without me. I spent so much time convincing myself that you deserved someone younger, healthier, happier… someone who could give you more. — ele sentia, mais do que nunca, que talvez o fotógrafo estivesse melhor sem ele. Que merecia alguém que pudesse dar a Oliver uma vida estável, sem o peso de uma existência inconstante e cheia de altos e baixos. Bartolomé havia passado anos tendo certeza disso, que não era o suficiente para manter alguém como Oliver por perto. Mas agora, de frente para ele, com todas essas verdades sendo ditas, o músico tinha que evitar de cometer o mesmo erro novamente. O rapaz estava ali, oferecendo a chance que Bartolomé havia pedido e agora ele teria que decidir se permitir aceitá-la ou tomar o caminho mais fácil. — But I know now that it’s not my place to decide what you deserve, or how you should feel. And I’m sorry for making you feel like you’re not enough. That’s never been my intention, but I know it doesn’t change how you’ve felt… how I made you feel. — ele deu um passo em direção a Oliver, mais próximo do que estiveram em meses, seus dedos quase tocando os de Oliver. — I’m deeply sorry for the hurt I’ve caused you. — ele não havia mentido quando disse ao mais novo que ainda encontraria muitos motivos para se desculpar.
Bart respirou fundo, buscando a força que precisava para encarar algo novo e começou com a voz um pouco mais firme. — If we’re going to do this, let’s do it right this time. Slowly. We don’t need to rush into things like we did before. Let’s get to know each other again, see where we stand now. — havia muito de si que Oliver ainda não tinha visto, o “feio”, como o fotógrafo havia dito; as partes quebradas, as inseguranças, as noites não dormidas e os dias que sair da cama era impossível. Mas havia algo mais também, algo que ele sabia que poderia oferecer. — I don’t want to make promises I can’t keep, but if there’s one thing I’m sure of, it’s that you mean more to me than I’ve ever allowed myself to admit. And I don’t want to let you go, not again. There’s still a lot of the ugly you haven’t seen. But… there’s also a lot of good I want to show you. — ele sorriu suavemente, o calor do momento substituindo o medo inicial assim que o mais novo o tocou. Seu olhar encontrou o de Oliver e seria tão fácil inclinar-se e deixar que seus lábios se conectarem, matando a ânsia que exalava dos dois, mas Bart não ousaria tentar Oliver dessa maneira - não se quisesse fazer a coisa certo. Então, sem tampouco poder resistir ao calor que emanava do mais novo, levou uma de suas mãos ao pulso mais próximo do seu rosto, segurando-o delicadamente a fim de girar o rosto, depositando um beijo suave na palma do mais novo. — I think I owe it to you and to myself to try, this time, with all of it. No more hiding. What do you say, cariño? — ele sentia a verdade de suas palavras com cada fibra de seu ser. Finalmente, depois de tanto tempo, ele estava disposto a tentar, com todos os riscos que isso envolvia.
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bart-maestro · 10 months ago
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Bartolomé encarava o rosto de Oliver, tentando decifrar cada pequena mudança em sua expressão. Havia algo reconfortante e, ao mesmo tempo, profundamente desestabilizador em ver Oliver tão perto e tão mais resoluto do que Bart havia visto antes. As palavras do rapaz ressoavam em sua mente, o peso da verdade nelas se aprofundando e ele as ouvia como se esperava uma sentença por um crime que nunca cometeu. Porém, o mais velho sabia que não era inocente e algo dentro dele ainda esperava pelo "mas" nas palavras de Oliver. Ele tinha certeza de que viria - uma ressalva, uma objeção, uma acusação. Que, no final das contas, Oliver decidiria que uma segunda chance não era o melhor caminho. E, em seu cerne pessimista, parte de Bart acreditava que seria melhor assim, que ouvir o rapaz rejeitar essa possibilidade pouparia ambos de mais dor. Bartolomé sempre foi bom em se preparar para o pior.
Porém, o "mas" nunca veio.
As palavras de Oliver fluíam com sinceridade, e cada frase era como uma confirmação das teorias que o músico havia criado no tempo em que estavam separados. No entanto, era engraçado para Bart, quase irônico, ouvir Oliver dizer que sentia como se nunca fosse o suficiente. Para Bartolomé, Oliver sempre foi mais do que suficiente - era uma força que ele nunca soube que precisava até que a perdeu. E agora, ver Oliver admitir essa insegurança deixava o mais velho com um nó na garganta, porque ele sabia que foi ele o causador de tal angústia. — It's funny, you saying that you feel like you're not enough... because you've always been more than I ever deserved. — Bartolomé riu suavemente, uma risada triste, quase incrédula, enquanto olhava para Oliver. — I thought you were the one who would be better off without me. I spent so much time convincing myself that you deserved someone younger, healthier, happier... someone who could give you more. — ele sentia, mais do que nunca, que talvez o fotógrafo estivesse melhor sem ele. Que merecia alguém que pudesse dar a Oliver uma vida estável, sem o peso de uma existência inconstante e cheia de altos e baixos. Bartolomé havia passado anos tendo certeza disso, que não era o suficiente para manter alguém como Oliver por perto. Mas agora, de frente para ele, com todas essas verdades sendo ditas, o músico tinha que evitar de cometer o mesmo erro novamente. O rapaz estava ali, oferecendo a chance que Bartolomé havia pedido e agora ele teria que decidir se permitir aceitá-la ou tomar o caminho mais fácil. — But I know now that it’s not my place to decide what you deserve, or how you should feel. And I’m sorry for making you feel like you’re not enough. That’s never been my intention, but I know it doesn’t change how you’ve felt... how I made you feel. — ele deu um passo em direção a Oliver, mais próximo do que estiveram em meses, seus dedos quase tocando os de Oliver. — I’m deeply sorry for the hurt I’ve caused you. — ele não havia mentido quando disse ao mais novo que ainda encontraria muitos motivos para se desculpar.
Bart respirou fundo, buscando a força que precisava para encarar algo novo e começou com a voz um pouco mais firme. — If we’re going to do this, let’s do it right this time. Slowly. We don��t need to rush into things like we did before. Let’s get to know each other again, see where we stand now. — havia muito de si que Oliver ainda não tinha visto, o "feio", como o fotógrafo havia dito; as partes quebradas, as inseguranças, as noites não dormidas e os dias que sair da cama era impossível. Mas havia algo mais também, algo que ele sabia que poderia oferecer. — I don’t want to make promises I can’t keep, but if there’s one thing I’m sure of, it’s that you mean more to me than I’ve ever allowed myself to admit. And I don’t want to let you go, not again. There’s still a lot of the ugly you haven’t seen. But... there’s also a lot of good I want to show you. — ele sorriu suavemente, o calor do momento substituindo o medo inicial assim que o mais novo o tocou. Seu olhar encontrou o de Oliver e seria tão fácil inclinar-se e deixar que seus lábios se conectarem, matando a ânsia que exalava dos dois, mas Bart não ousaria tentar Oliver dessa maneira - não se quisesse fazer a coisa certo. Então, sem tampouco poder resistir ao calor que emanava do mais novo, levou uma de suas mãos ao pulso mais próximo do seu rosto, segurando-o delicadamente a fim de girar o rosto, depositando um beijo suave na palma do mais novo. — I think I owe it to you and to myself to try, this time, with all of it. No more hiding. What do you say, cariño? — ele sentia a verdade de suas palavras com cada fibra de seu ser. Finalmente, depois de tanto tempo, ele estava disposto a tentar, com todos os riscos que isso envolvia.
Bartolomé se posicionou no centro do palco, a luz quente refletindo em seu rosto enquanto ele olhava para a pequena plateia. Com um leve toque nos acordes de sua guitarra, a melodia começou a fluir, envolta em um clima de vulnerabilidade e anseio. A letra da canção dan��ava em sua mente, repleta de memórias, não apenas de Oliver e do que eles haviam perdido, mas de outras diversas vezes que Bart não se reconhecia em suas ações e sentimentos. A música era um grito do coração, uma confissão, uma declaração que ele nunca teve coragem de verbalizar. Ao cantar, ele sentiu cada palavra se aprofundar, uma mistura de nostalgia e esperança. A performance o deixava exposto, como se cada nota carregasse uma parte de sua alma. Era libertador, mas também aterrador. Bartolomé sabia que estava revelando muito mais do que pretendia, especialmente na frente de Oliver, que estava ali, observando-o com um olhar que misturava carinho e expectativa. A música fluiu, e ele se entregou completamente, permitindo que a emoção transbordasse.
Ao terminar, a plateia o aplaudiu, o músico sorriu, agradecendo com um gesto mais performático do que tímido, mas seu olhar logo encontrou Oliver. Os comentários sobre a apresentação ressoavam em seus ouvidos, mas o que realmente importava para Bart agora era a conexão que estava se formando entre eles novamente. Com o coração acelerado, sentindo-se cru e vulnerável, como se estivesse sem armaduras. Cada passo o aproximava de Oliver, e, à medida que chegava mais perto do rapaz, o nervosismo misturava-se com um certo medo - do que, ele não sabia exatamente. - Good to know you still like my music. I thought that after exploring some good records, you might change your mind. - disse ele, tentando quebrar um pouco da tensão que pairava entre eles. Depois de alguns poucos segundos de silêncio e sorrisos tímidos, ficou claro que a inquietação não iria desaparecer mais naquela noite e Bartolomé tinha duas opções: enfrentar a situação e ver onde iriam ou fugir dela e fingir que estava tudo bem. Pelo contexto em que se encontravam, o mais velho poderia escolher a segunda alternativa facilmente e até seria mais indicado fazer isso do que encarar meses de emoções intensas e conversas não tidas no meio de uma festa. Porém, Bartolomé estava fugindo há anos, esta era sua especialidade e isso era um dos fatores negativos que os trouxe até ali. Se ele quisesse de fato mudar as coisas, fosse consigo ou com Oliver, ele teria que parar de correr. - It’s not just for show. - começou sem saber onde iria. -  The song, I mean, isn’t just an performance. The music… helps. - o músico sentia que não precisava explicar para Oliver, então resolveu ser direto. - I have to admit, the last thing I wanted was for you to feel like you did something wrong. I agree we were too fast, and I don’t see how we would have ended any other way given how we were. - por mais que houvessem dezenas de coisas que eles poderiam ter feito diferente enquanto estavam juntos, Bartolomé sabia que não estavam em um lugar que eram capazes que fazê-las. - But the truth is, every day I wonder if letting you go was one of the biggest mistakes of my life. - ele hesitou, evitando pensar nos efeitos de verbalizar aquele sentimento. - I underestimated how much you cared, I see that now. And the connection we had… I’ve never felt that before. -  permitiu-se uma breve pausa para pensar nas palavras que viriam a seguir, voltando seu olhar para o rosto de Oliver finalmente - And even though it was complicated, what we had is something I wouldn’t let go of if I were offered the chance again.
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bart-maestro · 10 months ago
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Bartolomé se posicionou no centro do palco, a luz quente refletindo em seu rosto enquanto ele olhava para a pequena plateia. Com um leve toque nos acordes de sua guitarra, a melodia começou a fluir, envolta em um clima de vulnerabilidade e anseio. A letra da canção dançava em sua mente, repleta de memórias, não apenas de Oliver e do que eles haviam perdido, mas de outras diversas vezes que Bart não se reconhecia em suas ações e sentimentos. A música era um grito do coração, uma confissão, uma declaração que ele nunca teve coragem de verbalizar. Ao cantar, ele sentiu cada palavra se aprofundar, uma mistura de nostalgia e esperança. A performance o deixava exposto, como se cada nota carregasse uma parte de sua alma. Era libertador, mas também aterrador. Bartolomé sabia que estava revelando muito mais do que pretendia, especialmente na frente de Oliver, que estava ali, observando-o com um olhar que misturava carinho e expectativa. A música fluiu, e ele se entregou completamente, permitindo que a emoção transbordasse.
Ao terminar, a plateia o aplaudiu, o músico sorriu, agradecendo com um gesto mais performático do que tímido, mas seu olhar logo encontrou Oliver. Os comentários sobre a apresentação ressoavam em seus ouvidos, mas o que realmente importava para Bart agora era a conexão que estava se formando entre eles novamente. Com o coração acelerado, sentindo-se cru e vulnerável, como se estivesse sem armaduras. Cada passo o aproximava de Oliver, e, à medida que chegava mais perto do rapaz, o nervosismo misturava-se com um certo medo - do que, ele não sabia exatamente. - Good to know you still like my music. I thought that after exploring some good records, you might change your mind. - disse ele, tentando quebrar um pouco da tensão que pairava entre eles. Depois de alguns poucos segundos de silêncio e sorrisos tímidos, ficou claro que a inquietação não iria desaparecer mais naquela noite e Bartolomé tinha duas opções: enfrentar a situação e ver onde iriam ou fugir dela e fingir que estava tudo bem. Pelo contexto em que se encontravam, o mais velho poderia escolher a segunda alternativa facilmente e até seria mais indicado fazer isso do que encarar meses de emoções intensas e conversas não tidas no meio de uma festa. Porém, Bartolomé estava fugindo há anos, esta era sua especialidade e isso era um dos fatores negativos que os trouxe até ali. Se ele quisesse de fato mudar as coisas, fosse consigo ou com Oliver, ele teria que parar de correr. - It's not just for show. - começou sem saber onde iria. -  The song, I mean, isn't just an performance. The music... helps. - o músico sentia que não precisava explicar para Oliver, então resolveu ser direto. - I have to admit, the last thing I wanted was for you to feel like you did something wrong. I agree we were too fast, and I don't see how we would have ended any other way given how we were. - por mais que houvessem dezenas de coisas que eles poderiam ter feito diferente enquanto estavam juntos, Bartolomé sabia que não estavam em um lugar que eram capazes que fazê-las. - But the truth is, every day I wonder if letting you go was one of the biggest mistakes of my life. - ele hesitou, evitando pensar nos efeitos de verbalizar aquele sentimento. - I underestimated how much you cared, I see that now. And the connection we had... I've never felt that before. -  permitiu-se uma breve pausa para pensar nas palavras que viriam a seguir, voltando seu olhar para o rosto de Oliver finalmente - And even though it was complicated, what we had is something I wouldn’t let go of if I were offered the chance again.
trick or treat? | maestroy
bart-maestro​:
Claro que Oliver não o odiaria, ele provavelmente não podia odiar nada nem ninguém, mas a afirmação não deixou de causar uma risada nasal, acompanhada de descrença. Aquele estava longe de ser o real problema de relação entre eles, pelo menos longe de ser o único - Bart tinha impressão que o fotógrafo já tinha chegado àquela conclusão, então não quis entrar nessa discussão. Ouvir que o mais novo se culpou pelo término deles era doloroso e lembranças da noite chuvosa que ele apareceu em sua porta saltaram em sua mente. Foi Bartolomé quem não pode verbalizar as palavras que Oliver queria, foi ele quem deixou as coisas chegarem ao extremo, foi ele quem quebrou o coração do outro. O que o aliviava era ouvir que o rapaz tinha chegado à conclusão de que a responsabilidade da relação era um peso que dividiam, mesmo que não compartilhassem. - You can be sure that I will still find plenty to apologise for. - brincou, ainda que tivesse uma lista mental de diversos enganos cometidos. 
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Oliver estava certo, eles tinham atropelado as coisas sem dar tempo para alinhar o que esperavam um do outro, mas Bart não conseguia imaginá-los fazendo diferente. As desculpas de Oliver, por sua vez, o pegaram de surpresa; ser pressionado era algo que Bart ainda não havia pensado sobre - talvez logo o fizesse, mas não naquele momento. - You once told me that you wished I could see myself as you see me. I wish the same. That you could see the light you give to everything, the value with which you see life. I basked in it selfishly and this… - apontou a mesma festa a qual Oliver se referia. - …is only happening because of you. You reminded me what it’s like to feel alive, what it’s like to be part of something. - o mais novo havia sido a melhor e pior coisa a acontecer na vida de Bartolomé, mas não achava que seria adequado da sua parte verbalizar esse sentimento. Sem Oliver, o músico teria continuado sua vida satisfeito com a solitude; mas com ele, era como se tivesse aberto a janela de um quarto iluminado por luz artificial para ver a luz do sul – não tinha retorno disso. Antes que qualquer um deles pudesse trocar mais alguma palavra, Bartolomé ouviu seu nome sendo chamado no microfone e a bolha entre ele e Ollie foi quebrada. - It looks like I won’t escape the stage today. - comentou divertido, repassando mentalmente as músicas que poderia apresentar. - Hey, I hope you find your space here too. With or without me. - comentou antes de se afastar completamente, decidindo que iria manter aquela conversa em aberto ainda no palco.
“And I’ll be here when you’re ready to apologize for anything your wonky little head thinks you have to.”, brincou. Sabia que tanto ele quanto Bartolomé encontrariam infinitos motivos pelos quais eles fizeram aquele relacionamento dar errado, tinham todo o tempo do mundo para aquilo. Oliver estava lidando muito bem com toda a conversa, até o músico começar com as palavras bonitas, fazendo-o corar e desviar o olhar. Até o momento, estavam falando apenas sobre o passado, os erros e os aprendizados, mas ouvir Bart tratá-lo daquela forma apaixonada fez com que algo quente surgisse nas entranhas de Oliver, um que ele não queria ter que lidar naquele momento. Fato é que, ele ainda nutria algum nível de paixão e atração pelo homem - Ollie já tinha parado de negar isso para si mesmo há um tempo -, por isso estava sempre sujeito ao perigo dos seus próprios sentimentos. “I’m working on it, I swear. And thanks for thinking this stuff about me.”, era tudo o que ele conseguia falar sem começar a se enrolar demais. “You also made me feel alive, desired and a lot of other things that I never felt before.”, completou.
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Oliver agradeceu a todos os deuses que ele conhecia por terem interrompido a conversa, pois ele tinha medo do que mais deixaria escapar se continuassem ali. Observou Bartolomé se dirigir até o palco com o microfone, pegando o violão que estava ali caso alguém quisesse usá-lo. O músico se acomodou num banquinho, respirou fundo, limpou a garganta, e sem dizer mais nada, começou a dedilhar uma melodia lenta. I tied myself with wire, to let the horses run free, playing with the fire until the fire played with me. Não era nenhuma música que Oliver conhecia, mas isso não dizia muito, já que o fotógrafo não conhecia muito além do que Bart tinha lhe apresentado. Porém, um rápido olhar pela plateia lhe fez perceber que ninguém cantava junto ou batia os pés no ritmo da canção. Todos observavam fixamente o homem no palco fechar os olhos e cantar os versos com a voz rouca, hipnotizados pela entrega de Bartolomé à sua própria canção. We set ourselves on fire, oh God, do not deny her, it’s not if I believe in love, if love believes in me, oh, believe in me. Era uma música triste, sobre um homem solitário e arrependido, que não sabia lidar com o amor ou com ser amado. Oliver prestou bastante atenção na letra, pois tinha a sensação de que aquele era o jeito de Bart falar sobre o que ele sentia. Para o fotógrafo, era obvio que aquele seria a terapia e o refúgio do homem. I’ve been in every black hole, at the altar of the dark star, my body’s now a begging bowl, that’s begging to get back, begging to get back to my heart. Ollie sabia que aquilo não era sobre ele, mas sim sobre as barreiras e as dificuldades que Bartolomé tinha, as mesma barreiras e dificuldades que o levaram a se fechar para qualquer coisa boa que pudesse existir entre eles. Quando a música acabou, Oliver encarava Bartolomé com os olhos marejados e o coração acelerado. Queria abraçá-lo, acolhê-lo ou qualquer coisa do tipo, mas sabia que não era o lugar dele fazer aquilo. Em vez disso, esperou pacientemente até que o músico lhe encontrasse novamente. “You’ve put it quite a show there. Congrats. I’ve missed your songs and your voice.”, havia muito mais que Ollie gostaria de falar, mas Bartolomé tinha que abrir a porta para ele. estava cansado de tentar arrombá-la a qualquer custo.
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bart-maestro · 2 years ago
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trick or treat? | maestroy
ollie-roy​:
Oliver deixou escapar um riso bem humorado diante da declaração do músico. O problema nunca tinha sido sobre ele odiar Bartolomé, na verdade era exatamente o contrário. O homem poderia ter feito pior e provavelmente Ollie estaria sofrendo por não ser bom o suficiente, por ter estragado tudo. “I could never hate you and that was the real problem, wasn’t it?”, respondeu, dessa vez deixando seu olhar vagar pelos arredores. A festa continuava como se nada estivesse acontecendo, ninguém realmente ciente do mundo particular que ambos tinham criado ali. “I was upset for a while, but never with you. I kept blaming myself for being… Well, being me, or at least the me I was taught to see.”, ele estava se atrapalhando um pouco com as palavras, o pensamento saindo um pouco do controle, mas respirou algumas vezes parar manter o controle. “What I’m trying to say is that I still don’t hate you, but now I see that I was in really bad shape. And I also know that I wasn’t the only one to blame for ending everything.”, era mais fácil falar sobre o assunto do que Oliver jamais achou que seria. Na verdade, a medida que as palavras saiam, ele sentia o peso em suas costas diminuir. Como se ele estivesse compartilhando com Bartolomé uma carga que ele também tinha que carregar.
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O fato do músico ter sido mais aberto sobre seus sentimentos quando não estavam mais envolvidos não passou despercebido para Ollie, e ele estaria mentindo se dissesse que não analisou a situação algumas vezes. Ele tinha uma teoria sobre, uma que ele decidiu dividir apenas porque sentiu que estavam num bom momento. “Thanks. Your apologies means a lot to me. But thinking about it now, I guess I don’t blame you. We were never friends before getting together. Everything happened crazy fast, I was so eager to be with you, so starstruck by the discovery of being gay and afraid of being alone that we never really had the time to getting to know eachother and getting eachothers trust.”, eles estavam fazendo tudo às avessas, dando tempo ao tempo e descobrindo a natureza daquela nova relação a medida que as coisas iam acontecendo. Era o que eles deveriam ter feito desde o início e provavelmente pouparia muito sofrimento e desconforto de ambas as partes, mas não havia muito o que fazer sobre o que já tinha acontecido. “I’m sorry for rushing things and presure you. I was very new to all of this.”, disse gesticulando para a festa, cheia de pessoas diferentes e felizes como ele agora se sentia.
Claro que Oliver não o odiaria, ele provavelmente não podia odiar nada nem ninguém, mas a afirmação não deixou de causar uma risada nasal, acompanhada de descrença. Aquele estava longe de ser o real problema de relação entre eles, pelo menos longe de ser o único - Bart tinha impressão que o fotógrafo já tinha chegado àquela conclusão, então não quis entrar nessa discussão. Ouvir que o mais novo se culpou pelo término deles era doloroso e lembranças da noite chuvosa que ele apareceu em sua porta saltaram em sua mente. Foi Bartolomé quem não pode verbalizar as palavras que Oliver queria, foi ele quem deixou as coisas chegarem ao extremo, foi ele quem quebrou o coração do outro. O que o aliviava era ouvir que o rapaz tinha chegado à conclusão de que a responsabilidade da relação era um peso que dividiam, mesmo que não compartilhassem. - You can be sure that I will still find plenty to apologise for. - brincou, ainda que tivesse uma lista mental de diversos enganos cometidos. 
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Oliver estava certo, eles tinham atropelado as coisas sem dar tempo para alinhar o que esperavam um do outro, mas Bart não conseguia imaginá-los fazendo diferente. As desculpas de Oliver, por sua vez, o pegaram de surpresa; ser pressionado era algo que Bart ainda não havia pensado sobre - talvez logo o fizesse, mas não naquele momento. - You once told me that you wished I could see myself as you see me. I wish the same. That you could see the light you give to everything, the value with which you see life. I basked in it selfishly and this… - apontou a mesma festa a qual Oliver se referia. - …is only happening because of you. You reminded me what it's like to feel alive, what it's like to be part of something. - o mais novo havia sido a melhor e pior coisa a acontecer na vida de Bartolomé, mas não achava que seria adequado da sua parte verbalizar esse sentimento. Sem Oliver, o músico teria continuado sua vida satisfeito com a solitude; mas com ele, era como se tivesse aberto a janela de um quarto iluminado por luz artificial para ver a luz do sul – não tinha retorno disso. Antes que qualquer um deles pudesse trocar mais alguma palavra, Bartolomé ouviu seu nome sendo chamado no microfone e a bolha entre ele e Ollie foi quebrada. - It looks like I won't escape the stage today. - comentou divertido, repassando mentalmente as músicas que poderia apresentar. - Hey, I hope you find your space here too. With or without me. - comentou antes de se afastar completamente, decidindo que iria manter aquela conversa em aberto ainda no palco.
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bart-maestro · 2 years ago
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trick or treat? | maestroy
ollie-roy​:
E lá estava Bartolomé, novamente falando o quão gentil ele era, quando na verdade ele estava falando o óbvio. Talvez ele realmente devesse acreditar que gentileza e compaixão eram partes essenciais de si, já que estava colocando todas as percepções de si mesmo em cheque. Ollie sempre teve muita dificuldade em aceitar elogios, porque ele nunca acreditou que era o tipo de pessoa que merecia eles. Fez uma nota mental de discutir sobre o assunto com seu terapeuta na próxima sessão, sabendo que não faria bem nenhum pensar demais ali. A preocupação de Bartolomé com sua segurança não era nova, e Oliver imaginava que o assunto surgiria em algum momento. “As safe as I can be. My house now have a ton of defensive spells and I avoid walking by myself on the streets.”, o fotógrafo adoraria que seu nome estivesse nas matérias do Profeta Diário porque ele era um ótimo jornalista, mas a verdade era outra. “A lot of people dropped their positions on tha Daily Prophet, afraid of what could happen to them. Only a few are working right now and the Ministry is covering a lot to avoid completely panic.”, falando em voz alta, Oliver se achava pouco inteligente por ter escolhido ficar. Ele estava realmente se colocando em risco ali, mas as pessoas mereciam saber a verdade sobre o que estava acontecendo. Mereciam ter a informação necessária para se preparar para o pior.
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A oferta do músico era inusitada, visto que a natureza da relação deles ainda era incerta e indefinida, mas Ollie entendeu como um gesto de cuidado e ficou grato por isso. “I would never ask you something like that, Bartolomé. I can’t put anyone in danger but myself. But thanks, really”, ele jamais se perdoaria se algo acontecesse com o músico por sua culpa. O assunto morreu e Oliver fez questão de tentar deixar o clima mais leve, afinal, aquela era uma noite para esquecerem do que estava acontecendo lá fora. Porém, a próxima pauta que o músico tinha em mente não era exatamente agradável, pois tocava em pontos sensíveis. Não fazia ideia do que Bart tinha em mente ao falar aquele tipo de coisa e teve que fazer um esforço para não ficar ansioso com todas as possibilidades e cenários por trás do comentário. Ele sentia falta daquela relação, era isso. Simples. Nada mais, nada menos. E Oliver também sentia, mas dessa vez não queria dizer que ele sentia vontade de voltar atrás, ou que ele estava desesperado para ter Bartolomé de volta. “Yeah, me too.”, respondeu de forma sincera, mantendo a cabeça erguida e lutando para não desviar seu olhar do mais velho. Não precisava ficar constrangido, ele não era mais essa pessoa.
Bartolomé não sabia dizer exatamente quando, mas uma chave virou entre eles. Buscando entre as memórias do tempo que passaram juntos, no meio de todos os bons momentos, havia sempre uma certa tensão, uma preocupação em estabelecer limites e não ultrapassá-los, em calcular o que era dito e ponderar como cada palavra era recebida. Agora eles estavam sendo mais abertos um com o outro, pelo menos era o que o mais velho sentia. Percebia uma nova camada em Oliver que não estava ali antes, algo mais escuro e mais assertivo, como se ele tivesse explorado terrenos desconhecidos que tinham mostrado muito a ele e o fotógrafo ainda estava buscando o equilíbrio do que tomar daquilo. Ou talvez aquela impressão era apenas a mente de Bart lhe pregando uma peça enquanto ele mesmo redescobria como seu relógio girava. - I’m sorry about that. - não havia muito mais a dizer em relação ao trabalho de Oliver, o músico sabia que não seria fácil afastá-lo da ideia de que ficar era o certo e tampouco estava em posição de tentar o fazer. As medidas de segurança apontadas estavam longe de serem o suficiente para acalmar as preocupações de Bart, mas não havia nada que ele podia fazer a não ser oferecer abrigo e esperar que Ollie nunca precisasse. 
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Quando o mais novo apenas concordou com sua afirmação e não fez mais nenhum comentário, o músico achou que a conversa acabaria ali, mas as palavras do seu tio reverberaram em sua mente desde que voltara da Guatemala. You can’t fight him if he is the one you’re fighting for. - The day you came to drop off some of my things that were in your apartment, I thought you would hate me forever. - colocou voz em um temor que muito o havia perseguido, esforçando-se para fazer o que mais tinha dificuldade, verbalizar o que passava em sua mente e em seu coração. - Afterwards, we kept bumping into each other and I realized that I was more open with you in these last few encounters than I had been in the months we had spent together. And I apologize for that. - suas palavras não eram incertas e não procuravam validação. Oliver uma vez perguntou por que Bartolomé não contava as coisas que o perturbavam e a resposta tinha mascarado a verdadeira insegurança que o músico carregava consigo e o tinha levado à solidão. Aquela era uma tentativa de ir contra isso; mínima, talvez insignificante, mas uma tentativa.
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bart-maestro · 2 years ago
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trick or treat? | maestroy
ollie-roy​:
O fotógrafo revirou os olhos ao ouvir Bartolomé subestimar o seu próprio talento. Ele podia achar que estava enferrujado, mas Oliver sabia o quanto o músico era talentoso e o quanto as pessoas iam adorá-lo no palco. Ele tinha uma espécie de magnetismo no palco que não tinha nada a ver com ser o melhor músico de todos, mas sim com o quanto ele se entregava de corpo e alma quando ele performava. Mesmo sozinho em seu apartamento, Ollie já tinha espiado o transe em que Bart entrava quando ele estava tocando suas músicas e era hipnotizante. “Oh please, don’t be so modest when you know you’re a damn great musician”, Oliver debochou do mais velho como se fossem velhos amigos, o que ele percebeu ser verdade àquela altura do campeonato. “Nobody here is gonna find that you’re rusty. Just go for it if you want it.”, antes que pudesse perceber o que estava fazendo, o fotógrafo tocou o braço de Bartolomé amigavelmente, dando um aperto como se para transmitir confiança. Era a primeira vez que eles realmente se tocavam depois que terminaram de vez e era estranho sentir a pele quente do homem sob a sua palma novamente.
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A pergunta não lhe pegou de surpresa, nem lhe deixava desconfortável. Era algo que tinha aprendido a responder com certa sinceridade de tempos em tempos, apesar da resposta não ser muito positiva ultimamente. “Well, how should I put this… Generally, I’m doing fine, but we’re living tough times so sometimes I’m not so great.”, no que dizia respeito aos seus traumas e seus problemas pessoais, Oliver nunca esteve melhor, porém ele não podia falar com seu psicólogo sobre a guerra que assolava o seu mundo tão abertamente. Aquele era um problema que ele estava lidando sozinho. “Being a gay halfblood it’s like having a target on my back everywhere I go. But I’m dealing with it the way I can.”, o fotógrafo deixou de fora a sua preocupação com seus familiares e como isso acabou o levando a se isolar ainda mais. Ainda não tinha conseguido resolver a questões com seus pais, apesar de trocar cartas esporadicamente com a mãe, mas se preocupava com a segurança deles e de seus recém-descobertos irmãos. Cottismore não precisava estar ligado a um mestiço naquele momento, principalmente estando na posição que estava no Ministério. “I’m quiting drinking and i’m trying to quit smoking too, but this one it’s a little harder to lose the habit”, comentou fazendo um gesto com a lata de coca-cola que estava bebendo e sorriu constrangido por agora compartilhar o vício de Bartolomé.
Oliver, como sempre, estava sendo generoso. Bart tinha noção do seu talento como músico e sabia também de suas limitações; ele sabia performar e tinha paixão pelo o que fazia, sabia que isso ficava a mostra quando estava com um violão em mão, mas letras e melodias podiam ser pessoais demais e sua ineficácia em separar as coisas se provou fatal na breve e única tentativa de profissionalização que havia feito quando mais novo. - You are very kind, Ollie, but my friends here probably don't share your compassion. - retrucou bem humorado, ainda que não fosse nenhuma mentira. Oliver sempre tinha as melhores palavras a oferecer, sempre via o melhor nas pessoas e sempre tentava fazê-las se sentir bem. Ele era único em sua bondade e Bart o amava admirava por isso. Sentir o toque em seu braço, despertou em Bart emoções que não eram apropriadas para o momento. Antes de Ollie, ele pouco sentia o toque humano além de casuais apertos de mãos e abraços breves, a presença constante do rapaz eu sua vida nos últimos meses havia mostrado o quanto ele gostava de ter aquilo e a ausência repentina lhe dava uma sensação de abstinência, que despertava com o gesto breve do fotógrafo. - Thank you. - respondeu sinceramente o suporte de Oliver, esperando que ele não notasse sua tensão repentina. 
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A resposta do mais novo não surpreendia Bart em nada. Era claro que Ollie estaria cada vez mais envolto às tragédias que aconteciam, afinal, ele trabalhava no maior jornal bruxo e era inerente dele tentar fazer a diferença onde podia - este era uma dos poucos tópicos de discordância entre eles, o fato de Oliver se expor tanto a perigos que poderiam ser evitados. - I’ve seen your name a lot in the newspaper. Are you being safe? - se havia algo que o músico nunca havia escondido era sua preocupação com o mais novo e isso não mudaria agora. Com tantas coberturas como ele fazia, era fácil identificá-lo, encontrá-lo, machucá-lo - Bart não queria esses temores se tornassem realidade. - You know, the Maestro's roof has always been a shelter for those in need, if you ever find yourself calling for one. - o sofá no andar superior já havia absorvido muitas lágrimas e Oliver sabia de algumas das histórias, como a dele e a de Tony, tinha até vivido a sua própria lá. As circunstâncias agora eram diferentes, mas o acolhimento não mudaria. - Well, I'll drink to that. - respondeu em um tom mais divertido, seguindo Ollie na tentativa de não deixar o assunto pesar. Era bom saber que o fotógrafo estava se cuidando, mas Bart estava longe de tentar largar seus vícios. - I missed it, you know. Having you around. - verbalizou após alguns segundos de silêncio, olhando para a própria bebida.
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bart-maestro · 2 years ago
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trick or treat? | maestroy
ollie-roy​:
Oliver riu da imitação de Bart, mais uma vez surpreso ao vê-lo confortável em seu universo particular. Talvez fosse um viés da sua mente naturalmente negativa, mas o fotógrafo tendia a pensar que não tinha visto aquele lado confiante e relaxado de Bartolomé durante os meses que passaram juntos. Provavelmente porque Ollie na época fora um bichinho ansioso que tornara tudo mais difícil e… “Nope. Don’t go there.”, disse a si mesmo quando percebeu o que estava fazendo. Aquilo não era verdade, era apenas a sua interpretação da realidade - completamente deturpada pela sua terrível percepção de si mesmo. Ao longo do seu tratamento, Oliver tinha chegado na conclusão de que grande parte de quem ele achava que era, não era real. Agora ele vivia o conflito desconfortável de tentar descobrir quais partes de si eram realmente suas. O fotógrafo franziu a testa ao ouvir a resposta de Bartolomé, mas ele sabia exatamente o que o homem queria dizer. “Yeah, I know. It’s difficult when you lose the habit to always say that you’re fine.”, assentiu, deixando de fora o fato de que estava cada vez mais difícil encontrar o necessário para realmente se estar bem no meio de tudo o que estava acontecendo. “So keep it that way, Maestro. It suits you well.”, brincou, tentando retomar o bom humor.
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“Oh no, this isn’t for me. I brought so the guests can take pictures of themselves if they want.”, ele jamais tentaria fotografar pessoas que ele não conhecia quando não estava trabalhando. A única vez que se permitia fazer isso era quando estava na rua tirando fotos da paisagem. Assim que Bart se distanciou para checar os outros convidados, Ollie se aproximou das únicas pessoas que conhecia ali e aproveitou para circular a câmera entre os convidados. Alguém já estava muito entusiasmado fotografando seu grupo de amigos e Oliver ficou feliz ao assistir a cena de longe. Sua atenção foi atraída por Bartolomé em cima de um pequeno palco, sua voz rouca no microfone dando as boas vindas aos amigos. A premissa da festa pegou o fotógrafo de surpresa, pois não era apenas uma festa comum de Halloween, mas sim um espaço seguro para pessoas como ele mesmo. Olhando em volta com mais cuidado, Ollie viu pessoas de todos os tipos, a maior parte obviamente queer. Aquilo despertou um sentimento de pertencimento que o rapaz há muito não sentia. Assim que Bart deixou o microfone, deu-se início a uma sequência de apresentações dos convidados. Oliver estava assistindo a dois bruxos performarem algumas músicas de Rocky Horror Picture Show, deslumbrado pelo talento e pela liberdade de quaisquer amarras de ambos, quando Bartolomé finalmente parou ao seu lado novamente. “So, are you going to present something?”, perguntou mais curioso do que qualquer coisa. Bart era um ótimo músico e com certeza boa parte das pessoas ali esperava que eventualmente ele lhes agraciasse com uma música ou duas.
A festa estava seguindo como deveria; pessoas conversando, rindo e interagindo, trocando ideias e olhares, sentindo-se livres para tal; a música próxima do palco era alta, mas o volume ia abaixando conforme atingindo a partes mais profundas da loja, o que permitia que todos ficassem confortáveis em seus próprios interesses no evento - e mais uma vez Bart agradecia seu eu do passado por ter investido tanto tempo e esforço em deixar a Maestro’s Music Shop do jeitinho que queria. Entre as risadas e a música, Bartolomé estava tendo uma ótima noite e isso o surpreendeu profundamente. Os seus altos e baixas estavam ficando cada vez mais acentuados, havia noites que ele sequer deitava na cama em busca de descanso e alguns dias parecia impossível sair dela; uma rotina com a loja, os gatos e  visita aos amigos o fazia manter-se na linha e ficava cada vez mais claro que eles sentia falta de pertencer a algo. Mesmo com aquela realização, era difícil fazer as coisas acontecerem quando a energia parecia faltar; naquela tarde mesmo, quando tinha que levantar para arrumar a loja para o evento, perguntou a si o porquê diabos tinha inventado aquilo, sendo que ver pessoas era a última coisa que ele queria.  Mas ali estava ele, conversando e trocando sorrisos e tendo um bom momento com seus amigos.
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De volta com Oliver, esse sentimento continuava a aquecer seu coração. - Yes, maybe some covers, maybe some of my own, I don't know yet. I’ve been working on some songs lately and it would be interesting to play one of them in public for the first time but I guess I'm kinda rusty with the authorial part of it all. - o rapaz havia passado tempo o suficiente com Bart para saber que ele ficava bem mais confortável com a música de outros do que com as próprias, tinham sido poucas as letras próprias que o músico compartilhou com o mais novo; fosse pela falta de criação de novas melodias ou fosse uma forma de resguardar uma parte de si, o mais velho não sabia dizer. - Ok, now it's my turn, how are you, really? - por mais patético que pudesse parecer, era difícil para eles mentirem um para o outro em uma pergunta tão banal, era como se devem sinceridade um para outro nesse ponto - e no momento que isso se quebrasse, Bart acreditava que não haveria mais volta.
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bart-maestro · 2 years ago
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trick or treat? | maestroy
ollie-roy​:
Foi necessário todo o seu autocontrole para não encarar Bartolomé em sua fantasia. Normalmente o homem não dava a mínima para como se vestia e vê-lo em uma jaqueta de couro e com os cabelos pentados com gel era uma visão e tanto para Oliver. O músico estava claramente relaxado e feliz com a loja - seu lugar favorito no mundo - estar cheio das suas pessoas preferidas. Há alguns meses Ollie se perguntaria mil coisas sobre a felicidade e o bom humor de Bart, mas naquele momento só conseguia compartilhar do momento com ele. Era bom vê-lo bem, principalmente num momento onde era raro ver pessoas se sentindo seguras e felizes. “How dare you? I’m wearing my best outfit.”, brincou e enquanto puxava a barra da calça e mostrava sua meia com estampa de fantasmas. Mesmo assim, se deixou ser levado até o balcão da loja e assistiu enquanto Bartolomé tirava as jaquetas de trás do mesmo. “I don’t have the swag to be a T-Bird, so Pink Ladies it is.”, pegou a jaqueta da mão do músicou e a vestiu sem pensar duas vezes. O mundo não era um lugar seguro para qualquer pessoa que estivesse fora das caixinhas consideradas normais, mas Oliver se convenceu de que estaria seguro o suficiente ali para ser ele mesmo. A jaqueta de couro não ficava tão bem nele quanto ficava em Bart, Tony e Seren, mas Ollie estava satisfeito em fazer parte do grupo. “So… How are you doing? You look well.”, perguntou genuinamente querendo saber a resposta.
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O fotógrafo enfiou as mãos nos bolsos, querendo se ocupar de alguma forma. Ele estava dando um tempo do álcool, agora que estava estável o suficiente para fazer essa escolha. Ainda assim era difícil não ceder ao escapismo para lidar com a realidade e por isso Ollie ainda tinha dificuldade de largar o cigarro. Tinha sido burro da parte dele começar com isso logo depois do término, pois agora era impossível passar um dia sem acender pelo menos um. Porém, olhando pelo lado positivo, ele tinha conseguido reduzir consideravelmente a quantidade, e agora ele estava tentando ver o copo meio cheio. “I know you didn’t ask me too, but I brought a camera so you can save some memories for later.”, disse tirando a sua menor câmera do bolso traseiro da calça. Era uma câmera muito simples, do tipo point and shoot, que ele adorava levar para os lugares e deixar os convidados queimarem o filme. Era sempre uma surpresa gostosa ver as imagens se revelando no quarto escuro em sua casa. “Say cheese.”, disse rapidamente enquanto apontava a câmera para Bart e tirava uma foto espontânea.
A meio de fantasmas fez com que o músico desse uma boa risada. Ver o sorriso de Oliver trazia uma satisfação enorme para Bartolomé, ainda mais quando o gesto estava sendo direcionado para ele. Isso o fazia acreditar que a) Ollie estava bem, estava evoluindo, estava se curando e b) Bart não havia desapontado o suficiente para que tudo entre eles tivesse se quebrado. A escolha pela jaqueta das Pink Ladies também foi uma boa surpresa; por mais que Oliver sentia-se cada vez mais livre para se expressar quando estavam juntos, ele parecia evitar fazer o mesmo na presença de outros. Isso fez com que Bartolomé tivesse certeza que sua decisão de fazer aquela festa havia sido a certa, finalmente. - Peachy keen, jellybean. - respondeu na sua melhor impressão de Betty Rizzo - I'll just counter argue that your choice is not based on swag, but that Rizzo is the best character in the film and people will figure that out once they get over Hot Travolta. - brincou, tendo que morder a língua para não dizer o quão bem Oliver estava naquele instante; o fotógrafo sempre foi bonito e Bart não cansava de elogiá-lo quando estavam juntos, mas a nova confiança adquirida amplificava a beleza do rapaz, ainda que uma certa insegurança aparecia em sua fala. - You know, that's an extremely difficult question to answer sometimes. - respondeu sem realmente pensar e foi nesse momento que o mais velho decidiu que era hora de cortar os drinks da noite. Oliver sempre fazia isso, perguntava como ele estava com um interesse tão autêntico que era difícil para Bartolomé dizer casualmente que estava tudo bem como fazia com todos os outros. Por outro lado, não era como se ele podia contar tudo o que o levava a estar bem ou não para Ollie; não havia feito isso antes, não estava em posição de fazer isso agora. - But I’m fine, at this moment, here and now, I’m fine. And I intend to keep it that way. - completou rapidamente e com sinceridade, esperando que o fotógrafo entendesse. Bartolomé queria saber como Oliver estava, mas não queria perguntar apenas por educação, ainda mais quando não poderia dar todo o seu foco a ele.
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A presença da câmera nas mãos de Ollie era natural e o músico ficou contente com a ideia de ter alguns registros daquela noite. O primeiro flash o pegou de surpresa e depois posou arrumando o cabelo como Danny Zuko pela brincadeira. - It's nice of you to record the evening, just don't be surprised or offended if some of the guests don't want their pictures taken. - mais do que ninguém, Oliver compreenderia a razão daquele comentário. - Well, I have some hosting duties to perform. Go have fun, have a drink. I'll be with you in a minute. - aquilo lembrava a segunda vez que eles haviam se encontrado, também num evento da loja, que foi finalizado com um encontro marcado. Por um segundo Bartolomé imaginou se a história podia se repetir, mas não deu espaço para esses pensamentos. Com um gesto de varinha, o volume da música abaixou o suficiente para que sua voz se fizesse audível no microfone especialmente localizado na festa. - Hello, my beautiful and colourful friends! It's good to have you back in the shop. Some of you already know how this night goes, some of you are new around here. The truth is that most of us have to dress up every day, put on not only masks but shields to protect ourselves from everyday, regular life. Halloween gives us a chance to let our oh-so-odd flag fly, so this is your chance to be yourself or be anybody else. The mic is open. - agora Bart não tinha muito mais o que fazer além de escutar alguns amigos e aproveitar a festa. Entre uma conversa e outra, seus olhos sempre caiam sobre Oliver e logo estavam ao lado um do outro, como se aproximassem sem ao menos perceberem.
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bart-maestro · 2 years ago
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Reunir um bando de proscritos, hilotas e traidores do sangue em um mesmo lugar certamente não era uma boa ideia nos dias em que estavam vivendo. Bart estava preocupado? Sim. Estava com energia para lidar com todos? Não. Estava arrependido? Hell no. A ideia de reunir amigos e conhecidos em sua loja surgiu em uma conversa com Tony, na qual eles lembraram dos primeiros anos que a Maestro's Music Shop estava sob a direção de Bartolomé e festas temáticas eram uma ocorrência comum. Esses encontros eram uma ótima forma de chamar público e estreitar relações comerciais, mas também eram momentos em que o músico e seus amigos podiam se reunir e se expressar livremente, sem precisar calcular o que ou com quem falava. Era um lugar seguro. E Bartolomé queria trazer isso novamente, o Halloween sendo uma ótima data para tal. A organização como um todo foi rápida e em cima da hora, não houve muito tempo para que fosse feito algo profissional e acabou sendo bastante intimista. Os convites foram enviados no dia anterior e apenas um ficou na mão de Bart até o sol começar a levantar-se no horizonte e ele perceber que mais uma noite havia se passado sem que seus olhos fechassem em sono. Talvez fosse a fadiga ou talvez fosse o puro desejo de ver Ollie novamente que o fez enviar o convite naquela hora.
Como imaginado, a maioria dos convidados compareceu e em mais diversas fantasias, das mais coloridas às mais tenebrosas. O músico, por sua vez, escolheu algo simples; uma calça jeans escura, uma camiseta branca justa e uma jaqueta de couro preta com o símbolo dos ‘T-Birds’ nas costas - sim, Bart havia assistido Grease e a trilha sonora do filme ainda era um dos discos mais tocados na loja. A melhor parte é que Tony e Seren tinham entrado na brincadeira e estavam com suas jaquetas de T-Birds e Pink Ladies, respectivamente.
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O músico estava exatamente tentando convencê-los a trocar de casacos quando Oliver se aproximou. - You came. - disse estupidamente, percebendo Seren e Tony se afastarem não tão sorrateiramente. Well, I'll be hearing a lot tomorrow. - Well, we thought it would be nice to throw a little colour into the cloudy days. - comentou olhando para as pessoas espalhadas pela loja, todas sorrindo, conversando e dando risadas, era isso que Bart queria para os seus. - Well, I see you didn't come in a very Halloween spirit, which is unacceptable. Follow me. - seu tom era divertido, tentando afastá-los da conversa sobre o que acontecia no mundo bruxo, pelo menos naquela noite. - There aren't many options, but we do have some T-Birds and Pink Ladies jackets left. Choose your side wisely. - levantou as jaquetas para que Oliver pudesse escolher uma delas, esperando que ele entrasse no espírito da festa.
trick or treat? | maestroy
@bart-maestro​ O convite chegara naquela manhã. Como se o anfitrião tivesse precisado de até o último minuto para decidir se deveria chamá-lo ou não. Oliver, assim como o resto do mundo bruxo, não estava exatamente animado com as festividades de Halloween. Por conta dos ataques e da guerra, não parecia justo se divertir, mesmo que por apenas algumas horas. Para o fotógrafo, estava ficando cada vez mais perigoso transitar pela cidade sozinho, ainda mais trabalhando no Profeta Diário. Ele ainda se mantinha muito próximo da cobertura que o jornal fazia das tragédias da guerra, mesmo que esta estivesse diminuindo cada vez mais. A caligrafia conhecida no pergaminho dizia que o evento começaria por volta das oito da noite e que não era nada formal, apenas um encontro casual de pessoas próximas. Ollie não sabia exatamente como se sentir por Bartolomé ainda o considerar próximo de alguma forma. Depois do encontro que tiveram no St.Mungus em setembro, não tinham mantido contato, mas tinham se esbarrado mais duas vezes no Beco Diagonal. Aparentemente Bart estava sempre checando Tony, agora que o clima estava cada vez mais hostil. Assim como o músico, também demorou até o último minuto para decidir se iria à festa na Dominic Maestro’s Music Shop. “O que eu tenho a perder, não é mesmo?”, foi o que pensou quando vestiu suas roupas temáticas mais discretas e aparatou na frente da loja. Passava pouco das oito, mas era possível ouvir o som de conversa animada e risadas do lado de fora da loja. O sino na porta anunciou sua entrada e Oliver olhou ao redor procurando o anfitrião em meio as pessoas que já estavam ali. Não demorou muito até que o visse conversando animadamente com Seren e Tony em um canto da loja e, em vez de se esconder como normalmente faria, andou até o grupo para cumprimentá-los.
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“Hi everyone.”, disse enquanto colocava uma mão no ombro de Seren e abraçava. Escolheu ela primeiro porque sabia que a mulher jamais o faria sentir desconfortável e estranho naquela situação. Apertou algumas mãos, distribuiu alguns sorrisos tímidos e assim que se deu conta estava sozinho com Bart. “Nice party. Thanks for inviting me… Merlin knows we could all use a little bit of fun right now.”, comentou sendo sincero como sempre. Uma parte de si estava um pouco nervoso de talvez encontrar Bart com um acompanhante e ter que lidar com seus sentimentos. Sabia que isso poderia acontecer a qualquer momento, mas não pôde deixar de ficar aliviado ao encontrá-lo sozinho.
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bart-maestro · 3 years ago
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BARTOLMÉ  “BART” MAESTRO  AESTHETIC MOODBOARD
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bart-maestro · 3 years ago
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maestroy
all the things i did, just so i could call you mine
i. favorite crime; olivia rodrigo // ii. love in the dark; adele // iii. eletricity; dua lipa // iv. darling are you gonna leave me; london grammar // v. fire on fire; sam smith // vi. july; noah cyrus // vii. 1, 2, 3, 4; plain white t’s // viii. getaway car; taylor swift // ix. boy; willow // x. the scientist; coldplay // xi. golden; harry styles // xii. shelter; finneas // xiii. temporary love; the brinks // bonus track: na sua estante; pitty
(listen)
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bart-maestro · 3 years ago
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ollie-roy​:
As palavras do homem ao seu lado tinham um tom de amargor, ressentimento talvez? Oliver não conseguia definir exatamente o que era aquela emoção. Uma parte de si sensibilizada por aquele encontro quis tocá-lo e confortá-lo de alguma forma, mas o resto de Oliver estava muito ciente de que ele também precisava daquelas coisas e, por mais que tivesse progredido, sabia que forçar uma proximidade não lhe faria nenhum bem. Analisando mais profundamente toda aquela situação, nada realmente tinha mudado entre eles; Oliver continuava se esforçando, se abrindo, se expondo e Bart continuava vivendo seus próprios processos em silêncio. O fotógrafo estaria mentindo se negasse que não estava curioso com o impacto que o fim do relacionamento deles tivera em Bartolomé, mas não era da sua conta e não tinha qualquer direito de cutucar algo tão pessoal. Não mais. “You should try it sometime. I can ask my therapist for recommendations.”, ofereceu mesmo sabendo que Bart negaria e lidaria com as coisas da forma que lhe convinha. Talvez até escrevesse um álbum melancólico inteiro sobre tudo o que sentia e não compartilhava.
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Chegaram ao prédio em que Oliver morava antes que ele mesmo percebesse, de tão absorto que estava na conversa e em seus próprios sentimentos. Era estranho repetir aquela cena agora que não tinham qualquer envolvimento. Antigamente daria um rápido beijo no mais velho ou o convidaria para passar a noite, mas agora não sabia exatamente o que fazer. “Well, that’s me.”, disse enfiando as mãos nos bolsos para evitar de fazer qualquer coisa que se arrependesse depois. “Thanks again for showing up.”, agradeceu novamente. Queria dizer mais coisas, algo como “Vamos nos ver mais, talvez seja legal”, mas sabia que não era algo simples. Nada era muito simples entre eles. “See you around, Bart.”, optou uma versão adaptada do costumeiro see you later que sempre compartilhavam, sorrindo uma última vez para o mais velho antes de subir as escadas da frente e entrar no prédio.
Tentar. Bem, Bart podia “tentar” ir a um psicólogo, mas sabia que esta não era a maneira correta de lidar com seus problemas. Ele tinha noção de suas falhas e estava se esforçando para sondar seus mecanismos de cópia a fim de catalogá-los e, esperançosamente, livrar-se dos piores em algum momento. Porém, forçar-se a sentar na frente de um completo desconhecido e falar sobre seus sentimentos não era algo que lhe faria bem; o músico estava longe de ter conhecimento suficiente na área para poder discutir, mas tinha a impressão que estar preparado para um processo de abertura como aquele fazia parte do tratamento e disso ele estava longe. - Maybe next time. - a resposta era tão vazia quanto a oferta, mas ambos estavam cientes disso.
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A estranheza de estarem parados na frente do prédio de Oliver sem saber o que falar, trouxe Bart para a realidade. A conversa havia sido amistosa, eles tinham trocados sorrisos e isso era mais do que o músico podia pedir depois dos últimos encontros que tiveram. Agora, ele não sabia o que fazer ou o que esperar e não só daquele instante, mas do que aquele acaso do destino significaria para eles. - Anytime. - respondeu instintivamente, pois era verdade; independente do que se passava entre eles, qualquer momento que Oliver precisasse de Bart, ele estaria lá - o músico apenas não tinha noção se o rapaz sabia disso ou não. – See you around. - adonou-se da fala do fotógrafo para se despedir, sentindo o coração apertar ao perceber o quão errado parecia dizer que o veria mais tarde como fizeram tantas outras vezes. Em seu caminho para casa, Bartolomé repassou cena após cena da inesperada reunião, sabendo que passaria grande parte do seu tempo nos próximos fazendo o mesmo; ponderou se Oliver falaria sobre isso na próxima sessão de terapia e imaginou que era positivo colocar o que passava em sua mente e seu coração para fora. Ele deveria tentar, como Ollie havia sugerido, mas à sua maneira. Chegando em casa, Bart pegou o violão e um bloco de notas que a muito não via notas autorais.
[finalizado]
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bart-maestro · 3 years ago
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ollie-roy​:
Caminhar com Bartolomé e discutir amenidades era familiar e ao mesmo tempo diferente de tudo o que já tinham feito antes. Desde o primeiro momento em que tinham se encontrado na loja do músico, tinha existido um interesse e expectativa da parte de Oliver. Tudo o que ele falava, fazia e pensava tinha um viés de fazer com que Bart gostasse e quisesse estar com ele. Não era manipulado, porque ainda era ele mesmo, mas sua ansiedade e sua necessidade de amar e ser amado faziam com que sempre estivesse escolhendo a melhor forma de falar algo, de agir e por aí vai. Era algo que Ollie estava tão acostumado a fazer em sua vida e nas suas relações que agora se sentia estranho por não estar procurando incansavelmente por aprovação. Fala sobre sua vida de forma leve, narrando os acontecimentos com naturalidade, rindo quando tinha vontade, mudando de assunto quando queria, e o resultado disso era talvez o mais perto em que Oliver e Bartolomé estiveram de ser amigos. Existia uma bagagem emocional ali, cada um carregando a sua e não tinha como desviar disso, mas também existia uma certa despreocupação que apenas a experiência de ter passado pelo pior e chegado no fim proporcionava. “It’s over. I bleed, I cried, I suffered, and sometimes I still do. There’s nothing more this man could do to me now. I have nothing more to loose, so why should I give a shit?”, era o que Ollie pensava entre assuntos e conversas. “Oh please, she would probably laugh and hug me, glad that I found something that works for me.”, respondeu rindo, pois conseguia imaginar exatamente a cena que descrevia.
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Oliver tomou um momento para pensar em como responderia àquela pergunta, tão subjetiva, sobre um assunto mais subjetivo ainda. “Well, you tell me. I’m still here after all.”, brincou, pensando que em momentos passados não conseguiria manter contato com o músico por tanto tempo. “But I think it’s going well. I was really afraid of going to a shrink, ‘cause I thought people would think that I’m crazy or sick or something, and maybe I am, but you know… I was afraid of he ended up doing something to my brain. A friend of mine recommended this man, he’s a mugle, and I decided to try 'cause couldn’t make it worse, right?”, Oliver não sabia exatamente como contar aquela história sem entrar em detalhes de como ele tinha se degradado durante um tempo. Bartolomé não precisava saber disso. “Normally we talk for an hour about myself, my thoughts, my expectations, my fears, my expectations… And it’s helping me to understand more about why I do somethings and how to deal with some behaviours and patterns. It’s a difficult process, but I feel that I’m changing little by little.”, um passo de cada vez, era assim que Ollie encarava esse processo.
Ouvir Oliver falando de Seren como se a conhecesse era estranho, porque de fato eles se conheciam, eram amigos e por mais que a relação deles pouco envolvia Bart, o mais velho conseguia imaginar claramente a cena onde tomavam algum chá espetacular na loja da ruiva enquanto ela fazia questão de contar algumas situações vergonhosas do músico que presenciara quando era mais novos. Nesse cenário, Ollie estaria interessado e até investido em unir-se a Seren para zombar de Bart até tomar piedade sobre ele e dizer que não era tão ruim assim. A imagem era acolhedora, familiar, convidativa, mas irreal. Irreal porque Bartolomé nunca permitiu que ela acontecesse, nunca provocou tais encontros e nunca achou que eles seriam necessários, afinal, tudo era temporário. E ali estava mais uma prova de duas verdades que o músico estava começando a aceitar: primeiro, ele não tinha controle de absolutamente nada em sua e, segundo, Oliver certamente não era alguém temporário. - You certainly get a better side of her than I do. - respondeu de bom humor, grato pela amiga dar os puxões de orelha necessários.
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A primeira resposta de Oliver para sua pergunta lembrou do primeiro encontro que tiveram em sua loja, quando o chamou de sádico. Intencionalmente ou não, o mais novo sabia como fazer Bart se contorcer sob seus questionamentos aparentemente inocentes. De certa forma, o músico compreendia o temor de pedir ajuda e sabia que não havia nada de errado em fazê-lo, tampouco Oliver era louco por procurar um especialista que pudesse o ajudar de forma saudável. Era bom ver o mais novo seguindo aqueles passos e por um segundo Bart ponderou se devia falar isso ou não, afinal, o que ele achava não deveria fazer diferença para o rapaz e sua tática era sempre manter para si opiniões que considerava irrelevantes, porém, parte da comunicação era também expressar-se. - It is very brave of you to reach out for a professional. Most people can't do that. I couldn't do it. - a exposição deixava um sabor amargo em sua boca, mas o mais velho tinha que acreditar que aquilo fazia parte do processo, um processo difícil, como havia comentado Oliver. - It all sounds liberating. It suits you. - comentou, por fim, com sinceridade.
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bart-maestro · 3 years ago
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ollie-roy​:
A declaração de Bartolomé fizera com que Oliver soltasse uma sonora gargalhada enquanto descartava a bituca do cigarro. Sim, eles ainda eram uma bagunça, mas o fotógrafo não tinha a menor expectativa de que algum dia isso seria diferente. “People are messy, so do we. I don’t have the illusion that would be different for us… I mean, it has been only a couple of months.”, apesar do assunto, seu tom de voz não era triste ou agressivo, apenas conformado e quase divertido com a situação. A pergunta que se seguiu foi uma surpresa, porque não esperava que Bartolomé de fato quisesse continuar com aquele encontro às avessas, mas Oliver mesmo estava curioso para saber onde que tudo aquilo daria. “Weird? Definitely, but I’m okay with that, don’t worry.”, assim que a cordialidade foi deixada de lado, foi como se um véu se dissolvesse entre eles e Ollie conseguisse encarar essa nova realidade onde ele e Bart poderiam ser até amigos, se quisessem. Claramente ambos ainda se importavam um com o outro e esse não era um sentimento exclusivo às relações românticas. A medida que caminhavam por uma Londres poente, o fotógrafo percebia que gostava de conversar com o músico, independente se estarem envolvidos ou não. Ao mesmo tempo se perguntava se estava sendo capturado pelas armadilhas da sua própria mente, que lhe empurravam de volta aos antigos padrões de dependência e anulação.
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“So, I’m into therapy now. It’s been a couple weeks.”, compartilhou assim que encontrou uma brecha. Não era algo que se sentia confortável em compartilhar com qualquer pessoa, pois tinha medo que o taxassem de louco, mas sabia que Bartolomé entenderia aquilo da forma correta. “It’s nice to talk with someone about your problems and see a different perspective about them. It’s working more than tea and meditation, sorry Seren.”, Oliver riu com a própria piada, numa tentativa de não tornar aquele assunto mais sério do que deveria ser. De alguma forma aquela caminhada lhe lembrava a noite em que comeram sentados na Trafalgar Square, a primeira em que falaram sobre expectativas para aquele relacionamento bagunçado e indefinido. Mas dessa vez era diferente… Conhecia Bartolomé bem demais, e apesar de ainda nutrir um carinho especial pelo homem, já não o via através das lentes cor de rosa que usava na época.
Foi impossível não acompanhar Oliver em sua risada e uma onda de alívio tomou Bart ao perceber que não era apenas amargor que o mais novo guardava sobre ele. E ele estava certo, completamente certo; juntos eles formaram uma balbúrdia, mas separadas eram caos em si mesmos, como esperar que algo desse certo daquela forma? Chegava a ser estúpido pensar nisso agora, o quão óbvio parecia ser o fracasso entre eles, mas vivendo os momentos que passaram juntos, era difícil ver o plano maior. Era bom ver Oliver falando abertamente mais uma vez, mesmo que pouco, pois ele sempre havia sido muito claro com suas emoções e isso era algo que Bartolomé sempre admirou no rapaz, algo que lhe doeria ver sendo substituído por máscaras e atalhos. Talvez  o músico seguisse o exemplo e um dia fosse capaz de fazer o caminho inverso e voltar a se expressar abertamente, mas esse dia parecia distante. - Bien, vámonos. I kinda hate this place. - respondeu apagando o cigarro e o jogando no lixo, contente em poder voltar a ser um pouco do seu eu-rabugento.
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Bartolomé sabia que o havia entre eles nunca havia sido apenas atração física; Oliver era brilhante em seu jeito maneiroso e o músico sabia que o mais novo via nele mais do que um corpo bem preservado, mas enquanto caminhavam e conversavam, Bart percebeu o quanto sentia falta da companhia de Ollie. O fotógrafo finalmente contou sobre o incidente que o levara ao hospital, o que roubara uma risada culpada do mais velho, compartilhou algumas histórias de Elektra e do bebe de Joey; Bartolomé correspondeu falando um pouco sobre planos para a loja, sobre o mau humor dos gatos e sobre alguns momentos divertidos que tivera na recente viagem. Eram coisas banais e leves, mas que eram trocadas naturalmente, como faziam antes. - Ah, you can be sure Seren will be aware of your disdain for her healing methods. - comentou diante da revelação de Oliver, seguindo ao objetivo de mesmo não tornar aquilo uma grande coisa. - And how is it going? - a pergunta não parecia certa, mas, por mais que o mais velho sabia sobre alguns métodos psicoterápicos, seu conhecimento era raso e ele certamente não tinha nenhuma experiência.
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bart-maestro · 3 years ago
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ollie-roy​:
O calor da fumaça inalada era confortável em seu peito e o cigarro em seus dedos davam a Oliver algo para fazer enquanto absorvia a estranheza de toda aquela situação. Por mais que se tratassem com cortesia e boas maneiras, o amargor e a escolha de palavras do músico não lhe passavam despercebido. Estava claro que Bartolomé estava desgostoso com o estado de Oliver, mas jamais falaria algo para ele, já que não estava em posição de julgar qualquer coisa ali. “Happy ending, funny choice of words there. But I think you can say that.”, comentou, rindo do acaso. Flashbacks dos primeiros encontros que tiveram invadiam seus pensamentos sem pedir licença e era tragicômico lembrar de si mesmo, tão interessado, apaixonado e ingênuo, em comparação com o Oliver que estava ali naquele momento. Ele não estava num lugar ruim, muito pelo contrário, mas aquele relacionamento e o término dele tinham sido vivenciados com tanta intensidade que o fotógrafo sentia que tinha envelhecido 6 anos em três meses - mesmo que na verdade tinha envelhecido apenas um no seu aniversário em agosto. Ele ainda queria uma família, ainda queria ser amado, ainda queria todas as coisas que tinha abertamente compartilhado com Bartolomé, mas agora sabia que o caminho até lá seria tortuoso e imprevisível. Oliver sabia que tinha ido de um extremo ou outro muito rápido, mas agora lutava para encontrar um meio do caminho saudável.
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“Tell Archie I said hi, okay? He’s still my favorite.”, o comentário era descontraído e deslocado demais da realidade, mas Oliver realmente gostava do gato e não tinha qualquer segunda intenção em trazer o assunto à tona. Antes que pudesse ceder à sua curiosidade e perguntar para onde Bart tinha ido, o homem decidiu por bem lhe contar espontaneamente. Isso era diferente, já que ele normalmente era a pessoa que falava pelos cotovelos e compartilhava tudo, enquanto o mais velho era um contrário. “That’s nice… How was that for you? Learned to cook something new?”, agora o fotógrafo sabia como Bartolomé tinha lidado com as coisas, mas não era exatamente uma surpresa que ele tivesse se afastado de tudo. O cigarro já estava acabando e Oliver se viu pensando no que faria em seguida. Não sabia se Bart lhe acompanharia até em casa, se gostaria de ir embora, se gostaria de conversar mais… Mas não importava o que o homem queria, certo? E sim o que ele mesmo queria.
Para ser sincero, Bart não fazia a menor ideia de como Oliver estava tomando suas palavras. Durante muito tempo, acreditou que estava sendo honesto e objetivo, mas o desenvolvimento do relacionamento deixou claro o quão errado o músico estava e o quanto era péssimo em comunicar-se emocionalmente. Se antes essa percepção era algo difícil de atingir, agora estava claro. Ollie interpretava sua fala conforme lhe cabia e o mais velho já não tinha como entender o que de fato o rapaz dizia com as suas; não quando ele não falava abertamente como antes e muito menos quando algo visivelmente havia mudado em Oliver. Com a resposta irônica, o músico ponderou se não era melhor ele despedir-se e sair de perto de Ollie enquanto ainda estavam sendo cordiais um com outro, mas Bartolomé havia tomado algumas decisões ao voltar para casa e uma delas era que iria parar de fugir. Se fosse para que eles trocassem farpas como no dia em que o fotógrafo fora entregar suas coisas na loja, que fosse - ele não podia controlar os sentimentos e reações de ninguém, nem os de Oliver, nem os dele mesmo. 
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Como podiam assuntos tão banais como gatos e comida serem tão intensos? Há alguns meses, Bart teria dito para Oliver passar na loja para dar oi ele mesmo a Archi ou convidá-lo para o seu apartamento a fim de experimentar as novas receitas que havia aprendido com a família, mas agora tudo parecia um distúrbio. - Yes, actually, much of the Maestro's family gatherings take place in the kitchen. - respondeu deferente, sem intenção alguma de compartilhar a montanha russa emocional que havia sido aquela viagem. A cada palavra que trocavam, era possível sentir tensão entre eles aumentar, Oliver estava claramente tão perdido quanto ele naquela situação. Era cômico, tão cômico que Bart soltou uma risada nasal, desistindo de manter a postura polida. - We're still a bloody mess, huh? -  agora era a chance de Oliver de lhe mandar para os piores lugares, então Bart resolveu arriscar um pouco mais. - Would it be too weird if I asked if you wanted me to walk you home? - perguntou dando uma longa tragada no cigarro, desejando que Oliver compreendesse que aquilo não era sugestão de qualquer coisa, apenas uma bandeira branca.
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bart-maestro · 3 years ago
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ollie-roy​:
Oliver sorriu com a ironia daquela frase, principalmente vindo de Bartolomé. “Yeah, I guess you can say that.”, respondeu, mordendo a própria língua para não entrar naquele assunto. A verdade é que desde que tinham terminado de vez, Ollie tinha colecionado diversas atitudes estúpidas e apenas recentemente estava conseguindo reencontrar algum tipo de equilíbrio na sua vida. Bartolomé não precisava saber sobre a quantidade de caras com quem dormiu para esquecer dele, do quando bebeu e alimentou vícios e do tamanho do buraco que tinha se enfiado. Ele não precisava saber que Oliver quase tinha perdido o emprego por não conseguir acordar para ir trabalhar e por esquecer dos seus compromissos. Definitivamente Bart não precisava saber dos seus rápidos e passageiros relacionamentos tóxicos que não tinham lhe ajudado em nada. Oliver acendeu seu cigarro e passou o maço para o músico, evitando sutilmente que seus dedos se tocassem. “I know it’s not the best of habits, but it helps with my anxiety sometimes. And we’re all gonna die someday, right?”, brincou dando de ombros e tragando, sentindo o corpo relaxar mais um pouco. Não devia qualquer explicação para Bartolomé, principalmente porque ele mesmo também fumava e não exibia qualquer predisposição a parar.
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“Yes, they’re nice. I took a while for them to open up to me, since the whole story is kinda crazy, but we got somethings in common and we’re still getting to know eachother. It’s good to have them around.”, quase o fazia esquecer dos seus pais e de toda a questão com sua sexualidade. Tinha crescido como filho único, então toda a experiência de ter irmãos estava sendo uma coisa nova para ele. “How about you? Are you being good to yourself?”, a pergunta era despretensiosa, mas carregava uma certa preocupação que Oliver tinha com Bartolomé. “And the cats? Are they okay?”, uma coisa ruim do término que ele não tinha previsto foi ter perdido contato com os gatos do músico, aos quais Ollie tinha realmente se apegado.
O comportamento do rapaz lhe causava estranheza. Bartolomé já havia visto Oliver tímido, feliz, em prantos, preocupado, com raiva, em êxtase, mas nunca havia o visto tão reservado? Apático? Maciço? O mais velho não conseguia pontuar o que era exatamente, mas parecia que Ollie estava cobrindo muita coisa sob um véu cuidadosamente tecido e isso era preocupante, pois Bart sabia como era criar uma fachada apenas para que o interior pegasse fogo sem ninguém ver. - Right. There are worse things one can do to oneself. -  respondeu encarando Oliver no que pareceu ser a primeira vez que o via de verdade naquele dia. O músico sabia bem de todos os comportamentos destrutivos que uma pessoa abalada podia recorrer, ele havia visto muitos amigos serem consumidos por tais e ele mesmo se afundou em alguns - inclusive, estaria o fazendo se não soubesse melhor. 
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- I bet, it's not every day you discover a missing brother. At least this story has a happy ending. - era bom saber que Oliver estava amparado por mais pessoas além de um ou dois amigos que ele mencionava a Bart quando estavam juntos. A rejeição dos pais era certamente muito presente na vida do rapaz e continuaria sendo por muito tempo, então ter algum familiar que a quem recorrer parecia um privilégio para pessoas como eles. As perguntas do fotógrafo fizeram o mais velho soltar uma risada nasal. - Yeah, they’re ok. They were in a bit of a bad mood since I spent some time away. But they're back to their daily snuggles and complaints now. - a resposta propositalmente evitada a primeira pergunta. Era estranho estar ali, ao lado de Oliver, fumando na porta do hospital como dois desiludidos e recebendo olhares tortos aos quais ignoravam prontamente. Era bruto, era banal, era real - nada daquela magia e tranquilidade tênue que tinham na bolha que criaram. Naquele instante, os fins de semana passados no apartamento de Bart pareciam distantes e imaginários, como se tivessem acontecido em outra vida e não naquele mesmo ano. Seria isso o processo de cicatrização? Seria este um indício de que atingiram o ponto final? Este era uma possibilidade que deixava o músico confuso, mas algo dizia que ainda não era o final da história. - I've been visiting family in Guatemala. Tío Domi was happy about that. - acrescentou mais para puxar assunto enquanto consumiam os cigarros do que qualquer outra razão, pelo menos é que dizia a si mesmo.
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