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( don't let anyone know ; open )

E lá estava Daeryong, fugindo de casa pela primeira vez em sua vida. Havia combinado com alguns amigos de ir em um show em tal bar, qual ela nem mesmo tinha idade o suficiente para entrar, e sabia que os pais com certeza lhe dariam um não como resposta caso ela lhes pedisse permissão. E por isso, naquela noite de sexta, a menina vagava sozinha pelas ruas de Bukchon, enquanto os responsáveis acreditavam estar dormindo na casa de sua melhor amiga. A maquiagem mais escura do que de costume lhe deixava com um ar de mais velha, independente, mas por dentro ela ainda se sentia como a garotinha que era, nervosa de que seus pais acabariam percebendo sua peripécia. E foi em um de seus devaneios e distrações que a menina acabou por trombar com toda força em uma pessoa que virava a esquina. — Se te perguntarem, você não me viu aqui, ok? 

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Pela segunda vez, Daeryong se encontrava passeando pela noite clara da vila sem nenhum destino, apenas vagando tentando colocar os pensamentos no lugar. A menina costumava ter medo de andar pelo local sozinha de noite, e por isso aquilo não era frequente, mas o medo pareceu desaparecer há algumas semanas, depois de seu aniversário. Caminhava imergida em tudo que passava por sua mente, sem prestar muita atenção à o que estava acontecendo ao seu redor. E foi assim até que ouviu os sons serenos e a voz que cantava na língua estrangeira, de certa forma lhe trazendo de volta à realidade. "Oh, omo, eu não tinha te visto aí. Desculpa te interromper." 

A noite trazia uma sensação que há muito Seokjin não sentia. O vento em seu rosto, assanhando um pouco o cabelo e a visão das estrelas pintando o céu acima era, no mínimo, reconfortante. Ele sentia que poderia ficar ali sentado a noite inteira e nunca se cansaria de estar vivendo aquilo dali; por mais que todos os problemas ainda assombrassem sua mente de forma persistente. No entanto, naquele momento nada poderia incomodá-lo… ele simplesmente não permitiria. Antes que outros pensamentos tomassem a sua mente, pegou seu violão, colocando-o gentilmente em sua posição habitual, e começou a dedilhar algumas notas permitir o som sair de sua boca. “World is covered by our trails. Scars we cover up with paint. Watch them preach in sour lies. I’d rather see this world through the eyes of a child…”

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bc-jinjoo:

Mwoya? O que você está aprontando? Conta logo o que é, eu vou te ajudar. 

Então, eu combinei com umas pessoas de que iria nesse show com eles na sexta a noite, mas meus pais nunca me deixariam ir porque é em um bar e... podemos fingir que eu vou passar a noite na sua casa?

Aí você me da cobertura pra sair. Por favorzinho. Prometo que não volto muito tarde.

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@bc-jinjoo

É... seguinte. Eu preciso de um favor seu, é muito importante. 

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bc-deokhwa:

Deve ser, essa é a única coisa que não acho muito legal. Mas estou falando demais para um homem que nem sabe pra que serve um.. Blush?

Realmente, pra quem não sabe pra que um blush serve, você está falando bastante Deokhwa-ssi. 

E um rímel, você sabe pra que serve? Esse é fácil. 

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bc-mimo:

Bom, você parece um, isso é verdade.

E eu também ajo como um quando necessário. 

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bc-mimo:

Oh! Eu tô vendo você querendo sair comigo só para tirar sarro da minha cara, Kim Daeryong.

Tirar sarro da sua cara? Eu? Claro que não.

 Eu sou um anjo, Mimo-yah. 

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bc-hseong:

Hyunseong atendeu o pedido de Daeryong sem demoras, aproveitando as horas de auto-estudo. Sabia da dificuldade da “prima” - relacionamento e apelido criados pela proximidade dos irmãos dos dois- com a matemática e gostava de ajudar sempre que podia. Principalmente quando se tratava de alguém que ele gostava muito, como era o caso da ruiva. 

O rapaz tinha o rosto apoiado na mão e o cotovelo sobre a mesa, todo o corpo virado na direção da menina e seu dever. Paciência reinava em sua expressão e também em seu ser. As pessoas costumavam recorrer a ele justamente por isso. Ele queria ser professor no fim das contas. 

— Calma, Ryo. Respire fundo, ok? — Hyunseong moveu a mão do encosto da cadeira de Daeryong para seus cabelos, deixando um afago breve só para tranquilizá-la.  — Não. Não vai acontecer nenhum dos dois.  — Garantiu com um sorriso se fazendo presente.  

— Sei que não parece, mas faz sentido. Não veja X e Y como letras enfiadas no meio dos números. Eles estão representando outro números que estão ocultos.  — Explicou novamente. Pegou seu lápis do estojo e ajeitou a postura para trazer a folha para perto de si.  — Você pode substituí-los por pontos de interrogação, viu só?  — Mostrou as alterações que tinha feito no papel.  — Agora pense nesses pontos de interrogação como os números que você precisa descobrir. Esse ponto mais essa fórmula é igual a 71, certo? Você já resolveu essa equação e deu 53, hm? 53 mais quanto que dá 71? 18. Então esse ponto de interrogação vale 18. Entendeu?  — Conforme explicava, a ponta do lápis seguia a fórmula no papel para garantir que estava sendo lógico.

Hyunseong parecia ter uma eterna paciência para lidar com aquilo e certamente tinha um dom de acalmar Ryo que nem a própria menina sabia como ele fazia. Respirou fundo, como ele lhe pediu, e o sorriso que ele lhe oferecera quase fez a mais nova acreditar que realmente não iria ficar de recuperação (ou morrer). Daeryong perguntou para si mesma como ele fazia aquilo, como seu sorriso tinha tanto efeito sobre ela, mas logo deixou de lado. Aquela não era hora de pensar sobre aquilo. Voltou a atenção para o papel depois de relaxar um pouco, observando atenta o que o mais velho fazia. — Ok, faz sentindo... eu acho. — Disse enquanto cada vez mais deixava que seu cotovelo deslizasse pela mesa, até que acabou por apoiar a própria cabeça no móvel, sem tirar os olhos do raciocínio do mais velho. — Então nesse problema aqui... o X seria... — Ainda de certa forma deitada, Ryo fez alguns rabiscos no papel a sua frente, chegando à um resultado no meio daquela bagunça. — 40? — Perguntou, voltando à postura correta, sem tirar os olhos do dever. — Não, pera. Tá errado, né?

A for effort.

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bc-hyunjeong:

Quando a porta foi aberta, Hyunjeong fez uma mesura breve para Daeryong antes de passar pelo portal. Uma vez lá dentro, se tocou que aquela não era uma situação como todas as outras, já que não estava ali para jogar com Daeyeon ou trocar algumas farpas com Dahyun. “Oi, Dae… Eu trouxe isso para vocês.” Disse enfim, após culpar a seu inconsciente por ter entrado mesmo sem ter planos de ficar. “Queria ter feito filetes de peixe, mas não teriam marinado a tempo. Então eu trouxe isso.” Estendeu-lhe o vasilhame ainda quente.

Pensou em dizer que já estava de saída, mas uma ideia tomou conta de sua mente. Não exatamente uma invenção, mas algo como… Percepção? Onde Hyunjeong se deu conta de que não trocara mais do que algumas poucas palavras com Daeryong. Justamente por estar sempre tão interessado em Daeyeon. E sentia-se péssimo por isso agora, porque a ‘prima’ sempre sera indícios de ser uma ótima pessoa. “O que estava fazendo?” Perguntou no intuito de manter parte do assunto vivo.

A situação em que Ryo se encontrava era, de certa forma, atípica. Não costumava ficar a sós com Hyunjeong muito menos trocar mais que algumas palavras com ele. Mas ele era amigo de seu irmão, no final das contas, e talvez por isso se sentia mais confortável com sua presença do que costumava ficar na de outros meninos. — Uau, quer dizer que temos um cozinheiro talentoso entre nós e eu não sabia? — A menina brincou ao pegar o vasilhame quente das mãos do mais velho, o colocando sobre a mesa da cozinha para que seus pais vissem quando chegassem em casa. — Está cheiroso, tenho certeza que a mamãe vai adorar. Ela adora qualquer coisa doce. — Continuou a falar e logo se repreendeu por isso, odiava a mania que tinha de falar demais, deixando escapar fatos que não interessavam à ninguém. Deixo isso de lado logo em seguida, no entanto, e voltou a prestar atenção em Hyunjeong. Não sabia exatamente o que fazer, e o menino não parecia estar de saída. Optou por fazer o que sempre faziam nos doramas que assistia, tentando parecer o mais "cool" que podia. — Senta aí. Você quer beber alguma coisa? — Perguntou, já caminhando em direção a geladeira e pegando uma latinha de coca para ela mesma. —  Eu? Ah, nada demais. Passei o dia assistindo drama e checando as redes sociais, basicamente. 

no frauds; @Hyunjeong x @Daeryong

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bc-mimo:

Aí que está a graça, cantar qualquer coisa enquanto a música rola. Mas a nota nunca é alta. Acho que só com músicas de fossa que costumam ser mais conhecidas…

Meu deus. Me lembre de ir no karaokê com você um dia para te ver pagar mico cantando abertura de anime. 

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bc-jinjoo:

Nunca fica, elas parecem que fazem mágica. Mas eu adorei em você, de verdade.

Vai sim. O resto da maquiagem ainda está bem leve. O batom vermelho só vai dizer “Oi, eu não sou mais criança. Agora tenho 16 anos”, entende?

Você acha mesmo que vai fazer alguma diferença? Ok, me empresta aqui então.

 E aí? Como ficou?

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bc-seunggil:

“Yah, e o que é que a Jinjoo sabe? Cores escuras vão te deixar mais velha. Deveria aproveitar sua cara de neném por mais tempo.”

A Jinjoo sabe muitas coisas, você ficaria surpreso. 

Mas oppa, eu já aproveitei minha cara de neném por 16 anos. E tá ficando chato crescer mas continuar com cara de 10 anos. 

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bc-deokhwa:

Não tem aquele papo de que faz mal passar o dia com maquiagem? Aliás, se preocupar muito com isso não é saudável, vi um programa que a garota dizia que um de seus maiores medos era que a vissem sem nenhum desses troços e que não saia de casa enquanto não chegassem coisas novas. Isso não é normal, né?  

Ani, ani. Não faz mal contanto que você cuide da sua pele direitinho. Bom, não muito, eu acho. 

Mas se ela não sai de casa sem maquiagem é porque ela é insegura, não? Isso é um pouco triste, na verdade. 

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bc-mimo:

Karaokê é legal, poxa. Já cantou abertura de anime? É muito engraçado. Principalmente quando seus amigos são ruins em japonês.

É legal, mas depende de com quem você vai também. Abertura de anime? Não, eu nunca tentei. Mas eu também não sei uma palavra de japonês, então não acho que seria uma boa ideia.

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bc-nayu:

Ficou linda, Daeryong-ah.

Você acompanha tutoriais com frequência? Eu tento, mas muitas vezes não fica tão bem em mim, é uma tristeza.

Obrigada unnie! Eu assisto vários tutoriais de youtubers diferentes e to sempre tentando também, mas deixa eu te contar um segredo: geralmente não dá certo. 

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bc-seunggil:

“Wah~ Princesinha, não é que você tá linda? Mas você é muito nova pra se encher de maquiagem desse jeito?”

Aaaaa oppa, eu já tenho 16 anos!

A Jinjoo até disse que agora eu podia usar cores mais adultas tipo batom vermelho.