benjamintodinho
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Duke of Wellington
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benjamintodinho · 2 years ago
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Wellington’s country week
Seguindo o protocolo da sua primeira (e provavelmente, última) temporada, a família de Benjamin encaixou sua participação logo que possível. A casa de campo aberta para o público que aumentava a cada dia, confirmando o convite e a curiosidade de como os Wellingtons viviam. Por que sempre ficavam ali? Por que nunca participavam da vida na cidade? Benjamin se encarregou de manter os animais longe das áreas comuns, triando-os conforme resistência e temperamento. Os dóceis e carinhosos para as moças mais tímidas, os cheios de energia e orgulho para os bem-aventurados. Dois ou três mais indomáveis para que ficasse por cima. Ora, um criador de cavalos que não mostrasse um pouco de superioridade não era digno do próprio nome (e usaria os animais para propagar a linha invisível que não poderia prosseguir).
A mãe cuidava do resto. Das decorações, dos quartos e das flores. Enfeitando tanto quanto era possível, mas mantendo a simplicidade nos detalhes de bom gosto. Ambos tinham dinheiro sim, mas aquele não era o evento para serem colocados num pedestal. Benjamin caçava a comida, encomendava da cidade; Alexandra acertava o menu e apontava quem ficava por cima. Cada funcionário mais feliz do que atarefado, ansiosos por participar do evento (uma aventura, como diriam!). Uma última passada de vassoura na entrada, uma última borrifada de blush sobre as bochechas e eles se apresentavam à entrada, recebendo cada um pessoalmente e encaminhando para os locais indicados.
Pelo horário e o jantar, Benjamin deixou toda a interação mais pesada para o dia seguinte: o chá nas margens do lago natural. Toldos e namoradeiras espalhavam-se pela grama verdejante. Lençóis largos e cestas de piquenique esperando para serem usados, com suas jarras de bebida fresca e frutas da estação. Benjamin estava perto do pequeno cais, oferecendo a mão para donzelas que subiam na plataforma a fim de experimentar um passeio nos barcos bem equipados. E ele estava ali, puxando um assunto atrás do outro com Lance, quando percebeu que buscava mais uma certa pessoa no meio dos rostos animados do que prestava atenção nas palavras do grande amigo.
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benjamintodinho · 2 years ago
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Por um momento a negra achou que ele concordaria consigo, não tinham pelo que apressar o casamento só porque estavam naquela paixão avassaladora. Até porque Alice gostava de apreciar as coisas da vida e seria excitante o segredo… Porém a reação dele a fez travar e piscar algumas vezes desacreditada com a facilidade com que ele falava “Está em um noivado? Pois não sabia desse seu compromisso vossa graça” soltou com uma carinha de beirava o desafio. Ainda não acreditava que tinha se metido de cabeça com um homem tão impulsivo como a si mesma e olha que ela estava tentando cadenciar suas escolhas… Jenna olhava pra eles como se tentasse entender como tinham chegado naquela conversa, Alice por outro lado apoiou as mãos nas coxas inclinando pra frente o mirando como se avaliasse as possibilidades “Pode apostar que cairei nas graças de sua mãe antes mesmo de conseguir a simpatia de meu pai.” Desafiou com um sorrisinho no rosto se encostando na carruagem e tirando o cabelo que caia sobre o colo. “Também tenho minhas condições… Quero tudo como diz o figurino, das flores ao pedido ao meu pai. E segundo, Benjamin, só terá exclusividade no meu cartão quando a cidade souber que sou sua.” Aquele sorrisinho e aquele olhada de cima em baixo poderia dizer muito, ele ja deferia saber que ela era dele, mas Alice preferiu se calar afinal se falasse realmente o que estava em sua mente sua companheira teria um infarto. Obviamente naquela tarde ela teria seus cavalos, mas no fundo sabia que a próxima negociação seria ainda mais divertida, até porque a irlandesa que existia nela não se deixaria sumir por um inglês e a família dele poderia não gostar…
finalizado
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benjamintodinho · 2 years ago
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Aquele beijo, com toda certeza, não era algo para ter acontecido. Porém como algo tão magnífico e sublime poderia ser considerado tão errado aos olhos da sociedade? Eram as pequenas coisas que faziam as borboletas de Alice voarem, da maciez dos lábios até o roçar da barba conseguiam retirar o ar dos pulmões a irlandesa. Era como se nada fora dali existisse. Nada sem ser o homem que desejava… Não importava o quanto tentasse voltar a realidade, sua mente enevoava a cada toque em sua pele e tornava impossível cogitar em se afastar, estar com ele parecia tão certo. Um curto arfar saiu dos lábios da morena, descobrir o prazer era maravilhosamente divertido, porém tudo que era bom pouco durava e ele teve de voltar a vestir a mascara de bom moço. Alice piscou algumas vezes sentindo a bochecha esquentar, afinal tinha voltado a realidade em poucos segundos, e já foi se ajeitando minimamente para não ficar tão na cara a liberdade que tinham tomado. Lance puxou a porta ‘desemperrando’ e só deu para ver a carinha de Jenna, toda da preocupada, para a chefe “Espero que esteja pensando em trocar essa porta em breve certo?” Soltou encostando as costas no banco segurando pra não cair no riso, ela que não ligaria em ficar 'presa’ mais vezes . A mocinha estava toda sem graça por ter se perdido na conversa, nem ao menos duvidando da honra da Galahad, então so entrou e se sentou enquanto Lance fechou a porta e foi para seu lugar os guiando a propriedade do duque. “Vossa graça, não quero me demorar, creio que saiba que em breve teremos um novo baile em breve. Ainda que eu ache que (cor da família dele) me caia muito bem, acho que teremos festas mais importantes pela frente não?” Óbvio que ela queria casar com ele, até porque aquilo que foi feito era mais do que errado aos olhos da sociedade, mas também não queria que tivessem que correr só porque alguém decidiu que era o certo.
Por noites seguidas, Benjamin seria atormentado pelo mesmo começo de sonho. Um lugar iluminado por velas, perfumado pelo ar noturno de uma noite primaveril. As mãos passando pelo rosto acetinado e os beijos começando... O final variando conforme o dia, tirando-lhe o juízo. Mas ele ainda não sabia disso. Estava preso na meia risada sem fôlego, soltando-se da mulher e fingindo estar cansado de tanto empurrar a dita porta. “Vai ser um tanto quanto difícil, pois afeiçoei-me demais pela maciça madeira. Contudo, usarei dos meus melhores marceneiros para que tal incidente não seja permitido acontecer uma futura vez.” Rolou os olhos pelas órbitas, a mão larga batendo ritmada no topo da coxa esquerda. Os pensamentos indo longe demais, perigosos demais em não manter o estado apático da linha abaixo da cintura. Com cautela, Benjamin colocou o chapéu sobre o colo, assim como todo o cavalheiro dentro de um ambiente fechado. Dante, por outro lado, tinha captado a mensagem e já se pronunciava silenciosamente - a promessa de que uma conversa menos pudica aconteceria assim que estivessem sozinhos. “É este o seu desejo?” Uma rápida olhada para os dois ocupantes da carruagem, uma rápida avaliação de caráter da moça, e uma virada de mesa imaginária na mente de Benjamin. Se ela falava abertamente do assunto, quem era ele para medir seu discurso? “Estou à bordo de um noivado rápido e um casamento ainda mais depressa, não importando os rumores que possam ser criados no processo.” E ele não se interessava, não mesmo, visto que Alice também compartilhava desse mesmo pensamento. Sua mão, no entanto, ergueu-se com o indicador bem esticado. “Uma condição, no entanto, preciso que seja realizada. Minha mãe tem movidos céus e terra para encontrar pretendentes para mim, algumas noites provocando-lhe dores de cabeça e enchendo a minha de sermões. Alice, você precisa conhecê-la. Assim que conquistá-la, nossa vida tornar-se-á infinitamente mais fácil.”
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benjamintodinho · 2 years ago
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“Se vamos fazer do jeito da corte acho que a vossa graça terá de me ensinar a jogar.” Devolveu com o olhar que poderia transpassar todos os pensamentos do lord. Obviamente não era tola para não notar os olhares do homem e o que poderia fazer se gostava de ter aquela atenção? Talvez pelo espirito livre do homem ou pelo corpo atlético escondido por aquelas vestes… Como não notar, principalmente quando só de sentir a firmeza de suas mãos ansiava que as tivesse em seu corpo. Uma carruagem tão pequena para quem tinha tantos sentimentos… Alice sentou-se a espera do homem, mas o tropeço a fez trocar a posição ampará-lo para que não acabasse caindo literalmente em seus pés “você está bem?” E quando viu a porta estava fechada e a criada não estava ao seu lado. O riso com a realização foi discreto, surpresa com a ousadia e a inteligência do homem, agora era só esperar os próximas ações porque agora tinha completa certeza que o desejo reprimido era muito mais que recíproco. “Vossa graça…” seu tom era em aviso, ainda que o olhar gritasse para que ele tirasse aquele espaço que lhes separava “Ousado? Ou a palavra seria outra?” Brincou abrindo um sorriso manso fechando os olhos por um curto momento ao sentir aquelas mãos em sua pele. O ar praticamente faltou em seus pulmões pela excitação do singelo toque, tão esperado que seus olhos abriram com um desejo que nem ela poderia entender. Não tinha como evitar desviar o olhar para aos lábios de Benjamin afinal seus anseios não a deixava ser a Lady que se esforçava tanto para ser. Como seria prudente quando se tinha um homem tão belo como Adonis sentado a sua frente a desejando assim como o desejava? A proximidade era tanta que as amarras que ele tinha seguravam apenas ele, porque a irlandesa tomou coragem, acreditando nos sinais que ele dava, para apoiar uma das mãos na lateral do rosto dele finalmente unir seus lábios aos dele. Podia estar desgraçada? Poderia, mas aquela sensação era boa demais para não ser sentida uma vez na vida. “Acho que um pouco de ousadia seja de todo mal” brincou com um sorriso travesso acariciando seu maxilar com o polegar. Não tinha como ser mais clara que aquilo, ela o queria como nunca quis ninguém na vida….
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Benjamin não sentiu quando a mão ficou lá, ainda encostada nela, esperando um comando diferente do de se afastar. Tampouco seus olhos pareciam responsáveis e cavalheiros ao manter-se no local que mais causava palpitação dentro de si. A curva daqueles lábios se aproximando, surpreso demais para fechar os olhos quando a distância transformou-se em respiração profunda e pó de estrelas. Ali, tão impossível de entender, o caminho sem volta bloqueava todos os outros só para tê-lo para si. Benjamin, o Duque. Benjamin, cobiçado por todas. Benjamin e suas milhões de escolas. Benjamin com ela, apenas ela, porque sequer sorriu quando a voz dela atravessou oceanos e roçou em seus ouvidos. Palavras distantes e estranhas, bonitas demais para serem destrinchadas e entendidas. A mão que estava no rosto, o indicador esticado, contornou a borda do maxilar e dobrou-se embaixo do queixo, erguendo num ângulo que ficava melhor para o duque. Um que permitiu seus lábios encaixarem melhor, roçando pele com pele, conhecendo a maciez vista apenas em sonhos. Benjamin beijou-lhe os cantos dos lábios, desenhou uma linha com a ponta do nariz na bochecha brilhante, e voltou a concentrar-se. Fechar os olhos. Abrir um pouco a boca para capturar o lábio alheio. Segurar-lhe pelo pescoço, raspar as unhas suavemente no couro cabeludo. Emitir um rosnado, ou gemido, quando a atenção quebrava para os sons do lado de fora. Sua mão foi parar na maçaneta da cabine, segurando-a presa enquanto tentava arrancar o som delicioso que Alice emitia. Oh, ele tinha sua cota de libertinagem, mas não as colocaria às claras tão rapidamente. Não. Dando pistas para que ela entrasse no jogo também - e com a prece silenciosa que pegasse rápido. Antes que Lance tivesse que seguir o papel preocupado e forçasse a porta.
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benjamintodinho · 2 years ago
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Tinha que ser Alice mesmo para gostar de alguém tão poderoso como ela mesmo era, ao ponto dele falar de dote e ela realmente pensar na necessidade, até porque esperava que seu pai fosse mais inteligente do que apenas entregar seus negócios na mão de um homem desconhecido… Mas no fundo sabia que seus barcos poderiam rodar o mundo e ainda assim seu coração parecia querer velejar pelas águas turbulentas londrinas, não tinha muito o que poderia fazer quanto a isso. A negra caminhava pelos corredores da mansão com calma ouvindo as ponderações do homem e dava pra ver em sua expressão que também fazia as suas. Até porque seu negócio poderiam ser afetado pelas suas estripulias “Bem, botando dessa forma me envergonho apenss de ter dado a ideia.” Comentou dando uma risada fraca tentando nãoficar sem graça pela gafe cometida, para ela era tão natural sair com alguém que imaginar o tamanho do rebuliço que causariam era praticamente impossível… ainda que pudesse imaginar que ocorreria, aquela corte era uma fofocaiada que só. “Não ache que somos libertinos, somos uma cidade pequena então meio que a cidade toda serve de chaperone aos casais, então nao tem muita necessidade de ter alguém seguindo para todo canto. Mas não vejo porque não seguir os costumes locais…” Ela olhou para a mansão vendo uma carinha sonhadora parada perto da janela mirando o tal Lance e a ideia em sua cabeça veio como tsuname. “Deixe-me ver se acho algum funcionário meu… Jenna, poderia vir aqui fora?” Chamou a funcionária com aquele típico sorrisinho em seus labios. A mulher só faltou mudar de cor quando ficou frente a frente com Lance, o que apenas deu mais certeza da escolha. “Nós vamos conhecer os meu cavalo, será que você e Lance poderiam nos acompanhar? Não deve demorar” Perguntou fingindo inocência. Óbvio que ela logo aceitou e Alice pode se aproximar de Benjamin pegando em seu braço com um sorriso contente no rosto, poderia juntar um belo casal, até porque o rapaz parecia super interessado em acompanhar a criada, mas ainda tentando manter a pose. “Vossa graça, sabe que a rainha não vai aceitar muito bem essa união não é? Digo, ouvi dizer que ela pretendia te unir com uma sobrinha dela…”
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Originalmente publicado por liquorisquickerr
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"Nunca suporia algo tão inusitado para vossa senhoria. Posso ter experimentado o que fala, de lugar pequeno conhecendo todos, mas brincadeiras da corte sempre com as regras da corte.” E agora entravam em terreno complexo, complicado, porque perdia um pouco da maturidade de suas décadas... Assumindo o verde dos anos de adolescência. Imaginar tais situações era um grande erro, ainda mais quando oferecia ajuda para que ela subisse da carruagem. Dois segundos. Três, se Lance percebesse suas intenções, para colocar em prática o que poderia ser o fim daquela parceria forjada de maneira incrível. Sim, meus caros, as curvas do corpo da Lady tinham chamado atenção (não mentiremos), mas foi o que misteriosamente guardava dentro de si que o colocou em tal estado de espírito exploratório. Benjamin ofereceu o apoio até o último segundo, subindo logo atrás e forçando a pior falta de etiqueta. Um tropeço. Seu calcanhar bateu na parte debaixo da porta e ela se mexeu muito pouco, tão pouco que Lance - muito esperto - trocou o peso dos pés para conversar com a donzela e empurrou com o ombro até fechar. O Duque se aprumou com elegância, colocando em dúvida sua performance, e não ligando nem um pouco. O espaço apertado era convidativo e a falta de brisa (janelas fechadas para preservação das atividades aviárias externas) concentrava o perfume de notas paradisíacas. “Estou bem. Estou bem. Melhor do que meu pescoço quando ficar de frente para o terror noturnos dos cavalheiros da temporada.” E sentado daquele jeito, virado escancaradamente para ela... Era perturbadora a força que parecia correr pelos músculos só para não descer mais. Inclinar além da proximidade que tinha colocado entre os dois. Benjamin era capaz de diferenciar cada nuance dos olhos escuros, de ver o brilho na pele cheia de vida. De se perder naquele canto da boca curvado, no movimento dos lábios, de interromper o que declamava para encarar. A própria boca abrindo e fechando minimamente. “Perdoe-me.” Sem fôlego, as palavras saíram com a mistura de arfar e risada. A cabeça balançando, e nunca tirando um centímetro de diferença. “Não costumo ser tão...” Seus dedos correram pela lateral do rosto de Alice, empurrando um fio inexistente só para tocar-lhe os cabelos - e confirmar que era exatamente como tinha sonhado.
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benjamintodinho · 2 years ago
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“Não que eu duvide de suas intenções, porém espero que entenda que não existirá a possibilidade de lucrar em cima de mim. Meu pai goza de boa saúde e um péssimo temperamento, esse conhaque amargaria mais rápido que vinho pode se tornar vinagre” avisou mansa com um olhar inquisitório. O chá de sua xicara já estava pela metade e já tinha quase certeza que poderia estudá-lo por dias e não acharia uma dúvida em seu olhar ou comportamento. Como esperava que não tivesse errada no julgamento do caráter do homem, sabia que seu pai faria de tudo para anular qualquer coisa que não fosse benéfico para sua preciosa filha… “Não acho que minha madrinha irá se opor a uma união tão agradável, mas sabe que vai ter que pedir a ela não?” falou com o riso nos lábios, o olhar dela parecia brilhar só de mirá-lo, poderia se comparar quase como a felicidade de ter um novo barco em sua frota. Tanto que olhou feio para Phillip quando ele veio atrapalhar seu momento de proximidade ao homem que lhe cortejava, na Irlanda poderia muito mais e com muito menos burocracia “Não vejo porque me estressar com os pormenores, só espero que não se importe com as minhas escolhas… Podemos dizer que estou apaixonada nas tortas da cafeteria do centro” confidenciou ansiosa para um encontro em público, afinal só assim poderiam ter dimensão do quão falado e aprovado o casal seria. Um criado pediu desculpas chegando rapidamente na sala murmurando algo para a mulher e lhe entregando uma carta, o que a fez abrir um sorriso de orelha a orelha. “Phillip, uma carta de meu pai chegou. Será que poderia resolver isso para mim enquanto vou conhecer meu mais novo companheiro? Tenho certeza que o duque não iria se importar de irmos sós, certo?” perguntou retoricamente passando a mão pelo vestido antes de se levantar e estender-lhe a carta. Não era burra, sabia dos sentimentos dele, mas era bom deixar bem claro para os dois que aquela relação era apenas profissional “Vamos?” perguntou com um leve sorrisinho de quem sabia que tinha o controle da situação, pelo menos até certo grau porque o coração dela parecia dançar em seu peito. Quando ‘sozinhos’ Alice pode soltar o ar dos pulmões e relaxar um bocado “Desculpe por isso, Phillip as vezes acha que tem o poder de meu pai para saber o que é melhor para mim. Espero não estar equivocada, mas imagino que como eu você não se importe muito com as regras sociais certo?”
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“Eu sou o Duque da família mais respeitadas de Londres, e fora dela. Se alguém tem algo a lucrar aqui, seria você. E, para fins de explicação, o dote realmente não importa.”  Considerando que ambos, ele e a mãe, tinham chegado em um acordo; qualquer garota estava no páreo. Fariam uma conversa discreta, a família da moça ofereceria o aceitável em sociedade e, assim que casassem, tudo voltava para seus legítimos donos. Os Wellingtons casavam por amor e dinheiro, pela graça de Cristo, não era um problema. A dor de cabeça estava em separar as verdadeiras candidatas das interesseiras - e o número era assustador. “Posso arranjar isso em pouco tempo.” No que ele levou para se calar e pensar na agenda da semana, procurando uma brecha ou forma de manejar seus compromissos, a interrupção se desenrolou. Silencioso e falsamente distraído, respeitosamente olhando para outro canto da sala enquanto o assunto secreto era trocado entre senhora e funcionária. “Devolverei sua senhora antes do sol começar a descer.” Seguia a deixa dada por Alice, um sorriso vitorioso curvando os lábios sem conseguir se conter. Suas dúvidas sendo sanadas com aquela simplicidade de ‘descarte’, evitando um futuro combate de cavalheiros mais para frente. Bem, assim esperava, pois recuaria no mesmo instante caso suas tentativas se mostrassem infrutíferas. Um não da Galahad e ele selaria o cavalo para ir embora (o custo ficando para mais tarde, para outro momento que não o dessa pequena reviravolta. “Esperava preparar um evento, enviar convites, reservar uma mesa na janela...” Entoou afetado, a mão floreando no ar dando voltas e mais voltas, mimetizando a enrolação da corte. “Não sou fã de regras sociais, mas fui bem educado e prefiro segui-las. A senhorita realmente precisa de uma acompanhante. A corte pensaria o pior de nós e arruinaria ambas as reputações. Estou falando de desgraça para o seu nome, casamento no fim de semana e exclusão de todos os ciclos sociais. Nós dois precisamos manter esses contatos, ou do que adiantar trazer seus navios e meus cavalos para um sociedade que nos trataria como páreas?” Benjamin sinalizou ao cavalariço trazer a carruagem, uma estrutura elegante e robusta, com o símbolo dos Wellingtons na lateral. “Lance pode servir, mas ainda levantaria suspeitas... Ele é meu funcionário.”
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benjamintodinho · 2 years ago
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“Ele  é meus olhos e meus ouvidos na cidade, o que seria da empresa dos Galahad sem um homem no comando?” brincou desviando o olhar por um momento para o amigo antes de voltar ao convidado. O que poderia falar? Estava em choque ao ver aquelas lindas flores, mas aquele sorriso em seu rosto deixava claro o quão feliz e surpresa estava. Obviamente levou as mãos até elas roçando levemente os dedos nos dele antes de levar para perto do rosto aproveitando o cheiro gostoso que exalavam “E um pouquinho mais? O que pretende senhor Wellington? Não me diga que o acordo irá melhorar?” brincou fazendo um sinal para que ele se sentasse. Uma empregada logo veio com um vaso e já foi pegando as flores para expô-las, como costume local, coisa que apenas deixou o ambiente mais belo aos olhos de Alice, por mais que houvessem outros buquês. Era uma moça do ‘interior’, gostava das coisas simples de sua cidade e da liberdade que tinha para ser e fazer o que queria, e todos na cidade pareciam ser meio assim também, então a proximidade não foi estranha, pelo menos até ele vir com esses papos “Vossa graça…” soou quase eu um sussurro. Ela nem sabia como reagir, seus lábios ficaram entreabertos e seus olhos piscaram algumas vezes um tanto assustadas pela ousadia, mas ainda assim não moveu um dedo para se afastar do homem. Por um momento mirou aa mão dele voltando a buscar em seu rosto qualquer sinal de dúvida ou brincadeira “Achava que não misturava negócios com prazer…” finalmente falou abrindo um sorriso meigo e, mesmo sem acreditar muito no que tinha acabado de acontecer, pousou a mão delicadamente sob a dele “Espero que esteja pronto para ouvir os burburinhos da sociedade londrina senhor, porque não tenho como negar proposta tão tentadora.” Os olhares de Phillip, porém, estavam muito mais céticos e o limpar da garganta dele foi o suficiente para tirar a cabeça de Alice daquele furacão de sentimentos. “Muito esperto em pedir diretamente para mim…” confidenciou dando uma risada gostosa olhando para o amigo em busca de aprovação, mas recebendo um olhar duro. Não precisava dizer nada para ela, só que não se importava com aquilo, apenas revirou os olhos voltando pra Benjamin apertando a mão dele levemente “Mas quais são os costumes de Londres? Digo, os costumes são diferentes certo?” óbvio que na cabeça dela passavam mil coisas, não tinha como ter certeza dos sentimentos dele, principalmente quando se tinha um negócio como o dela em jogo…
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"Digamos que eu não gosto de perder bons clientes. Milady, com todo o conhecimento de quem comanda por trás dos panos, sabe bem o quão valioso é esse acréscimo nas primeiras relações.” E nada mais normal que colocar algumas selas e serviços especiais num acordo, mimos de grande valia e detentores de um poder imensurável. Mostrar que importa e dar aquele gostinho de ingenuidade, deixá-los achar que estão por cima quando... Benjamin não era do tipo sorrateiro, mas o rosto gentil e benfazejo escondia um homem muito inteligente. “Não usarei isso para me aproveitar futuramente, aumentando meus preços de uma hora para a outra. É como... Abrir uma garrafa de conhaque depois de um acordo benéfico para os dois lados.” O duque deu de ombros, a mão girando e tentando encaixar a dela na sua ‘sem querer’. Propositalmente deslizando os dedos pelo tecido da luva, aproveitando aquele pequeno momento roubado na belíssima cara dura. O sorriso em seu rosto era reflexo do dela e aumentava, espalhando um sentimento bom pelas feições e fazendo desaparecer um peso que carregava sem conhecimento. “Nós dois ouviremos burburinhos da sociedade estando juntos ou não. Somos as joias não oficiais da Rainha. E Vossa Majestade leva a opinião de Lady Danbury em conta, talvez consigamos passar pela inquisição do resto da corte.” Benjamin meneou a cabeça e se afastou, escorregando para longe da moça educadamente. Um pedido de desculpas que não chegava a ser genuíno, porque seus olhos giravam nas órbitas. Preferiu inclinar-se para pegar uma das comidas oferecidas, enchendo a boca com uma mordida enquanto analisava o outro homem da sala. Ainda não o conhecia muito bem, mas... Vendo o brilho em seus olhos, a boca do estômago torceu num nó de tensão. O duque reconhecia adversários. “Explicando da maneira mais simples possível, nós não nos encontraremos mais por acaso ou porque vamos para os mesmos bailes. Agora poderei chamá-la propriamente para passeios, visitas às novas confeitarias, museus, saraus. Poderia visitá-la aqui, dançar um pouco mais. Sim, infelizmente, para todos seria eu o dono de todos os convites.”
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benjamintodinho · 2 years ago
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O silencio de Galahad demorou poucos dias para sessar. Não que ela não quisesse seus cavalos, ou voltar a reencontrá-lo, mas sim por ter muitas variáveis que precisava conhecer antes de inserir mais uma na equação. Não podia se dar ao luxo de aproveitar a temporada despreocupada como algumas garotas… Tanto que aquela tarde estava escrevendo para o patriarca sobre um de seus compradores, e amigo dele, que novamente estava tentando ganhar vantagem sobre a família Coisa que conseguia enervar a mulher de uma forma.
O anuncio da chegada do Duque a fez bem, tirando daquele mundinho de burocracia e estresse “Por favor, não mexa em nada e…” ela pegou seu gato de pelos  que já tinha subido em cima da mesa. “De algo para ele comer e deixa no quarto” pediu ao funcionário já entregando-o a criatura ranzinza, que, por sorte, não mostrou tanta resistência no primeiro momento, mas foi só ela sair pela porta para o miado começar. “Dramático como a dona” zoou o homem em seu encalço, recebendo apenas um olhar em resposta. Não daria o gostinho de respondê-lo
Obviamente que deu uma parada antes de descer as escadas para conferir rapidamente se tinha algum pelo castanho em seu vestido oliva, mas logo foi ao encontro de seu convidado “Espero que não tenha esperado muito vossa graça… Tive um pequeno contratempo” o sorriso manso de Alice mantinha-se em seu rosto atravessando o salão ainda com alguns miados ao fundo. A negra não resistiu porém de mirá-lo de cima a baixo analisando as vestimentas dele, combinava bem mais do que toda aquela pompa que estava na festa, o que despertava ainda mais o interesse para conhece-o além das aparências sociais “Lady Danbury não poderá nos acompanhar, foi chamada ao palácio com certa urgência hoje cedo… Espero que não se importe, mas ela pediu para Phillip nos acompanhar ” explicou um tanto sem graça, afinal a cara de desgosto do amigo era o suficiente para saber que não estava tão feliz com a missão de ser o chaperone. Mas ainda assim o cumprimentou e se manteve longe o suficiente para não os atrapalhar  “Não posso negar que estou ansiosa para saber o que reservou para mim, ouvi muito sobre a qualidade de seus animais…”
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Benjamin notou tarde demais que encarava a mulher descer as escadas e que seus ombros, antes relaxados de espera, suavizam com um sentimento novo. Aquilo era alívio? Uma tensão dissipada por um detalhe que deveria esfriar todos os ânimos. Sozinhos. Ou melhor, na medida do possível, aproveitando da companhia sem que tivesse dezenas de pares de olhares julgando suas escolhas e os melhores momentos para abordá-lo. Enfim, desfrutar sem ter preocupação além de não deixar tão na cara o quão enamorado estava por ela. Calma, senhor emocionado, calma aí. A diferença dela de todas as mulheres era gritante, mas não seria Benjamin a cair no lugar comum desses tipos de elogio. “Phillip?” Notou a presença do homem quando este foi anunciado, o rosto em feições de duvida e incerteza. Sobrancelha arqueada em divertimento. “Ah, sim. Sir Phillip, muito prazer. É quem a devo endereçar toda a correspondência? Para...” Deixou que a ideia continuasse subentendida, menção honrosa ao arranjo para escapar do preconceito da Corte Britânica. Benjamin tirou das costas as singelas flores que escondia, estendendo-as educadamente para a engra. Não era um buquê, não eram as flores mais famosos do mundo. Eram as da estação, sem nome definido, mas coloridas e belas em sua simplicidade. O duque tinha dinheiro para enchê-la de todos os presentes e sabia, como sabia qual cavalo estava pronto para corrida, que ostentação não era o caminho. “Os animais estão escolhidos e à caminho, mi’lady. Do jeito que conversamos e um pouquinho mais, para uma surpresa da minha parte. O que me trás a visita de hoje.” Quando tomou o assento... A ousadia o colocou mais perto. Ainda sob a visão do homem, mas tirando aquelas dúvidas que tinha construído nos outros encontros. “A senhorita é dona das suas próprias escolhas. Independente. Logo, não vejo o propósito de oficializar um pedido que não seja para a senhorita.” Engoliu a saliva acumulada, o sorriso ficando menos expressivo... Uma seriedade ansiosa crescendo em suas feições. Sua mão até estendeu para a dela, mas ficou sob o joelho com a palma virada para cima. “Se for de seu agrado, gostaria de cortejá-la.”
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benjamintodinho · 2 years ago
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“Não precisa me esperar, Lance, eu voltarei à cavalo.” Benjamin tinha todo o esquema montado antes mesmo de pegar a carruagem de volta para a casa na cidade. Considerando todas as hipóteses, resultados positivos ou negativos, o Wellington estava mais do que preparado. Destacou os melhores cavalos da sua carruagem pessoal, animais robustos e adequados para trabalho pesado. Ora, por quê? Tinha preferência em chegar no mesmo dia do que demora para descanso, aqueles conseguiam superar horas no mesmo ritmo. Bem controlado. O Duque que cuidou do tipo, desde a limpeza até o entrelace das longas crinas. O rosto sempre pressionado contra os dos animais para reassegurá-los de que ia para um lugar seguro. Seguro. Nem ele sabia que Alice era considerada segura, todas as suas fichas apostadas pela relação com a respeitável Lady Danbury. “Eu sei como está me olhando e não adianta.. Certo, certo, se você insiste.” Respondeu quando desceu do cavalo e entregou os arreios para o cavalariço, um tapinha no ombro como despedida e...
Estar às portas da mansão era uma coisa, outra completamente diferente era ser conduzido para dentro e esperar no salão principal. Benjamin tinha as mãos cruzadas atrás das costas, uma segurando o chapéu elegante e a outra o chicote de equitação. Sua atenção por todos os lugares, analisando curiosamente a decoração. Ainda bem... Começou e se interrompeu, rindo consigo. Não entrava como alívio ter visitado outras ladies e suas filhas para deixar esse encontro menos interessante para o olhar público... Menos capaz de levar burburinhos desnecessários. Benjamin captou o som de passos e virou o corpo na direção, a cabeça já meneando num cumprimento educado. @lovlette​
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benjamintodinho · 2 years ago
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Alice podia estar ali como uma Galahad, para ser melhor aceita pela sociedade britânica, porém em suas veias corriam o sangue do pai, quente e profunsamente irlandês. Não era fácil para uma mulher como ela ser contida ou discreta em bailes assim. Em sua cidade todos a conheciam pela presença marcante, o riso solto e posições firmes, mas ali apenas a doçura das palavras e seu jogo de cintura poderiam estar a mostra para aquela sociedade cheia de entraves à mulher. Resumida a apenas uma peça a ser adicionada a tapeçaria de alguma família… “Parece ser um homem de visão senhor, espero que tenha pensado em algo que favoreçam nos dois…” provocou com aquele olhar desafiador, mas com aquela típica mascara necessária para a discrição. Não era fácil conseguir alugar um navio, mesmo que Alice intercedesse pelos bons negócio era Finnan Hanley que tomava as decisões finais. E assim como a mão da filha ele não iria dar o benéfico a qualquer um “Ora, não era o senhor que logo iria ser esquecido? Mas acho que seu segredo estaráa salvo comigo” brincou com ar jocoso aceitando a mão dele para fora do círculo de dança. Óbvio que notou o olhar de uma senhora, possivelmente a mae dele ou pelo menos alguém que exercia grande influência sobre o homem, a poucos passos deles. Alice, diferente de muitos, observava muito os comportamentos antes de tirar juizos e gostava de por a prova seus conceitos, ainda que só por aquele olhar ela pudesse saber o quão desgostosa a mulher estava por ele estar ao lado de uma estrangeira “Em breve terá noticias minhas, espero que até lá encontre um companheiro descente para minhas empreitadas.” Por mais que soubesse da posição social de sua mãe, não conseguia se acostumar com o tratamento britânico, contudo o modo que ele beijou sua mão, ainda que coberta pela luva, e o jeito que ousava proferir o título o tornava muito mais agradável aos seus ouvidos. Alice deu um sorriso manso realizando uma curta reverência mirando-o como se não houvesse maia ninguém naquele salão “O prazer foi meu vossa graça. Tenha uma ótima noite.” E lá foi ela caminhando pelo salão como o balançar das ondas do mar, graciosamente, lentamente e com um ar que nada poderia a atrapalhar.
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C   L   O   S   E   D
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benjamintodinho · 2 years ago
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#someone call Ser Criston to show him how it’s done GAME OF THRONES “The Winds of Winter” (2016) dir. Miguel Sapochnik.
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benjamintodinho · 2 years ago
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MICHIEL HUISMAN & TERESA PALMER 2.22, 2017
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benjamintodinho · 2 years ago
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“Não acho que seja apenas física como muitos acreditam, mas se acha mais afável a companhia de um nobre senhor te darei o nome de bom grado” dava pra ver naquela expressão no rosto da mulher que possível que ela soubesse muito mais do que muitos homens do lugar. Pelo menos sobre navios. Alice crescera a beira mar, via a construção dos mais simples barcos pelos seus empregados e ajudava seu pai a fiscalizar as mais belas caravelas. Tirando os navios de transporte de pessoas, os Hanley possuíam no total de 5 embarcações grandes que davam a renda a familia e mais 2 que abasteciam o comercio da região. E ainda iria aumentar! Era impossível Alice não conhecer de coisas como madeira, organização geométrica, rotas marítimas e, pelo convivo com o patriarca, negociar. A música, porém, lhe tirou dos devaneios da magnitude do mar e de sua profissão para se ocupar do balanço do corpo ao som dos acordes. Sua mãe, com toda certeza, estaria orgulhosa vendo aquele ser que antes corria pelo porto com os cabelos sujos de maresia dançando elegantemente pelo salão. A negra tinha um singelo sorriso no rosto acompanhando os passos da quadrilha, não que fosse a mais hábil dançarina, mas guiada por um homem daqueles quem não ficaria segura pra se deixar aproveitar? A língua passou pelo seu lábio inferior segurando o riso entre eles com a resposta, a vida daquelas ladys era tão simples que entendia não acreditarem que ela era uma das engrenagens que fazia o porto funcionar. Alice foi deixando-o falar pra entender até onde o interesse de Wellington se assemelhava aos de seus negócios fazendo uma caretinha com a proposta, mas passou a ponderar sobre o assunto “Eu até tenho um ou dois que poderiam fazer o trabalho, mas não sou louca de propor rotas perigosas ou deixa-los sem cuidados… Não acho que Lady Danbury irá se importar se ficar para o chá e me explicar seus planos. Acredito que prazer e trabalho podem ser uma mistura agradável…” Poderia ser menos direta? Talvez. Mas não era como se estivesse sendo cortejada, poderia tratar aquilo como negócios. Ou pelo menos ela achava que poderia, por mais que só de seu corpo se aproximar do dele fazia algo parer borbulhar em seu peito. “Phillipe não ficará nada feliz por eu ter revelado nosso segredo com tamanha facilidade, ele está cuidando de receber as encomendas… Mas o que fazer se não resisto a bons negócios?” Brincou se afastando do homem para fazer uma reverência ao fim da música. Haviam alguns olhares curiosos pela conversa que eles tiveram, mas seus olhos miravam a ele, seus sentimentos estavam transparente como águas calmas do caribe, a companhia de Benjamin tinha realmente a satisfeito. Por um curto momento Alice se deixou pensar em oferecer mais uma dança para o distinto senhor, mas segurou a língua afinal não poderia se dar ao luxo de não ter outros parceiros, e reais pretendentes. “Não irei te apressar Lord Welllington. Não sei explicar, mas sinto que iremos nos dar bem…”
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Talvez tenha errado? Talvez tenha colocado expectativas demais? Benjamin ainda achava que não, porque não tinha como fingir uma personalidade daquelas. Mesmo a menos regradas das mocinhas, o duque era capaz de enxergar a fragilidade. A falta de jeito quando o assunto saía demais da sua alçada de ousadia. E, pobre damas, ele testava demais com suas tiradas rápidas e diferentes (bem como tinha sido ensinado pelo pai). “Não quero nada agora, nem o transporte perfeito adquirido num estalar de dedos. Viso a oportunidade no futuro, algo a ser trabalhado para espalhar por outros países. Aumentar a variedade aqui.” Aproveitava cada aproximação e volta ao par para falar, os lábios se mexendo o mínimo possível. Benjamin mantinha correspondência com outros haras e recebia relatórios promissores das raças ‘cultivadas’. Como não podia viajar como bem entendesse, não solteiro, manter no mundo das ideias o matava por dentro pouco a pouco. “Como um grande apreciador da dança, temo continuar na minha discordância.” Com qualquer outra senhorita, o Wellington já teria desfiado um rosário de elogios e incentivos, brincando com a alma enquanto pudesse. Era particularmente enervante vê-la crescer em confiança com as palavras, diminuindo o nervosismo para aproveitar de verdade a dança que o homem tinha pedido na assinatura do cartão. Alice... Alice não precisava disse e era visível na forma como continuava a rebater e responder suas perguntas sem perder a fluidez de seus passos. “Seu segredo está a salvo comigo. Se eu solto uma dessa para a sociedade londrina, vai ser ruim para você e para mim.” Uma mulher nos negócios? Escândalo quase tão grande quanto o da temporada passada e o relacionamento escondido do diamante da rainha. Talvez nem tanto, mas a escassez de fofoca transformava a menor ondulação num tsunami. Benjamin pronunciou sua reverência e ofereceu a mão para caminhá-los para fora da área de dança. E ele nem precisava de olhos atrás da cabeça para ver a mãe se aproximando. “O sentimento é recíproco, Lady Galahad. Ansioso para o desenvolver da nossa singela relação comercial.” Encontrou o olhar da mais velha e pediu um tempo com o olhar, linguagem não verbal do filhinho da mamãe. “Estarei aguardando uma mensagem de Phillipe quando marcar nosso encontro o mais breve possível porque, agora,... Eu tenho outros compromissos.” Lembrando que tinha assinado alguns cartões por obrigação, a dona da próxima dança já se aproximava da Duquesa Wellington. Benjamin tomou a mão de Alice e levou-a aos lábios, estes pressionados com ternura sobre o nós dos dedos. “Muito prazer em conhecê-la, milady.”
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benjamintodinho · 2 years ago
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“Duvido que um homem tão belo e cobiçado irá ser esquecido com tanta facilidade por essas mães alcoviteira.” Provocou. Uma das características irlandesas da mulher era aquele calor que emanava de si. E como diziam, os olhos eram os espelhos da alma e os de Alice queimavam. Ela ofereceu-lhe um sorriso com a proposta pensando por poucos segundos antes de responder “Não deve ser muito difícil cobrar favores para conseguir um bom companheiro. Mas ja aviso que so espero o melhor.” Desafiou com um sorriso no rosto. Por mais que fosse uma Galahad, o lado Hanley pulsava vivo em suas veias. Tinha sido criada por um homem cheio de vida e que sabia que sua menina tinha potencial pra conseguir o que desejasse no mundo e ela desde cedo deixou claro que seria ela quem vestiria as calcas e comandaria os negócios da família. A negra deu uma risada discreta concordando com a cabeça “E piora! Ele ainda me deu aula sobre como os navios flutuam. Dá pra acreditar?” Comentou com o gozo na voz pela ignorância do homem. Alice já tinha ido navegar antes mesmo de andar, o mar era sua segunda casa e o comercio sua segunda paixão. Tinha conhecido muitos lugares ao lado de seu pai e todos os cantos tinha se posto a aprender… Sua mão tocou a dele com delicadeza, ao ponto que ela se perguntou como um homem como aquele poderia ser tão cuidadoso. Não que fosse uma coisa ruim, pelo contrario, tirou um sorriso pleno de seu rosto. “O encarregado dos negócios?” Reforçou a fala dele com uma pitada de duvida no olha e graça em sua voz. Obvio que não esperava que ele soubesse de sua posição, então o sorriso não saiu de seus lábios. Ela esperou se posicionarem para responder “Bem, se for assim já deve estar me devendo diversas coisinhas. Está falando com ele já faz um tempinho…” seu tom baixo e travesso, quase como um segredo que só os dois poderiam saber. Todos os casais que iriam dançar se uniram e música ecoou no salão e Alice não conseguiu não rir do rapaz com a mais nova descoberta, mas ainda assim acompanhando os passos de dança. “Por que acha que preciso de um cavalo resistente e rápido senhor Welllingtons? Espero que não tenha ficado muito surpreso e empréstimo ainda esteja de pé…”
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“Para a minha infelicidade, a senhorita está certa. Não porque seu comentário mostra o conhecimento das regras de etiqueta não falada, mas porque não tenho para onde correr.” Benjamin usou os cavalos como desculpa até chegarem na terceira geração de sucesso. Contratando pessoas, manejando o negócio de tal maneira que fazia tudo sozinho - e perfeito para a temporada de bailes, segundo sua mãe. Ele ainda lembra da tesoura afiadíssima cortando seus longos cabelos, sempre arrumados num rabo de cavalo elegante. “Não! Ele não fez isso!” O tom combinava com o dele, ultrajado e divertido, olhos brilhantes de admiração pelo humor tão fácil de lidar. Tão desregrado e selvagem, saindo dos tópicos que mereciam apenas suas respostas prontas. “Se não for indelicado, por gentileza, diga-me o nome desse nobre senhor; pois eu fiz faculdade e ainda não tenho total segurança de dizer porque os barcos flutuam. Eu e física somos parceiros de dança incompatíveis.” Sabia o básico para construir engenhocas para o campo, consertar o superficial para manter funcionando enquanto um especialista não vinha da cidade para fazer o trabalho. De resto, Benjamin dava passagem para todos os intelectuais tomarem a frente daquele problema. Ao som do primeiro acordo, os pés entraram em ação circulando a dama e seguindo o que a alma conhecia. A mãe bem que tentou colocar medo no primogênito enquanto ensinava-o a dançar, mas... Ah, o rapazote era apaixonado pelos passos e rodopios. Tanto que suas mãos ainda seguiam o ritmo depois do choque. Benjamin segurou reações mais exacerbadas ao trocar a surpresa pela risada baixa, suave. Uma mais alta chamaria atenção demais dos arredores e daria ideias erradas para o resto do salão. “A informação, de alguma maneira, não me surpreende tanto. A veracidade, no caso; porque meu susto foi inevitável.” Alice era por demais interessante, surpreendemente interessante diga-se de passagem e o Wellington cogitava colocar seu nome em mais uma dança do cartão. “Posso pensar em um ou dois motivos. Gostar bastante do mar, visitar uma parente.” São os motivos que ele tinha quando precisava fazer o mesmo e que tinham-no feito escolher aqueles dois cavalos como transporte para fora do campo. “Não gosto de misturar prazer com trabalho, mas dada as circunstâncias... Seus navios são capazes de transportar cavalos em segurança e por viagens compridas?” Não precisava colocar seu motivo real quando a pergunta era uma óbvia confissão. “Garanto seus cavalos de escolha até o fim do mês e empresto os meus como gesto de boa fé, para garantir que não tenho intenções de ludibriá-la.”
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benjamintodinho · 2 years ago
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Dava pra ver nos olhos de Alice o brilho da curiosidade quando ele falou que era um forasteiro, não o conhecia e muito menos a família então cada palavra era algo novo na construção de seus conceitos sobre o homem. “Pode ficar tranquilo, meus segredos são tão bem guardados que bem acho que descobrí-los irá ocupar a sociedade por mais que uma temporada.” O riso saiu dos lábios dela com a facilidade em que chegou a seus olhos, era um homem fácil de se conversar, não parecia achar-se o centro do universo ou superior a si. Alice levantou uma sobrancelha pela mais nova descoberta, talvez não fosse uma má escolha da Lady Danbury te-la feito vir conversar… Porém o tempo para conseguir o que precisava murchou um bocado a mulher, que passou a língua pelos lábios e ficou batendo o indicador no copo discretamente enquanto confabulava consigo mesma. “ Como não tenho como te pedir pra amanhã, então será para o mais breve possível. Vou ver com Lady Danbury o que ela tem no estábulo enquanto isso, mas não acho que va me acostumar.” Comentou soltando o ar dos pulmões colocando o copo na bandeja do rapaz que passava o agradecendo baixinho, costume que tinha com todos os funcionários. Estava frustrada, óbvio, era uma comerciante que tinha que ir ao porto todos os dias levando ou buscando mercadorias. Como poderia faze-lo com cavalos que não aguentavam peso ou não tinham a versatilidade de um dos seus? Por um momento pensou em se despedir do belo homem, mas foi pega desprevenida com o toque em sua mão “Como é meu primeiro baile acho justo o senhor escolher não?” Ofereceu com um singelo sorriso no rosto esperando ele escrever pra poder ver qual seria a dança escolhida. Por mais que falasse muito e quando não devia, era uma observadora. Entraria na sociedade britânica lentamente, incorporando costumes e ganhando espaço, assim como suas mercadorias. “Não duvido, um rapaz tentou conversar sobre os perigos do mar e bem… Seria deselegante falar o que senti com a quantidade de inverdades proferidas.” Confidenciou fazendo uma caretinha discreta mas em um claro sinal de que aquela conversa tinha sido massante. Como odiava que homens explicassem coisas que ela ja sabia, pareciam que a tiravam como besta. Só esperava que este não cometesse os meus erros, até porque parecia uma boa pessoa. “Se quiser, posso oferecer o benefício da minha adorável companhia, até porque ainda tenho esperanças de que você possa conseguir algo pra mim ainda essa semana”
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“Eu admiro a perseverança. Admiro mesmo. Porque não compartilho da mesma. Me dou... três bailes para esquecerem de mim.” Era uma mentira e verdade, as duas ao mesmo tempo. Sua facilidade de conversa ia até a próxima página, quando precisasse filtrar e controlar o modo de falar perto de certas pessoas. Os Wellingtons, principalmente o primogênito, são criados de maneiras diferentes... Menos regradas. Uma família tão grande e tão amorosa tinha isso de vez em quando. Benjamin só continuaria em alta enquanto não tivesse um anel no dedo. “Poder pode, só não vai conseguir os cavalos assim depressa. Mas se conseguir uma carta de recomendação da distinta lady da sociedade, posso fazer algo melhor.” Seus contatos atravessavam os limites do território Inglês, mas nada substituía o burburinho das relações sociais. E mais, Lady Danbury era requintada e incisiva, duas características perfeitas para alguns passos dos planos de ampliação do negócio. Benjamin olhou o horário no relógio com o canto do olho e ouviu a música, três segundos de silêncio completo até escrever o horário certeiro para o começo da próxima dança. “Obrigado pelo poder de escolha.” Tinha humor na voz, o coração crescendo em frequência com aquele pequeno brilho de personalidade da negra. As mulheres eram objetos quando se tratava de dança, com seus cartões à mostra esperando serem escolhidas. Alice? Alice parecia dar a honra para que dançasse consigo e, a escolha de horário, uma gentileza de sua parte. “Por favor, me diga que ele falou sobre monstros marinhos e como nadar em águas profundas. Não, não, confirme que te mostrou o que fazer num barco.” Os negócios da família expandiam-se para todos os integrantes, mesmo que não gostassem do assunto. Suas irmãs sabiam o básico de cuidar de um cavalo, logo, Alice saberia uma ou outra coisa das embarcações. Ou assim ele achava. “Vamos continuar nossa reunião de negócios em outro lugar?” Ofereceu a mão e, seguindo a deixa, palmas se ergueram para o fim da dança. Benjamin segurou seus dedos com delicadeza, o calor emanado fazendo maravilhas. Pelos Santos, quantos anos tinha? Vinte? “Posso encontrar um meio termo para nós dois, um empréstimo enquanto não tenho o pedido. O que acha de combinar um encontro com o encarregado dos negócios de sua família e eu faço uma coisinha em troca?” Só esperava os outros casais se juntarem para iniciar a dança.
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benjamintodinho · 2 years ago
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A negra não conseguia esconder que gostava do desconforto das pessoas da corte inglesa, todos punham em seus rostos os sorrisos enquanto se fosse na sua terra natal, a Irlanda, seria outra postura tomada. Com o riso nos lábios aceitando e agradecendo o copo que lhe foi entregue negando com a cabeça “Senhor, acho que entendeu errado, não fiquei desconfortável, na verdade, creio que o único que me olha e não parece fofocar sobre mim” comentou com bom humor. Não era a taça que queria, mas tinha que lembrar que ali não era sua casa e possivelmente nem álcool poderia tomar, então levou o refresco aos lábios olhando em volta por um segundo. Seu chaperone tinha olhos atentos nos dois, com poucos passos de distancia. “Não é sempre que tem novas pessoas na corte? Tenho que admitir, não esperava tanto rebuliço por vir conhecer a terra de minha mãe. ” ela riu sem humor passando o olhar pelo salão por um momento antes de mira-lo respirar fundo e deixar os ombros caírem, em um claro sinal de seriedade. “Mas não foi pela amizade de nossas famílias que vim conversar com o senhor, na verdade Lady Danbury comentou que vende cavalos… Teria algum irish draught? Não é muito comum, mas já bastam os costumes diferentes. Não gostaria de te incomodar com negócios durante essa magnifica festa, preferia que me chamasse para dançar, mas preciso de um bom cavalo com certa pressa. É impossível ir para o porto todos os dias com um puro sangue”
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A fome nesses eventos era sempre maior - já tinha avisado o falecido duque - e o prato logo se mostrou uma jogada inteligente para equilibrar o estômago. “Seria muita hipocrisia da minha parte fazer fofoca de uma dama estrangeira quando eu, também, sou um forasteiro.” A semelhança física com os pais distraiam os principais conhecidos da sociedade, porque sempre trazia a sensação de ser visto em algum lugar antes. Até seus irmãos e irmãs mais novas - todas bem casadas - contribuíam para uma vantagem naquele sentido. “Somos um pouco fofoqueiros, lady, gostamos da novidade. Contudo, espero que consiga manter o seu mistério por mais um pouco de tempo. Do mesmo jeito que nos interessamos e descobrimos o segredo, igualmente rápido...” Agitou os dedos no ar enquanto o indicador e polegar mantinha o copo segurado na mão. Benjamin parou um pouco, cenho franzido suavemente para si próprio... Por que era tão fácil falar com ela? Por que tinha tanta facilidade em escorregar das regras e mostrar um pouco mais da recepção interiorana? Ele se ajustou sobre os pés, a cabeça meneando para olhá-la melhor... E ser surpreendido com as mesmas sensações do primeiro encontro (ou melhor, vista à distância). “Não foi?” O Duque ficou confortavelmente curioso por fora, um pouco decepcionado por dentro. Ora, quem não ficaria? “Não posso demonstrar humildade quando não a tenho, não seria sincero com a senhorita. Tenho criação de todos os tipos de cavalo existentes no mundo.” Orgulho enchia cada uma de suas palavras. Um orgulho poderoso, mas singelo e simples. Não o levantava para esfregar, mas... Satisfação de conseguir o que sempre sonhara. “O quão depressa precisa dele? Temo só voltar para minha propriedade daqui a duas semanas, para as festividades.” Duas semanas no campo com jogos e bailes dia sim, dia não. A Duquesa de Wellington estava investida em encontrar uma esposa para si. Benjamin deixou o prato e o copo vazios na bandeja de um criado, liberando para pegar gentilmente o pulso da mulher e erguê-lo. “Gostaria de dançar agora ou em algum horário específico?” Assinava seu nome no cartão de dança atrelado ao pulso pela fita, o lápis parando no horário. “E não me importaria de conversar sobre negócios. Você se surpreenderia com o tamanho de tédio que guardo nesse momento.”
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benjamintodinho · 2 years ago
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Benjamin tinha sorte de ser filho de quem era ou os cabelos daquele comprimento e a barba por fazer teriam sido interpretados por desleixo. Falta de asseio. Vivendo mais no campo, lidando diretamente com a renda principal dos Wellingtons, não era prioridade ficar todo arrumado e engomado. Camisa sobre camisa, encimado por um paletó e as calças de tecido desconfortável. Somente as botas davam algum sentimento de normalidade, um pouco mais próximas do costumeiro ao trabalhar na terra. O Duque, único vivo no momento, suspirou discretamente ao finalizar a risada pela piada sem graça. Outros condes e barões o circundando, buscando crescer em atenção na presença de si. E, bem, convenhamos... Eram esses pequenos abutres que afastavam a verdadeira preocupação. Mocinhas casamenteiras e suas mães motivadas.
Seus olhos erguiam-se do grupo masculino para analisar o feminino, o pobre homem tentando achar uma brecha para se alimentar em paz. Ou tão em paz quanto possível sob o olhar de ave de rapina da mãe voluntariosa e dos olheiras da rainha. E numa dessas procuras, arrastando os castanhos pelas faces, reconheceu aquela que o tinha intrigado desde a apresentação na sociedade. Lady Galahad. Pego no flagra, acompanhou a aproximação para ter certeza de que tinha visto certo, e só quando confirmou pediu licença para os mais jovens. Aquele encontro estava errado. Pouco conhecimento da etiqueta tinha, mas sabia que moças sem uma acompanhante feminina significavam problemas. “Boa noite, Lady Galahad. Garanto-lhe que não foi minha intenção provocar tal efeito em vossa senhoria. Mas, se aguardar alguns instante, posso trazer refrescos.” Meneou a cabeça num cumprimento e tratou logo de arrumar as limonadas. Dois copos apoiados numa mão, a outra com uma fina louça com pequenos folheados e quietudes. “Aqui, o seu. Mais uma vez, me desculpe.” O sorriso era comum no rosto do Duque, uma marca registrada e cartão de visita - como diria sua querida mãe. “Respondendo a sua pergunta, sim. Felizmente, por conta dos bailes e das temporadas, somos facilmente reconhecíveis. Nossas famílias se conhecem. O que, por sua vez, deixa sua presença ainda mais instigante para nós.” Porque ela podia superá-lo em fama em certos pontos, mas nunca tiraria de sua cabeça a coroa do mais cobiçado solteiro da temporada.
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Ter Alice entrando no salão da rainha com toda certeza foi um susto para todas as pessoas presentes. Não só porque a família dela não a aceitava por ser filha de um comerciante irlandês, mas também por ser uma moça mais velha, com seus 25 anos. Mas quem disse que ela ligou? Seu vestido era do mais fino tecido, em um tom de amarelo clarinho e, obviamente, da costureira mais requisitada da Inglaterra, para completar tinha aquele olhar de confiança inabalável se curvando em frente a monarca que parecia em dúvida do que exatamente o que ela queria ali. Os que não sabiam quem ela era até o momento puderam ter o tempo para se informar antes do primeiro baile, afinal todos queriam saber da fofoca que rondava a felha de um dos comerciantes mais conhecidos da europa
A Galahad foi acompanhada pelo braço direito de seu pai, afinal não tinha família por ali e ele era o mais próximo que tinha de um irmão nas terras estrangeiras, tinham quase a mesma idade. Porém dava para ver que não era ele que mandava naquela dupla... Vestia um belo vestido azul claro com bordados de flores feitos a mão e seus cachos estavam semi-presos, contornando o rosto da mulher. Não sabia de quem exatamente era a festa, mas eram tantos nobres que no fundo sentia um tanto de receio de estar ali sem uma família ao seu lado para lhe apoiar e garantir seu status, ainda que soubesse que tinha mais dinheiro em um navio do que muitos ali.
Seus olhos passaram pela multidão a procura de alguém a sua altura e não encontrava uma só alma que lhe causasse uma inquietude suficiente para se interessar. Quando seus olhos miraram um homem desacompanhado no meio daqueles molecotes, e que com certeza estava lhe olhando, um sorrisinho abriu em seus lábios e ela não tardou de se aproximar. "Poderia pegar uma bebida para mim? O tanto que me secou me deixou com sede.." falou com um ar inocente apontando para o garçom que carregava uma bandeja de champanhe ao lado dele. "Curiosidade pela estrangeira?"
@benjamintodinho
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