biankagarcia

[biankagarcia]

Estou absurdamente sozinha por escolha. Por não querer gastar tempo com quem não aprecio. O mundo nunca vai se tornar melhor, sua felicidade nunca vai ser suficiente para mudar isso. Sua felicidade nunca te fará de fato feliz depois que você criar consciência.

Ninguém vê que eu estou lutando desesperadamente para ser vista? Vista de verdade? Não cobro compreensão absurda e profunda de ninguém, mas as vezes, um pouco de interesse seria bom.

Quanto mais falo com os outros, mais me sinto sozinha nessa merda toda. Mais tenho vontade de me isolar, fugir, mandar tudo pro inferno.

"Talvez, Bianka, se você não fosse assim..." "Se tentasse se misturar mais..."

Para ser vista nessa porra eu preciso me misturar? Para ser vista nessa merda eu preciso me apagar? Para que meus textos sejam lidos, eu preciso encurta-los? Torná-los menos subjetivos? Mais digestíveis? Eu pergunto como se não soubesse a resposta, é claro que sim.

Agora, não sei porque eu desejo ser vista! Porque ser sozinha soa tão terrível quando eu mesma aprecio a solidão?! Resposta: Pois não tenho a opção de exercer a solidão! A sociedade tem me cobrado. A escola é necessária, o futuro emprego será necessário, o dinheiro também e sempre...

A minha última esperança... Ser vista pela escrita. Claramente não vou conseguir isso pela internet, não acho que seja para mim. Detesto por tags nos meus posts, desprezo a maioria dos escritores daqui e sei que o que é curto e rápido de dissolver na mente aqui é mais apreciado.

Não achar meu canto, nem na internet, é desolante. Já ouve a época de eu não ter a consciência que a internet é formada de gente. Tudo nesse mundo é lotado de gente. Escória por toda a parte e eu aqui, estagnada.

Existe alguém que leu isso? Se sim, me deixe saber, faça contato, se quiser. Estou em desespero. Se daqui a três anos não conseguir o que quero (que é simplesmente paz e casa) não levarei mais a vida. Assumirei meu papel de Deus e me levarei ao manto quente da terra e vermes.

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[biankagarcia]

Vaca, puta, perturbada do caralho. Decide logo. Essa porra martelando da minha cabeça 24/7. Não tenho nada a perder se não a vida. E uma hora eu a perco.

Mas não quero mantê-la sem usa-la, sem senti-la. E não pretendo o fazer. Sai dessa, Bianka, porra. Sou insaciável e isso me enche de medo, mas acho que preciso tentar fazer o que está ao meu alcance. Talvez, muito em breve, eu fodo com a minha vida.

[biankagarcia]

Eu preciso fugir daqui.

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#emputecida

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Se matar é não permitir que nada de ruim entre na sua vida novamente, mas também é possivelmente bloquear a entrada de algo bom. É esse o meu dilema.

[biankagarcia]

Ficar um tempo sumida é reflexo de esperança, coisa que repudio e tento repelir a todo custo. Isso tem uma razão clara, ela não tem uso algum a não ser frustrar. Eu vivo frustrada, então imagino que eu seja bastante esperançosa. Espero o mínimo de seriedade do mundo, da sociedade em que, infelizmente, estou inserida. Em troca recebo deboche, comentários mal construídos, desinteresse geral, falta de respeito. É impossível não se deprimir quando você espera o mínimo de respeito em um país que - e isso me deprime ainda mais - pedir por respeito é pedir demais. Pedir por diálogo é demais, por conversas minimamente construtivas. Não é sobre passar minutos em uma conversa leve e descontraída mas uma vida inteira soltando pensamentos mal construídos, já mastigados e cuspidos na boca podre e mal usada de quem os vomita pra fora. Querem colocar a culpa em meus ouvidos e em meu cérebro por não suportar toda a estupidez? Tenho filtro, julgamento, quero que as coisas sejam certas e me irrito quando são absurdamente erradas, mergulhadas em merda, depravação barata e popular. Sou caracterizada como antissocial. Deveria ir para terapia? Ver as coisas de forma diferente? Regar tudo com positividade tóxica? Inútil. Todos os métodos são inúteis quando se está lúcida. Eu já sei como funciona. Já sei como as peças se movem, por que estão lá. Sei que tudo é um ciclo para a humanidade, a mudança pode ocorrer mas o ciclo vai continuar intacto, pois toda "mudança social" é na verdade só uma mudança de termos. Uma forma nova de ver coisas velhas. A maioria cai nesse papo, a esperança agindo. Não me considero humanista. Trocaria toda a música, livros, filmes, por uma extinção completa da humanidade. Formas de distração da mortalidade mesmo que sofisticadas, ainda são humanas, ainda são ineficazes a longo prazo. E quanto mais tempo passo na terra, mais estou inclinada a pensar que são nocivas. Então morte aos pretenciosos babacas que se consideram sérios e intocáveis, morte aos retardados que estão de bem com a vida e morte as pessoas gentis. A humanidade está desesperada, o cenário é apocalíptico. O ser humano está e sempre esteve viciado em migalhas de alegria e nos dias atuais todos querem conforto, por isso tantos felizes, por isso tantos medianos. Entregar a verdade a eles é entregar a dor. Por que a verdade é de fato dolorosa aos que vivem entorpecidos, alienados. Pois nunca perceberam que a vida é a criação mais sádica de Deus ou de algo maior que isso (Me recuso a pensar que um conceito criado - ou descoberto, se preferir - por homens seja de fato superior, ou minimamente real). Qualquer coisa acima de nós, seja o universo ou as estrelas do mesmo, já tem seu ar etéreo e uma superioridade convincente o bastante. Coisa boa sobre os homens: Mesmo mortos mantemos a vida. Os vermes se alimentam do cadáver.

Moral da história: Não deixem que cremem a porra do corpo nojento de vocês depois que morrerem. E sim, podem confiar uma arma a mim, sou legal.

Zero revisão pra essa merda de texto, quem quiser ler, leia. Que preguiça.

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Mais uma madrugada sentindo tudo o que já estou acostumada a sentir, e mesmo assim é demais.

Engraçado o fato de eu ter pensado que dessa vez eu estava livre da minha autodestruição. Mais engraçado ainda é isso ter se provado mentira em questão de dias, nem ao menos semanas.

As pessoas em geral me cansam tão rápido com a maldita previsibilidade delas. E as imprevisíveis me dão nos nervos também.

Tenho voltado a um antigo pensamento, como faço sempre.

Estou melhor sozinha, porque não aguento as pessoas.

Achar que isso vai mudar é coisa de trouxa.

Testar essa possível mudança com alguém, mesmo sabendo que é certeiro que não vai acontecer, é babaquice.

E eu sou uma babaca.

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Os textos já não são mais os mesmos. As palavras tem parecido vazias e sem significado algum. Pouco importa a forma que vou empregá-las. Pouco importa sobre o que eu desejo falar. 

O que mesmo no papel não toma forma, é simplesmente inútil. É desperdício. 

Então que eu seja clara. Que eu tente ser, ao menos. 

Com tudo desabando, tudo que eu preciso é de um lugar para cair. Não parece ter. 

Não sendo esse lugar seus braços, todas as outras alternativas são escassas e desinteressantes.

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Minha alma me persegue. Imóvel, pesada. Incômoda como uma pessoa que sorri demais. Tão intragável quanto um poema ruim. Estou condenada a ser e por isso sofro. Os dias da semana passam lenta e tortuosamente enquanto minha cabeça gira com velocidade crescente. Vou morrer como quando alguém que se sente tonto desmaia.

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Que porra eu to fazendo?

Não é como se apenas em alguns casos de introspecção essa pergunta tenha surgido; Ela sempre existiu, implantada no meu cérebro e impregnada nas raízes do meu cabelo como um parasita que só se alastra.

Eu estava dançando quando me veio a ideia do suicídio.

Que porra eu to fazendo?

Pensei antes, durante e depois de enrolar o pescoço. E como sempre, voltei atrás, por conta do terrível demônio chamado Esperança. Ele é sorrateiro e não se mostra muito claramente. É o responsável por me fazer questionar: “E se…?”

Não gostaria de viver a maior parte da vida pensando em possibilidades e em situações ótimas e completamente diferentes da minha.

Sinto como se precisasse ligar para alguém e falar “Vem me salvar.” , por mais que eu nunca falaria isso de fato para alguém. Não falei quando me julgava na pior, imagina agora. 

Talvez quando eu estiver pior ainda. Aí nós vemos. 

Tá todo mundo dopado nessa merda?

Tenho mantido uma rotina que detesto com todo o coração, e ela é tão fixa.

Fixou-se por mais tempo que devia na minha vida. Isso tá me deixando maluca. O cinismo das pessoas tá me deixando maluca. Minha mente entorpeceu. Tá tudo mole. Meus globos oculares vão cair se eu ver qualquer face humana de novo. 

Tá todo mundo tão preocupado com a vida e eu ainda não me situei a ponto de saber onde eu devo dirigir minha preocupação.

[biankagarcia]

Ah, que se foda.

Não aguento mais esse monte de textos de merda que não falam nada comigo. Pouco me importa os problemas alheios.

Falemos sobre a necessidade da piora. Eu pareço bem? Não muito? Bom, isso não é suficiente. Farei o possível para que na próxima vez seja respondido: Não mesmo.

Sobre deitar no chão na posição mais desconfortável que conseguir com a esperança de que a dor física se sobreponha à agonia interna.

Por quantos anos mais manterei as chamas acesas? Ainda não me acostumei com a dor das queimaduras.

[biankagarcia]

podre

Hoje me senti indigna de olhar para as grandes coisas da vida

Obriguei-me a caminhar com os olhos voltados para o chão

Notando e encarando fixamente as pequenas sujeiras, as rãs esmagadas no asfalto e as folhas secas. Queria beijá-las.

As folhas,

como podem estas, tão menores que eu, 

apresentarem uma beleza tão sutil e implícita que esmaga e ao mesmo tempo acolhe

Hoje me sinto menor que elas

Hoje sinto que a pequenez dessas folhas é o bastante para me esmagar. Seria grata se elas pudessem de fato o fazer.

[biankagarcia]

De todos os pecados do mundo não vejo gratificação alguma em nem ao menos um deles

Antes isso fosse algo bom ou louvável, mas é desesperador. 

Principalmente ao notar que as noções de prazer que eu possuía na vida consistiam todas em pecados e padrões de comportamentos dos mais grotescos

E me julgava digna de algo.

Pois agora sinto-me ainda menos digna.

Porque além da inocência que já há tempos perdida, agora perco também a ignorância

Estou sem nada físico para agarrar e manter-me

[biankagarcia]

Depois de exatos dois meses, volto

Puta da vida porque não somente nesses dois meses, mas nos últimos dois anos, nada mudou

Os sentimentos que tenho parecem passados,

São os mesmos que eu tinha há anos e os preservei comigo

Tão batidos, já não tão fortes e mesmo assim tão precisos, tão certeiros

Ainda causam dor 

E acho que ainda causarão por muito tempo, até que surjam outros mais dignos

As pessoas são as mesmas de dois anos atrás, 

as mesmas do dia do meu nascimento 

as mesmas desde o início

Sou a mesma de desde o início também

Frustrada

Frustrada com o fato de se contentarem e agradarem mais com frases curtas e repetitivas do que de fato a verdade

Ainda mais frustrada por ser exatamente assim

P.S. En resumen, estamos aí. Poderíamos não estar. Que bom. Ou que merda. Mal sei…

Vi que depois de largar o tumblr por um tempo perdi parte da inspiração para a escrita, mas a necessidade dela nunca foi embora. Concluindo, caso não fora entendido, estamos aí.

[biankagarcia]

Parece que o universo quer a gente longe

Talvez para preservar algum ou ambos de nós de uma decepção 

Mais de uma vez isso acontece

Mesmo assim não desisto de ti

Vou insistir e insistir 

Até que os deuses abram uma brecha

E parem de me testar

E vou seguir vitoriosa até se machucada

É o risco que estou disposta a correr

É o esgotamento que vou aguentar

Até o fim.

É inverno 

As rosas do meu quintal perderam as pétalas 

Minha garganta racha

E meus pés descalços tremem

Com o frio

Vou continuar caminhando no gelo

Por todas as cidades

Vou dar a volta ao mundo e te achar.

[biankagarcia]

Me alimentar apenas de migalhas do passado nunca vai ser suficiente

Mas o presente é embaçado e sem cor

Algumas relações reguei com carinho e mesmo assim estão podres, quase mortas

Então as revivo por meio das memórias e por alguns instantes isso parece suficiente

Sinto como se estivesse saído de um ciclo que não se fechou por total

Por isso vivo regredindo

Voltando ao máximo a ele

Me aproximando do que ficou para trás

E faz certo sentido

Querer completar esse quebra cabeça

Mas acho que as peças necessárias foram perdidas

Se desgastaram junto ao tempo que passou

E não tenho ideia de como montar esse novo sem você.