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Sistema Endócrino
O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos hormônios que são lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam.
Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções do nosso corpo. O hipotálamo, um grupo de células nervosas localizadas na base do encéfalo, faz a integração entre esses dois sistemas.
Glândulas do Sistema Endócrino
As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do corpo: hipófise, tireoide e paratireoides, timo, suprarrenais, pâncreas e as glândulas sexuais.
Hipófise
A hipófise está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do cérebro. Produz diversos hormônios, entre eles, o hormônio do crescimento.
É considerada a glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o funcionamento de outras glândulas, como a tireoide e as glândulas sexuais.
O excesso da produção desse hormônio causa o gigantismo (crescimento exagerado) e a falta provoca o nanismo.
Outro hormônio produzido pela hipófise é o antidiurético (ADH), substância que permite ao corpo economizar água na excreção (formação da urina).
Tireoide
A tireoide está localizada no pescoço, produz a tiroxina, hormônio que controla a velocidade do metabolismo celular, na manutenção do peso e do calor corporal, no crescimento e no ritmo cardíaco.
O hipertireoidismo, funcionamento exagerado da tireoide, acelera todo o metabolismo: o coração bate mais rápido, a temperatura do corpo fica mais alta do que o normal, a pessoa emagrece por gastar mais energia.
Esse quadro favorece o aparecimento de doenças cardíacas e vasculares, pois o sangue circula com mais pressão. Se não tratada pode provocar o surgimento do bócio (inchaço no pescoço), e também a exoftalmia (olhos saltados).
O hipotireoidismo é quando a tireoide trabalha menos e produz menos tiroxina. Assim, o metabolismo se torna mais lento, algumas regiões do corpo ficam inchadas, o coração bate mais vagarosamente, o sangue circula mais lentamente, a pessoa gasta menos energia, tende a engordar e as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas e se não tratada pode ocorrer o bócio.
Paratireoides
As paratireoides são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás da tireoide, que produzem o paratormônio, hormônio que regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue.
A diminuição desse hormônio reduz a quantidade de cálcio no sangue e faz com que os músculos se contraiam violentamente.
Esse sintoma é chamado de tetania, pois é semelhante ao que ocorre em pessoas com tétano. Por sua vez, o aumento da produção desse hormônio, transfere parte do cálcio para o sangue, de modo que enfraquece os ossos, tornando-os quebradiços.
Timo
O timo está situado entre os pulmões. Produz um hormônio que atua na defesa do organismo do recém-nascido contra infecções.
Nessa fase, apresenta um volume acentuado, crescendo normalmente até a adolescência, quando começa a atrofiar. Na idade adulta diminui de tamanho, pois tem suas funções reduzidas.
Suprarrenais
As glândulas suprarrenais situam-se acima dos rins e produzem a adrenalina, hormônio que prepara o corpo para a ação. Os efeitos da adrenalina no organismo são:
Taquicardia: o coração dispara e impulsiona mais sangue para as pernas e braços, aumentando a capacidade de correr ou de se exaltar em situações tensas;
Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue, liberando mais energia para as células;
Contração dos vasos sanguíneos da pele, de modo que o organismo envia mais sangue para os músculos esqueléticos e, por isso, ficamos “pálidos de susto” e também “gelados de medo”.
Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista pois além de hormônios (insulina e o glucagon) produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha importante papel na digestão.
A insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na liberação de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio.
A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia).
O glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a sensação de fraqueza, tontura, levando, em muitos caso, ao desmaio.
Nesse caso o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando a "quebra" do glicogênio em moléculas de glicose. Por fim, a glicose é enviada para o sangue normalizando a hipoglicemia.
Glândulas sexuais
As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte do sistema reprodutor feminino e do sistema reprodutor masculino respectivamente.
Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela hipófise. Assim, enquanto os ovários produzem o estrogênio e a progesterona, os testículos produzem diversos hormônios, entre eles a testosterona, responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias masculinas: barba, voz grave, ombros volumosos etc.
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Sistema Nervoso
O sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo.
É formado por um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de captar as mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e "arquivá-los".
Consequentemente, ele elabora respostas, as quais podem ser dadas na forma de movimentos, sensações ou constatações.
Nervos que compõem o sistema nervoso
O Sistema Nervoso está dividido em duas partes fundamentais: sistema nervoso centrale sistema nervoso periférico
Sistema Nervoso Central
O Sistema Nervoso Central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, ambos envolvidos e protegidos por três membranas denominadas meninges.
Encéfalo
O encéfalo, que pesa aproximadamente 1,5 quilo, está localizado na caixa craniana e apresenta três órgãos principais: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico;
Cérebro
É o órgão mais importante do sistema nervoso. Considerado o órgão mais volumoso, pois ocupa a maior parte do encéfalo, o cérebro está dividido em duas partes simétricas: o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo.
Assim, a camada mais externa do cérebro e cheia de reentrâncias, chama-se córtex cerebral, o responsável pelo pensamento, visão, audição, tato, paladar, fala, escrita, etc.
Ademais, é sede dos atos conscientes e inconscientes, da memória, do raciocínio, da inteligência e da imaginação, e controla ainda, os movimentos voluntários do corpo.
Cerebelo
Está situado na parte posterior e abaixo do cérebro, o cerebelo coordena os movimentos precisos do corpo, além de manter o equilíbrio. Além disso, regula o tônus muscular, ou seja, regula o grau de contração dos músculos em repouso.
Tronco Encefálico
Localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco encefálico conduz os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa.
Além disso, produz os estímulos nervosos que controlam as atividades vitais como osmovimentos respiratórios, os batimentos cardíacos e os reflexos, como a tosse, o espirro e a deglutição.
Medula Espinhal
A medula espinhal é um cordão de tecido nervoso situado dentro da coluna vertebral. Na parte superior está conectada ao tronco encefálico.
Sua função é conduzir os impulsos nervosos do restante do corpo para o cérebro e coordenar os atos involuntários (reflexos).
Sistema Nervoso Periférico
O sistema nervoso periférico é formado por nervos que se originam no encéfalo e na medula espinhal.
Sua função é conectar o sistema nervoso central ao resto do corpo. Importante destacar que existem dois tipos de nervos: os cranianos e os raquidianos.
Nervos Cranianos: distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo, e sua função é transmitir mensagens sensoriais ou motoras, especialmente para as áreas da cabeça e do pescoço.
Nervos Raquidianos: são 31 pares de nervos que saem da medula espinhal. São formados de neurônios sensoriais, que recebem estímulos do ambiente; e neurônios motores que levam impulsos do sistema nervoso central para os músculos ou para as glândulas.
De acordo com a sua atuação, o sistema nervoso periférico pode ser dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo.
Sistema Nervoso Somático: regula as ações voluntárias, ou seja, que estão sob o controle da nossa vontade bem como regula a musculatura esquelética de todo o corpo.
Sistema Nervoso Autônomo: atua de modo integrado com o sistema nervoso central e apresenta duas subdivisões: o sistema nervoso simpático, que estimula o funcionamento dos órgãos, e o sistema nervoso parassimpático que inibe o seu funcionamento.
De maneira geral, esses dois sistemas têm funções contrárias.Enquanto o sistema nervoso simpático dilata a pupila e aumenta a frequência cardíaca, o parassimpático, por sua vez, contrai a pupila e diminui os batimentos cardíacos.
Enfim, a função do sistema nervoso autônomo é regular as funções orgânicas, para que as condições internas do organismo se mantenham constantes.
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Sistema Urinário
Vários produtos de desassimilação, de alta nocividade para o organismo, são por meio do sangue levados aos rins, que os retiram da circulação e os lançam nas vias urinárias, para a definitiva expulsão. Rins e vias urinárias constituem o apare-lho urinário, de grande eficácia na depuração do organismo. Os elementos do sistema urinário são:
1) duas glândulas, os rins, encarregadas de retirar do sangue os elementos de desassimilação;
2) as vias urinárias, sistema de tubos cuja missão se resume em levar a urina dos rins para o exterior, e que tomam, sucessivamente, os nomes de bacinetes, ureteres, bexiga e uretra.
Rins
Principais componentes do sistema urinário, os rins são dois órgãos glandulares, profundamente situados no abdômen, aos lados da coluna vertebral. Têm cor vermelho-escura e aspecto de um grão de feijão. Notam-se em cada rim: duas faces, uma anterior, outra posterior; dois pólos, um superior, outro inferior; duas bordas, uma externa ou convexa, outra interna ou côncava. A parte média da borda interna, por onde passam os vasos renais, é o hilo do rim.
Fazendo-se um corte vertical do rim, passando pelas suas bordas, pode-se verificar que há, no órgão, duas zonas: 1) uma zona interna ou tubulosa, vermelho-escura, chamada zona medular, na qual se veem nitidamente algumas pirâmides de Malpighi, de base voltada para fora, e cujo ápice (papila) apresenta numerosos orifícios (poros urinários) abrindo-se nos cálices renais; 2) uma zona cortical, amarelada, na qual, juntamente com tubos, se veem granulações avermelhadas, os corpúsculos de Malpighi.
Tubo urinífero
O estudo pormenorizado do rim revela que este órgão é formado, essencialmente, de tubos mais ou menos tortuosos, os tubos uriníferos. Cada tubo urinífero se inicia num corpúsculo de Malpighi (portanto, na zona cortical) e termina numa papila, por um dos orifícios que se abrem nos cálices. As várias partes do tubo urinífero tomam os nomes de: tubo contornado, alça de Henle, peça intermediária, canal de união, tubo coletor. Cada rim é formado por alguns milhões de tubos uriníferos.
A estrutura do tubo urinífero é simples: sua parede consta de uma delgadíssima membrana, atapetada inteiramente por um epitélio de células cilíndricas.
Circulação renal
O tubo urinífero recebe uma arteríola aferente, que, chegando ao início do tubo (corpúsculo de Malpighi, se resolve em capilares, os quais se entrelaçam intimamente, para formar uma espécie de novelo, chamado glomérulo. Os capilares do glomérulo unem-se de novo uns com os outros, e dão origem a uma artéria (e não, como de costume, a uma veia), artéria eferente que se dirige para os tubos contornados, alça de Henle, etc. aí se capilarizando de novo, e dando nascimento, afinal, a uma veia.
Ureteres
Há dois ureteres, um para cada rim. O ureter é um longo tubo, que vai do bacinete à bexiga. Tem de comprimento cerca de 28 centímetros, com pouco mais de meio centímetro de diâmetro. Desemboca na bexiga pela face inferior deste órgão.
Bexiga
A bexiga é um reservatório musculomembranoso considerado o ponto central do sistema urinário. Destinado a recolher a urina que se vai produzindo, e a conservá-la até o momento da sua expulsão. A bexiga, que, ao contrário dos ureteres, é um órgão ímpar, está situada na cavidade pélvica, por detrás da sínfise púbica. Sua capacidade regula 250 centímetros cúbicos, podendo, porém, se as paredes se distenderem, contiver volume maior, até 350 centímetros cúbicos.
Em casos patológicos, tem ela alcançado capacidades muito grandes, de 10 e mesmo 20 litros. A bexiga apresenta três orifícios: os dois de desembocadura dos ureteres e o orifício de início da uretra, todos na face inferior do órgão.
A espessura das paredes da bexiga, de mais de 1 centímetro quando o órgão está vazio, reduz-se a 3 ou 4 milímetros quando a bexiga se distende pela plenitude. Há, nas paredes, três túnicas: uma externa, ou serosa, dobra do peritônio; uma nédia, ou musculosa, de fibras lisas, em três camadas; e uma interna, mucosa, de epitélio estratificado pavimentoso.
Uretra
A uretra é o canal que, iniciado na bexiga, se abre no exterior, para o qual conduz a urina.
Cálices e bacinete
Cada rim é munido de mais ou menos nove cálices e de um bacinete. Os cálices são pequenos tubos membranosos, situados na continuação das papilas renais, e indo destas ao bacinete.
A urina no Sistema Urinário
A urina representa, como vimos, um produto de desassimilação do organismo, retirado do sangue pelos rins e eliminado pelas vias urinárias. Ao passar pelos rins, o sangue sofre duas capilarizações, que não só retardam a circulação, como ainda aumentam a pressão no interior dos vasos. Resultado final do sistema urinário, a urina nada mais é do que o descarte realizado pelo corpo.
Nestas duas capilarizações, uma no glomérulo de Malpighi, outra em torno do tubo urinífero, a água atravessa as paredes capilares e penetra nos tubos renais; ao mesmo tempo, as células do epitélio dos tubos retiram do sangue, por um dos seus pólos, os produtos de desassimilação (uréia, ácido úrico, etc.) e, pelo outro pólo, lançam tais produtos no interior dos tubos. Dal a urina segue até às papilas, é despejada nos cálices, bacinete, ureter, bexiga. A bexiga armazena a urina até que se encha, momento em que a distensão de suas paredes provoca uma sensação especial, obrigando o indivíduo a procurar esvaziá-la.
Formação da urina
Nas duas capilarizações acima referidas, os vasos sanguíneos entram em íntima relação com as paredes do tubo urinífero; ou, melhor, com o epitélio deste. Nestas duas oportunidades, as células epiteliais do tubo retiram do sangue, por um dos pólos, os produtos de assimilação, que, pelo pólo oposto, lançam no tubo urinífero. Vai-se formando desta maneira a urina, a qual enche os tubos e, caminhando por eles, chega à papila, e é despejada nos cálices.
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Sistema Respiratório
Um dos fenômenos mais importantes da vida é a respiração, pela qual a célula absorve oxigênio e elimina anidrido carbônico. Salvo reduzido número de seres vivos elementares, incompatíveis com o oxigênio livre (seres anaeróbios), todas as plantas, todos os animais respiram (seres aeróbios). Por isso, a importância em conhecer o aparelho respiratório e estudar o sistema respiratório humano dentro da anatomia.
Nos animais unicelulares, a célula está diretamente em contacto com o oxigênio, e as suas trocas gasosas se fazem através da periferia celular, sem a intervenção de aparelho especial. No homem, porém, que é um Metazoário, as células se acham isoladas da atmosfera, na intimidade dos tecidos; o oxigênio precisa ser por algum intermediário levado a elas.
Desta função se incumbem dois aparelhos: o respiratório, que recolhe o oxigênio da atmosfera e o leva aos pulmões, e o circulatório que transporta esse elemento dos pulmões aos tecidos. Inversamente, o anidrido carbônico, produzido nas células, vai destas aos pulmões pela via circulatória, ou hemática, e dos pulmões à atmosfera, pela via respiratória.
As trocas entre o ar pulmonar e o sangue, pelas quais este perde anidrido carbônico e ganha oxigênio, constituem a chamada respiração externa, fenômeno meramente preparatório da verdadeira respiração. A respiração interna se passa na intimidade do organismo, entre o sangue e os tecidos, e constitui o fenômeno capital da respiração.
Partes do Aparelho Respiratório
Na anatomia do aparelho respiratório, intermediário entre a atmosfera e o sangue, para levar a este o oxigênio e dele receber o anidrido carbônico, consta das seguintes partes: nariz, faringe, laringe, traquéia, brônquios e pulmões.
Nariz
Nosso estudo sobre o Sistema Respiratório começa no Nariz.
O nariz é uma cavidade de esqueleto em parte ósseo, em parte cartilaginoso, dividida por um septo em duas fossas. Cada fossa nasal tem uma abertura anterior, ou narina, e uma abertura posterior, comunicante com a faringe, a coana. O teto da fossa nasal é formado pela lâmina crivada do etmóide.
A parede interna é o próprio septo nasal, de separação com a fossa vizinha: a parede externa é irregular, pela presença de três lâminas ósseas enroladas — os cartuchos superior e médio, dependência do etmóide, e o cartucho inferior — os quais dividem as fossas em três andares, ou meatos; a parede inferior, ou assoalho da fossa nasal, mais ou menos côncava como uma telha invertida, é formada pelo maxilar superior, e, atrás, pelo osso palatino.
Reveste a cavidade nasal urna mucosa, a pituitária, cujo epitélio é cilíndrico-ciliado. Essa mucosa, profusamente irrigada pelo sangue, produz o muco nasal. Nas narinas veem-se pêlos curtos, as vibrissas, protetoras da fossa nasal.
Ao nariz incumbem duas funções: a de órgão do olfato, desempenhada por uma parte da pituitária, e a de via respiratória. Para o exercício desta última função, está o nariz perfeitamente aparelhado: a) as vibrissas das narinas retêm corpúsculos estranhos, do ar que se inspira; b) o muco nasal prende, por aderência, boa quantidade das partículas microscópicas, inclusive micróbios, que escapam às vibrissas, e que se destroem pelo próprio muco, ou, aos poucos, pelos cílios do epitélio, são expulsos; c) a rica vascularização da mucosa permite que o ar inspirado se aqueça antes de chegar às vias respiratórias inferiores. Estas circunstâncias servem de fundamento ao preceito de higiene pessoal, que manda respirar sempre pelo nariz, e não pela boca.
Faringe
A Faringe fica situada atrás das cavidades nasal e bucal, serve de passagem tanto ao ar da respiração como ao bolo alimentar. As duas vias aí se cruzam, mas não funcionam simultaneamente, pois que, como se mostrou antes, o ato da deglutição inibe a atividade respiratória. Temos um artigo especial sobre esse importante componente do sistema respiratório:
Laringe
A laringe é classificada como componente do Sistema Respiratório mas também do sistema digestivo, pois além do ar é onde passa o alimento. é um conduto de esqueleto cartilaginoso que faz parte do sistema respiratório, situado na parte anterior do pescoço, em cuja superfície cutânea se percebe a saliência que ele faz. Na composição da laringe entram as seguintes cartilagens: tiróide, cricóide, aritnóide, epiglote.
A cartilagem tiróide, a maior de todas, assemelha-se a um livro meio aberto, com o dorso voltado para a frente, sendo que a parte superior deste sobressai, no pescoço, com o nome de pomo de Adão. A cartilagem cricóide, em forma de anel, fica na parte inferior da laringe. As aritódicles, em número de duas, são pequenas, e acham-se posteriormente, sobre a cricóide.
Por fim, a epiglote é uma lingüeta que se abaixa sobre a abertura da laringe no momento da deglutição, protegendo desta maneira o conduto contra a penetração dos alimentos. A cavidade da laringe, cujos pormenores serão descritos a propósito da função fonadora deste órgão, é revestida por uma mucosa de epitélio ciliado.
Temos um artigo especial sobre esse importante componente do sistema respiratório:
Traqueia
A traqueia é um canal cilíndrico, de 12 centímetros de comprimento, em continuação à laringe, e bifurcado, inferiormente, nos dois brônquios. É formada por um tubo de tecido fibroso, em cuja espessura se dispõe, em número de 15 a 20, anéis cartilaginosos incompletos na parte posterior. A presença desta armadura cartilaginosa torna a traqueia rígida e a mantém sempre aberta, ao contrário do esôfago. O epitélio da mucosa da traqueia é ciliado.
Brônquios
Na extremidade inferior, a traqueia se bifurca dando dois tubos, os brônquios, cada um dos quais se dirige para um pulmão, em que penetra. A constituição dos brônquios é igual à da traqueia. No interior dos pulmões estes condutos se ramificam em brônquios cada vez menores, e terminam em canalículos muito finos, os brônquio. los, que se abrem, finalmente, nos ácinos pulmonares.
Pulmões
São os pulmões os órgãos essenciais do sistema respiratório, pois através de suas paredes se efetuam as trocas gasosas entre o ar inspirado e o sangue. Situados na cavidade torácica, separa-os uma série de órgãos importantes, o coração, o esôfago, a artéria aorta, etc.
Cada pulmão, comparável a um semicone vertical, apresenta: uma base, mais ou menos côncava, relacionada com a abóbada diafragmática; um ápice, voltado para cima, vizinho da primeira costela; uma face externa, convexa, em relação com as costelas, que nela imprimem seu desenho, e com os espaços intercostais; e uma face interna, côncava, olhando para o mediastino, e tendo, no centro, o hilo pulmonar, zona de passagem dos órgãos que entram no pulmão, ou dele saem.
O pulmão direito mostra dois sulcos, que o dividem em três lobos: lobo superior, lobo médio e lobo inferior. O pulmão esquerdo só tem um sulco, e, portanto, só dois lobos: o superior e o inferior. A cor do pulmão varia com a idade. No recém-nascido que ainda não respirou, os pulmões, com as dimensões muito pequenas, têm cor vermelho-escura, lembrando a do fígado.
Abaixo apresentamos as mecânicas do sistema respiratório: Inspiração e Expiração.
Inspiração no Sistema Respiratório
O mecanismo da inspiração é fácil de entender-se. O reservatório pulmonar se dilata, seguindo-se a isso grande diminuição da pressão interior. O ar exterior, impelido pela pressão atmosférica, se precipita nos pulmões.
Como se efetua o aumento do reservatório pulmonar?
Pela atividade de dois grupos de músculos: de um lado, o diafragma, que, abaixando-se, alonga o diâmetro vertical da caixa torácica; de outro, os intercostais externos, que elevam a extremidade anterior das costelas, tornando-as mais ou menos horizontais, e, deste modo, aumentando nos outros sentidos as dimensões do tórax. Os pulmões, solidários com a caixa torácica, em que estão contidos, a acompanham na dilatação, produzindo-se a penetração do ar exterior. O diafragma constitui o principal músculo inspirador. Demais, no seu abaixamento, não só se dilata o tórax, como ainda se comprimem as vísceras alojadas no abdômen, cuja parede anterior se desloca para frente.
Expiração no Sistema Respiratório
A expiração, que expulsa dos pulmões o seu conteúdo gasoso, se verifica mais de modo passivo do que por atividade muscular, entrando em função, sobretudo forças elásticas de diversas procedências. Está, em primeiro lugar, a retração dos pulmões, precedentemente distendidos pela inspiração, cuja energia, como facilmente se compreende, diminui à medida que a expiração progride. Intervêm ainda a força elástica das cartilagens costais e a das paredes abdominais, estas últimas forçadas, na inspiração, pelo diafragma, bem como a gravidade, que solicita para baixo as extremidades anteriores das costelas.
Conquanto a expiração seja acentuadamente passiva, nela colaboram, ativamente, os músculos intercostais internos, antagonistas dos externos, e, em certos casos, vários auxiliares, tais como os abdominais, que, ao se contraírem na expiração forçada, recalcam para cima o diafragma.
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Sistema Circulatório
O Sistema Circulatório (cardiovascular) humano possui como composição central o sangue. O sistema cardiovascular consiste no sangue, no Coração e nos Vasos Sanguíneos. Ao sangue, líquido que circula em nossas artérias e veias cabe nada menos de quatro funções:
1) recolher, nos alvéolos pulmonares e nas vilosidades intestinais, o oxigênio e demais alimentos de que necessitamos, e distribuí-los às células;
2) receber, destas mesmas células, as substâncias de desassimilação por elas expelidas, e levá-las a órgãos especiais (pulmão, rins, etc.), que se encarregam de eliminá-las;
3) estabelecer relações entre as várias partes do organismo, distribuindo por elas os produtos das glândulas de secreção interna;
4) auxiliar o equilíbrio da temperatura, e do conteúdo em água, no organismo;
5) contribuir para a defesa deste último.
O sangue apresenta-se como um líquido vermelho, variando de tonalidade segundo o vaso de que provém; escuro, se de veia, vermelho vivo, se de artéria, dependendo, a diferença, do grau de oxigenação. Viscoso, um pouco mais denso que a água (1,060).
A quantidade total do sangue, aliás variável por múltiplas circunstâncias, regula, segundo Bischoff, que a mediu em dois criminosos guilhotinados, 1/13 do peso do indivíduo: 5 litros, portanto, para quem pese 65 quilos. Os órgãos que mais sangue têm, além do coração e dos grandes vasos, são o fígado, os músculos e os pulmões.
Estrutura do sangue
O sangue, base de todo o Sistema Circulatório, é composto de uma parte liquida, o plasma, tendo em suspensão inúmeros corpúsculos microscópicos, os glóbulos sanguíneos, de que há três espécies: os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas. Existem ainda no sangue, dissolvidos ou combinados, três gases, o oxigênio, o azoto e o anidrido carbônico.
pH do sangue
Ao londo do Sistema Circulatório, o pH do sangue oscila entre 7,35 e 7,45, — indicando, portanto, reação levemente alcalina, a qual é praticamente constante. De que modo se conserva constante o pH do sangue, apesar da incessante produção de ácidos pelo organismo, e da ingestão cotidiana de alimentos tais como o ovo, a carne, o peixe, que aumentam a acidez ?
Mantém-se essa constância graças à existência, no organismo, da chamada “reserva alcalina”, constituída por grande quantidade de compostos (bicarbonatos, fosfatos), que são prontamente mobilizados sempre que a acidez tende a predominar. Colabora também para o mesmo fim a função excretora exercida pelos rins, pulmões e pele.
Glóbulos vermelhos
Os glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos, são os mais numerosos do sangue, pois existem na proporção de 5 milhões por milímetro cúbico de líquido. Na mulher esse número é de 4 milhões e 500 mil, ao passo que alcança no recém-nascido 5 milhões e 600 mil.
Têm os glóbulos vermelhos a forma de pequeninos discos, escavados no centro. São perfeitamente elásticos, podendo de-formar-se transitoriamente, para passar nos mais finos capilares. Medem, no sangue circulante, pouco mais de 8 mícrons de diâmetro, e, quando fixados nas preparações, 7 mícrons.
A superfície total das hemácias de um homem de 70 quilos é avaliada em cerca de 3.000 metros quadrados, ou 1.500 vezes mais que a superfície do próprio corpo. Extensão assim tão grande facilita o intercâmbio gasoso entre os glóbulos e o plasma.
Abaixo apresentamos as divisões teóricas do Sistema Circulatório: Pequena e Grande Circulação.
Pequena circulação
Por comodidade didática do estudo do Sistema Circulatório, é costume considerar-se uma grande e uma pequena circulação sanguínea.
A pequena circulação, entre o coração e os pulmões, tem por fim arterializar. o sangue. Inicia-se no ventrículo direito, de onde sai sangue venoso, pela artéria pulmonar; a artéria pulmonar logo se bifurca, mandando um ramo para cada pulmão, onde se dá a capilarização dos vasos.
Os capilares, depois de se haverem espalhado pelos pulmões, em contacto íntimo com as paredes alveolares, se reúnem aos poucos, formam vasos cada vez maiores, e terminam por quatro veias pulmonares, que vão desembocar na aurícula esquerda.
O sangue que foi do ventrículo direito para os pulmões era venoso; o que veio dos pulmões para a aurícula esquerda é arterial.
Grande circulação
A grande circulação sanguínea tem por fim levar sangue arterial aos vários órgãos, e, depois, recolher o sangue venoso ao coração. Começa no ventrículo esquerdo, cujo sangue sai pela artéria aorta, distribui-se em todo o corpo, órgão por órgão, por meio dos inúmeros ramos do tronco aórtico.
Depois de haver banhado os tecidos, regressa o sangue ao coração, pelas veias que desembocam na aurícula direita. Se, agora, considerarmos como ponto de partida os pulmões, podemos dizer que desses órgãos sai sangue arterializado, o qual se distribui pelos tecidos; e que dos tecidos o sangue, agora venoso, volta aos pulmões.
Vasos da grande circulação
A grande circulação sanguínea começa no ventrículo esquerdo, pela artéria aorta, cujos ramos se distribuem por todo o organismo. A artéria aorta tem, a princípio, trajeto ascendente; descreve, depois, uma curva chamada crossa da aorta, torna-se descendente, passa por detrás do coração, ao longo do esôfago; percorre, de cima para baixo, a cavidade torácica, atravessa o diafragma. Saiba mais sobre a PEQUENA E GRANDE CIRCULAÇÃO
Veia cava superior
A veia cava superior recolhe à aurícula direita o sangue que alimentou a cabeça e os membros superiores. É formada pela confluência dos dois troncos venosos brdquio-cefálicos, o direito e o esquerdo. Cada tronco venoso braquio-cefálico é formado de duas veias:
a subclávia, que recolhe o sangue do membro superior;
a jugular interna, portadora do sangue da cabeça.
Veia cava inferior
A veia cava inferior recolhe ao coração o sangue proveniente dos membros inferiores e do tronco. Origina-se da confluência das duas ilíacas primitivas. Cada ilíaca primitiva, por sua vez, é formada pela veia ilíaca interna ou hipogástrica (vinda da bacia) e pela veia ilíaca externa (proveniente do membro inferior).
No seu trajeto ascendente, a veia cava inferior, que percorre a cavidade abdominal e a torácica, vai recebendo muitos afluentes, tendo como os principais as veias as veias renais (vindas dos rins) e as veias supra-hepáticas (oriundas do fígado). Avolumada por todos esses afluentes, a veia cava inferior desemboca na aurícula direita.
Circulação porta
A veia porta é uma das mais importantes do Sistema Circulatório. Vamos resumidamente mostrar o seu modo de origem e distribuição. Nasce a veia porta pela confluência de três veias:
a) veia esplênica, proveniente do baço, do pâncreas e do estômago;
b) veia mesentérica inferior (ou pequena mesaraica) proveniente do intestino grosso;
c) veia mesentérica superior (grande mesaraica), vinda do intestino delgado e de parte do intestino grosso. Reunidas as três veias formam-se o tronco da veia porta, que se dirige para o fígado, onde penetra pelo hilo, na face inferior. No fígado, a veia porta se resolve em inúmeros.
Estrutura dos vasos sanguíneos
Chamam-se artérias os vasos que levam sangue do coração para os outros órgãos ao londo do Sistema Circulatório. Chamam-se veias os que, dos outros órgãos, trazem sangue ao coração.
Na grande circulação sanguínea, entre o coração e os órgãos, as artérias conduzem sangue arterial, e as veias, sangue venoso; mas, na pequena circulação sanguínea, entre o coração e os pulmões, dá-se o contrário: as artérias conduzem sangue venoso, as veias sangue arterial.
Não é, pois, a natureza do sangue conduzido, mas o sentido da condução em relação ao coração, que distingue as artérias das veias. Demais, como depois se verá, há entre elas, também, diferenças de estruturas.
Artérias
As paredes das artérias compõem-se essencialmente de três túnicas:
túnica interna, endotelial, de uma camada única de células endoteliais muito achatadas:
túnica média, formada de fibras musculares lisas;
túnica externa, ou adventícia, de fibras conjuntivas, dispostas principalmente no sentido longitudinal.
Veias
As paredes das veias só apresentam duas túnicas:
túnica interna, de células achatadas;
túnica externa, com elementos musculares, elementos elásticos e elementos conjuntivos. Válvulas venosas. — No interior das veias dos membros inferiores e superiores, existem pequenas válvulas, denominadas válvulas venosas, que distribuem por todo o vaso o peso da coluna líquida, a qual, sem elas, descansaria inteira sobre a parte inferior da veia.
Estrutura dos capilares
Chamam-se capilares as terminações das artérias e o início das veias. São vasos finíssimos, cujo calibre está entre 5 mícrons (capilares dos centros cerebrais e retina) e 25 mícrons (capilares dos ossos). Na formação de suas paredes, entram especialmente células epiteliais, dispostas de maneira a construir um tubo, sobre o qual se estendem alguns elementos conjuntivos, que formam uma espécie de membrana adventícia rudimentar.
Nas paredes dos capilares, notam-se, muitas vezes, orifícios ou estornas, que, segundo pensam os autores, são aberturas praticadas pelos glóbulos brancos do sangue, para se evadirem dos condutos circulatórios. Através das paredes dos capilares, fazem-se as trocas de alimentos e materiais de desassimilação entre o sangue e a linfa.
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Sistema Digestório
Os seres humanos, para manterem as atividades do organismo em bom funcionamento, precisam captar os nutrientes necessários para construir novos tecidos e fazer manutenção dos tecidos danificados, necessitam de extrair energias vindas da ingestão de alimentos. A transformação dos alimentos em compostos mais simples, utilizáveis e absorvíveis pelo organismo é denominado Digestão.
O Sistema Digestório (ou Digestivo) no seres humanos é constituído de:
Boca
Faringe
Esôfago
Estômago
Intestino delgado
Intestino grosso
Ânus
Anexos ao sistema existem os órgãos: glândulas salivares, pâncreas, fígado, vesícula biliar, dentes e língua.
Boca
A boca é a porta de entrada dos alimentos e a primeira parte do processo digestivo. Ao ingerir alimentos, estes chegam à boca, onde serão mastigados pelos dentes e movimentados pela língua. Acontece a digestão química dos carboidratos, onde o amido é decomposto em moléculas de glicose e maltose.
Glândulas Salivares
A saliva é composta por um líquido viscoso contendo 99% de água e mucina, que dá a saliva sua viscosidade. É constituída também pela ptialina ou amilase, que é uma enzima que inicia o processo da digestão do glicogênio.
Faringe
A Faringe é um tubo que conduz os alimentos até o esôfago.
Esôfago
O Esôfago continua o trabalho da Faringe, transportando os alimentos até o estômago, devido aos seus movimentos peristálticos (contrações involuntárias)
Estômago
No estômago, órgão mais musculoso do canal alimentar, continua as contrações, misturando aos alimentos uma solução denominada suco gástrico, realizando a digestão dos alimentos protéicos. O suco gástrico é um líquido claro, transparente e bastante ácido produzido pelo estômago.
Intestino Delgado
O intestino delgado é um órgão dividido em três partes: duodeno, jejuno e íleo. A primeira parte do intestino delgado é formada pelo duodeno que é a seção responsável por receber o bolo alimentar altamente ácido vindo do estômago, denominado quimo. Para auxiliar o duodeno no processo digestivo, o pâncreas e o fígado fornecem secreções antiácidas.
O pâncreas produz e fornece ao intestino delgado, suco pancreático, constituído de íons bicarbonato, neutralizando assim, a acidez do quimo.
O Fígado fornece a maior glândula do corpo, a bile, que é secretada continuamente e armazenada em vesícula biliar.
Ao final deste processo no intestino, o bolo alimentar se transforma em um material escuro e pastoso denominado quilo, contendo os produtos finais da digestão de proteínas, carboidratos e lipídios.
As últimas partes do intestino delgado, jejuno e íleo, são formados por um canal longo onde são absorvidos os nutrientes. Apresentam em sua superfície interna, vilosidades que são vários dobramentos.
Intestino Grosso
O intestino grosso é um órgão divido em três partes: ceco, cólon e reto, onde ocorre a reabsorção de água, absorção de eletrólitos (sódio e potássio), decomposição e fermentação dos restos alimentares, e formação e acúmulo das fezes.
O ceco é a primeira parte do intestino grosso, que tem como função receber o conteúdo vindo do intestino delgado e iniciar o processo de reabsorção de nutrientes e água.
A segunda e maior parte do intestino grosso recebe o nome de cólon, subdividindo-se em cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente e cólon sigmóide
Ânus
A última e menor parte do intestino grosso é o reto, responsável por acumular as fezes, até que o ânus as libere, finalizando o processo da digestão. Durante todo esse processo, o muco é secretado pela mucosa do intestino para facilitar o percurso das fezes até sua eliminação.
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Mamíferos
Os mamíferos formam o grupo mais evoluído e mais conhecido dos cordados. Nesta classe incluem-se as toupeiras, morcegos, roedores, gatos, macacos, baleias, cavalos, veados e muitos outros, o próprio homem entre eles. Todos (com raras exceções) apresentam o corpo coberto de pêlos e têm temperatura interna constante.
Os cuidados com a prole são os mais desenvolvidos do reino animal e atingem o seu clímax com a espécie humana. São, ainda, extremamente adaptáveis, modificando o seu comportamento de acordo com as condições do meio. Alguns grupos, principalmente primatas, formam sociedades muito complexas.
Uma característica única dos mamíferos é a capacidade de brincar. Os jovens mamíferos aprendem quase tudo o que necessitam saber para a sua vida adulta através de brincadeiras, onde as crias experimentam, entre si e com adultos, as técnicas de caça, luta e acasalamento. Estas brincadeiras estabelecem frequentemente uma hierarquia que se manterá na fase adulta, evitando conflitos potencialmente perigosos para os indivíduos.
Os antepassados dos mamíferos foram um grupo de répteis designados terapsídeos. Estes animais eram pequenos carnívoros ativos e viveram no período Triássico (225 M.a. atrás).
Além de importantes diferenças a nível do crânio, os terapsídeos desenvolveram um esqueleto mais leve e flexível, com os membros alinhados por baixo do corpo, tornando-os mais ágeis e rápidos.
A transição de réptil para mamífero terminou há cerca de 195 M.a., coincidindo com a ascensão dos dinossauros, ameaçando os recém-formados mamíferos de extinção. No entanto, a sua capacidade de controlar a temperatura interna talvez explique porque os mamíferos sobreviveram ao arrefecimento global do fim do Mesozóico.
As principais características dos mamíferos
A pele é formada por duas camadas principais: epiderme e derme. As glândulas localizadas na derme (sebáceas – lubrificam e impermeabilizam o pêlo e produzem substâncias odoríferas usadas na comunicação entre os animais, sudoríparas – auxiliam a regulação da temperatura e a excreção de sais, e mamárias – geralmente mais numerosas que o número médio de crias por ninhada) são um dos aspectos mais marcantes do revestimento dos mamíferos.
O cão, o gato e o rato não possuem glândulas sudoríparas. A respiração ofegante do cão e as lambidas que o gato dá em si mesmo ajudam a resfriar o corpo.
Abaixo da derme, com os vasos sanguíneos que alimentam a epiderme e nervos sensoriais, existe uma camada de gordura subcutânea mais ou menos espessa, dependendo do habitat do animal.
O conjunto de pêlos designa-se pelagem, onde cada um cresce a partir de um folículo, tal como as penas das aves ou as escamas dos répteis. O pêlo é uma sucessão de células fortalecidas com queratina. A pelagem é sempre composta por dois tipos de pêlos: um interno, macio e isolante, e outro externo, mais espesso e que protege o corpo e dá cor, permitindo a camuflagem.
Algumas espécies têm a cobertura de pêlos reduzida, mas estes são sempre mudados periodicamente (cada pêlo é mudado individualmente, formando-se um novo a partir do mesmo folículo).
São produzidas pela epiderme outras estruturas como as garras, unhas e cascos (que crescem permanentemente a partir da base para compensar o desgaste), bem como chifres e cornos (com centro ósseo e permanentes) e armações (caem anualmente).
O corno do rinoceronte é um caso particular destas estruturas, pois apesar de não cair anualmente é composto por um emaranhado denso de pêlos.
O esqueleto é totalmente ossificado, permanecendo cartilagem apenas nas zonas articulares.
O focinho é geralmente estreito. O tronco apresenta costelas ligadas ao esterno, formando uma caixa torácica muito eficiente nos movimentos respiratórios.
Os mamíferos apresentam tipicamente quatro patas (exceto cetáceos, onde não existem membros posteriores) com 5 dedos (ou menos) com garras, unhas, cascos ou almofadas carnudas e adaptadas variadamente a andar, correr, trepar, cavar, nadar ou voar.
A marcha quadrúpede é a mais comum, mas existem muitas espécies bípedes, como os cangurus ou o homem.
Associado ao modo de deslocação está a forma de contato da pata com o solo: os animais plantígrados (ursos, por exemplo) assentam o calcanhar, metapódio e dedos dos membros no chão, enquanto osdigitígrados (canídeos, por exemplo) apenas apóiam os dedos.
Os ungulados (cavalos, por exemplo) apenas apóiam a ponta de um ou dois dedos. Nos marsupiais o segundo e terceiro dedos dos membros posteriores estão fundidos, originando um só dígito com duas garras.
As extremidades localizam-se por baixo do corpo e não para o lado como nos répteis, o que não só sustenta melhor o peso do corpo, mas também permite maior velocidade e reflexos.
A velocidade está igualmente associada à flexibilidade da coluna vertebral (chita, por exemplo, acrescenta cerca de 30 Km/h à sua velocidade máxima devido ao efeito de mola da sua coluna) e ao aumento do comprimento da zona inferior dos membros (gazelas, por exemplo).
Os órgãos dos sentidos e o cérebro são muito desenvolvidos.
Alguns mamíferos apresentam sentidos mais desenvolvidos do que outros.
O morcego, por exemplo, tem ótima audição; a onça tem olfato apurado e o gato tem excelente visão. A informação táctil provém não só da superfície do corpo, mas também de bigodes. Na língua localizam-se receptores do gosto em papilas especializadas.
Os mamíferos são considerados animais inteligentes, embora a inteligência seja difícil de definir. Geralmente considera-se indicador de inteligência a capacidade de aprendizagem associada a flexibilidade de comportamento. Estas capacidades permitem solucionar problemas relacionados com a invasão de novos habitats e de captura de presas, por exemplo.
Digestão
O sistema digestório dos mamíferos é formado por um longo tubo que vai da boca ao ânus.
Vários órgãos e glândulas produzem sucos digestivos que vão "quebrando" as substâncias nutritivas dos alimentos (proteínas, gorduras, açucares) até que fiquem em "pedaços" tão pequenos que o intestino consiga absorvê-los. Os restos - que não são digeridos ou aproveitados - são eliminados pelo ânus sob a forma de fezes.
Alguns herbívoros como o boi, a cabra, o carneiro e a girafa são mamíferos ruminantes. Assim como os demais mamíferos, não conseguem digerir a celulose, tipo de açúcar presente nas plantas. Porém, no estômago dos ruminantes há microorganismos (bactérias e protozoários) que fazem a digestão da celulose.
Os dentes, rodeados por gengivas carnudas, são geralmente de 3 tipos (incisivos para morder, cortar ou raspar, caninos para agarrar e rasgar, pré-molares e molares para esmagar e triturar o alimento). A forma e o tamanho de cada tipo de dente varia de acordo com a dieta.
Respiração
Manter o corpo quente quando o ambiente resfria, por exemplo, requer energia. A energia para a homeotermia e para as atividades em geral dos mamíferos depende da respiração e da circulação. Em outras palavras a obtenção de energia depende da captação de oxigênio e do seu transporte pelo corpo, assim como os nutrientes, pelo sangue. Os mamíferos obtêm do ar o oxigênio necessário para os processos energéticos do seu corpo. Todos os mamíferos são seres pulmonados, isto é, o ar entra pelas vias respiratórias até os pulmões, que absorvem o oxigênio. Até mesmo os mamíferos aquáticos têm pulmões, eles precisam vir à superfície para respirar.
Apresentam músculos localizados entre as costelas, que atuam nos movimentos respiratórios, e outro denominado diafragma.
Circulação
Assim como o coração das aves, o coração dos mamíferos apresenta quatro cavidades. A circulação dos mamíferos é fechada, dupla e completa, sem que haja mistura de sangue venoso com arterial. A eficiência na circulação do sangue favorece a homeotermia corporal.
Tal como as aves, os mamíferos são endotérmicos ou homeotérmicos, o que lhes permite permanecer ativos mesmo a temperaturas muito elevadas ou muito baixas. Este fato justifica a sua larga distribuição em todos os tipos de habitats, mais vasta que qualquer outro animal (exceto as aves).
Reprodução
Em muitos grupos de mamíferos, há rituais de "namoro" antes do acasalamento. Há fecundação interna, o macho coloca o esperma (que contém os espermatozóides) dentro do corpo da fêmea, onde ocorre o encontro dos gametas. Esses seres chamados vivíparos têm filhotes que nascem após serem gerados no útero da mãe.
Gestação
A maioria dos mamíferos gera os seus filhotes dentro do útero da fêmea. Quase todos os filhotes de mamíferos nascem diretamente do corpo da mãe e em estágio avançado de desenvolvimento, ou seja, já nascem com a forma semelhante à que terão quando forem adultos.
Os filhotes mantidos dentro do corpo da fêmea durante um período maior ficam mais protegidos do que os que terminam o seu desenvolvimento no interior de ovos (como acontece com aves e répteis, por exemplo).
Embora a viviparidade limite o número de filhotes por gestação, é um fator que se revelou vantajoso evolutivamente, aumentando as chances de sobrevivência e o sucesso reprodutivo.
Enquanto o filhote está se desenvolvendo no útero materno, recebe nutrientes e oxigênio através da placenta, pelo cordão umbilical. A placenta é uma estrutura formada por parte do corpo da mãe e parte do corpo do feto. Também é pela placenta que o feto elimina as excretas, que são restos produzidos, por exemplo, o gás carbônico.
Podem nascer um ou mais filhotes, pois o número varia dependendo da espécie. Após o nascimento, o filhote se alimenta do leite materno e recebe os cuidados da mãe - às vezes do pai - na primeira fase da vida. Os bebês de certas espécies de baleias, por exemplo, chegam a mamar quinhentos litros de leite num só dia.
Classificação dos mamíferos
Os mamíferos dividem-se em três grandes grupos em relação à reprodução, embora todos apresentem sexos separados, a fecundação seja interna e as crias sejam alimentadas com leite secretado pelas glândulas mamárias da fêmea:
monotremados - neste grupo incluem-se o ornitorrinco e o equidna, animais que põem ovos semelhantes aos dos répteis, donde nasce um minúsculo embrião que se desloca para uma bolsa, onde termina o seu desenvolvimento lambendo leite produzido pela mãe, pois não existem mamilos (ao contrário dos restantes dois grupos);
marsupiais - neste grupo, onde se incluem os cangurus, entre outros, não existe placenta para nutrir o embrião durante o seu desenvolvimento no útero. Assim, ao nascer, os marsupiais não se encontram totalmente desenvolvidos. As fêmeas possuem um sistema reprodutor "duplo", com dois úteros e duas vaginas laterais. As crias nascem através de um canal de nascimento central independente, que se forma antes de cada parto, podendo ou não permanecer aberto. Por esse motivo, em algumas espécies o pênis do macho é bifurcado. A maioria das espécies termina o seu desenvolvimento no interior de uma bolsa externa no corpo da fêmea - marsúpio. Em muitas espécies as fêmeas acasalam novamente durante a gravidez, mas o embrião apenas se desenvolverá após a cria anterior abandonar o marsúpio - diapausa embrionária;
placentários - este é o maior grupo de mamíferos, dominando totalmente a classe e os habitats terrestres atuais. Os ovos amnióticos são geralmente minúsculos e retidos no útero da fêmea para o desenvolvimento, com a ajuda de uma placenta que fornece fixação e nutrientes (oxigênio e alimentos). Em sentido contrário passam as excreções do embrião. Ao nascer, os placentários encontram-se num estado de desenvolvimento superior ao dos marsupiais. Este método reprodutivo, embora implique a produção de um menor número de descendentes, permite um grande sucesso pois aumenta grandemente as probabilidades de sobrevivência dos descendentes. O leite produzido pelas fêmeas de mamífero é muito rico em gorduras e proteínas, o que o torna altamente nutritivo, mas fornece igualmente anticorpos que ajudam o juvenil a desenvolver-se saudável. Dado que os jovens não necessitam de procurar o seu próprio alimento nas primeiras semanas, permite um início de vida mais seguro que nos outros grupos de vertebrados.As ninhadas podem ter até 20 crias ou apenas uma, com períodos de gestação de apenas 12 dias (bandicute, um tipo de marsupial omnívoro) até 22 meses (elefante africano).Os machos apresentam órgão copulador (pênis) e os testículos estão geralmente num escroto externo ao abdômen.Os mamíferos comunicam ativamente entre si, seja por meio de odores produzidos pelas glândulas odoríferas (localizadas na face, patas ou virilhas), urina ou fezes, ou por posições do corpo, expressões faciais, tacto e ruído, que podem formar mensagens complexas. A socialização tem início logo após o nascimento através de sinais entre progenitores e crias, continuando na juventude com a interação entre crias (brincadeiras). Algumas espécies apenas interagem para acasalar, mas a grande maioria forma grupos, permanentes ou temporários.A unidade social tem várias vantagens, nomeadamente a segurança e facilidade de obtenção de alimento, mas existem outros aspectos importantes. Geralmente a gestão do espaço implica que o grupo, o casal ou o indivíduo defenda o seu território de intrusos da mesma espécie e do mesmo sexo.Algumas espécies, como as focas ou os elefantes, os sexos vivem separados a maior parte do ano, vivendo os machos isolados ou em pequenos grupos de solteiros. Nesse caso, a concorrência para acasalar é feroz, sendo os machos melhor sucedidos os maiores, mais fortes e melhor equipados (hastes, chifres ou presas).Outras espécies, como as zebras, formam pequenos haréns com um único macho, sendo os restantes expulsos para grupos de solteiros, a não ser que vençam o macho dominante em combate, roubando-lhe as fêmeas.O tipo de grupo social mais complexo é formado por vários machos e várias fêmeas, e, quase sem exceção, é reservado a primatas e carnívoros sociais. Nos primatas forma-se geralmente uma hierarquia em permanente mudança, sendo os machos de posição mais elevada os primeiros a acasalar. Nos leões, os machos (geralmente irmãos) colaboram na defesa das fêmeas, não competindo pelo acasalamento. Nos lobos e mabecos, as alcateias ou matilhas são formadas por um casal alfa, o único que acasala e pelos filhos de anos anteriores, que em vez de formarem novas alcateias permanecem e ajudam a criar os irmãos mais novos.
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Exercícios cap. 12 (anelídeos e artrópodes) - pág 189
1. a) Poliquetos, Oligoquetos (representados pelas minhocas), hirudíneos (representados pelos sanguessuguas) .
b) Os poliquetos possuem inúmeras cerdas nos segmentos corporais. Os oligoquetos não possuem cerdas, e sua parede corporal é revestida por uma fina cutícula. Os hirudíneos possuem poucas cerdas e seu corpo é achatado.
c) Algumas espécies de poliquetos nadam livremente, enquanto outras são rastejadoras. A maioria dos oligoquetos são espécies terrestres (escavadoras). Já os hirudíneos deslocam-se utilizando de uma ventosa localizada na parte posterior de seu corpo.
2. a) As trocas gasosas acontecem geralmente na superfície corporal e, em certos anelídeos, em brânquias.
3. A divisão do corpo dos anelídeos pode ser notada externamente: são os segmentos ou anéis. Internamente, o celoma é subdividido em compartimentos separados uns dos outros.
4. As articulações permitem uma melhor mobilidade.
5. a) Crustáceos, quelicerados, hexápodes, miriápodes.
b) Crustáceos são divididos em cefalotórax e abdômen, possuem quatro antenas e diversos pares de patas. Exemplo: camarão.
Quelicerados: corpo dividido em cefalotórax e abdômen, apresentam seis pares de apêndices, no qual o primeiro deles é o par de quelíceras. Mandíbulas e antenas estão ausentes. Podem ser representados pelos aracnídeos.
Hexápodes: possuem três patas, corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen, com um par de antenas. Possuem asas. Podem ser representados pelos insetos.
6. Ocorrem através da superfície corporal, a cutícula.
7. a) A- abdômen B- cefalotórax C- olho D- antenas E- maxípedes F-pereópodes G- urópodes H-pleópodes
b) É classificado no subfilo dos crustáceos.
c) Na figura, é possível observar características do subfilo dos crustáceos como a subdivisão em cefalotórax e abdômen, além da presença de antenas e diversos pares de patas.
8. a) A teia da aranha é feita de seda.
b) Esse material é produzido por glândulas localizadas no abdômen.
c) Pode ser utilizada também para revestir tocas ou para servir como abrigo ou ponte.
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Exercícios cap. 11 (platelmintos, nematoides, moluscos) - pág 170 e 171
1. A afirmação está incorreta, pois nem todos os platelmintos são parasitas de seres humanos, como por exemplo a plánaria, que possui vida livre.
2. Os platelmintos possuem um único orifício apenas, a boca, que atua tanto na ingestão de alimentos quanto na excreção de materiais não digeridos. Por isso, dizemos que seu tubo digestório é incompleto.
3. a) Ocelos
b) Intestino
c) Faringe
4. A característica de alta capacidade de regeneração da planária está relacionada ao processo de reprodução assexuada da mesma. Este processo ocorre quando a planária se divide em duas partes, permitindo que as novas porções formadas se regenerem até formar um novo indivíduo completo.
5. O esqueleto hidrostático dos nematoides é uma cavidade corporal, o pseudoceloma, preenchido por líquido que dão apoio às contrações musculares e permitem que o organismos que a possuem possam movimentar e alterar a forma de seus corpos.
6. Alguns moluscos, como os polvos e lesmas, não possuem concha.
7. O manto é o tecido que produz a concha e recobre a massa visceral do molusco. É de extrema importância pois serve tanto para a proteção contra predadores como também contra a desidratação, em caso de moluscos terrestres.
8. Em moluscos terrestres, como os caracóis, sua locomoção é feita através de ondas de contração, que é possível devido aos seus pés musculosos. As lulas possuem ótima mobilidade na água, deslocam-se enchendo a cavidade do manto de água e expelindo-a com um efeito de propulsão a jato. Os polvos utilizam de seus tentáculos para rastejar no fundo do mar.
9. a) A rádula fica localizada na boca dos moluscos. É uma estrutura recoberta de dentes microscópicos.
b) A rádula é usada na raspagem da superfície no substrato, retirando alimentos como algas.
10. O opérculo é uma espécie de tampa que fica localizada no pé dos gastrópodes. Quando o animal se retrai para o interior da concha, o opérculo fecha a abertura.
11. A bolsa de tinta anexada ao intestino de cefalópodes serve como um mecanismo de defesa. Ao sentirem-se ameaçados, liberam a tinta, criando uma nuvem turva na água.
12. O sifúnculo regula a quantidade de gás no interior do animal, permitindo uma melhor locomoção pela água.
13. a) Platelmintos do gênero Schistosoma
b) Em estágios avançados da doença, causa o aparecimento de ascite, ou seja, excesso de líquidos na cavidade abdominal.
14. Um organismo externo invade a concha e causa uma irritação no interior do molusco. Como uma reação defensiva, o manto dobra-se sobre o parasita de forma a deixá-lo completamente isolado. A defesa se completa com a secreção da madrepérola, a mesma substância que produz a concha. Ela é depositada sobre o invasor, formando uma camada protetora. Mesmo depois de isolada a fonte do incômodo, a pérola continua crescendo, pois a ostra não para de secretar o nácar.
15. a) Flagelos
b) A agitação desses flagelos auxilia na eliminação das excretas através dos poros.
16. I - O garoto contamina-se com ovos de Ascaris lumbricoides através da terra.
II - A lombriga tem seu período de incubação no intestino, entre 2 a 4 semanas, até que possa sair do ovo e contaminar definitivamente o humano. Depois de saírem dos ovos, alcançam a corrente sanguínea indo para o fígado, coração e pulmões.
III - Nos pulmões as larvas passam por mais um período de incubação até se tornarem adultas e migrarem para o sistema respiratório superior, podendo ser expelidas pela boca ou serem engolidas, indo novamente ao sistema digestivo.
IV - No sistema digestivo, as larvas fêmeas colocam ovos que são eliminados pelas fezes do indivíduo podendo contaminar o ambiente.
VI - Com as fezes eliminadas no ambiente, os ovos ficam na terra no período de incubação novamente para que haja uma próxima contaminação.
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Exercícios livro cap.10 (Poríferos e Cnidários) - pág. 155
1. Corpo de uma esponja asconoide.

2. Porócitos - formam os poros.
Pinacócitos - formam a camada que reveste externamente o corpo das esponjas.
Coanócitos - células dotadas de flagelos, que mantêm o fluxo de água no interior do corpo das esponja.
Amebócitos - fazem o transporte dos alimentos, assim como também são importantes para a reprodução e para a formação de espículas, que são reponsáveis pela sustentação e pela proteção.
3. O mesoílo é uma camada que se encontra entre as camadas de pinacócito e coanócito. É no mesoílo que se encontram imersos os amebócitos e as espículas. Por isso, são importantes para a sustentação da esponja, devido as espículas ali presentes.
4. Brotamento: o broto formado por amebócitos surge no corpo da esponja, podendo soltar-se e dar origem a um novo indivíduo ou permanecer preso, formando colônias. Gemulação: ocorre em espécies de água doce. Formam-se gêmulas, estruturas de resistência que se formam no interior do corpo da esponja. São compostas por células indiferenciadas e protegidas por camadas de esponginas.
5. Estrutura corporal de um pólipo e de uma medusa


6. a) Esta estrutura é chamada de espongina. É uma rede composta por fibras de colágeno.
b) Tem como função auxiliar na sustentação do corpo.
7. a) A função desses cílios nas larvas é para facilitar sua locomoção.
9. Um sistema nervoso do tipo difuso, como o dos cnidários, significa que as células do seu sistema estão por todo o corpo. Os impulsos nervosos se propagam por todo o corpo do animal.
10. As gêmulas são estruturas ovóides revestidas externamente por espículas. Na sua região interna abriga uma quantidade suficiente de ambócitos que, em condições adequadas, darão origem à uma nova esponja.
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Moluscos Molluscus = molinho
Características
Podem ter concha como os caracóis e as ostras ou não ter concha como as lesmas e os polvos;
Celomados;
Triblásticos;
Simetria bilateral;
Tubo digestório completo.
Lulinha?
ops
agora sim.
Organização Corporal
O corpo desses organismos é dividido em:
Cabeça- parte anterior na qual estão localizados o encéfalo e os órgãos sensoriais;
Pé- estrutura musculosa utilizada na locomoção, podendo aparecer na forma de tentáculos;
Massa visceral- onde estão localizados os órgãos corporais.
-Locomoção-
O Pé: promove o deslocamento por meio de ondas de contração, a locomoção é facilitada por uma secreção de um rastro mucoso.
O deslocamento também pode ser feito por meio de propulsão provocada pelo fechamento da concha nos ambientes aquáticos.
Lulas: se locomovem por meio de propulsão na qual a cavidade do manto se enche de água que é expelida rapidamente.
Polvos: Esses também podem usar o jato, porém é mais comum que usem os tentáculos para rastejar no funcho do oceano.
-O Manto e a Concha-
O tecido que produz a concha, que protege e evita a desidratação recobrindo a massa visceral, é o manto. Dependendo da estrutura da concha esses animais se dividem em univalves=concha com uma peça única e bivalves=concha com duas peças articuladas.
Nutrição e Sistema Digestório
Podem ser herbívoros, predadores ou filtradores, tanto nos herbívoros quanto nos predadores a boca apresenta a rádula (apomorfia dos moluscos) que é um órgão musculoso com aspecto de lixa coberto por dentes microscópicos. Já os organismos filtradores retiram partículas alimentares das brânquias e as conduzem até a boca.
Respiração e Circulação
O sistema circulatório desses animais no geral é aberto, com exceção dos cefalópodes que apresentam o sistema fechado.
Nos organismos aquáticos as trocas gasosas acontecem pelas brânquias e a respiração è através da superfície do manto ou da epiderme. Já nos terrestres, é comum uma espécie de pulmão com rica vascularização.
Sistema Nervoso
É composto por gânglios nervosos na cabeça que estão ligados a cordões nervosos longitudinais ventrais interligados por nervos transversais. OS polvos e lulas possuem um cérebro na região encefálica.
Gastropoda: é o grupo mais numeroso, sua concha é formada por uma única peça espiralada e também podem não apresentar a concha.
O pé- pode ter um tipo de tampa calcária (opérculo) que fecha a abertura quando o animal se retrai.
Possui rádula e a cavidade do manto abriga pulmões ou brânquias.
Principais representantes são lesmas, caramujos e caracóis.
Bivalvia: O corpo e o pé são achatados lateralmente, sua concha tem 2 peças ligadas por um ligamento que tende a mantê-las abertas e se fecha por contração.
Seu modo de vida é séssil e são filtradores, seus órgãos e sistemas são reduzidos.
Principais representantes são os mariscos, as ostras e os mexilhões.
Scaphopoda: Possuem concha tubular que é aberta nas duas extremidades e ligeiramente curvada. Não tem olhos e possuem minúsculos tentáculos que contribuem na captura de alimentos.
Aplacophora: Não possuem concha, mas possuem espículas ou escamas de calcário produzidas pela epiderme. Sua alimentação constitui-se principalmente de microrganismos ou podem viver sobre cnidários dos quase se alimentam.
Monoplacophora: Sua concha é formada de uma peça única, existem apenas 20 espécies.
Pé- formato discoidal na parte ventral.
Rádula- alargada e membranosa.
Polyplacophora: São exclusivamente marinhos e popularmente chamados de quítons, seu corpo é achatado e alongado com pé bem desenvolvido.
A maioria é herbívoro e a concha é formada por 8 peças dorsais.
Cephalopoda: Sua concha pode ser ausente, interna e reduzida ou externa e espiralada (como nos nautilus, onde se percebe uma série de câmaras e apenas a última é ocupada. Existe um filamento – sinfúnculo- que transpassa as outras câmaras para regular a quantidade de gás e garantir assim a flutuação)
Possuem um par de olhos bem desenvolvidos;
Em torno de sua boca há uma coroa de tentáculos para a predação;
Sua rádula pode transformar-se em um bico em lulas e polvos;
Possuem cromat��foros que são células responsáveis pela mudança de cor (utilizada para a proteção e reprodução);
Possuem também uma bolsa de tinta anexa ao intestino, que pode criar uma nuvem turva nas águas;
Também podem injetar um veneno neurotóxico;
Principais representantes são os polvos, as lulas, as sibas e os nautilus.
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