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ANACOLUTO
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As melhores crônicas que você poderia ler.
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bloganacoluto · 5 years ago
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The Surprise, 1827, by Claude Marie Dubufe (French, 1790-1864)
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bloganacoluto · 5 years ago
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Amores passados
Não consigo deixar de amar Alguém que já me amou Não consigo deixar de torcer Por quem já me abraçou Que seus caminhos sejam luz Que o mundo a exalte! Que um dia vejam A grandeza do seu ser E a beleza da sua arte! A distância sufoca A saudade asfixia Mas não deixo de torcer Por ti todos os dias E ainda que os nossos rios Bifurquem e desaguem no mar No mesmo mar ainda estaremos No mesmo mar havemos de nadar
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bloganacoluto · 6 years ago
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Amar é humano
Me pego às vezes querendo
Companhia para olhar o céu;
O infinito, tão esplêndido,
Não pode ser tão somente
Coisa da minha cabeça.
Imagino um grande amor
Íntimo e amigo o suficiente
Pra que, numa noite clara,
Possa olhar as estrelas
E me contar acerca do ser
Do seu ser
De como é ser um ser
Aqui, agora, neste mundo
De como é a sensação
De existir, das coisas existirem
Contar como tem sido a vida
Isso talvez não transforme
O meu ser tal como é;
Mas certamente não sairemos
De mãos vazias
Ganharei a sua apreciação
Um novo gosto
Uma nova sensação
Bem, sabe de uma coisa?
Eu retiro o que disse:
Esse amor, sim, transforma.
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bloganacoluto · 6 years ago
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Ser ou estar
Nós somos um infinitésimo
Um feixe de tempos
De passados, presentes e futuros
Que ecoam, reverberam
Que nos fazem oscilantes
Que mostram a volatilidade
Da razão soberana
Do poder inabalável
E de tantas coisas pretensiosas
Que em um momento, sendo,
Deixam de estar no fluxo
E por isso perecem
Mas eu bem sei
Que a tristeza deixa marcas
Sejamos mais humildes
Bota um sorriso nessa cara
Finitos e falhos nós somos
Mas na honra da nossa pequenez
Mora a grandeza
Xô pra lá, tristeza
Melhor aprender com os erros
Parar de ficar se lamentando
E entender
Que nós nunca somos,
Mas sempre estamos.
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bloganacoluto · 7 years ago
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Le anachronisme
Mulher nua que tem na pele Anacronismos e desejo Que escorre pelo tempo Fazendo de si imortal A tudo aquilo que perece: nossos conceitos
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bloganacoluto · 7 years ago
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O Gran Finale de uma Vida Espetacular
Aos que fingem que da morte nada sabem, e portanto, em tudo nela temem, deixo-vos uma ordem.
Se hoje eu morrer, digam à minha querida que eu a amo, acima de todas as coisas.
E não percam o vosso tempo dizendo a ela — bem como a os outros interessados — que eu morri. Diga a eles que eu vivi, e que minha vida foi tão cheia de propósito e significado quanto uma estimada obra de arte.
Gott ist tot.
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bloganacoluto · 7 years ago
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bloganacoluto · 7 years ago
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A morte do pássaro preto
Quando nasceste eras sonhador E, sem ninguém te dizer, Fizeste das tuas asas o teu ofício. O mundo, reativo vadio, Te esmorecia sem piedade. Mas se tu pudesses julgar tua vida, Passarinho, tu sorririas. Porque morreras voando, E voaras cantando, Fazendo da vida uma ópera, Sem dizer a ninguém o porquê.
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bloganacoluto · 7 years ago
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bloganacoluto · 8 years ago
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Amazzone
Tua alma é um grande mistério E teu espírito é etéreo Perpétuo como o fugaz E efêmero como o eterno És visceral como o sol Enigmática como a noite Não se sabe as forças que te movem E nem de onde brota tua fonte Teu nome de nada serve Pois te referencia, mas não te traduz Te rotula, mas não te explica Te aponta, mas não te mostra E nem transmite a tua luz Teu amor é como navegar No mar, salgado mar De ventos tranquilos Mas que me assustam de ouvir falar Das tuas tempestades e teus perigos. Pois então: não sentirei tristeza Se um dia o navio naufragar Pois quem vive por aí, Navegando e amando Sempre quis morrer no mar. Um marujo sabe respeitar o mar E por ele sente temor e fascinação Então fascina-me ou afoga-me. Misture-se às minhas lágrimas Me leve aos céus e, do alto, Me solte nas tuas águas. Me faz mergulhar no teu desconhecido. E em meio às tuas profundezas, Eu juro a você Tornar o teu leito mais colorido.
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bloganacoluto · 8 years ago
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O ser, o nada e o tempo
Para muito, muito além Da gravidade que quer nos derrubar Da tristeza que durará para sempre Do espaço frio e sufocante Dos desencontros da vida Do amanhã que se veste de mistério Ou da inércia das pessoas Podemos nos salvar da vida; Temos que nos salvar da vida E assumir a contingência deste mundo Pedras são substância Ar é substância Mas nós somos mais que isso: Nós somos o tempo Sem o tempo, seríamos pedra, ou ar, ou tanto-faz! Uma pedra sem o tempo continua pedramente a ser pedra. Ou o ar sem o tempo; é apenas um cristal rarefeito Mas nosso brilho não está nos ossos ou nos pelos Está no tempo Nossa vida é o tempo Nos cabe tão somente então Inventar o melhor tempo que podemos ser. Note que as pedras não conhecem o tempo Os cães e gatos não sabem do tempo Por isso vivem reagindo ao mundo que se lhes apresenta; Submissos às suas sobrevivências. Mas nós vemos o tempo. Nós podemos tocar o tempo. Onde quer que decidirmos pisar Ali é passado e futuro daquele chão. Quem imagina pode tocar o amanhã. O tempo é nossa tela. Nossas ações são o nosso pincel. Ai de nós se a tela fosse imensurável e não tivesse fim! Não haveria uma obra relevante sequer numa tela infinita. Nem mesmo haveria razão para se pintar. O gênio do artista é como um rio que carrega os sedimentos do mundo. É impuro, conduzido pelas solidez de suas margens Mas têm correnteza e força! O rio não pode voltar o seu curso Mas pode julgar o seu correr a cada momento. Pode transbordar, erodir, subverter, borbulhar Pode virar nuvem, virar bebida, virar sangue O mundo muda o rio O rio muda o mundo. O tempo é bonito quando o rio se derrama no mar. Aos surdos que puderem me ouvir, digam-me! Quem poderá depreciar um pequeno quadrinho de Monet? Quem poderá elogiar cinquenta mil páginas de Gustavo de Carvalho? Pois a vida também é assim: Um tempo em branco. E quer seja gigante ou pequeno, Ainda está lá para ser colorido de infinitos jeitos. Tu, agora, responda-me: Que tens feito com a tua tinta?
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bloganacoluto · 8 years ago
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Brasa
Eu quero morar Tão perto de você Mas tão perto Que vou te abraçar Morando
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bloganacoluto · 8 years ago
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Enquanto tiver você
Enquanto tiver você Terá sempre um novo amanhecer Pois posso ver os olhos teus Fazendo o meu peito renascer Enquanto tiver você Haverá também esperança Então o mundo vai ser bem mais Do que só uma mera lembrança Enquanto tiver você Inda hei de cantar poesias E mesmo se o mundo ensurdecer Me bastará a sua companhia Pois toda manhã anoitecerá E pra sempre a tristeza durará Mas sei que tudo pode acontecer Enquanto tiver você
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bloganacoluto · 8 years ago
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Dia e noite
Foi num raiar Que meu coração se abriu Distante, errante Independente e brilhante Surgindo pro amanhecer Tu, noite sóbria Cobriu de detalhes o céu E fez mistério no ar Sábia como a lua Que sempre se faz renovar Mas nós dois, somos um só singular Alaranjando o céu, Somos corações sem pincel Fazendo da vida Uma arte espetacular
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bloganacoluto · 8 years ago
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bloganacoluto · 8 years ago
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Eu só poderia crer num Deus que soubesse dançar.
Friedrich Nietzsche
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bloganacoluto · 8 years ago
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Marujos
Não sintas saudade Do navio que partiu do teu cais Pois navios são tão, tão navegantes Que não deviam aportar jamais Não sintas tristeza Se um dia o navio naufragar Pois quem sai por aí, navegando Sempre quis morrer no mar E não sintas temor De seguir em meio à tempestade Pois viver não é só respirar Mas agir, e agir com coragem.
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