Tumgik
blogesquerda-blog · 13 years
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Nota do #Eblog em homenagem a Paulo Piramba!
Hoje o mundo ficou mais sem graça, mais burro, mais cruel. Não porque perdemos um herói, um mártir, mas um homem, um homem como todos, igual em tudo e na vida; um homem como nós, iguais em tudo e na sina; um homem que era grande e pequeno, enorme, igual em tudo e na lida.
Paulo Piramba era um companheiro, um amigo, um palhaço, um guerreiro, um adversário, um rubro-negro, um carioca e antes de tudo um socialista.
O mundo ficou mais morto, mais atacável, mais cego, mais irrespirável.
Ao menos ele podia voltar pra dizer se Deus, finalmente, existe.
Paulo Piramba! Presente, agora e sempre!
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blogesquerda-blog · 13 years
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Blogagem Coletiva sobre a Democratização da Comunicação
A democratização da comunicação é um tema caro para os movimentos sociais em geral, tanto que em 1991 foi criado o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) composto não apenas de entidades e movimentos ligados às/aos trabalhadorxs ou estudantes de comunicação social, mas também com relação com a comunicação popular, movimento sindical e movimento social em geral. A luta contra a grande mídia burguesa sempre foi pauta inquestionável dentro das organizações de esquerda neste país, para quem assistiu pelo menos alguma parte de "Muito Além do Cidadão Kane" os motivos ficam bem claros.
Esta semana se desenrola a blogagem coletiva, começou no dia 07 e vai até o dia 10 de julho, sobre #Democom que acreditamos ser importante, não apenas para fomentar o debate sobre o tema na blogosfera, mas também resgatar o que tem sido a luta pela democratização da comunicação no país do final do século passado até hoje, este post será atualizado conforme chegarem novos links para divulgar os posts, reflexões e afins sobre o tema da blogagem coletiva proposta por nós.
É importante lembrar de batalhas importantes como: a questão de Lei da Tv a Cabo que teve como principal ícone o jornalista Daniel Hertz, a luta contra o monopólio midiático existente em nosso país, o programa "Direitos de Resposta", a Radiodifusão Digital brasileira sepulcrada pelo Hélio Costa, a classificação indicativa, a CONFECOM e agora o PNBL. Além de toda a questão ideológica perpetrada pela grande mídia que reafirma esteriótipos racistas e machistas, não apenas em suas novelas, mas também em seus telejornais, programas de entretenimento e até mesmo a publicidade.
Posts participantes da Blogagem Coletiva:
#DemoCom: Internet morena - Pedro Amaral
Democratizar a informação. Democratizar em sentido estrito, popularizar a internet aos brasileir@s como medida governamental de respeito à dignidade humana. Tanto daquele que fará do espaço um coletivo de luta pela melhoria do país, bem como dos que pesquisam receitas de bolo em buscadores. Como diria Darcy Ribeiro: queremos uma internet morena. Por que não?
A democratização da comunicação é a democratização da sociedade - Gilson Jr
A concentração midiática no Brasil, onde poucas famílias são proprietárias da maioria absoluta de veículos de comunicação, abrangendo a mídia televisiva, rádios, Internet, jornais e revistas, é um dos maiores obstáculos, senão o maior,  para a emancipação da população em matéria de democracia, protagonismo politico e conquista de direitos.
A democratização da comunicação em 10 pontos e 10 posts - Alex Haubrich
Chamada pelo grupo dos Eblog (Blogueiros de Esquerda), teve início “oficial” nesta quinta-feira uma blogagem coletiva em defesa da democratização da comunicação, com a hashtag (marcação) #DemoCom. Neste post, recuperamos algumas postagens desses quase quatro anos de história do Jornalismo que tratam diretamente desse tema. Antes dos dez links, vale trazer novamente dez itens listados aqui no dia 13 de abril deste ano como condições fundamentais para a democracia midiática. São pontos que dependem de ações governamentais, ações que só se realizarão através de pressões da sociedade civil organizada:
A democratização da comunicação em tempos de monopólios oligárquicos - Lucas Morais
Falar em democratização da comunicação, indo à raiz desta ideia, significa a luta pela socialização e controle social dos grandes meios de produção de comunicação, isto é, emissoras de televisão, rádio, cinema, telefonia, internet, entre outros.
A liberdade de expressão é absoluta? - Amanda Vieira
Antes de entrar para a faculdade de jornalismo eu lia o mundo com uma ingenuidade que hoje me faz falta. Explico: depois de muito ler sobre comunicação e começar a entender alguns conceitos que foram se consolidando ao longo da minha carreira fica até difícil dialogar com uma pessoa que não tem a mesma formação que a minha. Coisas que pra mim são inteiramente óbvias são uma coisa de outro mundo para muito leigo por aí.
A luta pela democratização da comunicação e o caso dos blogueiros reificados - Niara de Oliveira
Quando ainda estava na faculdade — já era comunista, feminista e já tinha deixado muitos outros “istas” para trás –, descobri o que era reificação, um conceito marxista pós Marx utilizado por Georg Lukács em “A Consciência de Classe” e por muitos outros teóricos . Simplificando — e traduzindo –, a reificação é o processo de alienação após a tomada de consciência de classe pelo trabalhador explorado. Normalmente esse “fenômeno” atinge as categorias dos profissionais liberais que negociam individualmente seus salários e condições de trabalho e, por — isso e também por — já terem reconhecido a própria exploração (atingido a consciência de classe), se veem livres dela ou acham que já a superaram. Um dos erros mais grotescos segundo a ótica marxista, embora bastante comum. Esse foi o mote da minha monografia de conclusão da graduação.
A reforma política começa pela mídia - Bruno Cava
Fala-se muito em reforma política, mas nenhuma reforma política é mais fundamental do que a democratização da mídia. Esta a grande reforma que o país aguarda há décadas. Governos mudam, regimes mudam, séculos mudam, mas o mesmo regime excludente e oligárquico prevalece nas comunicações brasileiras. Aqui, sequer o capitalismo liberal chegou. É um oligopólio de empresas familiares. Partilham entre si as concessões de TV e rádio, de ponta a ponta do país em suas filiais e retransmissoras. E ainda controlam simultaneamente jornais, revistas, editoras, produtoras de filmes e teatro.
Cultura, normalidade, democratização da comunicação - Renata Lins
O título acima é uma síntese que se formou na minha cabeça nos idos de noventa e tal, no auditório da Faculdade Candido Mendes. Estava acontecendo um seminário do PT, de vários dias, e eu fui a praticamente todas as mesas. Aquela que interessa aqui tinha um título que me empolgava pouco, no qual aparecia em destaque a palavra "cultura". Mal sabia eu.
Democratização das Comunicações (#DemoCom)? Nem pensar: PNBL deve ser entendido em conjunto com os demais retrocessos de Dilma - Raphael Tsavkko
É preciso entender o PNBL como resultado dos inúmeros retrocessos patrocinados pelo governo Dilma, comprovando que esperar alguma reforma séria nos meios de comunicação, sua democratização, ou mesmo a ampliação do acesso do povo à informação (via internet ou qualquer outro meio) é esperar pelo impossível.
Direito à Informação para Efetivação da Democracia! - Luciano Egidio Palagano
O conceito principal que se vincula a um ato que dá base para a efetivação da Democracia é a participação, só existe uma Democracia verdadeira, quando cada cidadão tem sua participação nas decisões governamentais possibilitada, e até mesmo estimulada. Quando isso não ocorre, o que se gera até pode ser chamado oficialmente de um governo democrático, mas é mera fachada, uma cor bonita para um prédio sujo por dentro e com a estrutura carcomida.
Eblog e BlogProg: união pela democratização da mídia - Alex Haubrich
O manifesto político do Eblog (Blogueiros de Esquerda), lançado no início dessa semana, veio acompanhado de uma convocação à blogagem coletiva em defesa da democratização da comunicação. O chamamento pede que se usa a hashtag (etiqueta) #DemoCom, e a ideia é que os posts dessa blogagem se estendam de 7 a 10 de julho. O Jornalismo B prefere pegar o gancho do manifesto do Eblog e começar com um dia de antecedência as postagens sob essa hashtag.
PNBL: O Brasil em Alta Velocidade ou Qualquer Internet é melhor que Internet alguma - Jéssica Evelyn
O PNBL, Plano Nacional de Banda Larga, representaria um avanço primordial nos processos de democratização da comunicação se não inclinasse, no fim das contas, para mais uma política tapa-buracos. O Plano funciona como um paliativo – “medidas paliativas” não são incomuns na resolução de problemas públicos –,  já que até estende o acesso à Banda Larga por preços mais acessíveis, mas não garante a qualidade do serviço.
Sem Liberdade, sem Comunicação. - Dandi Marques
Um país democrático necessita entender o quão importante é a informação. E o caminho em que ela se propaga é a comunicação. O valor que há na liberdade para este tráfego está profundamente ligado com a capacidade de crescimento cultural e a formação dos homens e mulheres que fazem nossa sociedade. Este crucial tema está intimamente ligado com as mais variadas áreas do fazer político e está em pauta devido ao início do debate sobre o novo Marco Civil da Internet, em que garantias às liberdades individuais, o direito ao sigilo e a neutralidade da rede são critérios norteadores.
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blogesquerda-blog · 13 years
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Manifesto: #Eblog, muito mais que virtual: Anticapitalista e libertário
Quem somos
O #Eblog é um grupo de blogueir@s de esquerda, unidos ao redor das bandeiras anticapitalista, antirracismo, antihomofobia, antimachismo, feminista, ecossocialista, em defesa dos povos indígenas e quilombolas, sobretudo pelas lutas cotidianas das trabalhadoras e dos trabalhadores pela emancipação de sua classe internacionalmente, que defende uma concepção material de democracia socialista, revolucionária, de baixo para cima e feita e vivida e instaurada cotidianamente pelos de baixo, isto é, que não se restrinja à democracia capitalista liberal e sua liberdade formal e seus direitos abstratos.
Progressismo ou anticapitalismo?
O #Eblog não se propõe ser uma associação orgânica de “blogueir@s de oposição ao governo” (embora conosco possam atuar opositores/as de esquerda ao atual governo), ou uma associação jornalística extraoficial, mas um agrupamento de lutadores e lutadoras que, reunid@s numa frente de lutas comuns, pretende ocupar e resistir no caminho abandonado por forças outrora de esquerda.
A atual guinada liberal-conservadora do Governo Dilma, sob o argumento da “correlação de forças”, está acometendo parte da blogosfera que se coloca no campo de esquerda, e que, recentemente, assumiu para si o adjetivo “progressista”. Não negamos o fato de que a política também se faz no jogo de forças entre as classes sociais, na chamada “correlação de forças”, mas é preciso reconhecer o momento em que essa expressão se torna um argumento universal para se responder a qualquer questionamento e se esquivar de todas as críticas políticas. É preciso construir projetos políticos capazes de ir além da consolidação de burocracias e aparelhos, que acabam ficando pra trás do movimento das forças sociais vivas de resistência e luta em geral.
Propomos, pois, lutar por alternativas a essas práticas políticas, colocando-nos sempre à disposição de ações de luta unificadas em favor de bandeiras políticas emancipatórias em comum que vão para além da defesa deste ou daquele governo, este ou aquele partido, e sim de emancipações inadiáveis e urgentes.
Pontes e limites
Não abrimos mão da impaciência e do combate a atual conciliação/colaboração de classes da qual é cúmplice e conivente uma maioria dos que se dizem progressistas, que, por sua vez, instauram o silêncio sobre questões essenciais em nome de um pragmatismo que já perdeu toda razão de ser. Sem perder o senso prático, questionamos: qual a correlação de forças que justifica o ataque à reputação d@s blogueir@s que se propõem defender as causas emancipatórias de esquerda, às quais os “progressistas” sistematicamente e sintomaticamente se omitem e se calam, desviando o assunto e por vezes desqualificando debatedores/as?
As pontes tem limites, não aguentam todas as intempéries e hoje estão em obras, sem data para terminar e com orçamentos sigilosos. O macartismo, o senso de ombudsman em defesa do Governo Dilma ou de Lula não é à toa, não é pessoal, não é só dos “blogueiros progressistas”: é comum em qualquer discussão com a maioria d@s apoiadores/as do atual governo. Infelizmente, isso não ocorre de modo isolado, pois tornou-se tática constante.
A coordenação dos autoproclamados “blogueiros progressistas” vem praticando um jornalismo tão vertical que até a forma de reagir às críticas tem seguido um corporativismo que remete às práticas da grande imprensa oligárquica. Telefonam uns para os outros e vão coordenando ataques de descrédito: deslegitimar a fonte, desviar a questão política para verdade/mentira, estabelecer o “fato” e a “verdade” como resultado de uma técnica específica, de certo efeito de discurso jornalístico. A campanha empreendida por alguns líderes do BlogProg contra  Idelber Avelar, logo após o processo eleitoral de 2010, foi sintomática e exemplar nesse sentido, acabando por reproduzir o típico denuncismo da mídia oligarca sobre o “mensalão” – que, aliás, os mesmos “progressistas” criticam! A reação corporativista dos jornalistas do BlogProg às críticas políticas parece-nos entrar no mesmo modus operandi da grande imprensa – que dizem  combater, chamando-os de “Partido da imprensa Golpista – PIG” em função de constantes ataques, fruto do ódio de classe elitista, contra Lula e o Partido dos Trabalhadores, ou seja, agindo como verdadeiro “Partido da Imprensa Favorável - PIF”.
Dentre muit@s que participam dos Encontros dos Blogueiros Progressistas na esperança de construir uma alternativa, sabemos que nem tod@s adotam este posicionamento, mas entendemos também que acabam, de um modo ou outro, alinhad@s e/ou coniventes com as orientações políticas hegemônicas de sua direção. Para alguns destes “blogueiros progressistas” as dissidências e/ou a oposição de esquerda frente a linha política hegemônica (simpática ao atual governo) são tratadas como “esquerda que a direita gosta”, “psolismo”, “jogo da direita” ou “ultraesquerdismo”. Inclusive, alguns dos participantes das listas de discussão dos “progressistas” ou mesmo pelo Twitter, tratam a suas próprias dissidências com sufocamento por meio de ataques virulentos e desqualificadores.
Na realidade, percebemos que os “blogueiros progressistas” não constituem uma alternativa efetiva, mas uma mera luta de hegemonia contra a grande imprensa oligarca, enquanto proclamam ser os principais porta-vozes da democracia midiática. Esta luta acaba por cair em um maniqueísmo que em nada colabora politicamente, pelo contrário: tornam rasas as análises e, consequentemente, adotam posições políticas de apoio cada vez mais acríticas, cegas e fanáticas, sempre defendendo o legado de governos e pessoas, e não as bandeiras e programas socialistas. Assim, visam tornarem-se as principais referências políticas na blogosfera brasileira. Estas práticas tem levado muitos “blogueiros progressistas” a prestarem-se ao papel de correia de transmissão das políticas da máquina partidária do atual governo, diga-se, a mais bem acabada e incorporada à institucionalidade da democracia liberal de nosso país. Portanto, parece-nos que o sonho destes blogueiros tem sido tornarem-se uma “grande imprensa”, com um público enorme, com plateia de milhares e milhares, ao invés de radicalizar a democracia na produção midiática em sua cauda longa, ou seja, na práxis cotidiana, multitudinária e concreta das lutas.
Estamos falando de um grupo  de blogueiros que vem tentando construir uma certa hegemonia na blogosfera, tentando torná-la politicamente uniforme no apoio ao atual governo e adjetivando-a enquanto “militância progressista” e, por fim, ligando-a de forma indelével às políticas liberais-conservadoras deste novo petismo que vai se consolidando no e por meio do governo, que já não possui qualquer tintura de esquerda, e, por vezes pior, está ligado a um governismo pragmático que historicamente  faz política de mãos dadas com a direita oligárquica e rentista.
Contestamos, pois, esta prática de considerarem-se como “a blogosfera progressista” e não como parte de uma blogosfera política muito mais antiga, ampla, diversa e de rico potencial emancipatório.
Tendo em vista estas reflexões críticas, propomo-nos a lutar para criar e fomentar alternativas a este tipo de prática na blogosfera, colocando-nos sempre à disposição de ações unificadas em favor de bandeiras comuns que vão para além da defesa deste ou daquele governo, este ou aquele partido.
Governo Progressista?
Somente nos primeiros seis meses do Governo Dilma, o povo brasileiro foi derrotado sucessivas vezes, a começar pelas nomeações de liberais econservadores para os ministérios. Entre os exemplos mais gritantes, evidenciamos a posição do governo e sua “base aliada”: em defesa do salário mínimo de R$ 545,00 aprovado enquanto aprovaram salários de R$ 26.723,13 para os parlamentares;  a não aprovação do Projeto de Lei 122 e o kit antihomofobia (em nome da “governabilidade” com a bancada reacionária dos evangélicos, que integram a “Base Aliada”); o imobilismo em favor de um projeto de reforma agrária; a  aprovação do Código (des)Florestal para favorecer a expansão das fronteiras do agronegócio exportador; a privatização de vários dos principais aeroportos do país; a conivência e defesa da manutenção de um grande retrocesso na pauta cultural; se colocando contra a liberdade na rede e o compartilhamento livre; respondendo processos na Organização dos Estados Americanos - OEA por violações dos direitos humanos (em função da criminosa anistia aos torturadores ao caso de Araguaia); e, principalmente, a repressão aos povos indígenas do Xingu  com a finalidade de construir a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, que favorecerá as oligarquias e a instalação de grandes transnacionais eletrointensivas na região.
Este é um governo cujo Ministro da Defesa atua diariamente contra os interesses nacionais, agindo como cúmplice dos EUA e parceiro de Israel, chegando ao ponto de anunciar ter “perdido” os documentos militares sobre a repressão da ditadura militar brasileira. Um governo que atropela os interesses populares ao continuar impondo a criminosa transposição das águas do rio São Francisco ignorando o diálogo com as populações atingidas, os impactos socioambientais envolvidos e as alternativas de convivência com o semiárido proposta pelo povo e sociedade civil organizada.
Este é um governo que atua lado a lado com o grande capital e as oligarquias em detrimento dos interesses da população, garantindo grandes volumes de verba às “UniEsquinas” sem qualquer garantia de qualidade no ensino (ao mesmo tempo em que não realiza qualquer investimento significativo em educação básica) ou às empresas de telecomunicação com um PNBL (Plano Nacional de Banda Larga, hoje apelidado de Plano Neoliberal de Banda Lerda) risível, que não garante qualidade ou velocidade e, pior, ainda impõe um limite absurdo aos dados durante a navegação. Além de financiar com dinheiro público, via BNDES, quase todos os megaempreendimentos privados e socioambientalmente impactantes das indústrias de papel e celulose, das eletrointensivas e das empresas do agronegócio, entre outros.
Este é um governo que se diz preocupado com os direitos humanos e que quer ser potência global, mas atua de modo imperialista em defesa dos interesses de seu capital monopolista nacional, com as empreiteiras, Petrobras, Vale, enquanto renuncia à política soberana e ativa, que Celso Amorim conquistou em termos de política externa, por uma aproximação torpe com os EUA – com direito a presos políticos na visita de Obama à cidade do Rio de Janeiro para silenciar a voz crítica da população. Que diz que irá priorizar a educação mas continua reduzindo o orçamento já estrangulado, assim como faz com a saúde, enquanto o bolsa rentista semanalmente paga um programa bolsa família em dinheiro para os credores da dívida interna.
Este é o governo que atua com desenvoltura na condução, em parceria com governos estaduais e municipais, de uma política danosa para as populações atingidas pelos mega eventos esportivos. As remoções no Rio de Janeiro são exemplo da implementação de um modelo de política urbana que despreza o direito à cidade e atende a uma lógica privatizante qualificada como radicalmente danosa pelo Ministério Público Federal. Exemplo disso é acessão ao estado e ao município do Rio de Janeiro de imóveis públicos federais para repasse à iniciativa privada. Esta cessão não é para a criação de projetos de moradia, mas para uma “revitalização” da área portuária que será cedida a um consórcio privado, atendendo às necessidades do mercado imobiliário especulativo. Este tipo de ação não é restrita ao estado e município do Rio de Janeiro, pois acontece com igual gravidade, por exemplo, em Fortaleza cuja prefeitura do PT utiliza os mesmos métodos adotados por Eduardo Paes (PMDB). Em várias cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, está em curso um violento processo de remoção, inclusive comandados por governos de “esquerda” que em nada se diferem de administrações tucanas que em São Paulo, por exemplo, agem violentamente contra moradores/as amedrontados/as pelas remoções em Itaquera, onde a favela do Metrô também é alvo desta política vil. Em quase todas as cidades que sediarão a Copa do Mundo, populações vulnerabilizadas tem sofrido com remoções forçadas que desrespeitam sua história e os laços criados com seus territórios de vida.
Estes crimes são cometidos em nome de uma “imagem” do país no exterior, de um modelo de desenvolvimento que despreza tudo e tod@s em prol de números favoráveis para a propaganda governamental e eleitoral, ignorando inclusive acordos internacionais firmados com relação aos direitos humanos e ao meio ambiente. O resultado é o agravamento dos problemas socioambientais e o desrespeito às populações atingidas pelo avanço impiedoso de uma máquina que premia o capital e marginaliza a população que sofre com o processo de criminalização da pobreza por meio do avanço das forças de repressão travestidas de política de segurança, mas que trazem no fundo um terrível sentido de manutenção de uma vigilância feroz ao que foge do sonho de consumo das elites.
O que queremos e pelo que vamos lutar
Não é este o “desenvolvimento social” e o “crescimento econômico” que a esquerda anticapitalista  precisa reivindicar, e sim alternativas com base nas experiências e lutas populares que contemplem a reivindicação intransigente da reforma agrária, da democratização da comunicação, da justiça ambiental, da abertura dos arquivos da ditadura e da redução de jornada de trabalho, de uma sociedade mais justa e com plenos direitos para seu povo. As bandeiras devem progredir, não a paciência, pois só se avança resistindo e lutando.
Lutamos pela democratização da comunicação e da cultura, pela possibilidade de ampliação dos meios de vivência e produção midiática, por universidades públicas para tod@s, gratuita e de qualidade, bem como uma Educação básica que possa ser pilar para novas gerações, com salários dignos a noss@s professores/as; assim como também lutamos pela saúde pública de nosso povo, pelo direito a um meio ambiente produtivo e saudável, pela igualdade de raça, gênero e etnia. Para avançar em tudo isto, defendemos a auditoria cidadã das dívidas da União para viabilizar estes recursos.
Lutamos pela verdade das lutas, pela abertura irrestrita dos arquivos da ditadura militar e justiça como reparação às vítimas e à verdade sobre quem participou e corroborou com este regime, direta ou indiretamente, e, claro, todos os métodos autoritários, tão comuns no Brasil inclusive antes e depois dos anos de chumbo.
Lutamos para que se coloquem em marcha processos de empoderamento d@s sem-voz, d@s sem terra, d@s sem renda, d@s sem teto, d@s sem universidade, d@s sem internet, d@s despossuíd@s, d@s sem acesso à cultura, d@s sem educação de qualidade, e, principalmente, daqueles e daquelas sem a possibilidade de viver e produzir dignamente.
O Eblog convida tod@s que se identificam com estas lutas a se unirem conosco para organizar diversas blogagens coletivas, campanhas, encontros, oficinas, discussões, cobertura  e divulgação de lutas. É hora de nos organizarmos e avançarmos com as lutas históricas sem esperar que governos e partidos o façam por nós.
A partir do Eblog, defendemos a DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO como princípio, o que significa dizer que lutamos por: a) Um Plano Nacional de Banda Larga que universalize o acesso oferecendo internet de alta velocidade em regime público; b) A luta pela aprovação do Marco Civil da Internet que endosse a liberdade civil na rede; c) Um novo Marco Regulatório dos Meios de Comunicação (“Ley de Medios”) que ponha fim nos monopólios e oligopólios da comunicação brasileira. Paralelo a isso, estamos atent@s e somos combatentes nas lutas: d) pelo fortalecimento do Estado laico; e) pelo fim do machismo e do patriarcado com o fim da violência contra as mulheres e pela descriminalização do aborto; f) contra o racismo; g) contra a homofobia e pela aprovação do PLC 122 sem nenhuma alteração que privilegie os interesses de grupos religiosos; h) contra todas as formas de discriminação; i) pela abertura dos arquivos da ditadura militar e pela punição legal dos torturadores e cumprimento das decisões da Corte Interamericana de direitos Humanos (CIDH); j) pela justiça socioambiental e contra Belo Monte; l) contra a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais; m) por uma reforma agrária ampla e popular; n) contra toda e qualquer forma de censura, na Internet ou fora dela.
Para não ficarmos apenas elencando lutas, estamos propondo uma blogagem coletiva pela DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO (que incluem os itens “a”, “b” e “c” das nossas lutas/bandeiras) para JÁ, de 7 a 10 de Julho de 2011. Está na hora de tod@s  arregaçarmos as mangas – blogueir@s progressistas, de esquerda, nerds, independentes, músic@s, escritores/as, jornalistas etc. – e somarmos esforços em torno das lutas que nos unificam.
Escreva seu texto pela democratização da comunicação e divulgue nas redes com a hashtag #DemoCom e não esqueça de “taguear” a postagem também como “blogagem coletiva pela democratização da comunicação” e “democom” entre os dias 7 e 10 de Julho.
Se você concorda com nossos princípios (ou com a maioria deles), pode aderir e assinar esta nota publicando-a em seu blog e incluindo sua assinatura ao final. Temos identidade e temos lado, mas não queremos ficar restritos a guetos e nem apenas organizando encontros. Ousemos lutar!
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Eblogs que assinam este documento:
Alexandre Haubrich – www.jornalismob.wordpress.com – Jornalismo B
Amanda Vieira - http://amanditas.wordpress.com/ - Nós
Bárbara de Castro Dias - http://eacritica.wordpress.com - Educação Ambiental Crítica
Bruno Cava - http;//www.quadradodosloucos.com.br - Quadrado dos Loucos
Danilo Marques - http://www.dandi.blogspot.com - Inferno de Dandi
Gert Schinke -  http://gertschinke.blogspo t.com/ - Blog do Gert
Gilson Moura Jr. - http://tranversaldotempo.blogspot.com/- Transversal do Tempo
Givanildo Manoel - http://infanciaurgente.blogspot.com - Infância Urgente!!!
Guilherme Salles - http://parasitavermelho.blogspot.com/ - Parasita Vermelho
Israel Sassá Tupinambá - http://uniaocampocidadeefloresta.wordpress.com - União Campo, Cidade e Floresta
Lucas Morais - http://www.diarioliberdade.org - Crítica Radical
Luciano Egidio Palagano - http://razaoaconta-gotas.blogspot.com/ - Razão à Conta-Gotas!
Luiz Claudio Souza - http://www.bloguedosouza.com/ - BlogueDoSouza
Luka - http:www.bdbrasil.org - Bidê Brasil / A segunda luta
Marcello Barra - http://democratizandodf.blogspot.com - Brasília: Democracia Real JÁ!
Mário Marsillac e Sturt Silva - http://ousarlutar.blogspot.com/ - Ousar Lutar!!! Ousar Vencer!!!
Mayara Melo - http://mayroses.wordpress.com/ - May Roses
Niara de Oliveira -  http://pimentacomlimao.wordpress.com - Pimenta com Limão
Paulo Piramba - http://ecossocialismooubarbarie.blogspot.com - Ecossocialismo ou Barbárie
Pedro Amaral - http://terezacomz.blogspot.com - TerezaComZ
Professora Sônia - http://milcliques.blogspot.com/ - Mil Cliques
Raphael Tsavkko - http://www.tsavkko.com.br - The Angry Brazilian / Defendei a casa de meu pai
Renata Lins - http://chopinhofeminino.blogspot.com/ - Chopinho Feminino
Rodolfo Mohr - http://rodomundo.juntos.org.br - Rodomundo
Rodrigo Dugulin - http://lavandoloucas.blogspot.com - Lavando Louças
Rodrigo Noel - http://agencianota.blogspot.com - Agência de Notícias Alternativas
Rogélio Casado - http://rogeliocasado.blogspot.com/ - PICICA - Blog do Rogélio Casado
Sandro Ivo - http://noticiasfragmentos.wordpress.com - Fragmentos Ativos Notícias
Sérgio Domingues - http://pilulas-diarias.blo gspot.com/ - Pilulas Diárias
Tiago Costa - http://tapesinmyhead.wordpress.com - Tapes in my Head
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blogesquerda-blog · 13 years
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Blogagem Coletiva sobre o Plano Nacional de Banda Larga
Desde o primeiro Encontro dos Blogueiros Progressistas que alguns blogueiros implicam com esse nome, e não é à toa. Desde então, nos diferenciamos e autodenominamos dentro da blogosfera como blogueiros de esquerda e assumimos a sigla e hashtag #Eblog.
Mas, mais do que de esquerda, somos anticapitalistas, assertivos, críticos e combativos. Não é só o nome do BlogProg que nos incomoda. A forma como os blogprog se comportam nas redes sociais e usam seus blogs como panfletos governistas, além da falta de transparência na sustentação dessa rede de apoio, nos incomoda ainda mais.
O Eblog fez um esforço em participar do 2º BlogProg lá em Brasília (a Niara do Pimenta com Limão fará uma avaliação crítica, mas ela virá em breve), e uma das propostas apresentadas por nós lá, vai ao encontro a nossa forma solidária e coletiva de blogagem: Uma intensa blogagem coletiva pela Democratização da Comunicação convocada pelo BlogProg. Não foi nem encaminhada no plano de ação na plenária final do encontro.
Então, o Eblog vai chamar pra si essa responsabilidade e mesmo sem ter a mesma visibilidade e alcance na rede, vamos convocar todos os blogueiros que defendem a democratização da comunicação a se engajarem nesse esforço coletivo. Estamos, obviamente, convidando o BlogProg a vir conosco, assim como as Blogueiras Feministas - que reúne quase 400 mulheres entre blogueiras, tuiteiras e feicibuqueiras - por compreendermos que este tema é algo caro a todos nós e precisa ser debatido e pensado por toda a blogosfera.
Antes da convocação dessa blogagem, participaremos ativamente do tuitaço #MinhaInternetCaiu convocado para amanhã às 16h convocada pela Campanha Banda Larga é um direito seu! E estaremos em defesa do PNBL público. Este tumbrl nos ajudará a divulgar as nossas ações e blogagens coletivas e solidárias na rede e reunirá os links de todos os blogs que delas participarem.
Convidamos todas/os a participar da nossa primeira blogagem coletiva de quinta a domingo, só para não deixarmos a peteca cair e conseguirmos fazer um barulho maior sobre a subida no telhado do PNBL, ao final do último dia postaremos aqui todos os links dos posts participantes da blogagem.
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