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Soneto da soledade

Tu, Onisciente, sentes todo meu  definhamento?

Por qual circustância adias meu último suspiro?

Se vês, ou não, o tamanho do meu tormento,

Fazei-me gozar eternamente n'um jazigo.

Ao último palmo de terra que despejar o coveiro,

Dedico o alívio que findou esta sobrevivência,

Que libertou o que há tempos residia em cativeiro.

E a mim, somente resta o perdão da divina providência.

Aos Verões não vividos,

O mais doloroso Inverno.

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“Souls love. That’s what souls do. Egos don’t, but souls do. Become a soul, look around, and you’ll be amazed - all the beings around you are souls. Be one, see one. When many people have this heart connection, then we will know that we are all one, we human beings all over the planet. We will be one. One love. And don’t leave out the animals, and trees, and clouds, and galaxies-it’s all one. It’s one energy.”

— Ram Dass

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Devora-me ou decífro-te

O teu sorriso quase que é um hieróglifo egípcio.

Nunca sei. Se é tristeza ou se é resquício.

Do hospício, de viris marcas entalhadas.

Fora, outrora, o auspício das encruzilhadas.

Nele, olho-te e mergulho-te na eternidade

Que a incerteza traz, embora, sendo a verdade,

O ouro e a prata que só os mortais ensejam.

Ouve o que meus pensamentos murmurejam.

Decifrar-te, os mistérios, é mais que um enigma.

É uma ensandecida epístola de um suicida.

Dessas que o ego frágil esquece-lhe um dia.

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recíproco é colo, abraço, olho no olho, é amor dado e não cobrado.

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I am fully convinced that the soul is indestructible, and that its activity will continue through eternity. It is like the sun, which, to our eyes, seems to set at night; but it has in reality only gone to diffuse its light elsewhere.

Johann Wolfgang von Goethe

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Vincent van Gogh / Arctic Monkeys-Do me a favour

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“Era perfeita, sexo puro e enlouquecedor, e ela sabia disso, e jogava com isso, e destilava isso, e permitia que você sofresse desejando aquilo. Isso a deixava feliz. E também não me fazia mal. Ela podia ter simplesmente encerrado tudo, privando-me do calor que me provocavam aquelas gotinhas que ela deixava escorrer. Como a maioria dos homens numa situação como esta, percebi que não conseguiria nada com ela – conversas íntimas, excursões excitantes pela costa, longas caminhadas aos domingos – até que lhe tivesse feito umas quantas promessas absurdas.”

— Charles Bukowski.   

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“Ela é um quebra-cabeças de um milhão de peças e, ainda por cima, sem manual de instrução. Uma hora ela olha pra mim e ri, depois muda completamente. Fala que tem que ir embora, que não sabe o que sente. Ela é tipo previsão do tempo: se diz que vai ter frio, tem calor. Tão complicada que alguém bem que poderia criar um dicionário para eu saber o significado de cada palavra que ela fala, nenhuma tem o sentido normal. Se ela fosse uma fórmula matemática, nem Eistein saberia desvendar. Pobre de mim… resolvi arriscar.”

— I know she’s a trouble, Descriar. 

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