borboletando-liberdade
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Alforria.
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dores e amores que as vezes escapam do meu peito e param no papel.
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borboletando-liberdade · 6 years ago
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gosto da forma que você me pede pra ficar…
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borboletando-liberdade · 7 years ago
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borboletando-liberdade · 8 years ago
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Querida Amélia,
 “Lembro que quando éramos mais novos a felicidade era tema principal de suas crônicas. Naquela época eu desfrutava de uma escrita quase mórbida. E é o que farei agora.
Uma hora da manhã; 17°C; ventilador ligado aos pés e cortinas abertas. Olhos vidrados. Pulsos cortados.
Olho pela janela e vejo apenas uma única estrela no céu. Apenas um único ponto brilhante numa imensidão de céu negro. De certa forma tudo isso me tira a esperança de que o mundo possa um dia vir a ser um lugar melhor.
Meu corpo clama desesperado por algo que o anestesie, no mesmo passo que minha alma almeja sentir algo, qualquer coisa, mesmo que dor, só para ter certeza de que está viva.
Lembra quando te disse que o mundo havia se tornado monocromático? Pois então, agora perdeu a saturação, brilho e nitidez. Granulado e opaco, sem qualquer vestígio de tecnologia e sem direito a edição.
As coisas por aqui estão tensas, para dizer o mínimo. Não há feixes de luz atravessando o topo das árvores, nem pássaros cantando pela manhã; só há chuva e tempestade para todo lado, e isso me assusta. Me assusta muito.”
Isso foi tudo que consegui escrever aquele dia, sinto muito. Foi tão aterrorizante que só de lembrar meu corpo entra em lápso.
Eu sei, eu sei, não deveria ter deixado chegar a esse ponto, mas você sabe como eu sou, sempre acho que nunca vai acontecer de novo. Mas sempre acaba acontecendo. E eu sempre saio mais machucado que antes.
Não tenho certeza se essa prosa expressa o que senti com fidelidade. Talvez remeta ao desespero de quem não vê a saída ou talvez traga a sensação de calmaria de quem de tanta dor deixou de sentir, mas o que importa é que passou e que não deixarei me abater tão cedo, porque, se isso acontecer, não sei se serei forte o suficiente para levantar.
Com amor, Kaab.
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borboletando-liberdade · 8 years ago
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Querido kaab,
Hoje eu tirei a sorte grande. Estou pegando meu ónibus favorito,no meu lugar favorito. É um daqueles altos,com a janela no rosto. O vento frio de agosto beija a minha bochecha.  A noite esta linda e tão dizendo por ai que vai rolar um eclipse. Tá tocando uma música tão gostosa no meu fone...
Observo as luzes acesas nos prédios e espero que essas pessoas se sintam tão sortudas como eu me sinto agora.
Eu não estou mais apaixonada,imagino. Meu coração esta quebrado em milhões de pedaços. Tem horas que dói muito. Mas o mundo ainda é um lugar lindo e eu amo estar aqui,viva. Amo meus ténis bordô e a minha blusa de lã verde,com pompons.  Amo as luzes laranja dos postes e amo a grama não cortada.
Estou triste,sim senhor.  Tô em cacos, mas tudo isso me avisa que vai ficar tudo bem. E que vai passar. E que o meu futuro é lindo,é brilhante.  Meus sonhos vão se realizar e daqui a 20 anos vou estar dizendo:"ufa,você é uma guerreira,não é? "
E vai ser lindo.
E é isso que é felicidade. É esse sentimento de ter o mundo aconchegado no colo. E,meu amigo,não deixe isso passar. Por nada, e nem por ninguém. Siga o caminho que a sua alma mandar,porque esse sim é o caminho certo.
- Com amor,Amelia
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borboletando-liberdade · 8 years ago
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Cara Amélia,
Você entenderia se eu largasse tudo para sair em busca da felicidade? Te faço essa pergunta porque é o que está prestes a acontecer. Você sabe, pelos anos que estamos juntos, que minha existência se resume em descobrir o porquê sou do jeito que sou, e o que me sustenta em tempos difíceis. Prepare seu coração, pois esta carta poderá ser um tanto chocante para você.
Há tempos, cerca de uns três anos, venho buscando o sentido da vida, e olha só, ainda não encontrei. Por um tempo cheguei a desconfiar que a vida não faz sentido, mas acreditar nisso é demasiada crueldade com meu pobre coração.
Pensei em passar a vida fazendo prosa, mas estamos no Brasil meu bem, e aqui não tem lugar para escritores como eu. - Aliás, seria um fracasso total; sou muito mais uma estrofe do que um parágrafo. Pensei em ajudar as pessoas a se livrarem de seus traumas, mas talvez isso me mataria a longo prazo. Então fiquei sem opção.
Talvez você pense: “Você apenas está indeciso”, e lhe respondo de antemão que não importa para onde eu olhe, não importa a direção que eu projete, todos os caminhos levam a infelicidade e ao caos. E talvez isso, para mim, signifique uma morte lenta e dolorosa. E odiaria pensar em você vendo meus restos mortais, aos vinte e tantos anos, em um caixão, com pulsos suturados.
Imagino que já tenha entendido o ponto em que quero chegar. Certamente esta é a maior carta que já te escrevi, e sinto muito por tanta subjetividade barata. Mas vamos direto ao ponto:
Você já pensou em como seria a vida se nós não tivéssemos que, por obrigação, trabalhar para sobreviver? O que você faria com sua vida? É baseado neste pensamento que escolho o que vou fazer com a minha. É complicado eu sei, e ouso dizer que beira ao abstrato. E é exatamente por este motivo que espero sua total compreensão.
Durante a história de humanidade pessoas tentaram explicar a verdade a comparando com coisas. Creio que esse foi o grande erro da filosofia. A verdade, aquela absoluta e irrevogável, não é uma coisa presente na alma ou no mundo imaterial, mas sim uma pessoa. Xeque-mate. Agora eleve isso a décima potência e aplique na minha subjetividade frágil. Sim, o efeito foi instantâneo e letal.
E tudo isso para dizer que por esse motivo talvez eu não ingresse em uma faculdade, pelo simples prazer de ver o sistema enfurecido com minha decisão de boicotá-lo. - Infantil? Talvez, mas me divirto às gargalhadas com isso!
Preciso ir em busca da verdade redentora de toda ignorância; essa será minha ocupação.
E sim, eu sei que isso é loucura. Mas alguém um dia me disse que a felicidade pertence aos loucos.
- Com amor, Kaab.
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borboletando-liberdade · 8 years ago
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Querido Samuel,
Você não precisa se desculpar. Faz muito tempo que eu já percebi que o mundo é uma fábrica de dor e sofrimento. Hoje eu me deparei com três imagens muito impactantes, durante uma aula. Eram três crianças. A primeira estava fugindo de uma explosão,nua,ao prantos; a segunda era uma menina africana agonizando de fome, enquanto um abutre a observava pacientemente; a terceira imagem mostrava um menino sem vida,devolvido pelo mar,tentando fugir de uma guerra tão violenta.
Mas por quê te digo isso? Porque o mundo é ruim. As pessoas morrem,se machucam,sofrem; disputas por terra e poder arrancam almas inocentes de suas camas macias. O sopro da morte balança os cabelos daqueles que tinham tantos  sonhos. A vida é um grande sofrimento. Prova disso é que a primeira coisa que fazemos ao nascer é gritar em prantos o desespero de estar vivo.
Mas o sol nasce. Seus tons de laranja colorem o céu aos primeiros minutos da manhã. Ainda restam risos de crianças e borboletas voando. Os raios de sol ao meio dia penetram no meio dos galhos das árvores ,criando um ambiente místico. As flores nascem. Os pássaros cantam. Eu tenho fome do futuro, meu amigo. Se hoje sofro, é porque amei. Amei muito,me precipitei. Se estou sofrendo é porque meu coração bate,e bate forte. Se sofro hoje, e porque ontem fui feliz. E amanhã vou ser de novo.
Porquê, como disse Fernando Pessoa:"tenho em mim todos os sonhos do mundo". Inclusive o sonho de amar.
Com carinho, Amélia.
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borboletando-liberdade · 8 years ago
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Cara Amélia,
Sei que faz tempo que não te escrevo, mas os últimos acontecimentos me soam dolorosos demais para serem ignorados.
Chegou ao meu conhecimento que tu sofre por amor e sinto muito. O amor é um jogo de sorte na qual nunca ganhei, então não posso te aconselhar com propriedade. Mas sei que dói, e que trás inspiração.
A realidade tem sido esbanjada pela boca de fascistas e isso me deixa mal. Não sei lidar com o verdade. Prefiro um bom e lúdico conto fantasioso narrado por um eu- lírico boêmio e marginal. Talvez você se identifique um pouco com isso; não sei.
A vida voltou a ser monocromática e os tons de cinza da capital não ajudam em nada - não dessa vez. Só servem para atiçar a boêmia e fazer escrever prosa triste. E nessa de boêmia, filosofando com as paredes acompanhado de uma garrafa de rum, descobri que a vida é uma droga.
Sinto muito por apenas escrever o quão ruim é nossa estadia neste mundo perverso, é que a influência dos românticos ainda vaga em algum lugar dentro desse poeta falido. E influência romântica significa que meu eu lírico ainda não evoluiu tanto quanto eu achava. É triste, mas é verdade: sou um jovem poeta aposentado por invalidez poética.
- Com amor.
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