Talvez o que sempre nos foi dito não seja tão verdade assim..
Don't wanna be here? Send us removal request.
Text
Eu te amo ..(mas não sai)
Esses dias eu me peguei pensando.. por que será que é tão difícil dizer essa combinação de três palavras para alguém? Se o amor é um sentimento tão bom e bonito por que a dificuldade em dizer “eu te amo”?
Eu penso que seja pelo que essa frase representa. As expectativas que ela traz consigo. O receio de descobrir uma não reciprocidade, ou simplesmente por medo de perder a sensação do controle. Veja bem.. dizer “eu te amo” pode não ser tão simples assim para todos. Quem se resguarda sente que se protege. Quem se fecha acha que está protegido da decepção. E à primeira vista até que faz sentido; em teoria, quem ergue um muro imenso entre si e os outros se protege do mal, mas não nota que na prática, também está se privando do bem.
A possibilidade de rejeição nos amedronta. É bem mais fácil responder à um eu te amo com um “também” no fim do que iniciar o agrado. Não é engraçado que queremos ser amados por todos ao mesmo tempo em que não queremos nos declarar a ninguém? Como podemos desejar acordar todos os dias com um sussurro de “eu te amo” no ouvido se não estamos dispostos a fazer o mesmo pela pessoa? E já pensou que talvez eles também esteja se sentindo assim com relação a você? Te amando, mas com medo de se declarar?
Outra possibilidade é que sentimos que se não somos quem diz primeiro, não nos colocamos no relacionamento como o elo mais frágil. A necessidade de nos sentirmos no controle nos impede de sentir e de viver o amor. Declará-lo seria como nos vulnerabilizar, como se nos entregássemos anestesiados e de peito aberto para a pessoa em uma mesa cirúrgica, nos dispondo para que pessoa possa fazer o que bem entender conosco sem que tenhamos o mínimo controle sob nossa própria proteção. A sensação é de entregar nosso bem-estar a alguém. E não é louco tudo isso?
Se o amor é tão bom, se o amor é tudo que dizem, por que dizer um simples “eu te amo” pode nos trazer para uma sensação de risco tão grande?
0 notes
Text
Esse buraco... o que é?
Quem não o tem, pelo menos um dia já teve. Uma sensação de vazio, de falta, de necessidade. Um buraco literalmente sem fundo. Que mesmo que esteja preenchido, não parece estar cheio o suficiente.
Eu tenho tudo, menos um emprego. Então, deve ser isso. E mesmo que consiga um, a sensação não some. O que pode ser então? Talvez a falta de um alguém. E mesmo depois de achar um novo amor, ainda te falta alguma coisa. Acho que estou precisando então de um novo corte de cabelo ou de talvez pintá-lo e, mesmo que você não goste de cabelo curto ou mesmo que o loiro não caia bem em você, você o corta e pinta. E adivinha? Você ainda está insatisfeito com alguma coisa. Já sei, preciso viajar, conhecer novos lugares. A viagem foi de fato tão incrível que você nem se lembrou do vazio, mas quando você volta, percebe que ele ainda está lá. Acho que o que eu estou sentindo mesmo é vontade de comer alguma coisa, mas eu não sei o quê. Tenho certeza de que assim que eu descobrir e comer essa bendita coisa, vou ficar mais feliz. Quilos a mais depois e você começa a culpar a sua insatisfação por estar acima do peso e pensa que a solução de tudo é academia. Mas que motivação você vai ter, se fazer academia é um saco? Então no fim das contas você culpou tudo e todos pelo seu problema, mas ele não foi embora. Ou foi?
Quando temos um problema, o nosso instinto é buscar uma explicação no que está mais próximo de nós. Não fazemos isso conscientemente, mas na maioria das vezes nós projetamos nossos problemas em coisas ou pessoas. Muito dificilmente você irá achar que o problema está em você. Afinal, imagina o quão aflitivo seria saber que o único causador da sua própria dor é você.
Eu não estou aqui para lhe dar uma solução sobre o buraco que habita o peito de cada um. Até mesmo porque, se eu soubesse qual é não estaria passando por isso e, muito provavelmente aliás, nem escrevendo sobre isso. Mas acho que talvez esteja na hora de parar o ciclo da transferência de culpa e projeção da mesma. Aceite as coisas como elas são e pare de culpá-las pelos seus problemas. Aceite as pessoas como elas são e pare de responsabilizá-las pelas suas escolhas ruins. Se você está passando por uma situação ruim, tenha em mente que você não chegou ali sem ter feito algo para favorecer isso.
Então fica a pergunta: se você chutou o pé da cama o culpado da sua dor é a empregada que mudou a cama de lugar, a cama que é uma idiota ou sua, que não olhou por onde estava andando?!
0 notes
Text
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura .. será?
Quem nunca ouviu falar nisso?
A persistência é vista como uma virtude entre as pessoas. Nos é dito que devemos insistir até conseguirmos alcançar o que queremos, que mesmo tendo dificuldades devemos insistir, que quem desiste dos seus objetivos não consegue ir pra frente na vida, que quem da um tempo é preguiçoso e, que se você não se adequar a essa forma de viver, você não se classifica na sociedade dos esforçados e merecedores de sucesso. Mas será que isso é verdade?
Eu me pergunto por que as pessoas acham que para conseguirmos algo basta insistir. Já sabemos que não é assim que o mundo funciona. Claro que nada será alcançado se não nos movermos, mas a questão é que o mundo não foi feito para atender às nossas vontades particulares. Ninguém é obrigado a te contratar só por que você está precisando de um emprego, ninguém é obrigado a se envolver romanticamente com você só por que essa é a sua vontade, e muito menos ninguém é obrigado a seguir certo ritmo de vida só por que você considera ele como ideal. Talvez a verdade mesmo seja que ninguém é obrigado a nada e que falhamos muitas vezes em nos lembrar que a persistência, ao invés de paciência, nos leva ao fracasso.
Eu vejo como as pessoas são no trabalho: andando pra lá e pra cá, com a cabeça ali e também em mil outros lugares, falando no telefone com um cliente, mas pensando naquele cheque que precisam enviar para o banco mais tarde. Ao mesmo tempo, acham uma maneira de procurar no Google o próximo destino das férias, quando na verdade deveriam estar em uma reunião, ou elaborando planilhas, ou tendo que tomar decisões que vão definir o futuro de onde trabalham. Sem contar com a grosseria do superior que precisam aguentar, aquela preocupação com a revisão do carro que era pra ontem (que ainda não foi feita) e com ter que ir no mercado mais tarde para ter comida pro jantar (por que ontem não deu tempo de ir, então comi pipoca mesmo). E sabe o que eu não entendo? Em que momento a “correria” passou a ser fator motivante na vida das pessoas? Como as pessoas conseguiram chegar no ponto em que se o dia está tranquilo, é por que tem algo de errado? Quem foi que disse que só consegue chegar longe na vida quem não para pra pensar?
Na minha opinião, toda essa dinâmica está tão errada. Eu percebo tantas pessoas precisando muito mesmo de um tempo de toda essa bagunça, porém não se permitindo por medo de ficar para trás. E medo gera uma solidão imensa, um buraco gigante dentro da gente. Então se ninguém nunca te disse isso antes, deixe eu te dizer.. tudo bem estar cansado. Tudo bem querer fazer uma coisa de cada vez. Tudo bem se o dia estiver tranquilo. Tudo bem querer tirar 15 minutinhos depois do almoço para cochilar. Tudo bem errar. Tudo bem tirar férias. Tudo bem perguntar de novo quando não entender. Tudo bem não ter a resposta para tudo. Tudo bem ter paciência. Tudo bem deixar algumas coisas para depois. Tudo bem dar um tempo! ...tudo bem DESISTIR as vezes.
Só sabe o que faz bem quem sente.
0 notes