Tumgik
breathinalice · 4 years
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hurricanemmckinnon‌:
“Se eu mudasse acho que iria perder um pouco da minha essência, o que faz Marlene McKinnon ser tão especial”, brincou. A verdade é que a grifana tinha amadurecido bastante caso fosse comparar com seus primeiros anos em Hogwarts, mas isso não significava que tinha deixado os velhos hábitos para trás (e talvez nunca fosse capaz de abandoná-los por completo). De uns anos para cá Marls estava encarando os estudos com maior seriedade, se esforçando para se sair bem nas matérias que gostava, mas isso não significava que ela tinha parado de estudar na véspera de algumas provas, que não dormia mais nas aulas de História da Magia ou que não chegava um pouco atrasada para algumas classes. Além disso, Marley também não resistia uma oportunidade de aprontar com Filch, o zelador da escola que era conhecido por conta de seu mau humor constante e as reclamações. Por mais que ela tivesse reduzido a frequência das pegadinhas, às vezes era impossível resistir a oportunidade.
Assim que as bebidas chegaram, Marls deu um gole na sua e por um tempo ficou apenas contemplando aquele tempo que estava tendo com sua melhor amiga, e no fundo se lamentava por não poderem se encontrar mais com tanta frequência. Porém, esperava mudar aquilo assim que se formasse. Por mais que a rotina do treinamento dos aurores fosse mais puxada do que a do dia a dia em Hogwarts (pelo menos era o que ela imaginava), McKinnon tinha a esperança de que trabalhar no mesmo local que a amiga permitisse que elas se encontrassem com uma frequência um pouco maior. “Às vezes eu me sinto um pouco nostálgica pensando no passado e em tudo que já aconteceu. E eu sou incapaz de pensar em você como uma dessas tias velhas que gostam de se intrometer na vida dos sobrinhos, você está mais para a minha irmã mais velha e bem sucedida”, aquela não era a primeira vez que Marlene comentava algo do tipo, que sentia como se Alice fosse a irmã que ela nunca tinha tido, e acreditava que aquela sensação nunca ira lhe abandonar. “Pessoalmente acho que você é nova demais para se tornar mãe, mas já quero deixar registrado o meu interesse de ser madrinha dessa criança que ainda não nasceu, assim como tenho interesse de ser a madrinha do seu casamento. Ou vai me dizer que se esqueceu da ajudinha que eu dei para você e o Frank?”
De um modo geral, Marley se sentia sortuda por ter pais tão liberais e que lhe apoiavam em tudo, de forma que sabia que as várias sugestões de emprego não passavam de uma tentativa em ajudá-la; era perceptível que ela estava um pouco indecisa, e como pais eles estavam apenas fazendo a sua função ao tentar a orientar. Porém, aquela era uma decisão que precisava tomar pensando apenas em si mesma e os seus interesses uma vez que se tratava de sua vida e do seu futuro. “Eu odeio injustiças e tudo isso que está acontecendo no nosso mundo, e pensar em ficar sentada enquanto coisas terríveis acontecem me deixa revoltada. Eu quero fazer a diferença nisso, eu quero fazer algo me permita ajudar as pessoas”, no fundo McKinnon sentia como se já tivesse tomado uma decisão, só faltava informar sua escolha para todos e torcer para que seus pais a apoiassem como tinham apoiado em outras situações e decisões de sua vida.
Alice controlou sua vontade de abraçar a amiga. Apenas Merlin – e Frank, claro – sabiam quanta falta ela sentia de ver Marlene e Lily todos os dias. Poderia ser besteira para alguns, principalmente se fosse considerar a diferença de idade entre as bruxas, mas Lice havia realmente se apegado as mais novas.  Estar perto delas era querer sempre ser melhor, buscar felicidade, segurança. Quando olhava para Marlene via a irmã mais nova que ela não tinha, mas que queria ter e desejava poder ser um exemplo bom para a Mckinnon ainda que isso pudesse parecer à coisa mais emotiva de todo o mundo magico. Temia pela outra. Ao contrario de Marlene que ainda estava segura dentro de Hogwarts, Alice havia saído e encarado um mundo cruel, muito mais sombrio do que ela esperava. Convivendo com puristas a vida toda ela sabia que as coisas poderiam piorar, mas havia se afastado tanto dos pais, focando apenas em seus amigos e seu namorado que havia esquecido a agressividade que a intolerância poderia ter. Isso se devia nitidamente ao seu privilegio como pureblood, afinal duvidava fortemente que Lily pudesse se esquecer desse fato com tanta facilidade.
Parou de se perder em seus pensamentos temerosos, voltando a prestar a atenção em Marlene bem a tempo de ouvi-la falar sobre como Alice era essa irmã mais velha bem sucedida. As reformas que precisavam ser feitas em sua casa discordavam, entretanto a Nott concordava. Sentia-se bem. – Well, muito obrigada. Eu e minha dedicação agradecemos. – brincou, jogando um pouco de seus cabelos castanhos por cima do ombro. O movimento fez a bruxa se recordar de como já estava se irritando com aquele cumprimento, sendo assim decidiu que sairia dali direito para um cabelereiro. – Eu sou! Eu com certeza sou nova demais para ser mãe! Muito obrigada, Marls. – exclamou divertida. – A questão é: Frank quer mais de um filho, eu vejo um no futuro distante. Mas é bem capaz de ser dois, ou mais. Então pode ficar tranquila que você vai estar na minha listinha de possíveis madrinhas. Tanto pra isso quanto pro casamento. – garantiu Alice com sinceridade. Achava graça estar falando daquelas coisas. Não fazia muito tempo que ela própria estava dormindo em seu dormitório em Hogwarts, sonhando com o dia em que teria coragem de beijar o Longbottom e agora estava ali, imaginando o casório. – Porque esse sim deve acontecer logo! Mas você sabe como que sou Marlene: sempre complicando as coisas. Já desisti de pedir a mão dele de tão nervosa que fico só com a ideia! Vou esperar mais um pouco pra ver se ele cria coragem. – comentou sem se esquecer nem por um momento que Marlene havia sido uma de suas confidentes sobre seus sentimentos por Frank, o que significava que provavelmente já esperava aquele nível de enrolação dos dois.
Ouviu atentamente o que a outra disse e não pode conter dois sentimentos: orgulho e preocupação. Ver que Mckinnon havia crescido para se tornar alguém tão forte, independente e certa do que queria era a coisa mais bonita que Alice poderia pedir. Sentia-se feliz por ter visto esse crescimento de perto por alguns anos, mas também sentiu seu coração se apertar ao constatar o obvio: ela queria ser auror. A decisão já parecia ter sido tomada, apenas faltava à coragem – ou percepção – para verbaliza-la. Seus pensamentos voltaram para a insegurança do começo daquele momento. Não sabia o que faria caso algo de ruim acontecesse a mais nova. Tinha medo de que se machucasse ou até mesmo pior. Respirou fundo, tocou na mão dela e a apertou como sinal de apoio. – Marls, acho que você já se decidiu. Quer ser uma auror. 
Esperou um pouco para poder dizer sua fala, pois queria que a outra absolvesse o que ela havia dito e sentisse por si só se era verdade ou não. Caso não fosse, Alice voltaria a se calar, mas como achava que estava certa, começou: - Não vou te dizer que ser auror é uma profissão nobre e que só os mais corajosos entram porque isso seria romantizar o que pode acontecer. É perigoso, Marls. Pode se machucar, pode colocar pessoas que ama em perigo. Você pode morrer. – por um momento temeu que estivesse sendo muito dura, mas achava que era aquilo que a mais nova precisava ouvir. – O treinamento é difícil, é cansativo e você pode não passar no final. Caso passe vai encarar muita coisa ruim de perto. Lidar com muita gente ruim de perto. Mas olha: eu acredito em você. Sempre acreditei. Acho que é uma bruxa incrível, forte e talentosa. Eu teria muita sorte de ter você ao meu lado em qualquer missão. Não importa o quão difícil seja, eu vou estar lá com você. Quero que saiba que ouvir você falando o que acabou de dizer me deixa muito feliz. Não esperava nada diferente de você.
[Flashback] I don't know what to do | Marlene and Alice
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breathinalice · 4 years
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frankloongbottom‌:
Inconscientemente, as mãos de Frank foram direto para seu cabelo bagunçado ao ouvir o comentário da namorada, rapidamente ajeitando seus fios castanhos de uma maneira que não parecesse ter acabado de levantar da cama. - Ninguém seria capaz de tentar um estilo James Potter, love, nem mesmo eu. - respondeu um pouco contrariado, ainda passando sua mão pelo cabelo com o intuito de ajeitá-lo melhor. Não tinha sido sua intenção acabar assim, mas alguns nervos a flor da pele tinham feito perfeitamente o papel de deixá-lo cada vez menos apresentável naquela noite. - Um óculos? - com o nariz franzido, Frank encarou Alice, notando a expressão divertida no rosto seu rosto delicado. Ela realmente adorava implicar com ele. - Eu realmente não acho que ficaria bem de óculos, não combina muito. - finalizou, enchendo seu prato de macarrão que provavelmente não comeria. Estava prestes a pedir sua namorada em casamento, jantar não era sua prioridade e seu estômago parecia concordar. Depois, talvez, se Alice aceitasse o pedido - o que ele realmente esperava que ela fizesse - conseguiria comer. 
Falar de waffles provavelmente não tinha sido a saída mais inteligente para esconder os impulsos covardes de Frank e o tom de voz de Alice deixava claro o quão peculiar havia sido a fala do rapaz. Precisou se controlar pra não fazer uma careta ao ouvir a pergunta sobre estar doente, ele realmente era terrivelmente ruim naquilo. Se colocassem um comensal ali, Frank não teria problema algum em lidar com a situação, na verdade, se sairia incrivelmente bem. Mas não, pedir Alice em casamento era simplesmente demais pras habilidades dele. Patético, completamente patético. - Doente? Não, não, estou bem, Alice, sério. Só foi um dia estressante. - desconversou rapidamente, torcendo para que ela não insistisse no assunto. - Se sujando de novo, hein? - seu tom de voz era divertido, contrastando sua fala anterior recheada de nervosismo. Como um bom e prestativo namorado, Frank levantou-se e pegou sua varinha, não demorando nem dois segundos para limpar o suéter rosa de sua - se Merlin quisesse - futura noiva.
Augusta Longbottom sempre dizia que era muito mais prático matar dois coelhos com uma cajada só. Apesar do leve trauma que passou ao imaginar a cena quando menino, Frank sempre havia sido obediente e não seria agora que isso mudaria. Assim, aproveitando que já estava de pé, decidiu juntar toda sua coragem de um auror competente e deixar de ser um grande palerma. - Alice, na verdade eu… Queria conversar com você sobre uma coisa. - ok, era óbvio que seus começos de conversas eram simplesmente muito fracos, mas precisava seguir em frente. - Sabe como eu te chamei pra sair da maneira mais aleatória e casual possível? A gente conversava sobre como Slughorn provavelmente ia morrer sozinho, enquanto jogava xadrez… Ou pelo menos tentava, você sempre foi muito ruim em xadrez e eu só te deixava ganhar porque tenho o coração mole. De todo jeito, você tava rindo no meio da nossa conversa sem sentido, o que a gente sempre fazia inclusive, ter conversas sem sentido e enfim, não é esse o ponto. Você tava rindo e eu só olhei pra você e decidi que naquele momento eu não podia continuar agindo como se simplesmente não sentisse nada por você, como se meu coração não parecesse uma daquelas bombinhas que os gêmeos sempre estouram em qualquer momento do dia toda vez que você sorria pra mim. E você sabe como eu sou, eu sempre fui uma pessoa prática, porque sempre precisei ser e talvez tenha sido por isso que te chamei pra sair daquele jeito. - as mãos de Frank tremiam um pouco, mas ele decidiu ignorar e somente focar no que estava fazendo. - Mas tem alguma coisa sobre você, Alice… Eu sempre tentei descobrir, mas nunca consegui. Tem alguma coisa sobre o jeito que você me faz perder a cabeça e agir de formas que eu nunca agiria antes. Tem alguma coisa sobre o jeito que você ri que faz minhas pernas parecerem gelatinas, daquelas bem ruins que você sempre erra fazendo, sabe? E eu acho que eu vou precisar ainda viver uma vida… Não, várias! Várias vidas ao seu lado pra descobrir o que você tem que mexe tão fudidamente comigo. Porque, juro, eu nem falo palavrão e olha como eu to agora! E eu só… 
Soltando o ar todo de uma vez, Frank olhou pra Alice, sua Alice, que o conhecia melhor do que ninguém, a grande razão de tudo aquilo, e ele sorriu. Pois sabia que, independente da resposta dela, eles sempre estariam juntos no final. - O que eu tô tentando te dizer, de uma maneira muito ruim, é que eu nunca imaginei que conseguiria amar alguém do jeito que eu amo você. Eu nem sabia que esse tipo de amor existia, mas todo dia você me prova várias e várias vezes que ele existe. Você é simplesmente… Eu nem sei, Alice, de verdade. E eu acho que só to me enrolando nisso, mas você sabe como eu sou, não é? - rindo meio sem graça, Frank finalmente se ajoelhou, tirando do bolso a caixinha azul com o anel de noivado e segurando em sua mão trêmula. - Acho que isso tudo era só pra saber se, você sabe, por algum acaso em um ato de muita sorte e benevolência… Se, bem, se você quer casar comigo, Alice Elizabeth Nott?
A expressão direcionada ao namorado não poderia ser lida de outra forma: estava desconfiada e deixava transparecer. Ainda que a elite da sociedade bruxa tivesse a ensinado muito bem a manter seus sentimentos dentro de si mesma, Alice retirava qualquer polidez quando se tratava de Frank e não havia nenhuma vontade de esconder sua preocupação enquanto media o Longbottom com seus olhos azuis que se estreitaram rapidamente antes de voltarem ao normal. – Se você diz que está bem, então eu acredito. – mentiu levando sua refeição a boca. Apenas suavizou ao ter que dirigir a própria atenção à sujeira que havia feito na roupa, rindo do próprio desastre. Frank foi mais rápido, mais pratico e a ajudou com seu problema. Alice estava soltando pequenas risadinhas quando o ouviu mudar de tom, voltando a ficar sério. Assustada, a Nott ajeitou-se na cadeira e o encarou. Por Merlin, alguém devia ter morrido.
Os pensamentos catastróficos da bruxa sumiram de sua mente ao perceber que se tratava de uma declaração de amor e, apesar de sua linguagem corporal ainda demonstrar seu interesse no assunto, pode relaxar. Um sorriso bobo, apaixonado e todo do Frank se abriu em seus lábios. Era verdade que Alice o amava demais, todo mundo sabia isso desde Hogwarts, mas ela própria às vezes se assustava com a intensidade de seus sentimentos e se pegava pensando que não teria nada no mundo que não fosse fazer pelo homem que estava a sua frente. Claro que suas reações as falas dele foram variadas. Começou com um total choque ao descobrir que ele a deixava ganhar no xadrez bruxo, afinal a Nott havia passado anos se gabando que era melhor que o namorado e havia acabado de ver seu mundo caindo na sua frente. Depois riu com o nervosismo em sua fala, mas não podia deixar de achar a coisa mais linda do mundo o ver tão ansioso depois de tanto tempos juntos. Depois disso ela começou a ficar um tanto quanto confusa, não entendendo o proposito daquela conversa e teve que se segurar pra não rir – ou para não o interromper dizendo que também o amava demais. A menção a gelatina foi um pouco demais para ela, entretanto respondeu apenas com uma careta. O que ela podia fazer? Alice não era nem de longe a melhor cozinheira e resolvia isso com toda sua disposição para ir comprar comida pronta. Não pode deixar de levar um susto ao ouvir o palavrão saindo da boca do namorado e sua mente pensou em umas cinco respostas engraçadinhas que ela poderia dizer, mas se encontrava tão encantada por ele que se manteve quieta e só deixou que a mão direita repousasse na mesa, tocando a varinha que outrora havia sido usada para limpar seu suéter. Ele era tão lindo, suspirou ainda apaixonada pelo gryffindor.
Quando ele parou de falar, Alice se perguntou se deveria dizer alguma coisa, mas logo viu que não e se manteve observando o comportamento alheio. Nem em um milhão e meio de anos a ideia de ser pedida em casamento havia passado por sua mente. Ok, erro dela, pois talvez devesse ter suspeitado, mas eles estavam quebrados, em guerra e Frank sempre foi muito mais cauteloso que ela. Seu choque foi tamanho que a bruxa teve uma reação peculiar: da varinha dele, que era tocada por seus pequenos dedos, saíram faíscas douradas e, surpresa, ela levantou da cadeira com rapidez, empurrando a mesma para longe. – Frank! – exclamou. Sua respiração era rápida, como se tivesse acabado de correr de uma dezena de bruxos das trevas e seus olhos iam do namorado para o anel que ele segurava. Enquanto o olhava, Alice não conseguia se conter. Imagens de todos os momentos que eles passaram juntos circulavam por sua mente, preenchendo tudo com aquele sentimento puro e bonito. Em seus pensamentos o viu no primeiro encontro deles, o viu jogando quadribol, sentiu suas mãos novamente quando fizeram sexo pela primeira vez, o ouviu dizer que a amava, se ouviu dizendo que o amava também. Recordou-se das brigas, mas principalmente das reconciliações. De como ele a abraçava apertado, ria de suas piadas bobas. Viu-o entrando naquele pequeno apartamento que eles chamavam de casa com um enorme sorriso no rosto e se lembrou de sentir que finalmente possuía um lar de verdade. As lagrimas escaparam de seus olhos sem que ela notasse e sua próxima reação foi se debruçar sobre ele, selando seus lábios com intensidade e confusão. Após o rápido beijo, o abraçou tão forte que sentia que seus braços curtos iram quebrar. Afastou-se após alguns minutos, o olhando de forma radiante e completamente apaixonada. – Sim! – respondeu em um estalo. – Sim, sim, sim! Isso foi um sim. Eu com certeza vou casar com você. Sim. Sim. Sim. – e para “sim” dito, Alice beijava o rosto do noivo em pura animação, ignorando totalmente o anel em suas mãos. Quem poderia a culpar? Frank era muito melhor do que qualquer diamante. Não era de se estranhar que ela estivesse muito mais animada para ele do que para a joia. Demorou mais alguns minutos para que ela se afastasse, respirasse fundo e esticasse a mão para que ele fizesse o que deveria ser feito e, claro, ela estava chorando em todo o processo.
Forever can never be long enough for me || Fralice
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breathinalice · 4 years
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hurricanemmckinnon‌:
Marlene sabia muito bem que não tinha nenhuma relação com o que acontecia entre Alice e Frank, ou melhor, com o que não acontecia entre eles, e muito menos tinha um conhecimento acerca de relacionamentos e como tais coisas funcionava, mas ainda assim sentiu a necessidade de falar algo a respeito. McKinnon era conhecida por ser uma pessoa impulsiva e constantemente e falava o que bem entendia e desejava, e em boa parte das ocasiões ela não pensava nas consequências. “Bloody Hell coisa nenhuma, Alice”, retrucou à amiga. Para alguém com 13 anos, quase completando 14 anos, ela sabia se impor muito bem. “E eu não estou falando nenhuma bobagem e muito menos sou louca, na verdade acho que sou a mais sã já que consigo ver algumas coisas mais claramente do que outras pessoas”, talvez Marley estivesse soando um pouco grossa por estar na defensiva, mas não iria pedir desculpas para Alice por nada, nem mesmo por estar dando pitaco na vida amorosa da mais velha.
Desde seu primeiro ano em Hogwarts que a grifana via Alice como uma figura inspiradora, alguém para poder se exemplar, de forma que sempre recorria a mais velha quando precisava de algum conselho ou ajuda. Sendo assim, Marlene também se sentia no dever de ajudar Alice, mesmo não tendo muito ideia do que fazer. “E se você duvida das minhas palavras pode perguntar para todos presentes no Salão Comunal, tenho certeza que eles vão concordar comigo”, Marlene sabia que estava sendo um pouco presunçosa ao falar sobre um assunto do qual não tinha certeza, mas algo dentro de si lhe dizia que mais pessoas eram capazes de concordar com o seu ponto de vista; mais alguém além dela deveria ter percebido o clima que rolava entre Alice e Frank.
A bruxa estava de braços cruzados, encarando a amiga enquanto esperava que a mais velha confirmasse suas suspeitas, de que ela estava certa, de forma que foi necessário conter sua empolgação quando a Nott admitiu a possibilidade de existir algum mísero sentimento entre ela e Frank. Aliás, foi por pouco que Marls não interviu dizendo que aquele sentimento estava longe de ser microscópico, mas como ela já estava sendo enxerida demais dando sua opinião num assunto em que não tinha sido chamada, achou melhor ficar quieta e guardar suas impressões para si mesma; seria um grande exagero de sua parte falar sobre a Alice e tirar conclusões precipitadas sobre os sentimentos da amiga. “Eu não acho nada, Lice. Eu tenho certeza. Por acaso você não notou o sorriso bobo no rosto do Frank? Pois eu notei, estava escancarado para qualquer um ver. E algo me diz que ele não iria se importar caso você derrubasse mais tinta nele”, e mesmo sem ter nenhuma experiência no ramo amoroso, ali estava Marlene McKinnon dando conselhos para Alice como se fosse uma especialista no assunto.
A menção de que todo mundo no salão comunal provavelmente havia reconhecido seus sentimentos fez com a gryffindor olhasse ao redor um tanto quanto encabulada enquanto sentia suas bochechas corarem. Eu não posso ser tão obvia, pensava a Nott teimando com a esperteza de Marlene – que era realmente impressionante – e contra si mesma. Algo dizia pra a mais velha que se ela fosse a outra bruxa, também estaria querendo a chacoalhar pelos ombros pra ver se tinha alguma resposta. A verdade era que Alice podia ser muito boa em muitas coisas. Era ótima em feitiços, tinha um certo jeitinho para lidar com outras pessoas e era expert em irritar os pais junto com sua irmã, mas era completamente incapaz de flertar de um jeito que não parecesse que ela estava tendo um derrame ou que não fizesse parecer que ela estava querendo assassinar o alvo de seus amores. Coitada Alice, dramática e apaixonada.
Voltou sua atenção para Marlene. – Eu realmente não acho que ele tava tão feliz assim comigo sujando as roupas deles, mas vou acreditar em você porque to vendo que vai ser impossível continuar discordando. – e isso era uma mentira. A Nott era ótima em teimar com tudo e com todos. A verdade era que estava mais do que satisfeita aceitando a visão da mais nova, pois assim podia acreditar que Frank estava feliz em tê-la ao seu lado e que podia até estar ansioso para que algum encontro se repetisse. Encontro. Ai estava à palavra que fazia milhões de borboletas acordarem no estomago da bruxa. Daria tudo pra ter um momento a sós com o outro. Acreditava que se daria muito melhor estando sozinha com ele, sem ninguém os observando ou analisando. Claro que a vida iria mostrar que esse pensamento estava correto, mas ela não tinha como saber aquilo naquele momento e por isso ficou nervosa só de pensar em como seria o chamar para sair. A imagem de si mesma gritando um convite apareceu em sua mente, sendo responsável pela careta que a Nott fez para a mais nova. – Marls... – começou, aproximando-se da outra como se fosse contar um segredo. – Ok, eu gosto dele. Bastante. Nada pequeno. É maluco. – admitiu enquanto olhava para a Mckinnon, sabendo que ela se deleitaria com a confissão. – Você estava certa. – incrível como era muito mais fácil para ela contar isso para a garota do que pra qualquer outra amiga sua.
Brincando, ela olhou ao redor novamente se assegurando que nem ele e nem os amigos estavam por perto. – Mas agora my little spy, você vai ter que me ajudar. – ordenou Alice. Julgava que a amiga pouco acharia ruim se meter mais um pouquinho em sua vida, mas também não era como se a Nott estivesse dando muitas opções. – Eu preciso começar agir como uma pessoa perto dele. Isso ta bem claro. Mas eu preciso me aproximar dele, certo? Então, você com todo seu conhecimento sobre as pessoas e amores, o que acha que eu devo fazer? – perguntou com sinceridade. A bruxa nunca foi do tipo de desconsiderar as opiniões alheias só porque vinham de alguém mais novo, principalmente se esse alguém fosse uma amiga. – Chamar ele pra sair é coisa obvia, eu sei disso Mckinnon, mas eu não vou sair por ai convidando ele sem nem um pretexto, sabe? – não adiava o convite por medo, afinal Alice era uma gryffindor. O fazia por julgar que seria melhor se aproximar do rapaz de maneira mais calma, tranquila e sutil. Assim ela poderia ter certeza do que queria, podendo se organizar para lidar com a situação. – O que você acha da gente fazer uma lista de lugares? Ou melhor: uma lista de coisas que eu posso fazer com ele e com certeza uma lista de assuntos pra puxar conversa. – tagarelou a mais velha, puxando um pergaminho e uma pena. Se havia algo que ela gostava de fazer essa coisa eram listas. – Quer saber? Só os lugares é melhor. Acho que vou ficar com xadrez. Ele gosta de jogar, eu sou ótima no jogo e é um assunto. Vamos pensar em lugares. – era obvio que os dois iriam pra Hogsmead, pois esse era o único lugar possível. A questão era todo o romantismo de Nott. Queria que fosse algo legal, bonito, acolhedor. Queria que ele soubesse que ela falava sério e sentia mais sério ainda. Qualquer pessoa que a conhecesse saberia como ela poderia ser extremamente clichê com essas coisas. Enquanto olhava com expectativa para a loira, Alice percebia que seu sentimento por Frank não parecia ser do tipo que acabava rápido.
i saw the truth in your eyes | alice & marlene | 1974
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breathinalice · 4 years
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frankloongbottom‌:
Levantando a sobrancelha esquerda em uma expressão de questionamento, Frank olhou para Alice como se a mesma tivesse acabado de sugerir a pior coisa de todas. - I can cook, Alice. - soltou por fim, um sorriso divertido surgindo em seus lábios. Talvez por conta de sua criação, Alice não sabia cozinhar nem que precisasse fazer isso pra salvar sua vida. Era algo cômico, especialmente porque Frank havia aprendido diversas tarefas domésticas com sua mãe desde cedo, o que incomodara um pouco seu pai no início, mas não era como se Afan pudesse resmungar muito perto de Augusta. - Depois de um banho, claro. - falou um pouco anestesiado. Banho? Talvez Frank devesse ter feito o mesmo antes de cogitar pedir a namorada em casamento. Bem, agora era torcer pra que estivesse minimamente cheiroso, pois tomar um banho na atual situação estava fora de cogitação. Deixando Alice ir até o banheiro, Frank voltou seu olhar para o gato da namorada. - Well, Sherlock, it’s just us now. - 
Torcia para que o banho da namorada fosse demorar um pouco, pois além do tempo necessário para cozinhar, também teria que considerar o tempo para se recuperar emocionalmente frente ao que estava para fazer. Optou assim por uma coisa rápida que pudesse agradar o paladar difícil de sua futura noiva - se Merlin permitisse, é claro. Sabia que qualquer coisa doce deixaria Alice radiante, então decidiu que não morreria fazendo alguma sobremesa. Frank estava quase terminando com o macarrão dos dois, quando teve outra epifania. Deveria ter falado com o pai de Alice? O pânico era tão latente, que o rapaz demorou um tempo até perceber que não, era melhor não ter falado com o pai da namorada, não era como se eles tivessem a melhor das relações ou que ele fosse sequer deixar Frank pedir a mão de sua filha. Com uma pequena risada nervosa, voltou a se concentrar no que fazia e tentou acalmar a mente. Por um tempo, pareceu funcionar, até que o barulho de Alice saindo do banho chegou aos seus ouvidos e Frank entrou novamente em uma leve espiral de desespero. 
Não era acostumado com situações que tirassem sua calma, talvez por isso tivesse adquirido cinquenta manias nervosas nos últimos trinta minutos. Frank não estava nem perto de ser um James Potter, mas seu cabelo estava tão bagunçado que facilmente poderia ser confundido com o do seu amigo de Ordem. Com o jantar servido na pequena mesa, Frank soltou o ar que parecia preso há alguns anos de seus pulmões, nem ao menos percebendo o sorriso involuntário que se abriu em seu rosto ao ver Alice sentando a sua frente. Ela era simplesmente inexplicável tamanha graciosidade que exalava. Se tinha qualquer dúvida antes, vê-la daquela forma só fazia com que a perna direita de Frank tremesse de antecipação. - Alice… - provavelmente não era possível um coração bater tão rápido, Frank fez uma nota mental para se informar depois no St. Mungo’s até quando uma pulsação seria aceitável. Para alguém que não era acostumado a viver situações que o deixassem nervoso, o rapaz estava se saindo, como o esperado, extremamente mal. - Hm, eu fiz waffles. - finalizou, se xingando mentalmente quinhentas vezes por ser tão covarde. Enfrentar Voldemort parecia ser fácil demais se comparado a pedir sua namorada em casamento. 
Não era muito do tipo de bruxa que demorava demais no banho, mas teria que admitir que passou uma boa meia hora sentindo a agua quente escorrer por seu corpo. Estava cansada, com sono e tudo que queria era poder dormir com os braços de Frank ao redor de si, entretanto ainda precisava arrumar forçar para poder jantar, manter uma conversa civilizada com o namorado e arrumar algumas coisas para a patrulha no dia seguinte. Sendo assim, demorou-se mais do que normalmente demoraria a fim de retirar todo o cansaço e saiu do banho cantarolando alguma música trouxa cujo autor ela não poderia se recordar. Não havia nada mais confortável para Alice do que retirar suas botas pretas e sua capa pesada para colocar seus confortáveis pijamas, portanto sentiu-se como se tivesse sendo abraçada após passar vestir o suéter rosa e abriu um sorriso feliz com sua vida. Ok, estava totalmente esgotada e precisava de dinheiro, mas possuía uma casa boa, um gato adorável e um lindo namorado. Era uma boa maneira de viver.
Saiu do banheiro penteando o cabelo e passou os olhos azuis pelo pequeno cômodo a procura de Frank. – Sabe de uma coisa? Acho que a gente precisa de outro gato. – sugeriu Alice enquanto se encostava a parede da cozinha, passando a escova mais uma vez pelas pontas do cabelo. – A gente quase não fica aqui e o pobre do Sherlock fica sozinho. Ele precisa de um amigo, love. Precisa. É uma questão de necessidade. – argumentou a bruxa enquanto cruzava os braços para o namorado que parecia estar perdido demais em seus próprios pensamentos para poder a responder e a ajudar a resolver aquela questão que era tão essencial. Passou alguns minutos olhando Frank cozinhar e riu baixo ao ver que ele próprio estava rindo sozinho. Completamente adorável. Deixando-o com sua própria loucura, Alice foi a quarto e guardou o objeto que usava para pentear o cabelo. Decidiu que iria o importunar com a questão do novo gato no jantar onde sua atenção não seria divida com qualquer outro pensamento.
Era engraçado como a simples visão de Frank fazia com o que o dia cansativo e atarefado de Alice melhorasse, portanto quando já estava sentada de frente para ele na mesma ela se encontrava verdadeiramente feliz. Passou alguns segundos o olhando com sua maior expressão de apaixonada – algo que ela já achava que teria passado depois de tantos anos, mas estava enganada. – Seu cabelo ‘ta engraçado. – comentou apontando para os fios negros que apontavam para todos os lados. – Se vai tentar um estilo mais James Potter eu te aconselho a tentar os óculos também. Vai ficar uma gracinha. – brincou enquanto se servia do macarrão feito. – Se bem que você enxerga bem, né? Talvez um sem lente? – sugeriu e já estava pronta para voltar ao assunto do companheiro de Sherlock quando ouviu seu nome ser dito de maneira tão dramática. A Nott parou todos seus movimentos, olhando com atenção para o namorado. – Certo... – foi a única coisa que conseguiu dizer sobre a informação dos waffles. – Obrigada, Frank. Muito legal da sua parte. – falou sem ter muita certeza se era isso que ele queria ouvir. Alice começou a comer quieta, estranhando o comportamento do namorado. Graças a Merlin eles já estavam juntos há tempos demais para que a jovem ficasse insegura com as esquisitices que ele poderia ter. – Você está doente ou alguma coisa? – perguntou no exato momento em que um pingo de molho caiu em seu suéter e sua mão foi limpar a mancha acompanhada de um sonoro “ah não”.
Forever can never be long enough for me || Fralice
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breathinalice · 4 years
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hurricanemmckinnon‌:
Marlene estava tentando se concentrar na sua tarefa de adivinhação quando percebeu a presença de Frank e Alice no Salão Comunal, e foi impossível não prestar atenção nos dois. Marley sabia que era feio bisbilhotar a conversa dos outros, mas qualquer coisa conseguia ser mais interessante do que as aulas de Adivinhação. O que iria adiantar caso ela aprendesse ler a sorte na xícara de chá? Nada. Talvez estivesse sendo um pouco cética, mas ela não acreditava naquele ramo da magia e nem mesmo levava a sério as previsões que a professora fazia para os alunos em sala de aula, de forma que era mais interessante prestar atenção nos colegas mais velhos.
Com 13 anos de idade a bruxa não entendia muito sobre garotos ou namoros, mas apesar de sua inocência no assunto era impossível ignorar os sinais que Alice e Frank davam; era na cara que os dois estavam apaixonados um pelo outro ou que, pelo menos, sentiam algo mais forte do que uma simples amizade. Bastava prestar atenção nos olhares doces que trocavam, ou no rubor nas bochechas de Alice após uma conversa com Frank. Ver os dois juntos fazia com que Marls se lembrasse da história de seus pais, de como eles tinham se apaixonado um pelo outro. As palavras de seu pai continuavam vivas em sua mente, e por mais que considerasse a visão dele extremamente romântica e idealizada, ela não podia negar que a história de dois melhores amigos se apaixonando era encantadora.
Ela sabia muito bem que deveria focar na sua tarefa de Adivinhação, precisava entregar um pergaminho de três páginas para o dia seguinte, mas foi impossível não fazer um comentário a respeito da cena que tinha acabado de presenciar. Sentou-se no sofá, ao lado de Alice, para conversar com a mais velha. “Cara, ele tá tão na sua”, Marlene não era o tipo de pessoa que fazia rodeios ou ficava enrolando antes de dizer algo, ela era o tipo de pessoa que gostava de ir direto ao ponto. “E pelo o que eu percebi, parece que você também gosta dele, Lice”.
Como se fosse alguma personagem de algum livro, Alice enrolava os fios negros de seu cabelo nos dedos enquanto se perdia em seus pensamentos. Não precisava analisar muito a gryffindor para saber que o motivo de sua dispersão da realidade era bruxo que havia acabado de ir embora. Em sua mente ela o via sorrindo. Por Merlin, parecia que ela poderia até ouvir a risada dele! E como resposta, ela sorria para ele aquele tipo de sorriso sedutor que a Alice de verdade sabia muito pouco sobre e, sem ter como se defender de todo o charme da Nott, Frank se apaixonava imediatamente. Bom, esse era o primeiro e mais fofo pensamento, mas apesar de estar se apaixonando Alice continuava sendo uma adolescente e o resto da história se dava por seus pequenos dedos no cabelo do gryffindor, as mãos dele em sua cintura e um beijo muito mais quente do que qualquer outra coisas. A sequencia de sua história fez com que a jovem bruxa corasse, ficando tão vermelha quanto os cabelos de Lily Evans.
- Bloody Hell, Marlene! – xingou Alice um pouco mais alto do que deveria. No fundo foi possível ouvir alguns outros alunos resmungando, pois aparentemente a bruxa estava extremamente barulhenta naquela noite. A mão direita da Nott estava no coração que batia muito rápido devido ao susto que havia levado. – Você está aqui me assustando pra falar essas bobagens? Girl, you’re insane. – mas não era preciso ser um gênio para notar o sorriso bobo que nasceu em seus lábios e nem como ela havia girado rapidamente a cabeça para as escadas como se esperasse que ele ainda estivesse ali, olhando-a e a querendo também. Balançou levemente a cabeça para se afastar dos pensamentos fantasiosos. Deus, Alice não era tão fácil de cair assim, era? Retornou sua atenção para a mais nova, ajeitando-se no sofá avermelhado de uma forma que ficava de costas para as escadas.
Ficou um tempo olhando a cara sugestiva de Marlene antes de revirar os olhos e esconder o rosto nas mãos. – Ok, talvez um pequeno bem pequenininho e microscópio sentimento. – assumiu Alice e tomou coragem para erguer a cabeça. Era totalmente bobo seu medo e sua insegurança, afinal que mal faria ter se apaixonado? Claro ele poderia não a corresponder e então ela se entregaria para um poço de tristeza e rejeição que só terminaria após muito doce e muita choradeira, mas até lá não havia problema nenhum. – Você acha mesmo? Que ele gosta de mim no caso. Eu não sei, Marls. Ninguém gosta de alguém que derrama tinta em você, é só lógica. – tagarelou Alice referindo-se ao desastre que a mais nova provavelmente havia visto. Era engraçado que era Mckinnon e não Alice que estivesse dando conselhos amorosos, entretanto isso era algo que a pobre Nott pouco se importava naquele momento.
i saw the truth in your eyes | alice & marlene | 1974
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breathinalice · 4 years
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Merritt Patterson photographed by K Mann, from 2016.
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breathinalice · 4 years
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Sendo uma Nott, Alice já havia convivido por tempo demais com frases absurdas sobre os nascidos-trouxa. Havia até mesmo acreditado em diversas delas no começo de sua vida, mas foi graças a sua irmã e a sua estadia na gryffindor que a garota pode perceber que nada daquilo era verdade. Não foi fácil deixar de acreditar em seus preconceitos da noite para o dia, mas após tantos anos a bruxa se sentia mais confortável em falar que havia mudado bastante desde seus onze anos e que estava mais disposta a se confrontar e a confrontar os demais ao ver atitudes que ela tanto desprezava.
No dia da briga entre Severus Snape e James Potter, a Nott estava descansando tomando sol, com Harvey ao seu lado reclamando sobre alguma prova que eles haviam feito, porém a paz acabou no minuto que os demais alunos foram se aproximando para ver o que acontecia entre os dois rapazes. Notando a voz do gryffindor mais novo, Alice logo se colocou de pé e rumou para a confusão. Não precisou intervir, pois Evans já havia feito isso. Mesmo não sendo tão mais velha assim do que a garota sentiu orgulho da mesma e abriu um enorme sorriso ao ver sua posição a frente de James. Sorriso esse que durou pouco tempo. O xingamento proferido por Snape fez o sangue de Alice borbulhar e ela precisou ser segurada por Harvey para que não entrasse ela própria no meio da discussão, mas novamente Lily se saiu bem e Alice pode se manter em seu lugar. Conhecia bem demais a ruiva para saber que ela não estaria bem após tudo aquilo, afinal ela e o slytherin eram melhores amigos durante anos e era algo conhecido por qualquer pessoa que prestasse atenção. Após todo mundo se dispersar tentou caçar Evans por entre os alunos, mas foi incapaz de encontra-la.
Nos dias que se seguiram havia visto a mais nova com suas amigas do mesmo ano e preferiu deixa-la lá com elas. Alice poderia ter um carinho gigantesco e quase que maternal com Lily, mas não queria ser chata ou intrometida. Foi apenas quase no dia de embarcarem de volta pra casa que decidiu ir atrás dela. E sua decisão era totalmente baseada no sentimento de que Evans não estava bem apesar de dizer que estava. A procurou por todos os cantos e em todos os lugares, mas foi apenas quando decidiu procurar atrás das estufas que pode encontrar a garota de cabeleira ruiva. – Eu vou ter que pedir para o Frank me encontrar em outro lugar então – brincou Alice, aproximando-se da mais nova e sentando-se na sua frente. Ao ver os olhos verdes recheado de lagrimas não pode deixar de respirar fundo e de tocar o ombro alheio. – Lily, eu vou entender caso não queira conversar comigo sobre o que está sentindo, mas quero que saiba que eu estou aqui com você e que merece um amigo melhor do que ele, okay? – as palavras eram ditas envoltas de delicadeza e de carinho, mas era notável sua preocupação com a gryffindor. Era algo que Alice nunca iria conseguir entender e, portanto, podia apenas imaginar que a dor de ser humilhada na frente de todo mundo por suas origens era extremamente dolorosa. – Não tem nada de errado com você ou com sua família. – assegurou a mais velha sabendo que todos os antepassados dos Nott provavelmente estavam a xingando naquele momento.
[Jun 75] Someone to dry your tears | Lily & Alice
@breathinalice
Lily Evans secou suas lágrimas com as costas das mãos pelo que parecia ser a centésima vez. Seus olhos verdes estavam inchados e avermelhados, e mesmo que ela já tenha chorado mais do que poderia ser considerado humanamente possível, as lágrimas ainda insistiam em cair pelo seu rosto. Sua cabeça doía, seu nariz estava congestionado e estava cada vez mais difícil respirar, mas ela não conseguia encontrar forças para parar, e isso a enfurecia profundamente.
Severus Snape não merecia nenhuma daquelas lágrimas. 
Entretanto, lá estava ela, encolhida e escondida atrás de uma das estufas de Herbologia, chorando mesmo assim.
Os exames finais haviam terminado na semana anterior, e os alunos ainda tinham alguns dias sem aulas até receberem seus resultados antes de embarcarem no Hogwarts Express no final daquela semana, viajando de volta para suas casas para o recesso de verão. Lily sabia que deveria estar aproveitando seus últimos dias em Hogwarts na companhia de seus amigos, tomando sol nos jardins e conversando sobre os planos que tinham para o verão, mas após ter sido chamada de filthy mudblood por seu melhor amigo na frente de toda a escola depois de tentar defendê-lo, a garota simplesmente não tinha ânimo algum para isso.
Por esse motivo, a gryffindor preferiu manter-se distante naqueles últimos dias. Não havia desaparecido completamente do convívio de seus amigos, e toda vez que lhe perguntavam se estava bem, a resposta era automática, assim como o seu sorriso. Lily vinha tentando manter as aparências o máximo que conseguia, mas ninguém conseguia fingir para sempre. Por mais que não quisesse admitir, ela estava profundamente magoada.
“Quem está aí?” ela perguntou em voz alta quando ouviu passos se aproximando, sua mão rapidamente alcançando o punho de sua varinha. “Se vocês estão pensando em usar esse lugar para dar uns amassos, sinto em dizer que já está ocupado. Tentem a torre de astronomia ou a seção de aritmancia da biblioteca,” resmungou para o que pensava ser o terceiro casal que tentava usar aquele local para namorar na última meia hora.
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breathinalice · 4 years
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hurricanemmckinnon‌:
Estar ali em Hogsmeade, bebendo uma cerveja amanteigada junto de Alice no Três Vassouras, fazia com que Marlene se lembrasse da época em que tinha estudado com a mais velha. Apesar da diferença de três anos de idade entre as duas, aquilo nunca tinha sido nenhum impedimento para a amizade que existia entre elas, muito pelo contrário; por muitos anos Alice tinha desempenhado o papel de uma irmã mais velha para ela, lhe aconselhando, ajudando e dando um puxão de orelha quando era necessário. E a própria Marlene também tinha ajudado Lice em algumas questões, como mostrar para a mais velha que Frank estava caidinho por ela (tudo bem que era algo que estava na cara de todos, mas, ainda assim, fora preciso dar uma ajudinha para o casal). E em momentos como aquele, em que pensava em toda trajetória de sua amizade com Alice, por tudo que as duas tinham passado, era inevitável não sentir saudades da amiga lá m Hogwarts.
Mas, apesar das saudades que sentia pelos velhos tempos, Marlene também sentia um sentimento de orgulho muito grande por todas as conquistas ao longo dos últimos anos. Ela sabia que Lice tinha uma relação complicada com sua família que defendia algumas ideias puristas, então levando todo o contexto, era impressionante tudo o que a amiga tinha conseguido conquistar. O fato dela também ter entrado no treinamento dos aurores era algo muito importante, pois se tratava de uma profissão exigente e que requeria ótimas notas para poder ingressar no curso. E tudo aquilo apenas reforçava como Alice era uma bruxa extremamente talentosa e forte.
“Se você quiser, eu posso falar que eu finalmente entrei na linha e me tornei uma nova Marlene, mas nós duas sabemos que isso seria mentira”, quando mais nova Marls tinha ficado conhecida por aprontar algumas, sem contar que estava longe de ser a alua mais exemplar de Hogwarts e desde a saída de Alice algumas coisas não tinham mudado. Ela ainda deixava algumas tarefas acumularem, virava noites estudando para algumas provas e ganhava algumas detenções; nada muito fora do comum. “Eu já pedi uma cerveja amanteigada e não precisa pagar nada, até porque eu que deveria estar pagando para comemorar o fato de que você passou no treinamento dos aurores. Sei que nós comemoramos na época, mas ainda acho que não foi o suficiente”, Marlene se recordava de ter recebido a notícia com muita alergia e felicidade, se bem que, lá no fundo, não tinha sido uma novidade tão grande já que ela sabia que a amiga iria passar. “Nem me fala, Lice. Sinto como se tivesse entrado ontem em Hogwarts”, a verdade era que o tempo tinha se passado muito rápido, mais do que ela gostaria. Marls ainda se lembrava do seu primeiro ano no castelo e de todas as descobertas que tinha feito, tudo que tinha aprendido, de forma que era chocante pensar que já estava em  seu último ano. Ao ouvir a amiga contando de sua família, de como eles tinham todo um futuro preparado para ela (incluindo um casamento), Marlene agradeceu mentalmente por ter pais compreensivos naquele sentido; apesar de vir de uma família de halfbloods, os McKinnon eram uma família antiga e tradicional bruxa e que, felizmente, não apoiavam as ideias e os pensamentos defendidos pelos grupos puristas. “Minha mãe chegou a sugerir a possibilidade e eu tentar arrumar um estágio na Which Broomstick?, mas apesar de eu ser apaixonada por Quadribol, não me imagino trabalhando profissionalmente com isso no meu futuro. Eu quero algo que me perita ajudar as pessoas de alguma forma, mas também não sei se sou muito adequada para trabalhar no St. Mungus. E mais do que nunca venho considerando a carreira de auror”.
- Se você tivesse mudado eu até ficaria decepcionada. – brincou novamente. Não falava uma mentira total. Claro que não iria ficar triste com Marlene por ter mudado, mas havia algo dentro dela que simplesmente amava a irreverencia da amiga e toda sua teimosia. Talvez fossem aspectos que a própria Alice gostaria de ter um pouco mais em si mesma. - A melhor coisa é poder aprontar em Hogwarts antes de crescer, mas não é como se eu não fizesse algumas pegadinhas com o Frank não ainda tem oportunidades após a formatura. – Obrigada, Marls. O treinamento é realmente mais complicado do que a gente pensa. - Após ouvir a menção sobre como havia passado no treinamento de auror, Alice abriu um sorriso bem satisfeito consigo mesma. De fato passar por toda aquela situação havia sido mais difícil do que ela tinha imagino. Primeiro havia a total reprovação dos pais, algo que por mais que ela tentasse ainda a incomodava muito e que foi uma enorme questão naquele momento. Depois tinha, claro, a dificuldade do próprio treinamento. A ex gryffindor esperava com certeza alguma dificuldade, principalmente física devido a seu pequeno tamanho, entretanto foi surpreendida e ralou bastante para ser aprovada. Sua emoção em virar auror também vinha acompanhada ao verdadeiro afastamento da ideologia purista, algo que foi comemorado pela jovem de uma maneira muito interna e com algumas lagrimas rolando pelo rosto.
As cervejas amanteigadas chegaram e Alice foi impossibilitada de dar uma continuidade imediata para Marlene, porém esperou que a garçonete se retirasse pra poder se virar para a loira novamente e após um gole na bebida voltou ao assunto. – É, as coisas passam rápido demais. Você se sente boba falando isso? Merlin, eu me sinto tão velha quando falo essas coisas! Pareço minha mãe, sabe? Uma alguma tia que fica te dando conselhos no natal sobre como você precisa aproveitar a vida e beijar bastante. – comentou enquanto usava as mãos para enfatizar seu discurso. De fato Alice as vezes sentia que havia envelhecido uns dez anos desde que havia se formado, entretanto essa realidade parecia acontecer muito mais graças ao momento politico do mundo bruxo do que por alguma questão individual da própria bruxa. – Ai meu deus, daqui a pouco eu viro mãe. – resmungou Alice, deixando seu lado dramático aparecer como sempre. Não era como se não quisesse ter um filho com Frank, mas tudo tinha um tempo certo e o tempo certo era daqui a uns dez anos. O problema era que pelo ponto de vista de Nott, esses dez anos passariam ainda mais rápido do os anos em Hogwarts.
Ouviu atentamente o relato feito pela Mckinnon, dando a devida atenção a seus desejos e um sentimento de felicidade, orgulho e preocupação nasceu no peito da jovem. – Pais sempre querem que a gente faça algo seguro, mas não quer dizer que precisa seguir essa carreira se não é sua vontade. – deu mais um gole em sua bebida antes de continuar. – Eu vou sempre apoiar sua decisão, Lene, principalmente porque sei que ela é sua e não minha. – Alice havia vindo de um lar muito controlador, portanto havia desenvolvido ao longo dos anos uma forma mais clara de compreender que a vida do outro não era sua para julgar. – E sem “mas” aqui. Se quer ser uma auror, eu vou literalmente estar lá no departamento com você e te ajudar com o que eu puder. A única é que você precisa saber que é um trabalho perigoso e que vai se tornar cada vez mais perigoso daqui pra frente porque parece que as coisas vão piorar muito ainda. É algo que se deve pensar, sabe? Foi algo que pesou na minha decisão e mesmo assim talvez eu nem esteja pronta para lidar com o que futuro vai me trazer.
[Flashback] I don't know what to do | Marlene and Alice
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breathinalice · 4 years
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Eu sou totalmente a favor. Merlin sabe que seu responder mais um relatório sou capaz de me jogar dessa janela aqui. Sinceramente, não aguento mais. Acho que se o clima aqui não fosse tão pesado não seria tão complicado, mas não é como se nos outros lugares estivesse muito diferente, né?
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Você quer ir onde? 
@breathinalice​
Vamos, chega de trabalho por hoje! Que tal se nós duas fossemos tomar alguma coisa? Como nos velhos tempos? O clima aqui não tá um dos melhores, acho que isso pode nos ajudar a tirar um pouco dessa tensão.
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breathinalice · 4 years
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harveymeadowes‌:
Lice, quando você falou que a gente precisava se encontrar, que fazia um tempão que a gente não se via, eu jurava que você tinha grandes notícias para me contar do tipo ‘Frank finalmente me pediu em casamento’ ou ‘Eu estou grávida e logo você vai se tornar o titio Harvey’. Mas não vou negar que está sendo divertido escutar seus perrengues como auror.
Sabe, por muito tempo eu imaginava que o trabalho dos aurores era lidar com bruxos das trevas, investigar alguns criminosos, etc. Nunca imaginei que voe poderia ter uma missão tão inusitada como essa. I’m sorry for laugh, but hearing you tell this story and trying to imagine all this is very funny. Imagino que tenha sito uma situação bastante tensa para você. Pelo menos tudo acabou bem?
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Queria ter uma história engraçada para contar feito essa, mas o meu trabalho não envolve garotinhas fazendo um escândalo, fantasmas ou um gato assustado
Você pode virar essa boca pra lá? De preferencia para perto do James e da Lily ou de alguém que queira um filho, mas o casamento eu não nego não: estou a espera. A verdade é que eu até já pensei em pedir, mas eu fico tão nervosa que acho que iria desmaiar. Já pensou se ele diz não?! Sou capaz de morrer de vergonha e chorar por umas duas semanas seguidas. 
O trabalho é esse, mas também tem essas situações uma vez ou outra. Não que eu esteja reclamando. A menina se reuniu com o gatinho dela e está tudo bem, mas poxa, precisava pular na minha cabeça? Cheguei em casa toda bagunçada e o Frank riu da minha cara. E uma vez que teve um barulho absurdo de alto, meu parceiro achou que era um ataque, me fez me esconder dentro buraco e no final foi só um comerciante usando um feitiço? Não é fácil, Harvey. Altas aventuras. 
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Mas deve ter alguma coisa! Nem um café amargo? Alguém caindo? Todo mundo tem. 
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breathinalice · 4 years
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Então, imagina, eu estava lá em campo, sozinha, ok? Sem absolutamente ninguém! Fazia horas que eu estava andando e aparatando, aparatando e andando. Tudo que eu queria era um bom gole de chá e dormir, mas eis que uma criança começa a gritar. Eu obviamente fui ver o que era, né? Fui lá toda metida a auror, a primeira da minha família com essa profissão, fui toda forte e guerreira. E a menininha tava fazendo todo um escândalo! Gritava, chorava, quase que desmaiou. Eu tinha certeza que alguém tinha morrido porque ela começou a apontar pro alto! Pronto, né? Era um fantasma e eu já lembrei daquele fantasma chato da slytherin e ai, Harvey, um gato enorme pulou na minha cabeça! Eu fiquei girando igual uma doida, a menina ria. Olha, o treinamento de auror não me preparou para nada disso não. 
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{@harveymeadowes​}
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breathinalice · 4 years
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i saw the truth in your eyes | alice & marlene | 1974
Alice dizia com orgulho que era uma garota corajosa, afinal não havia entrado na gryffindor atoa e foi percebendo ao longo de seus anos no castelo que aquela era uma característica sua que a integrava com seus outros colegas, satisfeita em achar ainda mais uma coisa que a diferenciava de seus familiares. Entretanto como toda jovem de dezesseis anos ela não estava nem um pouco preparada pra ser apanhada pelo amor. Os olhos castanhos de Frank Longbottom eram o suficiente para fazer com que a mais nova dos Nott se tremesse toda, precisando mandar as borboletas em seu estômago se acalmarem. Para qualquer pessoa que observasse seu comportamento perto do outro gryffindor era obvio seu interesse e era mais claro que ele era correspondido, mas Alice insistia em negar as duas possibilidades.
Após o treino do time de quadribol, encontrava-se totalmente cansada deitada em um dos sofás do salão comunal. Havia tomado um banho e se trocado, mas precisou completar algumas tarefas de poções e sabia que não conseguiria se concentrar no quarto e julgou que ficar no sofá seria melhor. Pobre Alice. O móvel apenas fez com que ela sentisse mais sono, porém a voz de Frank fez com ela logo se ajeitasse e se sentasse, deixando um espaço para que ele ocupasse o lugar vazio ao seu lado. Algo que ele fez, deixando a bruxa com o coração palpitando. Os dois conversavam alegremente sobre qualquer assunto tolo e isso já era o suficiente para fazer com que sua voz saísse um pouco mais fina e que sua risada fosse um pouquinho mais alta. Foi quando ele soltou um elogio a ela que Alice sentiu suas bochechas ficando incrivelmente vermelhas. Sem saber o que fazer, a Nott riu e agradeceu, mexendo-se sem graça. Merlin poderia ter a avisado que se mexer era uma péssima ideia, mas não adiantaria mais, pois a gryffindor havia derrubado todo o tinteiro – que estava apoiado porcamente no braço do sofá – em si mesma, deixando alguns respingos caírem em seu amado. – Shit. – xingou a garota, levantando-se bruscamente de seu lugar. – Desculpe, Frank. Eu tinha totalmente me esquecido de que o tinteiro estava lá. Você está muito sujo? – a bruxa olhava para os lados a procura de sua varinha, mas não a encontrava em lugar nenhum. Foi o jovem bruxo a sua frente que conjurou o feitiço, finalmente limpando toda aquela bagunça. – Obrigada. – sem graça, Alice colocou uma mecha dos cabelos atrás da orelha e se despediu dele com um aceno.
Jogou-se novamente no sofá, se livrando do tinteiro ao joga-lo dentro de sua bolsa. Era incrível como só de ficar perto dele tudo parecia conspirar contra ela. Bufando, e esperando que aquela sua cena não fosse comentada por nenhum outro aluno, pegou novamente seu livro de História da Magia e fingiu ler, mas sua mente claramente estava nos olhos castanhos, na boca vermelha e no sorriso de Frank. Repetia em sua mente o elogio feito, sentindo uma profunda felicidade. Talvez não estivesse tudo tão perdido assim, não é?
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breathinalice · 4 years
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O treinamento de aurores era difícil. Alice chegava em casa dolorida, com dores de cabeça e com informações demais em sua mente e ao invés de ter sonhos tranquilos, onde finalmente possuiria paz, ela sonhava com Moody a falando para ficar sempre alerta. Seu único conforto era Frank, como sempre. Os dois haviam se formado e assim que o treinamento começou haviam alugado um pequeno apartamento em Londres, vivendo juntos desde então. Os Nott não estavam nem um pouco satisfeitos com a decisão de Alice, entretanto ela não estava se importando tanto assim. Obviamente sentia falta do irmão e de seus progenitores, mas estava cansada de ouvir que era uma profunda decepção e de ter que discutir para poder provar que seu amor por Longbottom era verdade. No começo, após a formatura em Hogwarts, eles a rechearam de cartas a comunicando sobre o que achavam que ela deveria fazer, onde deveria morar e em como queriam que ela voltasse para casa. Após passar a residir com o namorado, Alice enfrentava o que parecia ser uma grave. Nenhuma carta chegou e as que ela havia enviado não eram respondidas. Se não fosse o treinamento, a semana seria bem pior. Alice se permitia ficar triste apenas nos finais de semana, portanto aceitou de bom grado o convite de Marlene para que fizesse uma visita.
Aparatou cedo naquela manhã, estava visivelmente animada para rever a amiga. Haviam se afastado um pouco após sua formatura, afinal Mckinnon era mais nova e ainda estava em Hogwarts. Mesmo fazendo questão de sempre escrever e mandar presentes, ela sabia que era muito melhor quando estavam juntas pessoalmente. Sentia falta dela e de Lily. Voltar a Hogsmead depois de algum tempo era estranho, trazia um ar de nostalgia e de passado. Apesar de gostar de sua nova vida e de sua independência, sentia falta daquele tempo onde sua maior preocupação era sua nota nas aulas de História da Magia. Sentia falta dos passeios, de acordar de madrugada para ir comer escondido nas cozinhas, de falar com Nick-Quase-Sem-Cabeça e de treinar para os jogos de Quadribol. Esperava Marlene no Três Vassouras, olhando ao redor para todos os alunos que passavam por ela e até mesmo cumprimentou alguns quando ouviu a amiga a chamando. Um sorriso enorme foi sua primeira resposta. A segunda foi se levantar da cadeira, dando um forte abraço na mais nova. – Me diz que continua aprontando bastante. Ou melhor: não diz. – brincou, balançando a mão direita em negação. – Quer pedir alguma coisa? Eu pago.
Ao ver que o motivo da conversa era algo sério, Alice ajeitou-se na cadeira e fitou Marlene com precisão, dando total atenção para as falas dela. O medo da outra era natural. Estava para se formar, precisava decidir um futuro e a Nott entendia muito bem como essa decisão podia pesar. – Marls... – assim que pode falar, se debruçou na mesa para se aproximar da gryffindor. – Você tem todo direito de estar com medo e nervosa. A gente nunca achava que a vida adulta vai chegar. Hogwarts parece eterna, né? Como se não acabasse nunca, mas acaba e tudo bem estar perdida. – suas primeiras palavras foram de consolo e totalmente baseadas no que ela gostaria de ter ouvido. – Eu nunca pensei em ser auror. Meus pais sempre falaram que iriam me arrumar um casamento então esse era meu futuro, mas as coisas mudaram depois que eu fui pra gryffindor e percebi que tinham outros jeitos de viver. Eu queria trabalhar no St. Mungus, na verdade. Sempre imaginei que iria acabar lá, sabe? – confidenciou Alice. Antes de tudo sua vontade era ir para o hospital, ajudar aqueles que estavam doentes, mas ela nunca levou o desejo a sério por saber que no final acabaria sendo só a esposa de mais algum bruxo rico e purista. Quando precisou pensar seriamente sobre o assunto viu que preferia estar na ação. – Então foi só no sexto ano que isso veio à tona. Graças Morgana eu tinha notas boas! O que você pensa em fazer? Porque acho que tudo bem também não querer fazer nada por um tempo. Nem todo mundo precisa sair das paredes do castelo para um trabalho.
[Flashback] I don't know what to do | Marlene and Alice
Fazia algumas semanas que o sétimo ano tinha começado e alguns dos alunos pareciam mais empolgados do que nunca, comentando sobre o futuro e a gama de possibilidades que podiam abranger. Era como se todos tivessem definido o que iriam fazer ao se formar, escolhendo seus futuros empregos. Enquanto todos já estavam decidindo que rumo tomar, Marls estava mais indecisa do que nunca. Tudo bem que ela tinha uma vaga ideia de qual profissão queria escolher, mas a cada segundo que pensava no assunto sentia-se mais incerta, ainda mais se fosse parar para analisar todas sugestões que seus pais estavam lhe dando. Sua mãe tinha sugerido que ela tentasse arrumar um estágio na Which Broomstick?, uma revista especializada em Quadribol, ou quem sabe arranjar uma vaga em Gringotts. Enquanto isso, seu pai não parava de listar os setores do Ministério da Magia onde ela poderia trabalhar. No fundo, Marley sabia que eles faziam aquilo pensando no seu bem, afinal eles queriam o melhor para ela, mas todas as sugestões (algumas bem diferente das outras) serviam apenas para que ela ficasse ainda mais confusa.
E por conta de tal indecisão, que Marlene marcou um encontro com Alice Nott no final em Hogsmeade. Ela precisava conversar com a amiga, que era mais velha e que sempre sabia a coisa certa a dizer. Era impressionante a capacidade que Lice tinha para aconselhar e ajudar os outros; a bruxa era uma espécie de irmã mais velha para Marlene, sempre a orientando e tentando colocar um pouco de juízo na cabeça dela.  Ela já tinha perdido a quantidade de vezes que tinha ido até Alice buscar por alguma ajuda ou conselho, sempre confiando e ouvido a voz da experiência da amiga. Então, se tinha alguém que podia ajudar Marlene a clarear as ideias, a tomar uma decisão tão importante, essa pessoa era Alice.
“Muito obrigada por você ter vindo! Não sei o que iria fazer sem você”, disse assim que avistou a amiga no Três Vassouras, um dos bares mais populares entre os alunos de Hogwarts. Aquele era um dos lugares mais populares do vilarejo, assim como a Dedosdemel e a casa de chá Madam Puddifoot’s. Por conta dos seus horários de aula e do treinamento da Alice como auror, era difícil delas encontrarem um tempo para se encontrar e conversar, de forma que Marlene estava grata pela companhia da amiga naquela tarde. “Como foi que você decidiu que queria ser auror? Você já sabia que queria trabalhar com isso há muito tempo ou a vontade só se manifestou no seu último ano? Eu estou completamente perdida e indecisa e não sei o que fazer”.
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breathinalice · 4 years
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Quando Alice percebeu que estava apaixonada por Frank toda sua vida tomou um rumo totalmente diferente. Ela sempre soube, pois seus pais nunca esconderam, que um dia iria ser entregue a algum homem respeitável da alta sociedade bruxa. No começo de sua juventude, pouco se importava com essa situação, afinal inúmeras jovens sangue-puro passavam por aquilo. Mas o jovem Longbottom entrou em sua vida e em pouco tempo os olhos castanhos do garoto faziam com que todo o corpo de Alice se esquentasse. Após alguns meses constatou seu obvio amor por ele, o declarando não apenas ao seu namorado, mas também aos pais. Naquela altura de sua vida, Alice já havia brigado tanto com seus progenitores e se afastado tanto que esperava que contar sobre seu namoro, rejeitado toda e qualquer proposta de casamento, fosse mais fácil. O resultado foi uma briga descomunal, que trazia consequência até os dias atuais, porém a auror não se importava. Tomou Frank como sua familia naquela fatídica noite e decidiu não abandonar nunca mais.
Apesar do relacionamento dos dois sempre ter sido uma coisa certa para Alice, a garota nunca havia pensado no casamento de forma tão forte. Sim, havia brigado para poder se manter com ele, mas o casório só apareceu em sua mente após os diversos meses morando juntos. Estava ansiosa, não podia se controlar. Havia cogitado pedir a mão dele, porém o nervosismo sempre fazia com a Nott ficasse com as bochechas avermelhadas só de imaginar. Poderia ser corajosa o suficiente para enfrentar qualquer bruxo das trevas, mas temia uma resposta negativa do namorado e decidiu prolongar a decisão. Eles poderiam só morar juntos para sempre. Qual seria o problema nisso? Ela tentava se convencer que nenhum.
Naquele dia enquanto patrulhava com o namorado Alice nem ao menos se preocupava com essa questão. Estava atenta a qualquer sinal suspeito ou a qualquer problema que pudesse vir a aparecer. A tensão da guerra a deixava extremamente preocupada sempre que eles saiam a campo e ela não se permitia se distrair. Conseguiu voltar a seu habitual temperamento descontraído ao chegar ao Departamento, realizando suas tarefas sonhando com a hora de ir embora, porém o pedido de Moody para que ela fizesse algumas horas a mais de expediente foi acatada mesmo que contragosto. Despediu-se de Frank com rápido beijo em seus lábios e retornou para seus compromissos. Imaginou que as duas horas que passaria lá seriam demoradas, entretanto elas passaram tão rápido que quando deu por si estava sentada em casa, com as mãos do namorado em seus ombros e com o gato deles no colo. – Eu estou faminta. – relatou, inclinando a cabeça para trás para poder o olhar. – O que você quer comer hoje? Eu com certeza posso ir buscar. – soltou uma risada para sua referencia a suas faltas de habilidades na cozinha. – Depois de tomar um banho. – pontuou, levantando-se da cadeira enquanto colocava o pequeno animal no chão. – Você decide e me fala? – terminou a fala já a caminho do banheiro.
Forever can never be long enough for me || Fralice
Ter coragem era um dos requisitos necessário para ser colocado na Griffyndor, era isso que todos diziam. Frank nunca havia duvidado de sua coragem e nunca se questionou sobre os motivos de ter ido para sua casa nos tempos de Hogwarts. Entretanto, aquilo parecia não se aplicar quando se tratava de casamento. Apesar de já guardar o anel de noivado consigo há alguns anos, Frank parecia sempre adiar o tão esperado pedido. Na primeira vez, jurou pra si mesmo que os dois ainda eram muito novos e que não era o momento adequado. Depois, se agarrou no fato de que era melhor esperar até o fim do treinamento de auror, afinal as coisas ainda eram muito tumultuadas. Mas agora ele e Alice já eram aurores e não havia mais nenhum empecilho para o noivado dos dois. Frank sabia que uma guerra estava para estourar, mas aquilo somente o motivava, queria estar casado com Alice antes de tudo.
Era um dia qualquer da semana e mesmo com o pensamento do noivado sempre estando presente, Frank ainda não pensava em fazer o pedido, pelo menos não agora. Ele e Alice estavam em uma saída rápida de campo, somente para averiguar algumas coisas a mando de Alastor, mas o ar fresco era bem vindo. Tudo teria ocorrido perfeitamente se não fosse por um pequeno imprevisto. Em um momento tudo estava bem, mas logo em seguida Alice parou para perguntar algo a um comerciante e de repente tudo mudou. Sinceramente? Frank deveria ter tido a revelação antes, mas as coisas acontecem quando devem acontecer. Olhando para Alice conversando com um sorriso no rosto, as mãos de Frank começaram a formigar e só então ele percebeu. Oh. Exatamente como momentos importantes de realização de um personagem principal em uma história, Frank vivenciou ali provavelmente um de seus momentos mais importantes. Precisava pedir Alice em casamento. 
Depois disso, o dia do rapaz foi um completo borrão, se qualquer um perguntasse o que tinha feito, ele não saberia dizer. Tinha entrado em modo automático e tudo que conseguia pensar era que seu pedido não podia passar daquele dia. Para alguém que havia protelado tanto, Frank sentia que seu tempo havia finalmente chegado e não iria durar muito tempo. Teve sorte ao ser liberado mais cedo no fim do dia, enquanto Alice precisou ficar mais tempo. Sem parar pra pensar, aparatou no apartamento que dividia com a namorada e sem ter tempo para sentir o enjoo de sua aparação, correu para o quarto atrás do anel que há tanto havia comprado. Era uma surpresa que a garota nunca tivesse o achado na verdade. Frank só teve tempo de guardar o anel consigo quando ouviu Alice chegando. Fuckshitfuck. Não tinha o costume de soltar palavrões, mas aquela parecia ser uma boa oportunidade perfeita para abrir uma exceção. - Hey, love. - Soltou um pouco sem ar ao chegar na sala e ver a namorada. Andando até ela, Frank beijou a cabeça da garota e massageou o pescoço da mesma, sorrindo ao se afastar. - You’re hungry? - Não fazia ideia de como iria falar, mas sabia que seria naquela noite, de um jeito ou de outro. Esperava escolher as palavras certas. And well, you can’t really judge him for hoping she’d say yes. 
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breathinalice · 4 years
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frankloongbottom‌:
Então é isso que você faz no seu tempo livre? Cria estratégias pra me assustar? A vida de auror realmente é difícil, huh? Ei eu já aprendi que não devo tentar tirá-lo do sofá ok? Foi só uma vez e aquela cicatriz horrenda no meu braço não me deixa cometer o mesmo erro novamente. Ele só tava dentro de uma panela e eu precisava usá-la, nada demais.
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Eu só canto às vezes já você canta todo dia… e não é como se minha voz fosse simplesmente horrorosa pra incomodar tanto, eu acho. Ali, você precisa esquecer deixa bolacha, sério mesmo, faz mal guardar rancor, ainda mais pra um rosto tão bonito como o seu. Você comia de madrugada desde nossos tempos em Hogwarts, ou você acha que eu esqueci? Aye, meu paladar não é sensível! Eu só prefiro comer coisas não queimadas, se você chama isso de sensível ai já não é comigo. 
Sim, eu até tenho um ou dois cadernos recheados de ideias pra te irritar. Ainda bem porque foi bem ingenuo da sua parte querer tirar ele de lá. Estava tão claro que ele não ia sair sem uma luta. Depois que ele te machucou nunca mais sentei naquela parte do sofá. Acho que a casa é dele e a gente só vive lá. Dentro de uma panela? É coisa mais linda que eu vi na minha vida. 
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Deve existir algum feitiço que grave sua voz e ai eu vou te mostrar pra voce ver o quanto é... Ruim. Eu sou péssima, mas você me supera. Não vou esquecer nunca daquela bolacha porque você comeu tudo! E ainda teve a audácia de negar! Porque eu queria ajudar os elfos domésticos! Eles ficam tão felizes ajudando os outros, oras. Nem todas as minhas comidas saem queimadas, ok? Só a maioria. Mas Frank, vamos ser sinceros, se você pudesse não cozinhar nunca mais na sua vida não seria incrível?
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breathinalice · 4 years
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frankloongbottom‌:
Eu não disse isso, você que tá dizendo. Essa sua desculpa de treinamento até colaria, mas você devia lembrar que você tem um gato traiçoeiro que é o treinamento perfeito para estar sempre alerta naquele apartamento, falando nisso ele me arranhou ontem, pra você ver a eficácia desse negócio.
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Isso também pode ser muito bem culpa sua, inclusive, você passa o dia cantando e é óbvio que vou ficar com as músicas na cabeça ué. Alice eu já te peguei no flagra várias vezes, nem tente negar. Não me venha com essa, Ms. Nott. Eu faço barulho na cozinha porque diferente de você eu sei cozinhar, ok? E de bom grado me ofereço sempre pra fazer seu café da manhã, se por algum infortúnio eu derrubo um talher ou outro é totalmente azar seu. 
Eu te treino muito melhor que o gato, Frank! Ele não cria estrategias pra te assustar, sabia? Ao contrario do que parece ele só aparece lá nos lugares do nada e consegue de arranhar porque é um vencedor. O que você fez? Tentou tirar ele do sofá? Eu já disse que se ele se deitou em algum lugar é pra deixar ele lá. 
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Você ta me culpando?! For Godric Sake! É você que canta de manhã. Eu canto de tarde e as vezes de noite. O que eu posso fazer se você come tudo sozinho e não deixa nada pra mim? Acha que eu me esqueci daquela bolacha que eu comprei e quando fui procurar pra comer ela já tinha acabado? Eu comer de madrugada é apenas uma estratégia para sobreviver, my dear. Eu queimei a comida uma vez, uma só vez e seu paladar é sensível, ok? Minha comida é diferenciada. 
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breathinalice · 4 years
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frankloongbottom‌:
Eu não sei exatamente o que você tá afirmando que eu amo, porque se for suas implicâncias comigo lhe garanto que amor é uma palavra muito forte. Treinamento pra que exatamente? Duvido que algum comensal tenho esse seu rostinho bonito.
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Isso todo mundo sabe, meu bem. Animado é um exagero, podemos dizer que acordo bem disposto, coisa que você também faria se não ficasse até tarde comendo doce escondida de mim. Ei, calma lá. Eu te acordo porque se ninguém te acordar você perde a hora, mas nos finais de semana sempre te deixo dormir.
Eu não entendo. Você quer que eu fique lá sentadinha, sem fazer nada? Absurdo total. Nada paga nossas risadas nesses momentos. Treinamento para estar sempre em alerta, sempre atento e sempre esperto com aqueles que menos suspeita. 
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Eu tenho certeza que já te ouvi cantar de manhã e ninguém que só acorda “disposto” canta, minha vida. Eu não como escondida! Eu só como mais e sem você estar presente, mas não é escondido. Ok, você tem um ponto. Ok, durante a semana você está certo, mas Frank, eu sei que você faz barulho alto na cozinha pra me acordar todo sábado. 
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