brudancini - Tumblr blog

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O tempo

Há quatro anos eu entrei aqui e escrevi algo catártico. Escrevi numa tentativa irrefreável de me libertar de cinco anos e meio num loop de apagamento e destruição da minha personalidade. Muito aconteceu nesses quatro anos e não é agora que narrarei tudo, até porque que almas restam nessa esquecida rede social para ler? Provavelmente escrevo para que eu mesma, quem sabe daqui quatro ou quarenta anos retorne e me espante. 

Entrei no meu próprio eu dos 18, 19 anos e me espantei. Há de se perdoar a adolescência, mas o nível de irresponsabilidade emocional que eu carregava teria sido capaz de me destruir. Mas, no fim, me recuperei e hoje sorrio frente às minhas confusões. Sorrio por dois motivos principais. O primeiro, é a alegria de ver fluir em meus dedos a palavra libertadora. Mais que nunca acredito na libertária função de nosso discurso. Há de se ver a raiz disso em crenças adolescentes que, em muito mudadas, carregam ainda o ódio e pulsão de mudança de mundo.

Sorrio, ainda, por algo muito mais bobo. Vi 3 anos de postagens minhas e foram tantos sonhos, imagens bonitinhas tiradas do já aposentado WeHeartit e hoje, vendo quase 10 anos mais tarde, percebo que essa estética me moldou. Olho em torno da minha casa, na roupinha dos meus cachorros, nas fotos do meu casamento e vejo que me tornei aqueles sonhos que outras pessoas postavam e eu via como impossível.

As fotos de casais em frente à torre Eiffel, eu tirei as minhas próprias. Até as fotinhas das mocinhas produzidas e tatuadas, eu também tirei as minhas. Lembrei das minhas inseguranças adolescentes e só queria poder mostrar para aquela menina de 18 anos quem ela estava se tornando. Acho que ela se orgulharia e viveria com menos medo aqueles anos. Quem sabe não tivesse se prendido a uma âncora. Mas está tudo bem, mesmo sem saber, ela conseguiu chegar aqui.

Claro que várias coisas foram problemáticas pelo caminho. Uma das que eu mais me ressinto foi ter parado de escrever. Ainda que fossem textos vergonhosos ( como esse que agora flui de meu consciente), o registro desses sentimentos e desses momentos dia-a-dia dá uma beleza ao passado. Dá um sentimento de lição aprendida.

Por muito tempo venho pensando que nada que eu sei é digno de ser escrito. Mas, hoje, percebi que eu mesma quero dialogar com meu ego daqui há alguns anos. Como saberei como foram esses anos se a enganosa memória cobre tudo de uma lógica falsa com o passar do tempo?

Assim, penso que devo voltar a dedicar uns minutinhos da minha vida só para vomitar em palavras confusões mal organizadas da minha cabeça.

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. Eu só

Há quantos anos meus dedos haviam adormecido e eu tinha esquecido que escrever minhas emoções as tornavam mais fáceis?

Me perdi num emaranhado de quem era você e quem era eu, saí machucada, perdida. Arranhada e com sangue entre as unhas. Mas está tudo bem. Os pedaços de mim que ficaram contigo e os teus que ficaram pra mim. Eu amo todos eles. E amo todos os nossos anos e todas as coisas que aprendemos e construímos juntos.

Entrar nesse tumblr, depois de dois anos, me lembrou um pouco do que aconteceu, de porque acabou. Se você ler os últimos textos antes desse vai descobrir. 

Meus sonhos estavam se tornando menos vívidos, Minhas emoções, sempre tão aguçadas aos olhos de todos, paralizaram. E não foi sua culpa. Eu só queria te agradar e ser a menina que você sonhava. E matei a menina que sonhava.

Chegou um dia em que ela passou a gritar em mim. Sinta. Grite. Chore. Tenha preferências e dores. E cheiros e sabores.

Viva a prisão e solte os passarinhos.

Acho que, no fim, a ordem das árvores altera os passarinhos. Mas você não era a gaiola, meu estado era. 

Não dói. Escama minha pele e me transporta para um entremundo de antes e depois.

No meio disso tudo, me descobrirei. Uma hora ou outra.

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ART PRINTS BY MANOOU

fox spirit 

white deer 

raccoon spirit 

rabbit 

owl winter 

fox cercle 

polar bear 

deer autumn 

Also available as canvas prints, T-shirts, Phone cases, Throw pillows, Tapestries and More!

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Forest Fey by Simon Howe.

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Me esqueci.

Me entreguei a um tempo automático. A uma vida de gestos prontos e vazios. Esqueci de quem sou e esqueci do grito engasgado que eu sempre tive e a necessidade de expressão. E esqueci do que eu gosto. Esqueci o nome das bandas e as letras das músicas. Esqueci de quais blogs procurar e de que tipo de dicas eu gostava. Esqueci das citações e dos livros. Das piadas e dos motivos.

Como é que posso cobrar carinho e atenção se não tenho mais nada a dizer? Estrangulei a força. Venci pelo dia-a-dia.

Sinto falta das aventuras da minha mente ao observar o fim de tarde da minha janela ao som de Mumford and Sons. Sinto falta das dúvidas e dos medos. Achei que sufocar tudo isso era a felicidade. Mas é entediante.

Meus medos me fortalecem e sempre foi dito que a felicidade não move nada, quem é feliz entra em estado estacionário. E foi que fiz.

Não quero a melancolia. Mas o prazer tristonho do vento de fim de tarde e o Sol se pondo sobre os prédios da cidade fazendo minha coluna estremecer.

Quero o vazio da conversa sobre sentimentos que me preenche mais que a inteireza dos assuntos importantes da vida.

Oblivium da realidade e olá para o devaneio.

Me preencha. Me leve.

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The feeling of missing something... letting soemthing pass without noticing...

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Viva amando a incerteza

As pessoas nunca sabem o quanto significam na vida dos outros Uns ficam, outros tolos ficam, mas não ficam Uns voam com as assas de ninguém Mas meu bem se matar não é a melhor forma de descobrir quem te ama também. Viva e não espere o amor de outrem.

Hofschneider

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E depois de um milhão de anos eu sinto uma vontade doida de escrever qualquer coisa. De só deixar palavra sem sentido fluírem, como eu costumava fazer desde os 12 anos.

É engraçado como parece que vamos envelhecendo e perdendo a espontaneidade. A vontade de nos expressar. E mais e mais parecemos uns com os outros.

Cadê a coragem dos cabelos roxos, vermelhos, preto, azul? Dos “shows” de domingo à tarde? 

Vamos crescendo e deixando de ter interesses e vamos nos moldando de acordo com  a timeline. 

Cadê os fandoms e as horas lendo coisas de outras pessoas com sentimentos tão próximos?

Vontade de escutar mais gente gritar de novo em busca de coisa alguma. Só pela emoção.

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And the raven, never flitting, still is sitting, still is sitting On the pallid bust of Pallas just above my chamber door; And his eyes have all the seeming of a demon's that is dreaming, And the lamp-light o'er him streaming throws his shadow on the floor; And my soul from out that shadow that lies floating on the floor Shall be lifted - nevermore!

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A chavasca

Mas Chavasca é especial. Uma mulher que tem uma chavasca é diferente. É a mulher que você não chama de gostosa, você chama de potranca... http://brudancini.blogspot.com.br/2012/08/a-chavasca.html

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O Rapto

Não havia jeito da guria olhar pra mim. Não é me gabar, mas parecer com o Elvis Presley na década de 60 era lá grande coisa. Nem 25 anos e com meu próprio caminhão. Eu via que ela me olhava de vez em quando, na igreja. no dia de feira. Peguei seu olhar no dia em que cheguei depois de duas semanas de viagem, você estava lá, na janela, olhando onde é que eu estava. Meu irmão já tinha me falado, fica de olho na Malu cara, ela te dá mole. Mas quando eu chegava perto, fugia que nem diabo da cruz. Vai entender né? Soube que só a Nhá Cata estava em casa com as filhas, uma mais bonita que a outra, mas Malu era a especial. Aquele maldito cabelo laranja não saia da minha cabeça, com os olhinhos verdes, queimava como fogo. O pai tinha ido viajar com o caminhão, voltava em mais de 20 dias só. Era minha oportunidade de fazer alguma. Sangue italiano pulsando no corpo inteiro de deixar o rosto vermelho, talvez tivesse sido o vinho. Mas lá estavam meus irmãos incentivando. Afinal era uma família de cinco moças lá e uma família de sete homens aqui, era de dar boa combinação se um chegasse conhecer a vizinhança.(...)

Continuação em:

http://brudancini.blogspot.com.br/2012/08/o-rapto.html

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just my tattoo

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Life is that so whatever, if you are rude, if you are funny, if you are in love, just talk what you want.

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menina! você não morre mais :O hahahaha tava lembrando agora dos seus textos e pensei que voce tinha sumido, quando volto na dash, vejo post seu :O haha

paoksopas mas eu sumi mesmo menina, falei pro povo, perdi o jeito da coisa! Mas é lindo ver que lembram de mim!

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E ela meio que esqueceu como faz pra dizer coisas bobas assim expontaneamente, daquele jeito que todo mundo se identifica, e ficou com aquela pedância típica dos letrados. É tão bom ser bobinho.

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