caelzn

[caelzn]

axltremaine.

“Opa, foi mal!” Axel exclamou, um tanto sem graça pelo esbarrão. Estava tentando descobrir o nome da música que tocava na loja sem entrar “Na real eu tava só tentando catar o nome dessa música que tá tocando aí, sabe? Achei ela muito boa.”

assim que ouviu o pseudo pedido de desculpas do rapaz, caelan gesticulou na intenção de demonstrar que não tinha problema. estava pronto para continuar a limpeza da vitrine se não fosse pelo comentário que se sucedeu. “ mhm? você gosta desse estilo de música? “ apesar do tom continuar neutro, como sempre, os olhos praticamente brilhavam. era difícil achar alguém com quem poderia compartilhar os gostos musicais, ainda mais em uma família que apreciava tanto coisas clássicas. “ se chama no one like you, de uma banda non-maj. scorpions, se não me engano. “

[caelzn]

evlinz.

Aquele não era exatamente o primeiro local que gostaria de estar passando logo depois de um dia tão caótico. Acontece que Evelyn, assim como uma boa parte dos moradores de Arthurian, não conseguia viver sem seu relógio. Com a confusão toda do dia anterior, a garota só percebeu que o objeto havia quebrado quando chegou ao quarto e então aproveitou para ir até a loja que já conhecia bem. Não era seu intuito assustar o garoto mas foi impossível não rir baixo.·“Desculpe, você não me ouviu chegar por conta da música.” Avisou, apontando para os aparelhos de som.·“Hm, eu queria saber se você ou algum dos seus irmãos poderiam me ajudar com um relógio quebrado. E o Ezekiel está aí?”

achava improvável que a música tão baixa tivesse atrapalhado a audição a ponto de não ouvi-la se aproximar, mas decidiu não retrucar, não após suspirar aliviado ao perceber de quem se tratava. “ você o trouxe? sou responsável pela parte da decoração, mas dependendo do que seja, me viro em consertos também. “ passou o pano uma última vez pela vitrine e então gesticulou em direção a porta, quase como um pedido silencioso para que ela entrasse. assim que se posicionou atrás do balcão, agora dentro do estabelecimento, fez questão de diminuir um pouco mais o volume da música antes de responder a próxima pergunta que se sucedeu. “ na verdade, não. estou sozinho por aqui hoje. é importante? “

[caelzn]

(500) Days of Summer (2009) dir. Marc Webb

[caelzn]

effieofhearts.

starter for @caelzn 

onde: jardins da academia.

“For fuck’s sake, se eu ver mais um de vocês hoje eu realmente vou sair gritando para que cortem as cabeças.” Nada contra o letra C ali em específico. Ela só tinha encontrado com Hopps o suficiente num único dia para não precisar vê-los pelos próximos dois meses. E ela tinha ido até os jardins da Academia atrás do gato Cheshire como correspondente, porque Iracebeth queria alguma receita antiga que ele tinha da época dos dois em Copas. O que não precisava era que alguém do Novo País das Maravilhas pensasse que Effie estava de complô com o gato ou algo pior. O problema era que procurara o infeliz por todos os cantos do jardim e, até agora, não tivera sucesso. “Você não viu o gato por aí, viu?” Perguntou para o Hopps depois de alguns bons segundos em silêncio, torcendo os lábios como se pensasse ao esquadrinhar os arredores. “Preciso falar com ele, mas acho que está se escondendo de mim.” Elevou o tom de voz, tendo quase certeza que Cheshire estava invisível em algum galho de árvore rindo dela.

depois do dia em que havia ficado responsável pela relojoaria, sozinho, havia recebido alguns pedidos personalizados referente aos relógios que havia vendido — precisava desenhar em pelo menos três deles e sempre escolhia ambientes abertos para a atividade pois, ainda que estivesse acostumado, o cheiro da tinta o fazia espirrar. estava com os fones de ouvido encaixados nas orelhas, alguns pincéis espalhados pelo chão junto às pequenas embalagens de tinta e pretendia continuar centrado no que estava fazendo se não notasse uma aproximação, fazendo questão de tentar interromper os passos da mulher com as mãos antes que ela acabasse passando por cima de seu material sem perceber — ou até mesmo por cima de si, visto que também estava sentado no chão. “ já pode começar com os gritos então porque andar pelos corredores é pedir pra ver hopps espalhados. “ um som nasal, similar a uma risada, escapou ao findar da frase. estava pronto para voltar ao que fazia se não fosse a pergunta que se sucedeu, fazendo com que o terceiro hopps negativasse com o rosto e finalmente afastasse um dos lados do fone. a verdade é que estava tão concentrado que não percebeu nada ao redor além de effie. “ aqui é o primeiro lugar onde você veio procurar? já tentou o salão principal ou a ala hospitalar? “ ergueu a destra para que pudesse bloquear a luz do sol e finalmente observar a companhia. “ foram os últimos lugares que o vi. “

[caelzn]

vivisnoball.

A mãe tinha enviado alguns doces para Vivienne comer, o que com certeza tinha deixado a jovem feliz. Uma sacola cheia de diferentes guloseimas e tão coloridas! A mais nova dos Snoball adorava ser mimada e lembrada pelos pais, muitas vezes vindo com pequenos presentes. Tinha acabado de comer um pedaço de um bolinho de mirtilo quando percebeu a presença do outro, próximo a si no refeitório, que encontrava-se vazio. “Olha, eu até ofereceria um pouco do meu, mas acontece que estou doente, sabe? E não sei até que ponto isso é transmissível, então não acho que seja de bom tom ficar dando comidas e bebidas para os outros que tiveram contato com gotículas de saliva minha.” A verdade é que não estava muito afim de dividir, mesmo que soubesse que fosse um tanto egoísta da sua parte. Não era uma mentira por completo, afinal estava mesmo doente, mas tinha quase certeza que não transmissível. “Mas, se quiser, eu tenho mais aqui na sacola!” Por favor, não aceite.

(( starter for @caelzn·· ))

era comum que caelan fosse visto com um livro em mãos — estava sempre lendo alguma coisa diferente e, depois de todo o alvoroço no jardim da ordem, não era uma grande surpresa que estivesse procurando alguma referência do que era aquele desenho que apareceu na parede. precisava de respostas, nem que fossem mínimas, para continuar vivendo sua vida em paz. “ mhm? “ murmurou logo que ouviu a voz da mulher que dividia a mesa consigo, despertando do transe que as folhas lhe proporcionavam. se fosse ser sincero, não havia notado a presença da outra até aquele momento, então não era como se esperasse que ela dividisse seja lá o que tivesse comendo. “ não precisa me oferecer, não estou com fome. mas bom apetite. “ o sorriso social se fez presente ao findar da frase e até pensou em voltar a ler, mas com a quantidade de palavras despejadas sobre si, precisou pensar duas vezes. talvez ela quisesse algum tipo de companhia. “ o que você tem, aliás? disse estar doente. tem se cuidado? “

[caelzn]

firsthopps, fifthopps, upaupadogugu, secondhopps​, 7thopps​ & slcwmo​.

(  ✉️ FROM ALISTAIR TO ALL HOPPS  🐇 🕗  ): e por que eu preciso saber disso Dasha?

(  ✉️ FROM ALISTAIR TO ALL HOPPS  🐇 🕗  ): acho que devemos chamar ele de Sr. Hopps, o que vai ser esquesito, devo confessar

(  ✉️ FROM ALISTAIR TO ALL HOPPS  🐇 🕗  ): ah, pera, ele vai dar aula pro modulo II, quem esta no modulo dois?

(  ✉️ FROM ALISTAIR TO ALL HOPPS  🐇 🕗  ): como assim Hugo? quem você chamou de pai?

(  ✉️ FROM ALISTAIR TO ALL HOPPS  🐇 🕗  ): e você esta dormindo as cinco da tarde Zeki?

(     caelan e. hopps.     →     group chat.    )   :  perco meu celular por alguns dias e 27 novas mensagens aparecem. tinha esquecido do quanto vocês gostavam de digitar.

(     caelan e. hopps.     →     group chat.    )   :  1. passei os últimos dias na academia tentando entender como aqueles aparelhos funcionam. 2. machuquei a perna testando um deles, mas nada grave, então estou bem. 3. não sabia, mas me senti traído por ouvir de terceiros ao invés de ouvir dele. era uma tentativa de surpresa quando entrássemos nas salas? porque funcionou.

(     caelan e. hopps.     →     group chat, em resposta à ezekiel.    )   :  também se machucou, e? que tristeza, hoje é o dia. que pare só em nós dois.

(     caelan e. hopps.     →     group chat, em resposta à alistar.    )   :  e ele só vai dar aula pro módulo dois mesmo? tinha esperança de que dividiria esse fardo com todos vocês...

[caelzn]

é praticamente unânime: todas as pessoas que são próximas de caelan, tentam marcar encontros para o rapaz ou pelo menos fazer com que ele se interesse por alguém, nem que seja uma vez. não esconde que nunca se apaixonou e, apesar de contraditório por estar no aplicativo, não faz questão de interagir romanticamente com as pessoas — esse é o motivo pelo qual seu finder é composto por pessoas com quem ele deseja conversar. não é do tipo que dá em cima de ninguém e muito menos pretende se encontrar depois de uma hora de conversa, mas não descarta a possibilidade num futuro caso a interação flua. no fim, o bate papo é mais importante que qualquer outra coisa.

ooc info: a sexualidade é indefinida porque caelan não faz questão de rótulos, mas se tivesse que se definir, seria demissexual e biromântico. caso queira alguma interação baseando em matchs no aplicativo, só responder o post com algum emoji.

[caelzn]

AT 05:23 PM.

(     caelan e. hopps.     →     lumine la bouff.    )   :  boa tarde, lumine.

(     caelan e. hopps.     →     lumine la bouff.   )   :   por acaso a minha irmã estaria com você? ginevra disse que me ajudaria na loja há umas horas e até agora não apareceu. se tiver notícias ou conseguir falar com ela antes de mim, poderia dar o recado? por favor e obrigado.

@ilumenada​ .

[caelzn]

quando:  na  manhã  seguinte  ao  primeiro  sinal.

onde:  em  frente  a  relojoaria  e  joalheria  white  rabbit.

a placa de cor verde pendurada na pequena porta de madeira indicava que o estabelecimento estava funcionando — não só isso, o rock em volume ambiente nos auto falantes também. caelan tinha completa ciência de que o gênero musical destoava do ambiente, o problema era que se recusava a limpar e organizar a loja ouvindo música clássica. até gostava de alguns instrumentos, sabia tocar outros, mas tinha certeza que enlouqueceria se o som de violino tão amado pelo pai ecoasse nos ouvidos pelo restante da manhã. por sorte, era apenas o terceiro hopps que estava tomando conta do espaço depois de todo o alvoroço da noite anterior, pois, após uma longa conversa, conseguiu convencer o genitor de que deveria descansar. e era esse o motivo pelo qual estava limpando a vitrine frontal, que logo receberia as melhores peças do local para exibição. “ pelas lebres! “ quando precisou se movimentar e acabou esbarrando em alguém por acidente, o exclamar foi sua primeira reação. não esperava ter companhia, não tão cedo. “ desculpa. estava só passando ou pretende entrar? “

bônus:   responda  com  🐰  para  um  sms  com  o  caelan  ou  🐲  para  um  sms  com  a  birgit.  (  válido  pra  3  personagens  cada  um  )

[caelzn]

@caelzn @kikisoul​

[caelzn]

slcwmo.

Estava abraçando o corpo. Em situações de estresse, ela sempre procurava o seu gêmeo. Tê-lo por perto, ter que cuidar dele, acabava a acalmando, por mais irônico que isso podia ser. Então ter o toque do mais velho logo acima dela, na verdade, fez foi com que a faceta corajosa que ela estava se forçando a ter desmoronasse. — Caelan! — desacelerou algumas pessoas ao seu redor para que o irmão conseguisse se aproximar mais rápido. — Caelan, I-I do not know where Ezekiel is — confessou se aproximando do irmão, precisava disso, de um abraço. De alguém que confiasse para trazê-la de volta a terra. — Eu vi a Bellrose, e a Ginny. Acho que estão bem. Papai deve estar procurando os outros, mas… coisa de gêmeo, eu sei, parece loucura, mas eu estou bem, juro, não aconteceu nada. 

não demorou a envolvê-la em um abraço, confortável o suficiente para trazer alguma confiança para a mais nova. estavam lidando com o incerto, em especial depois do símbolo desconhecido estampado nas paredes, mas tinha certeza que ficariam bem. se estivessem juntos, tudo ficaria bem. “ nós vamos achá-lo, prometo. “ ao ouvir o nome da mais velha, parte da tensão que caelan trazia consigo sob os ombros se aliviou. ainda não a tinha visto, porém lhe acalmava o coração saber que bellrose estava segura também. ao fim, faltava apenas o paradeiro de dois. “ sim, encontrei com boa parte dos nossos irmãos antes de achar você e estão todos bem. alguns mais aflitos e atordoados que outros, mas bem. “ um pequeno sorriso tranquilizador se fez presente no canto dos lábios, porque era isso que gostaria de passar para dasha: tranquilidade. se queriam achar ezekiel, ela era a sua melhor chance e precisava da irmã calma. “ vai ser mais fácil se o procurarmos juntos, certo? pra que lado acha que ele iria? “

[caelzn]

7thopps.

ginny seguia em meio à massa desordenada de gente, tão atordoada que não conseguia prestar muita atenção no caminho que estava fazendo. o pouco de esforço que podia fazer no momento se concentrava em repassar os acontecimentos da noite mentalmente, tentando entender como o clima poderia ter mudado tão rápido e o que tudo aquilo significava. só conseguiu se acalmar um pouco quando notou o rosto de caelun em meio a multidão, indo em direção a ele com os braços já estendido para um abraço. fazia muitas piadas sobre o tamanho da família, mas adorava ter sempre um irmão mais velho a disposição e estava feliz por encontrar justamente caelun primeiro. “você viu mais alguém? foi tão rápido que eu nem entendi o que aconteceu, cae.”

por sorte, caelan a achou antes de um possível sermão ou castigo dos superiores, visto que a massa seguia contra as ordens dadas — procuravam por uma saída secundária. não deviam sair do local, a menos que fossem para seus dormitórios, não? o abraço se manteve, assim poderia tentar passar algum conforto e segurança para a irmã que parecia atordoada. não a culpava, também não entendia muito bem o que estava acontecendo. “ eu encontrei com o a e com o h antes de achar você. h está em um lugar seguro e o a continua procurando os outros. “ assentiu, um tom confiante na voz pois estava certo que os encontrariam. ainda que a situação não fosse a ideal e tivessem lidando com o incerto, caelan ficava aliviado em saber que logo os irmãos estariam todos seguros. “ posso te levar pra onde deixei o h, se quiser. é menos barulhento, menos cheio e, sinceramente, vai me deixar mais tranquilo do que você aqui no meio do caos. “

[caelzn]

upaupadogugu.

Quando tudo começou, Hugo até viu alguém ser expurgado de dentro das portas. Eram muitas informações, gritos e sangue. A própria Excalibur rachando. Na realidade, a última, mesmo vendo com os próprios olhos, ele não acreditava. Não conseguia assimilar tudo, os pedaços não se encaixavam e Hugo esperava mesmo que alguém o explicasse. Estava tudo bem acusar assim um aluno que fez o um pedido incentivado pelo rei? Estava assustado porque não compreendia o que tinha levado àquilo e, sobretudo, porque alguém entre eles estava sendo levado para o Isolamento. Quando seus olhos cruzaram finalmente com alguém conhecido, Hugo os arregalou. Se aproximou de um de seus irmãos mais velhos, buscando em volta dele para ver se ele trazia os outros. “Eu tô.” Reproduziu o tom dele, falando igualmente baixo. “O clarão prejudicou alguém? Minha visão é boa, Cay.” Passou as mãos nos olhos, mais para reafirmar o que tinha dito e lidar com o nervosismo que o fazia se mover sozinho. “Você tá bem? Quer dizer, onde você tava? Era muito perto? Você… Cay, que merda tá acontecendo?” Sussurou com o cenho franzido, finalmente demonstrando toda a sua insegurança quanto ao estar completamente perdido entre acontecimentos e frases estranhas — tudo completamente assustador. Por mais que agora estivesse focado na expressão do irmão, tranquilizando-o, Hugo sabia das paredes de sangue e as pessoas perdendo a compostura. Respirou fundo, assentindo com um movimento de cabeça aquela afirmação que acreditava fielmente: estaria tudo bem, se estivessem juntos. “Tudo bem, então. Não tem como piorar, né?”

continuava interpretando o papel de figura modelo mesmo que seus olhos estivessem ardendo, parcialmente embaçados, ainda em decorrência ao clarão. porém quando o mais novo perguntou se a luz forte havia prejudicado alguém, caelan optou por não mentir. não mentiria para seus irmãos, não mentiria para a família. “ eu estava com os olhos abertos quando o clarão aconteceu, a recuperação da vista tá sendo meio lenta. “ a breve risada nasal saiu derrotada, mas preferiu focar na parte boa da situação: dois dos sete irmãos estavam seguros. agora só precisava continuar a procurar pelos outros e se certificar de que também estavam bem ou não iria conseguir descansar — se conhecia o suficiente para saber disso. “ mais próximo do que gostaria, sim. mas não consegui ver muita coisa. “ a frustração era óbvia, pois sem saber o que estava acontecendo ficava difícil descobrir o que poderiam fazer para melhorar a situação. “ a disse que a espada está rachada e que o pedido do garoto deve ter sido poderoso. “ compartilhou a informação vinda do irmão mais velho, assentindo com o rosto frente a pergunta que se sucedeu e passando um dos braços ao redor dos ombros alheios antes de começar a caminhar. “ não sei como poderia ser pior que isso, então vamos só procurar um lugar seguro antes da possibilidade de descobrir. “

[caelzn]

firsthopps.

A confusão que se instalou no salão foi imediata assim que o clarão de luz cegou boa parte dos presentes e então o som de explosão fazendo com que o mais velho dos Hopps ouvisse um ruído baixos em seus ouvidos por alguns segundos antes de se recuperar e passar os olhos pela multidão em busca dos irmãos. Avistou o pai um pouco ao longe, mas não teria tempo de aproximar-se e buscar informações, foi abordado por Caelan e um certo alívio apoderou-se dele ao perceber que o irmão estava bem, ainda faltavam sete irmãos para verificar, mas saber que um deles se encontrava em segurança já o deixava mais tranquilo. “Eu não consegui enxergar nada.” Admitiu, levando os dedos aos ouvidos e procurando mexer nos mesmos para que sua audição voltasse, pois a voz de Caelan parecia longe e baixa. “Mas parece que a espada está rachada, seja lá o que o garoto pediu deve ter sido algo muito poderoso.” Explicou, então ignorando a parte sobre a espada e voltando-se para o mais novo. “Você está bem?”

escutava com atenção toda a explicação, mas não mantinha os olhos no irmão porque estava ocupado demais procurando visualmente tanto pelo pai quanto pelo restante da família — ainda com certa dificuldade, a visão voltava em uma lentidão a contragosto. “ eu também não, “ suspirou, começando pelo começo. talvez se fosse menos curioso, teria fechado os olhos quando o clarão se fez presente e a vista não tivesse sido danificada daquele jeito. “ só ouvi alguns gritos, como se algumas pessoas tivessem previsto esse caos. será que é possível? “ quando o viu manipular as orelhas, cogitou a ideia de que o barulho poderia tê-lo prejudicado e foi só então que caelan se lembrou que o outro não era invencível. era quem geralmente cuidava de todos, se preocupava com todos, mas ainda era vulnerável. “ você está bem? “ espelhou a pergunta, antes mesmo de respondê-la, porém não demorou a assentir com o rosto. sabia que seria questionado novamente se não o respondesse. “ preocupado com os outros e com a vista meio ruim, mas tudo sob controle. “ 

[caelzn]

kikisoul.

Quando ouviu a fala dele, chamando-a de criança mimada, Kiki parou imediatamente tudo que estava fazendo e franziu o cenho, chocada com o que ele havia falado. Apesar de ouvir isso ocasionalmente, nunca vinha naquele tom - como um sermão e não uma provocação. Franziu o cenho em silêncio, apertando a própria barriga pela dor do enjoo. “EU NÃO ESTOU M-“ a bronca foi seguida de pedidos para que ela parasse de gritar e, quando ele segurou seu pulso, a Soul realmente parou de gritar, apenas mantendo o rosto fechado. Seus olhos, ainda que marejados, se fixaram aos do rapaz, encarando-o em silêncio. Sentiu os próprios dedos serem pousados sobre o peito dele, podia sentir ele respirando. Pensou em responder que não estava reclamando ou esperneando, que apenas estava com dor! Mas pela primeira vez, Kiki quis ficar em silêncio e apenas escuta-lo, então nem respondeu, apenas balançou a cabeça positivamente, concordando com o que ele pedia. Fechou os olhos por um segundo, e começou a copiar o ritmo da respiração alheia. Ela não era boa naquilo - manter a calma e controlar o que estava sentindo. Podia ser manipuladora em momentos de estratégia, mas quando a emoção passava por cima de si, ela apenas tinha vontade de gritar e chorar. Abriu os olhos mais uma vez, sustentando o olhar alheio por alguns segundos, antes de sentir o estômago revirar mais uma vez - o que fez ela apertar o rosto todo. Assentiu, ao ser perguntada. Queria vomitar. E por isso moveu o rosto mais uma vez, sentindo ele segurar seus cabelos novamente. O ar em sua nuca fazia com que se sentisse menos quente - estava suando frio por conta da ânsia que sentia. Detestava se sentir assim, detestava. E detestava ainda mais que estivesse precisando de ajuda de alguém que mal conhecia. “Desculpa” ela murmurou - algo raro! Kiki Soul não era de se desculpar por nada, mas já estava em uma posição de merda, não era? Ao menos era bom saber que não estava completamente sozinha. Continuava seguindo o ritmo da respiração que ele demonstrara anteriormente e foi assentindo, com a cabeça baixa. A vergonha já estava ali, não adiantava tentar ser menos pior. “Será que você pode não olhar?” Ela pediu, em uma voz mais baixa do que planejava, apertando a barriga de novo. Era questão de segundos, logo acabaria vomitando.

o silêncio que recebeu foi surpreendente. tentava não deixar muito óbvio na expressão, mas estava aliviado por perceber que kiki o escutava — finalmente poderia oferecer algum tipo de conforto e resolução pra toda aquela situação vulnerável que a mais nova se encontrava. continuava não apenas segurando os fios alheios como também respirando um pouco mais alto, assim poderia auxiliá-la no processo mesmo que a mão já não estivesse mais sobre o peito. “ tudo bem, é um momento de estresse. coisas assim acontecem. “ sequer sabia o porquê ela estava se desculpando, porém aceitou de pronto a palavra que, apesar de singela, tinha um peso absurdo ao hopps que até ali só tentou ajudar. não ser próximo da mulher não fazia com que se importasse menos com ela — pelo contrário, apenas queria vê-la bem novamente. e foi por isso que, quando o questionamento veio, desviou o olhar no mesmo momento. não tinha porque postergar o pedido. “ não estou olhando. “ afirmou num murmuro para que ela tivesse certeza, ainda agachado na mesma altura do corpo menor. não demorava até que kiki de fato vomitasse e caelan não se importava em esperar, fazendo questão de proteger os fios que segurava, em silêncio. apenas voltou a procurar pelo rosto alheio quando percebeu que a ânsia não se repetia há alguns segundos: “ você está bem? “ os dedos se desvencilhavam, mas antes de se afastarem completamente, permitiu que uma pequena mecha negra fosse colocada atrás da orelha da soul. a intenção era conseguir continuar observando-a. “ consegue levantar? podemos pegar um copo de água e respirar em um lugar mais aberto do que… bem… o banheiro. “

[caelzn]

fifthopps.

‘ —— Claro que não! Mas se, sem querer, eu pensar em um vulcão e a porta nos levar lá?’ apontou, erguendo as sobrancelhas. ‘ —— Eu só queria uma praia legal, mas e se eu pensar em cobras sem querer e acabarmos em uma ilha disso?’ tantas possibilidades que não sabia bem se conseguia controlar! Tudo o que podia torcer era para que Caelan estivesse certo, as portas eram seguras. Mas, como um bom Hopps, não conseguia deixar de imaginar todos os cenários possíveis, incluindo os que poderiam acabar em desastres. ‘ —— E eu sei sim, mas shh, se você não contar, eu também não conto o que fizemos.’ murmurou, inclinando-se na direção alheia para ter mais privacidade ao fazer a pequena promessa. O pai estava no mesmo local que eles mas certamente conversava com os outros mais velhos, Ezekiel se manteria longe dele a noite inteira para não acabar ganhando abraços duradouros demais. ‘ —— Ele não vai notar que a gente sumiu, daqui que ele conte quantos têm, dá tempo de voltarmos.’ sorriu de maneira travessa. Podia já ter mais de vinte anos, mas não podia negar que seguir as ordens dos pais ainda era algo muito real para si. Ambos tinham a mesma altura então não foi nada desconfortável passar o braço por cima dos ombros do irmão enquanto fechava os olhos e imaginava uma das praias que viu em um livro sobre o mundo sem magia. As areias branquinhas, a água clarinha, sem pessoas por perto… o sol brilhando em um céu sem nuvens, sim, era isso que queria, nem que fosse só meia horinha. Ao esticar a mão para abrir a porta escolhida, Ezekiel soltou um risinho divertido e encantado ao ver que tinha, aparentemente, dado certo.‘ —— Isso é… uau, é incrível. Será que o Gugu vai conseguir criar portais para o mundo sem magia quando ele estiver mais experiente? A gente precisa demais de todo mundo num lugar assim!’ chutando rapidamente os sapatos para deixar no cantinho da porta ali no jardim, Zeki passou pela porta, seu pé direito já encostando na areia quentinha, tão deliciosa a sensação como tinha imaginado.

o exemplo do outro fez com que uma pequena risada nasal se fizesse presente porque mesmo que não houvesse uma real intenção, mencionar um vulcão havia sido algo bem específico. “ então o que nos resta é esperar que a mente não nos sabote. “ e ainda que ainda soasse como brincadeira, falava sério. no fim, não sabia até onde poderiam se considerar seguros, mas isso nunca faria com que o terceiro hopps rejeitasse uma aventura. pelo contrário. “ ele tá tão entretido com o senhor hiccup que duvido muito sequer olhar pra gente agora. “ com certeza aquele era o benefício de ter muitos irmãos. o pai confiava tanto que os mais velhos cuidariam dos mais novos que parecia tranquilo ao que faziam ou deixavam de fazer — resultando em uma possibilidade perfeita pra desastre. quando a promessa foi proposta, caelan prontamente a acatou e envolveu, de lado mesmo, a cintura do irmão em um abraço. “ e lá vamos nós. “ murmurou assim que percebeu a concentração do outro. estava acontecendo, afinal. iriam mesmo pra algum lugar e, naquele momento, nada poderia ser mais empolgante. acompanhou todo o processo com os olhos bem abertos, talvez por isso não tivesse conseguido esconder a cara de espanto quando a porta foi aberta e uma brisa quente alcançou o rosto. “ e, a gente tá em uma praia! “ exclamava tanto para avisá-lo, apesar de saber que ele também via, quanto para tornar real para si. os sapatos já estavam fora do corpo há alguns minutos porque fazia questão de ser o primeiro a tocar aquela nova realidade — caso alguma coisa desse errado, não deixaria que o irmão adentrasse. mas no fim, tudo o que tinha era a sensação paradisíaca de estar perto do mar. “ não sabia que sua imaginação criava lugares tão detalhados. aqui existe de verdade? onde estamos? “ claro que a curiosidade falaria mais alto, junto com toda aquela euforia. “ daqui a alguns anos, podemos pedir pra ele tentar nos trazer de volta. ainda usa o anel que proíbe de usar magia fora da academia. “ entortou os lábios em uma careta, mas logo fechou os olhos para aproveitar mais daquela brisa. não se lembrava da última vez que estava numa praia, mas tinha certeza que não esqueceria daquela sensação. “ tenho certeza que ele conseguiria criar algo assim. g tem um grande potencial. “ assentiu com o rosto, caminhando aos poucos para mais perto da água — foi quando se virou e, num tom cúmplice, propôs. “ aposta pra ver quem chega primeiro? “

[caelzn]

dominiquelefou.

“Marca alusiva as trevas…” Dominique imitou a voz de David Charming como se fosse uma criança, visivelmente irritada com a insinuação de que havia sido alguém do Castigo que fizera aquilo. “Aquele Zé Ruela não saberia o que é uma marca das trevas nem se tivesse marcada num troll dançando e cantando na frente dele.“ Cruzou os braços e franziu o cenho pensando no que havia acabado de acontecer. A rachadura na Excalibur e o sumiço de Merlin mostrava que, quem quer que fosse, sabia bem o que estava fazendo e fora esperto o suficiente pra usar um garoto do Castigo para o serviço. “Quem garante que não foi alguém da cidade de cima? Pode muito bem ter sido um dos ilustres que nunca aceitaram o rei ou a Excalibur.”

assim como revirou os olhos para o discurso vazio de david, também quis agir da mesma forma frente ao que ouvia da mulher que parecia mais velha, mas reclamava como uma criança. qual o problema daquela gente? por que sempre queriam jogar a responsabilidade pro lado contrário? não eram times e aquilo não era uma competição. “ é óbvio que ele só queria roubar a atenção, ser o herói. duvido que isso resulte em uma caça às bruxas. “ poderia acontecer, mas a probabilidade era pequena aos olhos do hopps. chegava a ser estranho perceber que agora que tinham alguém para culpar, boa parte dos legados pareciam mais tranquilos. no fim, caelan não fazia parte daquela porcentagem. ainda queria entender o que aconteceu e quem era aquele garoto. “ acha que apontar os dedos vai adiantar de alguma coisa? pra mim, só te faz igual a eles. “