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Cartas de amor para mim
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cartasdeamorparamim · 1 year ago
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Fim
Eu não sou o melhor escritor de começos, tampouco de fins. Minhas histórias são só meios, inércias, construções, continuidades. Como brotar e matar um sentimento? Qual o primeiro passo de uma relação? E o último? Só gosto dos momentos que já estão acontecendo, sem a grande dor de ter que mudar todo o cenário ou expulsar algum personagem no meio da trama.
É muito difícil falar só de mim num momento em que penso numa coisa abstrata chamada relacionamento, que invariavelmente envolve outras pessoas. Ser egoísta realmente não faz muito o meu estilo. Porém, talvez eu tenha percebido que eu não estava percorrendo uma estrada. Eu tô é batendo de cara contra um muro.
Cada nova centelha que explodia em mim, era um tijolo novo em você. Tijolo duro, rijo como um falo.
Uma vez me disseram que sou mentalmente flexível. Que me adapto bem a novas situações, novas pessoas. Acho que assim acaba sendo fácil pra me adaptar ao percurso ao longo do caminho (sempre o meio, nunca o fim, nem o começo). Por isso, nunca consegui entender como suas questões não-normativas podiam ser tão limitadoras, tão fechadas dentro de si, tão impeditivas. O que você acredita esgarça qualquer sentido de relacionamento, qualquer sentido de afeto. Você busca ser descartável para as pessoas e, no fundo, você sabe disso. Você não quer ficar, não quer escrever uma novela com ninguém. Você quer arremates, conclusões. Assim não dói, não perde nada. Eu só me enganei acreditando que não seria descartável para mim, também.
Para você, ser livre é sentir tudo por todo mundo, mas você sabe que no fim das contas isso é o mesmo que não sentir nada, né? Você sabe que você pode colecionar afetos com intensidades diferentes por pessoas diferentes. Isso não é hierarquizar, é se deixar fluir, se permitir. Isso é ser meio, é ser meada, um novelo se desenrolando enquanto a história acontece. Um novelo infinito sem um começo, sem um final, se expandindo com cada vez mais fios.
Eu não tô aqui pra te salvar de si, essa é a sua narrativa. Eu tô aqui pra estar ao lado, pra se entrelaçar, pra construir, física e emocionalmente. Tô aqui pra ser o oposto de descartável, eu tô aqui pra ser perene, ser invenção, ser um contador de aventuras.
Eu não sou o melhor escritor de começos, muito menos de fins. No entanto, hoje algo termina. Então pulo isso tudo e já vou dar andamento para minha próxima história. Não sei ainda que personagem você vai desempenhar (ou qual vai querer desempenhar). Você é bem-vindo a dar continuidade comigo nessa jornada, mas talvez de outra forma. Eu quero expandir meus horizontes, construir novos calçamentos, criar estradas, histórias. Não muros. Quero estar disponível para quem queira somar e pensar em mais meadas, mais meios.
E depois disso posto, fica o nosso epílogo: eu não vou ter um final e, por isso mesmo, este é um nosso fim.
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cartasdeamorparamim · 3 years ago
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Morangos Mofados
Ontem eu fui a uma peça. Algumas palavras são grandes e intensas demais para minha memória guardar. No entanto, alguém em algum momento (me) disse que cantar era ser uma multidão. Ou algo assim. Pelo menos é o que eu me lembro agora e se isso não foi dito é no que eu acredito.
Eu fiquei pensando em você. Acho que não tenho mais objetos contemplativos de nenhum afeto, por isso que continuo pensando em você. Um você que existe e é de verdade, mas que, também, é fruto da minha mente delirante. Fiquei pensando em todos os fios que nos ligavam e que nos puxavam um para o outro.
Hoje falei na terapia que eu me aproximo de pessoas extremamente diferentes de mim e que é um esforço hercúleo (rs) estar com elas e ter diálogos com elas. Acho que com você não era diferente, né?
Te dei uma cópia do meu livro preferido, grifei o que era importante pra mim, o que seria importante para nós. Acrescentei minhas ideias, sugestões, músicas. Você tem um livro único! Um livro do Caio, um livro meu.
Acho que você não deu muita bola pra isso, né? A minha psicóloga disse que talvez eu tenha que abrir mão de alguma coisa pra ter alguém na minha vida. Eu vou ter que escolher entre a beleza física e os gostos mais íntimos. Talvez ela não tenha dito isso, e se ela não disse é no que eu acredito agora, pelo menos.
Tava ouvindo e cantando uma música que te mandei uma vez e que você também não deu muita bola. Em que horas que devo começar a me sentir uma multidão?
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cartasdeamorparamim · 3 years ago
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Ilha
Eu queria parar de falar comigo por um tempo. Ser outra pessoa por algumas semanas. Sair de férias de mim mesmo. Ando um pouco sobrecarregado de pensamentos e sentimentos. To um pouco fatigado de ter que refletir sobre tudo e encontrar formas de expressar esse novelo de lã dentro da cabeça (e do peito). Queria que a minha mente ficasse vazia. Vazio. Quero sair da ilha que eu sou, não para poder ver a ilha, como diria Saramago, mas para simplesmente flutuar num mar sereno e imenso.
Ando sentindo vergonha de sentir tanto. Eu vivo um enorme conflito dentro de mim. Como é possível ser uma pessoa racional e metódica e ao mesmo tempo ter esse poço que transborda de sentimentos que não fazem sentido?
Tenho medos. E tenho medo de admitir esses medos. Tenho vergonha de sequer pensar neles. Como me deixei chegar a esse ponto? Eu tenho medo de não te ver mais. Tenho medo de você começar a namorar e nosso contato diminuir. Tenho medo de você começar a namorar e não querer mais vir a São Paulo.
Também tenho vergonha das expectativas que crio, mesmo sem querer criar. Me forço a não pensar nisso, a não pensar nelas. No entanto essas expectativas espreitam o canto da minha mente, como monstros dentro de um armário esperando o momento certo para me atacar.
Talvez você leia isso, acho que vou te mandar o texto. Apesar de tudo eu gosto desse rompante de extrema franqueza que eu sinto com você agora. É engraçado como você me conhece mais agora que quando a gente de fato ficava.
Então já que você vai ler, eu queria pedir desculpas (e você vai pensar algo como "para de pedir desculpas, garoto"). Somando a todas às vergonhas, tem mais uma, a de ontem. Não me orgulho do meu comportamento. Não sei o que seu boy pensou de mim, mas devia ter tratado ele melhor. Se ele é importante pra você, quero que ele goste de mim também. Eu realmente quero atingir o objetivo que te falei da praia, ou do carnaval, ou de qualquer outra viagem. Foi a primeira vez, então talvez a minha reação não foi a melhor, mas prometo que com mais vezes eu acostumo.
Algumas pessoas me questionam o porquê de não me afastar de você. Eu não tenho essa resposta, ou talvez seja a resposta mais simples de todas "porque eu não quero". Eu não sei como você vai interpretar isso, mas a sua companhia é como um vício. Uma vontade de estar perto, se longe. Ou estar mais perto, se perto. Como diria Vinicius de Moraes.
Meu último medo é que essa extrema franqueza do texto faça você decidir se afastar de mim ou que me ache exagerado ou doido. Tenho vivido um processo muito intenso de autoconhecimento e você faz parte dele e gostaria que continuasse fazendo. Quero poder compartilhar os avanços, mas também minhas imperfeições. Já que eu não posso sair da minha ilha e flutuar pelo oceano em paz, que você seja meus olhos para que eu me veja fora de mim.
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cartasdeamorparamim · 3 years ago
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Incômodo
Eu não gosto muito de mim mesmo. Por isso que acho que tudo o que eu faço ou falo incomoda as pessoas. Por isso que às vezes eu quase forço as pessoas a não gostarem de mim também, sendo desagradável ou duvidando delas. Por um momento eu até acreditei em você e me senti bonito e gostoso...
É mais fácil eu gostar dos outros do que de mim, mas no fundo eu entendo elas não gostarem de mim de volta (por que elas fariam isso, né?)
Mas agora eu não sei o que fazer com esse sentimento. Não sei onde eu coloco ele. Queria poder arrancar do meu peito e guardar numa caixa de sapato, mas acho que ele é maior. Grande demais pra caixas de papelão, grande demais pra esse quarto, pra esse apartamento...
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cartasdeamorparamim · 3 years ago
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O grito
Eu to escrevendo de novo, né? Você sabe que a última vez que escrevia com essa frequência ou com esse ardor todo é porque você estava mal, né? Sozinho, sem amigos, apenas com um sonho. Esse era seu grito por liberdade, eu me lembro bem. Engraçado que naquela época você não tinha nada, apenas esse coração enorme sangrando. Hoje pelo que você chora? Por que ousas chorar se você tem tudo o que queria quando era adolescente? Como ousas?!
Você realmente nunca consegue o que quer, porque você não sabe o que é isso. Achou que ir pra São Paulo te salvaria de uma apatia como vida. Achou que conseguir um emprego e ter dinheiro seria a solução pra tudo. Sua casa ainda tá vazia, sua cama ainda cheia de travesseiros e vazia de calores. Você acha que tem tudo, mas na verdade não tem o essencial.
Algo de realmente errado acontece aí nessa cabeça, nesse coração.
May I propose a little toast? For all the ones who hurt the most For all the friends that we have lost Let’s give them one more round of applause
Quantos já foram agora? Os amigos da escola? Da faculdade? Você ainda fala com algum amigo de Vitória? Quantos já perdeu aqui em São Paulo? O Marcelo, o Pedro, o Jorge, o Gustavo, o Leo, o João. Você chegou até a ficar um tempo sem falar com o Marllon, né?
O que há de errado com você? Porque você se afasta das pessoas? Você poderia fazer mais, sabia? Ser mais, mais legal, mais interessante, mais inteligente, mais bonito, mais gostoso. É por isso que ninguém te quer, você sabe, né? Ninguém quer ser seu amigo, ninguém quer ser seu namorado, ninguém te ama.
Ninguém te ama.
Ninguém.
Esse é o seu fim, sozinho. Sua única companhia, um cachorro. Uma companhia comprada.
E aí, o que você vai fazer além de ficar aí bebendo vinho e fumando esse baseado? Vai ficar nesse sofá sentindo pena de você mesmo? É isso que você sempre faz, né? E depois fica aí botando a culpa nos outros. Os outros que foram escrotos, cruéis. Eles que se afastaram. Mas eles estão vivendo, saindo, sendo felizes. E você aí sozinho.
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cartasdeamorparamim · 3 years ago
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Carta de amor para mim
Talvez escrever seja realmente minha salvação. Volto reflexivo de onde um dia foi minha casa para de fato o lugar de onde nunca deveria ter saído.
As escolhas de minha vida me trouxeram até aqui, esse espaço presente que o eu do passado tanto sonhou. Sem saber que somente as mudanças de mala, cuia e cachorro não bastam para afastar de vez os demônios.
Eu aprendi, confesso. Amadureci também. Afinal foram mais de 15 anos nesse partir e voltar. Aprendi que a gente se abre, se rasga, se mostra vulnerável. Não com a finalidade de de ter sentimentos correspondidos. Isso só gera angústia e ansiedade. Mas sim para que os outros também se rasguem, se abram, sejam vulneráveis. Essa é a maior beleza das coisas. A troca.
Quero a vulnerabilidade alheia, mesmo que traga tristeza. Esse sentimento não é novo pra mim e consigo lidar com ele. Relações podem ser estruturadas e criadas em torno dele. Eu não quero é a dissimulação, que queiram algo e não digam com medo do sofrimento.
Não fujo do sofrimento, fujo da angústia de não saber o que esperam de mim.
Uma doação limitada a uma gratidão à altura.
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cartasdeamorparamim · 3 years ago
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Carta de amor para P.
P,
Hoje é quinta-feira, 19 de novembro. Eu estou escrevendo esse texto dias antes de te enviar. (Você acabou de me mandar a mensagem da TAG no whatsapp, inclusive). Não queria atrapalhar o seu final de semana ou te deixar mal durante a estadia do J. Não que eu ache que eu tenha esse poder de te deixar mal…
Viver no futuro do futuro foi a forma que o eu adolescente encontrou pra sobreviver. Eu não tinha amigos na escola, não fazia muita coisa além de estudar e meu escape sempre foi a leitura. Vivia muito infeliz e sozinho, fechado no meu mundo sem conseguir compartilhar o que sentia com ninguém. Não tinha grandes expectativas de acontecimentos ou conquistas durante o meu presente na época. Com os livros eu podia sonhar com a minha vida. Sonhar com a casa que eu queria ter, sonhar com amigos, sonhar com um emprego que me desse independência, sonhar com uma cidade repleta de oportunidades e sonhar em estar casado e ter alguém que fosse de fato um companheiro pra eu poder compartilhar todos esses sonhos.
Esse menino cresceu, amadureceu e aos poucos foi conquistando o que sonhava. Passei por muitos percalços ao longo dos anos. Fui feliz, amei e fui amado, me decepcionei, estive triste. Toda uma gama de sentimentos que eram novos e talvez não tenha aprendido a sentir direito (ou a compartilhar). Mas de qualquer forma, eu vivia a minha vida, minha rotina, vivia o meu relacionamento com o meu apartamento e com a cidade de São Paulo. Vivia o meu presente de forma plena, sem muito espaço para futuros. Em um mundo cheio de urgências e estímulos, alguns sonhos ficaram embaçados, meio nebulosos.
Esse ano não foi e não está sendo um ano fácil, por mais que as coisas estejam diferentes agora em novembro do que estavam em março, ainda não existe uma previsão para o término desse pesadelo. Eu parei de viver o meu presente, pois ele era difícil de encarar, ainda mais sozinho e triste, como eu me encontrava novamente. O eu adolescente que sonhava com futuros idílicos retornou mais uma vez para me dar resiliência, para me fazer sobreviver. Aguentei. Aguentei 8 meses sonhando com todas as possibilidades que eu teria em algum momento vindouro. O tal futuro distante que só aconteceria após outro futuro, o do fim desse caos. Todos os meus planos, todos os nossos planos. Pois no futuro do futuro, não éramos duas pessoas tentando lidar com a pandemia, éramos um casal que cozinhava juntos, jogava vídeo game, ia a shows e festas, exposições, filmes e viagens.
Eu não percebia que viver nesse futuro perfeito era um mecanismo só meu para suportar o presente. A vida ainda acontecia enquanto eu estava nesse caminho de morte. O presente ainda existia e o tempo ainda passava para todos. E dessa forma, todo esse castelo de sonhos começou a ruir no dia em que me falou que ia acampar com o J. Foram tantos sentimentos que entrei num grande vórtice de tristeza. O futuro do futuro, esse tempo verbal que eu inventei e onde eu estava vivendo, não existia mais. Eu estava com inveja porque as pessoas ainda viviam o presente. Eu estava com ciúmes porque eu queria estar com você da forma como o J. estava. Eu estava triste porque eu continuava em casa sozinho. Eu estava desamparado porque não tinha mais um sonho que servisse de suporte nesse presente de não-vida.
Desde então, eu tenho caminhado para viver no presente. O que eu posso fazer agora? Não é a vida que eu tinha ou a que eu quero ter, mas é a vida possível. Agora. Presente. É doloroso encarar o momento atual, mas é necessário. E isso inclui tudo, a cidade, meus amigos, minhas necessidades, você…
Eu errei em não compartilhar o que sentia desde o começo, mas pra uma pessoa sozinha, dividir o que se passa dentro da cabeça é um conceito estranho. Banquei a decisão de continuarmos amigos, deixar as coisas como eram antes. Sem saber que o que era antes era a submissão a um futuro relacionamento amoroso que já sei que não vai acontecer. Manter as coisas como eram antes é eu continuar sofrendo no presente, é continuar esperando que você me trate como trata o J. Que a gente vá acampar juntos, que você me chame pra sua casa. É tentar simular o mesmo afeto repetindo atividades que você fazem, assistindo filmes à distância. Eu não estou me relacionando com uma pessoa, eu estou me relacionando com uma possibilidade de futuro que eu sei que não vai se concretizar.
Pensei em deixar as coisas acontecerem até você voltar pra São Paulo. Que quando você estivesse aqui poderíamos ter os nossos momentos juntos também. Mas eu não aguento mais viver no futuro. Eu preciso abrir espaço para amar e ser amado no presente. Eu preciso de realidade, preciso do concreto, preciso do agora.
Eu fico triste de imaginar não ter mais você para conversar. Apesar de tudo, você foi importante para que eu suportasse a pandemia. Você parece de fato se importar comigo, se importar com os detalhes da minha vida e parece gostar de mim como amigo. Mas eu preciso de mais, preciso que as minhas necessidade sejam preenchidas e preciso que o espaço que você ocupa hoje esteja vago para que alguém que tenha interesse em preenche-las surja.
Me afastar de você levará tempo, exigirá um esforço consciente e será desconfortável. Mas como diz Clarice Lispector, “é que se deve viver apesar de”. Ficarei bem. Não foi a primeira vez que passo por isso, nem será a última. É o ciclo da vida, amar e desamar. No fim, não estou tão sozinho como acreditava. Tenho amigos que estão comigo e me dão todo o carinho do mundo.
Eu te amei durante esse tempo, te amo agora e talvez jamais deixe de fazê-lo. Acredite. Essas palavras jamais sairiam de forma leviana da minha boca ou dos meus dedos. Porém, necessito dessa confissão para me expurgar desse sentimento. Agora ele não é só meu, é um presente de despedida que deixo com você: foi amado. Independente de definições, conceitos, dogmas e filosofias: foi amado.
Eu não vou te bloquear, nem te dar unfollow. Não quero nem te silenciar nas redes sociais. Se você quiser, tudo bem, eu vou entender também. Eu pretendo ficar na minha, mas se você vier falar comigo ou tiver algo importante pra desabafar, eu vou conversar. Quando estiver em São Paulo e quiser me avisar ou me ver ou só conversar, pode me falar também. Se quiser, claro. Não sei quanto tempo esse tempo que eu preciso vai durar. Eu só necessito da sua ausência para que eu encontre o que me falta. “Essa ferida, meu bem, / às vezes não sara nunca / às vezes sara amanhã”.
Quem sabe no futuro concreto e sem sonhos a gente se encontre e você possa ser o que eu necessito e eu possa ser o que você necessita. Até lá, eu só saberia terminar com mais esses versos de Drummond:
“[…]
Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa ingratidão, e na concha vazia do amor a procura medrosa, paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita”.
(Ou talvez trocar pra esses versos de Vinicius de Moraes:
“Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir”)
Do seu, F.
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