catavento-perfumado

[catavento-perfumado]

loredana instagram: @themindofmutiny

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Não faço sentido, só faço sentir.

Clara Brandão   (via construindoversos)

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Moça, quem quer ficar, fica. E fim.

Arcafismo.   (via retaliador)

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Só hoje

Poesia me, me da o afago desse mês de Março todo nessa noite de sexta pra sábado.  Me usa.  Me chupa.  Me pega no colo e me ama por completo.  Quero tudo.  Quero tu.  Nu. Nua. Pra mim.  Só pra mim.  Poesia me. Me anima, me motiva, me aperta, abraça e penetra. Me puxa jeitosamente e aperta lentamente o meu botão de orgasmos múltiplo.  Me faz rir, ressoar prazer, emitir adrenalina pelo corpo e olhar. Me ama. Me abraça. Me afaga. Aproveita, é só  por hoje.

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BORBOLETA AMARELA

Mariana, moça bonita. Encantada com a vida e sofredora de momentos. Em um dia de semana qualquer, sai para fazer compras com sua mãe toda empolgada.  Fazia tempo que ela não saía. Ao sair de casa junto da mãe, Mariana, repara em uma linda borboleta amarela que voava ao seu redor. Mariana adora borboletas. Acha lindo; magnifico; esplendoroso; Acha divino o fato delas serem lindas, dóceis, quietas, encantadoras e ao mesmo tempo terem o poder de cegar. “ -Uma borboleta só, pode cegar um homem! ”, ao menos era o que muito escutava. Mariana queria ser uma borboleta. Se possível, aquela borboleta.

Borboleta essa  que ficou para trás, de acordo ao andar dela e de sua mãe. Elas iam ao mercado comprar legumes, sua mãe planejava fazer uma belíssima salada verde, que ela tanto adorava. No caminho até o mercado, Mariana avista mais uma borboleta igual a outra,  mas não a mesma. Ela observa. Quando da por si, surge mais uma, e mais uma. Mariana estava adorando, sua mãe só a observava jorrar de felicidade, parecia uma criança ao ganhar um simples sorvete, com um sorriso enorme, amarelado, e puro.

A rua que ela andava estava lotada de borboletas, borboletas amarelas.

Lindas borboletas amarelas!

Ela encantada estava. Andava olhando para o alto,  se imaginava no lugar delas. Se imaginava sendo livre, sem regras, vivendo aqui e acolá de acordo a suas vontades. Mariana se imaginava num mundo no qual nunca poderia viver. Mariana vive em uma sociedade hipocritamente repressora que lhe adverte de tudo que ela deseja. Sua mãe, essa, só lhe deseja o bem. Mas sem estudo, não entende que o que vive não era mais pra acontecer.  A falta de reconhecimento, os maus tratos, a falta de direito sendo executado.

Mariana, contrário a mãe desejava ser livre, sabendo apenas ler e escrever o próprio nome, vivia de bicos. Mariana queria ser livre, ser diferente, ser mais, ela tinha sede de mudança, tinha sonhos. Mariana, é uma de muitas que anseia pelo reconhecimento. Filha de família pobre de espírito e de dinheiro, vive as margens da decadência. Sua mãe, dona de casa, semi analfabeta, batalhadora mas ignorante. Que ansiava pelo melhor da filha mas que não tinha como lhe proporcionar o melhor, o marido um grosseirão que lhe maltratava diariamente e abusava da filha, não permitia que as duas saíssem, estudassem, elas eram reprimidas. Mariana, queria que tudo acabasse. Queria mudança.

Mariana olhando pro alto na rua cheia de borboletas, foi morta junto da mãe  por um bêbado  que dirigia um caminhão.

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Eu quero um amor que dure o tempo que for necessário pra ser inesquecível mas que não se esqueça de mim

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Eu não tenho mais poesias em mim Nada me habita Só tenho coisas internas. É amor próprio,é sonho, é medo é o meu futuro tão sonhado e a realidade que não se decide se vai me atender ou me fazer aprender. Não sei se realmente sou poeta. Sei de fato que não sou. Tô mais pra uma cronista de meio fio, mas fazer o que. Eu não tenho poesias, poemas e amores. Eu só quero me sentir querida por outro alguém numa reciprocidade mútua. Mas isso parece a cada dia se distanciar mais.

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Cá estou eu, sozinha mas feliz

cá estou eu

a tua falta me castiga, e a tua presença me causa dor. cá estou eu, descobrindo mais uma face do amor.

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Um dia perfeito. Acordou,lanchou, sorriu, estudou, tentou. Uma delícia. Se moveu. Arrumou tudo e mais um pouco. Faltou coisas. Faltou ser arrumado o coração. Falar de coração é tão instintivo. Escreveu, cantou, dançou, se arrumou e saiu. Comeu, uma delícia de mini pizza, tentou ler. Ah, choveu. Ao menos um pouco. Umas gotinhas de água aqui e acolá. Umas mais expostas que outras. Umas natural e outras naturalmente decadente. Pior é, não existe tristeza. É só uma pequena descrição de um dia que agora está dando adeus. Tempo nublado mas ainda assim, claro. Um frio bom mas caloroso. Uma noite que de prontidão vai ser como todas as outras. Sem definição.

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Dalí lampião! Dalí traseiro grande! Dalí amor!

Vou criar o meu movimento. O movimento do meu corpo. O movimento do meu quadril Largo. O movimento da minha bunda grande e empinada que contrasta e brilha no passar das minhas coxas uma na outra ao andar. Vou criar o movimento do auto amor, Baby Eu gosto do meu traseiro É meu Eu gosto dos meus seios fartos, são meus. Gosto dos meus braços grossos e suaves, do meu cabelo afro que se contrasta com a minha descendência afro que é de origem materna. Origem materna maranhense. Eu vou criar o movimento do nariz Largo e achatado. O movimento da testa destacada, da testa de amolar facão. O movimento nordestino. O movimento do agreste. Dalí lampião. Eu vou criar o movimento dos lábios grossos e da cintura fina. Do cabelo liso e do cabelo crespo Do Branco e do Preto Do pardo com o amarelo Do queimado do Sol da ferrovia Sol a Sol com o queimado do Sol da praia do futuro. Eu vou lembrar de maneira suave e sem tanto enfoque os tantos e tantos movimentos que existem diariamente e no quão eu amo meu corpo em meio a isso tudo

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Ser gorda não é problema Eu amo meu corpo Eu me amo Mas eu não suporto mais ficar cansada por causa do excesso de peso Eu não quero morrer cedo demais Eu quero realizar pelo menos uma parcela dos meus sonhos Eu quero ser uma jornalista Eu quero ser uma engenheira Eu quero ser uma arquiteta Eu quero ser uma borboleta Uma libélula Eu quero viver mais Mas não tá fácil A sociedade me impõe o não amor O não amor que é contra mim Me dói Mas me dói Isso me descontrola Isso vai ser mudado Tantos movimentos nascem e nascem a cada dia Tantos movimentos não raciais Não homofobicos De classes ou coisa do tipo.

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Eu to desmotivada

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Uma coisa é clara:

Não quero voltar a ter transtorno alimentar ou psicológico. Isso é terrível. Ando mais ansiosa que o normal. Minhas metas estão sendo cortadas sem nem mesmo terem sido atingidas. Eu me desgasto, paro na metade, no começo, antes de tentar. Quero que isso pare. Quero que isso pare já. Mas não é fácil. Esta claro que preciso de uma ajuda interna.

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Eu saí de casa. Queria um lugar pra me refugiar. Corri pra casa de uma amiga. Quem diria… eu tenho uma amiga. Ela é mais velha. Nem sempre estamos juntas. Mas eu tenho uma amiga. Ao menos até esse instante. Pode ser que amanhã a nossa amizade não exista mais. Mas isso não importa. Por hoje, por mais esse agora. Eu tenho uma amiga. É recíproco. Eu escuto as lamúrias dela e ela as minhas. É recíproco. Ela é mais velha. É estranho. Eu nunca pensei que teria uma amiga de verdade. Eu acredito que seja uma amizade sincera. Já faz mais de um ano. É pouco. Não chega a sete, oito anos. Nem mesmo a trinta mas é uma amizade. Quem diria. Eu me refúgio aqui por essa noite.

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a poesia alimenta-se da ruína, brota do caos. e grita. desespera-se. acorda.

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O engraçado da minha vida é que as pessoas que eu mais gosto, são as que mais ficam longe. Sempre assim. Nós ficamos juntos, nos divertimos, conversamos, saimos por ai e damos boas gargalhadas. É tudo muito bem. É tudo muito maravilhoso. Fica aquele clima bom. Mas acaba. Ai, que acontece? Acontece que tudo muda. A vida segue e só ficam as lembranças boas. É escola, trabalho, faculdade, cursinho, é amizade nova, é Vip nova. É tudo. É a vida. Mas fica aquela lembrança. Lembrança essa que é tão boa mas tão boa que só de lembrar surge um calor humano, um aconchego bom. Mas fica só nisso. Ao menos até o momento de um acaso e de um bater de frente que faz olhos e coração acelerar. Num impulso de felicidade recíproco por saber que ali é tudo muito sincero mesmo que não estando tão perto, não estando dia a dia lado a lado ou coisa do tipo. Eu sinto falta de pouquíssimas pessoas. Pouquíssimas me marcaram aponto de acontecer isso. Mas bem, eu sinto. Sinto muito. Nessa noite então. Rapaz, eu to com tanta. Pode ser carência. Pode não ser. Mas o simples fato de eu sair com várias pessoas ou ficar em casa não muda o meu estado de solidão e de saudades de momentos tão bons que não vão voltar.

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Me sinto cansada e a vida parece não ajudar. Mas tudo bem. De alguma forma, lá no fundo, a gente sabe que as coisas vão dar certo. A gente só não sabe o quanto devemos suportar até lá.

Eutanasiando (via estopins)