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Dançar Até os Ossos se Sentirem Exaustos
Eu quero um Éden para testemunhar Toda a fragilidade que minha carne expõe Eu quero desembainhar minha própria indulgência E dançar até os ossos se sentirem exaustos
Marchar sob um peito prodigo Matar a vontade na língua Testemunhar o veneno súbito E dançar até os ossos se sentirem exaustos
Mascar meus hábitos até serem insossos Mascarar a dor entre as comédias profanas Intervir sarcasmos antes que inventem o deus ex machina E dançar até os ossos se sentirem exaustos
O sonho irradia perdão e eu não posso dá-lo Por uma simples questão de vaidade Espero desatar o viço da minha incompetência E dançar até os ossos se sentirem exaustos
Através do corpo, intervir pêndulos O descontrole é relativo ao vício Creio que vou beber na arcada de predadores E dançar até os ossos se sentirem exaustos
Lecionar ímpeto e calamidade ao museu Em cada fruto que viúvas ambicionam Trago a cabeça de cigarras antes do carnaval E danço até os ossos se sentirem impostores
Envolver um descontrole passivo Observar um cinema polido em demasia Adota-lo como minha família, ser seu divino maravilhoso E instrumentalizar a danse macabre em nosso engodo
Através da incursão temporal Conjurar um verbo que nós dois Selemos nossa expectativa finda E dançar abjetamente até os ossos latejarem...
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A arte destrói e mata o artista
𝑺ob a égide da musa, onde a inspiração flui, Um paradoxo se ergue, qual enigma a desvendar, A arte, essa entidade que nos consome e nos guia, É o que mata o artista, em sua própria criação. Como um rio que flui, impetuoso e sem freios, A arte nos arrasta, em sua correnteza de sonhos, Mas, ao mesmo tempo, é o abismo que nos espera, Onde o artista se perde, em sua própria quimera. A criatividade, qual fogo que arde e consome, É o que nos impulsiona, em busca da perfeição, Mas, ao alcançar o ápice, o artista se desfaz, Em um sacrifício, que é a própria arte que o mata. Assim, o artista se entrega, em holocausto divino, Às mãos da musa, que o guia e o destrói, Em um ciclo vicioso, de criação e destruição, A arte é o que mata o artista, em sua própria obsessão. Mas, mesmo assim, o artista não pode se furtar, À chamada da arte, que o seduz e o mata, Pois é na criação, que ele encontra sua verdade, E é na morte, que ele alcança a imortalidade. Nesse sentido, a arte é um paradoxo, Que nos consome e nos salva, Um abismo que nos espera, E uma escada que nos leva ao infinito. Assim, o artista se sacrifica, em nome da arte, E é nessa entrega, que ele encontra sua maior recompensa, Pois a arte é o que mata o artista, Mas também é o que o torna imortal.
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Quando nos vênus, juro a marte
Meu primeiro e único amor, você é a praia de meu coração turbulento, juntamente do céu azul que me envolve profundamente em sua serenidade. Sua presença é um raio de luz que ilumina a escuridão na qual um dia já estive e um sussurro que acalma a minha alma. Seu olhar é como o próprio Sol: quente, e sobre o mar, brilhante. Seu carinho é como o vento que acaricia minha pele, fazendo com que eu me arrepie a cada ínfimo toque na derme. Eu me perco em você, como um navio em uma noite de tormenta. Eu me encontro em você, como um refúgio seguro e ensolarado em meio à tempestade. Você é o meu refúgio, e ao mesmo tempo, o meu Calcanhar de Aquiles. Você me aquece como o Sol aquece o mar para a noite. Como o meu próprio deus Apolo, você reina em meu ser. Eu amo você, meu Derik, com toda a minha alma e com todo o meu coração. Eu o amo como a noite ama o dia, e como o mar ama o Sol. E como Poseidon, eu lhe presenteio meu coração: Delfos.
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Ferva.
Em noite cruelmente envelada, se via extraviado em imensas lagoas de devoção. Cerne de toda a sua ternura, o indivíduo de estatura mediana, olhos avelãs e sorriso arrebatador residia em intensa serenidade ao fitar a escuridão dos olhos que lhe fitavam, e repousava lentamente em seu leito com aquele homem suntuoso.
Dança descompassada e sinusoidal beirava o frenesi, e a euforia parecia exultante em esboçar dentes afiados. Caótico ósculo de línguas raivosas irrompia a agressividade, e a atmosfera se tornava inóspita por sua densidade.
Suspiros e gemidos eram quase palpáveis, violenta colisão audível de ossos irradiava o ambiente.
Em júbilo resultante da balbúrdia, ouviram-se decretar amor eterno.
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