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chassidbreslev · 3 years
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חנוכה בחצר הקודש בעלזא
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chassidbreslev · 4 years
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chassidbreslev · 4 years
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chassidbreslev · 4 years
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D'us criou o homem na sexta feira, sexto dia da criação.
Diz o midrash Shojar Tov:
Na primeira hora D'us decidiu criar o homem
Na segunda hora D'us consultou a respeito com os anjos
Na terceira hora D'us juntou terra dos quatro pontos do Mundo
Na quarta hora D'us moldou o homem
Na quinta hora D'us formou o homem
Na sexta hora D'us o selo
Na setima hora D'us insuflou seu Espirito e deu Vida ao homem
Na oitava D'us pos o homem de pé e o parou ereto
Na nona hora D'us o proibiu de comer o fruto do conhecimento
Na decima hora o homem comeu do fruto do conhecimento e pecou
Na decima primeira hora o homem foi julgado pelo Tribunal de anjos celestiais
Na decima segunda hora expulsaram ao homem do Jardim do Edem
D'us quis castigar a Adão, mas entrou Shabat e o homem disse a D'us:
''Senhor dos Mundos, em seis dias de criação não castigaste a ninguem, e quer começar por mim? acaso este é meu descanso? acaso este é meu Shabat? acaso esta é minha santidade?'' (refere-se a santificar-se no Shabat). Então D'us perdoou a Adão graças ao Shabat.
E é quando Adão recita o salmo 92:
''Mismor shir leYom haShabat'' ''Um salmo um cantico para o Shabat''
Mas já que Hashem disse especificamente para Adão, que no dia que ele comece da arvore do conhecimento ele morreria, D'us em Sua Misericordia mudou Seu castigo, que ao invés do Shabat ser um dia para o ser humano, o Shabat passaria para ser um Dia de D'us, que um Dia de D'us vale por 1.000 anos dos nossos, como disse o salmo ''1.000 a Teus olhos são como um dia que passa''.
Adão viveu 930 anos, mas os 70 anos que doou de sua vida para o rei Davi são os 1.000 anos que Hashem presenteou a Adão pelo Shabat.
Por isso, disse o rabino Ben Ish Hai que uma hora de estudo da Torah no Shabat valem como 1.000 horas de estudo nos dias da semana.
Já que D'us fez com que tudo que nós fizemos no dia de Shabat valham por mil.
Então, se esforce para elevar este dia sagrado e aproveita-o para o maximo de conexão com Hashem.
אני כבר אמרתי את שמי: " נ נח " !
נ נח נחמ נחמן מאומן
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chassidbreslev · 5 years
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chassidbreslev · 5 years
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✓ Os cinco níveis da alma
A alma não é algo concreto; está além daquilo que o intelecto consegue compreender por si próprio. A Cabalá explica que o que comumente chamamos da "alma" de um homem consiste, de fato, de várias "almas". Não é um ponto único no espaço e deve ser entendida não como uma única "existência" que tem uma qualidade ou caráter, mas como muitas "existências", de vários níveis espirituais. Podemos dizer que, na realidade, em cada homem há um determinado número de níveis de almas, unidas como os elos de uma corrente que se estende do corpo da pessoa até a Fonte de todas as almas. A ligação entre corpo e alma pode ser comparada com o que acontece na extremidade de um raio de luz, ao iluminar um corpo escuro.
O "eu" que surge da relação entre o corpo e a alma não é algo constante de uma essência especifica, é diferente em cada estágio da vida de um homem. Por exemplo, no início de nossa existência, o "eu" concentra-se quase que totalmente no corpo e em suas necessidades. Com o amadurecimento, a pessoa se torna cada vez mais consciente da essência mais elevada de sua alma.
Segundo a Cabalá, o que chamamos de alma humana é composto por cinco partes:
1) Nefesh -"alma animal", é a alma humana em seu nível mais primário. Anima a existência dando-lhe força de vida, de movimento e propagação das espécies, também capacitando o homem a pensar, divagar e sonhar. A palavra deriva da raiz Nafash, que significa repouso, como no verso, "No sétimo dia, (D'us) cessou o trabalho e descansou (Nafash)" (Êxodo, 31:17).
2) Ruach - que significa vento, é o Espírito, a "alma divina".
3) Neshamá, literalmente "sopro", é a Respiração, a "alma superior", mais pura ainda.
4) Chayá, a Essência vivente.
5)Yechidá, a Essência única, pode ser considerada o ponto de contato entre a alma e a própria essência do Divino. Esta alma só se manifesta ao término do Yom Kipur, durante a Neilá.
Essas almas mais elevadas referem-se à verdadeira essência humana e sua associação com D'us, Raiz Suprema, e com os mundos espirituais. Este conceito inclui também a alma adicional, que chega no início do Shabat e se vai, ao seu término.
Nossos sábios ensinam que o ato de D'us, ao insuflar a alma em um corpo, pode ser comparado ao do artesão que sopra o vidro para dar forma a um recipiente. A alma, Neshamá, deixa os lábios d'Ele, viaja como o vento, Ruach, até finalmente descansar, Nefesh.
Dos três níveis, a Neshamá é o mais elevado e, portanto, mais próximo a D'us. Enquanto Nefesh é aquele aspecto da alma que reside no corpo, Ruach fica entre os dois, vinculando o homem à sua Fonte Espiritual. É por essa razão que a Inspiração Divina é chamada Ruach Hakodesh, em hebraico. A Neshamá é movida apenas pelo pensamento; Ruach pela fala e Nefesh pela ação.
אני כבר אמרתי את שמי : " נ נח " !
נ נח נחמ נחמן מאומן
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chassidbreslev · 5 years
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chassidbreslev · 5 years
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✓ Rabi Levi Yitzhak, de Berditchev
Conta-se que quando nasceu o Rabi Levi Yitzhak, de Berditchev, O Baal Shem Tov - renomado fundador do Movimento Chassídico - teria declarado: ´Uma grande alma desce dos Céus e ela zelará pelo bem-estar do Povo Judeu`.
As palavras proféticas do Baal Shem Tov, de fato, se concretizaram: ao crescer, o Rabi Levi Yitzhak, de Berditchev, tornou-se um importante Rebe e Sábio, erudito e místico - mas é lembrado, sobretudo, por ter amado e defendido, incondicionalmente, seu povo e sua gente. De forma semelhante ao Baal Shem Tov, cujo espírito personificou, o Rabi Levi Yitzhak, é reverenciado não tanto por sua erudição, mas pelas histórias extraordinárias a seu respeito. Segundo a tradição chassídica, o relato de uma de suas histórias, a invocação de seu nome ou a simples menção de sua cidade, Berditchev, representam uma segulá - um meio espiritual de se alcançar a realização de um desejo.
Se a cidade de Berditchev, localizada na atual Ucrânia, está inexoravelmente ligada ao nome do Rabi Levi Yitzhak - e, de fato, a ele só se referem como "o Rebe de Berditchev" - é porque foi lá que ele se estabeleceu enquanto rabino. Mas era natural de Husakov, um vilarejo na Galícia, filho de Rabi Meir, proeminente estudioso do Talmud e da Cabalá, décimo sexto membro de sua família a seguir o rabinato. Rabi Meir enviou seu filho à ieshivá de Yarislav, para estudar a Torá, onde, em pouco tempo, ele ficou conhecido como "o prodígio de Yarislav".
Aos 17 anos de idade, Levi Yitzhak se casou com a filha do Rabi Israel Peretz, de Libertov. Não muito longe dessa cidade polonesa, localizava-se Ritchvol, cujo líder religioso era Rabi Shmelke Horowitz, mais tarde conhecido como o famoso Rebe de Nikolsburg. Levi Yitzhak passa a estudar Talmud e seus comentários com o Rabi Shmelke, em quem causou uma profunda impressão. O mestre via-se diante de um aluno faminto por conhecimentos; um jovem que não pronunciava sequer uma palavra em vão. Resolve encaminhá-lo a seu próprio mestre e o leva pessoalmente a Metzeritch, ao Grande Maguid.
Este grande sábio foi o maior dos discípulos do Baal Shem Tov, a quem sucedeu, após o falecimento do Mestre. Era o novo líder do Movimento Chassídico. Um tzadik de grandes poderes, famoso pelos milagres que obrava, ainda mais renomado por sua vasta erudição - assim era o Maguid de Metzeritch. É um dos maiores eruditos em Torá na História Judaica. E o simples fato de o grande líder ter aceito Rabi Levi Yitzhak como seu pupilo é prova inconteste da elevada espiritualidade e dos conhecimentos do jovem, pois que o Maguid apenas ensinava pessoalmente os mais elevados espíritos e mentes de sua geração. Apesar do aluno mal ter completado 20 anos, conquistou a reputação de ser um dos melhores alunos do Maguid de Metzeritch.
No ano de 1761, quando o Rabi Shmelke deixou Ritchvol, o discípulo Rabi Levi Yitzhak o substituiu como rabino da cidade. No entanto, crescia na região a oposição aos chassidim e o novo rabino foi praticamente escorraçado de lá. Como era um grande erudito, verdadeiro gênio talmúdico, prontamente lhe ofereceram várias outras posições rabínicas. Mas, como em Ritchvol, onde quer que fosse era combatido e expulso pelos mitnagdim - ferrenhos oponentes do Movimento Chassídico. Isto até que, finalmente, em 1785, torna-se o rabino da cidade de Berditchev, onde permanece até o fim de seus dias.
• Defensor de Israel
Uma história chassídica muito conhecida: o Rabi Levi Yitzhak vê um cocheiro que, enquanto põe os tefilin, engraxa as rodas de sua carroça. A cena permitia que ele visse um homem que trabalhava enquanto rezava. Mas ele opta por ver um homem que reza enquanto faz seu trabalho. Levantando, então, seus olhos em direção aos Céus, exclama: "D'us de Israel, orgulha-te de Teu Povo! Pois seus filhos oram a Ti mesmo em meio à labuta diária".
Esta história é contada e recontada por simbolizar o olhar bondoso do Rabi. Via sempre o lado bom das pessoas, dando-lhes o benefício da dúvida, isentando-os, assim, de antemão, de qualquer ato ilícito. Defensor dos pobres e dos fracos, misericordioso em seus atos, destemidamente enfrentava quem quer que fosse - até mesmo D'us - em sua busca pela justiça e pela proteção de seu povo.
Portanto, não nos surpreende o fato de pobres, ignorantes, rejeitados o procurarem. Sua presença e afeto os tornavam importantes para si próprios. Dava-lhes o que mais necessitavam - dignidade. Como o Baal Shem Tov, dedicava-se à camada mais simples e humilde da população. Amava todos os seus irmãos, judeus, mas sua empatia era canalizada aos humilhados, aos famintos, aos marginalizados. Atraía-o seu sofrimento. Apesar de não ter posses, o pouco que ganhava distribuía aos pedintes. Em seu entender, os recursos materiais apenas existiam para serem distribuídos entre os carentes.
Rabi Levi Yitzhak, de Berditchev, soube defender a todos, menos a si próprio. Apesar de grande talmudista, costumava perguntar: "Por que todos os tratados do Talmud se iniciam na 2ª. página?". Ao que ele mesmo respondia: "Para nos recordar que ainda que os saibamos de trás para frente, sequer iniciamos a entendê-los". Como outros grandes tzadikim que o precederam, era desumanamente severo consigo próprio. Todas as noites, antes de adormecer, passava em revista o dia. E chorava. "Levi Yitzhak pecou, hoje", dizia a si mesmo. "Mas Levi Yitzhak promete não mais fazê-lo. É verdade, ele fez igual promessa ontem. Mas, esta noite, está determinado a cumpri-la".
Mas, quando se tratava de alguém outro, ele jamais pronunciou uma palavra negativa. Fez todo o possível para isentar os judeus do pecado, arcando com a responsabilidade por todos os sofrimentos da humanidade. Aproximava-se de todos, tentando resgatá-los de seus erros. Certa vez, ao se deparar, na rua, com um notório pecador, esse mestre do chassidismo lhe disse: "Sabe que o invejo?", ao que o homem, incrédulo, respondeu: "Posso saber por quê?" E o Rebe de Berditchev: "Porque dizem os sábios que aquele que se arrepende, do fundo d'alma, tem todos os seus pecados transformados em méritos. Portanto, se você se arrepender, de todo o coração, seus méritos serão muitos e maiores que os meus".
Tinha o poder de tocar a alma dos outros, fazendo emergir o que tinham de melhor. E, como tantos outros Tzadikim, justos, tinha o dom do Ruach Hakodesh - o sexto sentido, a capacidade de ver o que aos olhos dos outros ficava encoberto. Uma vez, quando vivia em Minsk, chamou à sua presença um professor, jovem e tímido, de nome Aharon. Apesar de hesitante, o jovem atendeu o ilustre chamado. Rabi Levi Yitzhak o recebeu com grandes honras: "Baruch habá! Seja bem vindo, Rebe Aharon. Sente-se, Rebe Aharon de Karlin". O visitante, que aos olhos dos comuns era um homem do povo, simplório, surpreendeu-se com a acolhida, mas não se pronunciou. Os dois se sentaram, mantendo-se em silêncio. Não trocaram palavra. Por fim, após duas horas sem emitir som algum, os dois sorriem - simultaneamente. A seguir, põem-se de pé e cada um toma seu rumo, em silêncio. Não se sabe o que aquele silêncio ou aquele sorriso continham, em si, ou transmitiram. Mas, sabe-se que o jovem professor se tornou o Rebe Aharon, de Karlin - um dos pilares do movimento chassídico, sábio e justo, e poderoso operador de milagres.
Rabi Levi Yitzhak conquistou vários adeptos para o seio dos chassidim - mas, ele próprio nunca fundou nenhuma Casa com seu nome. Era despido de vaidades e estava muito acima das discussões mundanas. Preferia seguir a ser seguido. E, por essa razão - por sua humildade e piedade, e por sua genuína preocupação com qualquer de seus semelhantes - sempre que surgia um problema na comunidade chassídica - quer fosse uma disputa a ser arbitrada, quer fosse uma ação conciliatória a ser tomada - o local para onde se dirigiam todos era um único - Berditchev.
Não levava muito tempo para que Rabi Levi Yitzhak vencesse qualquer oposição, até mesmo em se tratando dos mitnagdim - oponentes dos chassidim. Desarmava a todos com sua natureza afável e caridosa. Nem seus opositores ficavam imunes a seu carisma, ao amor e respeito que dele emanavam. Ele os conquistava com sua sinceridade e piedade e com o amor, irrestrito e incondicional, que nutria por todos os judeus, sem os diferenciar por sua erudição em matéria de Torá ou pela vertente religiosa ou a intensidade com que a cumpriam.
• Batalhas travadas com o Eterno
Como os demais mestres chassídicos, o Rabi Levi Yitzhak de Berditchev vivia segundo o princípio fundamental da Torá: amar os outros e buscar o seu bem-estar. Mas quando falava em defesa dos Filhos de Israel, ia além dos Sábios que o precederam e dos que o sucederam: até mesmo com D'us ousava disputar. Os profetas bíblicos questionavam o Criador e Seus caminhos misteriosos, mas jamais algum deles ousara julgá-Lo. Rabi Levi Yitzhak, no entanto, esbravejava contra os Céus, praticamente sem reservas. Certa vez, permaneceu de pé em seu púlpito, de manhã à noite, sem nenhuma palavra pronunciar. Antes, disse a D'us: "Se Te recusares a atender nossas preces, recusar-me-ei a seguir entoando-as".
Em Rosh Hashaná, certo ano, antes do serviço de Mussaf, Rabi Levi Yitzhak bradou, em plena sinagoga: "Hoje é o Dia do Julgamento. O Rei David o proclamou em seus Salmos. Hoje é o dia em que todas as Tuas criaturas se colocam diante de Ti, para que Tu pronuncies a Tua sentença. Mas eu, Levi Yitzhak, filho de Sarah, digo e proclamo diante de todos que Tu serás julgado, hoje! Serás julgado por Teus filhos que sofrem e morrem por Ti e pela santificação de Teu Nome e de Tua Torá!"
Em se tratando de defender seu povo, o Rabi Levi Yitzhak não dava trégua ao Todo Poderoso. Costumava implorar a D'us: "Se um judeu vir um conjunto de tefilin no chão, correrá para os recolher e beijar. Não está, porventura, escrito que nós somos os Teus Tefilin? Quando irás recolher do chão todos os nossos caídos?" Ou, como disse certa vez: "Ordenaste ao homem que fosse em auxílio dos órfãos... Nós, o Teu Povo, somos todos órfãos. Por que, então, não nos socorres?"
Em Yom Kipur, o Dia do Perdão, o Rebe de Berditchev tinha o costume de fazer ver a D'us que também Ele devia pedir perdão pelos sofrimentos que impusera a Seu Povo. E costumava "barganhar" com o Altíssimo: "Nós Te daremos nossos pecados e Tu, nos retribuirás com o Teu perdão. E Tu é que saíras ganhando. Pois, que farias do Teu perdão se não contasses com nossos pecados?"
Mas Rabi Levi Yitzhak não se satisfazia apenas com as perguntas que dirigia a D'us. Exigia Suas respostas. Certa vez, às vésperas de Pessach, transtornado com o sofrimento de nosso povo, explodiu: "Esta noite celebramos nosso Êxodo do Egito. Segundo a tradição, quatro filhos questionam seus pais sobre o evento. Não, são apenas três. O quarto nem sabe o que perguntar. Eu sou esse quarto filho. Não que me faltem perguntas, ó Eterno. Mas não sei como enunciá-las. E ainda que o soubesse, não ousaria fazê-lo. Portanto, não vou perguntar-Te por que somos perseguidos, massacrados, onde quer que estejamos e sem motivo. Mas, ao menos, gostaria de saber se todo o nosso sofrimento é por Ti, em louvor de Teu Nome".
A despeito de suas explosões em público, ninguém jamais o poderia acusar de blasfemar. Ele era um Sábio, um tzadik, que dedicou sua vida a D'us e a levar os judeus para mais perto Dele e de Seus Mandamentos. Certo dia, ao ver os judeus em verdadeiro frenesi, a comprar e vender na praça do mercado, subiu ao telhado de uma casa e se pôs a bradar: "Meus irmãos, minha gente boa, não se esqueçam de que acima de nós há um D'us deste mundo, a quem devemos temer!".
Mesmo quando o Rebe de Berditchev se confrontava com o Criador, ele nunca deixou de O reverenciar por um segundo sequer. Na véspera de Rosh Hashaná, ele não entrava na sinagoga ereto. Ia totalmente encolhido, vergado, quase tocando o chão para demonstrar sua nulidade e total submissão a D'us. Conta-se que quando ele entrava na sinagoga o trovejar de sua voz chegava a sacudir as paredes. E, enquanto orava - o que fazia constantemente e por longo tempo - o fazia com toda a intenção e a força de sua alma. Como o Rabi Akiva, que o antecedera por 2 milênios, ele reverenciava a D'us com tamanho abandono que, enquanto orava, o mundo à sua volta deixava de existir. Certa vez, um grupo de baderneiros, anti-semitas, atacaram-no enquanto orava, sem piedade. Ele não interrompeu a oração, pois, naquele momento em que comungava com o Altíssimo, aquela turba não existia para si e ele não sentia a dor dos ferimentos. Seu fervor era assim intenso, ao rezar, por ser enorme a sua fé na oração. Aliás, tudo o que fazia era imbuído de intensa dedicação, envolvendo todo o seu ser.
Seus trabalhos, intitulados Kedushat Levi, são permeados por dois temas básicos: o amor pelo povo judeu e a reverência a D'us. Nos textos que deixou, escreveu: "A pessoa deve temer a D'us com tamanha intensidade a ponto de anular totalmente o seu ego". Ensinou, também, que "a principal causa do exílio era o ódio que existia entre nós, judeus, e que a única maneira de fazer chegar a redenção era através do amor mútuo. E tal amor só se torna possível se todo o nosso povo estiver unido entre si e em torno de D'us, Raiz de toda a união. E até mesmo a advertência e as ações corretivas não devem ter por objetivo diminuir aquele que as recebe; devem, sim, convencê-lo de quão elevada é sua alma e do quanto é amado por D'us".
Desde tenra idade Levi Yitzhak se revelara um prodígio, um grande talmudista. Mais tarde, ele se revelou como místico, cabalista, mestre operador de milagres que faziam dobrar e vergar as leis da natureza, seguindo sua vontade. Vejam esta história. Seu neto desposou a neta do Rabi Shneur Zalman de Liadi, o Alter Rebe, fundador do movimento Chabad-Lubavitch. Quando ambos os Rebes, grandes Tzadikim cada um, deixaram a festa de casamento, depararam com uma multidão que bloqueava a saída. Rabi Levi Yitzhak virou-se para o Alter Rebe e disse: "Atravessemos a parede. Por que haveríamos de permitir que obstáculos materiais se interpusessem em nosso caminho?". Mas o Alter Rebe não o deixou fazê-lo, dizendo que "um homem não precisa mostrar tudo o que é capaz de fazer".
• Seu legado
Rabi Levi Yitzhak, de Berditchev, personificava a essência de um mestre chassídico. Incorporava todas as características que o Baal Shem Tov introduzira no mundo judaico: uma abordagem nova e fervorosa ao judaísmo, o papel do tzadik como médico de almas, dispensador de misericórdia e bênção, e portador de um amor pelos judeus pobres e ignorantes, em geral esquecidos pelos eruditos.
Tão amado era o Rabi de Berditchev - não apenas na Terra, mas também nos Céus - que, quando morreu, viu-se um pilar de fogo pairando sobre seu esquife. Na tradição judaica, esse era o sinal - no passado, reservado apenas para os mestres supremos do Talmud - que alguém de extraordinária espiritualidade e mérito acabara de passar deste mundo para o Mundo das Almas.
Os demais mestres chassídicos, que o amavam e respeitavam, inundavam-no de louvores. Seu professor, o Rebe Shmelke de Nikolsburg, que o apresentara ao mundo chassídico, chamava-o de "Meu discípulo de niglá (a Torá revelada) e meu Mestre em nistar (a Torá mística, a Cabalá). Rebe Shneur Zalman de Liadi assim se referia a ele: "D'us é o Tzadik nos Céus e Levi Yitzhak o é aqui na Terra". Rebe Baruch de Mezibush, neto do Baal Shem Tov, alegava que os anjos invejavam o fervor do Rebe de Berditchev. O Rebe Menachem-Mendel de Kotzk, que dedicou sua vida a buscar a verdade e a dizer a verdade, afirmou sem hesitar que os portões do santuário do amor tinham sido abertos pelo Rabi Levi Yitzhak. Após sua morte, segundo o mestre de Kotzk, tais portões se haviam fechado. Rabi Nachman de Bratislav, grande místico que viu na alma de Rabi Levi Yitzhak a "luz de Israel", disse que "Qualquer um que tenha olhos em sua cabeça verá que, no dia que ele faleceu, uma grande escuridão desceu sobre este mundo". Dos Céus, realmente, desceu sobre a Terra uma grande escuridão após a partida do Rabi Levi Yitzhak de Berditchev. O povo judeu perdeu seu grande defensor. Contam os chassidim que antes de falecer, o Rabi jurou, na presença de seus mais diletos discípulos, que se recusaria a entrar no Jardim de Éden até que o Messias chegasse à Terra, para nos redimir. Mas, para impedi-lo de manter a promessa, os anjos celestiais o ludibriaram: fizeram dele um anjo de fogo, soprando-o diretamente para os Céus.
Esta história, segundo seus seguidores, explica a razão para o Mashiach tardar tanto a chegar. Eles acreditam ser também a razão para que o Rabi Levi Yitzhak não tivesse podido prever e evitar as atrocidades que se abateriam sobre o judaísmo europeu. Nos campos de morte - sim, em especial nos campos de extermínio - nosso povo o recordava e buscava ânimo em suas histórias. Desde o Holocausto, tais histórias se tornaram mais relevantes do que nunca. Pois, foi através das mesmas que o Rabi continuou sendo um porta-voz para todos os homens de bem - judeus ou não - que são torturados intimamente pelas razões para o sofrimento, a maldade e a injustiça que recaem sobre a humanidade.
Como nosso patriarca, Abrahão, o Rebe de Berditchev teve a coragem de dizer a D'us que não cabia ao Juiz do Mundo não praticar a justiça. Como Moshé Rabênu, nosso Mestre, o maior profeta de todos os tempos, ele teve a audácia de questionar o Todo Poderoso: "Senhor, por que Tu fizeste tanto mal a Teu Povo?". E, como o profeta Jonas, ele se mostrou mais preocupado em fazer o bem para os Filhos do que em honrar o Pai.
Exatamente como previsto pelo Baal Shem Tov, que se regozijou com a chegada dele ao mundo por já prever sua grandeza, Levi Yitzhak se tornou uma lenda viva, não apenas entre os chassidim. Hoje, suas histórias são transmitidas em todos os segmentos do povo judeu, até mesmo por aqueles cujos antepassados a ele se opunham. Fala-se dele com tal familiaridade e intimidade, como se fosse um de nossos pares e vivesse entre nós. Desta forma, portanto, pode-se até dizer que ele transcendeu a morte. O legado do Rabi Levi Yitzhak de Berditchev é de justiça poética. Ele, que amava todos os judeus, passou a ser amado por todos. Ele, que se esquivou, por toda a vida, da fama e das honrarias, tornou-se, juntamente com o Baal Shem Tov, o Mestre chassídico mais popular e festejado. E ele, que nunca fundou uma Casa com seu nome por não querer ser o Rebe de ninguém, tornou-se, com o tempo, o Rebe de todos.
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נ נח נחמ נחמן מאומן
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chassidbreslev · 5 years
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chassidbreslev · 5 years
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chassidbreslev · 5 years
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Rabi Nachman ensina :
Quando as pessoas procuram purificar-se e manter a Torá, muitas vezes se sentem sobrecarregadas com confusão e frustração. Encontram grandes obstáculos em seu caminho e não tem certeza do que fazer. Quanto mais querem servir a Deus, mais difícil parece.
Saiba que todos os seus esforços para fazer a coisa certa são muito preciosos aos olhos de Deus, mesmo que você não alcance seu objetivo. Todos os seus esforços são contados como sacrifícios.
Tentar orar é como oferecer um sacrifício. "Por sua causa, somos mortos todos os dias, somos contados como ovelhas para o abate" (Salmos 44:23). Este versículo fala da oração como um sacrifício. Quando uma pessoa quer orar, ele encontra muitas distrações. Mesmo assim, ele se entrega completamente a suas preces, fazendo todos os esforços para concentrar todos os seus pensamentos nas palavras que ele está dizendo e seu significado. Mesmo que suas orações não sejam perfeitas, seus próprios esforços são um sacrifício, como diz: "Por sua causa, somos mortos todos os dias".
O mesmo se aplica a todos os atos de serviço de Deus. Você pode desejar aperfeiçoar-se, mas achar que não pode fazê-lo completamente. Mesmo assim, toda sua dor e esforços não são desperdiçados. Todos contam como oferendas a Deus: "Por causa de vós, somos mortos todos os dias, somos contados como ovelhas para o abate".
Você deve sempre fazer sua parte e fazer todos os esforços para servir a Deus o melhor que puder. O que depende de você, faça com todas as suas forças. Continue tentando, mesmo que todos os seus esforços parecem frustrados e todas as suas tentativas parecem ser em vão. Faça tudo ao seu alcance e Deus fará o que é bom aos Seus olhos.
Sichot Haran
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נ נח נחמ נחמן מאומן
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chassidbreslev · 5 years
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✓ Tizku LeShanim Rabot, Neymot veTovot
...na prática!
A Gemará diz em Massechet Rosh Hashaná, "כל שנה שרשה בתחילתה, מתעשרת בסופה" - Se conseguirmos ser humildes e sentir que somos necessitados, implorando a HaShem por ajuda no início do ano, então será um ano de bênção até o final do ano.
Como podemos nos fazer sentir necessitados? O Rav Menashe Reisman citou o Sefer Ahavat Shalom, que explica o seguinte: Pedimos a HaShem no Birkat Hamazon, "לא לידי מתנת בשר ודם" - que nunca precisemos pedir ajuda a outrem, Porém o Midrash afirma que HaShem diz que o mundo não pode existir sem Tzedakah - "עולם חסד יבנה". Então, como podemos pedir que as pessoas nunca precisem receber dos outros?
Ele traz do Sefer M'galeh Amukot que a palavra Homem (אדם) é composta por três partes: mãe, pai e Hashem. As palavras hebraicas אב (Av) e אם (Em), que significam pai e mãe, têm o mesmo valor numérico que דם (dam) = 44; o Aleph, que equivale a HaShem, vem junto com o דם para soletrar אדם (adam). Quando Adam HaRishon pecou, HaShem tirou o Aleph de seu nome (דם) e ele se tornou apenas "carne e sangue". Parte do nosso Tikun é trazer o Aleph de volta, reconhecendo que precisamos de HaShem para tudo o que fizermos.
Portanto, no Birkat Hamazon, não estamos pedindo para que nunca ninguém precise de Tzedakah. Estamos pedindo para que os necessitados não recebam seu dinheiro de um בשר ודם - de alguém que acredite que foi ele quem ganhou o dinheiro, sem a ajuda de HaShem. Este tipo de pessoa, ao dar Tzedakah, sente que está se separando de seu dinheiro suado. Ao invés disso, devemos rezar para que os necessitados recebam o dinheiro de alguém que saiba que não fez nada para produzir este dinheiro; veio apenas por causa da bondade de HaShem. E quando alguém receber dinheiro de uma pessoa com essa atitude, o dinheiro é abençoado. Como diz a Gemará, aquele que recebeu dinheiro de Avraham Avinu teve bênção nesse dinheiro.
O que significa ter Brachah no dinheiro? No Bet Yisrael, havia um Kollel que dava aos estudantes a pequena soma de apenas US$ 300 por mês. Mas cada indivíduo naquele Kollel sempre teve o que precisava. Não fazia sentido nos cálculos no papel, e os próprios alunos não conseguiam explicar como estavam sustentando suas famílias com tão pouca quantia. O que realmente estava acontecendo? Havia Brachah no dinheiro. Porque os doadores eram puros, entendendo que o dinheiro era de HaShem e que eles tinham muita sorte de ter o mérito de estar entre aqueles que doam.
Os grandes nomes da nossa história obtiveram constantemente grande Chizuk nesta área. Quando Avraham Avinu derrotou os quatro reis, disse ao rei de Sodom: "הרימותי ידי אל ה 'קל עליון" - “Eu levantei minhas mãos para HaShem”; o Malbim explica que Avraham apontou para suas mãos e disse: "Eu não quero tirar proveito do dinheiro provindo dos espólios dessa guerra, pois não quero pensar que são essas mãos que obtiveram meu dinheiro”. Este é um nível muito alto. Avraham Avinu estava com medo de que o Rei de Sodom pudesse pensar que o poder de suas mãos lhe rendera seu dinheiro, então ele não aceitou.
Quando fazemos Tefilah, o Shulchan Aruch diz que devemos colocar nossas mãos sobre nosso coração, a direita por cima da esquerda, como se disséssemos: "Nossas mãos estão atadas", simbolizando que não podemos fazer nada sem HaShem. É assim que devemos nos sentir quando rezamos; somos muito impotentes, não importando quanto dinheiro tenhamos em nossas contas bancárias.
Havia um grande Rebe, Rav Yaakov Koppel Chassid, dono de uma loja. Sempre que os clientes lhe pediam o preço de algum artigo, ele cobria os olhos e dizia "שוויתי ה 'לנגדי תמיד" - HaShem está no comando. Só então ele lhes dizia o preço. Os clientes pensavam que ele era louco, mas ele obteve muito sucesso. Ele explicou: "Quando sentimos que estamos ganhando dinheiro? Quando compramos algo por US$ 100 e o vendemos por US$ 200. Então, nesse momento, quando me perguntam o preço, eu me recordo: tudo vem de HaShem.
Existem diferentes níveis de humildade. Algumas pessoas reconhecem que HaShem está envolvido e dizem: "Por favor, HaShem, me ajude a continuar administrando os negócios do jeito que eu tenho feito". Mas o nível mais alto é a pessoa dizer: "Não é que eu esteja fazendo algo, e Ele esteja me ajudando, mas sim, Ele está fazendo tudo, e eu sou apenas um fantoche. Ele coloca as idéias em meu cérebro; Ele me conduz para encontrar a mercadoria; Ele me traz os clientes; Ele deixa os itens serem aprovados aos olhos deles".
Se alguém chegar a essa conclusão, será capaz de dar Tzedakah com um coração feliz, agradecendo HaShem por ter lhe dado a oportunidade. Além disso, poderá rezar como um necessitado, pois sabe que na realidade é isto o que ele é. E B'ezrat Hashem, tendo esses pensamentos agora, nestes momentos especiais, nos dará o mérito de ter um ano de abundância.
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chassidbreslev · 5 years
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chassidbreslev · 5 years
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✓ יום כיפור
O Yom Kipur ou Kippur (do hebraico יום כיפור , IPA: [ˈjɔm kiˈpur]) é um dos dias mais importantes do judaísmo. No calendário hebreu começa no crepúsculo que inicia o décimo dia do mês hebreu de Tishrei (que coincide com Setembro ou Outubro), continuando até ao seguinte pôr do sol. Os judeus tradicionalmente observam esse feriado com um período de jejum de 25 horas e reza intensa.
✓ Proibições
Existem 5 proibições no Yom Kipur a saber :
Comer (come-se um pouco antes do pôr-do-sol ainda na véspera do dia até o nascer das estrelas do dia de Yom Kipur);
Usar calçados de couro;
Relacionamento conjugal;
Passar cremes, desodorante, etc. no corpo;
Banhar-se por prazer.
A essência destas proibições é causar aflição ao corpo, dando, então, prioridade à alma. Pela perspectiva judaica, o ser humano é constituído pelo yetzer hatóv (o desejo de fazer as coisas corretamente, que é identificado com a alma) e o yetzer hará (o desejo de seguir os próprios instintos, que corresponde ao corpo). Nosso desafio na vida é "sincronizar" nosso corpo com o yetzer hatóv. Uma analogia é feita no Talmud entre um cavalo (o corpo) e um cavaleiro (a alma). É sempre melhor o cavaleiro estar em cima do cavalo!
Durante as orações fala-se o Vidui, uma confissão, e Al Chet, uma lista de transgressões entre o homem e Deus e o homem e seu semelhante. É interessante notar duas coisas: primeiro, as transgressões estão em ordem alfabética (em hebraico). Isto torna a lista bastante abrangente, além de permitir a inclusão de qualquer transgressão que se queira na letra apropriada.
Em segundo, o Vidui e Al Chet estão no plural, o que pretende transmitir a ideia de que o povo judeu é um povo "entrelaçado", onde todos devem ser responsáveis pelos outros. Mesmo não cometendo uma determinada ofensa, pretende-se transmitir uma carga de responsabilidade por aqueles que a cometeram - especialmente se a transgressão pudesse ter sido evitada por aqueles que não arcarão com as culpas.
• Dia do Perdão
Durante um longo ano comete o homem toda sorte de erros, atropelos, voluntários, involuntários. O processo da teshuvá (arrependimento, retorno ao bem) não poderá realizar-se magicamente em um dia. A tradição judia coloca ao mês de EluI, último do ano, como prefácio para ir preparando o homem para a reflexão profunda, até o grande caminho interior. Cedo, nas manhãs de Elul se ouve o som do shofar: Desperta povo!
Uma semana antes de Rosh Hashaná, também durante a madrugada, se dizem as orações que se chamam "selichot" - perdões). O 1º de Tishrei é o grande dia, a base para um ano novo e um novo ano de vida. Depois seguirão nove dias até o dia do perdão. Dez dias, para aprofundar-se dentro de si, afastar o mal, aproximar o bem. O processo chega a sua culminância no dia 10º de Tishrei : Yom Kipur.
A expiação, Kipur, na raiz hebraica, refere-se ao "que cobre", ou seja, o castigo que envolve o ato perverso. Tudo o que se pode anular, deter ou parar é o castigo; mas não o ato cometido; esse ato está aí e a única maneira de superá-la é através de uma transcendental modificação da conduta pessoal posterior. Os atos são do homem, seguirão sendo dele, e a conseqüência, sua responsabilidade. Deus pode apagar o castigo, não o ato. O jejum - que acompanha todo o dia do perdão - por sua parte não faz milagre. O jejum do dia não sacrifica nada a favor de Deus, sendo que tal idéia seria eminentemente pagã. O que faz é reconcentrar o homem em seu espírito, afastá-lo, por algumas horas, da servidão do homem ao corpo e a suas necessidades.
Observa-se também que as más ações ou transgressões têm duas polaridades: uma do homem em relação ao homem e a outra, do homem em relação a Deus. A primeira é a da vida diária, exterior, social e inter-humana. A outra, do âmbito da alma, é o segredo da consciência. A primeira é coisa de homens, e os homens têm de resolvê-la: "As transgressões que vão de homem a homem, não são expiadas pelo Yom Kipur, se antes não forem perdoadas pelo próximo ".
Daí que se costuma pedir previamente o perdão de nossos semelhantes, se eles não perdoam, Deus não poderá intervir.
• Jejum no Yom Kipur
É o dia do perdão - quando Deus perdoa a todo Israel. Durante esse dia, nada pode ser comido ou bebido, inclusive água. Não é permitido lavar a boca, escovar os dentes ou banhar o corpo. Somente o rosto e as mãos podem ser lavados pela manhã, antes das orações. Não se pode carregar nada, acender fogo, fumar, nem usar eletricidade. O jejum não é permitido para crianças menores de 9 anos, pessoas gravemente enfermas, mulheres grávidas e aquelas que deram a luz há menos de trinta dias.
Se uma pessoa enquanto estiver jejuando passar mal, a ponto de quase desmaiar, deve-se lhe dar comida até que se recupere. Se houver perigo de uma epidemia, e os médicos da cidade aconselharem que é necessário comer a fim de resistir à moléstia, exige-se que todos comam.
Existem outras proibições, além daquelas contra trabalhar, comer ou beber. As relações conjugais são proibidas, bem como o uso de perfumes e ungüentos, exceto para fins médicos. Além disso, sapatos e outras peças da indumentária feitas de couro não podem ser usadas no Yom Kipur, pois não se pode usar nenhum material para o qual seja necessário matar um animal.
Após o Yom Kipur, espera-se que haja festa e alegria, não perdendo de vista o fato de que o feriado é um dia santo de júbilo.
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chassidbreslev · 5 years
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✓ O portão das lágrimas
Existem muitos portões para o céu. Hoje em dia, todos eles estão fechados. Todos eles, exceto um. O Portão De Lágrimas. Quando alguém ora a D'us com olhos de lágrimas, essas orações voam diretamente através do Portão das Lágrimas. O Portão das Lágrimas nunca é fechado.
Se é assim, por que precisa de um portão?
Dê um passeio ao redor de um orfanato à noite. Você não ouvirá um som. Apesar das muitas crianças pequenas lá, ninguém chora. Só choramos quando sabemos que alguém vai nos responder. Em um orfanato, ninguém está lá para responder às lágrimas.
Yom Kipur é um dia em que devemos chorar. Deveríamos chorar porque sabemos que há alguém para nos responder. Que temos um Pai, um Rei que nos trará caridade e bondade se nos lançarmos à Sua misericórdia.
Mas há outro tipo de lágrimas. Um choro de desesperança. Um choro que não implora a ajuda de D'us. É um choro que diz que não acreditamos que D'us pode realmente nos ajudar, ou pior, que não há ninguém lá para ouvir nossas lágrimas.
É por isso que o Portão das Lágrimas tem um portão. Pelas lágrimas da desesperança.
Rebe Kotzker
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chassidbreslev · 5 years
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✓ Ibn Sina , o "Príncipe dos Sábios"
Ibn Sina, conhecido sob o nome latinizado de Avicena, foi um dos maiores génios da época medieval. A sua herança cultural manifestou-se em diversas áreas do conhecimento, em especial na Medicina e na Filosofia. Julga-se que terá escrito cerca de trezentos livros, discorrendo sobre diversas temáticas. Muitos afirmam inclusive que Avicena terá sido o mais talentoso médico do período situado entre a época do Império Romano e o surgimento da Ciência Moderna no século XVI. Os seus discípulos o designariam mesmo como o "Príncipe dos Sábios" ("Cheikh el-Raïs"). Mas quem seria então Avicena? Como teria sido o seu contributo para uma ciência que, no seu tempo, se encontrava ofuscada pela ignorância e pelas superstições que pareciam prevalecer entre as comunidades? O prestígio que hoje lhe é atribuído se ajusta fielmente aos seus feitos em vida? 
• Nascimento e Educação
Avicena nasceu por volta do ano de 980 em Afshana, nas proximidades de Bucara (actual Uzbequistão), sendo esta última a capital dos Samânidas, uma dinastia persa que vigorava naquela altura na Ásia Central e na região do Coração (Khorasan).  A sua mãe, Setareh, era natural de Bucara, enquanto o seu pai, Abdullah, seria um sábio ismaelita proveniente de Balkh, tendo trabalhado para o governo samânida na localidade de Kharmasain.  
Ao ser proveniente de uma família muçulmana, é natural que Avicena tivesse começado a aprender o Corão, algo que o fará com excelência, visto que memorizará este livro sagrado quando contava apenas com dez anos de idade. Apesar de ser indiscutível a sua crença no Islamismo, a verdade é que será difícil enquadrar Avicena numa tipologia de fé. Os seus biógrafos não se entendem quanto às suas tendências religiosas, visto que uns o associam ao sunismo, enquanto outros o conotam com o xiismo ou até com o ismaelismo. Também poderá ter revelado algumas tendências afectas ao misticismo nalguns dos seus tratados que viriam a ser mais tarde compostos. 
No entanto, os seus estudos iniciais não se restringiram apenas ao Corão. Avicena aprendeu aritmética indiana através de um merceeiro/hortaliceiro indiano Mahmoud Massahi. Procurou igualmente inteirar-se dos princípios da jurisprudência islâmica ("Fiqh") contando para isso com a orientação do erudito sunita Ismail al-Zahid. Também terá usufruído de uma experiência de cariz medicinal juntamente com um sábio errante anónimo que ganhava a vida, curando os doentes e ensinando os mais novos. 
Além da Medicina e das Ciências Naturais, Ibn Sina demonstrou, desde cedo, uma paixão pela Filosofia. Neste âmbito, recorreu a um filósofo impopular Abu Abdullah Nateli, conseguindo ter acesso a diversas obras clássicas, nomeadamente a "Isagoge" ("Introdução") do filósofo romano Porfírio, "Os Elementos de Euclides" da autoria do célebre matemático e pensador grego do mesmo nome, e o "Almagesto" do matemático, geógrafo e astrónomo grego Cláudio Ptolemeu. Também se interessou em particular pela obra "Metafísica" da autoria de Aristóteles, tendo recorrido aos comentários de al-Farabi (filósofo turco que viveu entre os anos de 872 e 950), inseridos no dito trabalho, para decifrar o teor do pensamento seguido por aquele filósofo helénico dos tempos da Antiguidade.
Aos 16 anos, voltará a dedicar-se aos assuntos da medicina. Avicena não só assimilará novos princípios teóricos, como prestará atendimento gratuito aos doentes, tendo descoberto, através desta sua experiência, novos métodos de tratamento. O jovem médico começava a impressionar na região de Bucara devido à sua qualidade, visto que os seus tratamentos atingiam resultados superiores em comparação com aqueles que eram ministrados pela "classe médica" em geral. A sua ascensão prodigiosa não tardaria em suscitar a atenção das altas estruturas estatais. 
• Ao serviço das cortes
No ano de 997, e contando com apenas 17 anos de idade, Ibn Sina foi recrutado pelo emir de Bucara, de modo a que este recuperasse de uma grave enfermidade. Avicena foi bem-sucedido nos seus serviços, ganhando em contrapartida acesso à biblioteca real dos Samânidas, onde aprofundaria os seus conhecimentos sobre matemática, astronomia e música. Em breve, este erudito já dominaria quase todas as ciências conhecidas. Devido ao seu prestígio, permaneceria como médico da corte e conselheiro de temas científicos até à queda do reino samânida em 999.
Já sem o seu pai que havia entretanto falecido, Avicena rumou a Urgench (no actual Turcomenistão), onde o vizir local, então promotor dos estudos de âmbito cultural, lhe assegurou o pagamento de um pequeno salário mensal. Todavia, a soma recebida não era suficiente para garantir a sua estabilidade, e por isso, não será de estranhar que Ibn Sina vagueasse de lugar para lugar, percorrendo os distritos de Nishapur e Merv e até as fronteiras da alargada região do Coração (Khorasan), de forma a encontrar uma melhor perspectiva de vida. Finalmente, o intelectual arribaria a Gorgan, terra situada nas proximidades do Mar Cáspio, onde encontraria Al-Juzjani que viria a ser seu secretário, escriba e biógrafo, sendo que este seu novo e favorito discípulo, além de possuir a sua própria casa, dispunha ainda de um pequeno edifício anexo onde Avicena usufruiria da oportunidade de estudar lógica e astronomia. 
No entanto, Ibn Sina voltaria a deambular por outras regiões da Pérsia. Sabemos que terá tido uma passagem por Rey (ou Rayy - localidade que se situava nas proximidades da moderna cidade de Teerão), onde terá composto 30 trabalhos de pequena dimensão. Também teria estado por pouco tempo em Qazvin, até chegar a Hamadan - cidade que testemunharia a criação de uma das suas duas principais obras - o "Kitab al-Shifa" ("O Livro da Cura"), uma enciclopédia de ciência natural, lógica e filosofia. Também o célebre "Al-Qanun Fil-Tibb" ("Canône de Medicina"), estudo que compilava uma longa listagem de centenas de drogas (seriam 760 ao todo!), tratamentos e receitas medicinais, terá começado a ser elaborado por Avicena ainda durante a sua estadia em Hamadan, embora tal projecto tivesse sido concretizado posteriormente em Ispaão (Ispahan). Durante a sua permanência em Hamadan, Ibn Sina começou por prestar serviços a uma dama de nascimento privilegiado, tendo sido posteriormente contratado por Shams al-Dawla, emir daquela região que, desde logo, se interessou pelos seus conhecimentos médicos. Avicena obteria um maior reconhecimento, tendo ascendido ao posto de vizir (ministro). Durante o dia, se empenharia para servir a causa pública, enquanto de noite, engolfava-se nos estudos científicos. 
Contudo, as quezílias e as intrigas que se disseminavam pela corte teriam entretanto levado o emir a querer expulsá-lo da cidade. No entanto, muito em breve, o emir Shams al-Dawla viria a padecer de uma grave doença, tendo sido forçado a recorrer novamente aos serviços de Ibn Sina que foi readmitido nas suas funções. Apesar do período turbulento, Avicena nunca deixou de estudar e até de ensinar todos aqueles que estavam predispostos a ouvi-lo. Não hesitava em partilhar com os seus discípulos as novidades das suas principais obras. Mesmo com o falecimento do emir Shams al-Dawla e com o seu consequente abandono do posto de vizir (cargo que então ocupava), Avicena nunca abdicou de concentrar o seu foco nos seus trabalhos intelectuais. 
Pouco tempo depois, Avicena escreveria uma carta a Abu Ya'far, prefeito da cidade de Ispaão, oferecendo os seus préstimos. No entanto, o novo emir de Hamadan não gostou de ter conhecimento desta correspondência privada, encarcerando o reputado médico numa fortaleza. A rivalidade entre os governantes de Ispaão e Hamadan era intensa, e o conflito daí resultante culminaria com a vitória da primeira cidade em 1024. 
A um determinado momento, Ibn Sina conseguiu evadir-se da cidade de Hamadan, utilizando um traje ascético sufi como disfarce. Nessa fuga, seguiriam com ele o seu irmão, um discípulo favorito e dois escravos. Após uma perigosa jornada, chegariam a Ispaão, onde foram bem recebidos pelo príncipe local. O nosso biografado teria já mais de 40 anos de idade.
• Os últimos anos
Os últimos anos da sua vida foram vividos no seio da corte do governante kakúyida Muhammad ibn Rustam Dushmanziyar (também conhecido pelo nome de Alā al-Dawla), senhor de Ispaão e de uma porção territorial da Pérsia Ocidental ("Jibal"). Avicena voltaria a exercer a profissão de médico e de conselheiro em matérias literárias e científicas. Chegava inclusive a acompanhar o seu senhor em campanhas militares, o que revela bem a confiança que em si era depositada. Nesses tempos derradeiros, Ibn Sina estudou obras literárias e filologia, mesclando nessa abordagem o seu criticismo. Foi um período profícuo para a sua produção de eruditismo. 
Entretanto, Ibn Sina viria a ser afectado por uma violenta cólica (possivelmente derivada de uma crise intestinal) quando as tropas kakúyidas marchavam novamente sobre Hamadan. A sua saúde começou a deteriorar-se rapidamente, embora tivesse acabado por chegar àquela cidade. O seu destino parecia estar irreversivelmente traçado. No seu leito de morte, doaria os seus bens aos pobres, devolveria ganhos injustos, libertaria os seus poucos escravos e leria de novo o Corão nos três derradeiros dias que precederam o seu desaparecimento terreno. Avicena faleceria no mês de Junho de 1037 (com 57 anos de idade) e seria enterrado em Hamadan, após uma vida marcada pela agitação inerente a imensas vicissitudes e pela exaustão resultante do seu empenho científico. 
Efectivamente, Ibn Sina deixou-nos centenas de trabalhos. Alguns autores salientam que ele teria redigido 300 livros, enquanto outros alegam que este génio terá sido responsável por mais de 450 trabalhos, embora só 240 teriam "sobrevivido" até aos dias de hoje. 
Avicena escreveu sobre medicina, filosofia, astronomia, alquimia, geografia, geologia, psicologia, teologia islâmica, lógica, matemática, física e terá composto alguma poesia. 
Este inigualável polímata foi um dos principais pensadores da Idade de Ouro Islâmica (séculos VIII-XIII), merecedor do prestígio que hoje lhe é confiado mundialmente pelos círculos intelectuais/científicos modernos. 
• Legado na Medicina
Como já havíamos mencionado ao longo deste texto, Avicena curou inúmeros pacientes e deixou-nos obras relevantes na área da Medicina, nomeadamente o "Al-Qanun Fil-Tibb" ("Cânone da Medicina"). Apesar de ser claramente influenciado por grandes vultos do passado da medicina ocidental greco-romana - Hipócrates, Dioscórides e Galeno, Avicena soube também introduzir as suas próprias descobertas bem como técnicas orientais já utilizadas por árabes, persas e indianos.
O "Cânone da Medicina" encontra-se dividido em cinco livros, assumindo uma organização por categorias. O primeiro livro contém quatro tratados: o primeiro tratado examina os quatro elementos vitais (terra, ar, fogo e água) e inclui igualmente um estudo de anatomia; o segundo aborda a etiologia (causa) e os sintomas; o terceiro analisa a higiene, a saúde, a doença e a inevitabilidade da morte; por fim, o quarto tratado do primeiro livro tem em conta a nosologia terapêutica bem como revela uma visão sobre os regimes e tratamentos dietéticos. O segundo livro incide sobre a "Materia Medica", enquanto que o terceiro livro foca em particular as doenças existentes desde a cabeça até aos dedos dos pés. O quarto livro visa as doenças que não são específicas de determinados órgãos (encontramos aqui os exemplos das febres e das patologias de humor). O último livro, o quinto, apresenta um alargado compêndio de drogas e receitas medicinais.
Do seu vasto pensamento intrínseco a esta área, realçamos então o facto de ter estudado de forma elaborada centenas de medicamentos, drogas, fármacos e receitas medicinais. Além disso, reconheceu o carácter contagioso da tuberculose, doença que na época ceifava inúmeras vidas, e ainda alertou para a disseminação de doenças a partir da água (esta não era devidamente controlada ou tratada na Idade Média!) e dos próprios ratos. Foi o primeiro a descrever, em traços gerais, a meningite e ainda aflorou com excelência a anatomia do olho humano. Também foi pioneiro na distinção entre a pleurisia, a mediastinite e o abscesso subfrênico. Descreveu as duas formas de paralisia facial (central e periférica). Também abordou a sintomatologia dos diabéticos bem como as diversas variantes da icterícia. Preconizou igualmente a introdução de tratamentos através de enemas retais. Foi ainda dos primeiros intelectuais a defender que o sangue era bombeado pelo coração para os pulmões, regressando depois posteriormente àquele órgão. Expôs, de forma precisa, o sistema dos ventrículos e da válvula do coração. Alguns o consideram ainda como o inventor da traqueostomia, embora este recurso tenha sido colocado em prática pelo cirurgião árabe Abulcasis de Córdoba (936-1013) que assim tratou de aperfeiçoar o referido procedimento que visava a criação de um orifício na frente do pescoço que daria acesso à traqueia, desobstruindo a passagem de ar, de forma a possibilitar a respiração nos casos em que esta é dificultada ou praticamente vedada.
Por outro lado, Ibn Sina propôs a utilização de vinho como curativo, algo que já era bastante frequente na era medieval. 
Não obstante, e além de querer conhecer detalhadamente o corpo humano bem como as doenças que o afectavam, Avicena também se preocupou em deixar conselhos que favorecessem a manutenção de um bom estado de saúde. Assim sendo, recomendou a prática desportiva e a hidroterapia, sendo esta última uma espécie de "medicina preventiva". Na área da psicologia, defendeu ainda a importância das relações humanas de forma a favorecer uma boa saúde mental. 
Avicena frisou que cada medicamento deveria ser utilizado num paciente que tivesse apenas contraído uma doença e que o mesmo teria de revelar eficácia de cura em (quase) todos os casos. O intelectual admitiu que os testes feitos em animais não seriam suficientes para provar a sua real eficácia nas pessoas. 
O seu "Cânone da Medicina" causou um elevado impacto, acabando por chegar ao Ocidente, provavelmente por intermédio das cruzadas ocorridas entre os séculos XII-XIV. Esta sua obra marcante, traduzida sucessivamente no continente europeu, influenciou o ensino e as práticas da medicina ocidental. Foi inclusive leccionada em várias universidades medievais tais como Montpellier e Leuven (Lovaina).
• Pensamento/Filosofia
O "Kitab al-Shifa" ("Livro da Cura") constituiu o principal contributo de Avicena no campo da filosofia científica. Trata-se de uma enciclopédia monumental que nos permite caracterizar o seu pensamento.  
Dentro deste contexto, a filosofia de Avicena segue a tradição aristoteliana, embora mesclando influências neoplatónicas e princípios da teologia muçulmana. Avicena fala-nos de lógica, ética, metafísica, botânica, zoologia, música e psicologia.
No entender de Avicena, o Universo seria constituído por três ordens: o mundo terrestre (com o seu ponto mais alto a ser a alma humana), o mundo celeste (primeiro a ser criado) e Deus (cimo supremo)! Conforme nos indica o filósofo brasileiro Felipe Pimenta, Avicena explicava o mundo à maneira de Aristóteles, contudo propunha uma tese original sobre a inteligência humana - a existência de uma união entre o mundo material e o mundo celeste em 5 graus. Avicena acreditava que a nossa alma estaria separada do intelecto agente (embora existindo correlação ao nível da inteligência activa), sendo espiritual e imortal. A alma seria inteligente em potência, tornando-se só depois inteligente em acto. 
Este conceituado filósofo teve o cuidado de distinguir a existência da essência. A primeira refere-se a tudo o que existe, excepto Deus. Por seu turno, a essência é extrínseca e considera somente a natureza das coisas. Esta encontra-se num plano superior à realização física e mental, embora contribuindo, em momentos particulares, para uma inteligência supra-humana. Dado que a existência e a essência são conceitos distintos, Avicena conclui que a essência nem sempre pode ser inferida a partir de algo que existe. Por outras palavras, a existência de algo pode não implicar automaticamente a respectiva essência.
No campo da teologia, Avicena procurou ser fiel às suas convicções muçulmanas, embora tivesse tentando reconciliar o racionalismo da filosofia com a teologia islâmica. Por outras palavras, procurou provar a existência de Deus e a Sua criação do mundo através duma abordagem lógica e racional. Como já havíamos mencionado anteriormente, Ibn Sina tinha memorizado o Corão aos dez anos de idade, mas nunca deixara de efectuar diversas interpretações filosóficas e científicas sobre aquele livro sagrado para o Islão. Apesar de manter sempre um espírito aberto e crítico, Ibn Sina considerou os profetas do Islão portadores de um nível superior aos filósofos. No seu entender, os profetas possuiriam almas puras racionais, podendo extrair máximo proveito dos factores inteligíveis (que até são do seu próprio conhecimento) e dos próprios silogismos. No entanto, Avicena não deixou de vincar que a filosofia seria a ferramenta ideal que permitiria traçar a distinção entre a profecia real e a ilusão.
Por outro lado, Ibn Sina procurou através de algumas reflexões atestar a existência da consciência individual bem como da substância imaterial da alma. Este erudito acreditava que os seres humanos nunca deveriam duvidar da sua auto-consciência, mesmo em situações extremas onde não se verificasse qualquer expressão sensorial. Chega inclusive a sugerir, como exemplo, a posição de um indivíduo que, se achando de forma suspensa/solitária no ar e sem esboçar sentidos, acabaria sempre por revelar alguma noção da sua própria "existência". No seu entender, a inteligência humana activa seria uma hipóstase ou uma via pela qual Deus transmitiria a verdade à mente humana, conferindo ordem e inteligibilidade à natureza. A alma existiria, assumindo a sua própria auto-consciência e importando conceitos racionais através de um agente universal do intelecto. Ela seria composta por uma substância original e única (embora imaterial), e seria independente do mundo físico. Por outras palavras, o corpo seria sempre um elemento secundário nesta equação, enquanto a alma assumiria uma concepção perfeita, imortal e indestrutível.
Ibn Sina também se pronunciou sobre o destino das almas, afirmando que os actos e as escolhas tomadas por estas ao longo da vida terrena seriam decisivas para um desfecho póstumo de recompensa ou punição. O filósofo muçulmano acreditava que vivíamos num dos melhores mundos possíveis porque o mesmo era resultante da criação de um Deus bom. No entanto, não nega a existência do mal, mas defende que este deriva apenas da ausência do bem. Por outras palavras, os males particulares deste mundo seriam, na maior parte, consequências acidentais e extraviadas do próprio bem predominante.
No âmbito da filosofia da ciência, Avicena pugnou pelo estabelecimento do método científico de inquérito, de modo a apurarem-se os princípios basilares da Ciência. Além deste instrumento, o filósofo persa sugeriu ainda mais dois: o método aristoteliano de indução e o método de examinação e/ou experimentação. No entanto, Ibn Sina demonstrava cepticismo no que diz respeito às induções, alegando que estas poderiam não levar a premissas absolutas ou universais. Por isso mesmo, prefere o recurso ao método de experimentação como um meio bastante útil para a investigação científica.
• Contributos verificados noutras áreas
Na Geologia, descreveu por exemplo a formação das montanhas. Na Lógica, desenvolveu um sistema que perdurou por bastante tempo - neste capítulo, reforçou a lei (ou princípio) da não-contradição proposta por Aristóteles, onde concluíra que o mesmo facto não poderia ser verdadeiro e falso ao mesmo tempo e no mesmo sentido da terminologia adoptada. Avicena argumenta mesmo que aqueles que negassem a lei da não-contradição deveriam ser espancados ou queimados até admitirem que ser espancado não é a mesma coisa que não ser espancado, e de que ser queimado não é a mesma coisa que não ser queimado.  
Ibn Sina acreditava que a luz teria uma velocidade, sendo esta presumivelmente finita (ainda que bastante elevada). Tentou ainda descrever o processo de surgimento do arco-íris, no entanto, não conseguiu ser bem-sucedido neste ponto em concreto.
Lançou ainda um duro ataque à astrologia num dos seus trabalhos. Ibn Sina duvidava do seu poder para prever o futuro, desconfiando ainda das reais capacidades daqueles que se intitulavam como astrólogos. Não obstante, acreditava que cada planeta teria imprimido alguma influência sobre a Terra, embora fosse impossível, no seu entender, determinar os efeitos exactos. 
Soube distinguir a astronomia da astrologia. Contrariou ainda a teoria de Aristóteles que alegava que as estrelas recebiam a sua luz a partir do Sol. Avicena contrapõe com a ideia de que as estrelas são auto-luminosas, embora também acreditasse, por outro lado, e aqui já de forma errónea, que os planetas seriam igualmente auto-luminosos. 
Avicena refutou ainda a crença da alquimia, tese que insinuava ser possível obter ouro a partir de metais básicos como o chumbo. O intelectual alegava que não seria possível transmutar as substâncias, embora fosse possível produzir nestas uma falsa aparência em caso de intervenção humana.
Por fim, Ibn Sina revelou ainda uma curiosa tendência poética, tendo elaborado alguns versos sobre temáticas medicinais. 
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✓ Valora a tus amigos...
Rabí Ioshúa se encontró con un conocido que le dijo:
-Querido amigo, hace más de un mes que no nos vemos, ¿qué debo decirte?
-Debes pronunciar una bendición- respondió el Rabí!
-¿Cuál sería la apropiada?
-Bendito Seas Tú!, Eterno, que nos dejaste vivir, nos sostienes y nos hiciste llegar a esta ocasión!
-Es una buena bendición- pero qué sucedería si pasara un año sin verlo, ¿cual bendición debería decir?
-En esa ocasión- respondió Rabí Ioshúa- la bendición sería: Bendito eres Tú, que revives a los muertos!
-¿Cómo puede ser? Los muertos no se olvidan hasta después de un año.
-Es verdad- dijo el Rabí- pero si tu no viste ni escuchaste nada de un amigo durante más de un año, puedes considerarlo como si estuviera muerto.
(Tratado Brajót 58)
Debemos estar conténtenos y agradecidos con Hashem por nuestros amigos y seres queridos que tenemos cerca y aun aquellos que están lejos, pero que los mantenemos cerca a través de una buena comunicación. Agradece y alégrate!!
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