Esse perfil é uma continuação do assucarada.tumblr.com Chego tarde, nunca fui ,sempre indo , não vou , cheguei...não encontro, sempre perco, nunca sei, não fiz, mas sempre fazendo, não conheço, mas faço parte, meio final, inicio do fim, quase lá... mais uma vez, não volto mais
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R
Ela é a hora certa O encontro marcado O atraso não tolerado Ela é Raio Trovôa em voz alta De dentro da boca da alma carnuda Por cima da coroa de cachos há mais que prata Há uma Rudia de pano Carrega a lata de sonhos na cabeça e o coração de ouro no peito descosturado Vai longe lavar todos esses pedaços Retalhos Tão bonitos de uma vida que ora, ela acha feia, ora ela ora e na Reza pede pressa Na prece pede alento e desce mais luta Não é de pedra Mas na bruteza da Rocha da alma que acha que não é bela, ela sabe dos defeitos Mas não tem certeza dos bem feitos e fartos encantos… Vai se lapidando Vai costurando novas asas e com elas voa mulher se achando homem Mas pousa flor quando quer ( Fé) menina Que tua religião é a música que tuas ventas negras ecoam quando respiras teus conceitos Tu é a história que sonha ensinar na escola mas que ainda é contada errada Mesmo que olhe grande, teu olhinho de criança brilha, quando aprende que não sabe tudo Tu é um mundo de ancestralidade! Do nome, até as marcas colorindo a pele Dança de felicidade, quando encontra sua origem e sua raça na poesia da arte ritmada Tomara que de (rep)ente alguém descubra o que tá na cara, cara linda Como tu é engraçada, cheia de vida e de pureza cheia de alma e signos Coisa que marca a gente, é uma viagem Rio , correnteza Uma força da natureza…
J.
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"Tramites bancários?"… "Passo sim…!" Respondi pra gerente do banco ao telefone. Olhos na tela do computador… Sem ter o que falar… Como alguém gerência sem se relacionar? Tão estranhas relações de facebook até face to face… Eu alí com os olhos no celular e o vigia com os olhos no meu decote… Lia sua fome de seios duros de ninfeta ruiva, via minha racha miúda pela calça e lambia os próprios lábios com a imagem dessa racha molhada sentada na sua cara… E a gerente permanecia com a cara na tela do computador sem reações, tela preta e fria, cheia do meu passado financeiro…Diz aí, se vou ter filhos? Quis perguntar… Passei os olhos na porta de vidro e vendo as faces na rua tentava achar olhares, precisava me sentir presente como pessoa, não queria ser só uma cliente de banco nessa tarde, nem queria ser só uma racha suculenta com o bônus de seios de bicos rosados… Eu solitária queria até pagar por um papo massa, queria encontrar gente naquele ambiente que cheirava a borracha de dinheiro de coreano da 25 de março… Eu queria laços os que eu não acho em nada por aqui…nem fodendo, nem pagando, nem no banco nem, na igreja, a porra da magia do desejo tá em falta… "Quer resgatar hoje?" A gerente muda me questiona sem mostrar a cara pra mim… Resgato, salvo sim! Vamo alí pro bar? uma breja salva nosso dia! Mas ela se referia ao tramite bancário, o tal convite feito pelo telefone, foi por isso que esperei na fila… Sou só mais uma pra vocês, nada mais que tramites bancários, negócios.. E tudo a parte disso é aquela cara sacana do vigia… J.
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Mel que escorre Pelo canto da boca Carne de intuição Que esconde arrepio Dentro da roupa Favo de prosa Que enfraquece com o julgo Doce de junho Que não engorda Fortalece o grito A fome de visão Fala o que agrada Prontidão de ouvido Sujo Mas que ama só Solitária ama feliz O que só diz Em silêncio Seu amor é mudo. J.
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Eu abraço uma árvore e sinto nela a força de quem caminhou semente Esteve sempre avoando folhas e florescendo sombra Namorando jardins e alimentando pomares Eu posso ser como ela... Posso amar e alimentar Proteger da chuva Envelhecer a folhagem Por que tenho cravado na casca da alma Iniciais de amores efêmeros E as dores cantam mais longas que os beijos desses amantes em mim São três acordes de tempo pra amar deste lado do jardim Eu balanço ironia Eu tenho esperança em cada galho Tenho saudade roendo feito cupim nas minhas raízes Mas tô aqui, cravada no mundo Abraçando quem me abraça Sendo dura pro vento mais frio da provocação da vida. Essa vida que é morta se no meio não tiver gosto, seiva Eu saboreio essa chuva que cai dos olhos Bebo os raios do sol dos teus dentes Balanço loucura Eu brinco com quem brinca de morar em mim Casa de árvore Danço com a tempestade, até o raio atingir os sonhos de ser árvore velha e segura Numa esquina que vai virar prédio, eu não quero ser concreto Eu quero ter a pele de planta florescendo amor Quero deixar a juba da minha copa tocar o céu e ter o cafuné de Deus Eu quero a cabeça de menino olhando pra cima e vendo ninho Eu quero passarinho Cantando e sendo livre em mim... J
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Conjugar, conjurar Feitiço do verbo certo Do gesto escrito Do afago sem pontuação Da vírgula que só sabe rir Interroga em oração Que sujeito nenhum enxerga nas cartas, na bola de cristal do suor dos poros… A exclamação do silêncio O ponto no final que nem quer findar O quente do desejo no corpo, O som do frio na alma Na sopa de letras que ela não sabe ler, sentiu o gosto Da própria língua que não gosta de falar, que nem falou… Guardou o encanto pra cantar recíproco em outro lugar… “Queimem essa bruxa que ela é mulher!” Essa geografia de loucura que vai e vem e não consegue ser história Esse caminho que só tem vento árvore e flor não escreve, só dói Íngua, cupim …Sertão de concreto Caldeirão nenhum verte magia certa Se a seta é torta…
Chegotardde
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Toma-me. A tua boca de linho sobre a minha boca Austera. Toma-me AGORA, ANTES Antes que a carnadura se desfaça em sangue, antes Da morte, amor, da minha morte, toma-me Crava a tua mão, respira meu sopro, deglute Em cadência minha escura agonia. Tempo do corpo este tempo, da fome Do de dentro. Corpo se conhecendo, lento, Um sol de diamante alimentando o ventre, O leite da tua carne, a minha Fugidia. E sobre nós este tempo futuro urdindo Urdindo a grande teia. Sobre nós a vida A vida se derramando. Cíclica. Escorrendo. Te descobres vivo sob um jogo novo. Te ordenas. E eu deliquescida: amor, amor, Antes do muro, antes da terra, devo Devo gritar a minha palavra, uma encantada Ilharga Na cálida textura de um rochedo. Devo gritar Digo para mim mesma. Mas ao teu lado me estendo Imensa. De púrpura. De prata. De delicadeza. Hilda Hilst
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Ária Amaríssima de um instante SOBRE mim o sudário das coisas. Brandura extensa Camada-transparência sobre as gentes. Vê só: Eu não te olho com o teu olho que sabe Que quase tudo em ti é transitório. Meu olho-liquidez Descobre uma tarde esvaída, tarde-madrugada Tempo alongado onde te fizeste em viuvez. Não perdeste a mulher ou o homem que amavas. Amamos tanto E a perda é cotidiana e infinita. Não é isso AGORA Quando te olho e sei de um Tempo-Tarde-Madrugada alongada. Olhaste à tua frente, ou do lado ou acima de ti Ou não olhaste, ou de repente alguém entrou na tua sala E disse claramente: devo dizer que sim àqueles da Extens Union? Que sim? A quem? E sou eu mesmo, este que está aqui? Distância, sigilosa incongruência, eu mesmo? A boca do outro continua: prazo perda dez por cento solução final... Solução final final... Te dobras inteiro com muita sobriedade O documento na última gaveta, bem à esquerda... Meu Pai, Entre o papel e eu, entre esta mesa e eu E essa boca inteira debulhada, entre eu mesmo e aquele Que repete Union Union, que filamento? Âncora, Tempo coagulado, um dia fui descanso e pastoreio. Um dia Tudo era eu, bulbo que seduzia, goela clarividente Uivo gordo viscoso, uivei entre as parreiras, uivei Porque sabia deste AGORA, Que a cadela do Tempo me roia, ia roer, rosnava me roendo Cadela-tempo, tu e eu... que contorno de nada, que coisa ida Nossa dúplice aventura, que... que sim, que sim... Olha: Diga que sim a esses da Extens Union. Hilda Hilst
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Sempre muito animada ou então deprimida, com Cass não havia esse negócio de meio termo. Segundo alguns, era louca. Opinião de apáticos. Que jamais poderiam compreendê-la." A mais linda mulher da cidade, do livro “Crônica de um Amor Louco”, Charles Bukowski.
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Plena mulher, maçã carnal, lua quente, espesso aroma de algas, lodo e luz pisados, que obscura claridade se abre entre tuas colunas? que antiga noite o homem toca com seus sentidos? Pablo Neruda
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Eu-alguém travestida de luto. (E um olhar de púrpura e desgosto, vendo através de mim navios e dorsos). Dorsos de luz de águas mais profundas. Peixes. Mas sobre mim, intensas, ilhargas juvenis Machucadas de gozo. E que jamais perceba o rocio da chama: Este molhado fulgor sobre o meu rosto. Hilda Hilst
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Apenas tu, Dionísio, é que recusas Ariana suspensa nas suas águas. Hilda Hilst
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