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O DESCONFORTO
Era uma área rural na qual ocorria uma festa, mas não uma qualquer, o local emanava um estilo antigo preenchendo-me com sentimentos nostálgicos. Haviam mesas redondas com longas toalhas brancas por cima e dispostas sobre elas, pratos, talheres e taças. Enquanto eu me dava conta de tudo ao meu redor, percebi que havia jazz tocando ao fundo, o que pareceu reconfortante no momento. Observei diversos rostos conhecidos, de familiares e amigos e outros os quais eu nunca havia visto. Até então parecia um ambiente tranquilo. Foi quando reparei pela primeira vez que a iluminação do local era amarelada, escurecendo o ambiente. Geralmente esse tipo de luz faz-me sentir aconchego, mas não dessa vez, eu sentia desconforto e algo parecia-me fora do lugar. Caminhando ao lado de meu marido Q., entramos cada qual em uma sala cúbica bastante pequena, as quais haviam paredes de madeira finas que eram coladas umas nas outras, fazendo com que ele e eu conseguíssemos conversar através delas, iniciando qualquer conversa com leves batidas nas mesmas. Pouco tempo tempo depois, um homem estranho bateu em minha porta alegando que iria entrar, eu prontamente respondi "Não, agora tá ocupado.", mas ele ignorou completamente minha advertência e assim o fez. Senti-me muito perplexa e desrespeitada pela atitude. Já com medo, começo a chamar por Q. em desespero, que por sua vez, ajudou-me. Começamos os dois a dar socos no rosto daquela figura ameaçadora que havia entrado sem permissão, dando-me uma sensação de alívio. Logo após ao ocorrido o ambiente muda continuando como se fosse uma festa, mas algo mais privado, ocorria em minha casa. Foi quando percebi que havia um gato marrom comendo vários montes de ração que encontravam-se espalhados pelo chão. Era um gato muito bonito, seu pelo macio e sedoso brilhava à luz do sol. Deu-me uma forte impressão de ser um animal místico e misterioso, mas que trazia consigo paz. Peguei-o e levei-o para casa acreditando que seu dono passaria por perto e o levaria. Logo mais, lembrei-me de algum compromisso fora e sendo assim, saí de casa apressada para que pudesse realizá-lo. Mais tarde ao voltar, meu marido Q. disse-me que o dono do gato havia passado pela festa e que foi embora levando-o junto, o que fez-me sentir tristeza por não conseguir despedir-me do bichano, além disso, Q. contava-me entusiasmado que o tal dono do gato tinha em seu antebraço esquerdo uma tatuagem com o rosto de dois Jokers, aquele simbolizado no tarô, que ele era inglês e que viajava conhecendo diversos locais diferentes pelo mundo juntamente com seu pequeno felino. Eu achei tudo isso muito interessante e pensei comigo mesma que se o gato marrom chegasse a ter filhotes um dia, entraria em contato com o homem para que pudesse ficar com um gatinho, que seria, assim como seu antecessor, místico.
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SERES CINZENTOS
Era o início de uma noite tranquila junto à família, estávamos meus pais, meus irmãos e eu conversando sobre assuntos cotidianos. Ao irmos para o quintal percebemos que havia um objeto oval pairando sobre nossas cabeças, girando em seu próprio eixo. Ele não emitia som algum e nele haviam luzes coloridas discretas que piscavam sem parar. Todos já conscientes do que aquilo significava, corremos apressados para dentro de casa novamente. Foi quando alertei-os “Fechem as portas para que não consigam entrar.”. No instante em que olhei em direção a porta de entrada, estava escancarada, e em seguida, avistei um ser pequeno e cinza, que por sua vez, também me viu e parecia estar consciente de meu medo ao observá-lo. Era simplesmente assustador. Quando nos vimos, ambos ao mesmo tempo, começamos a correr em direção aquela porta. O pequeno ser cinzento tinha um jeito peculiar de correr. Ao alcançar a porta eu tentava fechá-la freneticamente e ele tentava abrí-la. Eu conseguia sentir a força exercida sobre ela, fazendo com que tudo parecesse ainda mais real. Quando finalmente consegui fechá-la pensava apenas em como sairíamos dali, porque estávamos cercados. Qual seria a saída? Era angustiante estar presa dentro da própria casa com medo de seres os quais tu sentia emanar hostilidade. Sem dar-me conta eu estava em um dos quartos, o qual a janela encontrava-se totalmente aberta, mas para o meu alívio, havia nela grades de proteção. Ao olhar para fora, observava vários seres passando em momentos diferentes, mas consecutivamente em nosso terreno. Eles observavam-me de volta. Eu sentia muito medo quando fixavam o olhar em mim e desejando em demasia que isso cessasse, fechei a janela e a cortina, fazendo com que o quarto ficasse completamente escuro. Foi então que acordei com um sentimento de puro horror.
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O OVNI
Estávamos minha prima M.C. e eu em minha casa, conversávamos animadamente em meu quarto. Enquanto a conversa fluía, ela permanecia sentada no chão brincando com um jogo infantil que jogávamos quando crianças, aqueles peões que tu coloca um girando em cima do outro sem poder deixar cair. Nesse meio tempo eu estava em pé em frente a minha janela procurando luzes no céu, as quais a muito tempo já tinha curiosidade em avistar. Eu estava um pouco ansiosa pelo avistamento, prestando atenção aos mínimos detalhes que pudessem vir a me intrigar. E também desejava poder contar para M.C. já ter visto alguma coisa, mostrando como eu teria tido sorte em ver algo tão impressionante. Foi quando aconteceu. Avistei luzes no céu assim como eu tanto ansiava. Elas piscavam e eram coloridas, me lembrando pisca-piscas de natal. Eram tão lindas. Chamei minha prima surpresa e apressadamente para ver comigo aquele show celeste e foi aí que as coisas ficaram estranhas. Logo mais ao chamá-la, era como se as luzes soubessem o que eu havia feito, como se tivessem me escutado, o que seria impossível, já que estavam muito distantes. As luzes começaram a chegar cada vez mais perto de nós, ficando maiores e dando-nos uma visão exata de seu formato, era um círculo que girava em seu próprio eixo. “Disco voador.” foi a única coisa que consegui pensar já com o medo em mim instaurado, dando-me frio na barriga e gelo no coração de horror. Os sentimentos misturando-se dentro de mim. De repente, eu estava fora de casa, na calçada abaixada e cobrindo a cabeça com os braços como se isso fosse me proteger. Eu dizia em voz alta para que me ouvissem “Tô com medo! Desculpa, desculpa!” querendo dizer que não contaria a ninguém sobre eles para que talvez não me levassem embora. Sem conseguir pensar corretamente, coloquei-me de pé e comecei a correr, sentindo-os se aproximar. Eu corria entrando em becos e virando quarteirões até o momento em que lançaram sobre mim uma luz branca muito forte fazendo com que eu parasse de correr. Fiquei paralisada. Não me levaram embora, mas me deixaram propositalmente assustada, para que eu aprendesse a lição de ficar quieta quando visse algo que não tinha a ver comigo. Em uma mudança de cenário eu estava na sede da fazenda de meu pai com M.C. e observávamos o mesmo ovni indo rapidamente na direção contrária a nossa, para as montanhas que haviam logo adiante. O detalhe chocante é que em seguida houve uma explosão muito grande atrás dessas montanhas e então o disco simplesmente entrou fumaça e luz adentro, escondendo-se de olhares humanos. E ali permanecemos, chocadas.
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A DANÇA
Éramos uma família de três pessoas, meu pai, uma irmã mais velha e eu. Minha mãe? Ela havia falecido a alguns anos. Morávamos em uma casa a qual o ambiente possuía cores frias, sendo em sua maioria branco e cinza. Eu e minha irmã tínhamos o costume de dançar nas horas vagas. Era uma dança específica, balé, balé clássico, que viemos a aprender com nossa falecida mãe. Os momentos em que dançávamos fazia com que papai ficasse mais alegre, ele nos elogiava e lembrava de mamãe que também adorava dançar. Ele nos incentivava já que era algo que valorizávamos por despertar-nos lembranças. Como eu havia citado anteriormente, a casa aparentava ter um ambiente frio e transmitia-me um sentimento um tanto peculiar... ao menos era o que eu sentia. De fato eu sentia algo, havia uma presença na casa e eu não sabia o que era, mas fazia com que me sentisse incomodada. Eu tinha o hábito de cochilar durante as tardes como uma forma de revigorar-me para o restante do dia, mas por alguma razão, esses não eram momentos de tranquilidade. Foi quando percebi em mim um sentimento muito conhecido. Medo. Eu conseguia ouvir uma voz todas as vezes em que estava quase cochilando. Quando isso ocorria, cobria-me até a cabeça e escondia-me do quer que fosse. Era como se então eu caísse no sono e algo me chamasse ou as vezes até mesmo tocasse meu braço. Meu coração acelerava batendo acelerado e qualquer um poderia sentir meu desespero. Certa tarde, já cansada de me sentir assim, começo a perturbar o que me perturbava. Todos os momentos em que eu ouvia alguém a chamar-me ou a tocar-me, mesmo com medo, saía de dentro das cobertas seguras e dizia em alto e bom som “Quem tá aí? Quem tá aí? Aparece!”. Essa situação repetiu-se durante vários dias, até que finalmente consegui enxergar quem mexia comigo. Enquanto eu dormia, ele chamava meu nome como em um sussurro, no momento em que acordei, com medo, mas determinada, levantei em um pulo e tentei segurá-lo. Quase desisti, quando o ouvi novamente dizendo algo incompreensível direcionado à mim. Ele estava lá, embaixo da cama, com olhos de pavor, assim como os meus. Parecia que queria fugir de mim, já que tentava sair rapidamente de baixo do móvel como se fosse correr e esconder-se novamente. Não o deixei realizá-lo. Segurei-o ao tentar esgueirar-se para fora, eu dizia em meio ao momento crítico “Não vai fugir! O que quer?” e repetia “O que quer? O que quer?”. Eu o segurava tão firmemente pelos ombros enquanto ele me observava com olhos esbugalhadose ao mesmo tempo ele transmitia-me muito medo através de seus olhos. Não descobri a identidade do garotinho.
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A CASA DAS CRIANÇAS MORTAS
Eu estava em uma casa desconhecida na cidade com um homem que era de meu convívio, um familiar direto. Fugíamos enquanto tentávamos nos esconder de algo com energias negativas que vinha nos perseguindo e que chegava cada vez mais perto. Essa coisa, a qual não conseguíamos identificar corretamente era um monstro ou uma entidade e estava atrás de todos aqueles que se colocassem em seu caminho. Sim... pegaria qualquer pessoa e isso estava atrás de nós, de mim. Eu sentia. Com medo eu dizia ao homem que precisávamos nos apressar e encotrar logo um lugar seguro, já era muito arriscado permanecer fugindo pelas ruas que tinham tanta visibilidade. Foi quando o cenário mudou totalmente, eu estava em outra casa, na fazenda, e eu observava atenta minha enorme caixa de brinquedos de papelão, ansiando em vê-los de novo. Foi um sentimento de alegria e alívio tão grandes quando espiei dentro dela e pensei “Continua tudo igualzinho como eu havia deixado.”. E mais uma vez a situação muda, dessa vez com um ar mais antigo e com certeza mais pesado. Era uma casa de campo de concentração, mas construída para prender apenas crianças. Nesse momento eu estava em uma excursão e haviam pessoas as quais reconheci os semblantes, eram colegas de faculdade e alguns ainda do tempo de escola. Estávamos visitando a casa onde essas crianças foram presas e terrivelmente torturadas. O local transmitia muito bem essa sensação pesada. Havia um guia nessa excursão e ele percebeu a curiosidade do grupo e então disse-nos em tom explicativo “Me disseram que quem fica preso depois da hora consegue escutar as crianças.”. Isso não foi um choque para mim, afinal o lugar era repleto de uma energia que parecia te consumir ao esgotamento. Foi então que aconteceu. Sem motivo aparente eu e mais uma pessoa, uma mulher a qual eu nunca havia visto, ficamos presas dentro dessa casa depois da hora e estava escurecendo rápido, aliás, já estava escuro. Desesperada por estar ali começo a seguir a voz da pessoa que estava juntoà mim, mas quanto mais eu seguia em sua direção, mais sua voz sumia, fazendo-me andar sem rumo diversas vezes em vão. Foi nesse momento que enxerguei a sombra da primeira criança. Como havia mencionado antes estava escuro, tanto lá fora quanto lá dentro, mas mesmo assim, avistei nitidamente na escuridão. Assim que me dei conta de que era uma das crianças que havia morrido ali, meus passos aceleraram na direção contrária e foi aí quando comecei a enxergar mais sombras, cada vez mais delas, chegando perto e correndo para longe de mim. Foi assustador. Pela intensidade do susto meus joelhos falharam e caí ao chão, arrastando-me então até a porta. Quando percebi que não haveria saída, levei as mãos aos ouvidos por não querer ouvir o que as crianças tinham a dizer, implorando para quem quer que escutasse, que eu pudesse sair logo dali. Ninguém apareceu.
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CAPTURADA
Meu pai e eu fazíamos alguma atividade importante na fazenda. Minhas amigas da época da escola também encontravam-se lá. Eu estava aos fundos da casa, perto do coqueiro e da cerca que foi violada para que houvesse fácil transição, entrando e saindo do local sem a necessidade de caminhar até o portão, que era um caminho mais longo. Acompanhada de uma colega em quem eu confiava, ao olharmos para o céu daquela tarde límpida, avistamos luzes brancas, duas para ser exata, elas se dispunham como se fossem fogos de artifício... a incerteza pairou em meu coração. Enquanto as luzes se aproximavam do terreno da casa ficavam cada vez maiores e ao nos darmos conta, observamos que elas atingiam a terra como bombas. Eram luzes explosivas e infelizmente descobrimos da pior forma. Terra era expalhada para todos os lados, e ainda em choque devido ao ocorrido, fui correndo até a parte da frente da casa, onde localizava-se a cozinha, lá estavam reunidos a maioria de meus amigos e meus pais. Foi quando de repente, uma interferência peculiar no rádio instaurou-se no ambiente, fazendo com que nossos corações ficassem apertados de horror. Em seguida, algo foi dito naquele momento pelos invasores e logo após, como se houvesse ocorrido um lapso no tempo, já era de manhã e estavam todos em ainda em estado de pânico. Além de assustados, estávamos desnorteados e sem saber o que fazer. Conversei então com um casal de amigos e, já mais calmos, dizíamos o seguinte “Já que podemos mais estudar as coisas importantes, fingiremos estudar apenas o superficial para conseguirmos derrotá-los.”. Concordei. Logo mais, o cenário modifica-se ficando mais turbulento e aterrorizante. Eu tentava constantemente escapar dos extraterrestres, das formas mais estranhas possíveis. Sentia-me muito bizarra. Em uma das tentativas de fuga, a qual eu sentia que ele estava muito perto, entrei dentro de um colchão e engatinhava por dentro dele, sendo seguida, até que consegui localizar a saída e saí em disparada, escondendo-me. Em outro momento, eu estava na rua brincando como fazia antigamente com amigos, e de repente um alarme soava e todos tínhamos que apressar-nos e escondermo-nos desesperadamente do que quer que viesse nos pegar. Eu estava então deitada no chão do asfalto com as mãos cobrindo os olhos e pensando incessantemente “Não quero olhar, não vou olhar, se assim o fizer não terei tanto medo.”. Em seguida, fui agarrada pelos pulsos sendo forçada a olhar para o rosto desconhecido daquele ser. Tudo ficou branco, mas a sensação de pavor permanecia. Eu, mais uma vez em um local diferente, estava em um galpão abandonado escuro e eu sentia que não estava sozinha, meu medo crescia ainda mais. Quando finalmente consegui enxergar o que estava comigo ali, era um espírito que ainda não havia encontrado a paz, uma adolescente, encontrava-se nua e toda coberta de graxa, desde os cabelos negros até a ponta dos pés. Esse espírito atormentado queria me ajudar a escapar por alguma razão, então a segui até uma porta e consegui fugir.
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A INVASÃO
Era uma tarde turbulenta, nada parecida com aquelas que estou acostumada, comuns e tranquilas. Todos com olhos e corações cheios de medo. Minha mãe, meu irmão O. e eu estávamos na casa de meus padrinhos M. e D., sendo que meus primos M.C. e P.H. também encontravam-se lá. Na sala foi onde tudo começou. Medo e agilidade precisariam andar de mãos dadas naquele momento, pois, precisaríamos esconder-nos rapidamente. Alguma coisa tentava com afinco invadir a casa. Foi quando minha mãe, muito preocupada por minha segurança, mandou-me com voz exaltada ir até o quarto de minha prima. A invasão começara. Cada um escondido em um quarto diferente. Meu padrinho escondia-se no quarto de meu primo, minha mãe, minha madrinha e meu primo, escondiam-se na lavanderia, eu e minha prima em seu quarto. Todos estavam assustados enquanto ouviam ruídos estranhos pelo restante da casa. Do quarto de M.C. eu conseguia ouvir a voz de minha mãe e dos outros conversando sobre a situação apavorante em que estávamos. Meu sentimento de pânico crescia demasiadamente à medida em que percebia suas vozes, se eu poderia ouví-los, eles também, portanto eu temia que fossem levados embora. Ainda no mesmo cômodo, escutávamos também ruídos vindos do lado de fora da janela, como se alguma coisa estivesse passando por lá, procurando. O pânico, o pavor e o medo de ser encontrada era excruciante e tendia apenas a aumentar. Percebemos um detalhe, podíamos espiar pela janela trancada, parecendo uma tela em um pedaço dela, a qual conseguia-se enxergar apenas através do lado de dentro. Sorte a nossa. Quando íamos ver o que havia invadido, já era tarde demais, havia ido embora, e então, saímos dos quartos prontos para discutir o que aconteceu, como e porquê. Fiquei furiosa com meus familiares, principalmente com minha mãe, dizendo que todos deveriam ficar em silêncio durante o ocorrido, caso contrário, estariam se colocando em perigo. Logo mais, ajudei meu irmão a fechar toda a janela do quarto onde estava escondido, deixando aquela tela para que ele também pudesse espiar quando precisasse. O quarto em que ele estava era o quarto de meus padrinhos. Foi quando meu primo nos alertou de que ainda havia algo na casa, escondido, ele me pediu então para que eu o ajudasse a procurar especificamente embaixo de uma mesa e assim o fizemos, logo no momento em que olhamos, aquilo que estava lá desapareceu em um segundo. Ficamos todos surpresos. Havia realmente alguma coisa lá. Depois deste ocorrido, eu e minha prima voltamos ao seu quarto para melhorar a segurança da janela e para que isso pudesse ser feito, foi preciso antes abrir e observar o corredor do quintal. Pensei ter visto algo, mas foi apenas impressão. Procurando pelo invasor em desespero, acabei avistando três gatos deitados em forma de esfinge, estavam tranquilos em cima de uma mesa, porém, o medo pela expectativa de encontrar alguma coisa estranha durante aquele momento foi o mais avassalador.
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A SEITA
Era um ambiente escuro com o céu ao anoitecer, não haviam muitas luzes pelos postes da cidade e transperecia um ar misterioso. Meu irmão e meu primo estavam fora de casa, então eu precisava chamá-los para dentro onde seria mais seguro. Eu estava preocupada e localizava-me na casa de dois andares de minha falecida avó. Em compensação, os meninos tinham uma localização um tanto inconveniente, já que estavam na esquina da casa, atravessando a rua quando os vi. Fui chamá-los para que ficassem junto à mim e ao o resto da família em segurança. Mas, ao ao dar o primeiro passo para fora do portão percebi que, como numa mudança de cenário, eles estavam jogando um jogo de tabuleiro, xadrez ou damas, naquele ambiente escuro e sombrio. Foi quando ouvi os Druidas nas montanhas realizando seus rituais, estavam cantando uma canção, a qual eu escutava nítida e receosamente, parecia ficar cada vez mais audível, mais perto de mim. Chamei-os então, já despertada pelo medo, e neste mesmo momento, um vento muito forte soprou e era trazido pela força do canto daquele povo, fazendo com que eu perdesse totalmente meu equilíbrio, e aos meus olhos o ambiente tornou-se mais escuro ainda, porque, mesmo à noite, as luzes que sobravam acesas se apagavam de repente, e com isso uma sombra seguia tomando tudo. Consegui entrar e fechar o portão da casa, mas com muita dificuldade devido ao vento, eu sabia que aquele povo perigoso estava logo ali, os sentia e os ouvia por perto, em passadas rápidas. Passos, passos como em filmes de terror e que parecem estar logo ao teu lado. Foi então que subi as escadas até a sala do segundo andar para espiar a cidade pela grande janela construída em vidro e observar o caos que estaria sendo instaurado. Pessoas corriam, subiam e desciam a rua, seus rostos tinham expressões macabras e até mesmo maldosas. Foi quando percebi, eu não era mais eu, não existia mais o meu corpo físico e sim uma energia expectadora analisando o que acontecia ao redor. O cenário muda. Eu fingia estar hipnotizada, para que nada ruim me acontecesse naquele ambiente nocivo, mas claro e cheio de luz, em uma tentativa de ser aconchegante. Era uma sala onde havia uma mesa oval branca de madeira maciça, cheia de pessoas sentadas à sua volta e todos com seus olhos fechados, hipnotizados e obrigados a estarem ali. Eu estava andando como se estivesse hipnotizada acompanhando todas aquelas pessoas onde quer que estivessem indo. Mais uma mudança de cenário ocorreu rapidamente. Agora havia um envelope, também branco com um documento dentro em frente ao assento de cada um, era uma autorização ou consentimento por estar participando daquilo. De repente, percebi quehavia uma mulher em minha frente perguntando-me se eu gostaria de fazer alguma doação, e eu, tentando disfarçar a suposta hipnose disse que j�� havia doado dinheiro e que estava a procuran de minha filha. O que estava acontecendo era uma lavagem cerebral, uma seita, lembrando uma caça à pessoas comuns para obrigá-las a fazer parte de algo que elas não entendiam, fazendo com que a necessidade de explicação e consentimento fossem dispensados. Sentia-me deslocada naquele lugar e sem saber como prosseguir.
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GAROTA PÁLIDA
Estávamos minha mãe, eu e uma garotinha loira que por sua aparência, tinha uns 6 anos no sítio de minha tia, mas sentíamos como se fosse a nossa própria casa. Essa garotinha era a minha irmã mais nova. Minha mãe consertava consertando uma luz em um poste, equilibrando-se em cima de um banquinho concentrada e com ferramentas em suas mãos, enquanto minha pequena irmã olhava fixa e assustadamente para um ponto entre as árvores que estavam no terreno a nossa frente. Perguntei à ela “O que foi?” e então mais uma vez. Não obtive respostas em meus inquéritos, tudo o que via era apenas um olhar que misturava medo e não entendimento daquilo que estava se passando. Quando me posicionei para olhar na mesma direção que ela, avistei a silhueta de outra menina, mas essa parecia ter aproximadamente 13 anos. Ela possuía longos e lisos cabelos negros até quase a cintura, vestia uma camisola branca que ia até metade das canelas e sua pele era extremamente branca, dando-lhe uma palidez incomum. No momento em que coloco meus olhos nela, percebo que havia um poço abaixo do chão de algum cômodo da casa, essa ideia invadiu minha mente mente abruta e forçosamente. Por sua vez, a menina percebeu meu olhar sobre ela e encarou-me de volta. Foi quando comecei a gritar para a minha mãe freneticamente “Tem alguém ali!”. Logo após o meu alarde, a silhueta começou a correr por toda aquela extensão de terra entre as árvores e logo mais avisto um leão que em disparada correu no instante seguinte. Ele estava conosco e não faria-nos mal algum, eu sabia porque sentia que tínhamos uma conexão. De repente, a menina de cabelos negros teletransportou-se e esteva agora correndo em minha direção, meio metro à minha frente. Chamei-a. Ela olhou-me diretamente com seus olhos azuis, azuis muito claros, transmitia-me sofrimento, além disso, seu glóbulo ocular era azul também e depois não mais. Apesar de não ter ignorado meu chamado, continuou a correr até sumir de nossas vistas. Nesse meio tempo a figura materna encontrava-se muda. Minha mãe era outra mulher agora, tinha uma pele branca bem clara e cabelo loiro com um corte super curto. O cenário muda. Minha irmã passa a ser uma criança reclusa que não fala e que demanda muito estresse à nossa mãe. Ela bisbilhotava e bagunçava tudo o que estava ao seu alcance e as vezes fixava o olhar assustado em determinadas direções com certa frequência. Estávamos dentro de casa e minha pequena irmã começou a ver alguma coisa diante do corredor, dentro dos quartos e dentro do armário do quarto principal, sucessivamente. Quando também olhei para o corredor, com muito medo do que pudesse vir a ver, enxerguei uma figura desfigurada, mas ainda assim, sabia que era a mesma coisa que havia visto lá fora, a garota pálida. Corri então em direção ao corredor e ela desapareceu e reapareceu um pouco mais longe de mim, do outro lado do mesmo. Eu estava muito assustada por ter de ir até lá onde esta menina estaria, e enquanto chegava mais perto dela, o mesmo leão que havia lá fora estava agora deitado tranquilamente perto da porta a qual eu precisaria abrir para encontrá-la, a porta do corredor. Logo mais, senti minha gatinha em meus braços, ela estava ali para me auxiliar juntamente com o outro felino para que eu tivesse coragem para continuar. Depois de eu acariciar ligeiramente o leão, a porta foi finalmente aberta e não havia nada lá.
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A MENININHA
Minha sogra A. estava junto à mim em minha casa. A. e eu estávamos assistindo a um programa de tv e o que vimos através dela nos deixou muito assustadas. Começamos as duas a enxergar uma imagem desfocada de uma garotinha e então a tv desligou-se sozinha. Nos olhamos com ar de preocupação. Logo em seguida, consigo sentir a presença dessa garotinha em algum lugar da casa. Eu estava com muito medo, uma sensação de que eu não poderia fazer nada para impedir esse sentimento ruim. Quando percebemos, a garotinha estava se “materializando” na sala a qual nos encontrávamos. Foi quando me dirigi à A. em tom de advertência “Ela está aqui!”. Lá fora chovia muito, conseguíamos ver os clarões dos raios entrando pela janela e escutar os trovões. Foi quando corri para a garagem, já que eu que não queria estar no mesmo cômodo onde aquele espírito estaria, não queria encará-la de jeito algum. Com certeza não queria encará-la. De repente, o cenário muda para outro tempo e outro lugar. Eram anos antes, décadas. Eu estava de mãos dadas à uma garotinha que sempre ficava de cabeça baixa e instintivamente isso fez com que eu a segurasse com força. Quando percebi o que estava acontecendo diante de mim fiquei chocada. Eu estava entrando em sua casa, segurando a mão daquela criança que ia me guiando e mostrando um pedaço do que foi a sua vida, uma memória. Lá dentro avistei um homem e uma mulher, deduzi então que fossem seus pais. Eles foram extretamente ríspidos com a menininha e se dirigiram à mim de forma debochada e dizendo “Obrigada por cuidar de nossa filha, não é mais necessário”. Era uma total negligência àquela criança, e sendo assim, esbravejei aos pais que eles não a machucariam de novo e que eu iria protegê-la. Sentia-me preocupada e perplexa pela situação.
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A ESCURIDÃO
Juntamente com meu namorado e nossos gatos, Kurt e Jessie, estávamos relaxando em casa. Todos no quarto e deitados na cama assistindo tv. Foi quando de repente, através da parede, sealastrando por ela, uma escuridão surgia e assim foi crescendo incessantemente. Desesperada, levantei rapidamente e logo depois estávamos saindo do quarto angustiados, virei-me então e chamei pelos gatos, gritando por eles com muito medo. Também agitados vieram até mim. Eu tinha medo que essa escuridão os engolisse, muito medo. Eu sabia, porque podia sentir, que essa massa escura queria levar embora apenas a vida dos animais, que eram seres puros. Enquanto a escuridão alastrava-se cada vez mais rápido, estávamos ficando sem saída, mas mesmo assim, fiquei aliviada pelo bem estar de Jessie, já que este mal não queria levá-la, já o Kurt... eu estava desesperada por ele. Dei-me conta de que não conseguiria impedir que Kurt fosse levado e eu sabia que ele seria morto e que sofreria eternamente por causa disso. Eu não conseguia pensar em mais nada a não ser “E agora?”. Mais que depressa, pego Kurt em meus braços e corro para o terraço da casa, já em lágrimas. A escuridão estava nos cercando por todos os lados e estávamos cada vez mais encurralados. De repente, de forma misteriosa, uma faca afiada aparece em uma de minhas mãos. Não pensei duas vezes, com a finalidade de proteger o gato, dei-lhe uma facada entre a barriga e os pulmões. Eu chorava compulsivamente. Ele miou para mim. Eu sabia que se Kurt fosse levado pela escuridão ele sofreria e eu não queria isso.
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O ALIENÍGENA
Eu estava na varanda de minha casa, era grande e espaçosa, com uma colega da universidade. O dia terminava com um final de tarde em horário de verão, já que o céu continuava iluminado. Minha amiga e eu conversávamos enquanto observávamos aquela imensidão celeste, quando de repente avistamos coisas estranhas surgindo bem acima de nós. Pequenos e ágeis aviões encontravam-se e espalhavam-se, de dentro para fora, formando um desenho de forma circular, além e atirarem fogo nas direções em que se dispersavam. Observando aquilo, percebemos que eram naves alienígenas invadindo a Terra. Logo após esse momento, cai de ponta diante de nós um avião humano em chamas, foi então que manifestei-me alegando que deveríamos descer e olhar o que estava acontecendo. Eu carregava muita preocupação no olhar. Nessa casa, viviam comigo dois rapazes, ambos eram de minha família. Um era a representação de meu irmão O., o outro, era um parente importante. Robbie era o nome que ficava em minha mente. Quando minha amiga e eu descemos as escadas apressadas, ao mesmo tempo, meu irmão e o outro rapaz já estavam na porta da frente, também preocupados e curiosos pelo avião que havia caído poucos prédios de distância do nosso. Ao abrirmos a porta, a rua estava um caos, haviam pessoas correndo em pânico e desordenadamente, o que foi muito chocante para mim. Repetia a mesma pergunta a mim mesma “O que está acontecendo?”. Enquanto os meninos voltavam correndo, perceberam que estavam sendo perseguidos por dois caras e uma mulher. Meu irmão e o outro rapaz conseguiram entrar em casa e fecharam a porta o mais rápido que puderam, fazendo com que essas três pessoas estranhas ficassem à nossa porta, pedindo permissão para entrar desesperadamente. Foi quando meu irmão perguntou, por apresentarem uma fala estranha, se eles eram alienígenas, e obviamente os três disseram que não. Depois de pensarmos por alguns instantes, permitimos que entrassem e então percebemos que eles eram realmente de outro planeta e começamos todos a correr para nos esconder, logo mais notamos que eles não eram criaturas hostis e que inclusive muito se assemelhavam aos humanos. Todos então passamos a viver juntos e escondidos dos perigos que pudessem estar lá fora. O tempo havia passado e o caos continuado. Um dos novos integrantes da casa havia escondido o fato de ser um alienígena, sendo que ao ser descoberto, solicitamos que o mesmo revelasse seu verdadeiro nome, e ele disse que era Robbie. Ele era um cara agradável e muito divertido e eu havia me apegado a ele. Com todo esse tempo passado conosco todos eles aprenderam a falar corretamente e pareciam humanos como qualquer outro agora. Mais uma vez, depois de algum tempo, aproximadamente dois anos depois, a situação da Terra ainda era a mesma. Diferente de antes, Robbie e o outro alienígena do grupo foram averiguar como se desenrolava a situação fora da casa. Como eles estavam demorando muito, saí para verificar se estavam bem e foi aí que percebi que haviam desaparecido. Voltei correndo para dentro da casa, porque assim como antes, alguém me perseguiu até a porta, mas dessa vez não deixamos entrar. Nesse momento, minha colega e meus familiares não estavam mais naquela casa conosco, eu não entendia o porquê, mas eles não haviam simplesmente desaparecido. Entendi que o foco foi apenas outro. Desesperei-me com o sumiço de Robbie, queria encontrá-lo e estava muito aflita com a situação. Ele realmente fazia falta para mim e eu sentia-me bem com ele por perto. Percebi que nutria sentimentos por ele. Inacreditável, realmente havia caído por um alienígena. Passaram-se poucos meses desde então e minha vontade de encontrá-lo era cada vez maior e mais intensa. Haviam dias em que eu chorava por sua ausência. Foi quando em uma noite agitada e estranha, Robbie voltou, mas por alguma razão não falava diretamente comigo e estava verificando a situação lá fora novamente de forma frenética e preocupada e diferente de antes, a noite era sinistra, calma e escura. Decidi chamá-lo, mas ele nem mesmo olhou para trás em minha direção, continuando o que fazia ao portão. Estava consertando uma pequena caixa fixada junto à parede. Ao chegar perto o suficiente o abracei por trás e disse que estava muito feliz com seu retorno, ele então virou-se para mim e me abraçou de volta, alegando que sentiu minha falta. O cenário muda e sou a expectadora da situação. Dessa forma, eu sabia que ele ttinha sentimentos por mim, mas a mulher que eu fazia presente na estória, não. Agora estávamos cientes do amor que um possuía pelo outro. Foi então que ele foi me levando para os fundos da casa para subirmos o muro e observarmos as estrelas juntos, se fosse seguro, claro. Robbie colocou-me em seu colo e sutilmente beijou-me enquanto subíamos em direção ao muro.
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O CONFLITO
Era uma festa em um lugar gigante, super espaçoso e com muitas pessoas. Todos muito bem vestidos. Eu estava em meu quarto que localizava-se no mesmo local enorme. Eu cantava uma canção qualquer enquanto assistia ao programa de música e show que passava na tv, junto com uma mulher mais velha e meu namorado. Essa mulher começou a tentar tirar o controle de minha mão para trocar o canal e eu a adverti que estava assistindo ao programa e ela fez-se de desentendida dizendo apenas um “Ah…”. Mais uma vez, em um intervalo curto de tempo, ela ela repetiu o ato e dessa com sucesso, deu um click em qualquer botão trocando o canal apenas para ser irritante. Fiquei furiosa e tomei o controle de volta e fui passando pelos canais até encontrar o programa musical, mas mesmo procurando com atenção, era difícil encontrar. No final, apesar de ter encontrado o canal, eu estava chateada por ter perdido a música que estava tocando. Essa mulher desconhecida tinha quatro filhas, mas apenas duas delas apareceram onde estávamos, a mais velha e a do meio. Elas estavam em outro cômodo da casa, aquele que foi designado à festa. A mulher então sai do cômodo onde estávamos e alega que a festa estava chegando ao fim e que todos logo estariam indo embora. Eu ainda sentia-me indignada e meu namorado tentava me animar, mesmo um pouco indignado também. No momento seguinte, nós havíamos saído da casa para fazer alguma coisa lá fora e logo mais entraríamos de novo e quando estávamos perto do portão de entrada, vimos a mulher em seu carro com o rosto franzido, como se estivesse brava. Ao entrarmos, subimos em uma pequena arquibancada e nos sentamos lá, mas enquanto eu sentava escutava uma das filhas dizendo que iria "matar aquela vagabunda". Não dei ouvidos. No momento seguinte, chegam ao local em que meu namorado e eu estávamos duas garotas, aquelas duas filhas. A mais velha estava furiosa e me chamando para ter uma conversa. Fui, sem sair muito do meu lugar, mas fui, já que ela também estava perto. Ela vociferava com muita brutalidade o porquê eu havia feito aquilo e repetia a pergunta de formas diferentes, eu, sem compreender o que acontecia ali, dizia que não havia feito nada, a mais velha disse então que a mãe dela estava com um pequeno corte na cabeça e que a mesma disse que foi feito por mim. Incrédula, eu respondi a elas que foi auto infligido e que eu não havia feito absolutamente nada, mas elas não acreditaram. Foi então que apareceu uma outra garota ali, esta me defendia, tentava pensar racionalmente e dar pistas ou investigar melhor a situação para que as irmãs enxergassem que não havia sido eu a autora do corte. De repente a irmã do meio enlouqueceu, pegando várias facas atacabndo-me incessantemente, queria acertar-me várias e várias vezes. Em alguns momentos eu sentia cortes sendo surgindo em minha pele certa quantidade de dor, mas continuava a evitar os ataques. Logo mais, já muito irritada,não tentava apenas defender-me, mas atacava também. Foi quando consegui derrubar a garota enlouquecida ao chão enquanto dava socos em seu rosto, pensando que ela merecia aquilo, já que estava tentando injustamente fazer algo horrível. Bati, chutei, dei mais socos... ela continuava a se contorcer, eu batia nela, mas não com toda minha força e eu não sabia o motivo. Quando percebi, eu estava realmente transtornada e atacando-a cada vez mais e com mais força e além disso, também peguei uma faca e comecei a cortá-la em vários locais diferentes de seu corpo. As vezes a cortava como um pedaço de carne. Quando finalmente parei, a coloquei em uma barra de ferro em cubo que estava pendurada perto do local onde encontráva-nos e a empurrei, fazendo com que a mesma se equilibrasse no ar. Seu rosto mostrava-se lamentável, como se estivesse sem vida, não morta, não esse tipo de “sem vida”. Era como se estivesse sem cor, tão pálida... algumas pessoas tentaram ajudá-la, acredito que eram seus familiares. Então eu disse que ela deveria analisar com afinco uma situação antes de julgar e fui embora. Senti-me estranha e ao mesmo tempo satisfeita ao perceber que eu era forte e capaz de defender-me contra os que me quisessem mal.
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O METAMORFO
Tudo começa em uma espécie de bar, um pub, eu era eu, mas era uma pessoa com um rosto diferente. E havia ele... bem, um cara muito bonito e charmoso, se dava bem com todos e parecia ser uma pessoa bacana. Seu cabelo era negro e um pouco comprido, seus olhos eram escuros e penetrantes e por fim sua pele, era branca e parecia tão macia ao toque. Tudo ilusão. De repente, em uma mudança de cenário, eu era sua propriedade há alguns anos e estávamos no bar como se nada tivesse acontecendo, como se ele não fosse um abusador. Eu o tratava bem. Por que? Instinto de sobrevivência? Sim, essa era a razão. O tratava bem, mesmo com seu abuso sobre mim, era sempre educada e divertida com ele, porque, não queria ser maltratada como um animal, tinha medo. Sempre “ele” e nunca um nome. Qual era o seu nome? Não tinha, não foi definido, era apenas alguém ou alguma coisa. Os ares daquele ambiente do bar mudaram de repente, eu estava desafiando-o, estava dizendo que não queria mais aquela situação e ele como se duvidasse ou apenas desdenhasse, não me respondia, apenas me olhava, ignorando minha fúria. Fugi dele no instante seguinte, pelas escadas que haviam no mesmo local. Eram lances e lances de escadas, parecia interminável, eu as descia correndo com muito medo de que ele me alcançasse. Ele corria também, enquanto o fazia, dizia-me algo, mas era inaudível, parecia afirmar que pegaria novamente não importando para onde eu fosse. Em determinado momento, ainda descendo as escadas, o vejo se transformar em algo diferente. Não era humano. Era como se ele tivesse um focinho comprido e dentes afiados da mesma cor de sua pele parecnedo uma extensão da mesma. Ele emanava um ser poderoso e mal. Foi quando percebi que ele vestia um quimono japonês. Logo depois, pessoas foram manipuladas pelo metamorfo, as que estavam no bar para que me caçassem. Ele queria matar-me, eu sentia que sim... ou então maltratar-me-ia infinitamente pela tentativa de fuga. Seus poderes eram tão magníficos, conseguia sentir em meu corpo como se fosse uma pressão atmosférica pressionando-me. Quando finalmente terminei os lances de escada, percebi que estava no estacionamento do bar tentando desesperadamente me esconder embaixo dos carros ali estacionados enquanto ele e as outras pessoas procuravam-me, raivosas e obedientes. Foi então que o avistei em sua forma original, ele era enorme, fez-me sentir tanto medo. Foi então que apareceram três clones seus e iniciou-se uma luta entre eles e o original. Enquanto isso acontecia, fui para baixo de um dos carros. Ele, ao avistar-me, arremessou o carro com apenas um braço e pegou-me no colo fugindo de seus clones. De repente, vi-me saindo de seus braços e ele, por sua vez, com os clones derrotados veio atrás de mim. Mais uma vez tento correr e infelizmente, fui encontrada por uma mulher que começou a chamar a atenção dos outros em minha direção. Consegui escapar, mas não dele. Fui capturada novamente. “Vai matar-me.” eu pensei, mas não foi o que aconteceu. Levou-me para dentro do bar, que ao mesmo tempo agora parecia uma casa exageradamente grande e espaçosa. Eu seria maltratada e tinha certeza de que quando ele estivesse satisfeito diria que fez o que fez por minha culpa e que ele teria sido inclusive gentil demais comigo, razão pelo meu mal comportamento. Logo mais, ele fala sobre quando cometeu o primeiro abuso, que foi gentil como deveria ser e que nunca fez-me mal algum, do mesmo jeito que estaria sendo generoso neste momento ao apenas castigar-me. Eu estava em prantos. Ele dizia que eu seria a mãe de seus filhos, que meus genes por possuírem algo especial fazia com que eu fosse capaz de gerá-los.Mais tarde, meu melhor amigo aparece para me salvar. Havia um carro disponível. Conseguimos. Fujo novamente e dessa vez escondo-me dentro do bar. Tal amigo era uma pessoa agradável e que me transmitia confiança. Para minha infelicidade, aquele homem encontrou-me mais uma vez e por mais que eu mudasse de esconderijo, ele sempre me encontrava. Era desesperador. Eu estava muito assustada e com muito medo de morrer. Foi então que meu melhor amigo salvou-me no último segundo, chamando a atenção do abusador metamorfo para fora do local em que castigaria-me novamente e então, mais que depressa, fugi definitivamente.
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A CRIATURA
Eu estava a observar um monstro que era constituído apenas de ossos. Tinha cabeça, pescoço, braços, coluna vertebral e pernas. Sua cabeça era parecida com a de um dinossauro, o rex especificamente, mas em uma proporção mais humana. Essa criatura estava caçando e matando pessoas, incluindo a mim, mas naquele momento eu era como uma expectadora e enquanto eu o observava, sua carne foi sendo reconstituída como mágica. Percebi então que ele conseguia assumir essas duas formas no momento em que quisesse. Quando ele finalmente se reconstituiu em carne, olhou diretamente em meus olhos e fiquei horrorizada. A partir desse momento, não mais apenas uma expectadora e sim uma experienciadora, vivo o momento de pavor. Eu estava correndo e outras pessoas corriam ao meu lado para que pudessem fugir da criatura. Escondo-me atrás de uma porta de ferro dobrável e fico atrás dela à espreita enquanto a criatura tentava puxá-la com força para fora enquanto eu tentava para dentro, desesperada para me proteger. Mudando o cenário de repente, houve uma grande explosão que veio a matar a criatura mística. Foi o que pareceu. Ao aproximar-me, avistei ao chão com um pedaço de pau que estava fincado em alguma parte destruída do corpo da criatura que não consegui identificar. Pego o pedaço de pau para averiguar e nesse momento sinto de súbito pena e tento salvá-lo, mas ao mesmo tempo era uma sensação estranha, muito diferente... com o pedaço de pau em mãos, o levei para onde seu corpo havia deixado uma marca certa na parede, marca deixada por causa da explosão, que o teria arremessado e dali ele teria sido feito em pedaços. Quando o levei para esse local, o pau e ele caíram de minha mão como se tivesse se jogado ao chão e logo em seguida aquilo olhou-me como se fosse a cabeça no formato de seu corpo igual ao na parede e cresceu de acordo com aquela imagem instantaneamente. Uma nova criatura surgiu, evoluída, sua forma era agora mais humana, apesar de sua boca ter dentes mais serrados e olhos negros que me transmitiam horror absoluto. A criatura olhou-me com más intenções e então fixou-se à parede e atravessou-a, mostrando-me seu mais novo poder adquirido. Senti-me horrorizada enquanto era observada por aquilo, tendo consciência de que ele não iria me matar naquele momento apenas porquê eu havia salvo sua vida anteriormente. A criatura então atravessa a parede, transpassando-a, e eu, no modo expectadora novamente, observavao-o afastar-se para longe. Seus passos faziam um som pesado ao correr, dando-me uma sensação ruim. Logo depois, encontrava-me apavorada pensando que agora como a criatura conseguia atravessar qualquer objeto, não haveria escapatória. A ideia era esconder-me muitíssimo bem em um lugar que ninguém jamais pensaria em procurar, caso contrário seria morta. Ou será que não? Mais uma mudança de cenário e eu estava em uma sala central que possuía vários corredores de acesso, e aqui eu queria esconder-me de pessoas que estavam por perto, pessoas que davam-me muito medo e eu precisava fugir delas também. Foi quando apareceu um homem mais velho, com uma barba bem feita e um pouco acima do peso, ele tinha em suas mãos uma arma de cano longo, uma doze e estava me protegendo. Quando ele foi para o lado oposto dos corredores ao que eu iria o adverti: "A criatura foi pra esse lado, vem comigo pro outro".
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