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59- Óbvio

Clara ficou congelada por alguns segundos para Vanessa uma eternidade. Olhou para a morena ainda absorvendo a informação e deixando algumas lágrimas cairem.

Van: Te assustei? Você sabe que eu penso muito antes de tomar atitudes importantes- Disse apreensiva- Mas acho que já passamos por tanta coisa e esse tempo perdido foi...

Clara não deixou ela completar a frase pulou no seu colo e a beijou com mais paixão do que a primeira vez. Vanessa pega de surpresa com o ato caiu sentada no sofá. Mas suas bocas não se desgrudaram. Clara estava sentada no colo(de frente) seus corpos unidos Clara colocou seus braços em volta do pescoço dela. Vanessa por sua vez passava suas mãos pela cintura da loira e ia subindo.

Clara: Como eu senti falta dessa pegada.

Van: Mas você ainda n...- Clara novamente a interrompeu com mais beijos.

Clara: Você tem que saber a hora de ficar quieta. Quero você.

Vanessa preferiu não questionar. Ela também estava querendo tanto quanto, então a puxou grudando novamente seus corpos. Deu leves mordidas no pescoço da loira que se arrepiava. Suas mãos por dentro da camisa dela desabotoando o sutiã.

Van: Cadê o Max?- Sussurrou.

Clara: Dormindo que nem um anjinho.

Elas voltaram a colar seus lábios. Clara suspendeu os braços para que Vanessa tirasse sua camisa e o sutiã. Olhou os seios desnudos com fome, seus olhos diziam tudo, um desejo incontrolável. Não demorou muito para os abocanhar. Clara arfou com o toque.

Clara: Me leva pro quarto. É aquele ali- Apontou com o dedo.

Desde que se mudou Vanessa só ia aquele apartamento para buscar Max e trocar algumas conversas básicas com Clara.

Vanessa se levantou com Clara presa a ela. A loira a provocava com lambidas no pescoço, o ponto fraco da morena. Só parou quando Vanessa lhe jogou na cama.

Clara: Adoro quando você faz isso comigo- Clara a chamou com o dedo, mas Vanessa se despiu antes de se juntar a ela. Clara acompanhou cada movimento, não passava nada despercebido. Ela babava naquele corpo tão esculpido por horas na academia.

Clara: Ai que delícia- Disse mordendo o lábio inferior e passando a língua para umedecê-lo.

Vanessa riu de forma maliciosa e subiu na cama de joelhos. Mas Clara tinha pressa e a puxou para cima do seu corpo.

Clara: Gostosa! Quer me provocar.

Van: Sempre.

Vanessa a beijou de forma delicada, absorvendo todo aquele toque de suas línguas, mordidas nos lábios. Enquanto suas mãos passeavam pelo corpo da pequena. Foi descendo sua boca para aqueles seios que tanto gostava de brincar enquanto descia o short e a calcinha de Clara.

Clara: Aaah... não me tortura assim.

Van: Não vou. Quero lembrar do seu gosto.

Vanessa continua percorrendo o corpo de Clara passando pela barriga, suas coxas, virilha, dá uma lambidinha leve no clitóris vendo-a se contorcer.

Van: Hummm... tá ainda mais deliciosa.

Clara: Me chupaaaa...- Disse ofegante.

Com um pedido desses quem se negaria. Vanessa começou a saborear a intimidade dela que por sua vez abriu as pernas para dar mais movimentação a ela. Clara colocou as mãos nos cabelos de Vanessa e a fez aprofundar mais sua língua dentro dela que rebolava. Vanessa fazia movimentos lentos. Queria sentia toda aquela intimidade ao mesmo tempo que apertava os seio da loira que estava cada vez mais ofegante.

Clara: Quero sentir seu gosto também. Faz um 69 aí.

Vanessa prontamente fez o 69. Elas foram sentindo os seus sabores. Clara apertava a bunda de Vanessa a trazendo mais pra perto. Os corpos já tremiam de prazer. Sem avisar Vanessa se desfez da posição deixando Clara frustrada.

Van: Eu quero colar em você.

Elas fizeram posição de tesoura. Com movimentos calmos que logo foram ficando mais velozes. Se contorcendo de prazer, seus corpos já tremiam e com ele os orgasmos vieram. Foram recuperando o fôlego aos poucos e Vanessa foi se aninhar no corpo de Clara.

Clara: O que foi isso, Vanessa? Você acaba comigo.

Ela riu docemente dando um beijinho no pescoço dela.

Van: Muito orgasmo acumulado.

Clara: Como é bom fazer amor com você de novo- Ela se vira para beijar Vanessa.

Van: Acho que posso consideram um sim pela pergunta que te fiz antes da gente terminar aqui na sua cama.

Clara: Achei que era óbvio. Nada me faria mais feliz do que ser tua mulher.

Vanessa saiu para buscar o anel.

Van: Agora você é oficialmente minha noiva- Disse colocando o anel no dedo dela.

Clara então abriu uma gaveta e retirou uma caixinha..

Clara: E você a minha- Abriu retirando um anel e colocando no dedo de Vanessa que ficou surpresa- Achou mesmo que eu não tinha pensado em casar com você?

Van: Mas já tem mais de um ano que... enfim... não gosto nem de lembrar.

Clara: Eu comprei naquela semana. Eu ia pedir a sua mão no dia do seu aniversário.

Vanessa deixou uma lágrima surgir. Mas Clara a limpou.

Van: Me dói esse tempo que a gente foi interrompida. E do quanto nos ferimos e fomos injustas uma com a outra.

Clara: Ei! Isso só nos mostrou como esse amor é forte. Eu soube desde o momento que te conheci. Não era um encontro casual, tinha algo que perduraria e o tempo foi generoso. Esperou o amadurecimento de ambas.

Van: Você me impressiona. Depois de tudo que passou nas mãos daquele desgraçado vendo o lado positivo das coisas.

Clara: A partir do momento que você entrou naquela porta e me disse que eu não tinha te traído. Pra mim foi o conforto que eu precisava.

Van: Eu te amo demais.

Clara: Eu te amo, Vanessa. A gente merece ser feliz, somos uma família. 

Van: Sim, a família Mesquita Aguilar.

Elas se abraçam e adormecem juntinhas.

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58- Resolvendo Tudo

Lua de Mel

Mayra e Thaís estavam usufruindo de seus primeiros momentos de casadas. O destino foi Paris. Passariam 4 dias na cidade luz.

Thata: Amor, vamos correr no Louvre como naquele filme que a gente assistiu?

May: Pra gente ser presa? Não né.

Thata: Os franceses não sabem viver perigosamente.

May: Quer viver perigosamente? Podemos dar um jeito nisso.

Thata: Essa sua carinha safada. Já sei que envolve sexo.

May: Nada a ver. Não faço sexo, faço amor.

Thata: Sou uma mulher casada e minha mulher é ciumenta.

May: Avisa que você vai chegar tarde. Pois hoje vou abusar de você.

Thata: Ui! O que você quer de mim?

May: Surpresa- Fez uma cara sensual.

Thata: Nem sei por que pergunto.

Elas estavam deitadas na cama e Mayra a puxou pra perto e lhe roubou um beijo bastante caloroso. Thaís foi percorrendo o corpo da amada até que Mayra se levantou pra tomar banho.

Thata: Ai como você me provoca.

Mayra sorriu satisfeita com a reação da esposa.

May: Mais tarde você vai poder fazer o que quiser comigo- Garantiu. 

Thaís ficou na cama imaginando o que a esposa poderia estar aprontando.

Enquanto isso em São Paulo...

Clara: O quê? De onde você tirou isso?

Vanessa se agacha e fica de frente pra ela

Van: Me escuta, Clara. Ele te embebedou certo?

Clara: Sim, mas...

Van: Sem mais. Ele quis te deixar vulnerável pra fazer o que quisesse com você. Isso se chama abuso de incapaz e tecnicamente é um estupro.

Clara: Disso eu sabia. Foi o que ele fez comigo esse tempo todo me drogando. Mas não imaginava que essa bebedeira contava como abuso.

Van: Desculpa ter que te relembrar disso- A morena a puxou para um abraço.

Clara se entregou ao choro e Vanessa também não se conteve.

Van: Mas tudo teve um propósito maior, Clara.

Clara: Que tipo de propósito?

Van: Em primeiro lugar é que podemos aumentar a pena desse filho da puta e a segunda...

Clara sai do abraço e a olha com atenção.

Clara: Fala, Vanessa.

Vanessa: É que você não me traiu.

Vanessa a beija como se sua vida dependesse daquele momento. Suas línguas se procuravam pedindo passagem para se conectarem. Entre gemidos e o gosto das lágrimas que escorriam dos olhos de ambas. Foi caloroso, intenso e cheio de pegadas.

Clara: Uau! Você não sabe o quanto esperei por ter você novamente nos meus braços.

Van: Eu joguei tanta coisa na sua cara- Falou tristonha.

Clara: Como você saberia? Foi tudo friamente calculado.

Van: Desculpa ter demorado tanto. É que aquelas imagens ficaram martelando todo esse tempo na minha cabeça e agora o que eu consigo sentir é culpa. Só de pensar que ele te tocou e eu não fiz absolutamente nada pra impedir.

Clara: Não quero que você se culpe pelo que aconteceu. Só de você tirar esse peso de ter traído você já valeu o meu dia. Além do mais é um trauma superado. Não quero abrir mais feridas.

Van: Covarde!- Deu um soco na almofada do sofá- Desculpa não estar aqui quando você precisou. Fui tão idiota.

Clara: Ei, olha pra mim- Vanessa a olhou- Aconteceu o que ele planejou, nos afastar. 

Van: Cê não tá brava comigo?

Clara: Eu tô feliz de você tá aqui comigo. Que do jeito que ele te afastou de mim, ele também te trouxe de volta.

Van: Isso quer dizer... que a gente... você me aceita de volta?

Clara: Você nunca foi embora. Não do meu coração.

Vanessa a puxa pra mais um beijo dessa vez delicado e sem pressa, apaixonado e saudoso. Elas se deitaram abraçadinhas no sofá.

Van: Eu quero ficar assim pra sempre.

Clara: Se for sonho não me acorda. 

Van: Não é e posso provar- Vanessa a belisca.

Clara: Ai! Como você me maltrata. O romantismo não dura muito com você hein. 

Van: Como ela é sensível. Eu fugi tanto de você.

Clara: E eu não percebi? Seu olhar te entrega, Van.

Van: É que você sabe como me desarmar.

Clara: É difícil, mas você vale a pena.

Van: Sabe de uma coisa... espera aí. Eu tenho algo pra te dar. Vou pegar ali no carro.

Vanessa sai correndo até o seu carro, abre o porta luva e puxa o que estava procurando. Com a mesma pressa ela volta pro apartamento de Clara.

Clara: Louca! Você tá ofegante. Não precisava dessa pressa toda.

Vanessa sorriu enquanto tentava recuperar o folêgo.

Van: É coisa minha. Bom... desde que sai da sua casa que eu guardei isso no meu porta luva. Apesar de ferida, eu nunca consegui me desfazer disso. Acho que nunca consegui te deixar de verdade.

Clara: Tá me deixando curiosa, Vanessa. Precisa de todo esse mistério?

Van: Enfim... a gente já perdeu tanto tempo com bobeira e acho que já passou da hora deu te falar isso. Apesar de não ser nada planejado, acho que a espontaneidade é super válida na nossa história.

Clara: Vanes...- Clara perdeu a fala quando viu o que estava por vir.

Vanessa pegou a mão direita da loira e se ajoelhou diante dela.

Van: Clara Aguilar. Você aceita casar comigo?

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57- Revelações

Vanessa a afasta

Van: Não faz isso, Clara.

Clara: Foi natural. Nós duas queríamos.

Van: Acho que deu por hoje.

Clara: Não vai embora assim. Eu não tô aguentando mais esse jeito que você se desvencilhia dos problemas. Encara de frente.

Van: Eu não aguento mais. Tô cansada disso.

Clara: É culpa minha você ficar tão defensiva. Você também deveria procurar um psicólogo. Fugir não resolve.

Van: Eu tenho um carinho muito grande por você. Eu sinto falta das nossas conversas. Mas não tem como ser como antes.

Clara: As cicatrizes que te causei ainda estão abertas. Quando conseguir fechá-las me procura. Porque desse jeito só vamos nos magoar ainda mais.

Van: Mas eu tô de boa.

Clara: Não tá, Vanessa. Eu vejo nos seus olhos.

Van: É porque você não enxerga o que queria que fosse.

Clara: A gente vai ficar em círculos e não vai chegar a lugar algum. Agora eu que te peço, cuida de você. Do seus sentimentos.

Van: Você parece minha mãe falando.

Clara: Viu. Não estou tão errada assim. Isso não é um pedido.

Van: Ok, ok. 

Clara se aproxima e lhe toca o rosto

Clara: Você é incrível. Não deixa sua luz se apagar.

Van: Eu não tô morrendo. Credo.

Elas riem

Clara: Já que andou me investigando. Deixa que eu mesma falo por mim. Eu conheci muitas pessoas e muitas bem interessantes. Até quiseram algo comigo, mas meu coração tá fechado e ele vai esperar a pessoas que ele foi destinado. Você pode não acreditar, mas eu te amo. Não quero que você fale nada. Poderia estragar o momento e isso me lembra tanto o dia que a gente se conheceu. Se um dia você apagar os meus erros e quiser viver o futuro comigo. Eu vou te esperar e mesmo que não venha eu vou te esperar. Você é importante pra mim e eu não quero que esse laço se perca.

Clara lhe dá um selinho e vai embora deixando Vanessa pensativa.

Como Thaís estava em lua de mel. Vanessa recorreu a Junior. Eles combinaram um passeio no Ibirapuera. Ela lhe contou tudo que acontecera na festa.

Junior: Uou! Isso até parece fanfic. Tá maluco.

Van: Não zoa, mano. O que você acha?

Junior: Acho que ela tem razão. Você não consegue desconectar o passado.

Van: Ela queria que eu me jogasse nos braços dela? Não sou idiota, Junior.

Junior: Não tô dizendo que você é. Mas o passado te atormenta, se não fosse assim vocês estariam no mínimo tendo aquela amizade de antes.

Van: É que eu ainda sinto coisas por ela. Não é fácil.

Junior: Quer dizer amor.

Van: Eu devia ter chamado a Poli.

Junior: Admite, Vanessa. Se não admitir fica difícil.

Van: Tá. Eu ainda a amo. Não é fácil esquecer alguém com a conexão que a gente tem.

Junior: Porém o passado não te deixa você ir pra frente.

Van: Ninguém esquece um chifre ou melhor dois e pelo mesmo motivo.

Junior: Da segunda foi meio que induzido. O cara se aproveitou dela. Mulher bêbada, vulnerável. Isso não é considerado estupro?

Van: Bom... tecnicamente. Você quer dizer que ela não me traiu?

Junior: Cara, eu acho que ele esperou ela se embebedar pra partir pra cima. Então pode ter sido abuso de incapaz.

Van: E por que não me disse isso antes?

Junior: Porque eu não tinha os devidos conhecimentos e porque fui num evento feminista da faculdade. Por falar nisso não deixem o copo por aí na balada que os caras são maldosos.

Van: Eu vou resolver essa história. Depois falo com você.

Vanessa pega o seu carro e vai em direção ao apartamento de Clara. O porteiro que já a conhecia lhe deixou passar. Tocou a campainha incessantemente até que a loira a abrisse. 

Clara: Tá louca, Vanessa? 

Vanessa roda em circulos

Van: Tenho uma pergunta pra te fazer. Me desculpa se isso te causar mais algum tipo de constrangimento ou algo assim.

Clara: Você tá estranha. Senta aqui.

Vanessa respirou fundo e se sentou.

Van: Sabe o dia que você recebeu a ligação do meu celular. Eu gostaria de saber como as coisas aconteceram.

Clara: Eu não acredito que você vai voltar nesse assunto. Eu te falei justamente o inverso.

Van: Eu sei, mas é a única forma de seguir em frente. Por favor.

Clara respirou fundo

Clara: Ele já estava em casa quando o telefone tocou. Assim que eu atendi deixei que o celular caísse no chão e desabei. Ele veio me consolar e me deu um uísque pra tentar me acalmar. Aí a gente foi bebendo mais e mais. Falou que nunca faria isso comigo e se soubesse que teria lutado mais por nós. Mais ou menos isso.

Van: Filho da puta! Mas e depois? 

Clara: Ele foi falando coisas românticas e me beijou. Depois só lembro de alguns flashs. Fiquei pensando em você transando com outra garota e ele me tocando. Até que só conseguia ver você e isso me deu... você sabe... tesão.

Vanessa deixou umas lágrimas escorrerem e desabou

Clara: Pra que você faz isso, cara?- Clara deixou o choro vir também.

Van: Clara, ele estuprou você.

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56- O Casamento

25 de Maio de 2017

O grande dia chegou. Casamento de MayThai, um ano e meio depois dos eventos ocorridos com Clara. Ninguém poderia dizer quem estaria mais anciosa. As noivas, os pais ou os amigos.

Van: Calma, Thaís. Você tá linda, se eu não fosse sua irmã me apaixonaria agora mesmo.

Thata: Idiota. Quem disse que eu te daria bola?

Elas riem

Van: Ah mano, não vai me fazer chorar.

Thata: Não prometo nada.

Poli: Eu sempre achei que Clanessa casariam antes de vocês. 

Vanessa ficou um tanto sem jeito.

Poli: Foi mal, Van. Apenas não consegui evitar. 

Van: Desencana, Poli. Eu também achava.

Junior: Vocês combinaram qual a noiva que vai chegar atrasada?

Thata: Nenhuma. Por quê? Vocês acham que ela desistiu. Liga pra Clara por favor!

Junior: Tem alguém com medo de ser deixada no altar.

Van: Não provoca, Junior. É piada, maluca.

Thata: Eu vou dar na cara de vocês. Já deveriam estar na igreja.

Van: Já estamos indo. Só queriamos ver se você não tinha desistido.

Vanessa sai antes da amiga jogar algo nela

O casamento ia ser na praia e os convidados já estavam por lá. Vanessa foi conferir a roupa de Max que ia entrar com as alianças junto com a sobrinha de Thaís. Clara chegou diretamente para o casamento. Foi fazer uns cursos nos Estados Unidos e voltou na marca do pênalti.

May: Eu ia te matar se você não viesse. Já remarcamos duas vezes por sua causa.

Clara: Eu disse que viria. Fechei uns patrocínios importantes.

May: Agora aquieta que eu não aguentava de saudades- Elas se abraçam.

Clara: Eu também. Mas foram só 6 meses dessas vez.

May: Mas eu tava pra ficar louca com esses preparativos. Se não fosse a Van.

Clara: Ela tá linda. 

May: Tá sim e perguntou de você.

Clara: Jura? Mas a gente até que trocou umas conversas. Perguntou o quê?

May: Queria saber se você tava ficando com alguém. Daquele jeito discreto de ser né.

Clara: Ai não me ilude, Mayra.

May: É sério. Coloca as mãos pro céu e agradece por essa mulher ainda te amar.

Clara: Ela me deu um abraço tão gostoso que eu queria ficar lá pra sempre.

May: Aí como é cliché.

Clara revira os olhos e Mayra manda coraçãozinho pra ela.

A cerimônia havia começado. Clara e Vanessa babando no Max entrando na igreja. Elas tiraram várias fotos dele. Mayra entrou primeiro acompanhada de sua mãe. Já Thaís entrou com seu pai ambas as noivas com os olhos marejados. O dia estava bonito, o sol não estava tão forte o vento agradável. Na hora dos votos ninguém deixou escapar uma lagrimazinha. Nem se quer Vanessa, a durona. Assim que foram declaradas casadas deram um longo beijo rendendo muitos aplausos e alguns gritinhos. 

May: Oficialmente sua

Thata: Eu sou sua desde o momento em que te conheci.

Elas se beijam novamente

Van: Minha irmãzinha! Seja muito feliz.

Thata: Obrigada, Van- Elas se abraçam.

May: Larga a minha esposa. Pelo menos no dia do nosso casamento. 

Van: Tô saindo, mano- Elas riem

Clara: Vem com essa não, Mayra. De mim não se livrarão nunca.

May: Falou a que acabou de chegar no Brasil.

Clara: Eu tenho motivos pra voltar. Atura ou surta.

Van: Vamos pra festa? Max tá doido de fome- Estava com Max no colo.

Thata: Max... sei

Elas riem enquanto Vanessa faz careta

Clara: Me dá um pouquinho meu filho que eu tava morrendo de saudades.

May: Vão logo!

Van: Partiu, comer. Vem Clara.

A festa aconteceria por alguns metros dali. MayThai ficaram alguns minutos tirando fotos e curtindo os primeiros minutos de casadas. 

May: Então... eu e você. Agora é oficial.

Thata: Minha esposa. Quase não rolou né minha loira. Você com o seu orgulho hétero.

May: Eca! Essa frase deveria ser extinta do universo. Não tinha nada de orgulho. É que era algo novo na minha vida né.

Thata: Eu sou mais que uma novidade.

May: Você me fez amar. Como ninguém mais conseguiu.

Thata: Eu te amo cada dia mais.

May: Eu sei

Thata: Sério que você vai dizer só isso no dia do nosso casamento? Olha que eu peço o divórcio.

May: Gosto de você toda bravinha- Rouba um selinho dela- Todos os eu te amos não serão suficientes para expressar o que sinto por você.

Thata: Bem melhor assim.

Elas se beijam com delicadeza, sem pressa. Vão de mãos dadas ao encontro dos convidados e chegam animadas. Fazem sua primeira dança e contagiam os convidados. Edu e Clara fizeram um playlist especial para o casamento, a decoração estava linda e os convidados se divertiram bastante. Max queria  correr e as avós louquinhas atrás dele. Até que Clara o puxa para ficar em seu colo. Logo ele adormece. Como viu que o neto estava cansado, a mãe de Clara se ofereceu a levá-lo. As noivas estavam quase de partida, mas não sem antes jogarem os buquês.

May: Atenção hein. É um, dois e três...

Elas jogam os buquês para lados opostos. Clara pegou o de Thaís e Vanessa de Mayra. As noivas se olham e sorriem.

Thata: Uau! Por essa nem Freud esperava.

May: Não me manifestarei. Eu já casei.

Elas ficam um tanto sem graça e Clara se aproxima com uma garrafa de Chandon na mão.

Clara: Parece que somos as próximas.

Van: Você acredita nessas tradições?

Clara: Pode ser um ponta pé. Mas somos nós que fazemos acontecer.

Elas foram caminhando em direção ao mar

Van: Sempre filosófica.

Clara: É o meu jeitinho- Elas riem.

Van: E como foi lá em Nova Iorque?

Clara: Foi incrível. Tô a cada dia mais apaixonada pela profissão que escolhi.

Van: É tipo São Paulo. A cidade que nunca dorme né?

Clara: Simmm... Você iria amar. As baladas são fantásticas.

Van: Imagino. E... conheceu alguém bacana?

Clara: Várias pessoas. Não sabia que eram tão receptivos.

Van: Legal. Você é do mundo, Clara. Tá na sua essência.

Elas se sentam em frente a água e Clara lhe passa a garrafa de champanhe.

Clara: Eu sou intensa em tudo que vivo né. Amo desafios.

Van: A gente é diferente.

Vanessa devolve a garrafa 

Clara: E isso não é bom?

Van: É. Mas você sabe. Num relacionamento não dá certo. Como não deu.

Clara: Não deu porque fiz besteira. Não por falta de sentimento.

Clara passa a garrafa novamente

Van: É melhor a gente mudar de assunto.

Clara: Foi você que começou.

Van: Então tô encerrando.

Vanessa levanta e logo Clara também

Clara: Mas eu não quero. Caramba, Vanessa. Até quando você vai fugir disso?

Van: Disso o quê?

Clara: Disso- Clara pega a mão de Vanessa e coloca em seu peito para sentir seu coração disparar e logo a morena a tira com rapidez.

Van: Eu pensei que a gente já tinha esclarecido as coisas entre nós.

Clara: Nada fica esclarecido entre nós. Tem sempre algo pairando no ar.

Van: Eu conheci pessoas, você conheceu outras. A vida seguiu, não tem por que da gente ficar encalhada no passado.

Clara: A gente tá sempre conhecendo alguém. Faz parte do convívio social. 

Van: Você entendeu o que eu quis dizer.

Clara: Eu não saí com ninguém do jeito que você tá achando. Não tinha como.

Van: Pelo amor de Deus, Clara. Não precisa mentir pra mim. Nós somos amigas.

Clara: Eu não tô mentindo e amiga o cacete.

Van: Se você não quer a minha amizade não tem motivo da gente estar aqui levando essa papo.

Clara: Você tá sempre fugindo. Amigos não fazem interrogatório pra saber se o outro tá saindo com alguém.

Van: Eu não fiz... você me tira do sério sabia?

Clara: E por que que eu te tiro do sério?

Van: Lá vem você com os seus joguinhos.

Elas caminhavam pelos arredores da água mais próximas da festa.

Clara: Não tô fazendo jogo. É você que sempre tá na defensiva.

Van: Eu tenho os meus motivos.

Clara respira fundo e fala delicadamente.

Clara: Eu não preciso de você pra ficar me lembrando dos meus erros. Eu os carrego comigo esse tempo todo- Deixou uma lágrima cair.

Van: Eu não queria... desculpa. 

Elas se abraçam. Um abraço longo carregado de mágoas, sentimentos, conforto e amor. Clara começa a rir e Vanessa a olha.

Van: Que foi?

Clara: Não tá escutando a  música que tá tocando?

- Eu vejo a vida melhor no futuro   Eu vejo isso por cima de um muro   De hipocrisia que insiste em nos rodear...

Van: Nossa, mano!

Clara: Dança comigo.

Vanessa entrelaça seus braços na cintura de Clara, a cabeça em seus ombros e fecha os olhos. Clara a abraça e fica cantarolando a música.

- Não há tempo que volte, amor   Vamos viver tudo que há pra viver   Vamos nos permitir...

Clara faz Vanessa a olhar e com os olhos marejados elas se beijam. 

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Boa noite se nao for te incomodar eu gostaria de saber se vc vai voltar a postar fica?

Vooou 😊

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55- Esperança?

Clara foi vivendo um dia de cada vez. Tinha pesadelos recorrentes e de acordo com que o tempo passava ia se lembrando de detalhes dos dias com Fabian e a fazia ficar extremamente deprimida. Os amigos lhe deram apoio absoluto e a terapia foi lhe deixando mais forte pra enfrentar essa fase obscura. Vanessa apareceu algumas vezes, mas tentou manter uma certa distância ou apenas aparecia para levar Max pra passear. Até que Clara tomou coragem e a chamou para conversar.

3 MESES DEPOIS...

Clara estava visivelmente nervosa e constrangida. Respirou fundo e falou.

Clara: Esse tempo que passou me fizeram refletir bastante coisa. Eu nem sei como consigo olhar nos seus olhos, Vanessa. Mas acho que eu precisava dessa conversa tanto quanto você.

Vanessa estava de braços cruzados esperando ela prosseguir 

Clara: Você é a melhor pessoa que eu já conheci na vida. Não vou me fazer de vítima. Eu fui levada a acreditar em coisas e fiz o que fiz. Ele usou da minha fragilidade e me manteve nas suas mãos. Se meus amigos tivessem desistido de mim não sei aonde estaria hoje. 

Vanessa passou as mãos na cabeça e a olhou de forma terna

Van: Ele foi baixo. Eu senti que ele te queria de volta. Mas você não quis me escutar e tive que desfrutar de uma dor pior do que a primeira que você me causou.

Clara: Eu tô pagando o preço de confiar demais. Em pensar que ele orquestrou cada passo para destruir o nosso relacionamento. Ele abusou de mim, me fez refém, me drogou e queria me levar do embora do Brasil.

Van: Eu não imaginava que ele pudesse ser esse monstro. Achei que vocês tinham voltado. Chegou a me mandar vídeo de vocês transando. Eu só conseguia pensar em como vocês estavam felizes e zombando da minha desgraça.

Clara: Mas que filho... Nunca zombaria de você. Jamais. Depois que eu descobri que foi a Janaína que ligou para o seu número meu mundo desmoronou. Não tem um dia que eu não pense em você e me machuca ter te causada tamanha dor.

Van: Eu achei que era pra sempre. Que nada poderia interferir, mas nada é tão resistente que não possa rachar. 

Clara abaixa a cabeça e deixa uma lágrima cair

Clara: Mas apesar de tudo. Você foi a primeira pessoa que eu vi depois que esse pesadelo acabou.

Van: Eu precisava te ver bem. Pro meu coração ficar em paz.

Clara: Desculpa, Van. Eu queria ter feito tudo diferente. Mas eu não era tão madura quanto achei que fosse.

Van: Eu te perdoei na hora que você estava deitada naquela cama de hospital.

Elas se abraçam por um longo tempo

Clara: Você sempre será o amor da minha vida.

Van: Não força, Clara. Eu te perdoei, mas não jogue palavras ao vento.

Clara: Espero que um dia possa te provar que não são ao vento.

Van: Não vou olhar pra trás, Clara. E você não deveria também. Quero um amor maduro e que não vá beijar outra pessoa na primeira desconfiança. 

Clara: Essa doeu.

Van: E tem que doer, Clara. Você não pode achar que eu vou sempre correr pros seus braços.

Clara: Você tem razão. Eu errei bastante com você. 

Van: Não machuca mais ninguém. Você não é o centro do universo.

Clara: Não vou. Quem eu quero não posso mais ter- Disse tristonha.

Van: Não vou ficar nesse looping com você. A gente já teve o nosso momento e eu me entreguei total.

Clara: Eu me entreguei tanto quanto você. Sei que não fui merecedora do seu amor. 

Van: Acho melhor encerrarmos esse assunto. Não vou ficar passando a mão na sua cabeça, ok? O Max precisa da gente.

Clara: Ele vai ser sempre prioridade na minha vida.

Van: Você pode contar comigo com que precisar. Vamos conquistar o mundo lembra?

Clara: Como esquecer?

Aos poucos Clara foi retomando sua vida. Vendeu sua casa e se mudou para o mesmo prédio que Mayra e Thaís moravam. Sua carreira de DJ foi decolando e emplacou uma turnê pelo Brasil. Ela e Vanessa não se viam muito, os horários não batiam. Mas quando Max estava prestes a completar 1 ano elas fizeram a maior festa pro menino. Vanessa e os amigos foram numa das baladas vê-la tocar.

Junior: Caralho! Tá tocando muito essa baixinha.

Van: Muito massa. 

Edu: É minha garota.

Poli: Esse negócio de DJ é com ela mesmo. Os dedinhos não param.

Van: Poli! Tá aprendendo essas safadezas com o Junior.

Todos riem

Vanessa dançava sozinha quando vê uma garota se aproximar

-Aqui é o paraíso? Acho que me perdi em você.

Van: Isso é pra mim?

-Pra quem mais seria?

Van: Você é péssima. Mas é bem gata.

-Agradecida pelo gata. Qual seu nome?

Van: Vanessa e o seu?

-Patrícia. Mas pode me chamar de Paty.

Elas começaram a ficar mais próximas e conversando ao pé do ouvido. Clara se juntava aos amigos e detectou o que estava rolando.

Clara: Parece que perdi.

Edu: É, amiga. A fila andou.

Clara: É tão ruim essa sensação. Saber que ela não é mais minha.

Pepa: Ela merece curtir. Não acha?

Marcela: Desculpa, Clarinha. Mas ela tá solteira. Quem resiste?

Edu: Amor?

Pepa: Não dá pra resistir mesmo kkkk

Clara dá um sorriso amarelo

Clara: Acho que deu por hoje. 

Marcela: Desencana, Clara. Curte com a gente.

Junior: Tem que tomar umas tequilas.

Clara: Não tô no clima, gente. Tenho que pegar o Max com a Mayra e partiu cama.

Pepa: Eu te levo. É meu caminho.

Clara: Tudo bem. Falou galera.

Elas foram caminhando para a porta de saída quando Clara sente uma mão lhe puxando.

Van: Ia embora sem se despedir?

Clara: Não queria atrapalhar.

Van: Besta. Eu só tava conversando.

Clara: Sei bem esse tipo de conversa, Vanessa.

Van: Te incomoda? Eu...- Clara a interrompe.

Clara: Tudo bem. Tenho que me acostumar né?

Vanessa ficou sem graça

Clara: Pepa vai me levar. Quem diria hein?

Elas riem

Van: Minha exs andando juntas. Medo! Só faltam se pegar.

Clara: Olha que não é má ideia.

Vanessa dá um tapinha no ombro dela e depois se despede com um longo beijo no rosto. Ela entrou no carro e foram em direção ao seu apartamento.

Pepa: Eu lamento o que aconteceu com você, Clara. A Van me contou. Ninguém merece passar por isso.

Clara: Obrigada, Pepa. Me custou perder a Van.

Pepa: Não vou te julgar pelo que aconteceu. Não sei o que faria no seu lugar.

Clara: Eu não a mereço. Nunca mereci.

Pepa: A gente se perde por bobeira. Mas ela ainda te ama e onde tem amor, tem esperança.

Clara: Não acredito muito nisso. Tô focando na minha carreira e no meu filho.

Pepa: Seja paciente. Tudo acontece nas entrelhinhas.

Clara: Por que tá me dizendo isso?

Pepa: Eu sempre enxerguei o amor de vocês. Por isso saí fora. Eu ainda enxergo. Eu só te peço paciência e não acredite em terceiros. Tá tudo escrito nos olhos da Van. 

Clara: Eu não quero outra pessoa. Se não for ela, não será mais ninguém.

Pepa: Eu acredito. Ela pode ter uns rolos aqui e ali. Mas o amor de vocês é forte. Vai sobreviver a mais essa provação.

Clara: Obrigada, Pepa. Em pensar que eu morria de ciúmes de você.

Pepa: Eu sei kkkk

Elas se despedem e Clara vai buscar seu filho e se jogar na cama como prometido. Mas não sem antes pensar em Vanessa.

[clanessateencontrei]

54- O Despertar

- Sai daqui! Sai daqui! Sai daqui!- Gritou

Era Clara lembrando dos últimos acontecimentos

-Clara, eu tô aqui. Não vai te acontecer nenhum mal- Acariciou seus cabelos e segurou a sua mão.

Clara: Van? O que você... aonde é que eu tô?- Falou confusa

Van: Você está no hospital. Mayra te trouxe pra cá não lembra?

Clara: Eu... aquele lunático. Ele tentou...- Vanessa a interrompeu colocando o dedo em sua boca.

Van: Xiuuu... Não lembra disso tá? Você está salva. Eu vou falar pro médico que você acordou.

Vanessa saiu do quarto e avisou a enfermeira que a loira havia acordado que por sua vez contactou o médico que estava no meio de uma consulta. Vanessa ligou pra Mayra e Edu avisando o estado da amiga. Assim que voltou para o quarto Clara a olhava sem acreditar que Vanessa realmente estava lá. Elas se olharam fixamente por alguns segundos até que alguém bateu na porta interrompendo os olhares.

- Dá licença. Como tá essa mocinha?

Clara: Olá, doutor.

Dr. H: Fique tranquila que foi tudo um grande susto. Mas você poderá ir pra casa ainda hoje. 

Clara: Eu não quero voltar pra casa. Não me façam voltar para aquele lugar- Disse apavorada e se tremendo de medo. 

Van: Você não vai. Tem a minha palavra- Falou segurando sua mão e a olhando com firmeza.

Clara: Mas o que aconteceu comigo?   

Dr. H: Você ingeriu um calmante muito forte e em grande quantidade. Por sorte não teve uma overdose.

Clara tem uma crise de choro. Vanessa aperta sua mão e tenta segurar o choro.

Dr. H: Eu sei que você passou por momentos difíceis dona Clara. Então vou deixá-la descansar.

Van: Obrigada por tudo, Dr.  

O médico faz um movimento de cabeça positivo e sai do quarto.

Clara: Não deixa aquele psicopata chegar perto de mim- Falou puxando a gola da camisa de Vanessa as deixando com o rosto bem próximo. 

Vanessa engoliu em seco

Van: Ele foi preso. Não chegará nunca mais perto de você ou do Max. Vai ser deportado daqui e responderá pelos seus crimes em seu país.

Clara respira aliviada e dá um abraço caloroso em Vanessa. Vanessa se recompõe e se afasta.

Van: Bom... daqui a pouco a Mayra chega pra ficar com você.

Clara: Eu sei que não mereço 1% do que você tem feito por mim. Mas obrigada.

Van: Jamais viraria as costas pra você num momento desses. 

Clara: Tá tudo meio confuso na minha cabeça. Eu tô me sentindo um lixo, suja.

Van: Você vai precisar de terapia. Por favor, não exite. Lembre do Max, ele precisa de você. 

Clara: Cadê o meu menino?

Van: Tá com a minha mãe. Você se importa?

Clara: Jamais. Ele é seu filho também. É o nosso pedacinho do céu.

Van: Eu o amo. Fico feliz de você pensar assim- Deu um sorriso tímido. O preferido de Clara.

Vanessa acaricia o rosto de Clara

- Como ele pôde te machucar?- Pensou virando o rosto para que Clara não visse uma lágrima descendo sobre seu rosto e foi em direção ao banheiro. Vanessa enxugou suas lágrimas ficando alguns instantes olhando pro espelho. Assim que voltou Clara havia adormeceu e quando acordou Vanessa não estava mais lá.

May: Oi minha loira

Clara: Cadê a Van?

May: Obrigada pela receptividade

Clara: MAYRA

May: Desculpa. Só queria te animar. Ela foi trabalhar.

Clara: Ela vai voltar? 

May: Ela queria te ver acordar. Eu não queria tirar isso dela.

Clara: Obrigada por isso. Eu me sinto tão protegida quando ela tá por perto.

May: Eu sei que sente. Ela se importa com você. 

Clara: Por que eu sou tão burra?

May: Ei... você tem que cuidar de você. Não é hora pra lamentações. 

Clara: Eu sei. É que eu tô muito machucada. Em todos os sentidos.

May: Eu lamento muito ter demorado a entender o que tava acontecendo com você.

Clara: Todo mundo sumiu repentinamente. Eu fiquei nas mãos daquele monstro. Como eu pude ser tão ingênua.

May: Ninguém sumiu. Foi ele que te fez pensar isso. Até seu celular ele trocou o número. Mas vai pagar por tudo e bem longe daqui. Sua mãe ficou muito abalada quando eu contei o que aconteceu. Você vai ficar por lá até resolver o rumo que você vai querer tomar daqui pra frente.

Clara: Eu só quero esquecer que ele existiu na minha vida e vai ser bom ficar um pouco com ela. Tô precisando de colo e de terapia. Eu sonho com ele tentando fazer aquelas coisas comigo. 

May: Quanto antes você fizer melhor. Mas chega de enrolar e come a comida que a enfermeira te trouxe com tanto carinho.

Clara: Essas comidas são horrorosas.

May: Daqui a pouco você vai tá comendo a comida da mamãezinha. 

Clara foi comendo enquanto conversava com a amiga. Às 20hs o médico assinou a sua alta e Mayra a deixou na a casa de sua mãe. Assim que chegou a mãe lhe deu um grande abraço. Ficou com os olhos marejados ao ver seu filho novamente e o pegou no colo.

Clara: Que saudade que eu tava de você, filho.

[clanessateencontrei]

53- O Resgate

May: Como assim voltar pros Estados Unidos?

Edu: Foi o que a amiga dela me contou. Você vê sentido nisso?

May: Ela é maluquinha. Mas não faria isso, Edu. 

Edu: E ela nem tá viajando. Vê como não encaixa ter essas atitudes? Sabe como a Clara é dramática e carente. Nunca rejeitaria o colo de um amigo. Aí do nada ela some e ninguém sabe dela.

May: Nós vamos lá agora esclarecer essa história.

Thata: Aproveita e leva a chave que a Van deixou pra você entregar pra ela.

May: Levo sim, amor. 

Ela se arrumou, se despediu da noiva e saíram no carro de Eduardo. 

Vanessa foi pra faculdade. Mas não estava conseguindo se concentrar. Então resolveu ir ao shopping com Junior.

Ju: Dia difícil?

Van: Como todos os últimos 10 dias.

Ju: Vamos descontar na comida. Pizza? 

Van: Tô dentro.

Ju: Tem que aproveitar esse seu momento gordice.

Van: É dia do lixo, bebê

Eles mantiveram uma conversa descontraída como Junior gostava.

Ju: E a Thata. Já tá agarrada na Mayra?

Van: Provavelmente. São tão bonitinhas.

Ju: Você quer dizer gatas.

Van: Thata é minha irmã, mano. 

Eles riem juntos

Ju: Essa pizza merece aplausos. Poly só quer me dar folha e essas paradas de quinoa, chia. 

Van: Tem que te colocar em forma.

Ju: Eu já sou gostoso desse jeitinho e ela me conheceu assim.

Van: Como é convencido. Ela se preocupa com a tua alimentação, mano. Deixa de fazer bico que é gostoso.

Ju: Tô ferrado com vocês.

Van: Só você pra me fazer rir das suas idiotices.

Ju: É o meu talento.

Eles se despedem

Fabian e Clara estavam jantando. Ele colocou a mesma dose de calmante que utilizou pela parte da manhã no vinho que ela estava tomando.

Fabian: Está se sentindo melhor?

Clara: Um pouco. Obrigada por cuidar de mim, mas estou atrapalhando a sua vida.

Fabian: Você nunca atrapalha, mon amour.

Clara: Eu prefiro que você não me chame assim. Porque é algo que não posso retribuir.

Fabian: Tudo bem. Eu sou paciente, sei que você vai retribuir mais cedo ou mais tarde.

Ela foi pra sala assistir tv.

Clara: Tenho que marcar uma consulta pra mim. Essas tonturas, visão embaçada e excesso de sono não são normais. 

Fabian: Você que sabe.

Ele foi colocar o filho no berço

Fabian: Mamãe precisa descançar, garotão. Se comporte.

Por entre as almofadas do sofá Clara achou um bilhete.

                       Pra você não esquecer o quanto te amo. 

                                            Da sempre sua 

                                                  Vanessa.

Uma lágrima rolou no seu rosto.

- Por que destruí a coisa mais importante que já me aconteceu?

Fabian: Falando sozinha?

Clara: Pensando alto- Disse enxugando as lágrimas.

Fabian: Hum... e esses olhos vermelhos?

Clara: Saudade e culpa.

Ele revirou os olhos e mudou de fisionomia

Clara: Fabian, eu tô sofrendo. Você não entende que deixei o amor da minha vida escapar das minhas mãos. Eu pensei que você tava aqui pra me apoiar.

Fabian: O AMOR DA SUA VIDA SOU EU- Gritou 

Clara: Você tá me assustando. Tá louco? 

Fabian: Francamente, Clara. Essa garota só atrapalhou a nossa vida. Você ainda não entendeu isso? 

Clara: Não existe nossa vida. Nunca te prometi nada, a gente bebeu e... 

Fabian: Não era isso que você me dizia na cama. Foi muito mais que sexo. A gente se amou e mais de uma vez.

Clara: PÁRA! Já não basta me sentir culpada por ter acreditado naquele maldito telefonema?

Fabian: Você não percebe que você pensa nela por que não há tem mais? 

Clara: Na boa acho melhor você voltar pro hotel. Não tô gostando do rumo dessa conversa. Tá me assustando.

Fabian: Não me afasta. Depois de tudo que a gente tem vivido nesses últimos dias. Não estraga isso.

Ela começa a se encolher no sofá e chorar. Ele se aproxima.

Fabian: Casa comigo

Clara: Você só pode tá surdo ou ficando louco.

Fabian: Eu sou o teu amor. A Vanessa foi uma fantasia e eu te dei espaço pra viver isso. Mas a gente tem uma família.

Clara: Vai embora, por favor. Você não tá me escutando.

Fabian: Ela não vai voltar, Clara. 

Clara: Mesmo que ela não me perdoe. Eu não vou ficar com você.

Fabian: Não faz esse jogo, Clara. Eu tenho certeza que tudo que a gente disse nos nossos momentos de loucura não serão esquecidos, principalmente pela Vanessa.

Ela olhou pra ele sem entender que foi sentar ao lado dela no sofá e começou a sussurrar no seu ouvido

Fabian: Ela veio aqui aquela noite. Quando nossos corpos já estavam no ápice do prazer. Ficou ouvindo cada gemido, cada toque e você pedindo mais. Você tava tão entregue. Que noite deliciosa. Ela só foi embora quando eu gozei dentro de você. Foi perfeito.

Clara se levantou num misto de raiva e desespero. Ficou chocada com as coisas que ele disse e as lágrimas a inundaram.

Clara: Como você pode ser tão baixo? Mayra tinha razão, você queria nos separar a qualquer custo. Como eu fui idiota. SAI DAQUI

Fabian: Pode espernear o quanto quiser. Sair daqui não vai ser possível, mon amour. Daqui a pouco você começa a ficar confusa e eu vou ficar aqui cuidando de você. Nem vai lembrar dessa conversa e se lembrar digo que foi delírio da sua cabeça.

Clara: Você tá me drogando seu filho da puta? E ainda diz que me ama- Disse se afastando dele.

Ele correu atrás dela que começou a ficar com a visão embaçada.

Fabian: Remedinho começou a fazer efeito não foi?- Disse a agarrando por trás.

Ela tentou balbuciar algumas palavras. Mas ele tapou sua boca. 

Fabian: Como ia ser gostoso se a gente fizesse amor agora depois de uma briguinha de casal. 

Os gritos eram abafados pela mão dele na boca dela. Ele colocou sua mão dentro do short dela que já deixava as lágrimas rolarem.

Fabian: Não chora meu amor. Eu vou fazer bem gostoso. 

Ele a deitou no chão e desceu o seu short. Quando a campainha tocou, ela mordeu a mão dele para tentar gritar e ele lhe deu um tapa.

Fabian: Não dificulta as coisas, mon amour.

Ele rasgou a blusa dela que chorava compulsivamente. Ela tentou empurrá-lo, e levou mais alguns tapas. Foi lambendo os seios dela com agressividade.

Fabian: Não resiste. Você é minha e vai ser pra sempre.

A campainha tocou diversas vezes. Ele já desabotoava a calça quando Mayra abriu a porta. Assim que entraram e se depararam com a cena ficaram estáticos.

Fabian: Como ousam invadir a nossa casa? Não tão vendo que a hora não é apropriada?

Assim que Edu viu a amiga chorando compulsivamente voou pra puxar Fabian de cima dela. Mayra a levantou com cuidado, pois estava em choque. 

May: Eu tô aqui minha querida.

Edu e Fabian se pegaram em socos e elas se trancaram no quarto. Mayra ligou para a polícia mandar uma viatura imediatamente. Edu depois de vários socos deferidos na cara do francês conseguiu imobilizá-lo.

Edu: Você só sai daqui atrás das grades seu merda.

Mayra colocou outra roupa em Clara que não parava de chorar e trêmula começou a falar.

Clara: Me leva... pro hosp... ital que aquele  mon... mon... monstro  me drogou.

Mayra pediu as chaves de Edu e elas foram para o hospital. Quando chegaram Clara já estava desacordada.

May: Emergência, por favor. Minha amiga foi drogada.

Conseguiu uma maca e ela foi levada. Assim que a polícia chegou Edu correu pro hospital com Max em seus braços. 

Edu: Alguma notícia?

May: Por enquanto nada. Mas chegou desacordada- Ela estava muito nervosa- Só de imaginar que ela estava há dias sobre domínio dele. Não quero nem imaginar pelo que ela passou- Disse com a voz embargada.

Edu: Eu não imaginei que ele fosse capaz de uma atrocidade dessas. Eu queria matar esse imbecil. 

Ele a abraçou e ficaram esperando notícias dos médicos. Assim que o médico se aproximou eles levantaram.

Médico: Vocês são parentes da vítima?

Edu: Somos amigos dela.

Médico: Bom... sem rodeios ela entrou em coma.

Mayra quase desabou, mas Edu a segurou. 

Edu: E o que vai acontecer doutor?- Ele estava segurando o choro, mas a voz saiu entrecortada.

Médico: Vamos fazer uma lavagem estomacal e ver como ela reage. 

Edu: Faça tudo que tiver ao seu alcance, por favor.

Mayra pegou o celular e ligou para Thaís.

Thata: Oi, amor. Conseguiram falar com a Clara?

Mayra desabou quase não conseguia falar

Thata: O que tá acontecendo, amor?

Mayra soluçava então Edu pegou o celular da mão dela. Falou pra Thaís o que estava se passando e a mandou vir pro hospital. Ela pegou o carro e saiu. Mas antes de ir no hospital resolveu ir a outro lugar.

Thata: Eu sei que tá tarde e você trabalha amanhã. Mas eu precisava vir pessoalmente te dar essa notícia. É sobre a Clara.

Van: Então você perdeu seu tempo. Francamente, Thaís depois de tud...- Ela interrompeu a fala da amiga.

Thata: Ela tá em coma no hospital. Eu precisava te falar, ainda não sei qual é o estado dela. 

Van: Quê? 

Thata: Eu nem sei como te dizer isso. 

Van: Fala

Thata: Edu e Mayra foram na casa da Clara saber notícias dela. Pois não estavam conseguindo falar com ela. Eles apitaram e ninguém atendeu então usaram a chave que você me deu. Fabian estava a ponto de estuprá-la e além disso a encheu de remédios. 

Vanessa deu um murro na parede e soltou um grito de raiva

Van: Esse cara é um monstro. Cadê esse filho da puta?

Thata: Foi preso. 

Van: O que vai acontecer com ela e o Max?

Thata: Não sei, Van. Tô indo pra lá

Vanessa sem pestanejar se arrumou e acompanhou Thaís.

-Você é forte, garota. Aguenta firme- Vanessa disse pensando alto

[clanessateencontrei]

52- A Máscara Caiu

Hospital

May: Eu preciso de um exame toxicológico o mais rápido possível.

Thata: Que pesadelo é esse? Eu não tô acreditando no que tá acontecendo.

Sol: Por que fazer mal a minha menina?

May: Vamos nos acalmar. Aquela mulher já foi detida. Só precisamos de provas.

Mayra tentou falar com Clara, mas foi inútil. Não atendeu nenhuma ligação. Então resolveu passar a missão pra Edu.

Edu: Fala, May.

May: Oi, amigo. Eu tô muito preocupada com a Clara. As coisas estão fora de controle. Não sei o que fazer. Desculpa ter te deixado fora. Eu pensei que seria algo simples de solucionar.

Edu: Já tô ficando nervoso.

Ela lhe passou toda a situação.

Edu: Eu vou agora na casa da Clara. Alguém tem que colocar juízo na cabeça dela.

Casa da Clara

Clara: Sabe, Fabian. Eu tô muito decepcionada- Disse pegando uma cerveja na geladeira.

Fabian: Eu tô aqui com você- A abraçou.

Clara: Você me acha estupida?

Fabian: De forma alguma. Você tem que parar de se depreciar. 

Clara: Eu nunca pensei que fosse passar por isso. Deve ser karma. 

Fabian: Não se entrega a dor. Quando te conheci você estava péssima e vou te tirar mais uma vez desse buraco.

Clara: Você foi um anjo na minha vida. Jamais esquecerei disso.

Fabian: A gente se conectou e isso não se perdeu. 

Clara: Eu tô muito fraca pra qualquer envolvimento. Mas você seria a escolha perfeita.

Fabian: É tão bom ouvir isso. Eu nunca deixei de te amar, Clara. Eu não sabia que era algo tão forte. Quando sai por aquela porta me dei conta da burrada que tinha feito. 

Clara: Você me deixa sem graça.

Fabian: Já é um ponto positivo- Ele acariciou o rosto dela e a beijou. Apenas um estalar de lábios.

Clara: Puxa. Você sabe ser galanteador. 

Fabian: É o meu sentimento falando mais forte.

Ela se aconchegou em seus braços

Clara: É tão gostoso ficar assim com você. Eu precisava dessa energia pra superar esse capítulo difícil. Mas parece que estão todos contra mim. 

Fabian: Nem todos, mon amour.

Ele a beijou com intensidade tentando ser o mais romântico possível. Ela permitiu a passagem da sua língua. Mas não por muito tempo.

Clara: Desculpa. Não tô pronta pra isso.

Fabian: Eu que tenho que me desculpar. Vou esperar o seu tempo.

Ela sorriu pra ele e continuaram ali. Alguns minutos depois a campainha tocou. Clara foi abrir.

Clara: Edu? Que surpresa.

Edu: May tá louca atrás de você.

Clara: Eu não quero falar com ela. Se for sobre a Vanessa é melhor você ir embora.

Fabian: Oi, Edu. Nunca mais apareceu.

Ele apenas o ignorou

Edu: Cadê o Max?

Clara: Tá com a mamãe. Edu, o Fabian falou com você.

Edu: Não me dirijo a esse cara.

Fabian: Eu pensei que a gente fosse amigo.

Clara: Mayra já te envenenou contra ele. Eu não entendo essa perseguição contra o Fa.

Edu: Eu vou ser direto, Clara. Esse cara tá te afastando dos seus amigos. Não percebe?

Fabian: Cara, eu tô cansado de ser apedrejado por vocês. Nunca fiz mal a ninguém.

Edu dá um soco em Fabian

Clara: Tá maluco! Olha o que você fez?

Edu: Ele merecia muito mais. Você vem comigo, Clara.

Fabian: Ela vai se quiser.

Edu: A Vanessa tá no hospital.

Clara: Eu não tenho mais nada com ela. Que a namoradinha cuide.

Edu: Como você é idiota. Ela foi dopada tem namoradinha nenhuma.

Fabian engoliu em seco e Clara apenas escutou.

Fabian: Nós vimos as duas juntas.

Edu: Janaína foi presa e está prestando depoimento. Cuidado, Fabian a polícia pode bater a qualquer momento.

Fabian: Você tá blefando. Não sei qual foi a sua intenção, mas esse jogo de vocês não vai dar certo.

Clara: Edu, isso é muito grave. Se tiver mentindo pra mim.

Edu: Jamais mentiria pra você. Acorda, Clara.

Fabian: Ela não vai a lugar nenhum. É teatro puro.

Clara: Se eu quiser, eu vou. Ninguém diz o que tenho que fazer.

Fabian: Eles querem destruir a gente.

Edu: A máscara tá caindo. 

Clara: Não existe a gente pra destruir. 

Eduardo solta uma gargalhada debochada

Edu: TOMA

Fabian começa a chorar

Fabian: Não faz isso comigo, Clara. Depois de tudo que a gente viveu. As nossas noites de amor.

Clara: Não foi nada especial. Eu nem lembro direito o que aconteceu entre a gente.

Edu: Eu vou te matar, desgraçado- Edu o agarrou e deu mais um soco.

Clara segura Eduardo e Fabian ri como um psicopata.

Fabian: Você se lambuzou desse corpinho. Pode perguntar pra Vanessa, ela assistiu cada pedacinho. Se você visse a cara de decepção dela. Eu quase tive pena.

Clara: Então é verdade. Você armou tudo.

Fabian: Essa parte você leva os créditos. Não precisei fazer quase nada. Que desenvoltura.

Clara: Seu desgraçado!

Ela ia pra cima dele. Mas a empurrou, Eduardo ia fazer o mesmo e foi surpreendido com uma pancada na cabeça que o fez desmaiar.

Fabian: Você é minha e nada vai mudar isso.

Clara: Socorro!- Gritou

Fabian: Cala a boca, vadia. 

Ele pegou a chave do carro com Clara em seus ombros. Mas a polícia já o esperava fora de casa.

[clanessateencontrei]

51- Falsas Verdades

Vanessa estava fazendo uma investigação por conta própria e Mayra ajudou a colher provas. Pediram auxílio jurídico a Junior que fazia faculdade de direito. Fabian entrou em contato com Janaína, pois não gostou das ameaças de Vanessa.

Fabian: Você tem certeza que não deixou nenhum fio solto?

Jana: Tenho certeza? Pode ficar tranquilo, ela tá blefando. Só tem a palavra dela contra a nossa e Clara confia em você de olhos fechados.

Fabian: Eu não voltei pra cá pra morrer na praia.

Jana: Relaxa, Fabian. Aproveita esse tempo com a Clara. 

Fabian desencanou depois da conversa. Clara pensava em Vanessa, Fabian a observava. O olhar  tristonho, mas ao mesmo tempo aéreo. Ela estava em outro lugar. Nem percebeu quando ele sentou ao seu lado.

Fabian: Tem alguém aí? Terra chamando Clara- Ele estendeu um lenço pra ela.

Clara: Obrigada, Fa. As lembranças nos sufocam- Enxugou suas lágrimas.

Fabian: Você sobrevive.

Clara: Como foi... quando a gente... você sabe. 

Fabian: Difícil, não vou negar. Não tem um só dia que eu não me arrependa de ter te deixado.

Clara: Será que teríamos sido felizes?

Fabian: A gente ainda pode descobrir.

Clara: Fabian, Fabian. Você não perde tempo.

Fabian: Eu não deixei de ti amar, Clara. Nem por um instante. 

Clara: Uau! Isso é forte.

Fabian: Foi só algo que havia ser dito. Quero que você veja mais que um amigo em mim. Um companheiro.

Clara: Eu vejo. Mas é que não tô pronta. Você sabe.

[clanessateencontrei]

50- Frente a Frente

May: O que tem ele?

Van: Quando fui pegar o carro, ele estava lá. Queria me ridicularizar por aquela cena degradante que assisti- Vanessa deixa cair algumas lágrimas.

Thata: Mas que filho da puta!

Van: Mas não entendo o prazer de chutar cachorro morto. Que sejam felizes, mas me deixem em paz.

May: Eles não estão juntos. 

Van: Eu vi, ele deixou bem claro que não era a primeira vez. Deve tá acontecendo desde que ele voltou. Bem nas minhas costas. Por isso que ela queria que ele ficasse por lá. Fui muito idiota de me meter nessa história.

May: Então ele mentiu. Eu sei que ela se deixou levar, mas foi só aquela vez. Depois que ela atendeu o seu celular. Que por sinal está comigo.

Van: O que tem o meu celular?

Ela lhe mostrou o contato que havia ligado ‘Gatinha’.

Van: Mas eu não faço ideia de quem seja.

Mayra contou tudo passo a passo. Até o flagrante na casa de Janaína.

Van: Mas isso é absurdo, gente. Jamais faria algo assim.

May: Eu também pensei assim até ela me mostrar a foto de vocês na cama e sem roupas.

Vanessa senta no sofá com as mãos na cabeça. Parecia viver um pesadelo. Até que lembrou de algo.

Van: Espera um pouco... assim que eu dei as costas pro Fabian. Alguém veio por trás com um pano na minha cara. Depois lembro de estar na casa de alguém, uma mulher. Eles conversando. É tudo muito confuso na minha cabeça.

Mayra arregalou os olhos e se levantou da cadeira que estava sentada. 

May: Você tem certeza disso? É muito grave o que você tá dizendo. 

Van: Absoluta. Só pode ter sido ele. Aquele desgraçado.

May: O pior é que faz sentido- Ficou com a mão no queixo andando de um lado pro outro.

Van: Esse cara não tem limites. A Clara tá em perigo.

May: Parece que ele calculou cada passo.  

Van: Aquela filha da puta! Desceu o nível desse francês psicopata.

May: Nunca gostei dessa garota. Mas até eu acreditei nessa farsa.

Thata: Precisamos salvar a Clara.

May: Ela é muito cabeça dura. Não tem a menor noção do risco que tá correndo.

Thata: E agora, gente?

Van: Eu vou falar com ela.

May: Ela não vai te ouvir. Tá muito ferida com toda essa história.

Van: Eu também tô. Mas eu vou passar por cima dessa dor.

No Hotel

Clara acordou mais uma vez nos braços de Fabian. Mas estava muito fragilizada pra pensar na situação. Ele despertou e ficou satisfeito por vê-la envolvida no seu corpo.

Clara: Oi, Fa. Não queria te acordar.

Fabian: Bon jour, mon cher. Como se sente?

Clara: Um bagaço. Parece que um caminhão passou por cima de mim.

Fabian: Isso é normal. Leva tempo pra cicatrizar.

Clara: Mas a vida continua. 

Ela se levantou em busca de suas roupas.

Fabian: É assim que se fala. Que tal buscarmos o nosso filho mais tarde?

Clara: Ah como eu tô morrendo de saudade do meu menino.

Fabian: Eu também. Um piquenique naquele parque que você gosta?

Clara: Ibirapuera?

Fabian: Isso. Só nós 3. 

Clara: Eu não quero ser indelicada. Mas você sabe que... nada mudou entre a gente né? 

Fabian: Eu sei, só quero te ver feliz novamente. Eu sei que é um programa romântico. Mas tudo na vida deveria ser. 

Clara: Você é realmente um príncipe- Lhe deu um beijo na bochecha- É que a gente transou e nem me lembro de como isso aconteceu. 

Fabian: Juro que não forcei nada. Foi o calor do momento.

Clara: Eu acredito, meu bem. Mas já é a segunda vez.

Fabian: Oui. Mas foi algo orgânico.

Clara: É melhor não misturarmos amizade e sexo. 

Ele concordou, mas só da boca pra fora. Ele viu que deveria ser paciente e que talvez aos poucos ela cederia.

Clara: Eu preciso ir em casa. Pode ser a tarde esse piquenique? 

Fabian: Como preferir. 

Clara: Você pode fechar a conta do hotel e voltar pra nossa casa. Mas me dá um tempinho. Preciso fazer umas mudanças.

Fabian: Quer ajuda?

Clara: Não, querido. Você já me ajuda demais. É algo que preciso fazer sozinha.

Ela se despede dele e entra no táxi. Pega umas caixas na garagem e vai colocando as coisas de Vanessa. Foi um momento muito melancólico. As lembranças apareciam e as lágrimas também. Organizou tudo, não queria mais ter que esbarrar com algo que lembrasse ela. Mas estava totalmente enganada quanto a isso. Tudo naquela casa lembrava ela e como uma força de atrito entre elas. Vanessa apareceu. Clara a olhou com os olhos ainda vermelhos. Mas nenhuma palavra saiu da sua boca, elas se encararam por alguns segundos.

Van: É... não achei que seria tão difícil te encontrar de novo. Mas eu tinha que vir.

Clara: Não precisava se dar ao trabalho, Vanessa. Mas já que veio tá aí as suas coisas- Disse friamente.

Van: Não foi exatamente por isso que eu vim. 

Clara: É melhor deixar tudo como está. Não temos o que dizer, só abriria outras feridas e eu tô cansada.

Van: Mayra me contou sobre ontem. Eu sei que é difícil de acreditar, mas foi uma farsa.

Clara: Farsa foi o nosso relacionamento. Eu não quero te ofender, é melhor você ir embora.

Van: Não é só você que tá sofrendo. Mas a minha dor é real, a sua não passa de uma ilusão.

Clara: Ilusão? Não ofenda a minha inteligência.

Van: Eu sei que o que eu falo não faz sentido pra você. Mas tudo não passa de um plano maluco do Fabian. Eu disse pra você que ele queria você de volta. Ele é maluco.

Clara: Eu não admito que você coloque o nome dele na sua boca. Ele nunca se meteu na nossa relação. Eu vi vocês, Vanessa.

Ela pega o celular e mostra a foto. Vanessa dá um murro na parede.

Van: Eu fui dopada, Clara. Seu ex maridinho perfeito me drogou junto com essa sua amiguinha.

Clara: Você acha que vou acreditar nessa sua fanfic?.

Vanessa encosta Clara na parede que fica atônita com a atitude. Pega a sua mão e leva até seu peito.

Van: Acredita nisso- Clara sente as batidas fortes do coração de Vanessa.

Clara: Porquê faz isso comigo?

Van: Eu só quero que você saiba que foi de verdade.

Clara a empurra para sair daquela posição

Clara: Você estragou tudo.

Van: Foi você que estragou caindo nesse joguinho. Eu nunca te dei motivos pra duvidar do meu amor.

Clara: Você nunca vai admitir. Eu sempre sou a errada. 

Van: O maior erro foi dormir com ele e isso que destruiu tudo.

Clara: Quanta hipocrisia. Eu não me orgulho disso, mas você já me traia nas minhas costas. 

Van: Eu nunca te trai e vou provar.

Clara: Já tá mais que provado.

Van: Eu não quero discutir. Eu só quero que você entenda.

Clara: Entender? Vai tomar no cu.

Van: Ele não presta, Clara. Acredita em mim.

Clara: Eu costumava acreditar. Some da minha vida, Vanessa. A dor que você me causou jamais tinha sentido por alguém.

Van: Eu pretendia sumir, mas não posso te deixar enquanto esse cara estiver no Brasil. Não é uma competição de quem tá sofrendo mais, Clara. 

Clara: Ele tem sido um ótimo amigo. Eu não tenho que te dar satisfação da minha vida.

Van: Ele é um psicopata.

Fabian: Eu?

Elas nem perceberam o barulho da porta.

Van: Desgraçado. Você é pior do que eu pensei.

Fabian: Não sei como você tem coragem de pisar aqui. Não basta a canalhice que você fez?

Van: Cedo ou tarde você vai ter o que merece.

Clara: Vai embora, Vanessa e leva as suas coisas.

Vanessa levou as caixas até o carro e Fabian a acompanhou.

Fabian: Vanessa, Vanessa. É a sua palavra contra a minha e adivinha qual é que tá valendo mais?

Van: Ri enquanto você pode.

Fabian: Não se preocupa, gata. Eu tô cuidando bem da minha esposa. Se é que você me entende.

Vanessa não se aguenta e dá um soco nele.

Clara vê de londe e vai correndo até eles.

Clara: Tá maluca, Vanessa? 

Van: Isso foi muito pouco. Mas você vai ter o que merece na cadeia.

Fabian: Você tá completamente louca.

Clara: Volta pra sua namorada e esquece que eu existo. Mas antes deixa a chave de casa.

Vanessa respira fundo e joga a chave na direção dela. Não diz nada, apenas entra no carro furiosa. Clara pega um pano com gelo e passa na boca machucada de Fabian.

Fabian: O que ela queria?

Clara: Me fazer de idiota pra variar.

Fabian: Ela tá descompensada.

Clara: Não a reconheço mais. Pra quê insistir nessa mentira. Eu vi. 

Clara deixou uma lágrima escorrer de seu rosto e Fabian a enxugou.

Fabian: Ela não te merece. Nunca te mereceu.

Ela desconversou

Clara: Tá doendo?

Fabian: Ela bate forte- Disse de uma forma que fez Clara rir- Olha! Ganhei um sorriso.

Clara: Obrigada por estar aqui. Espero não te atrapalhar nos seus negócios.

Fabian: Você me ensinou que existem coisas mais importantes que o trabalho.

Ela sorriu sem graça

Clara: Você é um galanteador.

Fabian: Você é minha musa- Pega a mão dela e a beija.

Depois de o ajudar, Clara vai tomar banho e descarrega toda a sua dor. Tentava lembrar de onde tudo começou a desandar. Mas só conseguiu lembrar das últimas brigas. Eles se arrumam e foram na casa de Edu.

Edu: Oi vocês- Ele abraça Clara e aperta a mão de Fabian.

Clara: Oi, Edu. Cadê meu filhote?

Edu: Tá com a Mah e como você tá?

Clara: Levando. Mayra te contou?

Edu: Sim. Foi um choque pra mim. Mas não vamos falar disso agora.

Clara: Agradeço- Ele a abraça de lado.

Marcela aparece com Max no colo

Fabian: Meu garoto- o pegou no colo.

Mah: Ele já tava com saudades.

Clara: Max, meu amor- Dá um beijo no rosto do filho.

Edu: Esse garotão se divertiu muito com o padrinho.

Fabian: Que bom. Vamos indo que temos um piquenique pra fazer.

Mah: Ai que delícia. Então aproveitem.

Clara: Obrigada. Tô precisando dar uma respirada e o Ibirapuera é mágico.

Edu: Vai lá, loira. 

Eles se despediram e foram para o passeio. No piquenique os pensamentos de Clara iam longe, mas Max fazia ela voltar.

Fabian: Acho que esse momento descreveria o que é felicidade.

Clara: É um lugar bem gostoso. Um dos meus favoritos.

Fabian: Não me referi ao lugar. Mas sim a companhia.

Clara: Você é um romântico incorrigível.

Fabian: Pode ser. Mas você é a mulher mais incrível que já conheci nessa vida. A tristeza não combina com você.

Clara: Oh meu querido. Assim eu fico sem graça. 

Fabian: Oui. Se você soubesse como fica linda vermelhinha- Ele dá um leve toque no rosto dela que o beija no rosto.

Clara: Obrigada por hoje. Eu precisava disso.

Fabian: Não precisa agradecer. Tá sendo muito bom ficar aqui com vocês.

Clara: Não é só por isso. É por estar comigo nessa fase dramática da minha vida.

Fabian: Eu quero cuidar de você. 

Clara: Você é um fofo. Mas não se prenda por mim. Você tem seus próprios problemas.

Ele sorriu pra ela 

Fabian: Tá tudo certo comigo. Não precisa se preocupar.

Eles ficaram conversando e brincando com o filho até o pôr do sol. Vanessa que voltara pro apartamento das meninas após a conversa com Clara ainda estava furiosa. Thaís havia pegado uma água com açúcar pra ela tentar se acalmar.

May: Foi tão ruim assim?

Van: Foi pior e ele continua socado naquela casa.

Thata: Não é tão simples. Ela confia nele.

Van: Ela preferiu acreditar nele do que em mim. 

May: Eu sei que você tá com raiva e magoada. Mas ela acredita em algo que viu. 

Van: Eu sei- Respirou fundo- Mas aqueles dois criminosos terão o que merecem.

May: Como vamos tirar a Clara de lá? 

Van: Ele não vai fazer mal a ela até se sentir ameaçado. Mas não dá pra contar com a sorte. Deve tá armando o próximo passo.

Thata: Acho que vocês deveriam avisar o Edu.

May: Sim. Eu vou explicar pra ele. Vamos precisar de aliados.

Van: Enquanto a gente espera o resultado do meu exame toxicológico. Vou colher alguns dados. Tenho certeza que existem falhas. Aqueles dois desgraçados estão tentando acabar comigo, mas eu vou dar o último golpe.

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Você já gostou, se apaixonou por alguém e essa relação não pôde ir pra frente por algum motivo? A inspiração para Apenas Amor é contar sobre o amor "proibido". Talvez a confusão de sentir algo que pra você é a coisa mais certa do mundo, mas para os outros é algo incorreto. E tudo o que a gente precisa é de Apenas Amor. Twitter- @camilareisfer Instagram- @camilareisfer

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49- Truque Visual

Clara tentava se acalmar, mas tava difícil manter o controle. Ela andava de um lado pro outro em busca de uma solução.

May: Clara não dá pra desistir agora. Tenho certeza que ela tá blefando. Essa tua amiga odeia a Vanessa.

Clara: Liga pra Thaís.

Mayra ligou e Thaís disse que Vanessa tinha ido para o apartamento que elas dividiam antes de ir morar com Mayra. Clara então resolveu continuar com o plano. Fabian já havia chegado com Vanessa e Janaína informou que haviam ligado para o seu celular como também estava no planejamento. Janaína pegou o boa noite cinderela e deu para Vanessa.

Fabian: Já fiz a minha parte. Agora o desfecho é com você.

Jana: Pode deixar. Mesmo que Clara me odeie pra sempre esse gostinho de decepção com a senhorita perfeita já me satisfaz.

Fabian: É por isso que formamos uma excelente dupla. Vou esperar sua ligação.

Fabian retorna pro hotel. Clara estava com as pernas inquietas foi o caminho todo assim já que Mayra preferiu ir dirigindo. Chegando no endereço da futura ex amiga. Mayra fica surpresa ao ver o carro de Vanessa na frente da casa.

Clara: É o carro dela, Mayra. 

Mayra também ficou apreensiva depois disso. Clara disse que entraria sozinha então Mayra ficou no carro. A porta estava encostada, o tênis de Vanessa impedia que a porta se fechasse. A cada passo o medo iminente do que poderia encontrar. A bolsa de Vanessa estava em cima do sofá, a chave do carro na mesa. A cada comodo que passava o coração de Clara aumentava a batida. Até que chegou ao quarto. A certeza de Mayra lhe dava esperanças de que tivesse feito um julgamento precipitado. Mas ao entrar naquele quarto tais esperanças foram esmagadas. Vanessa estava na cama com Janaína e completamente nuas. Vanessa que estava apagada com o efeito do remédio e Janaína que fingia dormir. Clara olhou por alguns segundos pra elas e seus olhos se inundaram, a respiração ficara forte e as mãos tremulas que pegaram o celular pra registrar a cena. Não fez escândalo, isso seria humilhação demais. Saiu da casa de Janaína deixando seus rastros de lágrimas. Mayra quando a viu voltando pro carro ficou arrasada.

Clara: Toma essa porra de confirmação.

Jogou o celular no colo de Mayra 

May: Eu... eu... sinto muito, amiga. Nem sei o que dizer.

Clara: Só me tira daqui o mais rápido possível. 

Ela ligou o carro e partiram. Clara estava soluçando e socando o porta luva. Mayra não conseguir dizer nada.

Clara: Me deixa no hotel que o Fabian tá e avisa pro Edu que não tenho condições de ficar com o meu filho hoje. 

May: Se é assim que você quer. 

Quando Clara foi embora Janaína ficou aliviada que deu tudo certo. Então vestiu Vanessa e com bastante trabalho conseguiu a colocar dentro do carro. Foi dirigindo a qualquer lugar que fosse familiar a Vanessa.

Jana: A nossa história de amor foi curta. Mas deu certo. Pelo menos pra mim. Espero não ter o desprazer de te ver. Tenha uma boa vida.

Ela saiu do carro, colocou a chave na ignição, abriu um pouco os vidros. Pois não sabia quanto tempo ela acordaria. A colocou no banco do motorista e foi embora. Assim que concluiu o plano ligou para Fabian.

Fabian: E aí?

Jana: Mais que perfeito.

Fabian: Isso merece uma comemoração.

Jana: Mais que merecido. Nós arrasamos. 

Mayra como o combinado deixa Clara no hotel. Vai até a portaria e Fabian a manda subir. Ele já a esperava na porta que correu até a sua direção e o abraçou forte.

Clara: Por favor, não me larga. Eu preciso tanto de você.

Fabian: Eu não vou pra lugar nenhum, mon cher.

Ela chorou em seus braços

Clara: Me deixa ficar aqui com você.

Fabian: Nem precisava pedir, mon cher. 

Clara: Foi tudo verdade e ainda tive que vê-las assim.

Mostrou a foto de Janaína e Vanessa na cama e ele fingiu indignação.

Fabian: Eu não queria que você passasse por isso. É desolador. 

Ela passou a mão no rosto dele

Clara: Você me conforta. Você se importa de eu pegar umas bebidas? Eu pago depois.

Fabian: Imagina. São por minha conta.

Ela estava bebendo rápido demais. Logo a bebida fez efeito. Eles estavam deitados na cama.

Clara: Aonde que eu tava com a cabeça quando deixei você terminar comigo?

Fabian: Você sabe que... dá pra gente voltar de onde paramos- Disse a puxando pra mais perto.

Ele foi passando a mão por dentro do seu vestido chegando no seio direito. Ela já se arrepiava com o toque e o deixou continuar. Ele desceu a mão e a colocou dentro da calcinha dela.

Clara: Não lembro de termos parado aqui- Disse de forma sensual.

Ele tirou a calcinha dela e abaixou a sua cueca.

Fabian: Na verdade eu parei dentro de você. Mas tenho uns caminhos a percorrer. Você sabe que eu não pulo nenhuma etapa. 

Clara: Porque você é bastante obstinado.

Ele a beija com ardor, se livrou do vestido dela, suas mãos firmes percorreram o corpo dela como a de um escultor ao dar forma a sua obra. Ela soltava leves gemidos e também passou a mão pelo corpo dele.

Clara: Uh... você sabe deixar uma mulher excitada.

Fabian: Você é a única que eu quero excitar. Minha musa.

Colocou a mão novamente na vagina dela e viu que estava encharcada lambeu os dedos molhados olhando para ela.

Fabian: Meu sabor favorito. 

Ela o puxa para mais um beijo quente. Clara deitou em cima dele e ficaram roçando suas genitais. Ele lambeu um dos seus seios e depois o outro.

Clara: Eu vou colocar o seu pênis pra conversar com a minha buceta- Disse de forma altiva.

Fabian: Essa é a minha mulher. Abusa de mim.

E assim ela o fez. Foi cavalgando em cima dele que apertava seus seios com força. Foi aumentando a velocidade assim como o grau de excitação também aumentava. Ele batia na bunda dela com força.

Clara: Bate mais.

Continuou batendo e abocanhou seus seios. Ela ia cada vez mais rápido.

Clara: Ah... que gostoso.

Fabian: Como a gente se encaixa bem, mon amour. Geme pra mim.

Clara: Aah... isso é tão bom.

Fabian: Meu lugar é aqui. Dentro de você. Aah...

Eles gozaram

Vanessa acordou assustada. Demorou um pouco para saber aonde estava, se lembrou que continuava sem celular. Então resolveu voltar pro apartamento de Thaís para tentar lembrar o que aconteceu. Enquanto isso no apartamento de MayThai. Mayra contava tudo que culminou no término de Clara e Vanessa.

Thata: Eu conheço a Vanessa. Ela não faria isso, Mayra.

May: Eu também achei e quebrei a cara. Clara me mostrou as fotos e o carro dela tava lá. Como você explica isso?

Thata: Eu tô tentando ligar pra ela. Mas não atende.

May: Ela tá sem celular. Esqueceu o que eu disse?

Thata: Vanessa não é mentirosa. Você viu o estado dela.

May: Eu vi, amor. Mas também vi o estado da Clara e como ficou depois de sair da casa daquela fura olho.

Um tempo depois Vanessa bate na porta delas ainda um pouco zonza e assim que Mayra abre e vê Vanessa naquele estado a segura.

May: Você bebeu, garota?

Thata: Van? Coloca ela aí no sofá, amor.

Van: Me ajudem

Elas se olharam preocupadas

Thata: O que aconteceu?

Van: Hospital. Me levem pro hospital.

Elas imediatamente a levaram pro hospital mais próximo. Ela foi para a emergência. 

Dr. M: Pela pupila dilatada deve ter consumido algum tipo de droga.

Thata: Ela não é de usar drogas.

Dr. M: Eu vou passar um exame exame de sangue. Se detectar algum tipo de droga no sangue. Vocês podem fazer um exame toxicológico, mas demora uns 10 dias.

May: Obrigada, Dr. 

Van: O que tá acontecendo comigo- Chorando.

Thata: Calma, amiga. Vai ficar tudo bem.

O exame é feito e elas esperam algumas horas. Vanessa cochilava apoiada no ombro de Thaís. Assim que o médico recebe o resultado elas vão ao seu consultório.

Dr. M: Como eu suspeitava deu positivo. 

Van: Como isso foi acontecer? Eu não lembro de nada.

Thata: Então ela vai fazer um específico para ver que tipo de droga é. 

Vanessa fez outro exame e teria que aguardar por longos dias. Elas a levaram para seu apartamento. Não queria que ela ficasse sozinha. No dia seguinte era sábado. Elas ficaram em casa e Mayra resolveu testar a memória de Vanessa.

May: Como se sente?

Van: Melhor. Nem sei como consegui chegar aqui.

May: Já pode me contar o que aconteceu?- Disse com serenidade na voz.

Van: Eu ainda tô tentando entender.

May: Você sabe que eu te respeito e sempre te admirei como pessoa.

Van: Obrigada, May. Eu também te admiro muito.

May: Então queria que você fosse sincera. Mesmo que eu me decepcione com que vou ouvir.

Van: Quando deixei de ser? 

May: Eu sei aonde você estava e com quem. 

Van: Até aonde eu saiba eu fui drogada. Porque você me conhece não uso nenhuma substância ilegal. Como assim estava com alguém?

May: Tudo bem, supostamente você foi drogada. Mas qual a sua última lembrança? Eu só quero entender, esses dias estão meio malucos.

Van: Eu sai daqui e fui pegar o meu carro e...

May: E o quê?

Van: Fabian

[clanessateencontrei]

48- Investigação e Manipulação

No Dia Seguinte

Clara acorda com ressaca e sente um corpo em cima do seu. É quando lembra de alguns flashs da noite passada. Ela fica digerindo a situação enquanto encara o teto do quarto. Seu conto de fadas desmoronou de uma hora pra outra e agora estava nos braços do ex. Ele foi despertando devagar lhe dando um suave beijo no pescoço.

Fabian: Bon Jour, mon pethit.

Clara: Bom dia- Disse um pouco sem graça.

Saiu de cima dela

Fabian: Não precisa ficar constrangida pelo que aconteceu. Nós bebemos demais.

Clara: Eu não quero te magoar e muito menos ter te passado uma mensagem errada pela noite passada.

Fabian: Eu sei que a gente não voltou. Com tudo que você tem passado seria me aproveitar da situação- Falou sinicamente.

Clara: Você é tão especial, Fah. Eu não sei como agradecer. Parece que foi Deus que te colocou de volta na minha vida.

Fabian: E é por isso que acho melhor você passar um tempo sozinha. Não só pra você digerir, mas pra mim também.

Clara: Seria muito egoísmo da minha parte querer que você fique.

Fabian: Eu vou pro hotel aqui próximo. Me liga se precisar de mim.

Eles se abraçaram esquecendo que ainda estavam pelados. O que proporcionou uma gargalhada de ambos. Ele se vestiu, preparou o café dela deixando na cama e partiu. Quando Clara viu o café na cama deu um meio sorriso e continha um bilhete.

Tô sempre com você, mon cher. Descanse e se alimente.

Clara estava se sentindo no fundo do poço. Mas o gesto a fez sentir que não estava sozinha. Ela comeu um pouco e ficou na cama deixando que suas lágrimas teimosas rolassem. Se deixou adormecer quando foi desperta pela campainha tocando. Clara levantou para atender. Assim que abriu a porta viu Mayra e se jogou nos braços dela que se desvencilhou com uma cara nada boa.

May: Eu quero saber que porra tá acontecendo com você- Foi entrando na casa.

Clara não entendeu a agressividade na  voz de Mayra

Clara: Por que tá me tratando assim?

May: Eu não vim aqui passar a mão na sua cabeça e nem fazer papel de idiota. Por que você traiu a Vanessa?

Clara: Como você sabe... ah claro. Vanessa é mais desprezível do que eu imaginava. Já foi fazer a vítima da história.  

May: Você tá se ouvindo? Presta a atenção no que tá falando.

Clara: Ela me traiu você sabia? Ah... mas a Clara que é filha da puta.

May: Impossível.

Clara: Mas eu a trair é sempre possível- disse em tom sarcástico.

May: O que te faz pensar que ela te traiu?

Clara: Ela esqueceu o celular aqui em casa. Aí a namoradinha ligou, até nudes mandou. Eu te mostraria. Mas ela já levou o celular.

May: Não pode ser.

Clara: QUAL A PARTE QUE ELA ME TRAIU VOCÊ NÃO ESCUTOU? 

May: Não grita comigo, Clara. Vanessa é incapaz de trair. Essa história não tá encaixando.

Clara: É melhor você ir embora já que você só acredita na santa Vanessa.

May: Então você não dormiu com o Fabian?

Clara: Dormi. Eu não me orgulho de ter pagado na mesma moeda. Mas aconteceu.

May: Não tô gostando dessa história. Tá com cara de armação.

Clara: Vai embora, Mayra. Eu não tô legal e você tá me irritando com essa proteção toda aquela vadiazinha.

May: Não fala isso, Clara. Eu só tô dizendo pra você trabalhar com a hipótese da duvida. 

Clara: Não tem caralho de dúvida nenhuma. Tá muito claro. A garota tava vestindo a calcinha dela. Apagou todas as nossas fotos nossas do celular e nós tiramos várias.

May: A Van não é assim.

Clara: Tchau, Mayra.

May: Te falei que era uma péssima ideia ter convidado o Fabian pra ficar aqui. Falando nele aonde ele tá?

Clara: Foi pro hotel. Achou melhor lidar com essa situação sozinha.

May: Agora que a merda foi feita é fácil.

Clara: Se você veio canonizar a Vanessa depois de tudo que eu te disse. É melhor você ir embora.

May: Clara, acorda. Esse cara tá por trás disso. Tenho certeza.

Clara: Se você me provar que tô errada talvez. Mas por ora ele é a pessoa que mais confio.

May: Que novidade você não gosta de ser contrariada. Ele não tá te ajudando em nada.

Clara: Foi ele que me tirou do fundo do poço em Vegas. Esqueceu? Vai embora, por favor. Se possível pede pra sua amiga nunca mais pisar na minha casa.

Mayra não disse mais nada. Apenas saiu bufando com a teimosia da amiga.

Apartamento MayThay

Thata: Bom dia, Van. Vem comer um pouquinho.

Van: Tô sem fome.

Thata: Precisa se alimentar, mocinha. Você não tem querer.

Elas tomaram café e conversaram amenidades. Vanessa evitava falar sobre suas dores e por mais que Thaís achasse melhor a amiga colocar pra fora entendia que ainda era cedo. Elas foram despertas pelo celular de Thaís tocando.

Thatha: Oi, vida

May: A Van tá aí?

Thatha: Tá sim. Quer falar com ela?

May: Não. Só quero confirmar algo. Mas antes quero te perguntar. Vanessa seria incapaz de trair a Clara né?

Thatha: 100% que não

May: Então pede pra ela o celular e procura o contato Gatinha.

Vanessa prontamente entrega o celular e pra sua surpresa havia o tal contato.

May: Clara disse a verdade. Acho que aquele Francês armou pra elas. Me passa esse contato, por favor.

Thaís passou o contato pelo WhatsApp da Vanessa.

May: Clara falou que tem umas nudes no celular da Van. Mostra pra ela que sei quem é a garota.

Vanessa ficou furiosa com tudo que viu. Thaís a abraçou e disse que tudo seria esclarecido.

Van: Eu falei pra ela que ele tava aprontando algo. E não justifica ela ter dado pra ele, Thaís. Ela ainda o ama. Se você visse o que vi.

Vanessa chorou como uma criança

Van: Eu odeio que ela tenha esse poder sobre mim.

Elas ficaram abraçadas por algum tempo

Van: Obrigada por me deixar ficar. Mas quero voltar pra nossa casa. Ainda bem que a gente não resolveu se livrar dela. 

Thata: Vai ficar bem lá? Não quer companhia?

Van: Eu tô precisando ficar sozinha. Colocar os pensamentos em ordem.

Thata: Eu vou buscar a chave.

Ela entregou a chave e a abraça forte

Thata: Eu tô sempre aqui minha amiga. Não ouse deixar de me procurar.

Van: Não vai se livrar de mim tão fácil.

Vanessa  foi em direção ao seu carro e viu a pessoa que menos queria encontrar encostada no seu carro.

Van: Só pode ser assombração.

Fabian: Olha, Vanessa. Eu não tenho nada contra você. 

Van: Me poupa do seu discurso que só convence a sua esposinha. Você é sujo. Mas não vou ficar no caminho de vocês.

Fabian: Eu sei que você tá assim porque a perdeu. Mas o sentimento que nos une é forte demais. Você acha que ela queria fazer isso com você?

Van: Qual é a tua, cara?  Você já tem o que veio buscar. Não vem tripudiar de mim que não sou idiota.

Falou lhe dando um empurrão

Fabian: É uma pena você ser tão rancorosa.

Fabian: Eu só vim me livrar de uma ponta solta.

Ele a pega por trás coloca um pano em sua boca e depois de alguns segundos ela fica desacordada.

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47- Ele Voltou

Alguns Meses Depois…

Clara: Mas amor, eu fico preocupada. Nunca fiquei tantas horas longe dele.

Van: Mamãe vai ficar com o nosso menino. Já tá na hora de retomar a sua carreira. Lembra do nosso plano de dominar o mundo?

Clara: É tão bonitinho quando você fala nosso menino. Eu deixei a mamadeira na geladeira, as fraldas você sabe onde achar. Qualquer coisa pede pra tia Sol me ligar.

Van: Não pira, mulher. Ela sabe cuidar melhor que a gente.

Clara: Desculpa! Mas é difícil ficar longe do meu príncipe.

Van: Oh Clara. Cai fora daqui.

Clara: Ai Vanessa. Como você é delicada- Fez cara de ofendida, mas deu um selinho em Vanessa.

Elas sorriem

Clara partiu para acertar detalhes com uma produtora que fecha shows nas boates mais badaladas do Brasil. Enquanto Vanessa foi levar Max na casa da mãe e depois foi trabalhar. Clara ligou umas 5 vezes pra saber de Max. Edu a acompanhou para os tramites de contrato. Vanessa se fazia de durona, mas ligou umas 3 vezes para a mãe para saber do menino. Assim que saiu do trabalho foi a casa da mãe buscar Max. Quando chegou na casa de Clara se surpreendeu com que viu.

?: Vanessa? Eu não sabia que te encontraria aqui- Falou deixando sua mala perto do sofá.

Van: Fabian?- Olhou incrédula

Fabian: Não queria te assustar. Desculpa...

Van: Eu tô morando aqui agora. A Clara não te contou?

Fabian: Ela deve ter esquecido.

Van: Estamos juntas tem uns meses- Disse um tanto constrangida.

Fabian: Ah Legal. Eu sabia que vocês acabariam se acertando. Não fui embora a toa.

Ficou um silêncio constrangedor entre eles. Fabian então se aproxima pra pegar seu filho nos braços.

Fabian: Oh filho. Que saudades o papai tava de você.

Vanessa estava sentindo uma leve insegurança tanto por Clara quanto por Max e isso não passou despercebido pelos olhos do Francês. Ele escondia a satisfação que estava sentindo naquele momento. Ele havia tentado tirar Clara da sua cabeça durante os meses que esteve fora do Brasil. Mas foi inútil, se condenou por ter entregue sua mulher de bandeja. Seu retorno ao Brasil foi premeditado e exclusivamente a fim de ter sua esposa de volta. Nem que tivesse que jogar sujo. Ele ficou sabendo que elas haviam reatado através de Edu que não conseguia segurar a língua dentro da boca. Não poderia ter escolhido pessoa melhor pra mantê-lo informado sobre sua ex. Assim poderia traçar uma nova forma de aproximação.

Ele ficou brincando com o filho na sala até que Clara finalmente chegou. 

Clara: Querida, cheguei! 

Vanessa se sentiu aliviada com a chegada da amada. Mas o alívio se tornou um desconforto maior ainda quando Fabian se levantou e Clara mesmo que surpresa lhe deu um longo abraço.

Clara: Que surpresa boa. Por isso não quis fazer chamada de vídeo ontem.

Fabian: Sabe como é minha querida. Adoro fazer surpresas.

A conversa fluía entre eles e Vanessa se sentiu excluída naquele momento. Os observava conversando animadamente quando pigarreou para sentirem sua presença

Clara: Oi, amor. Desculpa nem falei com você- Se aproximou lhe dando um selinho.

Fabian: Fiquei sabendo que vocês tão juntas.

Clara: Sim. Graças a você.

Fabian: Desculpa incomodar vocês. Eu vim direto do aeroporto pra cá. Se eu soubesse que estavam morando juntas teria ido direto pra um hotel.

Clara: Imagina. Essa casa também é sua. Esqueceu que tem uma cama no quarto do Max? De vez em quando dou uns cochilos.

Van: Acho que ele prefere ter privacidade.

Clara: De jeito nenhum. Você fica pronto e acabou.

Vanessa ficou furiosa com a atitude da namorada. Foi para o quarto emburrada. Clara deixou Fabian a vontade e foi para o quarto com Vanessa.

Clara: Ei... que cara é essa?

Van: Ele tá me provocando, Clara.

Clara: Não viaja, Vanessa. Ele me deu essa casa lembra? Queria que eu falasse o quê?

Vanessa ficou em silêncio

Clara: Cheguei querendo comemorar com você meu contrato. Minha turnê começa ano que vem.

Van: Isso é ótima, amor. Parabéns- Elas se abraçam.

Clara: Você é a minha pessoa. Não esquece disso.

Van: Por que não falou pra ele que a gente tava junta?

Clara: Não queria magoá-lo. Sabia que ele ainda me amava. Apesar de ter abdicado desse amor.

Van: Aí ele volta cheio de esperanças. Realmente muito melhor.

Clara: Se ele tinha essa intenção já foi por água baixo.

Van: Assim espero

Clara: Você sabe que ele foi e é importante pra mim. Não esquece que ele terminou comigo pra gente viver o nosso amor.

Van: Eu acho que você é muito ingênua em relação a ele. Mas vou dar esse voto de confiança por você.

Clara: Ele não é como os outros caras.

Vanessa revirou os olhos

Van: Ele entrou aqui sem nem avisar. Quase tenho um treco quando o vi.

Clara: Assim que ele for embora eu peço a chave, ok?

Elas se beijaram. Quando ouvem uma batida na porta.

Van: Tá de sacanagem?- Disse irritada batendo no colchão.

Clara: Calma, Van. Eu vou ver o que ele quer.

Vanessa respirou fundo

Clara: Oi, Fah.

Fabian estava com Max no colo.

Fabian: Desculpa incomodar vocês. É que a fralda do Max tá cheia e não sabia aonde ficam as limpas.

Clara: Pode deixar que eu troco.

Fabian: Nada disso. É minha vez de cuidar desse molecão.

Clara sai do quarto para ir lhe mostrar aonde guarda as fraldas

Clara: Não sei se você percebeu. Mas a Van ficou bem insegura com a sua chegada repentina. Só queria deixar claro que ela é o amor da minha vida, Fah.

Fabian: Nem precisava me dizer isso, Clara. Você sabe que eu te respeito. Não vou dizer que te esqueci. Mas não faria nada pra atrapalhar seu relacionamento.

Clara: Eu sei, meu amor. É só pra deixar a Van mais tranquila.

Fabian: É melhor eu ir pro hotel.

Clara: Isso tá fora de cogitação. Van vai ter que lidar com essas inseguranças. Afinal eu e você será pra sempre.

Uma semana se passou e elas não estavam em seus melhores momentos. Fabian começava a colocar seu plano em ação. Havia arranjado uma aliada e pensado em cada passo a ser tomado. Ele engatava longas conversas com Clara sobre trabalho, o filho, a família dela, futuro e outros assuntos. Era super carinhoso com a ex e Clara inocentemente retribuía o afeto. Elas discutiam constantemente por causa dele. 

Van: Ele é cínico! Até na academia que eu trabalho ele tá.

Clara: Pára de chilique. Eu tô cansada dessas brigas sem fundamento.

Van: Você me coloca como a desequilibrada que eu não sou.

Clara: Mas desde que ele chegou tá parecendo. Não vê que nos desgasta essas brigas.

Van: Pra você é fácil. Não tem que lidar com nenhuma ex minha.

Fabian pigarreou

Fabian: Desculpa interromper. Mas tô vendo que tô incomodando.

Clara: De jeito nenhum.

Fabian: Eu sei como é ser um intruso.

Vanessa respirou, mas ficou calada. Não queria piorar as coisas com Clara.

Elas foram conversar no quarto

Clara: Você tá sendo infantil. Porquê tá perdendo a cabeça? 

Van: Você não vê que ele tá envenenando o nosso relacionamento?

Clara: Você tá fazendo isso sozinha. Ele é o pai do meu filho, Vanessa. Não me coloca nessa posição porque você vai sair perdendo.

Van: Eu não tô aguentando mais ele ficar entre a gente. Maldita hora que você pediu pra ele ficar.

Clara: Você tá viajando demais. Não te reconheço mais.

Van: Eu preciso respirar. Por quê você o quer tão perto?

Clara: Vanessa pelo amor de Deus. Eu tô cansada. É melhor a gente dar um tempo.

Van: Eu sou descartável pra você. Tudo teria sido mais fácil se ele fosse pra um hotel.

Clara: Eu não aguento brigar pela mesma coisa, Vanessa. Foi você que nos colocou nessa situação.

Vanessa respirou fundo. Arrumou algumas coisas na mochila e foi pra casa da sua mãe.

Clara desabou quando a viu partir. Fabian ficou lhe consolando escondendo um sorrisinho de felicidade.

Eles tiveram uma longa conversa em meio a muita bebida.

Clara: Ela reclamava de você o tempo todo.

Fabian: Eu não deveria ter aceitado seu convite de ficar aqui.

Clara: Isso não tem nada a ver com você. Mas com as inseguranças dela. Ela não me tocava mais. Eu sempre procurava e ela me rejeitava. Como se fosse uma moeda de troca.

Fabian: O relacionamento de vocês não estava nada saudável. Mas quem sou eu pra falar algo né.

Clara: A sua opinião sempre será importante pra mim.

Ela pega em sua mão

Fabian: Talvez vocês precisem desse tempo mesmo. Pra avaliar aonde a relação de vocês está indo.

Clara: É exatamente o que vou fazer

Ela o abraçou

Clara: Você é um amor.

Ele sorri e beija sua mão.

Fabian: Você merece a felicidade, mon cher.

Estava tudo desenhado da forma que Fabian queria. Antes de Vanessa ir embora ele tinha pego o celular dela. Fabian excluiu as últimas ligações do celular de Vanessa. Deletou todas as fotos com Clara, adicionou um contato novo e depois escondeu o celular entre as almofadas do sofá. Ele se arrumou e foi falar com Clara.

Fabian: Vou resolver uns assuntos da empresa. Mais tarde eu volto.

Clara deu um beijo no rosto dele acompanhado de um sorriso que Fabian amava.

 Ele saiu  e Clara começou a arrumar a maleta de Max, Edu depois que acabara a fase de amamentação de Clara ia toda sexta buscar o afilhado para dormir em sua casa. Não tardou para Edu aparecer empolgado para levar Max. Vanessa ligou para o seu celular para saber se tinha deixado em casa e Clara atendeu.

Clara: Alô?

Van: Ai graças a Deus não o perdi. 

Clara: Só você mesmo. 

Van: Depois do trabalho passo aí pra buscar.

Clara: Ok

Elas se despediram de forma fria de ambas as partes.

O celular de Vanessa tocou algumas vezes e Clara deixou passar as chamadas até que um nome lhe chamou a atenção ‘gatinha’. 

Ela atendeu a chamada

Não disse nada só escutou

?: Vanzinha. Já cheguei no nosso cantinho. Eu tô aqui te esperando do jeitinho que você gosta. Telefonei pra academia e Pepa disse que você já tinha saído...

Clara mudou radicalmente sua fisionomia. As mãos começaram a suar e ficarem trêmulas estava em choque, deixou o celular cair da sua mão e as lágrimas começaram a surgir. Fabian que estava acompanhando a autora da ligação aplaudiu a encenação.

Fabian: Bravo! É por isso que você é a minha favorita.

???: Agora é com você meu querido.

Assim que ele chegou viu Clara em prantos e foi correndo abraçá-la. Ela explicou com a voz entrecortada e ele preparou um copo de wisky para “acalmá-la”. 

Fabian: Não pode ser. Ela é apaixonada por você. Por quê faria isso?

Clara: PORQUE É UMA VAGABUNDA (disse gritando). Excluiu todas as nossas fotos do celular. Queria me envenenar contra você enquanto transava por aí.

Fabian: Mas ela me odeia.

Clara: Foi puro ego ferido. Que desgraçada.

Fabian: Eu nem sei o que dizer- Voltou a abraçá-la.

Ela foi bebendo cada vez mais, ele a incentivava e foi ficando mais solta. Como já conhecia a rotina da casa cronometrava quanto tempo faltava pra Vanessa chegar. Clara gostava de ser paparicada e assim ele fez. Foi chegando mais perto, as carícias foram aumentando. Se aproveitou da vulnerabilidade do momento.

Fabian: Sabe que eu nunca faria isso com você né?

Ela mexeu a cabeça em consentimento- Ele enxugou as lágrimas dela com os dedos e olhou profundamente em seus olhos.

Fabian: Você e o nosso filho são os meus bens mais preciosos nessa vida. Se eu soubesse que seria desse jeito lutaria mais pelo nosso amor. Eu ainda te amo, Clara. Não tem um dia se quer que eu não pense na gente.

Clara se emocionou com a declaração. Sabia que Clara estava mexida e a beijou suavemente que correspondeu. 

Fabian: Deixa eu cuidar de você. Mon, amour.

Ela fez sinal positivo

Tudo o que ela queria no momento era se sentir amada e a imagem de Vanessa com outra garota não saia da sua cabeça.

Fabian: Já que o mal já foi feito. Não é errado fazer o que o corpo tem vontade.

Clara: E qual é a vontade dele?- Provocou

Fabian: Você que vai me dizer.

Ele levantou o seu vestido suavemente colocou-a em seu colo de frente e a beijou com intensidade. Clara ficava muito fogosa quando bebia. Fabian deixava escapar alguns sorrisos, o plano estava ocorrendo como o planejado ou até melhor. Foi descendo os beijos e propositalmente espalhando as roupas de ambos pela sala. Prendeu as pernas de Clara na sua cintura a levando para o quarto. Foi tirando a calcinha, o sutiã dela e logo se livrou de sua cueca. Foi a lambendo inteira.

Fabian: Como senti falta do teu corpo no meu.

Clara: Eu tinha esquecido como você é gostoso.

Ele caprichou no oral, pois sabia que era o ponto fraco dela. Ela arfava. Quando enfiou seu pênis na vagina foi o ápice pra ele. Como um alpinista que conseguiu chegar no topo do monte Everest, uma sensação de poder lhe invadia. Como se não quisesse sair nunca mais. Começou com movimentos lentos, queria prolongar o momento. Assim que ele ouviu um barulho da porta o tesão aumentou. Ele inverteu as posições deixando Clara por cima dele.

Fabian: Faz o que você quiser comigo.

Ela foi dando ritmo e ele fez questão de gemer alto. Vanessa havia entrado e viu as roupas espalhadas dando espaço a calafrios e um coração disparado. Mas não era de um jeito bom. Quando se deparou com aquela cena paralisou, as lágrimas iam rolando enquanto via sua namorada na cama com outra pessoa. Fabian fingia não ver Vanessa os olhando. Clara estava por cima dele que colocou as mãos por trás de sua cabeça e deixou Clara fazer o que quisesse.

Fabian: Isso tá ficando cada vez mais gostoso. Mon, amour.

Ele puxou o cabelo de Clara e lhe deu um beijo intenso deixando escapar alguns gemidos. Foi descendo até os seios de Clara os chupando e ela não parou de rebolar em cima dele.

Fabian: A gente se pertence. Eu já não aguentava mais não te ter.

Clara estava perdida em seus próprios devaneios

Clara: Ai que delícia.

Fabian: Você que é.

Clara foi se movendo mais rápido. Ele dava umas palmadas na sua bunda e a apalpava que gemia em retribuição.

Clara: Você me deixa louca.

Ele invertou as posições novamente de forma que Vanessa tivesse uma visão privilegiada. Acelerou os movimentos. Ele voltou a chupar seus seios a deixando inebriada de prazer.

Fabian: Tá gostoso?

Clara: Ahhh... fica dentro de mim.

Fabian: Tô todinho dentro de você, mon amour. Do jeito que você gosta. 

Fabian: Nossos corpos conversam tão bem.

Clara: Gostoso

Uniram suas mãos colocando acima de suas cabeças. Fabian colocou sua boca no pescoço da loira e intercalou entre chupões e lambidas enquanto se movimentava em cima dela.

Fabian: Geme pra mim

Clara: Aaah…

Fabian: A gente fode gostoso.

Ela abriu as pernas e agarrou a bunda dele.

Clara: Ah… eu vou gozaaarrrr…

Fabian: Vamos juntos.

Não demorou pra ambos gozarem. Ele lhe deu um beijo apaixonado e ela correspondeu colocando a mão entre os seus cabelos. 

Clara: Uau! Isso foi intenso.

Fabian: Muito- Deu um selinho nela e foi dando beijinhos até o seu pescoço- Linda.

Eles se beijam novamente quando Vanessa sai correndo transtornada. Fabian tinha concluído sua missão. Ter visto Vanessa acompanhar  aquela noite quente, não poderia ter sido mais que perfeito.

Fabian: É Vanessinha. Parece que o jogo virou não é mesmo?- Pensou

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Eu sei que provavelmente vocês vão me odiar, mas nem tudo é um mar de rosas. 

[clanessateencontrei]

46- Um Novo Começo

Vanessa Pov

Eu tô sonhando? É isso mesmo que tá acontecendo? Eu e Clara juntas? Ai mano... que medo dessa felicidade. Jamais imaginei que teríamos... isso. Clara, minha namorada. Como é lindo como isso soa nos meus lábios. Não tenho como negar o quanto essa mulher mexe comigo, sempre mexeu. Quando me tornei essa frouxa apaixonada? E pra completar ainda tem o Max. Eu sinto como se do nada tivesse ganhado uma família. É como se fosse meu filho. Tenho vontade de morder, abraçar, cuidar, beijar e proteger esse menino.

Bom... aqui estou eu ao lado de Clara na cama velando o seu sono. Como pode ser tão linda até dormindo. O que essa garota fez com a minha alma? Demônia!!! Trocamos beijos e carícias durante a noite que me atiçaram, mas não passou disso. Afinal ela ainda tá com pontos da cesária e precisava dormir enquanto Max lhe dava um pouco de  descanso. Quando o ouvi chorar me levantei e fui até o quarto dele para saber se poderia poupá-la. Fiquei com um certo receio de carregá-lo. Meu menino ainda é bem miudinho, mas o fiz. Acalentei-o com todo cuidado. Disse algumas palavras e ele parecia reconhecer a minha voz. Posso até dizer que ele chegou a esboçar um sorriso. Verifiquei sua fralda e estava suja. Então olhei ao redor e encontrei a famosa sacola dos bebês. 

- Vejamos mocinho… acho que temos que passar esse lenço umedecido primeiro. Eta porra! Seu cagãozinho. 

- Vamos passar essa pomadinha pra evitar assaduras. Bom… agora vem a parte mais complexa, Max. Colocar a fralda. 

Depois de alguns minutos ela conseguiu. Continuou com ele no colo o aconchegando em seu corpo. Ficou andando pela casa até que ele voltou a dormir. O colocou de volta no berço e voltou para o quarto. Clara já havia despertado e estava se levantando.

Van: Ei… fique aonde está mocinha.

Clara: Preciso ver o Max, já são 10hs. 

Van: Não se preocupa, ok? Ele já acordou, me encarreguei do serviço sujo da manhã. Agora voltou a dormir.

Clara: Ô Van. Por que não me acordou? 

Van: Cê acha mesmo que eu iria te acordar, mano?

Clara: Deveria. Afinal das contas é minha obrigação, Van.

Van: De jeito nenhum. Eu peguei pacote completo e isso inclui dividir as tais obrigações.

Falou voltando a deitar na cama de frente para Clara. 

Clara: Você não existe sabia? Como é difícil não se apaixonar por você.

Vanessa lhe dá um longo selinho. 

Van: Você não sabe o efeito que essas palavras me causam. 

Clara: Meu corpo tá sentindo tanto a sua falta- Falou se aninhando no corpo da morena- É maldade te sentir tão perto e não poder realizar todas as coisas que estão passando na minha cabeça nesse momento.

Van: Hum… prefiro não saber que coisas são essas. Eu sei que a nossa vida sexual vai ficar complicada por um tempo…

Clara: Isso é um problema pra você?- Falou um tanto apreensiva. 

Clara levantou um pouco seu corpo para olhá-la.

Van: Rsrs… nem me deixa completar a frase mano. Você acha o quê? Depois de tudo que foi dito ontem eu voltaria atrás por causa de sexo?

Clara: Não... é que... Cê sabe, não é todo mundo que aceita embarcar num relacionamento assim.

Van: Em primeiro lugar que eu não sou todo mundo. Segundo que eu sei aonde estou me metendo e em terceiro é que eu amo você. 

Os olhos de Clara brilhavam de felicidade. Nunca imaginou que Vanessa estivesse tão decidida. Vanessa a beijou com ternura e foi correspondida com a mesma delicadeza. Os beijos de Vanessa foram seguindo outros caminhos fazendo Clara se arrepiar.

Clara: Ahh…  Van, eu não posso… os pontos- Foi interrompida.

Van: Xiu… eu sei o que eu tô fazendo. Confia em mim- Foi até o seu ouvido e sussurrou- Como eu ia dizendo... nossa vida sexual vai ficar complicada por um tempo, mas isso não me impede de te dar um pouquinho de prazer- Deu uma mordidinha no lóbulo de sua orelha.

Vanessa com suas mãos passeando pelo corpo de Clara. Ela se arrepiou com facilidade. Os seus olhos ardiam de tanto tesão. Assim que Vanessa colocou sua mão em cima da intimidade de Clara essa gemeu um pouco mais alto fazendo Vanessa tapar sua boca para abafar os gemidos.

Van: Tá toda molhadinha. Que delícia- Vanessa levou o dedo até a sua boca provando o gosto de Clara que ficou com mais tesão ainda.

Clara: Ai Van… isso é maldade.

Vanessa abriu um sorriso provocante. Foi tirando a roupa lentamente e Clara a olhava cheia de desejo.

Clara: Ah Van… Não faz isso comigo.

Vanessa retira a calcinha de Clara e fica ajoelhada entre as pernas dela fazendo suas intimidade se tocarem e rebolou lentamente. Clara apertava o lençol com as mãos e mordia seu lábio inferior para abafar os gemidos. Vanessa inclina seu corpo um pouco pra frente pegando as mãos de Clara e levando até os seus seios.

Clara: Você me enlouquece sabia? Como pode ter ficado ainda mais gostosa. Ahh…

Vanessa desencaixou as suas intimidades e foi descendo sua boca até a intimidade de Clara. A chupando com vontade, Clara guiava seus movimentos segurando seus cabelos com força. Vanessa a chupava  sem cortar o contato visual. Isso as excitava, Não demorou muito e Clara gozou longamente.

Clara: O que que é isso, Vanessa. Caralho!!!- Disse ofegante.

Van: Gostou foi?- Deu um selinho nela e se deitou ao seu lado.

Clara: Não imagina o quanto. Você é perfeita.

Van: Own…- Deu outro selinho nela.

Clara: Mas vem cá que eu quero te chupar. Não vou deixar você no vácuo.

Van: Não precisa, Clarinha.

Clara: Lógico que precisa. Vem coloca essa pussy gostosa na minha cara.

E foi o que Vanessa fez. Clara a chupou com vontade, Vanessa se segurava na cabeceira da cama. Se contorcia de tesão, Clara apertava os seus seios, sua bunda e arranhava as suas costas.

Van: Vai, amor… vou gozarrrr… Ahh…

Clara aumentou o movimento e Vanessa foi amolecendo, se contorcendo até que gozou.

Clara: Ah delícia! 

Van: Você me deixou mole.

Clara: Me chamou de amor. Eu caprichei.

Van: Então essa é a palavra mágica?

Clara: Rsrsrs… digamos que sim.

Clara se aconchega no corpo da namorada.

Van: Tá tão gostoso ficar assim com você.

Clara: Quanto tempo a gente perdeu?

Van: Quase dois anos. Mas penso que foi melhor assim.

Clara: Como assim? Você não me queria?

Van: Óbvio que queria, desde a primeira vez que te vi. Mas acho que esse é o momento certo. Você era tão cheia de si, pegadora e vinha com aqueles papinhos ridículos que me faziam ter aquele pé atrás. Ontem eu tive certeza que você não é mais a Clara impulsiva e inconsequente de antes.

Clara: É...talvez você tenha razão. Eu tive que aprender com os meus erros. Mas infelizmente tive que te perder. O quão uma pessoa pode ser tão estúpida? Enfim... mas você não é mais tão insegura.

Van: Eu tô me esforçando. Precisávamos de outras pessoas nas nossas vidas pra termos certeza do que sentíamos.

Clara: Mas só de pensar em você pertencendo a outra pessoa. Aquele dia que  fostes me ver tocar na boate me doeu tanto te ver na pegação com a Pepa. Eu pensei que fosse um sentimento normal já que nós tivemos uma “história” meio conturbada e confusa, mas tivemos. Eu fiquei observando vocês imaginando que poderia ter sido eu.

Van: Ô meu amor. Eu também não conseguia imaginar você e Fabian. A Pepa foi muito importante pra mim. Não vou negar que me apaixonei por ela, mas se tornou algo mais físico. Nossa forma de  pensar era muito parecida, por isso nos dávamos tão bem. Nossas únicas brigas aconteceram depois que você passou a fazer parte da minha vida. Ela passou por cima do amor que sentia por mim. Pois ela assim como nossos amigos entenderam que a nossa história não havia terminado.

Clara: Eu odeio quando você fala o quanto ela é perfeita.

Van: Pára com isso, amor. Não quero que você implique com a Pê. Assim como não tenho o direito de fazer com o Fabian. Afinal ele sempre fará parte da sua vida.

Clara: Desculpa, Van. Mas eu sou humana poxa. Eu morro de ciúmes da cumplicidade que vocês tem. A forma carinhosa que você sempre fala dela.

Van: Eu te amo, cê entendeu? Eu não vou aguentar se você meter os pés pelas mãos novamente.

Clara: Não fala isso- Ela abraçou Vanessa com força e a morena sentiu uma lágrima escorrer em seu ombro- Eu não aguentaria te perder novamente.

Van: Ei… não chora, amor. Eu só peço que você confie em mim. Nunca te dei motivos para ter duvidas. 

Clara: Eu sei, eu sei… é que eu sou uma idiota. É que você despertou coisas em mim que jamais imaginei sentir e só de pensar em você com outra pessoa me enlouquecia. Eu queria namorar você. Na época se você me pedisse largaria tudo em Vegas.

Van: Minha ciumentinha linda. Eu não tinha o direito de te pedir pra ficar. Olha o quanto você evoluiu como DJ? Não seria justo. Eu só te peço que se controle ok? Odeio ceninha pública de ciúmes. Se algo te incomodar é só me falar.

Clara: Tudo bem. Mas olha quem fala, a pessoa mais fechada de todas. Isso vale pra você também.

Van: Rsrsrs… Eu prometo.

Clara: Pra esse relacionamento dar certo precisamos ser sinceras e isso inclui os problemas.

Van: Eu sei, amor.

Clara: Eu me derreto toda quando você me chama assim.

Van: Você é meu amor. Não esqueça disso.

Clara: Não vou. Depois do tiro que você me deu ontem. 

Van: Rsrs… Pra você não ter dúvidas do que sinto.

Clara: Own… Eu sou louca por você, sua tonta.

Van: Repete.

Clara: Eu… te… amooooo…- Falou entre beijos.

Vanessa a puxou para um beijo calmo e cheio de paixão. Clara o interrompeu.

Clara: Mas vem cá e essa viagem? Apareceu alguma mulherzinha?

Van: Clara!- Deu um tapa no braço da loira.

Clara: Tô brincando amor. Valeu a pena?

Van: Deu pra colocar as ideias em ordem. Eu tô aqui não tô?

Clara: Tá, mas já tava desistindo da gente.

Van: Eu não queria atrapalhar a tua história.

Clara: Quem ama luta, Van. Você entregou os pontos.

Van: Eu pensei que você o amasse. Seria muito doloroso lidar com a rejeição.

Clara: Você é uma tonta. Como eu resistiria a você?

Vanessa sorri e esconde seu rosto no travesseiro. É quando Max começa a chorar. 

Van: Acho que dessa vez não vou poder ajudar. 

Clara: Você já fez muito por mim. 

Van: Vou aproveitar pra dar uma passada em casa. 

Clara: Hum... mas você volta né? 

Van: Se o convite de morar com uma certa loira gostosa e seu menino ainda estiver de pé. 

Clara: Eu nunca voltaria atrás nessa decisão. Pode trazer as suas coisas. 

Van: Mas vai demorar um pouquinho pra organizar tudo. 

Clara: Rsrs... Eu sei. Não precisa ser agora né. 

Van: Então tô indo. Vou trazer o nosso almoço já que Max tá bem servido. Que inveja do nosso menino.

Clara: Vanessa!- Ela dá um tapinha no ombro da namorada. 

Vanessa lhe rouba um selinho. Vão até o quarto de Max e a morena lhe dá um beijinho. 

Van: Eu falei com a Thaís ontem, ela deve tá louca querendo saber o que aconteceu. 

Clara: Rsrs... Deve tá querendo te matar. Vou mandar uma mensagem pra May dizendo pra elas virem aqui. 

Elas trocam uma risada cúmplice

Van: Faz um draminha pra elas ficarem loucas e virem correndo. 

May: Leva a minha chave, afinal a casa agora também é sua.

Vanessa dá um selinho na namorada e vai embora. 

Mayra e Thaís haviam saído para almoçar. 

Thatha: Ai May. O que será que aconteceu com aquelas duas hein?

May: Estranho né? A Clara sempre liga pra desabafar.

Thatha: Já não posso dizer o mesmo da Vanessa.

May: Talvez elas tenham se acertado. A Clara deve ter se derretido no primeiro oi kkkk

Thatha: Pode ser, mas ela tava muito puta. E dessa vez ela tinha razão.

Elas pagaram a conta do restaurante e quando entraram no carro o celular de Mayra apitou.

Whatsapp On 

Clara: Mayra, eu preciso de vocês tipo agora. 

May: O que aconteceu? Por que não me ligou?

Clara: Não é o momento para perguntas. Eu explico pra vocês aqui.

May: Ok! Estamos indo.

Whatsapp Off 

Thaís a olhava curiosa.

May: A Clara pediu pra irmos na casa dela e parece ser urgente. 

Thatha: Vanessa. Essa caralha não me ligou. Que ódio me dá quando ela faz isso. 

May: Você devia estar acostumada. Ela é assim. Não dá pra mudar a pessoa. 

Thatha: Então vamos logo. 

Elas levaram cerca de 15 minutos para chegar a casa de Clara. Quando tocaram a campainha a loira já sabia que eram elas.

Clara: Que rápidas. Esperam um pouquinho que tô dando banho no Max e já volto.

Elas foram até a sala esperar Clara.

Thatha: O que você achou?

May: Ela parece melhor. Semana passada tava virada no capeta.

Thatha: Ou a conversa foi boa ou ela despejou tudo que tava sentindo e se libertou.

Elas conversaram mais alguns minutos até que a porta de entrada se abre fazendo as duas voltarem sua atenção para ela.

Van: Querida cheguei!

As duas a olhavam um pouco embasbacadas. Vanessa estava com uma mochila, uma sacola de viagem e o saco contendo o almoço.

Thatha: Mas... isso quer dizer... que vocês...

Clara volta com Max em seus braços.

Clara: Se a palavra que você quer dizer é namoro. Você está correta.

May: Filhas da puta. Por que não nos avisaram antes?

Van: E perder a reação de vocês? Jamais.

Thatha: Vanessa André Mesquita. Eu vou te matar.

Clara: Mas isso não é tudo.

May: Como assim não é tudo?

Van: A partir de hoje ou será que ontem conta? Enfim... tô morando nessa casa.

Thatha: Acho que entrei em coma e só acordei agora. Já se passaram quantos meses depois da D.R de vocês?

Van: Idiota. Não vão dizer nada relevante para o momento?

May: Se tivessem me avisado trazia a minha plaquinha do “Eu Já Sabia”. É muito amor envolvido nessa porra. Parabéns!!! Mas só pra constar quem vai casar primeiro é a gente. Nem venham pular mais etapas.

Clara: Rsrs... Se parar pra pensar não seria tão irrelevante nos casarmos primeiro.

Van: Calma, amor. Assim você vai assustar as meninas.

Thatha: Mais do que Vanessa usando a palavra ‘amor’ acredito que não.

Todas riem

May: Isso merece uma comemoração.

Van: Uma dose de leite materno pra cada.

Clara: E acabar com a comida do meu filho? Nem pensar.

Thatha: Tão muito palhacitas hein.

May: O tempo perdido faz isso com as  pessoas.

Clara: Disso entendes muito bem, Mayra.

May: Nós entendemos, Clara e dá próxima vez vê se escuta a sua amiga aqui.

Van: Não haverá próxima vez. Pelo menos no que depender de mim.

Clara: De mim também. Esse é o nosso momento.

[clanessateencontrei]

Capítulo maravilhoso, deveria ter sido assim na vida real.kkkk

Nem fala :/ Se elas lessem as fics talvez pensassem a respeito kkkkk