And I thought about how many people have loved those songs. And how many people got through a lot of bad times because of those songs. And how many people enjoyed good times with those songs. And how much those songs really mean. I think it would be great to have written one of those songs. I bet if I wrote one of them, I would be very proud. I hope the people who wrote those songs are happy. I hope they feel it's enough. I really do because they've made me happy. And I'm only one person.
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elliot-hemsworth·:
Um sacrifício enorme — assentiu dando risada —Tudo certo, nenhum salgado envenenado, todos muito bons. Você ficou em que barraca?—
Negou em um gesto rápido. “Nenhum da realidade. Não tinha nem considerado vir, mas calhou de não estar fazendo nada e pensei que poderia me arrepender de não ter estado presente nesse evento, já que não participei dos outros” A mão correu até a nuca. “Tá tudo tranquilo? Não pude deixar de reparar que você tinha desaparecido nas últimas semanas. Mas também pode ter sido só minha miopia.”
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elliot-hemsworth·:
—Entendo totalmente, mas eu não falo com quem não vai comprar salgado— deu risada negando com a cabeça —Brincadeira, você acabou ficando por onde Clive? Eu tô aqui preso com o Mad e sendo obrigado a testar a qualidade desses salgados, sabe como é né, por segurança. —
Quase abriu a boca, mas ele voltou a falar antes que conseguisse. Então tornou a cerrar os lábios e deixou que um pequeno sorriso embaraçado aparecesse. Suas mãos estavam enfiadas no bolso e tinha a cabeça voltada ao chão. “É, imagino que esteja sendo um belo sacrifício para você” Assentiu. “E até agora está tudo sob controle?”
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A tentação de fingir que não o tinha visto quase o fez dar as costas e seguir no caminho oposto, mas depois de andar por mais de trinta minutos e só encontrar feições dos alunos pesou um pouco em relação às prioridades que deveria dar. No final das contas, sequer sabia se os boatos eram verdade. “Nenhum. Só estava dizendo que é bom ver uma cara conhecida que tenha mais do que 21 anos por aqui.” Perguntou, resistindo a leve tentação de perguntar-lhe sobre a Quinn.
Elliot passou por uma situação extremamente difícil que o fez se afastar da escola por um tempo, coisa que nunca tinha acontecido antes, Elliot Hemsworth nunca faltava ou chegava atrasado numa aula. Mas conseguiu se recuperar depois de um longo período no hospital e era muito bom poder estar naquele evento. A barraca escolhida por ele foi a de salgados, amava cozinhar, amava comer, então foi a barraca certa. Ele já tinha comprado um monte de salgados enquanto vendia e estava comendo um quando alguem apareceu para fazer um pedido —Opa! Espera dois segundos— falou antes de deixar seu salgado num pratinho no cantinho -–Como pode ver, tá tudo gostoso, selo Elliot de aprovação, o que pedir é sucesso. Qual das gostosuras vai querer?—
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valedictorianx·:
Agora Nash tinha mais um lugar para olhar: o professor. Os olhos indo para o vilão sem cordas, o vídeo do Youtube passando no tablet e as cordas intocadas nas embalagens que vieram da loja. — Eu não sei como isso funciona. O indivíduo do vídeo não mostra como encaixa essas cordas e eu estou nisso a mais tempo do que gostaria de admitir. — Seus ombros murcharam, em decepção pela incompetência. Os dedos percorrendo a madeira encerada do instrumento, um gesto nervoso do coreano. — Deve ser a coisa mais básica que alguém já pediu a você, mas… Mas não pense que é diminuição, nee? O senhor é talentoso demais e suas aulas tem uma boa avaliação. — E era melhor se calar, a boca fechando-se e esticando num sorriso envergonhado.
O riso saiu impensado e espontâneo quando entendeu sobre o que aquilo se tratava. Mais que isso, divertiu-se em ver a confusão do aluno ao tentar colocar as cordas em seu devido lugar. Sabia que a falta de experiência gerava certa dificuldade; ele próprio tinha passado por aquilo não muito tempo atrás. “Não pensaria que é diminuição. Deixa eu ver.” pegou o violão, estudando por alguns momentos as cordas e as posição que elas deveriam ser colocadas. “Me dê cinco minutos” brincou, sentando próximo da posição em que ele se encontrava e tratando de colocar as mãos à obra. “Você já sabe tocar ou está começando a aprender?”
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quinn-mare·: flashback
Tinha tanto para perguntar, para esclarecer. O ritmo intenso dos anos havia feito com que a Cowatt esquecesse da naturalidade com que Clive podia conduzir uma conversa. Ao menos com ela. Ele era direto, sem rodeios ou meandros, e parecia desnudar sua alma como ninguém. Quando estavam juntos, em Wisconsin, ele tinha o hábito surpreendente de deixar claro suas opiniões, dizendo-lhe o que ela precisava escutar. Ainda que não fosse exatamente o que queria ouvir. Isso sempre acabava por fazê-los rir em meio as provocações dessa doce sinceridade. Apesar dos encontros e desencontros, àquele fragmento insistente de familiaridade pareceu furar a bolha de hesitação. Era isso que o levaria longe, pensou Quinn, sua fidelidade aos princípios que o moviam. À música, à arte, à simplicidade poética da vida.
Disseram coisas que eu sequer seria capaz de repetir. O coração de Quinn afundou, como se pressionado pelo peso dos outros órgãos. Havia outra característica curiosa na sintonia compartilhada entre os dois: Eles eram capazes de se comunicar através de enigmas e meias palavras. Será que ele sabia? Será que tinha como saber? O fato dos boatos estarem circulando com velocidade avassaladora, não era tão difícil de processar quanto a possibilidade de Clive ter descoberto sobre seu envolvimento com Elliot por terceiros. O que ele estaria pensando? Será que estava magoado ou ressentido? Ou sequer estava ligando para isso, tendo transformado o que existiu entre os dois em memórias distratantes e insignificantes? Pensar nisso a fez sentir um tanto nauseada. Os barulhos externos e as fofocas sussurradas pelos professores também não ajudavam a fazê-la se sentir melhor.
Ainda que inundada por sensações desagradáveis, o resto do comentário do rapaz a fez rir. Um riso hesitante e surpreso, que escapou-lhe entrecortado por entre os lábios. A ideia inicial era responder-lhe com determinação, mas a forma como ele colocou o raciocínio venceu a superficialidade de suas deliberações. — Pesado? Eu não pego pesado. Eu… — Balançou a cabeça em negação, tentando encontrar as palavras certas. Mas foi vencida, por fim, fazendo um gesto inquieto e derrotado com as mãos. — É, talvez você tenha razão! Eu poderia tentar uma abordagem mais…amigável. — Desabafou, rindo mais um pouco sobre a referência usada por ele com a expressão quebre a perna. — Eu juro que estudei tudo muito bem para me certificar de que ninguém quebraria, literalmente, a perna. Ou a coluna. — Ergueu uma sobrancelha, divertida. — Eu estava tentando criar uma metáfora sobre a atuação ser um mergulho. Pular de cabeça. Deslocar-se minimamente do seu corpo para encontrar um novo eu. Faz sentido? — Perguntou, genuinamente curiosa para saber a opinião do rapaz. Minutos depois, ele anunciou que teria de partir. Algo nela não queria quebrar essa recém-descoberta atmosfera de paz armada. Muito embora soubesse que era inevitável. Talvez ela ainda não tivesse se acostumado a vê-lo partir. — Se estiver precisando de dias mais tranquilos já sabe o que fazer. Instale um andaime na sala de música e ninguém aparecerá. — Curvou seus lábios em um sorriso brincalhão. Subitamente a sensação de náusea voltou a dominá-la. — Quem sabe eu não te acompanho… Acho que o banco dos desajustados não está suficientemente excluído do resto do mundo. — Levantou-se e o acompanhou até a porta. No corredor, falaram sobre amenidades e em algum momento Quinn decidiu tocar no assunto do baile. — Sabe, os professores podem ser ainda mais fofoqueiros que os estudantes quando querem. Aposto que ainda estão discutindo o baile. Houve um acidente e… — Eu beijei meu melhor amigo e agora estou num abismo de sentimentos. Decidiu mudar o caminho. — Não te vi por lá. Estava fugindo do drama adolescente? — Tentou soar descontraída, mas manteve os olhos no chão. Ao chegarem na porta da sala de música, preparando-se para finalizar o assunto, —Bom, está entregue ao seu templo. Clive, eu… — Começou, apoiada no parapeito. Sustentou o olhar do rapaz, com os próprios olhos faiscantes. Hesitou, como começaria a falar. Então sua visão periférica registrou o piano e teve uma ideia. — Queria te mostrar uma coisa. Você se importa se eu entrar por um minutinho?
As coisas pareciam estar caminhando melhores do que imaginava. Antes, sempre que refletia um possível reencontro com a loira, imaginava que um certo desconforto poderia pairar entre ambos, mas nada se comparou à realidade da primeira conversa. O fingir uma desatenção enquanto tudo o que se queria era exatamente o oposto. Por que sempre era tão difícil lidar com sentimentos? Gostava de pensar de tinha alguma maturidade para lidar com as coisas, que seria capaz de lidar sozinho com suas próprias questões, de maneira objetiva e completamente racional. Mas parecia que essas situações vinham despidas de coincidências, apenas para provar que ele não estava sob o controle, que qualquer sensação de segurança que sentia diante de suas escolhas e atitudes eram-lhe apenas momentaneamente permitidas.
Imaginar tudo isso nos dias que se seguiram, principalmente depois de encontrar a carta em sua sala de aula, o colocou num vórtex de sentimentos conhecidos e estranhos que o fizeram parar para entender como as coisas seriam dali para frente. Vinha o fingimento, e a armação para parecer que tudo estava bem. Sabia que não conseguiria, entretanto. A arte da atuação era talento dela; talvez fosse a pessoa mais habilitada a seguir com com isso. Não ele. Mas algo nesse encontro parecia diferente das outras vezes e ainda não tinha tido tempo hábil para ponderar o que se passava. Racionalmente sabia que o melhor era investir naquela sensação, pois sabia que poderia ser passageira; ou pior, sua recusa poderia gerar um estranhamento que afetaria a relação de ambos de modo definitivo. E, por mais que sua história tivesse acabado, sabia que precisaria lidar com ela todos os dias daquele ano letivo, bem como nas reuniões de professores onde todos os docentes eram obrigados a interagir. Construir um muro, portanto, não lhe parecia uma opção viável e, para ser honesto, não sabia se era seu desejo.
Apesar dos apesares, esses pensamentos viam entremeados a várias risadas e palavras aleatórias que vinham soltando. Quem olhasse de fora, provavelmente não notaria nenhuma tensão e talvez até imaginaria que eram amigos de longa data. Mas era isso o que eles eram, certo? ”Desculpa, mas pra mim faz tanto sentido quando mandar seus alunos saltarem num mar congelante apenas para dar-lhes uma lição. Ainda acho que você estava planejando matar alguém e fingir demência”. Tinha acabado de pegar a mochila e já tinha se posto de pé quando ouviu que teria seus passos acompanhados. Provavelmente a sala que ela iria ficava para o mesmo lado, por que não? Deixou um pequeno sorriso simpático e sem dentes aparecer e assentiu uma vez.
E quando os passos foram iniciados, sabia que ela voltaria a falar-lhe. Caso contrário, ele próprio tomaria a iniciativa. E poderia ter imaginado diversos assuntos a surgir, mas quando a palavra baile fora pronunciada, seu rosto abaixou-se, enquanto sua visão procurou algum ponto inespecífico em que pudesse cravar o olhar. Não tinha certeza, mas poderia apostar que tinha engolido em seco, ainda que a expressão tivesse permanecido inalterada. “Ah, sim, sim. Acho que não estava muito no clima dos dramas adolescentes. E pelo que ouvi dos diretores, realmente o drama chegou a um outro nível.” Falou, sentindo uma grande necessidade em mentir dizendo que tinha sido a única fofoca que ouvira. Mas faltou-lhe força em expressar a mentira. Será que procura uma forma de me contar sobre o que aconteceu? Perguntou-se; sentindo uma súbita necessidade de fugir daquela conversa e fingir ter esquecido de fazer algo importante bem longe daqui. Algumas coisas eram melhores permanecerem secretas, pois verdades poderiam ser piores que o desconhecimento.
E quase agradeceu a Deus, a vida, ao universo, quando chegaram à frente de sua sala e nenhuma palavra a respeito do evento tinha sido falada. Abriu a porta com bastante calma, voltando-se a ela, percebendo que aquele assunto finalmente se findaria. Tinha apreciado aquele momento, mas sentia que precisava ficar só por um momento. Mas para contrariar a expectativa --- sentia-se testado por algum motivo --- percebeu-a já adentrando a sala. “Ah, claro.” Os olhos dela não era mais os mesmos de antes, ele percebia. Estavam dotados de algo misterioso, como se quisesse falar alguma coisa, mas não tivesse coragem. E por alguns instantes não desviou o olhar, sentindo aquele contato distante como fez na primeira vez que conversaram quando chegou à escola. Era como se seu corpo formigasse em antecipação; sequer sentia a língua dentro de sua boca, ou os dedos de suas mãos, que se cravavam com violência na carne de sua palma. “Vai tocar alguma coisa para mim?”
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quinn-mare: ( flashback )
Dentre tantas possibilidades de reencontro, ensaiadas cuidadosamente na mente de Quinn , àquela seria a menos provável. Por noites a fio, a loira havia ponderado se a atmosfera de intensidade avassaladora ainda continuaria no ar na próxima vez em que trocasse palavras com Clive. Suspeitava que sim, e não estava errada. Ainda era surpreendentemente paralisante estar na presença dele. Sustentar seu olhar arrastava-a para um turbilhão de memórias e sentimentos desencontrados. Contudo, a trégua armada entre eles lhe dava uma sensação de alívio momentâneo, principalmente considerando os recentes acontecimentos. Era como estar no meio de uma colisão entre duas dimensões. Precisava fazer as pazes com seu passado, para soubesse como lidar consigo mesma e com os outros. Ao ouvir o tilintar das xícaras que firmavam o acordo silencioso entre os dois, voltou ao universo da consciência. Sorriu de volta para Clive, satisfeita. . ‘— Ah, nada como a saborosa sensação de não fazer parte do status quo. — Brincou, dando um exagerado suspiro teatral. Foi então que percebeu o olhar de Clive escorregar. Ela costumava saber quando ele mergulhava em seus próprios pensamentos e isso a fez questionar imediatamente: O que estará pensando, Winsconsin? Era estranho saber dessas coisas, sem poder de fato usá-las para ajudar. Se fossem amigos, ela certamente teria perguntado. Mas o que eram agora? Estavam presos num lapso temporal, sem saber como agir adequadamente. Observou-o piscar e franziu o cenho, pensativa. Então ele falou, ainda sem olhá-la nos olhos. Quinn abriu um enorme sorriso, que rapidamente encontrou seus olhos brilhantes. Ele havia encontrado seu bilhete,afinal. Essas palavras quebraram todo o engessamento que havia restado, trazendo uma energia renovada para dentro dela. Teve vontade de pegar sua mão e apertá-la rapidamente. Mas não o fez. Ao invés disso, uniu as duas palmas das mãos em uma palma silenciosa, genuinamente feliz por ele. ‘— Eu nunca duvidei disso. Nem por um minuto sequer. — Sustentou seu olhar por algum tempo, trocando um milhão de palavras cúmplices e não ditas. Logo depois, levou a xícara de café até os lábios. Foi pega de surpresa pela próxima sentença do rapaz. Engoliu o café rápido demais e voltou a olhá-lo, espantada. — Você jura? Então quer dizer que meus dramáticos andam falando mal de mim por aí?! — Colocou uma das mãos no peito, fingindo-se exasperada. Mas depois deu de ombros, divertida, dando-se por vencida. — Bom, meus métodos não são mesmo muito ortodoxos. — Ergueu uma sobrancelha, sorrindo de canto para Clive. — Será que foi porque eu levei uma corda, um andaime e um colchão para o palco? E pedi para que eles pulassem? — Ponderou, tentando chegar a uma conclusão. — Não suporto pensar em aulas sem graça de interpretação dos mesmos papéis clichês. Atuar não é apenas encenar. Atuar é sentir. — Gesticulou com as mãos, perdendo-se em ideais. Terminou seu café, ainda acalorada pelas opiniões.
Tinha tanto que queria poder falar para ela. Ia desde como tinha sido sua rotina até chegar na escola --- o que não era grande coisa assim agora que parava para pensar --- até perguntas mais complexas em relação a como estava sua vida desde que o deixara em Wisconsin. Algumas poucas vezes que parava para pensar sempre a imaginava chegando ao posto que ela sempre almejara. Vez por outra pesquisava seu nome no Google tentando descobrir se teria algum filme que tivesse feito, ou se seu talento já tinha sido reconhecido. Porque Clive sabia o quão talentosa ela era; foi uma das primeiras coisas que observou ao assisti-la no teatro quando sua peça passou pela sua cidade. Claro, isso, e a cor dos seus olhos.
Estar assim de frente para ela já não mais estava sendo tão difícil como imaginava, baseado na primeira vez. Culpava a situação inusitada, a falta de preparação. Agora já fazia alguns dias e conseguia enxergar tudo voltando aos seus trilhos. Ainda que não estivesse totalmente confortável com a ideia de vê-la todos os dias e não poder tocar a sua mão; ao menos fingiria. Era o que ele precisava fazer. Até porque agora ela realmente parecia ter seguindo em frente; talvez estivesse vivendo algo incrível com o outro professor e quem seria ele para tentar tirá-la de sua bolha de felicidade. Se não conseguia encontrar uma para si, não iria destruir a dos outros. Afinal de contas, ela ainda era importante. Sempre seria. Será que era por isso que a imagem de Eliott beijando ela ainda doía? Torcia tanto para ser mentira, não passar de um boato, mas algo o dizia que não era bem assim.
“Dizem coisas que eu sequer seria capaz de repetir. Acho que você pega um pouco pesado com eles” brincou, percebendo que o riso que se seguia era genuíno. “Você quer me explicar agora porque diabos você faria isso? Está tentando matar alguém? Eu sei que a carreira do teatro é competitiva e que o lema para dar sorte é quebre a perna, mesmo que isso me faça refletir se é realmente um cumprimento de boa sorte, mas não imaginava que você tão competitiva assim.” As palavras saiam com certa facilidade. Sequer precisava se esforçar para encontrar o que considerasse ideal à situação. Tudo o que tinha que fazer era controlar-se para não falar demais e acabar arrependendo-se de algo que dissesse. Porém sabia que isso não era muito do seu feitio. Sentir... O que você sente agora? “Bem, acho que precisarei ir. Tenho uma aula em cinco minutos e já não tenho muita credibilidade por ser um mero professor de música. Atrasar-me não parece um bom método de conseguir respeito. Ou talvez eu comece com suas técnicas de terrorismo envolvendo cordas e andaimes para a sala. Aparentemente isso surte algum efeito.”
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enzomllr·:
A careta no rosto de Lorenzo fora instantânea. Não conseguia pensar em nada que era bom ou gostasse o suficiente para entrar em um clube, além da música. Mas ainda assim achava que grande parte das pessoas dali não gostavam dele. — Eu sou péssimo em esportes, não tem a menor chance de entrar em um time. Mas clubes… é, eu posso pensar nisso. Vocês estão aceitando mais gente?” Perguntou, erguendo uma sobrancelha. Nunca havia feito parte de nada no colégio, e só de pensar naquilo se sentia estranho. Seria estranho realmente pertencer em algum lugar. “Eu não fico muito em casa, costumo passar a maior parte do tempo aqui.” Deu de ombros. Não era muito focado nos estudos, mas o tempo que passava fora não tinha nada a ver com isso; pelo contrário, passava o tempo fora apenas para ignorar a existência do pai o máximo possível.
Cara, diabos, me ajuda aqui. Mas então a palavra certa saiu da boca dele. Isso fez o Reynor erguer o olhar rapidamente, como se quisesse checar algo que tinha passado por sua visão periférica. De fato, lá estava. “Claro que sim. Não sei se sabe, mas essa cadeira é meio solitária. Aparentemente na batalha com o futebol, sempre acabo perdendo.” Imaginava que música não era uma área tão procurada, mas não entendia a gravidade da situação até ele próprio tornar-se professor na Academia. “Aqui? E o que fica fazendo aqui?”
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zachwry·:
Zachary piscou algumas vezes na direção do outro cara sem saber se tinha entendido direito, com a recém descoberta, questionava demais tudo. “Ah sim, foi mal.” Disse meio confuso, chegando a levar a mão até a própria nuca ao colocar o livro que tinha pego no lugar. Não ia levar aquilo, ainda nem tinha terminado de ver a biografia do Metallica que gostava de gabar-se por ter começado. Desviou o olhar do livro que o outro tinha pego pra ele e depois para o livro de novo. “E é sobre o que a história? Cara eu confesso que peguei só porque o título parece engraçado.” Disse sincero, dando de ombros como o outro havia feito. “Bem na cara né? Eu basicamente só leio sobre bandas e uns quadrinhos as vezes.”
Um dos cantos de seus lábios se ergueu em um sorriso mudo e disfarçado, enquanto percebia a confusão que tinha gerado. “Não tem problema. Talvez eu que não tenha me feito claro.” O sorriso discreto continuou em seus lábios, recusando-se a deixar-lhe. “É a história de um rapaz muito bonito e simpático que conhece um outro rapaz que logo chama sua atenção em uma livraria. E como maneira de falar com ele, diz apenas que o livro que ele segura é muito interessante, apesar de nunca sequer tê-lo lido.” Falou, os lábios semiabertos em uma expressão de aguardo. “Brincadeira, mas trata do crescimento de um adolescente enquanto ele encontra seu lugar no mundo. É um dos clássicos mais famosos, daquele tipo ame ou odeie.” Colocou o livro de volta em seu lugar. “E que tipo de banda seria essa?”
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Tinha a bolsa apoiada em um dos ombros e o celular nas mãos. Na tela via-se apenas alguns anúncios de carro disponíveis para compra; não tinha certeza se era uma decisão acertada, mas não custava avaliar suas possibilidades. Suas aulas tinham acabado há poucos minutos e dirigia-se para casa após ter passado uma última vez na sala dos professores --- talvez uma vã esperança de encontrá-la por lá. Parou quando chegou no pátio e ouviu uma voz chamando seu nome. “Ah, tudo bem. What’s up?”.
O violão na casa dos avós de Nash tinha várias utilidades: acumulador de pó, decoração exótica, espírito noturno, causador de acidentes acústicos. Resumindo, todos menos o de de fato ser tocado e produzir música. E era ele que estava em seu colo, todas as cordas removidas por terem arrebentado quando o estudante tentou limpá-las. (E o resultado estavam nas marcas vermelhos nas mãos e nos braços). — Isso é para ir onde???? — Falou com o tablet apoiado na mesa do pátio, o vídeo de ‘como trocar suas cordas’ passando em ritmo lento. Ficou sem entender, realmente, porque envolvia uma técnica além das que compunham seu repertório. — Professor! @clxve , posso ter um minuto seu? Juro, é muito rápido. — Nash não notou, nem tinha como, que seu rosto não era só ‘alegria descontraída’, tinha um certo desespero em suas feições.
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Ele percebeu que o copo iria cair segundos antes de realmente aconteceu, o que o impediu de fazer qualquer coisa para evitá-lo. No fim, via apenas o copo traíra estendido no chão, como se tivesse sido arremessado, e o suco espalhado pelo piso. Respirou fundo, engolindo um breve xingamento, mas logo foi atendido pelo Sr. Roberts --- um dos zeladores da escola --- que se prontificou em tomar conta da situação. “Aparentemente acordei hoje com a mão furada. Primeiro, meu notebook, depois, meu cachorro, e agora o copo.”
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enzomllr·:
[FLASHBACK]
— Você acha que eu preciso entrar em alguma coisa?” Perguntou, comprimindo os lábios. Não sabia se era bom o suficiente para entrar em alguma coisa e ser devidamente aceito, mas ainda assim, sabia que aquilo tinha peso em um currículo e ele precisava de algo porque, se fosse pelas suas notas, não teria muitas chances de entrar em uma boa universidade. “Eu quero uma luz, eu acho. Eu não sei o que fazer, ou que caminho seguir. Sempre pensei que só queria dar o fora daqui, mas agora… eu quero alguma outra coisa.” Deu de ombros. Nem ele mesmo sabia explicar o que sentia e que tipo de ajuda precisava, mas sabia bem que precisava de alguma. Por conta própria, não teria jeito, porque já perdera anos que deveria ter focado em entrar em uma faculdade de renome.
“Sim, acho que é o ponto de partida. Antes de qualquer coisa você precisa saber exatamente o que você gosta, o que mais lhe convoca. Esse vai ser um bom início. E, tudo bem, você vai precisar se dedicar a atividades que provavelmente vai odiar, mas é o que precisa ser feito agora. Não sei o que pensa sobre trabalhos voluntários, mas eles ajudam muito a conseguir uma boa pontuação. Clubes de escola? Futebol? Já pensou nessas coisas?” parou de falar por um instante. Queria sentir como ele reagia a suas ideias. “Mas o mais importante, o que realmente vai fazer uma grande diferença é a sua dedicação aos estudos.” Falou, dando de ombros; não de uma maneira agressiva, mas em modo compreensivo. Tinha passado por todos aqueles dilemas há não muito tempo; sabia o quanto era aflitivo. “Como tem sido estudar em casa desde o começo das aulas?”
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toveenus·:
Seria razoável afirmar que ao menos 70% de suas amigas já havia desejado estar com um professor — não que Vênus as culpasse, afinal, devia admitir que um homem maduro era muito mais atraente do que um menino de pensamento infantil. Porém, ela jamais vira-se em uma situação semelhante. Fosse por enxergar uma barreira invisível entre eles — por mais atraente física e mentalmente que o docente fosse — ou porque simplesmente nunca cogitara meter-se em um escândalo como aquele. Mas fato era que agora, no que parecia uma ironia do destino, via-se num grande impasse. Se por um lado estava certa de que apreciava a companhia de Clive, por outro sabia que os problemas que poderia ter eram inimagináveis. Não que tivessem feito algo de errado, considerando que ele ainda não trabalhava em Armstrong. Porém, não era assim tão simples, era? Vee concluiu que preferia não pensar muito a respeito. Ao menos por ora. “— Eu só imaginava que eles falassem de um ovo de avestruz, não de codorna.” — Gracejou, meneando a cabeça ligeiramente. Com um assentir leve, a Blanchard retribuiu o sorriso que tinha nas feições masculinas, antes de dirigir-se ao banheiro. Para sua sorte, não havia mais ninguém no banheiro quando ela apoiou-se sobre a pia, o coração ainda ecoando por sua mente, juntamente com o questionamento do que acabara de acontecer. Uma risada incrédula deixou seus lábios ao fitar o próprio espelho. Ela passou a mão pelos cabelos, sem querer pensar no que aquilo tudo significaria, antes de endireitar a postura e ir a um dos boxes para trocar de roupa. Ao regressar ao local onde Clive a esperava, Vênus havia trocado o uniforme por uma saia jeans e blusa de alcinha que ainda lhe davam um aspecto jovial, mas certamente não a associavam ao colégio. “— Você está de carro? Porque eu posso te dar uma carona, se quiser.” — Ofereceu-se com um sorriso.
Tinha uma lista de coisas que seria mais adequado para Clive pensar enquanto estava ali na frente da garota. Mas a única coisa que ele conseguia pensar era o quão linda ela era. A curvinha de seus olhos e o desenho dos seus lábios --- principalmente quando eles sorriam para si --- tinham sido a primeira coisa que o Reynor observara ao olhá-la no show. Lembrava-se de ter reparado na forma como as luzes do palco, ainda que distantes, refletiam em sua íris como se pintados por um pintor renascentista. “Acho que codorna faz mais jus ao sentimento mesmo”, falou em concordância. Não deveria, mas notava que ostentava um pequeno sorriso. Tampouco conseguia precisar o que tal gesto significado. Não tratou de dar-lhe muita atenção, sabendo que poderia ser traído por desejos silenciados. E como dizia o ditado, foi salvo pelo gongo. O gongo, nesse caso, tinha sido a própria saída da garota para trocar-se no banheiro. Por um momento chegou a reprimir uma vontade de acompanhá-la. Aquilo estaria fora de qualquer cogitação. Então manteve-se na mesma posição, apenas adotando a intensa vontade de andar em círculos; sinal de sua própria ansiedade. Pegou uma moeda que tinha no bolso e passou a jogá-la para cima, desafiando-se a pegá-la novamente, ainda no ar, sem direcionar um olhar para ela. Enquanto isso, sua mente tratou de revisitar os pensamentos que lhe incomodavam em relação àquele encontro. Apesar de excitação de encontrá-la depois daquele dia, sabia todos os riscos que qualquer aproximação --- apenas aproximação, não iria sequer considerar outras coisas --- poderia acarretar. Ainda que ser professor nunca lhe emergira como uma vontade, sabia que era um cargo que poderia ajudá-lo por hora. E, para isso, existia um limite que não poderia --- não deveria --- ser cruzado. Além disso, existiam outros fatores. Nesses, ele sequer tentaria adentrar agora. Conhecia bem as faíscas de seu incêndio. “Ah” falou, sendo pego de surpresa ao vê-la sair do banheiro. Por um momento não disse nada, apenas olhou sua roupa. “You’re beautiful” falou, repreendendo-se. Mas eu tinha acabado... Ignorou, sabendo que não adiantaria nada agora. Assentiu uma vez, como se disse que estava pronto para ir. “Bem, sinto dizer que ainda não tenho carro. Não sei se virei a ter, mas por enquanto apenas bicicleta. Só assim arrumo uma maneira de me obrigar a me manter em forma.” falou, deixando um sorriso ser pintado em seus lábios do final da frase. “Mas vamos mesmo precisar de carro? Pensei que não iríamos muito longe”, admitiu, logo pensando que aquela poderia, na verdade, ser uma boa ideia. Ao menos estariam longes o suficiente do quadrante da Academia, diminuindo grandemente a possibilidade de serem flagrados juntos. “Seu carro tem lugar para eu guardar minha bicicleta?”
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lukepowersrp·:
Yep, ele com certeza tinha lhe visto colando no teste surpresa, mas com certeza não admitiria aquilo, podia estar parecendo simpático, mas uma admissão poderia levá-lo a suspensão. Começou a ficar um pouco em dúvida se o professor não o tinha confundido com outra pessoa, porque ele não tinha todo esse talento para trapaça, na verdade quase nunca colava. Afastou o pensamento com um balanço da cabeça, quando percebeu que o professor ainda se encontrava lá e que parecia querer dizer alguma coisa. “Você não quer sentar?” questionou, logo ouvindo a pergunta dele e baixando o olhar para seu livro aberto, onde fazia as tarefas de casa. Não é que ele não soubesse fazer, mas algumas coisas tinha mais dificuldade e acabava não se dedicando o suficiente para notas excelentes “Eu faço as minhas tarefas de casa, não posso ter reclamações, preciso de uma bolsa esportiva pra universidade” disse sincero.
As palavras deixaram os lábios alheios como se em uma torrente. Ou pelo menos foi essa a impressão que Clive teve. Então ele tinha entendido o caminho que suas palavras estavam indo, mas aparentemente levara a uma dimensão maior. Talvez tivesse sido culpa sua. “Relaxa”, falou, erguendo as mãos em sinal de paz. Deixou em um pequeno sorriso aparecesse. Talvez aquilo desanuviasse um possível constrangimento. “Estaria mentindo se dissesse que eu pr´prio nunca fiz isso antes. Só queria entender o porquê. Saber se você está passando por algum problema.” Pausou um momento, pensando exatamente quais seriam suas próximas palavras. “Já ouvi falar bem de seu desempenho. Imaginei que poderia haver algo de errado.” Definitivamente estou me tornando um marmanjão.
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enzomllr·:
A pergunta fez com que engolisse em seco. Normalmente, Lorenzo daria um jeito de fugir daquilo com algum tom de deboche, mas sabia que ali, era ele quem pedia ajuda; e ele realmente queria que ele o ajudasse. Era a primeira vez em muito tempo que Enzo realmente falava sobre seu futuro com alguém, sem dar desculpas. — Eu nunca fiz nada extracurricular por aqui.” Murmurou, mordiscando o lábio inferior. Era algo que todos sabiam, mas ninguém sabia os verdadeiros motivos pelos quais Lorenzo sempre se metia em confusões, ia para a detenção ou simplesmente não se importava com as aulas. “Problemas de família.”
Você está dificultando as coisas, pensou Clive enquanto ouvia um suspiro escapar dos próprios lábios. Sabia que uma situação como aquela complicava bastante as coisas, mas também sabia que não a tornava impossível. Por algum motivo, sentia uma certa empatia por aquele garoto. Não podia dizer que tinha vivenciado exatamente as mesmas coisas --- até porque sequer sabia o que ele passara, tampouco sentiu uma grande abertura para perguntar-lhe ---, mas algo tinha acabado de mexer com ele. “Veja, não vou mentir para você. Isso dificulta das coisas, bastante.” falou, parando um momento para senti-lo com aquela afirmação. “Mas não torna impossível. Talvez apenas signifique que você vai precisar se esforçar um pouco mais do que os outros. Talvez você possa ver como uma compensação pelos outros anos.” Cruzou os braços, pensando bem em qual seria suas próximas palavras. “Mas eu quero ouvir você. Como você acha que eu posso te ajudar? Ou como você quer ser ajudado?”
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quinn-mare·:
Manhã de segunda-feira. Seis da manhã. Sair da cama foi uma tarefa particularmente difícil para Quinn. Mal dormira àquela noite, inundada por pensamentos não solicitados e especialmente complicados. Enquanto realizava as atividades matinais mais banais, sua mente fazia questão de repassar cada escolha dolorosa que dizia respeito à sua vida amorosa . A expressão desolada de Heeni; O sarcasmo descarado de Helena; O abraço de despedida de Clive, bem como o reencontro repleto de palavras não ditas. Agora, o beijo e os sentimentos inesperados por Elliot, seu melhor amigo desde que chegara ao Armstrong Institute. Talvez ela tivesse especial talento para encontrar pessoas memoráveis, afinal. Até estragar tudo com seus irremediáveis ideias de liberdade. Dando uma última olhada no espelho, antes de fazer seu caminho em direção ao trabalho, Quinn enxergava um monstro devorador de inseguranças e paixões avassaladoras. Imaginou como seria o primeiro encontro com Elliot, fora do espiral mágico da noite anterior. Imaginou como seria encontrar os estudantes. Será que, de algum modo, eles desconfiariam de alguma coisa? Imaginou como seria encontrar Clive novamente, e iniciar uma conversa perfeitamente natural sobre a paixão mal resolvida entre os dois. Isso enquanto se aventurava por um novo oceano de sentimentos desconhecidos. Cada passo em direção ao confronto da realidade, correspondia a uma pontada destruidora no coração.
Uma vez na escola, buscou refúgio no teatro até que a hora mais movimentada na sala dos professores tivesse passado. Depois, subiu as escadas até lá. Precisava urgentemente de uma xícara de café quente. Para sua surpresa, a sala ainda estava cheia. Mal restavam bancos livres para que ela se sentasse com um pouco de privacidade. Devia ter desconfiado, considerando os acontecimentos bombásticos da noite anterior. Cumprimentou a todos os colegas gentilmente, como sempre fazia. Contudo, sentou-se no último banco, o mais afastado. Perdida em deliberações, não notou a presença de Clive, tampouco sua aproximação. Somente quando a cadência conhecida de sua voz atingiu-lhe os ouvidos, Quinn virou-se em sua direção. O movimento performado por ela foi completamente descoordenado. Era a primeira vez que se encontravam depois da primeira reunião do ano letivo. Ela nem sequer tinha certeza de que ele encontrara seu bilhete. Inacreditável, universo. Obrigada por garantir um turbilhão de emoções dentro e fora dos palcos, pensou. Demorou alguns segundos para registrar o fato de que Clive sentaria-se ao seu lado. Abriu um meio sorriso, agradecendo secretamente pela leveza do assunto. — Na verdade, eu suspeito que ser viciado em cafeína é uma espécie de pré-requisito para trabalhar no Armstrong. Bem-vindo ao clube, novato. — Riu baixinho, abrindo espaço para ele no banco e levantando ligeiramente a xícara como se propusesse um brinde. — Talvez a fofoca seja outro item essencial, isso explica a sala lotada. Devo alertar: Você está no banco dos desajustados.
Não sabia se ela estava ou não surpresa com sua abordagem. A última vez que tinham trocado palavras, ou olhares, não tinha sido assim tão bom, apesar de completamente memorável. O momento sempre teimava em voltar a sua mente quando estava deitado com a cabeça no travesseiro, quando os barulhos e exigências do dia não mais eram capazes de silenciá-la. Por isso dormir naqueles últimos dias vinha sendo uma atividade desgastante. Tratava de ocupar-se de frivolidades, quando as grandes demandas não lhe estavam mais disponíveis, e assim aguardava até ser vencido pelo cansaço. Era uma estratégia um tanto quanto prejudicial, ele sabia, mas era o que ele tinha em mãos para lutar naquele momento. Encontrar a carta dela, no dia seguinte, e ler aquelas palavras também não ajudaram muito. Estavam repletas de um sentimento que ele não sabia muito bem como administrar. Daria qualquer coisa para sentir-se como imaginava que um adulto deveria, ter toda a maturidade de conhecer o terreno em que estava pisando. Ele sequer se reconhecia.
Bem vindo ao clube, novato. Repetiu as palavras como se entoassem uma canção. Não sabia se ela devia-se às palavras, ou à voz que as pronunciava. Na realidade, sabia sim. Mas ouvir assim soava-lhe como algo novo. Novato. De fato, Ma-Quinn. É exatamente assim que você me faz sentir. Mas deixou que um sorriso lentamente se erguesse intrometido nos cantos de seus lábios. “Já que é assim...” falou de modo sugestivo, erguendo sua xícara que ainda fumaçava com o café que tinha acabado de colocar dentro. Fez isso em sinal de brinde, tomando um pequeno susto quando ele pensou exatamente o mesmo na mesma hora. Sentia que era mais do que apenas isso; era uma trégua. Uma busca por familiaridade, ou talvez por uma rememoração de algo outrora perdida; a sensação de conhecimento de algo que apesar de desaparecido, continua existindo. Tocou a xícara dela, ouvindo um pequeno estalido, quase inaudível no meio da balbúrdia da sala. Sabia que não era o horário mais lotado; imaginava quando fosse. “Então posso dizer que estou no lugar certo.” Falou, tentando atuar uma expressão de profunda aceitação. Mas sorriu em seguida.
E foi no meio disso que a imagem dela com o Elliot voltou uma vez mais na sua mente. Sabia que ela não fazia ideia de que ouvira isso e, por mais que gostasse de saber se era verdade ou não, entendia que não estava no direito de perguntar-lhe. Antes de tudo, sequer poderia dizer exatamente que eram amigos. Era um pensando que causava uma sensação estranha em seu peito, mas não tinha outra resposta para aquilo. Piscou duas vezes, abaixando a cabeça. “I made that room my stage.” falou, ainda mantendo um olhar baixo, sabendo que ela entenderia exatamente o que ele estava falando. Não precisaria de mais palavras. E por um breve momento, voltou a olhá-la, encontrando seus lindos olhos. Imaginava que se se concentrasse o suficiente poderia enxergar dentro da sua alma. Oh, quão belas coisas hei de encontrar? “Já está preparada para mais uma loucura diária? Ouvi dizer que o pessoal estava reclamando das aulas de teatro por aí”
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enzomllr·:
Lorenzo tinha noção que as coisas haviam acontecido por culpa dele, ou pelo menos a falha na vida acadêmica. Ele não poderia esperar entrar em uma faculdade com notas baixas, a quantidade de detenções e todo o resto, e ele não se desvencilhava da culpa. Muito pelo contrário, ele sempre soubera daquilo. Mas em partes também queria ter a oportunidade de fazer diferente, de sair das garras do pai e, quem sabe, também poder tirar a mãe daquilo, mesmo que ela ainda não soubesse de nada. — Eu nunca fiz nenhum trabalho voluntário. E nenhuma atividade extracurricular.” Confessou. Lorenzo sempre evitou atividades no colégio, e era apenas uma forma de implicar com seu pai, em especial.
Aquilo já fazia dificultar um pouco as coisas. Sabia por experiência própria que o sistema de ensino americano era voltar em preocupar os alunos a se manterem sempre bons. Fazia-os sentir como se toda e qualquer atitude sua importasse para conseguir uma boa vaga de universidade e, posteriormente, uma boa qualidade de vida. Sabia tanto quanto isso poderia estimular alguma espécie de ansiedade e depressão; a sensação de nunca corresponder ao que é esperado interior e externamente. “Certo.” falou, dando um tempo para que sua mente pensasse no que poderia falar. Quando aceitou ser professor, não pensou que poderia passar por situações como aquela. Claro, tinha sido apenas ingenuidade sua. “Posso perguntar por que?”
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