cometomygvrden
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𝑐𝑜𝑚𝑒 𝑡𝑜 𝑚𝑦 𝑔𝑎𝑟𝑑𝑒𝑛.
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𝖺𝗅𝗅𝗂𝖾&𝗆𝗈𝗈𝗇.
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cometomygvrden · 6 days ago
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ㅤㅤㅤa oferta de ajuda, inicialmente, foi recebida como uma piada por misaki. até soltou uma risada nasalada, como se tivesse ouvido algo levemente engraçado, mas não o suficiente para fazê-la rir. a liberdade dela não era uma brincadeira. contudo, quando terminou de limpar o sangue, pôde reparar melhor na postura de jiho. os dedos no volante, como se estivesse ansioso, esperando algo dela; a expressão decidida e, ao mesmo tempo, tão leve e suave. ele tinha um rosto suave.
ㅤㅤㅤrespirando fundo, misaki se deixou pensar na situação e até sentir uma leve pontada do coração. ilusão. estava se iludindo com aquela possibilidade, podia perceber. no entanto, mesmo percebendo, não conseguia deixar de querer. sentia os olhos lacrimejarem e aquilo parecia doer mais do que um tapa. mais do que ser jogada no chão. mais do que qualquer surra que já tinha enfrentado. “ e o que você ganha com isso? por que arriscaria tudo para me ajudar? ”
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ㅤㅤㅤela precisava de algum senso de segurança antes de confiar em jiho. uma coisa era aceitar uma carona dele e que brincasse de príncipe encantado salvando a princesa por uma noite. outra coisa era aceitar aquele plano e, sem querer, acabar caindo em uma armadilha. “ você pode estar tramando algo com ele. combinando alguma coisa pra provar minha lealdade e depois... depois... ” não conseguiu completar a trilha de pensamento, ficando irritada com as lágrimas que começaram a cair dos olhos. mesmo tentando impedir, elas tinham vida própria. “ eu não sei em quem confiar. ”
ㅤㅤㅤquando conseguiu controlar as próprias lágrimas, virou-se para jiho novamente, como se não tivesse mostrado tanta vulnerabilidade para ele. “ vamos para minha casa. ” pediu. misaki esperava que, ao chegar em casa, conseguiriam conversar sobre aquilo com mais liberdade. ela estaria em vantagem lá.
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as palavras dela o seguiram pelo tempo que demorou a voltar para o carro - o que era ? a outra sequer sabia ? o quão longe ia a podridão em que estava metida ? que pessoas como ele eram generosamente recompensadas por fazer problemas desaparecer, e não só os legais ? era advogado , sim, mas também tinha um pé fundo demais na operação qual esperava um dia poder deixar. estava fazendo tudo para aquilo , voltar ao seu lugar de direito . longe de vermes com alexei, e com o sangue do irmão escorrendo pelas mãos. só assim teria algo similar a paz .
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enquanto ela se limpava , jiho maquinava todas as implicações do que estava prestes a sugerir:  ❛ ⎯⎯⎯⎯    posso te ajudar.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ afirmou, com certeza , pois sabia que tinha os meios para a tirar dali . porque o faria ? talvez informações, talvez compaixão. afinal, o fixer entendia bem como era - poder ir para qualquer lugar menos para casa. ou pior, estar preso sem lugar algum para ir, um lar sendo apenas uma ideia estrangeira e distante. sentia-se assim quando era pequeno e vivia com dois problemas - porque não podiam ser chamados de pessoas - que venderiam a própria alma por uma nova dose. no quarto tinha um colchão fino no chão, e nada mais. não era a vida de regalias e luxo que misaki vivia mas vinham com o mesmo preço ; um custo alto pela liberdade. mais tarde quando o pai morreu , sentiu-se preso de novo, as próprias circunstâncias e predicamento , queria apenas chorar e se fazer tão pequeno que talvez desaparecesse, mas não teve tempo para seu luto ; logo mais teve que começar a fazer planos para alcançar o que lhe pertencia . o advogado de lucero apareceu morto , e o testamento foi perdido , tudo foi visto como um acidente divino apontando o filho mais velho e irresponsável como chefe das operações , o novo don vicente , mas a maioria sabia que aquela não era a vontade do antigo regente da máfia. jiho também sabia - e por isso ia achar o testamento do pai, nem que custasse sua vida. estava perto, cada vez mais perto. ❛ ⎯⎯⎯⎯    consigo te tirar de lá.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ esclareceu, tamborilando os dedos contra o volante. ❛ ⎯⎯⎯⎯    preciso de informações. as outras meninas me dizem o que sabem, mas nenhuma delas passa tanto tempo com alexei.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ se virou para a outra, recostando-se no assento de couro, como se estivesse preparando-se para uma longa conversa naquele estacionamento vazio.
❛ ⎯⎯⎯⎯    preciso saber de tudo que você sabe, o tempo todo.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ barganhou , o semblante ainda vazio de qualquer sentimento, sempre a máscara perfeita de indiferença que usava em negociações . ❛ ⎯⎯⎯⎯    quando eu sair, levo você comigo.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ ofereceu , sabendo que ela provavelmente teria dúvidas - não entendia, no final, exatamente quanto poder ele poderia ter. ❛ ⎯⎯⎯⎯    não vou te prender, depois que eu fizer o que tenho que fazer, você está livre para ir para qualquer lugar. recomeçar sua vida em segurança.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ suspirou, se voltando ao para brisas , os dedos ainda apertados ao redor do volante - não era fácil dizer onde estava a lealdade de misa naquele ponto, mas ele imaginava que não era fiel a um homem capaz de a deixar sangrando no chão de uma boate e entregar sua segurança para outro que ela mal conhecia.
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cometomygvrden · 3 months ago
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ㅤㅤㅤa reação de misaki foi de surpresa com a resposta dele. se ele não queria dormir com ela, o que ele queria então? o que cobraria em troca daquela ajuda? ter a certeza de que ele não queria dormir com ela só a deixava mais insegura porque, assim, não sabia o que ele ia querer. quando ele continuou e revelou que estava fazendo o trabalho dele, misaki não conseguiu resistir dar uma risadinha nasalada. “ e o que você é? médico? psicólogo? ” não estava sendo maldosa, apenas apontando como achava aquela situação contraditória. ele era advogado ou algo do tipo, não?
ㅤㅤㅤsentia-se um pouco melhor ao entender que ele considerava ela parte do trabalho dele. talvez, dessa forma, o custo por aquela ajuda sairia mais barato. talvez tivesse uma mínima possibilidade dele não exigir nada. misaki ainda tinha algum resto de inocência em si, um resto que era maior do que ela gostaria. “ estarei te esperando aqui. ” com o carro parado, era o jeito dela de dizer que não sumiria. quando ele saiu do carro, no entanto, até pensou em sumir; abrir a porta e seguir para algum outro lugar. ele podia mudar de ideia e exigir algo dela. porém, imaginou que ele teria problemas se ela sumisse do nada depois de sair com ele, problemas bem maiores do que o que ele talvez teria por cuidar dela hoje. dessa forma, misaki optou por ficar ali.
ㅤㅤㅤde forma estranha, agradeceu mentalmente por ele ter voltado rápido. tinha um sentimento crescente dentro dela, um medo de que alguém fosse aparecer e... tentar alguma coisa. tirar ela daquele lugar quente dentro do carro e forçá-la a voltar para a boate, para aquela sala, para o chão. pegou a sacola e pegou uma das bandagens. optou por não colocar álcool agora, preferindo por, inicialmente, só limpar o sangue em excesso do rosto e ficar mais apresentável. não tinha perdido tanto sangue, mas estava se sentindo fraca... como se quisesse dormir e não acordar mais.
ㅤㅤㅤa voz de jiho a tirou do transe em que estava, secando o rosto com a mesma bandagem já molhada de sangue. “ você acha que ele me deixaria ir? ” agora sim a voz tinha um tom mais maldoso, um pouco de escárnio. ele era inocente o bastante para acreditar que ela poderia simplesmente sair? “ no momento que eu comprasse uma passagem, ele saberia. ele sempre sabe. sabe até quando eu só estou planejando. ” com o rosto virado para a janela, refletiu sobre o peso das próprias palavras.
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ㅤㅤㅤquando ganhou mais coragem, falou o que doía mais também: “ eu também não tenho para onde ir. nenhum lugar seguro, pelo menos. ” sentiu a garganta trancar quando assumiu aquilo. não tinha ninguém. sempre soube disso e sempre foi muito boa em fingir que estava tranquila com isso, que aquilo era liberdade. hoje, aquele peso doía demais. sentiu os olhos começarem a lacrimejar.
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o advogado tinha dificuldade em acreditar na presença de deus no universo - da forma que via, estavam sozinhos no cosmos & o tempo era o único senhor de tudo. tempo, curioso tempo ; cura tudo e não muda nada. o pai se dizia temeroso ao divino , e ainda conseguia ser inescrupuloso e feroz ; jiho preferia se render a sua ganancia e tipo especifico de fria crueldade apenas crendo que se tivesse de ser punido , iria acontecer em vida, pelas mãos de um inimigo - ou pior, aliado. não iria entregar para um ser sagrado sua fidelidade se não o bem servia. por isso, não se importava com karma, havia em sua vida apenas justa reparação - plantamos & colhemos sim, mas porque o tempo não nos deixa esquecer ou ser esquecidos . tempo, misericordioso tempo. mas no final, eram apenas maneiras bonitas de dizer que tudo qual fazia tinha um motivo ulterior - até não ter. quando se permitia ser bom , não esperava nada em troca , era apenas natural que fosse pois era humano ; e talvez , o céu estivesse vazio salvo as nuvens, o sol e a lua - as estrelas que não podiam ser vistas através da poluição - , mas tínhamos uns aos outros. misaki quem sabe não compreendesse isso, e ele não iria também se ninguém nunca tivesse lhe oferecido a mão. mas logo após uma chacina , lucero tinha o tirado do chão e lhe dado um novo nome ; ainda não podia dormir sem os remédios , feridas dos pedaços fraturados de quais foi refeito machucando a mente , mas entendia bem e sabia achar - benevolência.
não podia a culpar, no entanto por não acreditar nas mais puras intenções de alguém. vivendo naquele mundo era apenas óbvio que fossem tentar usá-la e depois descartar. ele apenas olhou a estrada enquanto ela tirava a peruca rosa , e ligou o aquecedor até estar confortavel dentro do carro - um tanto calor demais para ele com a jaqueta grossa, mas nada assustador - , e balançou a cabeça em negativa quando ela se referiu a situação em que encontrava-se como ' esquisita ' . misaki parecia, de certa forma que ele jamais iria realmente entender, ter se tornado vitima de si mesma.   ❛ ⎯⎯⎯⎯    não quero dormir com você.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  disse honesto, sequer tinha passado por sua cabeça , mas novamente, era compreensível que pensasse assim.   ❛ ⎯⎯⎯⎯    estou fazendo meu trabalho.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  era verdade que o fazia mais gentilmente do que deveria para o próprio bem , porém, seguia sendo parte do acordo. engolir em seco aquelas atrocidades .   ❛ ⎯⎯⎯⎯    você é só parte dele por hoje.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  estacionou o carro frente a farmácia, suspirando enquanto deixava o motor rodando para que ela continuasse aquecida.   ❛ ⎯⎯⎯⎯    eu já volto.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  
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vagou por um tempo entre as prateleiras, pegando coisas básicas como bandagens, álcool, e band aids, levando para o caixa com uma expressão de poucos amigos como geralmente tinha . não fazia questão de ser agradável , embora quando queria ; podia ser até mesmo encantador. no entanto, naquela noite não haviam razões para risadas charmosas ou nem mesmo um boa noite. apenas pagou e voltou ao carro.   ❛ ⎯⎯⎯⎯    aqui. tenta limpar o sangue antes que seque.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  entregou a sacola enquanto falava , e voltou par a rua pouco movimentada depois de fechar a porta do motorista e afivelar seu cinto.   ❛ ⎯⎯⎯⎯    porque continua aqui ?   ⎯⎯⎯⎯ ❜  perguntou um tanto baixo , sabendo que não era tão simples quanto escapar - mas ele tinha razões maiores. porque ela ficaria ?   ❛ ⎯⎯⎯⎯    ele vai fazer de novo.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  afirmou com repudia no tom .
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cometomygvrden · 3 months ago
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ㅤㅤㅤconseguia ver que jiho tinha um tipo de moral dentro dele, algo que talvez o fizesse se imaginar como um cavaleiro de armadura dourada pronto para salvar alguém... ou uma alma torturada, se punindo sem nem perceber. contudo, misa sentia que não o conhecia o suficiente para descobrir aquilo sobre ele. era curioso conhecer alguém da máfia que parecia ter algum tipo de compaixão pelos outros, mas também misa sabia que era contraditória: uma pessoa que prezada tanto pela liberdade, agora presa. se pudesse voltar no tempo e avisar a si sobre seu destino, será que ela ouviria?
ㅤㅤㅤo caminho para o carro fora silencioso e ela preferia assim. já tinha sentido olhares demais, mesmo se encolhendo atrás de jiho para não ser muito vista. o cabelo chamava muita atenção, talvez. “ espero que você não tenha problemas por causa disso. ” e, mentalmente, já pensava em alguma forma de desviar a culpa dele para ela caso acontecesse de ficarem sabendo daquela gentileza. não gostava de ninguém sofrendo por causa dela. assim, entrou no carro quando a porta foi aberta para ela, acomodando-se no assento do passageiro. digitou o endereço no dispositivo gps do carro.
ㅤㅤㅤestava fora do trabalho e, instintivamente, começou a tirar os grampos que prendiam a peruca rosa na cabeça dela. geralmente era uma visão que gostava de privar os clientes de ver, ninguém gostava de uma mulher se desarrumando, mas não acreditava que jiho se importaria. quando tirou a peruca e a touca, jogou ambas de forma despreocupada dentro da bolsa que carregava, deixando os fios castanhos a solta. “ teimoso. beleza, a gente passa em uma farmácia, mas eu não vou descer do carro. já basta você ter me visto toda esquisita. ” não conseguia deixar a vaidade de lado nem em um momento como aquele. assentiu com a cabeça para o aquecedor, porque realmente estava sentindo frio.
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ㅤㅤㅤ “ eu agradeço por você tentar ajudar e tudo mais, mas... ” fez uma pausa, imaginando se seria sensato falar o que queria falar. misaki decidiu que era melhor ser sem filtro, então falou: “ nós não vamos transar. não sei se essa é sua intenção, mas já estou deixando isso claro. ” apesar da confissão dele de não se divertir com as garotas da boate, a japonesa achou que era necessário colocar esse limite. não era do tipo que caía no colo do primeiro que tentasse ajudar. também não fazia ideia de as intenções de jiho eram realmente boas.
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jiho não se deixava aproximar demais de ninguém naquele círculo, fazia o que tinha de fazer & se retirava da equação para não ser manchado com a profanidade daqueles para quem trabalhava. claro, ele era o vilão e sempre seria. mas chame de ego ou ilusão , pensava em si mesmo como acima do bem e do mal . tinha morais e princípios fortes, mas nada era mais importantes que sua própria agenda . seus objetivos ; aquilo que sua ambição buscava alcançar. alguém poderia dizer que não lhe pertencia o império de lucero mas ele iria descordar pois não via ninguém que o ais velho tivesse amado mais , confiado mais, cuidado mais . ele iria querer que fosse o advogado no comando , e seu filho mais novo sabia , por isso em suas folgas e viagens se encontrava com antigos associados , buscando armamento para quando fosse voltar ao seu pedestal. então sua estadia ali era temporária, e não fazia sentido criar laços , mas ainda sim, o coração quebrava por algumas das garotas.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    não costumo me divertir com as meninas daqui.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ era o suficiente para se dizer, não precisava explicar sobre os momentos onde apenas conversava com elas enquanto para todos podia parecer que estavam fazendo coisas muito menos castas. se fosse da vontade das outras contar - que o fizessem, mas não sairia nada mais de sua boca.
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 ❛ ⎯⎯⎯⎯    sim, um palerma.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ repetiu, os lábios se curvando ligeiramente para desenhar o fantasma de um sorriso. não costumava usar de baixarias para se referir a outros , pensava também - ser melhor que isto. linguagem suja não fazia parte do seu dia a dia , e o pai costumava dizer que era melhor, pois apenas aqueles que não tinham controle se comunicavam de forma menos inteligente. sim, o falecido chefe da máfia era um tanto elitista - que choque.
 ❛ ⎯⎯⎯⎯    tudo bem, vamos lá.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ começou a se mover a frente dela, de certa forma tentando a proteger com seu corpo maior e mais alto, a mente em alerta para quaisquer ameaças que poderiam se apresentar enquanto saiam da boate. chegando no andar debaixo , tasha veio até eles, perguntar o que tinha acontecido, olhando para misaki com um tanto de temor - se podia acontecer com ela, ninguém estava a salvo.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    não foi nada demais,   ⎯⎯⎯⎯ ❜ disse a contragosto, afinal, tinha sido algo deplorável.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    não conte para as outras, e volte ao trabalho, até amanhã.   ⎯⎯⎯⎯ ❜
quando estavam no carro , ele tirou do casaco a chave e destrancou as portas , abrindo a do passageiro para que ela se sentasse.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    coloca seu endereço no navegador , por favor.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ pediu, antes de fechar o porta, e se dirigir em passos lentos até o lado do motorista.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    vamos passar em uma farmácia, pelo menos.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ praticamente avisou, sem muito espaço para discussões, afivelando o cinto.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    tem que cuidar desses machucados.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ era sobre muito mais do que apenas voltar a ser um belo troféu , mas ela não merecia levar para a vida marcas da violência que sofria, embora, ele tivesse a suspeita que estas iam muito além do sangue e inchaços, e já não pudessem ser impedidas. quando deixamos de ser o que poderíamos ter sido, ele se perguntava. em que momento o destino trabalhava suas mãos cruéis no tecido de nossas vidas, e mudava para sempre quão brilhante devia ser nossos futuros ? ele era apenas um renegado, ela era apenas uma dependente. nenhum dos dois - conseguiam dormir com suas verdades.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    está com frio ? posso ligar o aquecedor.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ 
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cometomygvrden · 3 months ago
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ㅤㅤㅤa verdade é que não estava acostumada com gentilezas que não acabassem com um custo, um pagamento. assim, navegava a situação com cuidado e, ao mesmo tempo, sentia algo curioso. sabia que jiho, comparado aos outros, era estranho. não estranho em um sentido ruim, mas alguém que não parecia se conectar de fato com o restante dos associados ao dono dela. não conhecia muito da vida dele, apenas o que comentavam em rumores por aí, mas não acreditava em nada. sabia que os rumores sobre ela quase sempre eram distorcidos, então não via motivos para acreditar nos rumores de outra pessoa.
ㅤㅤㅤa surpresa nos olhos dela quando ele confessou que não pretendia se divertir com as outras meninas era genuína. algo nela lhe dava impulso para perguntar o porquê, mas, ao mesmo tempo, se barrava. quando percebeu, já tinha perguntado: “ por que não? ” e não teve como voltar atrás.
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ㅤㅤㅤsobre não conseguir dormir, assentiu com a cabeça enquanto olhava nos olhos dele. entendia muito bem aquilo. não se lembrava da última vez que não tinha dormido sem a ajuda de alguma bebida e um remédio forte. isso quando não passava a noite com o chefe de jiho e sentia que tinha que ficar alerta, sempre pronta para algo que viesse acontecer. com aquilo em mente, deu um sorriso de canto ao vê-lo chamar o chefe de palerma. “ palerma? fofo. ” era um jeito um tanto quanto comedido para xingar e misa não conseguiu evitar de manter o sorriso no rosto, mesmo com ele doendo após o ataque.
ㅤㅤㅤ “ me leva pra casa. não gosto de dar explicações para médicos. não acho que pegaria bem pra você também. ” também sempre tinha a chance de algum médico chamar a polícia e ela não precisava daquele tipo de atenção. não levaria para lugar nenhum. assim, quando recuperou o equilíbrio, passou a mão na própria cabeça, sentindo que a peruca rosa ainda estava muito bem colocada. se perguntou mentalmente se o rosto estava feio, mas veria isso depois. pegou a pequena bolsa prateada do chão e a colocou debaixo do braço. “ vamos? ”
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por vezes, conseguia ouvir algumas das garotas mais novas no trabalho gritando ; desesperadas com os apetites perversos dos homens que frequentavam aquele buraco. não se orgulhava de fingir-se distante e desafetado pelo sofrimento das pobres jovens que não sabiam onde estavam se metendo ao renderem-se a aquela vida - mas também não as tocava, era uma regra. não havia nada profano em apenas um pouco de diversão , se os dois gostassem, e já deram em cima dele o suficiente, tentando o levar para cama - mas o máximo que fazia, era pagar por seu tempo e passar na companhia alheia , apenas conversando . algumas choravam, gratas, e o poupavam segredos , sussurros na noite, verdades que só eram ditas para elas porque os vermes com quem conviviam pensavam não serem nada. posses, sem real inteligência ou vontade . sem necessidade de carinho, ou delicadeza. era doentio, e se perguntava sobre o irmão - arrogante e famosamente sádico. seria nisto que vicente estaria transformando o império do pai enquanto ele recolhia suas forças para se erguer novamente ? embrulhava o estômago apenas imaginar.
também lhe deixava enjoado ver a maneira que misaki chorava e se levantava dizendo estar bem, como se não pudesse o perturbar com suas lamentações - tendo sangue escorrendo dos lábios, colocado ali pelas mãos malditas de um troglodita com um pouco de poder.   ❛ ⎯⎯⎯⎯    não.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  sua resposta foi simples e sincera, realmente não se ' divertia ' com as outras, mas talvez elas não compartilhassem daquelas horas passadas em tranquilidade ao seu lado com a favorita da casa. muitas já tinham confessado a odiar, afinal. o advogado apenas ouvia e tentava não julgar , sabendo bem que a mulher não vivia algum tipo de conto de fadas.   ❛ ⎯⎯⎯⎯    só vim porque não consegui dormir.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  mais uma vez foi honesto, seu tom suave, apesar da postura rígida e dos olhos que procuravam um tanto frenéticos por mais machucados no corpo dela.   ❛ ⎯⎯⎯⎯    está bem mesmo ? posso te levar ao hospital.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  não devia, iriam fazer perguntas - mas o bom de saber defender até mesmo o diabo, era que se livrar de questionamentos nunca provou ser um problema.
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  ❛ ⎯⎯⎯⎯    ele é um palerma.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  confessou sobre o chefe, mesmo sabendo que se ela fosse dizer ao mais velho seus verdadeiros sentimentos , não seria favorável. claro, ele não tinha de gostar de alexei, apenas o obedecer. limpar as bagunças e manter a prosperidade dentro do império, mas não ia simpatizar com seus mais verdadeiros pensamentos sobre o que fazia .   ❛ ⎯⎯⎯⎯    vamos sair daqui. eu posso te levar na emergência ou para casa.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  gostaria de perguntar por quanto tempo ela continuaria vivendo daquela forma - sentia o álcool em seu hálito - mas não era uma questão justa. ele entendia vícios , nasceu como a infortuna resposta de um ou dois, e por isso sabia o quanto eram perigosos. mas também entendia, devido as horas que passou se fingindo de morto no chão, com o sangue de estranhos nos fios escuros e nas bochechas, que frequentemente, o melhor que podemos fazer é sobreviver , e essa sobrevivência é diferente para todos. tinha certeza, no entanto, que aquele jogo matava se não pudesse jogá-lo, e misaki não parecia ter o luxo de o perder.
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cometomygvrden · 3 months ago
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ㅤㅤㅤnão era como se tivesse uma vida própria mais, apesar de gostar de fingir. estava em um país que não entendia a língua e muito menos os costumes. aprendia o que pegava entre uma interação e outra, mas pouco sustentava na memória de misa. algo existia dentro dela, algo que lhe dava esperanças de escapar um dia... ou talvez fosse o uso de álcool que estava dando-a algum tipo de força.
ㅤㅤㅤapresentava-se com frequência na boate italiana, sendo uma das dançarinas exóticas principais. era um pedido feito pelo homem que, basicamente, a comprou. então, na verdade, talvez fosse apenas uma garota de programa ainda. ganhava mais do que as outras, mas tinha que fazer mais do que as outras. era justo e, ao mesmo tempo, injusto. tinha aprendido a não se importar, mas não queria que elas entrassem na mesma rotina que ela. contudo, era impossível não notar os olhares de inveja que elas lançavam para ela quando o dinheiro era mais gordo para misa. vez ou outra, o olhar mudava quando elas viam e comentavam sobre novas manchas que apareciam na pele de misa; um conglomerado de frases feministas que, no fim, não levavam a lugar nenhum. estava presa ali.
ㅤㅤㅤnenhuma delas estava ali para presenciar o que aconteceu, no entanto. tinha recebido alguns tapas e já estava acostumada com isso, era normal. o ciúmes da vez era que ele tinha achado que ela tinha dado atenção demais para algum cliente da boate. conforme a raiva aumentava no homem italiano, ele a jogou contra a mesa de centro da sala. a mesa continuou intacta, tirando o sangue que agora escorria nela. misa permaneceu no chão, parada, fingindo estar cansada demais para apanhar mais. talvez assim ele parasse. por sorte, parou.
ㅤㅤㅤagora podia chorar em paz? errado. não ouviu o que o homem falou, mas ouviu passos e, em seguida, alguém lhe entregando algo. só se mexeu quando sentiu o cheiro de charutos que emanava do chefe da máfia ir embora. pegou o lenço e, sem nem perceber, começou a chorar. quando percebeu, usou as mãos e o lenço para tentar parar. “ v-valeu. eu estou bem. ” foi o que conseguiu dizer inicialmente, a voz trêmula.
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ㅤㅤㅤquando começou a se levantar com ajuda de jiho que, finalmente, pôde focar no rosto dele. um rosto conhecido que, de alguma forma, trazia empatia nela. ele não a tratava como nada, por algum motivo. talvez por querer usá-la como os outros? “ ele não gostou da atenção que eu dei para um dos clientes. quem sabe se na próxima ele não pensa em bater no cara por tentar beijar uma mulher do nada? ” a risada que saiu dos lábios dela foi de puro desgosto e pela contradição da cena. “ o que está fazendo aqui? não pretende se divertir com uma das garotas? ”
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no meio da noite, entrando na madrugada, tentando inutilmente dormir sem os remédios , era como se pudesse sentir o cheiro do sangue & da fumaça . a desaceleração de seu próprio coração para se encaixar entre os mortos, lágrimas que nunca caíram pelos viciados que chamava de pais - enquanto eles o chamavam de 'peste' . nunca houve carinho dentro da casa pequena na vila remota da itália , apenas pequenos tratados em receber e traficar. viu a mãe emagrecer até que as feições que uma vez foram angelicais tivessem encolhido nelas mesmas, as bochechas afundadas, os dedos frágeis, as pernas bambas quando tentava andar e a histeria entre uma dose e outra. geralmente culminava em uma surra para ele, gritos para o pai - que muito merecia , pois destruiu a vida da mulher mais jovem - e o menino ficava cada vez mais longe de amá-los. os ressentia, por até mesmo o por no mundo e não deixá-lo ir , por fingir que estavam tentando e jiho devia ser grato. quem sabe fosse o pior dos pecados, porém , quando os viu caídos no chão , líquido carmesim empoçando abaixo de seus corpos enquanto a respiração para inteiramente - sentiu-se aliviado. aqueles monstros nunca iriam o machucar de novo , tinha apenas que sobreviver. por sua coragem mórbida e ímpeto de se manter vivo a qualquer custo, conquistou a afeição de lucero , o pior homem do mundo - lucca, como renasceu, seu filho favorito.
ainda sim, na escuridão do quarto, ele imaginava os cadáveres ao redor de sua cama, podendo apenas ficar imóvel e encarar o teto , como se pudesse lhe prover respostas para seguir em frente , afinal, nunca tinha realmente o feito. nessas noites, desistia de tentar descansar - por sorte, funcionava bem com pouco sono - , e se deslocava até a boate , em roupas mais confortáveis que seus ternos. porém, o sentimento apertando o peito enquanto entrava no carro esportivo devia ter sido um aviso de que algo daria incrivelmente errado. entendeu exatamente o que era quando chegou na sala privada onde o chefe estava & se deparou com a garota no chão, sangue espirrando do canto de seu lábios e de uma das têmporas. ' cuide dessa vagabunda. ' - o verme ordenou, e o lembrou de seu irmão ; eram iguais , sem nenhum direito ao poder e incertos do que fazer com o que tinham ganhado de mão beijada , acabavam por vitimar inocentes. não era assim que o pai corria os negócios , não foi isto que aprendeu , mas tinha de abaixar a cabeça até poder se libertar, retomar o que era seu. o que sabia que lucero tinha deixado para si. esperou que alexei saísse da sala, batendo a porta atrás de si, e se aproximou de misa com pressa, se ajoelhando a sua frente.
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já tinha a visto por vezes o suficiente para saber o que ela fazia, e não lhe importava, mas quando testemunhava aquele tipo de situação , o estômago embrulhava - lembrado que ainda tinha morais um por mais sujas que suas mãos estivessem. alcançou no bolso o lenço que sempre carregava consigo , assim como o isqueiro , e lhe entregou, sem ligar que ficaria manchado de sangue.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    está tudo bem agora.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  assegurou, mesmo que não devesse , mesmo que não pudesse fazer promessas.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    o que houve ?   ⎯⎯⎯⎯ ❜  inquiriu, pegando delicadamente em seus antebraços para a levantar.
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cometomygvrden · 3 months ago
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