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O assassinato que gerou  'guerra literária'
Na tarde de sua morte, Pamela passou um tempo patinando no gelo com amigos em um bairro frequentado por estrangeiros. Dentro de alguns dias, ela partiria para Londres, onde daria continuidade a seus estudos. Pamela se despediu de seus amigos por volta de 19h. Eles nunca mais se encontrariam novamente.
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Seu corpo foi encontrado na manhã seguinte, em um terreno congelado, ao lado do único trecho remanescente da Muralha da China em Pequim.
O que os investigadores daquela época e de hoje buscaram entender foi a motivação para a severa mutilação do seu corpo. Suas costelas foram quebradas e seus órgãos removidos - coração, bexiga, rins e fígado. A garganta foi cortada profundamente, no que parece ter sido uma tentativa malsucedida de remover sua cabeça. Seu braço direito permaneceu preso ao corpo por muito pouco.
Quem quer que tenha cometido o crime ou foi desleixado ou foi interrompido no meio do ato e teve que fugir rapidamente, já que importantes evidências do assassinato foram encontradas no local.
Entre eles, o cartão de associação de Pamela à pista de patinação e um relógio caro, que já havia pertencido a sua mãe - e que havia parado poucos minutos depois da meia-noite. Assim, foi possível identificar a vítima muito rapidamente, a despeito do estado do corpo.
Depois do assassinato de Pamela, seu pai adotivo Edward Werner - então, na casa dos 70 anos - passou o resto da vida procurando pistas sobre os assassinos. Sua batalha gerou uma enorme quantidade de troca de correspondência com autoridades chinesas e britânicas.
Quando o escritor Paul French se deparou com esse extenso material nos arquivos nacionais britânicos, ele abriu um mundo de mistério e má vontade. As cartas deram a base para o Midnight in Peking, que narra os episódios pelos olhos do pai de Pamela. O sucesso do livro mostra que, para muitos, essa foi a versão aceita dos fatos.
Mas, depois que Graeme Sheppard leu o livro, decidiu mergulhar nos arquivos e escreveu A Death In Peking, apresentando uma hipótese muito diferente.
Os dois autores concordam que a causa da morte muito provavelmente foi um golpe no crânio. Mas divergem radicalmente a respeito da identidade do assassino ou dos assassinos, o local onde o crime ocorreu, a motivação e sobre por que o corpo acabou sendo encontrado daquela forma.
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O caso de Pamela Werner poderia ter desaparecido na história, até que, em 2011, um livro apresentou o caso ao público moderno. O best-seller Midnight in Peking (Meia-noite em Pequim), de Paul French, também trouxe de volta velhos fantasmas e animosidades, muito maiores do que o autor poderia ter imaginado.
Agora, um policial britânico aposentado, Graeme Sheppard, escreveu um novo livro contestando a versão de Paul French sobre os episódios.
O resultado: uma guerra literária que envolve orgulho familiar, eventos bizarros perdidos no tempo e um assassinato macabro ainda sem solução.
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Incidente do passo Dyatlov
Foi um acontecimento que resultou na morte de nove esquiadores ao norte dos montes Urais, na antiga União Soviética, na noite de 2 de fevereiro de 1959. O incidente aconteceu na costa leste da montanha Kholat Syakhl (Холат Сяхл), cujo nome em mansi significa "Montanha dos Mortos". Desde então, o passo de montanha onde o incidente ocorreu é chamado de Passo Dyatlov.
A ausência de testemunhas e as investigações subsequentes acerca da morte dos esquiadores inspiraram intensas especulações. Investigadores da época determinaram que os esquiadores rasgaram suas barracas de dentro para fora, fugindo a pé sob forte nevasca. Apesar dos corpos não demonstrarem sinais de luta, duas vítimas apresentavam o crânio fraturado e duas tinham costelas partidas. As autoridades soviéticas determinaram que uma "força desconhecida" provocara as mortes; o acesso à região foi consequentemente bloqueado a esquiadores e aventureiros por três anos após o incidente. Devido à ausência de sobreviventes, a cronologia dos eventos ainda permanece incerta.
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Teoria de que uma avalanche causou as mortes dos alpinistas, embora inicialmente popular, tem sido questionada desde então. Revendo a hipótese sensacionalista do "Yeti" (veja abaixo), o autor cético estadunidense Benjamin Radford sugere como mais plausível:
"que o grupo acordou em pânico (...) e saiu pela tenda porque uma avalanche havia coberto a entrada da tenda ou porque eles estavam com medo de que uma avalanche fosse iminente (...) (melhor ter uma fenda potencialmente reparável em uma barraca do que o risco de serem enterrados vivos sob toneladas de neve. Eles estavam mal vestidos porque estavam dormindo e correram para a segurança da floresta próxima, onde as árvores ajudariam a diminuir a neve que se aproximava. Na escuridão da noite eles se separaram em dois ou três grupos, um grupo fez uma fogueira (daí as mãos queimadas) enquanto os outros tentavam retornar à tenda para recuperar suas roupas, já que o perigo aparentemente havia passado. E todos eles congelaram até a morte antes que pudessem localizar sua tenda na escuridão. Em algum momento algumas das roupas podem ter sido recuperadas ou trocadas dos mortos, mas de qualquer forma o grupo de quatro pessoas cujos corpos foram severamente danificados foram pegos em uma avalanche e enterrados sob 4 metros (13 pés) de neve (mais do que suficiente para explicar a "força natural convincente" descrita pelo médico legista). A língua de Dubinina provavelmente foi removida por predadores comuns."
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Algumas pessoas acreditam que foi um acidente militar que foi encoberto; há registros de bombas aéreas sendo testadas pelos militares russos na área na época em que os alpinistas estavam lá. As bombas detonavam um ou dois metros antes que caíssem no chão e causavam danos semelhantes aos experimentados pelos alpinistas, danos internos pesados com muito pouco trauma externo. Havia também esferas brilhantes no céu naquela vizinhança, possivelmente causadas por tal tipo de munição. Essa teoria usa animais para explicar as partes que faltam em Dubinina. As pessoas acreditam que os corpos foram movidos; fotos da tenda mostram que ela aparentemente foi erguida incorretamente, algo que é improvável que esses alpinistas experientes tenham feito. Esta teoria, em particular quando se especula sobre armas radiológicas, baseia-se em parte na descoberta da radioatividade em algumas das roupas, bem como nos corpos descritos por parentes como tendo pele alaranjada e cabelos grisalhos. No entanto, a dispersão radioativa teria afetado todos os alpinistas e seus equipamentos em vez de apenas alguns deles e a descoloração da pele e do cabelo pode ser explicada por um processo natural de mumificação após três meses de exposição ao frio extremo e aos ventos. Além disso, a supressão inicial dos arquivos relativos ao desaparecimento do grupo pelas autoridades soviéticas é algumas vezes mencionada como evidência de um encobrimento, mas a ocultação de informações sobre incidentes domésticos era um procedimento padrão na URSS e, portanto, longe de ser peculiar. E no final dos anos 1980, todos os arquivos de Dyatlov haviam sido liberados de alguma maneira.
O especial Russian Yeti: The Killer Lives, produzido pelo Discovery Channel em 2014, explorou a teoria de que o grupo de Dyatlov foi morto por um ieti russo. O programa começa com a premissa de que os ferimentos dos esquiadores eram tais que apenas uma criatura com força sobre-humana poderia tê-los causado. Os que sustentam essa teoria, se baseiam no fato de terem sido encontradas pegadas enormes ao redor das barracas, apesar dessas não serem relatadas nos documentos oficiais do caso. O fato da perícia indicar que as barracas terem sido rasgadas pela parte interna e dos exploradores terem sido encontrados sem roupa, sugerem uma fuga em pânico. Além disso, outros mistérios acerca sustentam a teoria. As barracas apresentavam também pequenos rasgos na parte de baixo da face voltada para a floresta, que parecem ter sido feitas para espionar a mata. A última anotação feita no diário de uma das viajantes dizia “agora sabemos que o homem das neves é real”, o que é no mínimo estranho. O povo manci que vive próximo ao local teria, também, alertado o grupo sobre os perigos da expedição. O nome dado pelos manci ao local, “montanha da morte”, se da pelo fato desse povoado acreditar na existência de enormes homens espíritos na floresta que não gostam daqueles que destroem a natureza. E que esses espíritos gostam de se alimentar de tecidos moles do corpo, como a língua, o que explicaria a ausência dessa em um dos corpos. É curioso que o exército russo tenha, poucos meses antes da expedição dos estudantes, feito uma missão nos arredores do mesmo local, cujo objetivo era descobrir se a existência de yetis era real. Além disso, entre as últimas fotografias tiradas pelo grupo, uma delas mostra ao pé de algumas árvores, a silhueta de um corpo escuro e bastante grande. Apesar de alguns alegarem que essa foto é falsa, nos negativos originais, encontrados no memorial Dyatlov sobre o caso, o misterioso corpo humano gigante também é encontrado. Embora existam essa série de correlações, se concluiu que não havia evidências de tais alegações.
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