cvpidsarrov
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* 𝐬𝐡𝐢𝐦𝐦𝐞𝐫.
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𝒏𝒊𝒆𝒗𝒆 𝒔𝒂𝒍𝒊𝒏𝒈𝒆𝒓. daughter of 𝒄𝒖𝒑𝒊𝒅 from camp jupiter, fourth cohort legionary. 𝗉𝖾𝗇𝗇𝖾𝖽 𝖻𝗒 𝗍𝗁𝖺𝗒.
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cvpidsarrov · 4 years ago
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new moves.
LOCAL: Campos de Marte (Acampamento Júpiter)
MISSÃO: Treinamento com @griseonoctis​
Nieve nunca achou que pediria a alguém para treiná-la. Geralmente, ela só aparecia em treinos quando era obrigada — Elijah a trucidaria se faltasse, por mais que ficar no quarto e dormir mais um pouco fosse uma ideia muito mais sedutora —, e isso era porque tinha pouco ou nenhum interesse em tornar-se uma guerreira melhor. Já tinha gente demais fazendo isso. Porém, após a patrulha com Nate e Cédric e, principalmente, a viagem a Sicília e a quantidade de monstros que enfrentara durante ela (incluindo a porra de um minotauro), era mais do que a hora de aceitar que precisava aprender a defender-se melhor. Se o áugure inventasse de proferir outra mensagem dos deuses que a envolvesse, ela gostaria de estar menos preocupada com a possibilidade de voltar para casa dentro de um caixão.
Esse desejo levou-a a Miranda, que, a princípio, não deveria ser sua primeira escolha para o trabalho; tinha um relacionamento bom com seu centurião e ele com certeza era mais acessível do que a líder da Coorte I, convenhamos. Contudo, a convivência dos últimos dias deixara-a mais confortável perto da filha de Trívia — quase morrer junto de outro alguém trazia certa proximidade —, e mesmo que recebesse um “não” como resposta, era melhor do que não tentar. Que surpresa agradável não fora quando a garota aceitara seu pedido, marcando para que fossem aos Campos de Marte na manhã seguinte.
Em vez de treinar com Loveshot, naquele dia, Nieve escolhera sair da zona de conforto: pedira que Miranda a treinasse com adagas, tais como as que a centuriã usava. “É que você é muito boa com elas, e eu sou meio péssima me defendendo à curta distância”, explicou. Acontece que monstros não permaneciam imóveis quando você estava atirando neles. Vai saber.
“Então... por onde começamos?” Perguntou ela, assim que encontrou a garota no campo de treinamento, já com a armadura vestida e uma adaga do acervo do Acampamento em mãos. Não era de um material ao qual estava acostumada — embora a prevalência entre os semideuses romanos fosse do ouro imperial, Nieve descobrira com os anos que bronze celestial encaixava-se mais confortavelmente em seus dedos —, mas também não costumava usar armas que não arco e flecha, então não fazia lá tanta diferença. “Posso pedir pra você pegar leve comigo? Não, espera, se você pegar leve eu não vou aprender... Esquece, pode pegar pesado sim. Quer dizer, não pesado nível me deixar na enfermaria, mas...”
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cvpidsarrov · 4 years ago
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Dizer que Nieve estava assustada era um eufemismo. A verdade era que estava apavorada, paralisada, quase mijando nas calças de tanto medo. Lutar contra Geminis, Myrmekos e Sparti era uma coisa — e os deuses sabiam que ela já havia temido mais que o suficiente pela própria vida nos últimos dias —, mas minotauros? Um gigante?! Não, não, Nieve não havia nascido para isso e provavelmente não nasceria na próxima vida, que, pelo visto, viria mais cedo do que esperara. Ao ver Encélado surgir do vulcão e os minotauros saírem da fenda na barreira do Submundo, ela estava certa de que a última coisa que veria antes de morrer seria o pé colossal de um gigante a esmagando.
Mas então as Forças Aladas apareceram, e como se tivesse empurrado dez poções de cura goela abaixo, Nieve sentiu-se estranhamente revitalizada. Pelo visto, os deuses não queriam que ela morresse tão fácil. O gigante havia sido impedido pelos titãs a mando de Júpiter, contudo, os minotauros continuavam no campo de batalha, sedentos pelo sangue divino dos semideuses, e um deles avançava diretamente para seu grupo. Em questão de segundos, a luta desencadeou-se diante de seus olhos: primeiro, Gilbert atacou o monstro, levando alguns golpes e desferindo outros em troca; depois, algo que fez o coração de Nieve encolher-se — Lotus, embora tendo causado um bom estrago, foi arremessada pelo minotauro até a outra ponta do campo. A filha de Metus colidiu com uma árvore e desmaiou instantaneamente.
“Lotus!” Gritou Nieve, que, por um momento, foi tentada a correr até a colega. Porém, ao olhar novamente para o monstro e como agora lutava contra Vittorio, ela soube que não poderia se ausentar da luta. Não se quisesse vencê-la.
Ela fechou os olhos e concentrou-se nas emoções ao seu redor. Medo, insegurança, raiva e, enfim, a dor que emanava do minotauro — fraca, em comparação a dos companheiros de grupo, mas existente. Era tudo o que precisava. Ao enxergar novamente, Nieve usou seus poderes divinos para ampliar aquela dor, fazer o minotauro sofrer o mesmo que havia causado em Lotus. O monstro mugiu, ainda que parecesse mais irritado do que realmente machucado. Seu olhar encontrou o de Nieve e, assim que a identificara como a fonte de seu incômodo, de repente estava muito mais interessado na arqueira do que no filho de Marte com quem previamente lutava. Ela invocou suas asas de luz para erguer-se do chão, porém, não antes de ser empurrada para trás por uma das faces do enorme machado do monstro, como se ela fosse uma bola de beisebol e ele tivesse acabado de rebatê-la.
“Argh!” Grunhiu ela. Graças à armadura, estava apenas um pouco dolorida; com certeza, o estrago seria bem maior se estivesse desprotegida.
Ao mesmo tempo, a distância tornara-se ideal para que atingisse a criatura sem ser atacada de volta. Ela levou a mão às costas, à procura das flechas de prata lunar recém-forjadas por Benjamin, e ao pegar uma delas, rapidamente encaixou-a no arco, mirou e atirou. A flecha alojou-se no ombro do minotauro e pareceu machucá-lo, ao menos um pouco. Todavia, o ataque deixou-o ainda mais irritado, e as tentativas seguintes de Nieve foram frustradas pelo balançar do machado do monstro de um lado para o outro, tentando atacá-la no ar. Nieve desviou, pulou e girou, e assim conseguiu evitar a maioria deles, até a lâmina do machado fazer um corte profundo em sua perna esquerda. A semideusa desequilibrou-se e, mais uma vez, foi mandada para trás, sua perna latejando da dor do golpe.
GILBERT  ——  HP: 147/225 / MP: 175/200     LOTUS  ——   HP: 0/100 / MP: 65/100 VITTORIO  ——  HP: 52/100 / MP: 75/100 NIEVE  ——  HP: 198/250 / MP: 170/220  MIRANDA  ——  HP: 425/425 / MP: 360/360 HEIDI  ——  HP: 225/225 / MP: 200/200 
ABORTINHO DE MINOTAURO  ——  HP: 2194/2500 / MP: 2450/2500
próxima: @griseonoctis
lotus & gilbert.
missão: evento (round 2).
participantes: gil & @griseonoctis​ @cvpidsarrov​ @lotuser​ @disjointtis​ & @damnh​​
local: sicília, itália.
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era tão irônico o fato de vittorio estar aproveitando os breves minutos de paz sem o ataque de nenhum monstro enfurecido? não tão irônico quanto pensava, mas ele era quase intocável enquanto afiava a ponta de collera de forma quase cuidadosa. em silêncio, um puro e intragável silêncio que escondia a mais severa raiva que já sentiu. ele odiava sentir raiva, porque não era o sentimento mais educado do mundo. porém, quanto mais pensava, mais fazia sentido sentir cada vez mais. a raiva de estar sendo atacado, a raiva de não ser o suficiente, a raiva  de não ser forte, a raiva de tudo e a raiva de qualquer coisa. ele se distraiu com tudo isso, mal percebeu que pressionava demais a pedra na lâmina enquanto andavam. reclamou baixo, o suficiente para não ser ouvido. enquanto, jogou a pedra em algum canto e continuou a caminhar enquanto segurava firme collera, firme até os nós dos dedos esbranquiçarem. a atenção foi completamente captada pela junção de monstros que inham e vinham. os da frente desbravando as armas e habilidades, ottis apenas batendo com o cabo da lança nos menores e mais fracos para afastar ao máximo até recuperar-se. recuperar-se. que irônico. assim que a terra tremeu debaixo dos pés de todos e os monstros pararam, catalisados. correndo para onde sequer que vieram. “não, não, não, não…” ele repetiu baixo para si mesmo. os olhos completamente captados por aquele monstro enorme que substituiu os outros. um minotauro. em frente aos meros seis semideuses ali. ottis mal conseguia se mexer. era como se os pés haviam sido fincados no chão. ele não conseguia sair do lugar enquanto gilbert tomava à frente da luta. era comer ver tudo diante dos olhos e não ter o que fazer. ele não tinha. e era um sensação terrível, um medo tão palpável que substituía toda a raiva de outrora. ele apenas piscou algumas vezes antes do corpo começar a acordar. tarde demais. a visão do corpo de lotus sendo arremessado dali para longe por integrar a luta também. 
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cvpidsarrov · 4 years ago
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O que aconteceu nos momentos seguintes foi rápido demais para a cria de Cupido acompanhar. Ela abriu a boca para agradecer ao filho de Mercúrio por tê-la salvado do aperto da criatura (apesar do pouco fôlego só aguentar um “valeu” rouco), mas logo a mesma pôs-se a atacá-lo e, em seguida, outros membros do grupo apareceram para juntar-se à batalha. Teria que deixar um lembrete em sua mente para recompensá-lo depois, assim como uma nota confusa sobre o que diabos tinha acabado de rolar com Lotus. Em pouco tempo, o Gemini que a prendera estava morto e Miranda lidara com o que estava próximo a ela, enquanto Nieve aproveitava a deixa para afastar-se e preparar a mira de Loveshot outra vez. Metade já foi, falta a outra.
No sinal de Vittorio, ela atirou uma flecha no monstro para o qual ele apontava e acertou-o em cheio, cravando a seta no peito direito do Gemini. Ele sibilou em dor, mas a flecha atravessara a carne, impossibilitando-o de puxá-la. Em vez de focar-se na semideusa, ele recuperou o tridente que Vittorio o roubara e parecia mais preocupado com o garoto do que com a arqueira — o que lhe dava uma baita vantagem. Porém, quando estava prestes a atirar outra vez, Nieve escutou o silvo de uma cobra vindo de seu lado esquerdo: o sexto Gemini pegou-a de surpresa, cravando o tridente na lateral de sua barriga antes que ela conseguisse mudar a mira. Nieve gritou e instintivamente pôs a mão por cima do furo, que escorria sangue.
Ela deu alguns passos para trás, mesmo que, machucada, não fosse rápida o bastante para realmente escapar. Não iria, de qualquer forma: o monstro avançava à medida em que ela se afastava, preparando-se para dar o bote novamente. Nieve sabia que precisava se defender — seus colegas já estavam de mãos cheias, e não seria ela a atrair mais uma criatura para cima deles. Então ela lutou contra a dor e a ardência e, com um grunhido, alcançou mais uma flecha na aljava, encaixou-a no arco e atirou. O Gemini foi atingido no braço e, com o tiro, as habilidades divinas de Nieve vieram ao seu auxílio, pois o homem-cobra foi tomado por um encanto que o paralisou onde estava, arrebatado pela aura apaixonante da semideusa.
Por sua vez, a garota puxou a corda do arco e atirou outra flecha, mas uma pontada no furo da barriga a fez encolher-se e, com isso, o projétil passou assobiando ao lado do rosto do monstro. A tentativa pareceu despertá-lo do encanto e ele investiu contra a semideusa, fazendo um corte em sua perna com a ponta maior do tridente. Nieve soltou outro grunhido e tentou acertá-lo de novo, também sem sucesso, contudo, foi capaz de desviar do ataque seguinte, quando o Gemini quase a deu uma rasteira com a arma e ela pulou no instante exato para evitá-la. “Isso é jogo sujo.” Resmungou ela para a criatura. E, mais uma vez, pegou uma flecha da aljava e mirou.
MIRANDA  ——  HP: 362/425 / MP: 310/360 NIEVE  ——  HP: 196/250 / MP: 170/220 GILBERT  ——  HP: 204/225 / MP: 175/200 HEIDI  ——  HP: 217/225 / MP: 175/200 VITTORIO  ——  HP: 76/100 / MP: 75/100 LOTUS  ——  HP: 73/100 / MP: 100 /100
GEMINI 1  ——  HP: -64/350 / MP: 350/350 GEMINI 2  ——  HP: -25/350 / MP: 350/350 GEMINI 3  ——  HP: -10/350 / MP: 325/350 GEMINI 4  ——  HP: 282/350 / MP: 350/350 GEMINI 5  ——  HP: 350/350 / MP: 350/350 GEMINI 6  ——  HP: 326/350 / MP: 350/350
próximo: @rxckbellz
lotuser​:
disjointtis​:
miranda, nieve, gil & heidi.
missão: contenção de surtos de monstros.
local: sicília, itália.
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coçou a nuca um pouco desajustado. na verdade, não tinha memória sequer se um dia se ajustou. à sua frente uma das companheiras de júpiter. então, fazia sentido o filho de marte permanecer na retaguarda. atrás de todos, podendo conter possíveis ataques ou correndo o máximo possível para compor a dianteira. era suicídio afinal. de qualquer forma, ele sairia ferido e tampouco tinha mágoas desse destino. não, muito pelo contrário, ele caminhava ao que sempre saberia que seria seu fim digno. em meio aos pensamentos, ele tropeçou em alguns troncos de árvore. murmurando silenciosamente enquanto avançavam em campo. ao longe, todas as palavras trocadas entravam e saíam pela sua cabeça como meros sussurros, daqueles que nem tem como identificar o que foi dito mesmo. de toda forma, ele segurou firme na lança enquanto se forçava a andar. então, todos os acontecimentos começaram a ficar frenéticos. o discurso de miranda não era bem escutado da retaguarda, porém vittorio avançou com aquela sande de sangue descomunal da batalha. avançou até o ponto de que pôde pegar o trem andando, deixando para trás o ��nico propósito que o colocara no final do caminho: proteção. ele ainda não sabia o quanto poderia aguentar, mas faria o que pudesse até cair no chão.
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cvpidsarrov · 4 years ago
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griseonoctis:
damnh:
rxckbellz:
sendo bem honesto, gilbert estava até calmo durante toda a coisa com o oráculo e tal, porque no fundo ele estava pensando “que bom que esse b.o não é meu”. ele só teria que acalmar uma galera, dar uma organizada no chalé e partilhar umas boas palavras de encorajamento para os coitados escolhidos para lidar com toda essa grande palhaçada. o problema é que ele acabou sendo um dos coitados, logo, o b.o agora era seu sim. quando o som agudo invadiu sua mente e a ficha caiu ele fez o que qualquer líder de chalé de respeito faria: entrou em pânico. aquilo só podia ser uma piada de mau gosto. ele, escolhido para cumprir a vontade dos deuses? era um evento de fazer rir de fato. entretanto, o filho de hermes teria de ir com os outros semideuses, gostando ou não.
após despedir-se de seus amigos e designar um substituto para comandar o chalé de número 11, o rapaz se resignou e terminou de arrumar sua mochila, finalmente partindo para a missão. verdade seja dita, ele estava muito aliviado por, pelo menos, não ser um dos líderes de grupo. era ainda mais reconfortante saber que não seriam os primeiros, significava que teria mais tempo para pensar em uma estratégia. por outro lado, não significava que estaria livre do medo. a quem queria enganar? gilbert era a pessoa mais medrosa que ele conhecia. mesmo que ainda não estivessem em batalha, ou sequer discutindo o possível combate, se olhassem com cuidado, era possível notar que ele estava tremendo que nem um pinscher. 
ao ver miranda entrar, um calafrio percorreu a espinha do grego, não sabia dizer se a sensação havia sido causada simplesmente pelo ar de seriedade intensa da centuriã ou por outra coisa em seu comportamento. não importava muito, o fato era que no estado em que se encontrava, ela também o assustava. contudo, por mais que estivesse evitando contato visual, quando a ouviu falar sobre a conhecerem, o rapaz arriscou uma olhadela em seu rosto e constatou que ela era uma das campistas do júpiter que haviam visitado o meio-sangue durante o fim de semana. isso, no entanto, era tudo o que sabia sobre a filha de trívia, até ouvi-la se apresentar. 
verdade seja dita, gil não tinha muitas perguntas a fazer exceto… “ a gente tem algum plano?” ele perguntou, sem tentar esconder a voz falhada de medo. “além do que você já disse.” proteger uns aos outros enquanto salvava a própria pele era sua especialidade e ele era bom com improvisos, então não era exatamente um desígnio difícil, porém, ela não era romana? não devia ter uma estratégia ou algo mais elaborado assim? “não que eu tenha algum problema com o que você sugeriu. é só pra… checar.” soltou uma risadinha nervosa. “eu sou o gilbert, inclusive. gilbert rockbell… ou gil… ou bebeto... você escolhe. enfim, sou filho de hermes.” e lá estava a tagarelice, sempre aparecia quando estava nervoso.
                          Heidi por muito tempo perguntou-se se havia sido amaldiçoada logo ao nascimento. Quer saber da verdade? Sim, havia. Ela e mais umas dezenas, centenas (ou quem sabe milhares?) de crianças, cujos pais eram deuses arrogantes, impiedosos e que pouco conseguiam enxergar além do próprio umbigo. Na equação, ainda possuía os titãs e os mais diversos tipos de seres divinos e mitológicos que também possuíam as mesmas características —acha que é à toa tantos conflitos assim ao logo da história greco-romana? Jamais. Ela como filha da própria discórdia saberia reconhecer isso. Foda que eles decidiam fazer toda a baderna e envolviam todos aqueles que nem mesmo tinha relação com a porra toda e isso deixava Heidi muito irritada. Pela injustiça de crescer tal qual muitos semideuses: abandonada num lar caótico sem contato algum com seu parente e sendo obrigada a viver situações grosseiras e desumanas, pela injustiça de se tratar da resolução de todos os problemas dos malditos deuses que encarava pelo caminho, pela injustiça de ser perseguida e afins.
                          Seu desafeto pelo momento estava impresso em seu rosto, claro como o dia, mesmo porque além de ter que lutar por sua vida diariamente, ainda estava sendo literalmente enfiada como a presa mais saborosa num ninho de criaturas prontas para lhe dilacerar a qualquer custo, sorteada como havia sido. A sorte sempre ao seu lado, aparentemente. E, além disso, era do seu feitio, pegar o oráculo e dar fim nele com tranquilidade, mas o restinho de consciência que lhe havia restado e a impedia de fazer as maiores das besteiras a segurou no lugar. Então se viu sendo jogada num avião coberta pela névoa, foram o que havia sido dito para aliviar a pressão de se tratarem de uma quantidade enorme de ímãs de confusões no ar, depois se viu sendo jogada na Itália num acampamento improvisado, dividindo momentos com romanos, e sendo obrigada a ouvir como se tratavam da última defesa do mundo mortal. Que se foda, era o que queria dizer, mas ainda assim ergueu sua espada, vestiu a armadura e pegou seu maldito escudo. 
                          “O plano é não morrer”, murmurou mais para si do que para os outros. Não por algo estúpido. Não naquilo, não sem escolha. Ainda assim, aqueles eram seus colegas, não podia garantir que faria de tudo para mantê-los vivos, mas quando ergueu os olhos e fitou-os, após ouvir a loira se apresentar — o nome ela fez questão de guardar —, percebeu, com certo pesar, que esperava que todos sobrevivessem. “Heidi”, acrescentou seu nome à lista, com ombros erguidos e desviando o olhar para a centuriã. “Filha de Éris”, o que não ajudava. Tinha certa aura que gerava ainda mais impaciência com aqueles que dela desgostavam e ela não estava ansiosa para descobrir a reação que uma horda de criaturas com sede de sangue semideus teria sobre tal. “Dar nome às pessoas torna o luta mais difícil”, a piadinha mórbida certamente não faria o gosto de nenhum deles, não naquela situação, mas ainda assim a loira sorriu brevemente.
próx: @griseonoctis
( ☾ ) —— Era um momento difícil, considerando que nenhum deles tinha lembranças prévias de batalha ou confrontos sérios como aquele. Bem, o que poderia fazer para tranquilizá-los? Não mentiria num discurso positivista pois isso só pioraria as coisas, afinal, um soldado que andava para batalha sem saber onde estava se metendo colocava toda a legião em risco. A jovem ouviu com paciência, pegando um papel e um lápis para explicar melhor o que tinha imaginado para o filho de Hermes. —— Somos quatro e, na pior das hipóteses, cada um de nós terá que enfrentar de dois a três monstros sozinho. Caso tivéssemos mais semideuses, eu optaria por separar os monstros, contudo, há mais chances deles nos cercarem do que essa tática desestabilizar a linha de defesa. A área onde eles estão surgindo é aberta, então não tem qualquer proteção natural para usar ao nosso favor. —— Miranda fez oito X para simbolizar cada monstro, e quatro círculos para simbolizar a equipe. —— A noite está caindo, então é importante que seja rápido para que nada nos surpreenda. Eu vou atacar primeiro e trazer a atenção para mim, assim vocês podem aproveitar e usar a distância a favor de vocês. Primeiro eu enfraqueço as criaturas, depois vocês irão finalizá-las. —— A filha de Trívia apontou para o papel novamente. —— Fiquem atentos à desvantagem numérica, mantenham a guarda alta e prestem muita atenção ao redor. Monstros não jogam limpo e não hesitariam em atacar por trás. Usem seus reflexos para isso, vocês tem sangue de semideus. —— Usava um tom de voz firme e sério, o mesmo que usava para instruir os legionários da sua coorte. Esperava que aquilo fosse funcionar. 
—— Dar nomes faz você lutar mais. —— Gray respondeu, dando um sorrisinho de lado. Era verdade: apesar de não ser exatamente próxima de Nieve, tinha vontade de lutar por ela por estarem no mesmo acampamento. Não sabia se isso funcionava da mesma forma no Meio-Sangue, na verdade. Começou a pegar suas coisas, prendendo as adagas nas pernas e colocando a armadura de ferro estígio no lugar. Usava a blusa do acampamento romano e uma calça preta confortável, sabendo que se movimentaria bastante. O coturno militar tinha aparência pesada, mas se sentia confortável com ele. Agora era só questão de tempo até chegar onde o problema estava, e que Trívia guiasse o seu caminho de volta para casa.
Apesar do semblante sério, Miranda estava disposta a responder as perguntas e a ajudar no que fosse necessário antes da missão, tanto que checou os equipamentos dos outros e continuava a dar instruções ao longo do caminho. Assim que chegaram perto da fenda designada para o grupo, fez um sinal com a mão, pedindo que eles esperassem a sua deixa para atacar. —— Eu vou primeiro, vocês vão depois. Atrasarei as criaturas e isso dará margem para vocês. —— Disse com firmeza, segura de que aquele plano iria dar certo. Agora era só executar.
Em silêncio, Gray correu abaixada e pulou nas costas do primeiro Gemini que viu, que com certeza não gostou de ter uma semideusa montada em si. A jovem fincou Belladonna — sua adaga com essência de monstro — bem na clavícula do homem-cobra, que se contorceu com a dor do corte. Logo pegou Wisteria — a sua outra adaga de ferro estígio — para fazer um corte na garganta que, apesar de tirar uma boa quantidade de sangue preto do monstro, não o incapacitou totalmente. A criatura se debatia enquanto a centuriã apertava as duas lâminas, utilizando do seu peso para perfurá-lo ainda mais. Aquela não era lá uma cena muito bonita, considerando o líquido escuro que manchava as mãos da romana e o jeito que ele se contorcia agonizando em seu aperto. 
O híbrido não conseguia atingi-la por conta de seu posicionamento, contudo, ainda tinha o seu tridente para atacá-la. O primeiro toque do monstro a fez se desequilibrar, mas Miranda conseguiu cair em pé. Com a guarda baixa e tentando se recuperar, a jovem sentiu as pontas do tridente a acertarem no torso, mas a armadura impediu que o machucado fosse mais sério. Irritada, Gray avançou novamente para a criatura, acertando Wisteria no olho do híbrido, que caiu fraco nos pés da semideusa. Logo em seguida a romana terminou o ataque com Belladonna, o mandando de volta para o Tártaro, de onde não deveria ter saído.
A sua movimentação claramente chamou a atenção dos outros gemini, e logo outro veio em sua direção. Como Miranda ainda estava no chão, usou as suas adagas para cortar a cauda escamosa do homem-cobra, que sibilou ao sentir as lâminas da filha de Trívia em seu corpo. Como retaliação, a criatura bateu o tridente contra Miranda, que foi lançada para trás. A centuriã sentiu a pressão da arma prendendo-a no chão, tirando o ar dos seus pulmões. —— Agora é a hora, gente! —— A líder avisou, irritada por estar presa pelo monstro.
MIRANDA: 394/425 HP 360/360 MP NIEVE: 250/250 HP 220/220 MP GILBERT: 225/225 HP 200/200 MP HEIDI: 225/225 HP 200/200 MP GEMINI 1: -64/350 HP 350/350 HP GEMINI 2: 249/350 HP 350/350 HP GEMINI 3: 350/350 HP 350/350 HP GEMINI 4: 350/350 HP 350/350 HP GEMINI 5: 350/350 HP 350/350 HP GEMINI 6: 350/350 HP 350/350 HP
Nieve assentia com a cabeça enquanto escutava o plano de Miranda. Não necessariamente gostava da ideia de mandar a filha de Trívia à frente, mas ela tinha muito mais experiência com estratégia e campo de batalha, então teria que confiar nas decisões de sua líder e torcer pelo melhor. Isso Nieve sabia bem como fazer. “O plano é não morrer.” Ela repetiu, após as direções serem dadas e a reunião encerrada, olhando para os colegas de equipe. Conhecidos ou não, ela decidiu ali que faria de tudo para não decepcioná-los.
Tal como lhe fora ordenado, Nieve assistira e esperara Miranda dar os primeiros golpes. Loveshot estava em suas mãos, abaixado, e a flecha encaixada nele denunciava que estava pronta para atirar assim que lhe fosse dado o comando. Havia tomado certa distância dos outros colegas de equipe, ficando para trás para ter uma visão melhor do campo e, se os deuses quisessem, não atirar em ninguém sem querer. Ela identificou seis da mesma criatura circundando os arredores da fenda — lembrou que se chamava Gemini, como o signo, e agora que a via pessoalmente, percebia que era muito mais asquerosa ao vivo do que nas gravuras de livros. Assim que a centuriã atacou uma delas, outras a avistaram e seguiram em sua direção; Miranda conseguiu livrar-se da primeira rapidamente, mas a segunda revidou: ainda que houvesse levado um pouco do homem-cobra consigo, a garota estava presa no chão por um tridente, e outro Gemini estava chegando perigosamente perto.
Em um momento, a líder gritou-os a ordem; no seguinte, Nieve puxou a corda de Loveshot e acertou uma flecha diretamente no peito do terceiro Gemini. O monstro foi para trás e, de início, pareceu confuso. No entanto, ao olhar para a arqueira, algo em seu semblante estava diferente: ele estava encantado. “Isso... Boa cobrinha... Vem aqui, vem.” Chamou-o, tentando — e falhando em — esconder o medo e a completa falta de ideia do que estava fazendo em seu tom de voz. Ele a seguiu, esquecendo-se da Miranda imprensada no chão, e Nieve deixou que se aproximasse o suficiente para não estar mais em distância de ataque de nenhum dos outros semideuses. Então, quando certificou-se de que não corriam risco, a filha de Cupido invocou suas asas recém-conquistadas e, com uma cambalhota no ar, chutou o tridente da mão do Gemini, lançando-o para longe da criatura.
A mudança de expressão foi instantânea. O rosto do homem-cobra contorceu-se em uma careta de ira e desgosto, mas ao menos sua atenção estava somente nela. Ele tentou atacá-la e, com um urro horrendo, foi mandado para trás novamente; a flecha que Nieve fincara em seu peito ainda estava lá, junto da dor que a semideusa não demorou a encontrar e amplificar para desnorteá-lo ainda mais. Ela mais uma vez puxou a corda do arco e o acertou — desta vez, porém, atingindo-o na cauda escamosa. 
Era engraçado como, às vezes, as pessoas cometiam os mesmos erros esperando resultados diferentes. Quando batalhara contra um Spartus ao lado de Cédric e Nate, o erro de Nieve, ainda que com boas intenções, fora tentar lidar com o monstro sozinha para proteger os colegas. Ela não havia reparado em como fizera a mesma coisa até ver o ódio nos olhos do Gemini, que agora aparentava estar não só ferido, mas ofendido. Ele agarrou o pé da semideusa e, com toda sua força, a puxou para baixo, levando Nieve ao chão. Suas asas desfizeram-se com a pancada nas costas e ela sentiu o ar escapar de seus pulmões, como se tivesse levado um soco bem no meio do tórax. Então o monstro enroscou a cauda no corpo da garota e a ergueu, colocando-a de pé bem à sua frente. Estava a esmagando. Nieve apertou a curva de Loveshot em sua mão, mas seria impossível atirar outra flecha com seus membros presos.
“Me larga, sua cobra de merda!” Falou entre os dentes. E depois, em um tom mais alto, ela gritou, na esperança de que os colegas de equipe a ouvissem: “Ajudem Miranda!”
MIRANDA —— HP: 394/425 / MP: 360/360 NIEVE —— HP: 230/250 / MP: 170/220 GILBERT —— HP: 225/225 / MP: 200/200 HEIDI —— HP: 225/225 / MP: 200/200 VITTORIO —— HP: 100/100 / MP: 100/100
GEMINI 1 —— HP: -64/350 / MP: 350/350 GEMINI 2 —— HP: 249/350 / MP: 350/350 GEMINI 3 —— HP: 188/350 / MP: 325/350 GEMINI 4 —— HP: 350/350 / MP: 350/350 GEMINI 5 —— HP: 350/350 / MP: 350/350 GEMINI 6 —— HP: 350/350 / MP: 350/350
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cvpidsarrov · 4 years ago
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LOCAL: Acampamento em Sicília
“A gente vai ficar bem, né?” Perguntou Nieve à pessoa mais próxima, mais como um pedido de conforto do que um questionamento. Estavam próximos à fenda na barreira do Mundo Inferior, próximos de onde monstros vazavam para atacá-los e para onde ela mesma iria em algumas horas. Quando imaginara suas férias na Itália, não fora bem assim que as planejara. “Um montão de semideuses desse, não tem surto que aguente. A gente vai resolver esse B.O. e voltar pra casa em dois tempos.” A confiança com a qual falava nada correspondia ao medo e tensão borbulhando dentro de si mesma, mas Nieve queria acreditar que, se repetisse aquilo o suficiente, se tornaria realidade. Era a única maneira de não arrancar os próprios cabelos e sair correndo pela ilha.
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cvpidsarrov · 4 years ago
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Nieve não poderia estar mais confusa. Ela, escolhida de uma profecia? Tinham certeza que o áugure não havia cometido um erro? Entendia o motivo para o restante ter recebido o chamado: eram praetores, centuriões, legionários valentes e bem respeitados, todos dignos do perigo e heroísmo que aquela missão prometia, mas se Nieve havia saído (em boa parte) ilesa do ataque em sua última patrulha fora por estar na companhia de Nate e Cédric. Como infernos esperavam que ela lutasse contra hordas de monstros saindo da fenda de Sicília? E era apenas segunda-feira!
No entanto, a filha de Cupido também ouvira o chamado e, na manhã seguinte, embarcara em um avião com o restante dos semideuses convocados, com o máximo de poções que conseguira estocar e todas as flechas de bronze celestial que tinha guardadas. Ao menos tinha suas asas agora. Uma pena que não podia usá-las para voar para bem longe de seus problemas.
Ao fim da tarde, ela se reuniu com o grupo ao qual fora designada, composto pela centuriã da Coorte I (sem surpresas, tomando o lugar de líder) e dois campistas gregos. Nieve não deixou de reparar na garota, mas não ousou falar alguma coisa — se sobrevivesse àquela batalha, presentearia a si mesma com uma estadia de uma semana no Acampamento Meio-Sangue, tempo mais que suficiente para flertar e se divertir como quisesse. Ela concordou com a cabeça quando Miranda a indicou e permaneceu em silêncio enquanto a filha de Trívia discursava, com os ombros para trás e o queixo erguido, uma postura excepcionalmente incomum para a garota. Então, quando Miranda mencionou perguntas, Nieve olhou para os outros dois, esperando por suas reações. Ela não possuía nada a perguntar — talvez apenas colocar o desespero para fora antes de enfrentar seu fim iminente. 
“Eu sou a Nieve, aliás.” Anunciou ela, com um pequeno sorriso e um aceno de mão.
missão: contenção de surtos de monstros
local: sicília, itália com @cvpidsarrov; @rxckbellz & @damnh
( ☾ ) —— Uma profecia. Os Deuses haviam enviado uma profecia. Um peso havia recaído sobre os ombros da filha de Trívia assim que o áugur se calou, caindo desacordado em seguida. O choque inicial a deixou tensa, contudo, não podia ficar parada. Assim que os seus legionários começaram a se desesperar, Miranda elevou a voz para chamar a atenção, tranquilizando-os depois. E então veio o som, perfurando a sua mente. Ela deveria ser mais resistente a ataques daquele tipo, por que sentia tanta dor? E então, a ficha caiu. 
A profecia não era sobre os seus legionários. A profecia era sobre ela mesma.
Tentou não se deixar abalar sobre isso, ajeitando a postura e continuando a dar ordens como se não estivesse sentindo medo do que iria acontecer. Ajeitou o máximo de coisas possíveis para os centuriões temporários e fez a sua mala, carregando somente o essencial. A Névoa carregada ao redor do avião era a coisa mais próxima de familiaridade que tinha durante a viagem, tirando os próprios amigos. Estar há tantos mil pés de altura não era o tipo de atividade que ela queria fazer, mas não tinha como pular aquela parte.
Agora, Miranda encarava os semideuses que lhe foram designados, observando seus rostos com seriedade. —— Ela me conhece, mas eu não sei se vocês já me viram antes. —— Apontou para Nieve, a filha de Cupido da Coorte IV que era colada no praetor como se fossem irmãos. —— Eu sou Miranda Gray, centuriã da Primeira Coorte, filha de Trívia. Liderarei vocês para conter os surtos nos próximos dias. —— Ela falou com segurança e serenidade, como se já tivesse feito isso anteriormente. Talvez, mas não se lembrava. —— A nossa tarefa é reforçar a segurança das fendas, subjugar os monstros que saírem até elas se fecharem. Seremos a última defesa entre o exército de Tártaro e o mundo mortal. —— Aquilo não era uma simples patrulha e estava longe de ser uma brincadeira. —— Não sabemos quantos monstros aparecerão, mas eu irei dar os primeiros golpes. Se mantenham à salvo e protejam seus companheiros o melhor que puderem. Estou aqui para responder as perguntas antes de partir para conflito, então… Essa é a hora.
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cvpidsarrov · 4 years ago
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shadowlord-aro:
“não sei se confio nessa sua promessa… mas não foi nada que eu tenha que, ou mesmo consiga, esconder.”  comentou, levando uma mão ao queixo enquanto pensava se deveria entrar muito em detalhes. optou pela versão resumida.  “basicamente eu, cédric e elijah saímos para uma patrulha avançada… já pode imaginar o problema em três filhos dos três grandes saindo do acampamento para dar uma volta juntos, né?”  contou. infelizmente não era algo muito saudável que aquilo acontecesse por cada um deles ter basicamente um farol indicando a todos os monstros que estavam ali.  “seu pai é… cupido, certo? então até que faz sentido que não esteja ansiosa pelas linhas de frente na guerra como um filho de marte estaria.”  deu de ombros. cada divindade tinha suas próprias preferências e isso era passado, em parte para seus filhos, então, não podia exigir que um filho de vênus fizesse o mesmo que um de belona, por exemplo.  “não sei por que as pessoas me acham intimidador, só sou um pouco exigente de meus legionários… de qualquer maneira, acho que não vou frequentar muito esse lugar com o intuito de limpá-lo no futuro próximo, se for por mim.”  assentiu. conversar enquanto limpavam parecia ajudar com a distração, já estavam perto de acabar sua porção e nem mesmo havia cansado.  “sua companhia foi divertida e tudo, mas, assim como você acha que seu lugar não é guerreando, o meu não é por aqui.”
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“Putz... É, vocês vacilaram mesmo.” Concordou ela, com um bico nos lábios e um aceno da cabeça. Até Nieve sabia que filhos dos Três Grandes juntos eram uma péssima ideia, e isso quando eram apenas dois — três eram como dar uma cascata de chocolate de presente para um formigueiro (e ela já havia enfrentado um monstro-formiga antes). Pior ainda, os três eram os centuriões de suas Coortes, um deles da própria Coorte IV; era entendível que tivessem sido punidos. “Pelo menos o coliseu não tá tão sujo. Já vi ele em estados piores.” Tentou amenizar, provavelmente sem sucesso. “Bom... Não é como se eu achasse que meus irmãos não podem gostar dessa parte de batalhar e salvar o dia e coisa e tal, mas... é. Não é tão natural pra mim quanto é pra vocês.” E quando dizia “vocês”, ela se referia à parte do Acampamento que se esforçava para aquilo, o que era... a grande maioria, na verdade. “Ah, acho que é porque você tem essa vibe meio caladão, saca? E aí tem o fator centurião, filho de Plutão... Mas você é legal! Não posso atestar pelos seus legionários, mas posso atestar por mim.” O que não era lá essas coisas, considerando que só estavam se falando há meros minutos, mas Nieve nunca fora de suspeitar dos outros. Acompanhou, então, o silêncio de Aro pelos instantes seguintes, cantarolando qualquer canção que surgisse em sua mente enquanto limpava até que o trabalho estivesse quase pronto. Como ele havia dito, tinha tempo de sobra para voltar aos dormitórios e arrumar-se para a reunião do jornal. Ela riu da fala alheia e apoiou o braço no cabo da vassoura, voltando-se para Aro. “Tudo bem. Nós podemos conversar mais depois! Isso é, se você não estiver sendo obrigado.” Respondeu ela, dando mais uma risada. “Eu vou terminar minha parte, mas já tô quase no fim. Pode ir.” E, com um sorriso de despedida, ela virou-se e continuou a varrer.
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encerrado.
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cvpidsarrov · 4 years ago
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LOCAL: Acampamento Júpiter
DATA: 04/07
“Nate! Nate!” A filha de Cupido chamava enquanto corria pelo Acampamento, arrancando olhares curiosos dos semideuses pelos quais passava. Assim que soubera que @prettynate​ havia retornado da viagem ao Acampamento Meio-Sangue, ela saiu à sua procura: tinha algo que queria mostrá-lo e sabia que o amigo ia gostar. A velocidade quase a fez passar direto pelo praetor, mas, de última hora, ela fincou os pés no chão e parou logo de frente a ele, apoiando-se em seus ombros para não cair por cima dele. “Nate, olha!” Sem explicações ou boas-vindas, Nieve, com um sorriso enorme estampado no rosto, virou-se para mostrar suas costas, nuas devido ao corte da blusa que usava: delas, penas brancas lentamente brotaram de duas fendas na pele, crescendo e crescendo até que diante de Nate nascessem duas asas luminosas. Elas bateram algumas vezes, suavemente, e então Nieve voltou-se para o amigo outra vez, incapaz de conter a empolgação ao anunciar: “Eu tenho asas agora!”
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cvpidsarrov · 4 years ago
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flashback.
Nieve escutava a história atentamente, como se estivesse assistindo um filme muito interessante. Matt sempre tinha boas histórias para contar, e a filha de Plutão era uma das pessoas com quem mais passava tempo, o que significava que Nieve já havia ouvido um monte delas. Ela reagia com as expressões faciais enquanto os olhos permaneciam vidrados na outra, quase como se dissesse “e depois?”. “Você não é fedorenta. Quer dizer, não sei pros monstros, né, acho que filhos dos Três Grandes devem ter um cheiro meio estranho... mas pro meu olfato de semideusa, seu cheiro é muito agradável!” Fez questão de salientar, batendo de levinho com o dedo na ponta do próprio nariz. Então, para a pergunta seguinte, somente deu de ombros e sacudiu a cabeça, pois ela também não sabia a resposta. “Sei lá. Supus que, com essa baderna toda desses dias, estão colocando o máximo de semideuses possíveis pra vigiar o Acampamento. Mas se for pra não te deixar sozinha ou algo assim, acho coragem me escalarem, porque é mais fácil você me proteger do que o contrário.” E não estava mentindo: sem memórias ou não, Matt era confiante e destemida o bastante para enfrentar quaisquer obstáculos que lhe surgissem. Concordou com a outra e fez o mesmo que ela, levantando-se da grama e sacando Loveshot, no qual encaixou uma flecha. Não estava mirando, mas, caso algo aparecesse, estaria preparada. “Olha, hoje até que tem fofoca, viu? Porque eu fui numa patrulha com Nate e Cédric e a gente deu de cara com dois bichos, uma formigona e um daqueles esqueletões, Spartus. Nossa, eu juro que vi a hora dele arrancar meu braço, sério. Mas aí os meninos me ajudaram e deu tudo certo.” Contou enquanto andava, ora olhando para Matt e ora para os arredores do portão, à procura de algum movimento após os limites do Acampamento. “Ooh, coisa especial? Menina, me conta agora!”
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missão:vigia de portão
participantes: matt & @cvpidsarrov​
local: portões do acampamento júpiter - área verde.
sentada na grama ao lado de nieve, matt sentia-se perfeitamente confortável, uma vez que eram boas amigas e se davam muito bem. era sempre bom estar na companhia de alguém que não iria cobrar da semideusa uma conduta mais séria e “romana”. a filha de plutão gostava da forma como não se sentia julgada de forma alguma quando estava com nieve e nate. “aí apareceu o maior bicho, aqueles homem-cobra, um… gemini! isso, gemini!” ela continuava, contando à outra como tinha sido sua vigia de portão no dia anterior. “acredita que o nate ainda teve a coragem de me chamar de fedorenta? sendo que não tinha monstro nenhum por aqui até ele chegar. ele também ficou doido de raiva quando viu que eu tava guardando os portões sozinha…” ela parou de repente, um pouco pensativa. “será que foi por isso que te mandaram pra cá hoje, nievezinha?” matt não esperava que a filha de cupido tivesse uma resposta concreta para aquilo, afinal, nem sempre havia um motivo por trás das designações de atividades, mas não custava nada levantar o questionamento. “ai enfim, falando nisso…” ela ergueu-se, tirando a poeira da saia. “é melhor a gente dar uma olhadinha em volta, só ‘pra garantir. aí você me conta suas fofocas enquanto a gente anda, que tal?” a ceifadora indagou enquanto tirava a cimitarra da bainha para checar o gume, aproveitando para dar uma olhadinha bem rápida no próprio reflexo na lâmina da arma. “ah, inclusive, eu preciso da sua ajuda pra uma coisa especial! quero saber o que você acha!”
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cvpidsarrov · 4 years ago
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shadowlord-aro:
achava impressionante como ela falava aquilo sem nem mesmo demonstrar algum trauma quanto ao evento, mas sabia que, depois de tantos anos naquela vida de semideus, parecia até natural que coisas como aquela acontecessem a eles.  “sim, fui salvo de algumas situações extremamente difíceis pelas poções…”  suspirou. honestamente, os eventos dos últimos tempos apenas o fizeram odiar ainda mais insetos e aracnídeos, pelo tanto que encontrara. depois de pegar o objeto, fez seu caminho para começar o trabalho. quanto antes começasse, mais rápido terminaria, na teoria.  “o  bam-bam-bam  da coorte ii?”  repetiu, arqueando uma sobrancelha levemente antes de deixar transparecer um sorriso leve em seu cenho. não se considerava tudo aquilo, apenas fazia o que era necessário pelos seus companheiros e fora recompensado por isso com o cargo.  “bom, quando se faz algo irresponsável, acho que é apenas natural uma punição, mesmo eu sendo centurião.”  deu de ombros. não estava acima de erros, inclusive, os cometera bastante nos últimos tempos, cego pela vontade de se fortalecer, agora entendia isso.  “somos todos do tipo heroico, somos semideuses, nieve. o modo como podemos ajudar, no entanto, pode ser diferente.”
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flashback.
A casualidade de Nieve nada correspondia ao que sentia de verdade, mas ela não era o tipo de pessoa que surtava em público, ainda mais com alguém que pouco conhecia. Preferia fazer o papel da garota avoada e despreocupada a deixar suas fragilidades transparecerem. “É! Centurião, filho de um dos Três Grandes... Praticamente celebridade.” Certo, estava exagerando, mas conseguira o que queria: arrancar um sorriso de um Aro sério demais para seu gosto. Ela sorriu de volta, erguendo a cabeça para olhá-lo. “Algo irresponsável? Que babado! O que foi que você fez? Não vou falar nada pro jornal não, ó, eu prometo.” Nieve ergueu a mão como se fizesse um juramento. De fato, perguntava de curiosidade, pois era mais enxerida do que deveria — e apesar de normalmente não desperdiçar furos de reportagem, também não violava suas promessas. “Hmm... eu não sei não. Pessoalmente, só tô esperando dar meu tempo para a aposentadoria. Acho que os deuses esqueceram de configurar a parte heroica dentro de mim. Mas não faz mal não, sabe? Todo mundo tem seu próprio lance, como você disse! E meu pai não deve se importar, ou ele já teria me dado uma bronca.” Ela deu de ombros, fazendo pouca questão do assunto. A realidade, porém, não era tão simples, e Nieve sabia disso. “De qualquer forma, eu espero que você não fique encrencado por muito tempo. Não que eu não goste da companhia — na verdade, você é bem menos intimidador do que eu imaginava —, mas ficar de castigo nunca é legal, né?”
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cvpidsarrov · 4 years ago
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lover, not a fighter.
LOCAL: Campos de Marte (Acampamento Júpiter)
MISSÃO: Treinamento
DATA: 30/06
Desde o momento em que deitara a cabeça no travesseiro até quando acordara na manhã seguinte, Nieve não parara de pensar na patrulha do dia anterior. As imagens em sua cabeça eram claras como se passassem diante de seus olhos: o Spartus correndo em sua direção, as flechas que acertara cravadas entre os ossos expostos, os rasgos que a espada do monstro fizera em sua pele (e que, graças aos curandeiros da enfermaria, já haviam sumido por completo). Em seus quatro anos de acampamento — em breve cinco! — nunca havia enfrentado um mal tão de perto, muito menos conseguido atacar de volta. Claro, estava longe do dano que Cédric e Nate haviam causado, mas competir com raios e gritos supersônicos era exigir demais de si mesma. Havia feito um bom trabalho, afastado a criatura dos colegas e saído, em boa parte, ilesa. Então por que sentia-se tão insatisfeita?
Ela não se importava em não ser a heroína do dia. Aprendera há muito tempo que, por mais que tentasse, ser uma guerreira não era seu papel, e não havia problema nisso. Ser semideusa não significava que precisava tornar-se uma lenda — ora, sequer havia escolhido nascer daquela forma, e o que mais Cupido fazia além de flechar pessoas por aí para que se apaixonassem? Talvez seu destino só fosse diferente! Talvez seu pai quisesse que espalhasse o amor por aí, que trouxesse a leveza entre batalhas contra monstros e guerras divinas. E ela se esforçou, de verdade. Nada fazia Nieve mais feliz do que ajudar os outros a encontrarem suas metades. Mas agora, pensando em como a primeira reação de Nate fora pedir para que ela se afastasse, no quão indefesa sentira-se de frente para o Spartus e no quão patética fora ao praticamente implorar pela ajuda de Cédric, aquela felicidade havia desaparecido. Sentia-se pequena, impotente e todas as coisas maldosas que escutara os colegas de acampamento chamarem-na durante os anos.
Por que logo agora? Tivera tanto tempo para ter um insight milagroso sobre seus deveres como semideusa que sentir aquilo parecia fora de lugar. Era pelo que acontecera com os minotauros? Ou era a perda de memória causada por Mnemósine? Ou, ainda, o fato de que treinar entre os colegas no acampamento era muito diferente de enfrentar uma criatura cara a cara. Provavelmente uma mistura de tudo, mas Nieve não saberia explicar por quê. Por que, depois de todos aqueles anos, passara a se importar.
A inquietação levou-a aos Campos de Marte, com Loveshot nas mãos e a aljava cheia de flechas nas costas. Uma visão no mínimo peculiar, considerando que, em dias normais, Nieve só aparecia em treinamentos para os quais fora arrastada. Algo dentro dela dizia que precisava provar-se, provar-se a si mesma.
Tirou uma flecha da aljava, encaixou-a no arco e puxou. As habilidades aprendidas no acampamento podiam ter ido embora, porém, a semideusa manejava arcos desde a infância; crianças ricas tinham o hábito de experimentar os mais diversos hobbies até encontrarem algo que as apetecesse, e a filha de Cupido lembrava-se muito bem de como fora atraída para a arquearia, quase como um chamado. Um dom natural, dizia sua mãe. Ela não sabia o quanto estava certa. Nieve respirou fundo, endireitou a postura e soltou a flecha.
Ela passou algumas horas de sua manhã ali, praticando até que os braços cansassem, os dedos doessem e as flechas acabassem (apenas para que ela as buscasse do outro lado do campo e fizesse tudo de novo). Olhando para os alvos, o rosto delicado torceu-se em uma careta insatisfeita: não havia acertado nem a metade do que deveria. Como poderia enfrentar outra situação como aquela se não conseguia sequer atirar em alvos parados?
Suspirou, derrotada, e então seguiu para mais uma vez recolher as próprias flechas; guardou-as na aljava e depois passou o arco pelas costas. Logo outro semideus tomou seu lugar em frente aos alvos e pôs-se a praticar. No fim, Nieve de fato provara algo a si mesma: não era uma guerreira ou heroína, de maneira alguma, e estava longe de tornar-se uma. Era um caso perdido desde que chegara ao Acampamento Júpiter e, com as memórias apagadas, provavelmente alcançaria os anos de serviço necessários para a aposentadoria antes de ficar tão boa quanto Nate, Cédric ou qualquer outro de seus colegas das Coortes acima. Era um sentimento besta mesmo: não se importara antes, e não era agora que ia começar.
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cvpidsarrov · 4 years ago
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encerrado.
cedrior​:
cometer o mesmo erro duas vezes não fazia seu estilo, mas foi o que aconteceu quando, pela segunda vez, tentou apunhalar pelas costas ao spartus. com todo o ódio de estar apanhando de semideuses, é possível que estivesse usando suas últimas forças para tentar aniquilar aquelas criaturas insuportáveis antes de sua morte iminente. ou, pelo menos, deveria ser isso. cédric não teve tempo o bastante de pensar sobre a pauta, porque estava ocupado sentindo dor pelo golpe que havia levado na cabeça, ouch. mal havia se recuperado da falta de ar, e o bicho insistia em atacá-lo no rosto. então era por isso que o praetor passava? entretanto, não havia tempo para lamentar demais e, com o escudo, jogou o peso do corpo para frente, acertando a lâmina da espada já estando próximo ao bicho, que afundou até a metade. 
quando a puxou de volta, foi para trás o mais rápido que pôde (felizmente para nieve, que tinha tempo de se afastar mais ainda, já que estava bem machucada) mas, ainda assim, não o suficiente para escapar de mais uma investida com sua espada, e ele conseguiu chegar muito perto de furá-lo no estômago. grunhindo frustrado, houve um pequeno intervalo de segundos entre o vislumbre do céu e um suspiro exausto. não costumava usar aquilo. e então, gritou  — fechem os olhos! — e ergueu um dos braços. logo depois, houve um clarão. um raio que não deu a spartus sequer a chance de escapar: havia sido pulverizado pela eletricidade. 
com a espada em mãos, alcançou nate após checar uma última vez onde estava nieve, e não quis perder tempo. estava cansado daqueles monstros. não deu à myrmeko a chance de agir, chegou com a espada com muito mais agressividade do que estava antes, usando todo o seu peso contra uma de suas pernas nojentas. com um som agonizante, a myrmeko teve sua atenção voltada para ele, e usou de suas garras para rasgar a mão que empunhava a espada. cédric soltou um gemido de dor e um grunhido raivoso e, tomado pelo mais puro ódio, tal como o spartus mais cedo, avançou contra sua outra perna asquerosa, usando a lâmina mais uma vez, que ficou cravada na base alguns segundos, antes de puxá-la de volta. agora, a criatura parecia ainda mais feia com seu andar torto e uma pata quase descolada do resto do corpo. respirou pesado, o corte a mão não parava de sangrar, mas ainda estava em posição de batalha.
Nate correu para enfrentar a formiga gigante e sequer pensou em olhar para trás, confiava totalmente (e talvez até cegamente) que Cédric manteria Nieve segura e conseguiria lidar com o guerreiro esquelético. E bem, depois de escutar o trovão teve certeza de que estava mais do que correto em seu julgamento, por isso nem se assustou quando o centurião lhe ultrapassou, afinal realmente era mais rápido que si, e atacou o Myrmeko antes que ele pudesse. O praetor observou a batalha de uma distância segura, com sua adaga em mãos ficou esperando o momento correto para atacar e assim que percebeu a ferida que o outro havia feito em sua perna correu para enfiar sua adaga no mesmo local, indo o mais fundo que podia, até seguir que havia ultrapassado e então se segurou no corpo do monstro para poder lhe chutar. Seu plano funcionou exatamente como esperava, a criatura caiu, e agora não tinha uma de suas pernas.
Desviou com facilidade e graça do myrmeko, mas se aproveitou de sua queda para poder subir no seu corpo com uma cambalhota e ficar bem próximo do seu rosto. Ugh, que coisa feia, pensou. Usando sua adaga mais uma vez esfaqueou o que acreditava ser o pescoço do monstro, repetindo o movimento diversas vezes, na esperança de que conseguiria matá-lo apenas com aquilo. Bom, algum dia um de seus planos tinha que falhar, certo? Tudo que conseguiu foi fazer o myrmeko se debater de dor e agonia, além de se sujar totalmente de ichor. 
Se aproximou ainda mais da criatura, o prendendo contra o chão com facilidade apenas com o seu peso, mas antes de fazer o que queria olhou para o centurião. “—  Se afasta e tampa os ouvidos!” alertou, seriedade em seus olhos. Nate esperou o mais velho fazer exatamente o que havia para poder voltar sua atenção ao monstro agonizante. “— Você quer saber um segredinho?” perguntou, sorrindo de lado, e então abriu sua boca, usando todo o seu fôlego restante para gritar o mais próximo que conseguia chegar da cabeça da criatura. 
Não demorou mais do que segundos para que a cabeça do myrmeko simplesmente explodisse devido às ondas sonoras fortes. O engraçado, porém, foi que a criatura morreu como uma barata, ainda se debatendo apesar de ter perdido sua cabeça, seu corpo usando toda sua força restante para tentar retirar o praetor de cima de si. Durou pouco tempo, logo tudo se pulverizou e Nate se encontrava sentado no chão, coberto de sangue nojento e poeira de monstro. “— This is so embarrassing for me though….” comentou baixinho para si mesmo, sem nenhuma intenção que Cédric ou Nieve pudessem lhe escutar. 
Se levantou, indo até os dois. “— Parabéns, sobrinha. Você enfrentou dois monstros hoje, como tá se sentindo?” perguntou, um sorriso no seu rosto apesar de sua aparência terrível. Então olhou para o mais velho, batendo de leve no seu ombro. “— E você? Tá bem? Acho melhor irmos para a enfermaria dar uma olhada nisso. Qualquer perigo que tinha por aqui a gente já deu conta.” O praetor então colocou sua outra mão no ombro da filha de Cúpido e começou a levar ambos de volta para o acampamento.
nathaniel: 168/250 hp —  145/220 mp.
nieve: 43/100 hp —  75/100 mp.
cédric: 100/175 hp  —  128/160 mp.
spartus: 00/450 hp  —  450/450 mp.
myrmeko: 00/200 hp. —  200/200 mp.
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cvpidsarrov · 4 years ago
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shadowlord-aro:
entendia bem por que chegara o pedido à sua porta que participasse da limpeza do coliseu, afinal, havia sido relativamente irresponsável, considerando os últimos eventos. principalmente levando-se em conta a patrulha avançada com os dois primos, um filho de cada um dos três grandes, como deixaram passar aquilo? ninguém sabe, mas o fato é que havia sido algo de extremo perigo, não para eles, mas para outros campistas, já que só a presença de um já atraía diversos monstros, quem diria 3 juntos. um banquete para as criaturas. o olhar do centurião se elevou do solo arenoso do coliseu para encarar nieve ao ouvir sua pergunta.  “eu por aqui…”  respondeu, inemotivo. para aro, considerava aquilo um dia livre, afinal, o coliseu era limpo praticamente todos os dias de noite ─ ao fim dos treinos ─, então, pela manhã, não havia tanto o que limpar.  “não, não furei o olho de ninguém, em ambos os sentidos da frase, mas quase furaram meu olho diversas vezes essa semana, no sentido literal.”  deu de ombros. myrmekos, grifo, aranhas gigante, parecia um show de horrores e nem se passara metade da semana ainda.  “claro, acho que devemos acabar com tempo de sobra pra você se trocar.”  deu de ombros, caminhando até os fundos para pegar uma vassoura.  “─e o que  você  fez de errado?”
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Nieve fez uma careta. “Quem foi que tentou te furar o olho?” Ela levou alguns segundos para entender do que ele falava, e, quando aconteceu, soltou um “Ahh!”, como se uma lâmpada acendesse dentro de sua cabeça. “Você deu de cara com uns bichos, né? Apareceram um monte esses dias, a enfermaria deve estar bombando. Eu também encontrei uns, sabe, super feios, um deles queria muito cortar meu braço fora. Poções de cura são realmente uma benção.” Porque impediam que se formassem cicatrizes, e os deuses sabiam que Nieve preferia perder o braço ao ficar com um corte permanente. “Perfeito!” Disse ela, com um sorriso alegre no rosto, mas que se desmanchou assim que ela viu Aro dar meia volta e pegar outra vassoura em vez de aceitar a que ela tinha o estendido. Bem, fazer o quê? Foi ela mesma que usou para começar a varrer as arquibancadas, mesmo que ainda prestando atenção nas palavras do outro. “Ah, não sei. Acho que meu único crime foi amar demais. Eu acabo fazendo bastante dessas coisas, na verdade, não sou muito do tipo heroico. Mas não tem problema, porque me dá bastante tempo pra pensar e ter ideias. E se você não furou o olho de ninguém, por que veio pra cá? Você não é, tipo, o bam-bam-bam da Coorte II?”
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cvpidsarrov · 4 years ago
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Nieve sabia que, se a criatura tentasse atacá-la outra vez, ela estaria encrencada; tinha um corte no braço e outro na perna que atrapalhavam seu movimento e o uso do arco, e estar tão perto de seu alvo só diminuía suas chances de acerto. Mas para sua sorte, Cédric veio ao seu auxílio e logo em seguida Nate, ambos aproveitando da distração do monstro para golpeá-lo e tirar seu foco da garota. 
Por um momento, ela se viu confusa: se pegasse distância, havia a possibilidade de atirar nos colegas sem querer, e se ficasse por perto, poderia se machucar mais ainda, pois não tinha o auxílio de um escudo para bloquear golpes de espada. Mas ora, se permitisse que os dois lidassem com aquilo sozinhos eles também se machucariam, e ainda que ela normalmente não se importasse em deixar que outros fizessem a parte heroica de ser um semideus, escutar histórias sobre batalhas e assisti-las acontecendo à sua frente era muito diferente. 
Tendo tomado uma decisão, estava prestes a recuar quando, entre a confusão da luta, o monstro esbarrou na semideusa e jogou Loveshot para longe. Inferno. O tempo de recuperá-lo e puxar mais uma flecha foi o que Nate usou para derrubar o esqueleto e correr em direção à outra criatura, e enquanto ele — Spartus? — se reerguia e recolhia a espada do chão, Nieve atirou, acertando-o de novo.
Ela olhou para Cédric, que ainda estava próximo dela, e então para Nate, que já avançava no inseto gigante. Se o acertasse dali, daria ao praetor uma vantagem. Pegou outra flecha da aljava e preparou o tiro, mirando bem no peito do inseto, mas, pelo canto do olho, percebeu algo vindo em sua direção. O Spartus, em pé novamente, empunhava a espada enquanto corria até ela, ensandecido. Desta vez, Nieve não travou: mudou a mira para o monstro e o acertou, fincando uma flecha no pescoço esquelético. Porém, a rapidez para atacar não foi a mesma de desviar completamente da investida, que resultou em um corte em seu outro braço enquanto ela tentava sair do caminho.
“Porra!” Praguejou, segurando o local do corte. Assim não dava, precisava se distanciar. Então voltou a olhar para Cédric, como um pedido de ajuda, enquanto andava para trás e preparava-se para mais um ataque.
NATHANIEL  ——  HP: 168/250 / MP: 145/220 NIEVE  ——  HP: 43/100 / MP: 75/100 CÉDRIC   ——  HP: 158/175 / MP: 160/160 SPARTUS  ——  HP: 112/450 / MP: 450/450 MYRMEKO  ——  HP: 200/200 / MP: 200/200
cedrior​:
que peculiar. foi a primeira coisa que pensou ao observar como nate usou sua abordagem contra o spartus. não que fosse uma novidade, afinal, não era segredo para ninguém a habilidade do praetor. ela só nunca falhava em ser pitoresca. de qualquer modo, já havia se preparado para a batalha, usando sua arma amada e o escudo recém-adquirido. e, bem, não é que estavam muito bem sincronizados? nieve parecia espertinha também, ele logo entendeu o que ela estava tentando fazer, portanto, foi até próximo do spartus, tentando acertá-lo pelas costas. vai ver, foi por isso que errou. não foi uma jogada de muita honra, apesar de não ter certeza se isso realmente valia de algo contra um monstro. 
como resultado, o spartus pareceu bastante irritado com toda a movimentação ao seu redor, e, quando atacou cédric de volta, mirou em uma de suas partes vitais: a jugular. com o escudo, o filho de júpiter se defendeu como dava, mas o impacto do golpe fez com que machucasse o próprio pescoço tentando se proteger da lâmina afiada que o perfuraria. chegou a ficar sem fôlego, com um efeito parecido ao de cair de um lugar alto de costas e, de repente, sentir que desaprendeu a respirar por um segundo. sendo seguido pela fúria do guerreiro esquelético e atordoado pelo impacto, primeiramente, usou sua força para afastá-lo de modo meio cambaleante, através de um chute, e aí, usou a espada para acertar sua face sem vida, cravando-a no que, supostamente, deveria ser a área de sua bochecha, e a puxando de volta enquanto se afastava, estrategicamente. 
possessa, a criatura tentou de todas as formas contra-atacar. na primeira, seu objetivo era usar seu peso contra cédric, contudo, sendo alguém que já usava dessa artimanha em treinamentos diários, foi familiar demais para o centurião, até previsível; ele só precisou desviar e, posteriormente, golpeou seu joelho pela lateral e, quando o monstro tentou se levantar, golpeou do outro lado, para atrasá-lo. o bichou urrou, agarrou o ar e se levantou com a ajuda da espada, dando a cédric a chance perfeita de usar seu escudo para acertá-lo na face. ele não caiu, mas sua espada sim. 
precisou se afastar um pouco, e puxar o ar. o cansaço mais proveniente de sua própria agitação do que de qualquer investida real do monstro contra si, apesar do pescoço estar latejando, ele conseguia sentir quando prestava um pouco mais de atenção.
Que inferno! Pensou Nate ao ver a criatura correr para atacar a Nieve. Queria manter a sua tão querida sobrinha o mais longe possível do monstro, para que apenas fizesse ataques de longa distância, mas pelo visto o seu charme (ou melhor, o seu bullying) não havia sido poderoso o suficiente para que o Spartus ficasse completamente imovel. Merda. Procurou por sua adaga no chão, agora que o guerreiro havia se distanciado e graças a sua mãe divina a encontrou, apenas para ver que Cédric também tinha se jogado na batalha. Bom, pelo menos ele pareceu fazer um estrago e ainda tirou sua arma, mesmo que também tivesse levado uma surra.
Não estava sendo nada bonito para a Coorte I.
E pra piorar, quando Nate correu em direção ao monstro o mesmo se virou com força batendo com força no seu peitoral com o cabo de sua espada. Merda merda merda MERDA. Olhou com raiva para a criatura, que pareceu se assustar com aquilo, recuando por um breve segundo, o suficiente para que o praetor ver uma brecha e tentar lhe atacar com sua adaga. Infelizmente não acertou, pelo movimento ter sido meio impensado. Não tinha percebido que o monstro havia recuperado sua espada, então todo o seu plano havia se evaporado. Entretanto os ataques que o Spartus lhe lançava estavam sendo desleixados, parecendo estar totalmente assustado com a presença do semideus na sua frente, enquanto o mesmo desviava de seus golpes com bastante facilidade. 
Nate sorriu, percebendo que havia afetado o Spartus e então pulou em seu braço, segurando o mesmo com suas pernas com força para que soltasse sua espada no chão. Assim que o monstro fez isso, encostou seu pé em seu peitoral e fez um impulso, dando uma cambalhota para se distanciar novamente da criatura para que o seguisse e ficasse longe dos outros semideuses. Felizmente seu plano funcionou, o guerreiro foi atrás do praetor e então, como estava sem sua arma, tentou lhe atacar saltando em cima do menor que apenas desviou de uma forma graciosa, dando um giro no ar digno de seus anos de figure skating, o que resultou no monstro caindo com força no chão e prejudicando sua armadura com o impacto. 
Agora o Praetor tinha uma chance. Pisou com força do bicho para lhe manter preso no chão e usou sua adaga para lhe esfaquear no mínimo três vezes em seu crânio. Planejava fazer muito mais, porém escutou um barulho agoniante e percebeu que o Myrmeko que aproximava. Ugh.
“— Deixem esse comigo, cuidem do Spartus!” gritou para os outros dois, e então correu para entrar em batalha com a formiga gigante.
nathaniel: 168/250 hp —  145/220 mp.
nieve: 62/100 hp  —  75/100 mp.
cédric: 158/175 hp   —  160/160 mp.
spartus: 158/450 hp  —  450/450 mp.
myrmeko: 200/200 hp.  —  200/200 mp.
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cvpidsarrov · 4 years ago
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LOCAL: Coliseu (Acampamento Júpiter)
MISSÃO: Limpeza do coliseu com @shadowlord-aro​​
Nieve já estava acostumada a ser designada a tarefas de limpeza; não era das melhores guerreiras, o que significava que geralmente não pegava patrulhas e vigias, e matemática não era seu forte, então preferia ser mandada à limpeza do que à contagem dos arsenais. Além disso, era membro da Coorte IV, praticamente um convite para as atividades mais tediosas possíveis. Ela não se importava, no entanto — tinha tempo o suficiente no Acampamento para ter se habituado e cantava e dançava alegremente enquanto limpava (para a grande infelicidade de seus companheiros, já que não era nem um pouco afinada). O que era diferente, porém, era sua dupla para a atividade daquele dia: ao avistar Aro, ela franziu o cenho em confusão, sem entender por que teriam enviado o filho de Plutão, centurião da Coorte II para limpar o coliseu com ela. “Ué. Você por aqui?” Perguntou sem rodeios. Às vezes, sua sinceridade era até excessiva. Ela olhou ao redor, estudou a área que precisavam cobrir e, por fim, apenas estendeu uma vassoura a Aro e disse: “Menino, que é isso? Furou o olho de alguém, por acaso? Fisicamente, quero dizer, mas serve do outro jeito também, apesar de você não me passar a vibe de talarico. Enfim, nós ficamos com esse lado, ó.” Ela apontou com o dedo, desenhando uma linha invisível no chão que dividia o coliseu. “E eu tenho uma reunião do jornal em duas horas, então queria terminar logo. Acha que dá?”
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cvpidsarrov · 4 years ago
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Talvez Nieve estivesse repensando aquela história de esperar o melhor. Seus olhos brilhavam com curiosidade quando Cédric começou a falar, mas, assim que percebeu sua inquietação, soube que algo estava errado. No minuto seguinte, Nate estava com uma adaga em mãos e pondo-se em sua frente, e ela não hesitou em ir para trás do praetor e puxar uma flecha de sua aljava. De início, teve que espremer os olhos para enxergar o que vinha em sua direção: o primeiro parecia um homem-esqueleto com espada e armadura, e o segundo... uma formiga? Ela não era a melhor com nomes de criaturas, precisava admitir. Vendo o primeiro se aproximar de Nate, Nieve ergueu o arco e esperou a oportunidade para atacá-lo.
É pra um praetor apanhar assim mesmo? Foi o que pensou. Nate levara um golpe em cheio no rosto e derrubara sua adaga. Porém, o próprio garoto parecia ter esgotado a paciência, e então algo ainda mais esquisito aconteceu: ele começou a ofender o esqueleto. Nieve levou alguns segundos para entender que era uma coisa de filho de Vênus e não uma roast party de graça. Depois disso, no entanto, ela também percebeu que podia usar a situação a seu favor; ainda mirada na criatura, ela tentou procurar por suas emoções, o que Nate estava a fazendo sentir. Quando encontrou um canal, ampliou toda a dor e negatividade, arrancando da criatura um urro desgostoso. Nieve abriu um sorriso orgulhoso, percebendo que havia funcionado. E aí a criatura correu em direção a ela.
Por sorte, a garota estava distante o bastante para que o primeiro golpe da espada a errasse. Ela desviou do esqueleto e rapidamente soltou a corda do arco, acertando uma flecha no monstro. Ele parecia confuso e irritado, e continuou a aproximar-se para investir outra vez, ao mesmo tempo em que Nieve preparava uma segunda flecha. Ela sentiu um corte no antebraço, mas seu segundo tiro ainda acertou o alvo.
Bom, se já estava ali, podia continuar distraindo a criatura enquanto Nate recuperava a arma e Cédric atacava. Ainda havia a segunda à distância — agora, consideravelmente longe dela, que atraíra o esqueleto para o outro lado —, e se ocupasse o monstro por tempo o suficiente, os daria uma vantagem contra ambos. Ela então deu mais uns passos para trás e atirou outra flecha, que cravou-se entre as brechas da armadura do esqueleto, e mais uma, que fincou-se entre os ossos expostos, mas logo foi correspondida por um corte na perna de Nieve, que tirou dela um gemido de dor. Cambaleante, ela puxou mais uma flecha e a soltou, e o projétil passou assobiando bem ao lado do crânio, errando-o por poucos. Olhando por cima do ombro dele, Nieve procurou pelos colegas; esperava que tivesse sido o suficiente.
NATHANIEL
HP: 185/250 / MP: 145/220
NIEVE
HP: 62/100 / MP: 75/100
CÉDRIC
HP: 175/175 / MP: 160/160
SPARTUS
HP: 274/450 / MP: 450/450
MYRMEKO
HP: 200/200 / MP: 200/200
cedrior​:
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enquanto caminhava com aquelas duas pessoas, seu cérebro tentava equilibrar os prós e os contras de estar em uma missão cuja formação claramente continha um elemento adverso: ele. claramente, sua espirituosidade em nada se comparava com a dos outros dois e cédric não era conhecido por ser uma pessoa descontraída. não era irritadiço, ou mau humorado, mas… não era bem humorado também. era sério. e gostava de ser sério. portanto, uma parte de sua mente apenas refletia como claramente estava no meio de conversas que não deveria estar tendo, especialmente entre dois amigos e aí, ele, sobrando. 
todo o papo sobre estudar e beijar foi o veredito para seu pensamento, e, se qualquer um dos dois pudesse escutar sua mente, seria apenas um conjunto de reticências que terminavam em “tem mais alguém ouvindo isso?”. a face, por outro lado, parecia inabalável. — eu não recusaria o estudo. — finalmente disse algo, e deu de ombros. mas beijos? talvez eu recuse beijos. completou em pensamento. e então, ajeitou melhor sua armadura, enquanto o brinco que se transformava em sua arma balançava de leve com o caminhar dos semideuses. ainda não achava a melhor das ideias, afinal, sabia que era um ímã para monstros extremamente potente.
quando a pergunta foi direcionada a si, soltou um pigarro, e ergueu uma sobrancelha, surpreso pela iniciativa. mas, depois, relaxou um pouco,  abriu um sorriso de canto.  — nada muito interessante de compartilhar, o de sempre. — e deu e ombros.  — e eu preciso te manter acordada nessa patrulha. — completou, no mais descontraído que conseguiu estar desde o começo da missão, o que foi, tão friamente, arrancado de suas mãos, quando escutou algo que não parecia assim tão amigável, e nem um pouco escondido. 
Nate observou o centurião, sabendo muito bem que ele tava categorizado na em sua pasta mental como “pessoas sérias ponto com”, para saber quais seriam suas reações a conversa dele com sua sobrinha. Ele riu, óbvio, ao perceber que ele parecia um tanto desconfortável no inicio, até que se soltou por alguns segundos breves, e então o praetor tomou posição ao escutar o barulho. Que ódio. Ele conhecia muito bem aquele barulho, o som dos ossos batendo uns nos outros, aquele grito de guerra infernal. “— Para trás” ordenou a Nieve, logo tomando a frente da situação, a expressão do seu rosto mudando de um jovemzinho bobo e rico que se importava com fofocas e namoricos para a de um gladiador romano. Podia não se lembrar bem de seu treinamento, mas ainda era um magistrado por dentro, e não iria deixar ninguém, principalmente uma legionária, se machucar.
Sem demorar muito mais Nathaniel correu em direção a criatura, só então percebendo que logo atrás vinha uma outra, uma espécie de formiga mutante gigante. Na verdade, sabia bem do que se tratava, havia passado mais de horas lendo e relendo o bestiário para que pudesse saber todas as vantagens e desvantagens, pontos fracos e tudo mais dos monstros que ele e sua legião precisava enfrentar. Respirou fundo, segurando sua adaga e começou um embate com o guerreiro esquelético. Vários golpes do Nate contra vários golpes do monstro, os dois sendo ageis o suficiente para desviar, os colocando páreo à páreo naquela briga, pelo menos até o monstro acertar um ataque com sua espada na lateral do seu corpo. Felizmente estava de armadura, mas isso não ajudou no impacto total, e Nate cuspiu sangue bem no rosto ossudo do monstro. E mais rápido do que pudesse prever, o monstro lhe deu um golpe no queixo que o fez cair para trás com força e soltar sua adaga no chão.
Meu rosto.
Agora Nate realmente estava com raiva. A cada golpe que a criatura estava desviando ele já se irritava mais e mais, porém aquele último havia sido a última gota no balde. Respirou fundo, arrumou o seu cabelo e então se moveu até a criatura, lhe jogando o sorriso mais sedutor que tinha, piscando seus olhos e até mesmo lançando um beijinho na sua direção. Sabia que poderia soar idiota para quem lhe observava, mas era útil e estava longe de ligar. No momento em que percebeu que a criatura estava distraída com sua beleza e seu charme, a segurou na cabeça e fez questão de jogar todos os sentimentos negativos, toda a raiva que sentia, para dentro do seu corpo monstruoso. Como esperado, a criatura foi para trás, seu grito de guerra se tornando um grito de dor.
Nate riu ao observar aquilo, caçoando totalmente do monstro. “— Que monstro pau mole, não aguenta nem um round comigo direito, é isso mesmo?” riu mais, canalizando toda a energia de filho de Vênus que tinha, sabendo muito bem que seus insultos possuíam certos efeitos nos seus adversários. “— Nem sabe segurar a arma direito, tentou me acertar e tô aqui olha, tranquilo. Betazinho cringe de Marte. Eu hein, voltar e ser cadelinha de Deus que é cadelinha da minha mãe, que desgraça.” Ele então se distanciou da criatura, aproveitando da sua confusão para poder ter um pouco de vantagem de campo. Também olhou de lado para o outro monstro que se aproximava, cuidaria desse depois. “— Honestamente, você deveria só… Morrer mesmo. Pelo amor, voltou pra que sabe? Pra passar mico assim? Eu teria vergonha, cara. Foi um fracassado na vida, e continua sendo um fracassado na morte. Só desiste, vai pro seu tumulo tirar um soninho eterno.” agora olhou para sua adaga no chão. Tinha que dar um jeito de recuperar a mesma. “— Enfim, foda ser um perdedor para todo sempre. Eu cansaria.”
nathaniel 
hp: 185/250 / mp: 145/220
nieve 
hp: 100/100 / mp: 100/100
cédric
hp: 175/150 / mp: 160/160
spartus
hp: 385/450 / mp: 450/450
myrmeko
hp: 200/200 / mp: 200/200
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cvpidsarrov · 4 years ago
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Nieve não sabia bem por que havia sido escalada para uma patrulha com um praetor e um centurião da Coorte I — bem, sejamos sinceros, ela não sabia por que a escalariam para qualquer patrulha —, mas a ideia era peculiar e divertida o bastante para que não pensasse tanto sobre. Tarefas com Nate não eram um problema, afinal, passavam a maior parte do tempo fofocando e falando asneira como mais ninguém naquele Acampamento sabia fazer; Cédric, por outro lado, tinha uma seriedade inerente que até a assustaria, não fosse por ser completamente cara de pau. Na melhor das hipóteses, desmancharia a pose do centurião e faria um novo amigo — e era só até aí que sua linha de raciocínio ia, pois esperar o melhor era sempre sua primeira opção.
Ela pôs a armadura e apanhou Loveshot e a aljava, jogando-a pelo ombro, para então encontrar os dois garotos. “Ué, menino, quer mais fofoca do que o que aconteceu ontem? O povo só fala nisso. Já tô até vendo a manchete do jornal.” E, de fato, a comoção do dia anterior havia deixado seus colegas de jornal em um pé e outro. À outra pergunta, no entanto, não sabia muito bem o que responder; obviamente, insegurança era um sentimento compartilhado pelo Acampamento naquele momento, mas Nieve preferia ser positiva. Assim que seus colegas recuperassem suas habilidades e voltassem à batalha, tudo aquilo estaria terminado, certo?
“Mas se você estiver beijando, não vai tá ocupado demais pra estudar?” Perguntou ela. “E de qualquer forma, meus monstrinhos estão bem, mas eu não recusaria uns beijos. Recusaria o estudo.” Acrescentou, erguendo o dedo indicador. “Sabe de uma coisa? Eu tô o tempo todo juntando as pessoas e, mesmo assim, não encontro ninguém com quem me juntar! Isso tem que ser algum tipo de maldição divina. Ô, Nate, você acha que se eu conseguir uma benção da sua mãe ela me ajuda?” Enquanto caminhava (e divagava), Nieve chutava pedrinhas para longe, como uma criança mal criada que havia acabado de receber um “não”, mas ergueu a cabeça para fazer a pergunta ao amigo e, depois, olhou para o outro garoto; agora que parava para pensar, nunca havia descoberto uma fofoca sobre o filho de Júpiter. “E você, Cédric? Algum monstro pra compartilhar?”
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LOCAL: Acampamento Júpiter MISSÃO: Patrulha Avançada. PARTICIPANTES: Nate, @cedrior & @cvpidsarrov​
Nathaniel não se lembrava bem, mas achava que nunca tinha tido tantos encontros com monstros em seguida daquela maneira. Já havia enfrentado duas criaturas cobras (desgraças, inclusive) e um guerreiro que havia levado a dieta a sério demais apenas nessa brincadeirinha, e aparentemente não estava nenhum pouco satisfeito, pois não perdeu tempo antes de voluntariar e ele mesmo dar permissão a si mesmo de ir patrulhar o perímetro do acampamento. Devido as batalhas na verdade se sentia fortalecer, como se seu treinamento estivesse voltando a si via adrenalina? Nem sabia se aquilo era possível, mas mesmo assim, estava funcionando.
E bem, o filho de Vênus acabou recrutando um dos melhores centuriões do acampamento para lhe ajudar, e também sua amiga/sobrinha. No caso dela lhe chamou apenas por ser linda mesmo, pois útil em batalha não era tanto assim, mas em quesito de beleza? Wow, incrível. Brincadeira, brincadeira, Nate ainda era um praetor e levava isso a sério, principalmente sua responsabilidade de fazer com que todos os campistas fossem capazes de se defenderem, então imaginou que aquilo poderia servir como uma boa experiência e treinamento para a filha de Cupido. “— E ai, gente, qual as fofocas boas atuais?” perguntou, segurando sua adaga em uma mão e balançado o seu escudo na outra enquanto andavam pelo local. 
“— Digo, tirando toda essa questão né, dos monstros. Como estão os monstrinhos internos?” se virou para os dois, olhando para ambos com seus olhos semicerrados como se estivesse falando com criancinhas. “— Boatos que esses são os que fazem mais estrago, hein? O monstrinho da insegurança, da inveja, do rancor, e etc.” deu uma risadinha, passando a mão pelo seu cabelo, tirando algumas mexas de seu rosto. “— Mas sabem o que faz bem? Beijar! E estudar também. Recomendo os dois. Principalmente juntos.” concordou com a cabeça mais uma vez, voltando a focar seu olhar no lugar onde estavam.
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