Cada pessoa que me passou e me marcou
Cada corpo que me tocou e me deixou
Um pouco mais para lá, um pouco mais para cá
Perdi me em tantos rostos, encontrei-me em tantos corações
Danço nessa ventania de inconstância
Alguns que deixam, alguns que se vão e me levam consigo
Levam-me sem mim, vão ficar em mim
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Cidade das estrelas
O que houve com você agora?
Qual é o motivo dessa vez
Que a leva aos prantos?
Ouço os gritos lá de fora
Que me tiram o sono
Os prantos sem lágrimas
O choro sem fundo
Cidade das estrelas
Para onde vou agora
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Voce era como o dourado do Sol opondo o cinza do inverno
Alegria e meu porto seguro nos dias mais pesados
Quando deitava no seu colo e achava tudo ser eterno
E olhava para o ceu que te acolhe agora estrelado
Sua energia sempre alegre e radiante
Quando voce chegou tao pequeno e assustado
Então cresceu com olhos lindos e apaixonados
Quero levar suas memórias comigo e adiante
labrador, meu amor, sinto dor
SInto falta do seu calor
Do seu colo e seus pelos suaves e macios
Meu irmao de alma
Saudades de ti
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Eu sinto tristeza, sinto saudade
Sinto-me ansiosa de toda a vida que nao tive
Que ja tive, que estou tendo
Acho que estou enloquecendo
Quero amar e nao quero me apegar
Quero carinho e afeto mas nao sei demonstrar
Sinto saudade
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E ele disse para mim
Continue se movendo, nao olhe para tras
Quando esse dia acabar eu não vou estar mais
Não deixe esse ser seu fim
Ele disse me siga
Para uma lagoa com sol e paz enfim
Ate onde o Sol se poe atras da montanha
E os pássaros cantam por fim
Então estaremos mais velhos
Seus cabelos dourados grisalhos
Meus olhos castanhos de orvalho
Estarei por fim ao seu lado
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Familia
Família é aquele lugar quentinho num dia frio
É o cheirinho de roupa lavada na lavanderia
É um cheirinho de bolo assado numa tarde de sábado
Ou de conversas jogadas fora num domingo cansado
Família é quem te acolhe quando o mundo não te vê
Ou quem te abre os olhos quando você não vê o mundo
Família tá aqui e tá ali, nunca sai de perto
Mas as vezes batem oceanos de saudade
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Sentimento
A vida é curta, mas eu me importo, muito
Importo-me com cada detalhe
Com o que tu me falas e as coisas que sente
Pois eu estou aqui, ouvindo, presente
Estou viva e meu coração bate
Sinto, cada batida de seu coração descompassado
Escorrendo por entre os meus vazios
Sinto raiva e sinto remorso
Corroendo-me como um erro
Que me escorrega, perde-me
Cai para fora de mim
Ja não consigo mais me enganar
Ja não consigo mais (te) esconder
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I didn’t feel in love for Amsterdam the first time I saw it
Actually neither in the second, or third
Not while waking in the city center
When all I could feel was anxiety of being so far from home and from what was familiar
I didn’t like smell of weed in the streets or the salty air from the canals
The heat and cold from biking
Or the messy hair rainy days when my only will was to stay at home
But I did fell in love with Amsterdam
When winter left slowly and the threes bloomed again
When suddenly I left home in a sunny day, got up on by bike and realized
Passing thorough the suburbs of the city,
How much I’m thankful for it
Listening to the birds singing, the smell of fresh flowers in the threes
The little cafes opening in the morning with their tables outside
In a hope of warmth with a bit more sunlight
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Quantos passos me transpassa
Quantas vozes, que não são minhas, ecoam?
Quantas delas já não sei mais
De onde vem
Quando deixei-me tão de lado
Quando esqueci como era ser, sem pensar
Sentir, amar
Quantas expectativas que criei e agora enterro(me)
Sinto-me decepcionada e triste
Não tenho um novo sentido para isso
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Em uma tarde escura de domingo
Um frio ardente, um choramingo
Uma vela queimada e uma janela aberta
Uma alma anseia, então desperta
Sua forma e seu desejo, vislumbra
Arredondado e desprezo, penumbra
A forma cresce e se estende
Expande e se compreende
Essa voz que tanto anseia
Essa voz que o perturba
Esse ruído que não cala
Essa coisa, então, fala:
Pouco, muito, demais
Cinza, inconsistente, sem sabor
Calado, fechado e só
Para frente, para trás, por favor!
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Pela voz do outro deixei-me inscrever
Pelas suas bocas acreditei me expressar
Quando sob seus olhos achei que enxerguei
A realidade que não soubera encarar
Foi pelo Outro que minhas primeiras sensações tomaram forma
E minha linguagem em palavras se constituiu
Cada fala que eu digo me disforma
Cada silêncio que me calo me contorna
Achei ser eu, quando tentava ser outra pessoa
Tornei-me então ninguém, algo a toa
O que eu não soube era que havia me perdido
E está tão difícil encontrar este sentido
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A partir do momento que sinto, ele existe
Por mais que não seja palpável, resiste
Dentro de mim, de minha vazia completude
A vida possui diferentes formas, contornos, entornos
Cores e ausências, transparências, reminiscências
Amor é um risco, que pode se tornar arrisco
É um contorno que não preenche vazio nenhum, mas o evidência
É um grito que ecoa no ar e não se sabe se de ódio ou alegria
Amor, "essa moldura bonita no buraco da parede"
(inspiração: texto de Ana Suy)
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dilemas
Ultimamente tenho vivido de tudo meio a meio
Nem tudo nem nada, nem muito nem pouco
Sinto coragem, anseio, sinto medo e receio
Se por um lado isso é equilíbrio, por outro é confusão
Mas em mim vem crescendo uma coisa distinta
Uma angústia um pouco familiar, mas ainda diferente
Uma tristeza, um descontentamento, uma falta e inquietação
Quem será?
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Com meus olhos pintados, não consegui enxergar
A verdade que você me escondeu
Com suas mãos sujas de tinta
Cai no Real, e dele ainda tento escapar, aos prantos
Mas de algumas quedas, não se tem saída
De algumas dores, a pele não esconde suas cicatrizes
E nesse instante, a terra barrosa em que me encontro
Torna-se uma poça e me afoga
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Me perco
No contexto de tornar texto
(esse sentimento confuso)
Me cerco
De explicações sem pretexto
Quase não consigo
(tornar-te palavra)
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Eu morro um pouco mais, todos os meus dias
Quando o sol se põe, e a noite ascende
Quando o breu se espalha por todos os cantos
E os pássaros já não mais gorjeiam pelo céu
Sinto que envelheço e o tempo passa
Cada vez mais rápido, e modifica a minha pele
Não sou mais quem eu era antes
E a noite me cansa, minha alma adormece
Mas noutro dia, em sobressalto me acorda
O leve som das aves no céu, como um sussurro
E o calor do sol na pele me aquece
Coloco os pés no chão, respiro profundamente
Em cada morte, mal morrida, renasço
Em vivo um pouco mais, todos os meus dias
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Contentar-se
Dar-se
Ser contente
Contentamento
Contém t(l)amento
Me perdoe
Com tenere
Segurar junto
Agarro
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