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Em relação ao projeto, eu optei pelo Dreamachine por duas razões. A primeira tem a ver com o fato de eu me interessar muito pela minha forma de pensar e imaginar. Eu costumo meditar mas em vez de esvaziar o cérebro de pensamentos, eu gosto de imaginar histórias. E por vezes consigo mesmo “visualizar” na minha mente. O interessante que seria conseguir criar a visão de todas estas histórias, assim como pretendia Brion Gysin com a sua invenção. A segunda razão tem a ver com a minha procura em entender o outro. Sempre tive a curiosidade de perceber a enorme variedade do talento do ser humano. Apesar da informação fornecida pelo adn, todo o ser humano deveria ser igual e ter as mesmas capacidades. Sendo assim, porque uns são bons a pintar, outros a jogar futebol e outros na matemática? O que faz o homem ter diversos talentos? E na verdade, o gene não é resposta para tudo, porque vemos filhos com talentos diferentes dos pais. Por isso, a Dreamachine parece interessante porque poderia proporcionar uma forma de entendermos as habilidades da humanidade.

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Ext. Restaurante Bel'mar - Dia

Pedro está sentado numa mesa com paisagem para a praia. Está bom tempo e bebe uma bebida fresca. Enquanto isso escreve no seu tablet.

Pedro

Na vida, adquirir mais conhecimento e experiência nunca é demais. E é isso que eu penso adquirir com o meu PMAD. Espero conseguir relacionar a comunicação cinematográfica com a comunicação digital que faz parte da sociedade atualmente. A geração Z é, provavelmente, a mais dependente das novas tecnologias e das redes sociais, principalmente instagram e Tik tok. Através dos curtos vídeos conhecidos por Reels foi criado um novo nível de comunicar que pode vir a destronar o cinema, colocando de lado as plataformas como Netlix, Prime, HBO e afins. A evolução faz parte da história e o cinema não é exceção. Desejo encontrar uma maneira que permita o cinema e as redes sociais coexistirem. Será uma investigação complicada e com um longo caminho, mas espero com o meu conhecimento e com o que vou ganhar no doutoramento, chegar a bom partido.

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A nossa mente é moldada devido a vários fatores como a educação, experiências vividas ao longo da vida, entre outros fatores. O filósofo marxista Louis Althusser defende no seu ensaio “Ideologia e aparelhos ideológicos do estado” que existem instituições monopolizadas pelo estado. O aparelho tem a capacidade de influenciar e controlar a população de um determinado território. A escola, a religião, força policial e até mesmo o governo fazem parte d estado. Todas estas instituições têm o poder de manobrar a mente da sociedade. Este pensamento coloca a questão até que ponto a arte não é também um aparelho ideológico. E se sim, não será o cinema um dos maiores contribuidores? A sétima arte tem o dom de comunicar com a imagem e com a palavra. Para além disso, desde crianças que começamos a ver filmes animados e a absorver a sua mensagem. Sendo assim, é possível afirmar que a comunicação cinematográfica tem influência na pessoa que o ser humano será amanhã.

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A minha sina é a comunicação, e por essa razão que tenho um longo fascínio pela palavra. A verdade é que a “caneta é mais poderosa que a espada”. E é impossível falar dela sem a associar a argumento. Posto isto, eu sou apaixonado por guiões. Existe beleza nos frames. A forma como o plano é pensado, o enquadramento e todas as adversidades à volta disso. No entanto, a mensagem é que nos transporta para outro universo. São as palavras que deixam marca na nossa forma de pensar.

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INT. escritório - dia

Pedro está sentado na secretária à frente do computador. Ao seu lado tem o aquecedor e um candeeiro que ilumina o espaço. Enquanto escreve, ouve música pop rock.

PEDRO

O meu nome é Pedro Faisca e sou realizador de televisão, embora me considere cineasta nas horas vagas. Seja a fazer televisão ou cinema, considero-me um criador de arte a tempo inteiro. Devido a esse meu gosto especial pela sétima arte é que decidi ingressar no mestrado em cinema. Depois de me tornar mestre, senti que desejava ganhar mais conhecimento e por isso encontro-me a doutorar-me em média arte digital. Espero conseguir encontrar uma boa ligação entre arte e comunicação.

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