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Me expor para quem confio tem um jeito diferente… é mais verdadeiro

Eu para eu.

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A desilusão, às vezes, não vem de alguém que nos machucou, mas das histórias que a gente criou sozinho. Eu percebo agora que não fui claro, que me escondi atrás do medo de estar errado, de interpretar sinais que talvez nem existissem. Evitei dizer o que sentia pra não encarar uma realidade que eu temia estar distorcendo com meus próprios pensamentos — pensamentos que criam cenários, expectativas, até pequenas esperanças.

Mas isso não é sobre o outro. É sobre mim. Sobre o quanto minha mente tenta me proteger criando alternativas, me poupando de dores reais com dores imaginárias. E o mais irônico é que, no fim, isso não evita a dor — só a adia. Me peguei decepcionado, não com você, mas com minha forma de lidar com o que eu sentia. De novo, eu esperava mais do que existia, e silenciosamente me cobrava por esperar.

Agora, tudo tá mais claro. E mesmo que a clareza venha com uma pontada no peito, ela também traz alívio. Porque me liberta da confusão e me dá a chance de viver o que é real, com mais leveza e menos ruído interno.

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Tem uma parte de mim que sempre quer dizer mais, mas quase nunca sabe se pode. Às vezes me sinto tão cheio de coisas que nem sei por onde começo — frustrações, desejos, medos, vontade de viver algo bonito com alguém… e uma luta constante pra me sentir suficiente, até pra mim mesmo.

Tô num momento confuso. Vivo de bicos, tentando me encontrar sem me perder. Não quero aceitar qualquer coisa só pra sobreviver — queria uma vida com mais dignidade, onde eu pudesse me oferecer inteiro, com presença e cuidado. Acho que por isso me trava tanto a ideia de entrar num relacionamento agora… porque não quero ser só amor e promessas, queria também ter estrutura. E, ao mesmo tempo, queria me permitir sentir.

Nunca me vi como alguém desejado pra uma história de verdade. Só fui reconhecido como corpo, nunca como parceiro. Isso cansa. Me fez desacreditar por um tempo. Mas tem dias que a vontade de construir algo sincero grita. Que eu olho pra alguém e penso: ‘aqui podia ser um lugar seguro’. E mesmo com tudo isso aqui dentro, escolhi calar, porque gosto demais da nossa amizade. Ela é linda, me faz bem, e meu maior medo é parecer que tô tentando forçar algo ou invadir um espaço que não é meu.

Então, se eu me calar às vezes, não é desinteresse. É só cuidado demais com algo que já é importante pra mim.

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Hoje é um daqueles dias em que me sinto no automático, com uma vontade imensa de desaparecer. Sei que é normal ser impactado por notícias boas e ruins, mas, para alguém como eu, que tem dificuldade em enxergar o copo meio cheio, até mesmo as notícias mais simples ativam um modo defensivo. Começo a pensar sobre o futuro, sobre o que vai ser de mim, e, antes que perceba, esse turbilhão de pensamentos traz um desejo incontrolável de desistir de tudo.

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Sobre ser chato e não saber como ser agradável com as pessoas. Sinto que todo mundo se afasta ou simplesmente não faz questão da minha companhia. A solidão tem sido uma constante, e por mais que eu tente entender o porquê, nunca chego a uma resposta definitiva.

Hoje, conversei com um cara que disse estar de passagem pela minha cidade. O perfil dele parecia suspeito, e por aqui, muita gente cria perfis fakes só para sondar os outros—não sei exatamente o motivo, mas imagino que seja para ter alguma carta na manga ou apenas para expor alguém. ps: moro no interior).

Voltando ao cara, ele tinha todas as características de um perfil fake e me chamou para sair. Fiquei receoso e fui direto ao ponto, dizendo que suspeitava que ele não era real. Ele continuou fazendo perguntas e até mandou uma foto, o que só reforçou minha desconfiança. Como não dei mais atenção, ele me chamou de “viado cheio de frescura” e começou a me atacar, dizendo que eu era feio e frio, como se isso explicasse tudo.

Depois disso, me peguei refletindo. Talvez eu seja mesmo muito chato. Parece que não consigo construir nenhuma relação sólida com um homem. Será que sou insuportável? Frio demais? Sem contar que nem com minha família eu consigo manter uma boa comunicação. A verdade é que, por mais que eu queira me conectar com alguém, sempre acabo sozinho, e isso só me faz questionar ainda mais o que há de errado comigo.

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Enquanto por dentro estou morrendo lentamente, finjo sorrisos. Meu único refúgio se tornou meu quarto, onde a solidão é a única companhia que me entende.

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Eu nunca tive uma conversa muito profunda sobre relacionamentos amorosos. Mas, essa semana, fui surpreendido por um grande amigo. No início, minha vontade era apenas ficar com ele. A gente se encontrou, e o momento foi incrível. Ele se mostrou uma pessoa sensacional, e, a partir daí, construímos uma amizade forte, um vínculo no qual me acostumei a falar com ele sobre tudo. Apesar disso, nunca nos beijamos. Acho que ele também não tem interesse.

No nosso último encontro, no entanto, entramos no assunto “relacionamentos amorosos”, e ele me disse algo que ficou martelando na minha cabeça: que eu preciso me permitir. Me permitir conhecer as pessoas, me permitir viver o que há para ser vivido. Só que eu sou alguém cheio de receios. Tenho medo de me envolver, de ser a pessoa que gosta mais e demonstrar isso. São muitas fragilidades que carrego, e essa conversa me pegou de jeito, me deixou pensativo.

Não sei se foi apenas um conselho ou se, talvez, ele tenha intenção de viver algo mais profundo comigo. Fiquei confuso. E, de fato, percebo que não dou abertura. Conheço pessoas, mas me fecho. Acho que isso vem de muito antes, de como sempre fui visto. Nunca fui “o garoto para namorar”. A imagem que projetam de mim está mais associada a sexo ou a alguém que sempre tem um amigo ou amiga para apresentar. De certo modo, aceitei esse papel. Mas, depois dessa conversa, me senti balançado.

Agora, me pego questionando tudo. Quero entender melhor, quero saber mais sobre o que ele pensa. No nosso próximo encontro, vou sondar mais, tentar compreender o que realmente está acontecendo.

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A Pior Perda: Um Encontro com Meu Eu Perdido

É incrível o poder de uma música. Hoje, senti vontade de ouvir Zezé de Camargo e Luciano, e, ao tocar a música “Pior é te perder”, algo profundo me tocou. Foi impossível não fazer uma analogia com a minha vida, e o resultado dessa reflexão mexeu comigo de uma forma única.

Pensei sobre quem eu era e quem sou hoje. Percebi que, ao longo do caminho, acabei me perdendo de mim mesmo. A letra nunca fez tanto sentido: “Pior que tudo isso é te perder, ter que chorar, ter que sofrer.” Porque me perder foi, sem dúvida, a pior perda da minha vida.

Enquanto a música tocava, me dei conta de como o tempo transformou o menino cheio de sonhos e leveza no homem que sou hoje, carregando um vazio por essa desconexão. É uma dor silenciosa, mas tão real quanto qualquer outra.

Músicas têm o poder de nos fazer olhar para dentro, e hoje, essa me ajudou a enxergar algo que talvez eu evitasse perceber: a necessidade de me reencontrar.

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Hora de aventura, 2010.

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A Culpa de Estar “Bem”: Reflexões Sobre Melhoras Pessoais e o Impacto no Próximo.

É normal eu me sentir culpado pelo estado em que as pessoas ao meu redor estão? Estou em tratamento para depressão e ansiedade, e recentemente meu psiquiatra decidiu trocar a medicação, porque a anterior não estava surtindo o efeito esperado. Faz uns quatro dias que comecei o novo tratamento, e percebo uma melhora significativa: estou dormindo melhor e acordando com um humor mais estável.

No entanto, quando olho ao meu redor, vejo pessoas próximas, que, ao meu ver (mesmo sem ser especialista), parecem lidar com questões psicológicas também. Mas, por algum motivo, elas não buscam ajuda ou tratamento. Isso me deixa confuso e sem saber como ajudar. Por exemplo, no meu caso, eu reconheci que precisava de ajuda e busquei tratamento. Uma grande amiga está em busca da estabilidade emocional e pelo menos, faz terapia, o que já é algo positivo, mas as outras pessoas não procuram suporte, e isso me afeta.

Fico me sentindo culpado. É como se, ao melhorar, eu estivesse sendo injusto com essas pessoas que sempre foram e são pilares importantes na minha vida. Elas me dão suporte para que eu possa me tratar, e vê-las em um estado que, ao meu ver, também precisa de atenção, me deprime e me deixa extremamente inquieto. Sei que não é minha responsabilidade, mas não consigo evitar essa sensação de impotência. Queria fazer algo para ajudá-las, mas me sinto de mãos atadas, sem saber por onde começar ou como incentivá-las a buscarem ajuda.

Apesar de estar melhor do que antes, essa culpa me pega de surpresa e às vezes me desestabiliza. Estou lidando com isso, mas é estranho e desconfortável. Esses dias têm sido melhores para mim, mas ver quem eu amo passando por dificuldades sem buscar tratamento afeta meu estado emocional de uma forma surreal. É isso.

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eu penso demais porque eu percebo tudo.

poemasdocaos

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Hoje é um daqueles dias em que me sinto no automático, com uma vontade imensa de desaparecer. Sei que é normal ser impactado por notícias boas e ruins, mas, para alguém como eu, que tem dificuldade em enxergar o copo meio cheio, até mesmo as notícias mais simples ativam um modo defensivo. Começo a pensar sobre o futuro, sobre o que vai ser de mim, e, antes que perceba, esse turbilhão de pensamentos traz um desejo incontrolável de desistir de tudo.