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Correria #1

Ô vidinha cansativa

Diferente da ultima vez que estive aqui, não estava perdida em meus pensamentos, insegura e pensando demais. Na verdade, estava pensando demais sim essa semana (semanas, talvez?), mas de uma maneira diferente. Quase ENLOUQUECI fazendo tudo que precisava ser feito. Treino para os jogos internos da universidade, preparação da barraquinha do nosso centro acadêmico no arraial, vários e vários trabalhos, seminários, relatórios e provas marcadas para a semana seguinte. Amanhã mesmo (do dia em que escrevo isso), tenho prova e não estudei nada.

Honestamente acho que nem vou. Estou exausta, faz semanas que meu sono tá horrendo. As minhas olheiras sempre estiveram presentes, mas, de verdade, estão muito mais aparentes. E o estresse que eu passei esses dias...

Trabalho em grupo é cansativo. Necessário, com certeza, e muito cansativo. Quarta passei a tarde toda e inicio da noite comprando o que faltava de ingredientes e compras gerais pra festa junina. Nos estressamos.

Quinta estava com dor de cabeça. Faltava um dia para a festa e algumas partes estavam pendentes ainda. Partes essas que não dependiam de mim. Fui jogar a semifinal de cabeça quente. O jogo pela manhã foi bem ruinzinho, e pela tarde começou tão ruim quanto. Nos estressamos.

Com muito esforço e sufoco ganhamos a semi. O motivo de eu estar tão frustrada hoje é que perdemos a final.

Veja bem, após a vitória da semi me concentrei no arraial. O dia todo trabalhando até de noitinha. Claro que eu aproveitei pra me divertir um pouco com alguns amigos. Achei que estaria 100% para o jogo de hoje mas estou DESTRUÍDA.

Bom, me perdi um pouco no raciocínio inicial, mas o que eu queria dizer é que é meio desconfortável fazer tudo sempre pensando no futuro e nas consequências das minhas ações momentâneas.

Descansei já pensando em que horário teria que parar de descansar pra poder dar tempo de fazer tudo que precisava ser feito.

E nesse exato momento penso na correria que vou ficar essa semana pra fazer todos os trabalhos, enquanto escolho me distrair por agora digitando esse texto.

Honestamente, já me estressei de novo. Enfim, amanhã é outro dia

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Estresse e cotidiano #0

Que dia complicado. Que semana complicada. Semanas. Têm sido assim há algum tempo, acredito eu. Acreditava que se a vida estivesse corrida, a mente ocupada, não haveria tempo para lamentações.

O fato é que sempre há. Sempre há espaço para reclamações, insegurança, raiva, frustração, solidão; independente do quanto você se cerque de pessoas, ou se atarefe até pedir misericórdia. É uma verdade difícil de lidar, né? Seus problemas estarão lá, guardado no fundinho de sua mente, esperando um momento para voltar à tona. E não há saída. Você pode ignorá-los e guardar em seu peito até que te sufoquem; ou pode lidar com eles.

Nem sempre é fácil. Maturidade para lidar e evoluir, não é fácil.

Em momentos assim, eu busco um refúgio. Costumava desabafar com amigos próximos. Uma conversa íntima sobre sentimentos, daquelas que lava a alma e te renova para próximos desafios. Infelizmente, não tenho mais este privilégio. As coisas mudam, no fim das contas...

Desde então tenho buscado outras alternativas. Aproveitar da própria companhia em algum jogo bobo, ouvir uma música no ônibus a caminho da faculdade, ler um bom livro fanfic, fazer exercício físico - este ajuda muito na concentração. A gente tem que buscar felicidade e conforto nas mais diversas situações, ver beleza nas pequenas coisas. Sabe, desde que me desapeguei ao Instagram minha experiência com ele tem sido muito mais gostosa. E não digo que me desapeguei no sentido "parei de usar". Não, na verdade eu uso da maneira que me convém: postando fotos aleatórias do meu mês, momentos marcantes, momentos descontraídos, momentos mundanos. Acho que isso ajuda a ver esse lado da vida, sabe?!

As pequenas e grandes coisas da vida. Sem ligar pra likes, visualizações, se isso agrada ou desagrada alguém. Apenas a sua trajetória

Enfim, não é fácil. Sendo grosseiramente franca digito isso agora porque me sinto desamparada. Frustrada. Sozinha.

Não gosto de me sentir assim. Sei o meu valor, sei o quanto me esforço todos os dias para ser uma pessoa boa, uma aluna competente, uma filha amorosa, uma irmã companheira, uma amiga prestativa, uma atleta dedicada. E mesmo assim, todos os meses em algum momento parece que não é o suficiente, sabe? Me sinto insignificante e indigna, me pergunto o que tem de errado comigo.

E a verdade é essa: não tem nada de errado comigo. Mas eu não consigo me convencer disso. Não importa o que eu faça.

Não digo isso porque quero compaixão. Digo isso porque verdadeiramente tento e não consigo desvencilhar dessa sensação, mesmo tentando.

Só que desistir não é uma opção. Ou você segue em frente lutando contra isso e buscando uma versão melhor de si mesmo (e com isso digo de autoconhecimento, e não uma pessoa perfeita); ou você se lamenta pra sempre sobre o quão miserável você é.

Eu não sou miserável. Eu não quero ser miserável, nem quero soar como uma coitada me lamentando sempre dessas inseguranças. Não suporto gente que é 100% do tempo um coitado.

Então é isso. O que nos resta é seguir em frente.

Afinal, amanhã é outro dia.

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catapimbas

a faculdade está me matando

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