e-femer4

[e-femer4]

Tomei uma decisão definitiva: vou parar de reclamar da vida. Não adianta emburrar, se queixar, ficar com rugas antes da hora. A coisa é bem simples: existem coisas que a gente pode fazer e outras que a gente não pode. O que depender de mim eu faço. O que depender dos outros, bem, daí é com os outros.

Clarissa Corrêa.  (via inverbos)

[e-femer4]

(…) Se o amor lhe sorrir, aguente as pernas bambas, ultrapasse as noites em claro, escute as músicas bregas. Viva a trilha sonora do casal da novela das nove, esconda uma foto na carteira, sinta saudades no sábado à noite. Compre um presente sem data marcada, escreva um cartão, copie um poema. Se o amor lhe sorrir, seja poema. Permita a rima.

Camila Costa.  (via versificar)

[e-femer4]

Mudar.

Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade. Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa. Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa. Tome outros ônibus. Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os teus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos. Veja o mundo de outras perspectivas. Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama… depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de tv, compre outros jornais… leia outros livros, Viva outros romances. Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo. Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua. Corrija a postura. Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias. Tente o novo todo dia. o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor. a nova vida. Tente. Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações. Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida compre pão em outra padaria. Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa. Escolha outro mercado… outra marca de sabonete, outro creme dental… tome banho em novos horários. Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares. Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes. Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias. Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus. Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo. E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino. Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez. Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa. O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda ! Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!!!!

(Clarice Lispector - Una propuesta de Vida Creativa)

[e-femer4]

Eu não por onde começar a escrever esse texto. Já foram tantos começos. 

Já pensei em começar pelo inicio, mas não fez sentindo, já pensei em começar pelo fim, mas correria o risco de espantar qualquer um que abrisse esse texto. 

Então, eu resolvi começar pelo o agora. Agora que a ferida ta sagrando, que ta borbulhando por dentro, é a partir desse momento, com esse sentimento que guia cada dedo meu nesse teclado que eu quero escrever mais uma vez sobre nós. 

Sabe Laura, ontem sem querer eu cheguei a conclusão do que foi o nosso relacionamento, quando ainda estávamos juntas eu já sentia o cheiro de um relacionamento criado na base da disputa, do se reafirmar, a todo instante parecia que nós queríamos moldar a pessoa que estava ao nosso lado para parecer bem, alias essa á uma grande necessidade sua né? estar bem frente aos outros, mas voltando a ontem quando eu percebi que nosso relacionamento foi comigo um agressão desnecessária, eu fui atacada, agredida sem motivo nenhum, desde o primeiro momento eu não fiz por merecer ferida nenhuma que você abriu em mim e isso é o que mais me doí e doí porque eu não consigo dormir sabendo que existem por ai pessoas como você, pessoas que machucam de forma gratuita alguém que nunca te machucaria. 

Eu reconheço meus erros, Laura. Eu posso inclusive te listar todos eles. Errei quando me envolvi com você, quando disse que te amava, quando te aceitei depois da primeira vez, quando me vi mudando para uma pessoa pior e não fiz nada, quando te aceitei pela segunda vez, quando comecei a surtar e parei de me preocupar comigo mesma, quando queimei suas roupas, quando bati no seu rosto, quando não aceitei o fim, quando não aceitei que você não era pra mim e eu não era pra você, quando me permitir fantasiar uma esperança, quando não soube lidar com você mais uma vez destruindo tudo que nós (?) tínhamos construído, quando eu “roubei” todas suas redes sociais e bloqueei seu celular por conta de mais uma traição, quando menti - sobre o medico, sobre a passagem - foram formas idiotas de tentar sua atenção, quando eu não conseguir aceitar, lidar, suportar o que estava acontecendo, quando aceitei dividir uma cama com você, quando te “aceitei” de novo, dessa vez como amiga mesmo eu ainda amando cada pedacinho seu e mesmo cada um deles me fazendo tão mal, quando fiz sexo com você sabendo que não deveria ter feito, quando te beijei na festa, quando bebi demais e comecei uma discussão ainda na festa, quando comecei outra discussão em casa, alias sim eu mexi no notebook e mandei pra Ana “toma conta da Laura...”, quando mais uma vez bati no seu rosto e errei ontem quando achei que por um momento a gente podia esquecer toda essa merda e voltar a ser só pessoas que se cruzaram, tentaram, se machucaram, mas seguiram em frente. 

Eu não quero te odiar, você sabe disso porque no início de tudo isso e se você não lembra eu quero refrescar sua memoria eu te mandei a seguinte mensagem quando voltada da sua casa, “Eu não quero te odiar.(...) Mesmo que a gente não fique juntas pra sempre. Mesmo que acabe semana que vem, nunca destrua o meu carinho por você.(...)”. Tem muitas outras coisas na mensagem que não cabem mais nesse momento e eu nem sei se a parte do carinho ainda existe dentro de mim, mas eu não quero odiar você Laura, não quero porque ódio cansa, ódio machuca, ódio sufoca. 

Eu escrevo isso aqui como um pedido enorme de bandeira branca.  Eu sei que na sua cabeça eu sou louca, dissimulada, mentirosa e que na minha, segundo você tu é um monstro, abusadora, escrota.... mas não é assim Laura. 

Nós somos só duas pessoas que estiveram no meio de um rebuceteio, mas não precisam mais estar. Eu to realmente cansada, desgastada, saturada - como você adora dizer - dessa situação. Suas coisas já estão com você, você já esta seguindo a sua vida como já disse, então perdoa o que puder ser perdoado e esquece o que não tiver perdão, é isso que eu estou fazendo!  

[e-femer4]

Essa vida viu, Zé. Pode ser boa que é uma coisa. Já chorei muito, já doeu muito esse coração. Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra. Uma tora. Um macho. Na quarta eu não vi o senhor, mas será que o senhor me viu chegando cedinho, com o dia amanhecendo? Balada, Zé. E da boa. Sabe quem tava lá? Esse mesmo. Ele que veio me trazer, o senhor não viu? Ah, o senhor viu? Que vergonha. Eu tava meio caindo pelas beiradas não era? Era sono. Tá, um pouco disso e um pouco daquilo também, mas basicamente sono. O senhor não viu ele indo embora? Então somos dois. Mas vou confessar pro senhor: adoro quando eles vão embora sem me dar nenhum trabalho. Mas to me divertindo, ué. Não é isso que mandam a gente fazer? Quando a gente chora e escreve aquele monte de poesia profunda. Quando a gente se apaixona e tudo mais e enche o saco dos amigos com aquela melação toda. Não fica todo mundo dizendo pra gente parar de tanto drama e se divertir? Poxa, to só obedecendo todo mundo. Não é isso que todo mundo acha super divertido? Beber e fumar, e beber, e fazer sexo sem amor, e beber e fumar e dançar e chegar tarde e envelhecer e não sentir nada? Sabe Zé, no começo doeu não sentir nada. Mas eu consegui. Eu não sinto nada. Nada. Uns vem, uns vão. As garrafas tão lá, ao lado do lixo. As cinzas saem dançando por aí. As minhas vão junto. No dia seguinte eu acordo, tomo um banho, passo protetor solar, sento na minha varanda com o meu jornalzinho e ó: nada. Nadinha. Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa. Mas hoje é quinta, hoje tem visita. Hoje tem risada alta, tem festinha, tem maquiagem e música. O senhor promete que não me julga, Zé? Eu sei que você se atrapalha, liga aqui pra cima e fica até mudo. São tantos nomes, não é? Mas é só fazer que nem eu: chama todo mundo de “o outro”. Todos são outros. Porque o de verdade, Zé, o de verdade não existe. A gente chora, escreve lá umas poesias profundas, chora, mas um dia a gente acorda e descobre que esse aí não existe não. Amanhã é sexta, um novo dia. Um novo outro qualquer. Eu queria te dizer que eu sinto muito, Zé. Mas eu não posso te dizer isso porque a verdade é que eu não sinto mais nada. Nadinha, Zé. 

(Tati Bernardi)

[e-femer4]

Já tive outros e já amei outros. Já sofri por eles e já quase te esqueci graças à eles também. Mas depois que acaba, no fim, ou no intervalo de um para o outro, quando só me sobra eu mesma e minha confusão, meus sentimentos me encaram e me confrontam, e eu só vejo você. Só tem você ao meu redor no sábado de noite terminando com alguém. Tem você quando eu me fecho e não deixo ninguém entrar na minha vida, porque morro de medo e é sua culpa. Você na forma como eu escrevo, na música do Leoni, no texto da coca-cola. Cada parte do que eu sou… Ainda é você. Mil anos e alguns caras depois e ainda é você.

Iolanda Valentim.  (via inverbos)

[e-femer4]

Fico olhando você de canto de olho pensando: como alguém nasce assim? Meu Deus, como alguém me desperta assim? Teus gestos, apesar de calmos, são todos espontâneos, vindos do momentos, e você acerta cada um deles. Você tomou para si os meus encantamentos e é a minha parte que acredita em amores de uma vida inteira. Você, com esse sem jeito de quem não existe de verdade, virou o meu amor de uma vida.

Camila Costa. (via construindoversos)

[e-femer4]

Adeus, vou sentir muita saudade. Depois, menos. E depois, nada.

Os simpsons. (via construindoversos)

[e-femer4]

Eu só espero que você morra de saudade.

Kansas, 1992.  (via construindoversos)

[e-femer4]

Nasce boneca, rostinho de porcelana, corpinho de pano. Da boneca, o pano vai se desgastando, rasgando, a porcelana racha, quebra a cara. Tenta se esconder achando que fuga é proteção, e de repente: Cadê a boneca que tava aqui? Fica sem graça ao perceber que não perde a graça trocando porcelana e pano por carne e osso, e aí já é tarde demais. Virou gente, e então fica tudo mais complexo, as coisas saem de controle. Aí diz uma coisa, repete, diz uma coisa, e nós aqui, vendo outra coisa. Contradição. Confusao. Como cantou Cazuza: Tuas ideias não correspondem aos fatos! E essa confusão grita aos olhos do público. Quem é você? Você sabe? O que você deseja? O que você faria se pudesse escolher, você sabe ?

Pedro Bial. (via vembrincarcomigo)

[e-femer4]

Eu quis me perder por aí, fingindo muito bem que eu nunca precisei de um lugar só meu.

Pitty  (via construindoversos)

[e-femer4]

E chorava. Chorava, sem escândalo, sem gemidos, nem soluços…

Caio Fernando Abreu.  (via construindoversos)

[e-femer4]

Bom, eu pensei duas mil coisas pra te dizer. Pensei em dizer o quanto passar esses longe de você me fizeram me sentir um drogada em abstinência. Pensei em dizer que não lembro mais o som da sua voz, da sua risada, a expressão do rosto e nem sinto seu cheiro. Pensei em te falar que eu quase fiquei louca, que quase sai várias vezes em direção a sua casa pra te pedir pelo amor de Deus pra me amar como eu te amo. Mas eu não vou te dizer nada disso. Eu vou te dizer o que a Laura racional e nem um pouco abalada emocionalmente concluiu. Primeiro de tudo eu tô magoada. Tô magoada pela forma como acabamos, pela forma como não acabamos, pela o que fomos, pelo que deixamos de ser, pelas suas palavras ditas, pelas suas palavras não dita, pelas suas atitudes, pela a falta de atitudes. A minha cabecinha que já não para não teve um minuto de descanso. Remoi todas as palavras, todos os olhares, todos os toques, todos os sorrisos. Busquei explicação, cheguei a 43727 conclusões. Fumei 5 maços de cigarros. Bati um caro e tô aqui pra te dizer que vai ficar tudo bem. Sabe, eu sempre fui de acreditar em destino, ligações e essas coisas que permitem que a gente durma bem... E desculpa te falar isso depois de tudo que passamos, mas olha aqui pra mim, senta aqui do meu lado, diz que seu corpo não sente minha presença, que seus olhos não caçam meus olhos, que sua mão não se aproxima sem querer da minha, que você não se encaixa em mim como uma peça de quebra cabeça. Eu acredito sim em pessoas que são pra ser, que estão no mundo pra compartilhar algo e se compartilhar. Talvez eu esteja sendo soberba demais, autoconfiante demais, mas eu sou sua pessoa e você é minha pessoa. Nosso encontro tão, mas tão aleatório não é por acaso, a nossa química tão natural não é coincidência, a forma como a gente se destrói não é nunca o fim. Eu sei, eu sei. Tá tudo confuso, cheio de magoa, cheio de ódio, mas olha bem no fundo, fecha seus olhos e me diz você consegue imagina uma vida sem mim? Se a sua resposta for sim, eu vou procurar tratamento e gritar por aí que pessoas que são pra ser NÃO EXISTEM, mas se a sua resposta for não, eu vou te segurar sem te prender, eu vou te dizer que vai ser difícil, impossível, cansativo, mas que não vou abrir mão e que a gente vai trabalhar isso todo dia. Hoje é só o primeiro de muitos. Nada precisa se resolver agora, mas tudo precisa ficar claro. Tem amor? Tem carinho? Tem vontade? Tem planos? Tem o querer bem? Tem a necessidade? Tem a dependência? Então um dia vai ter nós. Até lá, vamos deixar a farpa sair, cultivar o que for bom e fizer bem. Aprender lidar com nós mesmas e uma com a outra.

[e-femer4]

MULTIVERSO: CHANCES DA SUA CRISE EXISTENCIAL SER REALMENTE LITERAL

Vivemos em um mundo no qual a percepção de tamanho e distancia é tão errada que chega a ser triste. Bom, sabemos que o universo é infinito, mas não o quanto isso significa. Não há uma noção concreta de onde começa e muito menos onde termina. Mas claro, existem os espertões que acham que tudo se inicia com a terra, e termina no resto da Via Láctea.

Dentro de um buraco negro pode haver uma nova galaxia, e lá deve existir um outro buraco negro com outra galáxia, e assim segue, tudo conforme as leis da física. Mas suponho que seja mais fácil acreditar em um “Deus”, sozinho com seus anjos e soldados, ou soldados-anjos, controlando tudo organizadamente. Quer dizer, claro que é, e ninguém pode afirmar com a boca cheia de certeza que não existe. Nem que existe, na verdade. Mas a percepção de tamanho continua errada e proporcional à ignorância humana, esta ultima sendo, completamente, culpa dos próprios seres humanos, e um exemplo disso é mais da metade da população se negar a acreditar em vida fora da Terra.

Pensar que somos parte o único planeta com vida é ter um ego muito grande, considerando que há uma grande chance de não sermos parte nem do único universo existente.

Sim, nosso universo pode ser apenas um entre vários outros por aí.

Foi pensando nisso de forma ampliada que cientistas começaram com a ideia de Multiverso (do tipo que você lê em história em quadrinho e acha uma mentira muito legal pra se entreter, apesar de ser difícil de entender e se acostumar com cada mudança de personagem). Mas o fato é que isso não está escrito apenas nos papéis da ficção. Existem por aí várias físicas independentes com teorias sobre a mesma coisa. A maior razão para a crença em um universo infinito é o fato de não ser possível entender por completo  a forma do espaço-tempo. Porém sabe-se que a duração é aquela que pode se chamar de “para sempre”. Então, se o espaço-tempo dura pra sempre, uma hora ele vai ter que se repetir. É lógica pura: há infinitas formas de organização de partículas no espaço-tempo.

Isso levou à conclusão de que há a possibilidade de existir outra versão do mundo como conhecemos. Aliás, incontáveis tipos diferentes do mesmo mundo. Alguns podem ser exatamente iguais, outros nem tanto. Talvez em um desses mundos você tenha tomado uma decisão diferente quando tinha seis anos que mudou a sua vida completamente, talvez em outro você esteja do mesmo jeito que está nesse exato segundo. Talvez em um desses mundos você tenha perdido oportunidades importantes, talvez você esteja feliz, talvez você ainda não tenha nascido, ou talvez a vida foi tirada de você rápido demais.

As chances são de que você pode estar no universo errado. Mas também são de que o universo é o certo, mas fica mudando e se voltando contra você. Por isso que as vezes você não consegue se lembrar do que almoçou, nem do que fez semana passada, ou do nome de alguém que beijou em alguma festa. As memórias de uma noite que você bebeu demais podem estar perdidas por aí em lugares que, na teoria, você não alcançaria. Se você parar para pensar, metade das suas memórias foram apagadas com o tempo: os detalhes de alguém que um dia foi importante; momentos específicos de um dia; sua infância como um todo.

Você não tem uma percepção completamente certa de nada, e outras pessoas podem se lembrar de coisas sobre a sua vida que foram esquecidas por você.

Já foi provado pela Lei de Hubble que o espaço entre as galáxias está se expandindo. O universo está crescendo, e ninguém sabe se um dia esse crescimento vai parar, ou se ele vai se expandir tanto que uma hora vai sumir. Sabe-se é que não existem limites, e que as galáxias estão se distanciando em uma velocidade de 71 km/s a cada megaparsec de distância. A teoria existente é de que, após à rápida expansão, que ocorreu como consequência do Big-Bang, algumas partes do espaço pararam de crescer, formando universos isolados, como bolhas, e em alguma dessas bolhas, as leis da física são diferentes, em outras são exatamente iguais. O nosso universo possui uma quantidade enorme de energia escura (apenas 4% é composto por coisas que podemos tocar, o resto só pode ser detectado observando a energia gravitacional), o que deixa muitos cientistas intrigados, principalmente por não conseguirem formar um pensamento concreto sobre o assunto. Portanto, a ideia de Multiverso foi o mais próximo que chegaram de uma explicação: existir mais de um universo faz com que essa energia seja inevitável.

Tá, já é de conhecimento popular que o Big-Bang iniciou tudo. Mas será que foi o primeiro inicio? E será que é o ultimo?

Stephen Hawking afirma que características na radiação das micro-ondas indicam que o nosso universo já colidiu com outro, em algum momento no passado. As marcas que aparecem no universo na frequência mais alta de micro-ondas foram, supostamente, deixadas após a colisão dos vários universos, inclusive do nosso.

Cada universo é um buraco negro, cada universo está, tecnicamente, dentro de outro universo. Um universo sustenta o outro universo. Ou seja, o Multiverso sustenta a si mesmo, já que o “nada” que o sustenta, é alguma coisa, sendo essa coisa o próprio Multiverso. É difícil de entender, mas a coisa toda é difícil de entender, e por isso até hoje não encontraram meios de provar a real existência de outros mundos como o nosso, porém com peculiares diferenças. Cada um com seu infinito e, como infinitos variam, cada infinito maior do que o outro.

Isso soa absurdo e impossível, mas para cada coisa impossível existe outra coisa ainda mais impossível que tornará a primeira coisa possível. Ensinamento dos livros do Mochileiro das Galáxias que, surpreendentemente, faz muito sentido depois que você lê três vezes.

As várias teorias sobre Universo Paralelo ganharam força popular depois que Fiona Broone, uma jornalista especializada em casos sobrenaturais, afirmou ter lembranças da morte de Nelson Mandela nos anos 90, quando ele estava mantido preso na Africa do Sul. Acontece que de acordo com o mundo o cara só morreu em 2013. Ao ir publicamente falar sobre o assunto a jornalista percebeu que não era a única a se lembrar da morte de Nelson Mandela vários anos antes. Então, basicamente, essas pessoas se juntaram, cada uma com um pedaço diferente da mesma memória (como o discurso dado no funeral, a leitura de artigos e matérias de jornais, algumas lembravam-se inclusive de distúrbios sociais causados pela suposta morte). O problema é que na hora de procurar sobre tais eventos online, não acharam nada. É realmente como se não tivesse acontecido. Nenhuma noticia falsa, ou uma pegadinha da época. Nada.

Nelson Mandela morreu em 2013 e ponto final, certo? Errado. Foi assim que surgiu “Efeito Mandela”, que alguns acreditam ser razão da união de realidades paralelas para facilitar o processo da transição planetária.

Há vários outros exemplos de Efeito Mandela, alguns mais sutis como mudança de letra em um desenho infantil, ou alguma mudança em frase bíblica. Mas realmente acontece, um grupo de pessoas tem lembranças iguais de eventos que não aconteceram. Aliás, que aconteceram, mas sofreram uma mudança em seu curso por razões improváveis mas não impossíveis.

Então, tudo isso leva a crer que existem outras versões de você por aí, piores, melhores ou iguais. Suas outras versões também não entendem o sentido da vida. Ninguém entende. Veja isso pelo ponto de vista de Douglas Adams: “Existe uma teoria que diz que, se um dia alguém descobrir exatamente para que serve o Universo e por que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável. Existe uma segunda teoria que diz que isso já aconteceu.”

A dica é: pegar leve. Talvez em outra vida, em outro lugar não muito longe, você se destruiu ao se exigir demais, ao extrapolar seus limites. O Cosmos é infinito, provavelmente o seu tempo também, então se permita errar sem ficar se cobrando depois, afinal o ser humano é a única raça existente (teoricamente) que precisa errar pra aprender. Se até o universo é imperfeito, você também pode ser.

This is life not heaven, you don’t have to be perfect.

[e-femer4]

Há um silêncio contido em cada um de nós, que nos conversa, que nos fala. É desse silêncio que as coisas nascem e outras morrem.

dm.

[e-femer4]

Eu poderia começar isso daqui do começo, mas como Machado de Assis e alguém bíblico eu vou começar do fim. (Lendo depois isso aqui eu vi que não fazia sentindo. Já que machado de Assis de Assis não era um defunto escritor e sim um escritor defunto.) Começando pelo final – final mesmo – eu precisei andar até a estação mais próxima do que a que eu estava, isso com o cu na mão de ser mulher e além de roubada estuprada – pois na estação que eu estava estavam parando paraver os passes livres e os meus eram dos meus pais. Pra melhorar tudo, eu saí com 10 precioso reais para caso isso acontecesse (é pra melhorar mais), por sorte e felicidade do Sr. Destino eu tinha acabado de dar meus precioso 10 reais para o bar COMUNISTA que eu estava e que cobra UM assalto a mãozinha armada – caso contrário seria furto –. (OK! O refrigerante não era 10 conto, mas 1. não tinha troco; 2. A minha ideologia misturado pelo meu recente excesso de sentimentalismo falou “deixa o troço ai, vai ser só uns 3,50 mesmo de troco.) (Que misturados com os 30 centavos que tenho no bolso eu não precisaria andar até a próxima estação) (Preciso deixar claro que: minha palavras de ódio (assalto) e meu destaque ao termo comunista não são de ódio ao local, mas sim dele também precisar a se curva ao capitalismo e me cobrar uma latinha) Me coloquei firme para andar até a estação, aproveitei pra ativar meu aplicativo de caminhada #projetocubaOUqualquerlugarquede, mas como boa turista eu não sabia chegar na estação. Pedi informação no portão da estação que estava, dei dez passos pedi informação para outro moço (ainda bem o anterior estava errado), 20 passos e outra informação, que cheguei ao ponto alto de (CARALHO) precisar ver uma gringa me dar informações (Rio meu país! Riocentrismo!), eu precisar me esforçar pra entender e tudo isso na frente dá estação que eu estava buscando. Por mim a noite poderia ter terminado aí, mas meu sexto sentindo não podia deixar barato e quando Deus faz, ele capricha. Peguei a porra do trem no sentido errado e de bônus, só fui perceber no meio do caminho, aonde eu não sabia se continuava até o final ou se descia e pegava o outro sentindo, porque nenhum deles estava mais distantes que o outro. A quem possa interessar eu desci e aí está o ponto alto da noite. Mas pra chegar a tudo isso, antes de mais nada, estamos indo para o meio início, eu simplesmente levantei do lugar que eu estava, por N fatores e todos plausíveis ao meu ver, começando e dessa vez do início: 1. eu não confio naquela galera e nem por culpa deles mas sim pela forma como as coisas acabaram entre nós (outra história, outro dia); 2. o ambiente estava chato, eu preferiria estar na minha casa vendo qualquer coisa da Netflix comendo pipoca – o que estou prestes a fazer -; 3. o ambiente estava chato pelas pessoas estarem chatas e o assunto ter 31% de relevância no momento atual político e 4. eu não estar com cabeça para ter assunto nenhum, pela minha cabeça já está em um assunto que pela lógica básica não deveria mais ocupar minha cabeça, mas voltando ao que eu estava dizendo eu simplesmente levantei dizendo que ia fumar um cigarro e sumi. Mas se eu tivesse ouvido meu sexto sentido nada teria acontecido, estamos no início, eu não queria ir, não tava afim, queria ficar em casa, como eu quero até precisar ir para Marília, nada me parecia atrativo ou motivacional, como tudo nesse lugar há alguns meses, enfim, eu quero ficar em casa porque não estava pronta pra olhar pro mundo enquanto me sinto andando só metade por aí - a outra metade eu literalmente perdi e ela fez questão de ficar perdida - fingindo que tô bem e se não tivesse também quem se importa? não vamos falar disso não, deixa eu te mostrar a melhor Laura que tá bem pra porra!, quero ficar em casa porque aonde eu quero estar de verdade não me pertence mais, quero ficar em casa porque eu quero sentir a dor, quero ficar em casa porque minha casa parece o lugar menos pior do mundo. Eu sei que se eu tivesse ficado no bar eu não ia me divertir, mas eu ia mascarar tão bem minha dor pensando em tudo menos na dor. Eu ia contar piada, eu ia falar de política, a galera ia perceber meu sotaque e pedir “fala biscoito?”, eu sei que se eu tivesse ficado lá no momento ia doer menos, no momento ia servir de estepe. Mas olha, sinceramente se eu não quisesse sentir minha dor eu deveria ter escolhido melhor as pessoas, deveria ter ligado pra um amigo meu e ter dito “cara, bateu A bad, me puxa do buraco?!” e a gente ia rir juntos, a gente ia falar de um assunto que só fazia ser importar pra gente, ele ia ser uma âncoranzinha em um mar de sentimento e eu ia enterrar a dor enquanto ele me dizia aquilo que eu queria ouvi, enquanto ele me puxava do buraco. Enfim, mas eu não liguei. Não liguei porque sabia que ia ser efêmero, que longe dele tudo ia doer de novo e eu não preciso me arrumar mais uma droga, mais um vício (e das fortes). Eu sei que essa dor é minha, tem meu nome e RG esse sentimento, ele é meu e se eu não lidar com ele, o bicho vai sempre da as caras. Então, dessa vez ao invés de não lidar com oS problemas, eu vou dormir com eles e nós vamos discutir a relação, já que não da mais, eu vou olhar pra dentro e falar “PORRA, QUE MERDA TA ROLANDO AI”, eu vou conversa comigo, eu vou ser honesta. Eu nunca estive sozinha nessa vida, falando emocional sempre estive envolvida com alguém, eu nunca aprendi a lidar comigo porque morro de medo do resultado, eu nunca pensei sobre mim, eu nunca aprendi a me amar, me lidar, me ouvir. Eu saia de um drama e pulava em outro porque eu sou uma novela mexicana eterna. Então, dessa vez, depois do toque intenso com outra pessoa, depois de toda essa intensidade ter me engolido, eu vou me aprender pela primeira vez. Acho que por ter me visto muito na Gigi – Ele não está tão afim de você – eu adotei posturas delas, eu achei que valia a pena me quebrar uma vez atrás da outra procurando minha excessão – e dessa vez eu senti que tinha achado, por N fatores e porque de tudo que a gente passou no tempinho que estávamos juntas era pra ser, mas o corte foi tão fundo que paramédicos não resolvem, a única saída sou eu que estou me olhando do lado de fora pedindo pelo amor de deus pra eu me ajudar. Essa fase de precisar lidar com você mesmo, ser sua companhia e sentir prazer nela que se ninguém não mandar oi, não responder, não vier tá tudo bem e se alguém vier tá tudo bem também. Só que eu não tava esperando essa fase agora, ainda mais misturada com todo o outro drama. Então, daqui até Marília eu vou chorar sempre que me der vontade, eu vou rir sempre que algo puxar algo bom de mim, eu vou ficar na minha casa até estar pronta de novo, até confiar em mim quiçá pela primeira vez. Eu vou me permitir ficar de luto, deixar a Laura maneira descansar e a versão Beta aparecer. Quero terminar com uma frase da minha amiga Roane “ninguém é um bom par se não for um bom ímpar…” PS: eu te amo (precisava fazer essa piadinha) PS1. Se você tiver lendo isso não é um pedido para você se afastar, pelo contrário, em alguns momentos eu preciso de paramédicos me ressuscitando. Você sabe aonde eu moro, tem meu endereço, na verdade tem meu coração, se achar que mereço apesar de tudo aparece. A gente pode debater minha mais nova mudinha de dúvida “da pra combater um padrão sem se criar outro padrão?” PS2. Eu me sinto no apocalipse falando pra ninguém aqui. Todo dia “alguém ta me ouvindo? Alô, frequência de emergência…!”, amanhã eu volto. Ignorem todos os erros, estou sobre efeito de entorpecentes - exceto se meus pais tiverem vendo isso, aí eu realmente não sei escrever, culpa da escola pública sucateada -.

Lau

[e-femer4]

como amar alguém que só te destrói?  como cê chama isso de amor quando vc mais chora do que sorri?